edição nº 33 maio 2015 - mpes.mp.br · tjsp declara inconstitucional por vÍcio de iniciativa...

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Edição nº 33 – Maio 2015 No dia 25 de maio reuniram-se, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, membros das áreas de educação, infância e juventude, técnicos do CAPE e do CEAF para a realização de CEATE conjunto como fim de debater e deliberar acerca de proposta de atuação estratégica no enfrentamento e prevenção da evasão escolar. Na ocasião, os membros presentes tiveram acesso ao resultado preliminar de uma pesquisa realizada pelo Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação junto aos municípios, unidades escolares e Conselhos Tutelares de todo o estado. A pesquisa levantou dados importantes sobre os principais motivos de afastamento das crianças e adolescentes da escola, a visão dos gestores escolares, as iniciativas para o enfrentamento da questão e o fluxo de atendimento desses casos. EQUIPE CAPE Dirigente: Fabiula de Paula Secchin Agentes de Apoio: Geisa Genaro Rodrigues e Susete Ferreira Magalhães. Assessoria Técnica Pedagógica: Camila Ferreira Moreira Agente Técnico (Assistente Social): Andreia Lima de Cristo Fernanda Talita F. da Cruz Apoio Administrativo Gleisiane Rodrigues Leão Telefone: (27) 3194-4733/4734 Após o acesso aos dados, o CEAF apresentou a FICAI (ficha de comunicação do aluno infrequente), utilizada em 20 estados com participação dos Ministérios Públicos Estaduais, como instrumento de regulamentação do fluxo de atendimento ao aluno ausente do ambiente escolar e garantia de participação da rede de proteção, cada um assumindo a atribuição que lhe cabe. Os membros participantes do encontro aprovaram o uso da FICAI em caráter experimental na Grande Vitória após a realização de adequações nos projetos utilizados em outros estados, definição dos locais e escolas a participar. Os Promotores de Justiça Maria Cristina Rocha Pimentel e Clóvis José Barbosa Figueira serão os mediadores da estratégia.

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Edição nº 33 – Maio 2015

No dia 25 de maio reuniram-se, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, membros das áreas de educação, infância e juventude, técnicos do CAPE e do CEAF para a realização de CEATE conjunto como fim de debater e deliberar acerca de proposta de atuação estratégica no enfrentamento e prevenção da evasão escolar. Na ocasião, os membros presentes tiveram acesso ao resultado preliminar de uma pesquisa realizada pelo Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação junto aos municípios, unidades escolares e Conselhos Tutelares de todo o estado. A pesquisa levantou dados importantes sobre os principais motivos de afastamento das crianças e adolescentes da escola, a visão dos gestores escolares, as iniciativas para o enfrentamento da questão e o fluxo de atendimento desses casos.

EQUIPE CAPE Dirigente: Fabiula de Paula Secchin Agentes de Apoio: Geisa Genaro Rodrigues e Susete Ferreira Magalhães. Assessoria Técnica Pedagógica: Camila Ferreira Moreira Agente Técnico (Assistente Social): Andreia Lima de Cristo Fernanda Talita F. da Cruz Apoio Administrativo Gleisiane Rodrigues Leão Telefone:

(27) 3194-4733/4734

Após o acesso aos dados, o CEAF apresentou a FICAI (ficha de

comunicação do aluno infrequente), utilizada em 20 estados

com participação dos Ministérios Públicos Estaduais, como

instrumento de regulamentação do fluxo de atendimento ao

aluno ausente do ambiente escolar e garantia de participação da

rede de proteção, cada um assumindo a atribuição que lhe cabe.

Os membros participantes do encontro aprovaram o uso da

FICAI em caráter experimental na Grande Vitória após a

realização de adequações nos projetos utilizados em outros

estados, definição dos locais e escolas a participar. Os

Promotores de Justiça Maria Cristina Rocha Pimentel e Clóvis

José Barbosa Figueira serão os mediadores da estratégia.

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MENINAS SÃO MAIORIA ENTRE JOVENS DE 15 A 17 ANOS 'NEM-NEM'. Um levantamento do Todos Pela Educação para o Observatório do PNE*, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), revela que, apesar de menos da metade (48,6%) da população de 15 a 17 anos no Brasil ser do sexo feminino em 2013, as meninas representavam 59,1% do total de jovens dessa faixa etária que não estudavam nem trabalhavam nesse ano. Dentre elas, apenas 27,9% concluíram o Ensino Médio, e 31,9% já tiveram pelo menos um filho.

Leia na íntegra METAS DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PREOCUPAM GESTORES MUNICIPAIS. Enquanto preparam seus planos municipais, as prefeituras olham com preocupação as metas que deverão atingir já a partir do próximo ano. A principal inquietação diz respeito à Educação Infantil. O PNE determinou que, em 2016, deve ser oferecida pré-escola a todas as crianças de quatro a cinco anos. Em uma década, no mínimo, metade das crianças de zero a três anos deverão ter creche. Em suas próprias leis, os municípios deverão incorporar esta e as outras 19 metas definidas no PNE. Leia na íntegra

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS PREOCUPA PROFESSORES. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes), com base nas informações de unidades de ensino da rede estadual localizadas na Grande Vitória, foram registrados 139 casos de violência contra professores, em 2011. No ano seguinte, o número de ocorrências subiu para 181, um aumento de 30%. Leia na íntegra ESTADO FARÁ INTERLOCUÇÃO COM MUNICÍPIOS PARA LIBERAÇÃO DE RECURSOS DA ASSISTÊNCIA PARA APAES. Novos encontros serão realizados com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seadh) para a construção de propostas que aperfeiçoem a política de repasses para 2016. Leia na íntegra

DIFERENÇAS ENTRE DISLEXIA E DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM A deficiência na leitura tem sido apontada como uma das principais causas do mau desempenho escolar de alunos brasileiros nos sistemas nacional e internacional de avaliação. Além de ser foco de debates políticos e psicopedagógicos, a deficiência em leitura importa também à área da saúde. Leia na íntegra

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ALUNA VÍTIMA DE BULLYING SERÁ INDENIZADA PELO COLÉGIO Ao analisar o caso, a julgadora originária registra que "no momento em que os pais entregam seus filhos menores aos cuidados da escola, esta assume a responsabilidade por sua integridade, seja ela física, psíquica ou emocional, face ao dever de guarda e vigilância intrínseca à atividade educacional. (...) Assim, sendo a escola fornecedora de serviços, sua responsabilidade pelos danos causados ao consumidor-aluno é objetiva, em razão da teoria do risco da atividade, estampada no art. 14 do Código de Defesa do Consumidor. A autora conta que estudava na instituição ré desde 2005, e que, no início de 2011, passou a sofrer agressões físicas e verbais de colegas de classe, juntamente com uma colega, por ambas possuírem problemas visuais. Leia na íntegra

TRAMITA NA CÂMARA PROJETO QUE PROÍBE ALUNOS PASSAREM DE SÉRIE AUTOMATICAMENTE Um Projeto de Lei (PL) que proíbe alunos mudarem de série ou módulo na educação básica – ensino médio e fundamental – por meio de promoção automática está em análise na Câmara dos Deputados. O texto do PL 8.200/2014 ainda será analisado, conclusivamente, nas Comissões de Educação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Leia na íntegra MUNICÍPIOS PODERÃO LICITAR CRECHES Municípios e o Distrito Federal poderão licitar as próprias creches e receber recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A autarquia abriu uma exceção após problemas com a contratação de empresas por Registro de Preços Nacional, cujas atas expiraram no ano passado. De acordo com o FNDE, 1,6 mil creches têm o termo de compromisso, mas não foram contratadas junto às construtoras que participaram do registro de preços. "As empresas que ganharam não cumpriram os contratos. O dinheiro está parado com as prefeituras. As pessoas e as cidades precisam dessas obras", explica a presidenta da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho. Leia na íntegra NOVA REGRA DO ENEM FRUSTRA ESTUDANTES MAS É APOIADA POR ESPECIALISTAS O novo edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já deixa uma lição bem clara para os futuros candidatos: não há atalho para a faculdade. Entre as novas medidas adotadas, a que mais despertou atenção foi a proibição de que menores de idade não-concluintes do ensino médio utilizem o seu resultado para garantir o certificado do segmento ou para pleitear uma vaga no ensino superior. Um dia depois do anúncio, a medida divide opiniões entre especialistas, alunos que já utilizaram a brecha e os que contavam com ela para este ano. Leia na íntegra

MEC RECONHECE DIFICULDADES DOS ESTADOS PARA PAGAR PISO SALARIAL DE PROFESSORES Representante do Ministério da Educação (MEC) reconheceu nesta terça-feira (19), em debate na Câmara dos Deputados, que vários estados não pagam o valor mínimo do piso salarial dos professores da educação básica e que jovens não querem mais seguir a carreira de magistério. Atualmente, em oito estados brasileiros os professores estão em greve. Esses e outros temas foram debatidos durante audiência pública da Comissão de Educação da Câmara sobre os impactos do piso salarial dos professores nos estados e municípios brasileiros. Leia na íntegra

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STF GARANTE A DISPONIBILIZAÇÃO DE PROFESSORES ESPECIALIZADOS EM LIBRAS Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Constitucional. Educação de deficientes auditivos. Professores especializados em Libras. 3. Inadimplemento estatal de políticas públicas com previsão constitucional. Intervenção excepcional do Judiciário. Possibilidade. Precedentes. 4. Cláusula da reserva do possível. Inoponibilidade. Núcleo de intangibilidade dos direitos fundamentais. 5. Constitucionalidade e convencionalidade das políticas públicas de inserção dos portadores de necessidades especiais na sociedade. Precedentes. 6. Ausência de argumentos suficientes a infirmar a decisão recorrida. 7. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE 860979 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 14/04/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-083 DIVULG 05-05-2015 PUBLIC 06-05-2015) TJMG CONFIRMA DECISÃO PARA QUE CANDIDATA COM FORMAÇÃO EM NÍVEL MÉDIO ASSUMA CARGO DE PROFESSOR DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REEXAME NECESSÁRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - CARGO PROFESSOR NÍVEL MÉDIO - NEGATIVA DE POSSE - EXIGÊNCIA DE GRADUAÇÃO SUPERIOR - CONTRARIEDADE AO EDITAL - CONTRARIEDADE À LEI Nº 9.394/96 - CANDIDATAS QUE PREENCHEM OS REQUISITOS PARA A POSSE - SENTENÇA CONFIRMADA EM REEXAME NECESSÁRIO. 1. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) admite professores com formação mínima de nível médio, na modalidade normal, para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental. 2. É abusivo o ato administrativo que exige graduação superior àquela exigida e nega posse a candidato aprovado em certame e que preenche os requisitos do edital e da legislação de regência. 3. A nomeação do candidato apto é medida de rigor. 4. Sentença mantida em reexame necessário. (TJMG - Reexame Necessário-Cv 1.0518.14.015760-4/001, Relator(a): Des.(a) Renato Dresch , 4ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 30/04/2015, publicação da súmula em 07/05/2015) TJSP DECLARA INCONSTITUCIONAL POR VÍCIO DE INICIATIVA LEI QUE REGULAMENTA COMUNICAÇÃO DE INFREQUENCIA ESCOLARCOLAR AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. AJUIZAMENTO PELO PREFEITO MUNICIPAL, MEDIANTE REGULAR OUTORGA DE PROCURAÇÃO, COM PODERES ESPECIAIS, AO ADVOGADO SUBSCRITOR DA PETIÇÃO INICIAL. POSSIBILIDADE. LEI Nº 6.166, DE 17 DE OUTUBRO DE 2014, DO MUNICÍPIO DE OURINHOS, QUE “DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO APRESENTAREM, BIMESTRALMENTE, A RELAÇÃO DOS ALUNOS QUE APRESENTAREM FALTAS INJUSTIFICADAS”. Ato normativo que tem ingerência direta na administração do município, na medida em que estabelece e impõe atribuições a órgãos e servidores da Administração Pública Municipal. Invasão da esfera de atribuições constitucionalmente reservada ao chefe do Poder Executivo. Ofensa ao princípio da separação dos poderes. Instituição, ademais, de nova despesa para a Municipalidade, sem indicação da respectiva fonte de custeio. Afronta aos artigos 5º, 25, 47, II, XIV e XIX, 144, e 176, I, da Constituição Estadual. Ação julgada procedente. (TJSP, ADI 2008844-80.2015.8.26.0000, Relator(a): Des.(a) Roberto Mortari, julgado em 13/05/2015). DECISÃO DO TJSP DETERMINA O FORNECIEMNTO DE TRANSPORTE ESCOLAR A ALUNA QUE MORA A 600 METROS DA ESCOLA MANDADO DE SEGURANÇA AÇÃO ORDINÁRIA. Fornecimento de transporte escolar gratuito negado pela Municipalidade, que invoca, a contrário senso, a norma do artigo 1º, parágrafo único, da LM 2.058/2003, a pretexto de que a aluna, de 6 anos de idade, reside a 600 metros da escola. Aplicação da regra do artigo 208, VII, da Constituição Federal, bastante em si mesma. Sentença mantida Recursos não providos. (TJSP, Apelção Cível 0002508-78.2014.8.26.0176, Relator(a): Des.(a) Luiz Sergio Fernandes de Souza, 7ª Câmara de Direito Público, julgado em 11/05/2015, data de registro: 12/05/2015)

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SEGUNDA TURMO DO STF JULGA AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONTRA EX-PREFEITO DE MACAMBIRA POR MALSERVAÇÃO DE RECURSOS DE PROGRAMAS FEDERAIS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AQUISIÇÃO DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS PARA A MERENDA ESCOLAR COM RECURSOS PÚBLICOS FEDERAIS. ALÍNEA "C". NÃO DEMONSTRAÇÃO DA DIVERGÊNCIA. REVISÃO. MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. Trata-se, na origem, de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Federal contra José Carivaldo de Souza, ex-prefeito de Macambira-SE, por malversação de recursos públicos federais destinados ao Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, ao Programa de Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica - PNAE, ao Programa Apoio à Ampliação da Oferta de Vagas do Ensino Fundamental a Jovens e Adultos - PEJA, ao programa nacional de apoio ao transporte escolar - PNATE e ao Programa Nacional do Transporte Escolar - PNTE. 2. A divergência jurisprudencial deve ser comprovada, cabendo a quem recorre demonstrar as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados, com indicação da similitude fático-jurídica entre eles. Indispensável a transcrição de trechos do relatório e do voto dos acórdãos recorrido e paradigma, realizando-se o cotejo analítico entre ambos, com o intuito de bem caracterizar a interpretação legal divergente. O desrespeito a esses requisitos legais e regimentais (art. 541, parágrafo único, do CPC e art. 255 do RI/STJ) impede o conhecimento do Recurso Especial com base na alínea "c" do inciso III do art. 105 da Constituição Federal. 3. Hipótese em que o Tribunal de origem consignou, com base no contexto fático-probatório dos autos, que, "Com relação ao mérito da causa, entendo que ficaram comprovadas a autoria e a materialidade de ato de improbidade. (...) A simples leitura dos vários dispositivos da citada Lei, que tratam das modalidades de improbidade, já permite denotar a ocorrência de hipóteses em que o mero enriquecimento ilícito ou a violação de princípios administrativos já basta para que se tenha por consubstanciada a improbidade. No caso concreto, o apelante foi Prefeito do Município de Macambira/SE, que recebeu recursos públicos federais, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, destinados à aquisição de merenda escolar. Na espécie, foram empregados R$ 20.774,20 (vinte mil, setecentos e setenta e quatro reais e vinte centavos), mediante dispensa de licitação, sem que se configurasse hipótese de tal dispensa, já que ultrapassado o teto legalmente previsto. Esta prática resultou em cerceamento da competitividade, vulneração à isonomia e afronta à legalidade, como assinalado na sentença vergastada. Cometeu-se ato de improbidade contemplado no artigo 10, VIII, da Lei nº 8.429/92, que menciona a conduta de 'frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente'. O 'caput' de tal dispositivo, bastante abrangente, se reporta à ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente, logo, também é cabível na forma culposa. Também se evidenciou a contrariedade aos deveres de imparcialidade e legalidade a que faz menção o artigo 11, da mesma Lei. No que tange à dosimetria das penas (...) foi adequada a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 (três) anos" (fls.746-747, e-STJ). A revisão desse entendimento implica reexame de fatos e provas, obstado pelo teor da Súmula 7/STJ. Precedentes: AgRg no REsp 1.437.256/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 30.9.2014; e AgRg no AREsp 532.658/CE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 9.9.2014. 4. O agravante reitera, em seus memoriais, as razões do Agravo Regimental, não apresentando nenhum argumento novo. 5. Agravo Regimental não provido. (AgRg no REsp 1417974/SE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/03/2015, DJe 06/04/2015).

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TJRS CONCEDE LIMINAR PARA MATRÍCULA DE CRIANÇA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

INDEPENDENTE DO CORTE ETÁRIO.

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. CRITÉRIO

ADMINISTRATIVO DE IDADE PARA INGRESSO NA PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL. DECISÃO A QUO

CONFIRMADA. ORDEM CONCEDIDA LIMINARMENTE EM MANDADO DE SEGURANÇA PARA GARANTIR A

MATRÍCULA DE MENOR NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS. IMPLEMENTO DA

IDADE MÍNIMA APÓS O LIMITE ADMINISTRATIVO. FLEXIBILIZAÇÃO DA NORMA ADMINISTRATIVA EM

ATENDIMENTO À GARANTIA CONSTITUCIONAL DE ACESSO À EDUCAÇÃO INFANTIL. SITUAÇÃO DE FATO

CONSOLIDADA. DECISÃO POR ATO DA RELATORA (ART. 557 DO CPC). AGRAVO DE INSTRUMENTO

DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70064755887, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,

Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Julgado em 13/05/2015).

DIA 26/06/2015 ENCONTRO ESTADUAL DE CONSELHEIROS DOS CACS

FUNDEB com FNDE E MPES. Informações e inscrições aqui

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PROMOTORIA DE ALFREDO CHAVES

A Promotoria de Alfredo Chaves instaurou Procedimento Administrativo visando investigar notícia sobre a falta de oferta de

Atendimento Educacional Especializado a aluno com deficiência. Outro procedimento preparatório foi instaurado no intuito de

apurar supostas irregularidades na execução de convênios firmados entre o Estado do Espírito Santo, com a interveniência da

Secretaria Estadual de Educação (SEDU), e o Município de Brejetuba, a partir de informações advindas de auditoria realizada TC/ES

em 1998.

PROMOTORIA DE SANTA TEREZA A Promotoria de Santa Tereza instaurou Procedimento Administrativo com o fim de fiscalizar o cumprimento de Termo de Ajuste de Conduta cujo objeto refere-se a disponibilização de acompanhamento diferenciado a criança com deficiência mental, para apoio em seu desenvolvimento escolar.

PROMOTORIA DE FUNDÃO

A Promotoria de Justiça de Fundão instaurou Procedimento Preparatório com objetivo de investigar denúncia de precariedade

estrutural da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ernesto Nascimento, local em que também funciona o Centro Municipal de

Educação Infantil Clementina B. Carreta.

PROMOTORIA DE CARIACICA A Promotoria de Cariacica manejou Ação Civil Pública cujo objeto é a suspensão do funcionamento de diversas instituições privadas de educação infantil, que operam em desacordo com as normas de segurança e do sistema educacional, colocando em situação de risco as crianças nelas matriculadas, em sua maioria entre 0 e 3 anos de idade.

CAPE SE REÚNE COM GRUPO DE EDUCAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

No dia 20 de maio, o CAPE reuniu-se com participantes do Grupo de Educação Tributária Estadual. Estavam presentes

representantes da Secretaria Estadual de Educação, Secretaria de Estado da Fazenda e Receita Federal do Brasil. O encontro

aconteceu a pedido daquele grupo para apresentar a proposta de realização de um “Curso de Formação de Disseminadores de

Educação Fiscal”, cujo objetivo é o de instrumentalizar a sociedade acerca dos meios e mecanismos disponíveis para acompanhar a

elaboração e análise orçamentária e controle social da aplicação dos recursos da educação, favorecendo o exercício efetivo da

cidadania e a importância do controle da sociedade sobre o gasto público, concorrendo para o fortalecimento do ambiente

democrático. O Ministério Público já vinha participando dessa discussão por meio de representações do GAECO nas reuniões do

grupo e, a partir do encontro, os trabalhos seguirão com apoio e orientação do CAPE, em razão do foco do trabalho no controle

dos recursos da educação e do caráter pedagógico da proposta.

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Não só na área educacional, como também diversas conquistas trabalhistas e de direitos como os previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por exemplo, só foram possíveis após intensa mobilização e pressão da sociedade civil. Neste mesmo sentido, para a construção e o cumprimento de um Plano de Educação que garanta uma educação de qualidade para todos e todas, é preciso que toda a comunidade escolar (mães, pais, estudantes, docentes, comunidades, fóruns e redes de educação, por exemplo) cobre a efetivação deste direito. Apesar de identificar que as estratégias devem ser adotadas de acordo com a realidade de cada local, o portal De Olho nos Planos elencou três formas de atuação possíveis para contribuir com a reivindicação pelo Plano de Educação em municípios e estados. Atuação política A iniciativa para desencadear o processo de construção do Plano de Educação pode partir do poder público municipal/estadual ou da população. Em diálogo aberto e independente com representantes dos poderes executivo (como prefeitos, governadores e secretários) e legislativo (vereadores, deputados e senadores), o cidadão pode cobrar e contribuir para a construção do Plano de Educação em espaços de regulamentação dos sistemas de ensino (conselhos de educação), de acompanhamento dos Planos de Educação (fóruns de educação), além da possibilidade de pressão e articulação que pode ser realizada em locais que vão desde o conselho escolar até a conferência municipal ou estadual de educação, por exemplo. Articulação social Os Planos devem ser resultado de intensos e democráticos processos de participação envolvendo os mais diversos atores de uma sociedade. Neste sentido, a população pode e deve se utilizar da articulação social por meio de protestos, passeatas, atos públicos, abaixo-assinados, debates, panfletos, sites, blogs, cartas a políticos ou por denúncias e reclamações dirigidas aos meios de comunicação, por exemplo, para reivindicar não só o início do processo para a criação do Plano, mas também o devido cumprimento de todas as suas etapas de construção e revisão. Como uma das várias ferramentas possíveis, o portal De Olho nos Planos está divulgando uma série de cartões de pressão e mobilização para a criação do Plano.

Maioria dos estados não conseguirá cumprir o prazo do Plano Nacional de Educação. A um mês da data limite, apenas Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão têm projeto sancionado pelo governador. LEIA AQUI

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Contando com a justiça A construção do Plano de Educação, com a realização de reuniões, audiências públicas e conferências, envolve o investimento de tempo e de recursos financeiros não só da administração pública, mas de toda a sociedade. Para que este investimento não seja desperdiçado no meio do caminho, pode-se contar com o apoio e a fiscalização do poder judiciário. O Ministério Público (MP), por exemplo, pode ser acionado quando indivíduos, grupos ou instituições considerarem que seu direito à participação no processo de construção e revisão dos Planos de Educação foi desrespeitado ou por aqueles e aquelas que, após já terem tentado outras formas de diálogo e negociação junto aos poderes executivo e legislativo, não identificaram retorno ou ações que indicassem a abertura de canais de diálogo e acordo sobre o processo de construção participativa do Plano de Educação. Além disso, o MP também pode acompanhar a assinatura e a implementação do termo de cooperação entre os entes federados (municípios, estados e União) na construção e revisão de planos e ser acionado sempre que o processo de construção ou revisão participativa parar, ou seja, quando não tiver continuidade por parte do executivo ou do legislativo. A instituição também pode convocar audiências públicas que contribuam com propostas para o Plano de Educação.

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A ESCOLA MULTISSERIADA NO CENÁRIO EDUCACIONAL BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO Geraldo Augusto Locks 1 Maria de Lourdes Pinto de Almeida 2 Simone Rafaeli Pacheco 3

Este trabalho reflete sobre as escolas multisseriadas brasileiras na contemporaneidade com atenção particular no âmbito de duas ordens de interesses, sendo a primeira relativa a distribuição de classes multisseriadas por unidade da Federação, contingente de alunos, número e o perfil dos professores que atuam nessa modalidade de ensino. A análise destes dados permite avaliar a configuração espacial, social, econômica e cultural do território no qual estão localizadas estas escolas; considerar também como as políticas educacionais concebem, afirmam ou negam a escola multisseriada em âmbito de país, particularmente, em cada Estado da Federação; do ponto de vista da formação dos professores identificar os diferentes níveis de formação escolar, perceber outrossim, que somente a titulação acadêmica geral dos profissionais não garante uma educação voltada para a realidade, interesses e necessidades dos sujeitos como requer a educação do campo. É fundamental o desenvolvimento de uma formação inicial e continuada específica que contemple o que hoje se compreende pelo conceito de educação do campo e suas implicações político-pedagógicas. A segunda ordem de interesses concentra a análise na forma como estas unidades educacionais insistem, persistem e resistem às contradições das relações capitalistas no campo e do Estado classista. A partir desta perspectiva analítica quanti e qualitativa reflete-se sobre a realidade do campo brasileiro, onde fundamentalmente, dois projetos societários disputam o campo: o agronegócio e a agricultura familiar. O desenvolvimento destes projetos impacta profundamente sobre o modo de vida da população do campo, no desenvolvimento de políticas públicas e, por sua vez, sobre a manutenção ou o fechamento da escola multisseriada. Se de um lado há forças políticas e econômicas que pressionam na direção do fechamento destas unidades educacionais, de outro, observa-se um movimento pela sua manutenção, reforma ou construção de novas escolas na modalidade multisseriada no campo. Na medida em que novos atores coletivos entram em cena na sociedade brasileira nas últimas duas décadas, emerge o Movimento Nacional pela Educação do Campo. Ele vem desenvolvendo uma série de ações no sentido de universalizar o direito à educação, estabelecer critérios e práticas que contribuam para a melhoria da qualidade da educação dos sujeitos que vivem e trabalham no campo, em todas as modalidades e níveis de ensino. Suas ações não se

1 Graduado em Ciências Sociais pela UNIPLAC, Mestre e Doutor em Antropologia pela UFSC, Pós-Doc em Educação pela UFSC. Coordenador Adjunto e Professor do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC). E–mail: [email protected]. 2 Pedagoga e Historiadora, Mestre e Doutora em Educação pela UNICAMP, Pós-doc em Políticas Educacionais pela USP e em Ciência Tecnologia e Sociedade pela UNICAMP. Coordenadora e Professora do PPGE da Universidade do Planalto Catarinense. E-mail: [email protected] 3 Graduada em Pedagogia pela UNIPLAC, Pós-graduada em Supervisão Escolar pela UNIPLAC e Metodologia do Ensino pela Faculdade Plínio Augusto do Amaral e Mestranda do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC). E-mail: simonerafaeli@hotmail.

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restringem às questões específicas da educação nos seus aspectos político pedagógicos. Ao contrário, do ponto de vista de mudanças estruturais o Movimento Nacional pela Educação do Campo discute um novo conceito de campo, contrapõe-se ao modelo do agronegócio, afirma o modelo da agricultura familiar e configura-se pelo intenso debate junto à sociedade civil e ao Estado, uma nova concepção de educação e provoca outros atores na mobilização e consolidação da Educação do Campo. A respeito da abordagem metodológica, a abordagem deste trabalho consiste na análise de dados recolhidos do Setor de Estatísticas do Ministério da Educação e nesse sentido a pesquisa tem um caráter quantitativo, associada a uma análise documental e bibliográfica qualitativa para trazer o marco normativo e a reflexão sobre o objeto deste estudo. A ESCOLA MULTISSERIADA NO CENÁRIO EDUCACIONAL BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO Produção, sobrevivência, reconhecimento pessoal e coletivo, politização e outros quesitos socioculturais – além da valorização do habitat ecológico do rurícola – são fundamentos na composição e estruturação do processo escolar rural, no aqui-agora do fazer pedagógico campesino, como instrumentos de superação das dicotomias de uma trajetória que, até o momento presente da história social brasileira, limitou-se a perpetualizar um modelo excludente e antidemocrático de escolarização (LEITE, 2002). Neste trabalho refletimos sobre as escolas multisseriadas brasileiras a partir de alguns dados estatísticos como número de escolas, de alunos, a formação de professores e trazemos algumas contribuições do Movimento Nacional pela Educação do Campo, entre elas, a valorização desta modalidade de ensino. A partir de meados da década de 1990, com a emergência do Movimento Nacional pela Educação do Campo entra em cena outro conceito de educação, denominado de “educação do campo” contrapondo-se à concepção e prática de educação rural historicamente efetivado no país. Hoje o movimento pela Educação do Campo estruturado nacionalmente, tem apresentado à sociedade e ao Estado inúmeras proposições que se ainda não garantiram sua absoluta efetivação, já constituíram um marco regulatório substancial orientador da educação do campo já conhecido 4. Um dos desafios que vive a educação do campo é o modo como está sendo compreendida a modalidade da escola multisseriada. É sabido que ela tem cumprido um papel importante no processo de iniciação escolar das crianças do campo. . Em conformidade com Hage (2006, p. 4), “[...] as escolas multisseriadas, em que pesem todas as mazelas explicitadas, têm assumido a responsabilidade quanto à iniciação escolar da grande maioria dos sujeitos no campo”. Apesar da tentativa de extinção destas unidades escolares incentivadas pela política atual do Ministério da Educação de nucleação - com a possível reorganização dos sistemas de ensino municipais e estaduais com a transferência do atendimento desses alunos para escolas urbanas, em virtude do incentivo dos programas de transporte escolar - apresentamos a seguir, dados estatísticos colhidos em pesquisa realizada no Censo Escolar de 2012 e divulgados pelo INEP, no intuito de dar visibilidade quanto à existência ainda eminente destas escolas em todo o território nacional. Clique aqui para continuar lendo