edição nº 29

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Confi rmado início da exploração comercial do pré-sal Presidente Lula defende indústria nacional em solenidade da Abrinq A PETROBRAS ini- cia ainda esta sema- na a exploração co- mercial do petróleo da camada pré-sal, segundo anunciou o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. Através da explora- ção experimental de Tupi, que começou em maio, são extraí- dos cerca de 14 mil barris de petróleo por dia. A Petrobras confirmou o poten- cial estimado de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de óleo equivalente na área de Tupi, reduzindo as incertezas sobre os volumes estima- dos de óleo leve na camada pré-sal, se- gundo a empresa divulgou através de nota. PÁGINA 3 AO RECEBER inte- grantes da indústria de brinquedos, que en- frenta forte concor- rência dos produtos chineses, o presidente afirmou que, na atual guerra cambial, o Bra- sil é defensor do livre comércio, desde que a indústria nacional não seja prejudicada. “As empresas brasileiras não podem ser prejudicadas por um tratamento desi- gual, sobretudo quando se constata que há uma certa guerra cambial no mundo”. PÁGINA 8 A BALANÇA COMERCIAL brasileira regis- trou superávit de US$ 274 milhões na quarta semana de outubro, entre os dias 18 e 24. As exportações fi caram em US$ 4,659 bilhões e as importações, em US$ 4,385 bilhões. Na média por dia útil, o saldo é de US$ 54,8 milhões, com as exportações no valor de US$ 931,8 milhões e as importações em US$ 877,0 milhões, na mesma base de comparação. No acumulado do ano, até o último dia 24, a balança comer- cial obteve superávit de US$ 14,463 bilhões, com exportações de US$ 158,779 bilhões e importações de US$ 144,316 bilhões. MESMO ANTES de fechar o balanço da par- ticipação brasileira na feira, as 134 empresas nacionais que foram participar do Salão In- ternacional de Alimen- tação (Sial 2010), em Paris, já comemoram o grande número de ne- gócios que devem ren- der mais de US$ 1,1 bi- lhão pelas estimativas iniciais. A delegação organizada pela Apex- Brasil contou com 166 empresas e realizou cerca de 5.200 negó- cios, além de ganhar prêmios especiais. Esta foi a maior delegação empresarial que o Bra- sil já levou à Sial. PÁGINA 7 AS EXPORTAÇÕES brasileiras devem somar cerca de US$ 195 bi- lhões este ano, US$ 15 bilhões a mais do que a previsão feita em ju- nho pelo governo, que era de US$ 180 bilhões. Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvol- vimento, Indústria e Co- mércio Exterior, Welber Barral, as exportações ao longo do ano tiveram “recuperação importante” em relação à redução ve- rifi cada no ano passado, sob os efeitos da crise nanceira mundial. Na semana passada, o minis- tro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, havia an- tecipado que o gover- no anunciaria a revisão para cima das projeções para as exportações bra- sileiras em 2010. Empresas brasileiras fecham negócios em Paris Governo revisa para cima projeção de exportações Balança comercial tem superávit de US$ 274 milhões AG. PETROBRAS ABR/ WILSON DIAS Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,699 1,701 0,46 Dólar Paralelo 1,780 1,840 1,07 Dólar Turismo 1,650 1,820 0,00 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,337 5,340 0,17 Dólar Austrália 0,991 0,991 0,86 Dólar Canadá 1,019 1,020 0,59 Euro 1,396 1,397 0,12 Franco Suíça 0,970 0,971 0,63 Iene Japão 80,790 80,810 0,74 Libra Esterlina Inglaterra 1,573 1,574 0,33 Peso Chile 486,200 486,700 0,16 Peso Colômbia 1.825,000 1.830,000 0,06 Peso Livre Argentina 3,940 3,980 0,00 Peso MÉXICO 12,368 12,372 0,19 Peso Uruguai 20,100 20,300 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 69.680,42 0,22 Dow Jones 11.164,05 0,28 Nasdaq 2.490,85 0,46 IBX 22.014,56 0,57 Merval 2.916,55 2,27 Poupança 25/10 0,507 Poupança p/ 01 mês 0,536 Juros Selic meta ao ano 10,75 Selic over 0,985 TR 0,045 Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88 ANO 2 N° 29 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 26 DE OUTUBRO A 1° DE NOVEMBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00 Recursos para as pequenas PÁG. 5 Câmbio* Câmbio* MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) Indicadores* Indicadores* (*) FECHAMENTO: 25 DE OUTUBRO DE 2010 (*) FECHAMENTO: 25 DE OUTUBRO DE 2010

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Jornal Capital - Edição nº 29

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Page 1: Edição Nº 29

1CAPITAL26 de Outubro a 1° de Novembro de 2010

Confi rmado início da exploração comercial do pré-sal

Presidente Lula defende indústria nacional em solenidade da Abrinq

A PETROBRAS ini-cia ainda esta sema-na a exploração co-mercial do petróleo da camada pré-sal, segundo anunciou o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. Através da explora-ção experimental de Tupi, que começou em maio, são extraí-dos cerca de 14 mil barris de petróleo por dia. A Petrobras confi rmou o poten-cial estimado de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de óleo equivalente na área de Tupi, reduzindo as incertezas sobre os volumes estima-dos de óleo leve na camada pré-sal, se-gundo a empresa divulgou através de nota. PÁGINA 3

AO RECEBER inte-grantes da indústria de brinquedos, que en-frenta forte concor-rência dos produtos chineses, o presidente afi rmou que, na atual guerra cambial, o Bra-sil é defensor do livre comércio, desde que a indústria nacional não seja prejudicada. “As empresas brasileiras não podem ser prejudicadas por um tratamento desi-gual, sobretudo quando se constata que há uma certa guerra cambial no mundo”. PÁGINA 8

A BALANÇA COMERCIAL brasileira regis-trou superávit de US$ 274 milhões na quarta semana de outubro, entre os dias 18 e 24. As exportações fi caram em US$ 4,659 bilhões e as importações, em US$ 4,385 bilhões. Na média por dia útil, o saldo é de US$ 54,8 milhões, com as exportações no valor de US$ 931,8 milhões e as importações em US$ 877,0 milhões, na mesma base de comparação. No acumulado do ano, até o último dia 24, a balança comer-cial obteve superávit de US$ 14,463 bilhões, com exportações de US$ 158,779 bilhões e importações de US$ 144,316 bilhões.

MESMO ANTES de fechar o balanço da par-ticipação brasileira na feira, as 134 empresas nacionais que foram participar do Salão In-ternacional de Alimen-tação (Sial 2010), em Paris, já comemoram o grande número de ne-gócios que devem ren-der mais de US$ 1,1 bi-

lhão pelas estimativas iniciais. A delegação organizada pela Apex-Brasil contou com 166 empresas e realizou cerca de 5.200 negó-cios, além de ganhar prêmios especiais. Esta foi a maior delegação empresarial que o Bra-sil já levou à Sial.

PÁGINA 7

AS EXPORTAÇÕES brasileiras devem somar cerca de US$ 195 bi-lhões este ano, US$ 15 bilhões a mais do que a previsão feita em ju-nho pelo governo, que era de US$ 180 bilhões. Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Co-mércio Exterior, Welber Barral, as exportações

ao longo do ano tiveram “recuperação importante” em relação à redução ve-rifi cada no ano passado, sob os efeitos da crise fi nanceira mundial. Na semana passada, o minis-tro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, havia an-tecipado que o gover-no anunciaria a revisão para cima das projeções para as exportações bra-sileiras em 2010.

Empresas brasileiras fecham negócios em Paris

Governo revisa para cima projeção de exportações

Balança comercial tem superávit de US$ 274 milhões

AG. PETROBRAS

ABR/ WILSON DIAS

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,699 1,701 0,46Dólar Paralelo 1,780 1,840 1,07Dólar Turismo 1,650 1,820 0,00

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,337 5,340 0,17Dólar Austrália 0,991 0,991 0,86Dólar Canadá 1,019 1,020 0,59Euro 1,396 1,397 0,12Franco Suíça 0,970 0,971 0,63Iene Japão 80,790 80,810 0,74Libra Esterlina Inglaterra 1,573 1,574 0,33Peso Chile 486,200 486,700 0,16Peso Colômbia 1.825,000 1.830,000 0,06Peso Livre Argentina 3,940 3,980 0,00Peso MÉXICO 12,368 12,372 0,19Peso Uruguai 20,100 20,300 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 69.680,42 0,22Dow Jones 11.164,05 0,28Nasdaq 2.490,85 0,46IBX 22.014,56 0,57Merval 2.916,55 2,27

Poupança 25/10 0,507Poupança p/ 01 mês 0,536

Juros Selic meta ao ano 10,75Selic over 0,985TR 0,045

Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

ANO 2 � N° 29 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 26 DE OUTUBRO A 1° DE NOVEMBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00

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(*) FECHAMENTO: 25 DE OUTUBRO DE 2010(*) FECHAMENTO: 25 DE OUTUBRO DE 2010

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CAPITAL 26 de Outubro a 1° de Novembro de 201022

O MINISTRO DA FAZEN-DA, Guido Mantega, anun-ciou dia 18 duas medidas para conter a crescente valo-rização da moeda brasileira ante o dólar. O Imposto so-bre Operações Financeiras (IOF) passou de 4% para 6% sobre investimentos de estrangeiros em renda f i x a . O gove rno t a m b é m aumentou de 0,38% para 6% a alíquo-ta do IOF c o b r a d o sobre a margem de garantia dos investimentos estran-geiros no mercado futuro. Segundo o ministro, atuar sobre esse mercado é funda-mental para conter a alta do real. A taxa de câmbio é for-mada fundamentalmente no

mercado de derivativos. O capital especulativo de cur-to prazo será o que mais so-frerá com os aumentos das taxas, segundo o ministro. “Nós queremos diminuir o apetite, principalmente dos aplicadores de curto prazo”.

Mantega disse que não há garantias de que a desva-

lorização da moeda americana em relação à brasilei-ra acabará. “Estamos atenuando o excesso

de valorização”. Para o mi-nistro, a medida anterior de aumentar o IOF de 2% para 4%, no dia 4 de outubro, sobre os investimentos es-trangeiros, não foi inefi ciente. Na avaliação dele, sem essa atitude, a valorização do real

teria sido ainda maior. Novas medidas para conter a alta do real não estão descartadas, de acordo com Mantega. “Temos que dosar o remédio de modo que ele não seja excessivo”, disse ao defender que as medidas em relação ao câmbio sejam graduais.

Mantega disse, no en-tanto, que uma solução

definitiva para a “guerra cambial” passe por um acordo internacional para regular o tema. “Vamos ter que achar uma solu-ção em conjunto”. Como medida adicional para conter a desvalorização do dólar, o governo vem comprando dólares no mercado à vista.

Inovação e Desenvolvimento

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:[email protected]@[email protected]

TIRAGEM: 10.000 exemplaresASSINE O CAPITAL: (21) 2671-6611

DEPARTAMENTO COMERCIAL:(21) 2671-6611 / 9287-1458 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo Cunha ([email protected])Diretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379)

Colaboradores: Arthur Salomão, Karla Ferreira, Frederico Costa Ribeiro, Geiza Rocha, Samuel Maia, Pedro Paulo B. Noyma e Roberto Daiub

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do InteriorFiliado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

Governo aumenta IOF para conter a alta do real

“ “ Temos que dosar o remédio de modo que ele não seja excessivo

GUIDO MANTEGA,ministro da Fazenda

O COMITÊ DE Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) man-teve, pela segunda vez seguida, a taxa básica de juros (Selic) em 10,75% ao ano. O índice vigora desde 21 de julho, data da penúltima reunião do cole-giado. E, pela expectativa dos analistas fi nanceiros, a Selic deve permanecer nesse patamar pelo menos até o fi nal do primeiro tri-mestre de 2011. Em nota, o Copom diz que “avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a infl ação, o Copom decidiu,

por unanimidade, manter a taxa Selic em 10,75% ao ano, sem viés”, ou seja, sem a possibilidade de revisão até a próxima reu-nião do colegiado, que será em dezembro. Na avaliação dos analistas, a infl ação está sob controle, apesar de ligeiramente acima do centro da meta de 4,5% traçada pelo Con-selho Monetário Nacional (CMN), o que justifi ca a manutenção do índice.

De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo BC no dia 19, a expectativa média de uma centena de

analistas de mercado e de instituições financeiras aponta para um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,20% neste ano e de 4,99% em 2011, dentro das margens permitidas de 2 pontos per-centuais para mais ou para menos. Para o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Piscitelli, “os juros deve-riam cair mais, de modo a desestimular investimen-tos externos em aplicações financeiras e reduzir a valorização do real em re-lação ao dólar”. Seria uma

forma, segundo ele, de o Copom contribuir com o esforço governamental de conter a queda da moeda norte-americana e dar mais competitividade de preços às exportações brasileiras.

Para conter a valorização excessiva do real, o go-verno elevou, duas vezes, neste ano, a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos externos em renda fi xa. E o BC, com o mesmo objetivo, tem reali-zado leilões duplos, quase diariamente, para comprar dólares no mercado à vista.

Copom mantém pela segunda vez seguida taxa básica de juros em 10,75%

A MANUTENÇÃO da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Mo-netária (Copom) está em sintonia com o cenário atual: alta sazonal dos preços de alimentos, va-lorização do real e cres-cimento mais brando da economia mundial . A avaliação foi feita pelo presidente da Federação Nacional do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomér-cio-RJ), Orlando Diniz, ao comentar a decisão unânime do Copom, do

Banco Central, de manter a taxa básica de juros (Se-lic) em 10,75% ao ano. Em nota, Diniz diz que “às vésperas do Natal, um aumento na taxa de juros iria na contramão da expectativa para a principal data de vendas do comércio – ao bom desempenho do setor e à sua contribuição para o emprego. Mas é preciso ir além. Só será possível manter o ritmo do cresci-mento sem necessidade de elevar a Selic para

conter a inflação, se o governo gastar de forma mais efi ciente, com me-nos despesas correntes e mais investimentos.”

O Sistema Firjan tam-bém divulgou nota com avaliação sobre a medi-da do Comitê de Política Monetária. “O contexto externo de juros e cres-cimento baixo nos países desenvolvidos oferece ao Brasil a oportunidade úni-ca de crescer sem riscos às metas inflacionárias estabelecidas”. O texto

avalia que, “além disso, o fi m do incentivo ao crédito e fi scais domésticos amplia o espaço para a redução do juro básico da economia. Nesse sentido, o Sistema Firjan acredita que, mais uma vez, o país perdeu a oportunidade de reduzir o alto custo de fi nanciamen-to imposto a consumidores e empresas e, consequente-mente, de elevar a taxa de investimento da economia, fator fundamental à manu-tenção do crescimento nos próximos anos”.

Fecomércio-RJ considera adequada manutenção da taxa básica de juros

ABR/MARCELO CASAL JR

NESTE FIM DE SEMANA foi publicada uma entrevista no jornal “Folha de São Paulo’ com o escritor americano Steven Johnson sobre as condições ideais para gerar inovação. O mais in-teressante é, na verdade, perceber que ele repete o que outros especialistas já afirmaram: a inovação ocorre em ambientes em que há mais exposição a diferentes idéias e situações. A idéia do cientista isolado ou do gênio solitário em um momento de inspiração, segundo ele, é um mito. Isso nos ajuda a buscar formas de fazer do estado do Rio a capital da inovação, criando cidadãos empreendedores.

Johnson reforça a idéia de que quanto maior o fluxo e a troca de informações, mais capacita-do está o sujeito para inovar. Se pensarmos na concentração que existe de pessoas e de grandes cidades em nossa Região Metropolitana, podemos dizer que um dos fatores nós possuímos. O autor afirma que circular com pessoas de diferentes áreas, conectar disciplinas na escola, enfim, tornar o ensino de fato transdisciplinar é o caminho para transformar os indivíduos.

Ele vai além ao comparar gerações, e defender que jogar videogame é muito mais produtivo do que ficar diante da televisão. Permito-me concor-dar. O grau de complexidade e de interatividade que a Internet possibilita hoje é enorme. Um garo-to que está em uma lan house em Caxias consegue jogar ao mesmo tempo com o colega que está ao seu lado e com um garoto em Denver, Estados Unidos. Sem contar o desafio de se superar e aos demais, ainda há uma gama de histórias que muitas vezes precedem o próprio jogo.

O EVENTO “Empreendedo-res, Líderes & Formadores de Opinião”, ou simplesmente ELFO, vai realizar um encon-tro de empreendedores, líde-res e formadores de opinião em Duque de Caxias. Esta é a quinta versão do evento, que acontecerá no dia 10, no Mont Blanc Apart Hotel, na Rua Passos da Pátria, bairro 25 de Agosto. A iniciativa conta com o apoio institucio-nal da Prefeitura e do Sindi-cato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada e Sul Fluminense.

Estarão presentes, se-gundo os organizadores, representantes da Federação Brasileira de Alimentação e Hospedagem, Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico Social, Centro de Integração Empresa e Escola e da Prefeitura de

Duque de Caxias, além de empresários de diversos segmentos. O encontro tem como foco o crescente de-senvolvimento econômico do Estado do Rio de Janeiro, que se prepara para a Copa do Mundo e Olimpíadas Mundiais. Devido ao seu potencial de suas ativida-des, a Baixada Fluminense se insere nesse contexto. “”Queremos conscientizar os empresários da impor-tância da capacitação e atu-alização de seus produtos e serviços, bem como promo-ver eventos turísticos para a Baixada”, assinala Nilo Ta-vares, organizador do even-to. Segundo ele, o Turismo de negócios, gastronomico, familiar, histórico, cultural, ecológico e religioso são apenas alguns dos itens a serem observados.

Palestras vão reunirempresários em Caxias

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33CAPITAL26 de Outubro a 1° de Novembro de 2010

O PRESIDENTE Luiz Iná-cio Lula da Silva afi rmou dia 18 que investimentos da Petrobras vão transformar o Brasil em um exportador não só de petróleo, mas também de seus deriva-dos. Segundo ele, a venda desses produtos para o mercado externo trará mais renda para a empresa e para o país como um todo. “Não queremos exportar somen-te o óleo cru”, disse o presi-dente. “Queremos exportar derivados do petróleo, com maior valor agregado, com

mais investimento tecnoló-gico, para que a gente possa ganhar mais dinheiro.”

Lula falou sobre os planos da estatal durante cerimônia de inauguração de unidades da Refi naria Henrique Lage (Revap) em São José dos Campos (SP). Ele afi rmou que a Petrobras já investiu US$ 23 bilhões na melhoria do processo de refi no para produzir combustíveis com qualidade compatível com a do mercado internacional. “Já faz sete anos que a Pe-trobras vem modernizando

as suas 11 refinarias para que a gente possa, quando for autossufi ciente, exportar óleo diesel”, complementou. O presidente afirmou que esse investimento é benéfi co também para o país, já que o combustível produzido pela estatal será menos poluente. “Quando os caminhões esti-verem circulando com óleo diesel, não terá mais tantas partículas [de poluição] para a gente respirar”, afi rmou o presidente.

Com as novas unidades, a Revap de São José dos

Campos passa a ser capaz de produzir diesel com con-centração de enxofre de 10 partes por milhão (ppm). A venda do combustível com essa quantidade de enxofre será obrigatória no país só daqui a três anos. De acordo com o presidente, por causa desse e de outros investimentos, a Petrobras passou a ser a segunda maior empresa do setor de petróleo do mundo. Lula disse que, só durante os seus oito anos de mandato, o valor patrimonial da estatal subiu

de US$ 15 bilhões para US$ 220 bilhões. “Essa empresa que nasceu desa-creditada, essa empresa que muita gente tentou vender, essa empresa que muitos

editorais diziam que não devia se meter a procurar petróleo está se tornando um motivo de orgulho para cada um de nós brasilei-ros”, afi rmou ele.

A PETROBRAS confir-mou o potencial estimado de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de óleo equivalente na área de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, redu-zindo as incertezas sobre os volumes estimados de óleo leve na camada pré-sal. Em nota divulgada dia 22, a estatal destacou que o nono poço perfurado com-prova que a acumulação de petróleo se estende até o extremo sul da área do Plano de Avaliação de Tupi e confi rma que a espessura do reservatório de petróleo e gás chega a 128 metros. Os resultados também con-fi rmaram que as reservas são de óleo leve, de maior valor comercial. A decla-ração de comercialidade da jazida está prevista para 31 de dezembro deste ano.

O bloco é operado pela Petrobras, que detém 65%

dos direitos exploratório, em consórcio com a BG Group (25%) e a Galp Energia (10%). A próxima etapa será de testes para estabelecer a produtividade. “Confi rma-das as produtividades espe-radas, o consórcio BMS-11 estudará a instalação, no sul

da área de Tupi, de um dos primeiros navios-plataforma padronizados que estão sen-do projetados para operar no pré-sal da Bacia de Santos”, informou a estatal na nota.

O poço informalmente conhecido como Tupi SW, foi perfurado numa lâmina

d’água de 2.152 metros. Ele está localizado a cerca de 290 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro e 11 quilômetros a sudoeste do poço onde a Petrobras faz o primeiro teste de longa duração para obter dados técnicos das jazidas do Polo

Pré-Sal da Bacia de Santos. O consórcio que desen-

volve a produção no blo-co BMS-11, onde está a acumulação de petróleo de Tupi é formado pela Petrobras, que é a opera-dora, com 65% dos direi-tos exploratórios, o BG

Group (com 25%) e a Galp Energia (com 10%) e dará continuidade às atividades e investimentos progra-mados pelo Plano de Ava-liação da área aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Petrobras confi rma potencial de barris no pré-sal

A PETROBRAS inicia no fi m deste mês a exploração comercial do petróleo da ca-mada pré-sal. O presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, afi rmou que as operações co-merciais no Campo de Tupi devem começar entre os dias 27 e 28. O anúncio foi feito dia 18, após a inauguração de novas unidades da Refi naria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP). A cerimônia contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Gabrielli, a ex-ploração experimental de Tupi começou em maio. Atualmente, são extraídos do campo cerca de 14 mil barris de petróleo por dia. Com o início da exploração comercial, a extração pode chegar a 100 mil barris por dia. “Claro que isso não será obtido logo no início, mas é a capacidade”, disse Gabrielli.

O presidente da Petrobras também falou sobre a que-da no preço das ações da companhia verifi cada nos últimos meses. Segundo ele, o motivo foi a taxação dos investimentos estrangeiros imposta pelo governo para conter a desvalorização do dólar e não por descon-fi ança dos investidores no processo de capitalização da estatal.

- As ações caíram essen-cialmente no momento em que grandes investidores quiseram usar uma brecha da mudança do IOF [Imposto Sobre Operações Financei-ras] - justificou. “Quando aumentou o imposto, existia a possibilidade de você vender os investimentos em ações, transformá-los em reais e comprar títulos de renda fi xa. No momento em que isso foi alterado, as ações voltaram se recuperar.”

Exploração comercial do petróleo do pré-sal começa nos próximos dias

“Petrobras fará do país exportador de derivados de petróleo”A

G. P

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OBR

AS

AG. PETROBRAS

O PRESIDENTE DA PE-TROBRAS, José Sergio Gabrielli de Azevedo (foto), visitou na terça-feira (19) as obras da Unidade de Tra-tamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) e do túnel do Gasoduto Caraguatatu-ba-Taubaté (Gastau), em Caraguatatuba (SP). Duran-te a atividade, foi anunciada a entrada em operação da UTGCA no primeiro tri-mestre de 2011. A unidade receberá inicialmente o gás das áreas de Mexilhão, Uruguá-Tambau e de Tupi. Após o processamento, o gás natural será enviado ao mercado por meio do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté (Gastau), e o GLP (gás de cozinha) será es-coado, em um primeiro momento, por caminhões e, futuramente, através de um duto paralelo ao Gastau até a refi naria Revap, em São José dos Campos (SP).

O Gastau é um gasoduto de 96 quilômetros de ex-tensão e 28 polegadas em fase final de construção cujo túnel, de 5,1 km de extensão, tem ainda cerca de um quilômetro a ser per-furado. A capacidade inicial da UTGCA será de 18 mi-lhões de m³/dia, devendo ser ampliada, de acordo com o gerente geral da Unidade de

Operações da Bacia de San-tos, José Luiz Marcusso, “a Petrobras estuda ampliar a capacidade para 20 milhões de m³/dia”, permitindo um maior recebimento de gás natural a ser produzido no pólo pré-sal.

O presidente da Petrobras destacou a importância do projeto para o desenvolvi-mento das reservas do pré-

sal. “O projeto tem papel estratégico no avanço da possibilidade de desenvol-vermos o pré-sal da Bacia de Santos numa velocidade maior”, disse Gabrielli. No pico das obras da UTGCA, iniciadas em 2007, foram gerados 4.200 mil empregos diretos. O conteúdo nacio-nal dos equipamentos fi cou em torno de 82%.

Unidade Monteiro Lobato iniciará operação até marçoAG. PETROBRAS

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CAPITAL 26 de Outubro a 1° de Novembro de 201044

Brasil está entre os países onde furtos em lojas causam mais prejuízos

BAN

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SO BRASIL OCUPA, ao lado do Marrocos, o se-gundo lugar no ranking dos países onde há mais prejuí-zos causados por furtos em lojas, segundo um estudo do Centro de Pesquisas do Varejo, uma organização britânica especializada em vendas varejistas. A pes-quisa Barômetro Global de Furtos no Varejo calcula que entre julho de 2009 e junho deste ano os lojistas brasileiros perderam R$ 3,9 bilhões em furtos e erros administrativos. O Brasil foi o único entre os 40 países pesquisados a ter registrado aumento nos prejuízos, ainda que o crescimento tenha sido de apenas 0,02 ponto percen-tual em relação a 2009. O estudo calcula em R$ 182 bilhões o total de perdas causadas por furtos em 2010 no mundo todo,

No ranking geral, a Ín-dia, o Brasil e Marrocos são seguidos pela Áfri-ca do Sul, Rússia, pelo México, pela Tailândia, Malásia e Turquia. Os se-tores que mais registraram ocorrências foram os de peças de carros e materiais de construção; roupas,

acessórios e cosméticos. Os menos afetados foram os de bebidas alcoólicas, calçados, artigos espor-tivos, eletrônicos e com-putadores. Entre os itens mais furtados destacam-se lâminas e cremes de barbe-ar, smartphones, perfumes, bebidas, carne fresca, es-

covas de dente elétricas, café, DVDs, jogos eletrô-nicos, bolsas, tênis, óculos escuros e relógios. Em mé-dia, cada furto por cliente gerou prejuízo de R$ 330. Os furtos por funcionários custaram R$ 3,29 mil cada. As informações são da agência BBC Brasil.

NO CASO DO BRASIL, o valor em perdas decor-rentes de pequenos furtos representa 1,64% do total das vendas no período e, proporcionalmente, só é inferior ao da Índia (2,72%). Participaram do levanta-mento no Brasil 37 redes varejistas de vários setores, com 29.132 lojas espa-

lhadas pelo país. Do total dos prejuízos registrados por lojistas brasileiros, 32,8% foram atribuídos a furtos por clientes, 43,4%, a furtos por funcionários e 7,6%, a fraudes envolven-do fornecedores e vende-dores. Além disso, 16,2% foram creditados a outros tipos de erros.

Além do Brasil, o estudo abrange mais dois países latino-americanos: o Méxi-co, quinto colocado na lista, com perdas causadas por furtos equivalentes a 1,61% das vendas, e a Argentina, em 11º lugar, com 1,48%. No outro extremo da tabela, fi guram entre os países com menores perdas causadas

por furtos Taiwan (0,87%), Hong Kong (0,91%) e a Áustria (0,97%). Os Es-tados Unidos (em décimo lugar, com perdas equiva-lentes a 1,5% das vendas), o Canadá (12º e 1,42%) e a Austrália (15º e 1,32%) foram os países desenvol-vidos que tiveram pior de-sempenho.

FURTOS REPRESENTAM QUASE 2% DO TOTAL DAS VENDAS

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55CAPITAL26 de Outubro a 1° de Novembro de 2010

O TESOURO NACIONAL divulgou o resultado fi nal da reabertura de títulos da dívida externa em reais, conhecido como bônus da República, com venci-mento em janeiro de 2018. De acordo com o órgão, o valor total da operação, iniciada dia 20, fi cou em R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 1 bilhão nos mercados eu-ropeu e norte-americano, e R$ 100 milhões no merca-

do asiático, que devido ao fuso horário foi concluída depois.

O título foi emitido com taxa de retorno ao investi-dor de 8,85% ao ano e os recursos entrarão para as reservas internacionais em 27 de outubro, próxima quinta-feira. Essa rolagem [troca de títulos antigos por outros] de dívida externa é melhor para o Tesouro Nacional porque o custo é

menor do que as operações realizadas no Brasil.

O cupom de bonifi cação para os investidores será de 10,25% ao ano e o paga-mento dos cupons ocorrerá nos dias 10 de janeiro e 10 de julho de cada ano até o vencimento do papel. A emissão dos títulos brasi-leiros foi liderada pelos bancos Deutsche Bank eBarclays, colíderes BB Securities e Credit Suisse.

Extra-sístoles ventriculares

ROBERTO DAIUB ALEXANDRE é médico cardiologista concursado da Prefeitura de Duque de Caxias, médico-chefe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Teresópolis (Unifeso) e médico plantonista da emergência do Hospital das Clínicas Mario Lioni, em Duque de Caxias

A PARTIR DE JANEIRO, as micro e pequenas em-presas dispostas a investir em inovação contarão com R$ 787 milhões do Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-cro e Pequenas Empresas (Sebrae). O dinheiro é para subsidiar projetos que incentivem a competitivi-dade e o desenvolvimento sustentável das empresas, reduzindo desperdícios, aumentando a produtivi-dade e a segurança dos funcionários. Segundo o Sebrae, o programa atuará em cinco linhas: serviço tecnológico básico para empresas que estão co-meçando e precisam fazer

mudanças em seu proces-so; serviço tecnológico avançado para empresas que precisam de um tra-balho mais detalhado; o Sebraetec Inovação, que vai às empresas prestar consultoria para resolver os gargalos de inovação; o Sebraetec Inova, específi co para empresas que preten-dem desenvolver produtos novos; e a Indicação Ge-ográfica, para empresas que possuem produtos regionais que, por serem exclusivos, agregam valor.

A meta do programa é atingir 48 mil empreendi-mentos em três anos. As linhas de serviços tecno-

lógicos básicos e avan-çados podem ser usadas automaticamente. As de-mais terão três editais que serão lançados a partir de janeiro. Os subsídios vão de R$ 5 mil a R$ 300 mil. O presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, afi rmou que o objetivo principal do programa é fazer com que as empresas brasileiras passem a ter a cultura da inovação. “Nós precisamos construir produtos serviços para atender tanto à de-manda do mercado interno quanto do externo. Só va-mos fazer isso se criarmos esse espírito no nosso setor empresarial”.

De acordo com Okamo-to, a cultura da inovação permite que as empresas criem produtos e serviços que atendam a população e podem ser exportados. “Assim podem comprar novas máquinas e deixam de ser micro ou pequenas empresas e passem a ser grandes, gerando maior número de empregos”, disse. Para ter acesso aos programas, o empresário pode procurar um balcão do Sebrae (são mais de 800 em todo o país), con-sultar o site da entidade ou solicitar uma visita de um agente local de inovação.

Micro e pequenas empresas terão quase R$ 800 milhões

O CONSELHO Administra-tivo de Defesa Econômica (Cade) aprovou dia 20, por unanimidade, a fusão da ope-radora de telefonia Oi com a Brasil Telecom. A maioria dos conselheiros avaliou que grande parte das inter-mediações do conselho nos negócios e no processo de concorrência entre as com-

panhias do setor decorre de defi ciências do modelo regu-latório da Agência Nacional de Telecomunicações (Ana-tel). A explicação para essa avaliação é que a evolução tecnológica vem tornando o modelo da agência desatu-alizado em relação à rotina do trabalho e dos negócios das telefônicas.

Cade aprova fusão da Oi com a Brasil Telecom

AO INAUGURAR dia 19, simultaneamente, seis usinas hidrelétricas em Goiás, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a segun-da edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) investirá R$ 136,6 bilhões apenas em projetos de geração de energia. De acordo com o presidente, a previsão é de que os recursos investidos no PAC 2 sejam usados na construção de 44 usinas hidrelétricas conven-cionais e dez no modelo pla-taforma, 12 delas no estado de Goiás. “Apenas em usinas hidrelétricas serão investidos R$ 116 bilhões”, disse Lula, acrescentando que, entre 2007 e 2010, os investimen-tos públicos e privados no setor elétrico chegaram a R$ 48,6 bilhões.

No município goiano de Catalão, a 300 quilômetros de Brasília, Lula inaugurou as usinas hidrelétricas Serra do Facão, Barra dos Coqueiros, Caçu, Foz do Rio Claro, Salto e Salto do Rio Verdinho. Se-gundo o Ministério de Minas

e Energia, as novas usinas te-rão, ao todo, 645 megawatts (MW) de potência instalada, o sufi ciente para suprir a de-manda de energia para cerca de 1 milhão de habitantes. Os seis empreendimentos rece-beram, juntos, investimentos de aproximadamente R$ 2,9 bilhões. A energia assegurada ao sistema elétrico pelas seis usinas será de 445,6 MW médios.

Lula ressaltou que nos últi-mos anos o país recuperou a capacidade de investimentos no setor e modernizou o mar-co regulatório. “Na transmis-são, estão previstos [no PAC 2] investimentos de R$ 37,4 bilhões para a construção de 36 mil quilômetros de redes para grandes interligações e reforços regionais. O PAC 2 prevê também uma novi-dade no quesito preservação ambiental com instalação de aquecimento solar para o banho em residência. Serão R$ 1,1 bilhão e a iniciativa poderá beneficiar 260 mil famílias de baixa renda”, discursou Lula.

PAC 2 investirá R$ 136,6bilhões em geração de energia

Brasil concluiu operação de R$ 1,1bilhão com títulos no mercado externo

UMA EXTRA-SÍSTOLE VENTRICULAR (contra-ção ventricular prematura) é um batimento cardíaco provocado pela ativação elétrica dos ventrículos antes do batimento cardíaco normal.

Este tipo de arritmia é frequente e não indica qual-quer perigo quando não existe uma cardiopatia asso-ciada. No entanto, quando se manifestam com frequ-ência numa pessoa que sofre de insufi ciência cardíaca, estenose aórtica ou que tenha tido um enfarte, podem representar o início de arritmias mais perigosas, como uma fi brilação ventricular e causar morte súbita.

As extra-sístoles ventriculares isoladas têm um es-casso efeito sobre a ação do bombeamento do coração e, geralmente, não produzem sintomas, a não ser que sejam muito frequentes. O sintoma principal é a per-cepção de um batimento forte ou fora do lugar.

As extra-sístoles ventriculares são diagnosticadas através do electrocardiograma (ECG).

Redução do stress físico e mental associado a não ingestão de bebidas alcoólicas e a suspensão do taba-gismo, são medidas que podem evitar ou até mesmo abolir as extrassístoles ventriculares. Investigação da doenças nas válvulas do coração e outras relacionadas a alteração hormonal (doenças da tireóide por exem-plo) também são medidas necessárias para investiga-ção dessa arritmia.

Os fármacos antiarrítmicos suprimem as extra-sístoles ventriculares, mas podem também aumentar o risco de uma arritmiagrave. Em consequência, devem ser utilizados com precaução em doentes selecionados, depois de terem efetuado estudos cardíacos sofi stica-dos e a correspondente avaliação dos riscos.

A SEMANA NACIONAL do Empreendedor Indivi-dual (EI) foi marcada por um mutirão de cadastra-mento e formalização de trabalhadores autônomos em Duque de Caxias. A subsecretária de Desen-volvimento Econômico (SMDE), Karla Ferreira, esteve na Praça Roberto da Silveira, no dia 22, para acompanhar o trabalho de atendimento dos tra-balhadores caxienses. O Sebrae promoveu entre os dias 18 a 23 de outubro, a Semana Nacional do Em-preendedor Individual (EI) com ações simultâneas em todo o país. Com objetivo de ampliar o número de formalizados e contribuir para a meta nacional de 1 milhão de cadastrados até dezembro, Duque de Caxias contribuiu com a parceria entre o Sebrae e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Eco-nômico, com uma média de 60 formalização e 100 atendimentos diários.Tendas foram instaladas

na Praça Roberto da Sil-veira. Quem passava por lá aproveitava para conhe-cer as vantagens de um empreendedor individual. Pode se tornar benefi ciário qualquer trabalhador com receita bruta de até R$ 36 mil por ano. É recolhido um valor fi xo mensal de 11% do salário mínimo para a Previdência Social mais R$

1 de ICMS se for da indús-tria ou do comércio, ou R$ 5 de ISS se for do setor de serviço. Entre os benefícios estão o registro no CNPJ, a aposentadoria e o acesso a fi nanciamento diferenciado.Para a subsecretária de Desenvolvimento Eco-nômico, Karla Ferreira, a semana do empreendedor foi um sucesso. “A popu-

lação teve a oportunidade de conhecer uma lei que tem muitos benefícios para o trabalhador. Fizemos um trabalho voltado para a formalização e orientação dos caxienses”, afirmou Karla. A população foi orientada por agentes do Sebrae que faziam o ca-dastro através do Portal do empreendedor.

Caxias faz mutirão para cadastrar empreendedor individualPM

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EM SETEMBRO, a taxa de desocupação nas seis principais regiões metropo-litanas do Brasil foi de 6,2%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Insti-tuto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). Essa é a menor taxa da série his-tórica, iniciada em março de 2002. A menor taxa de desocupação havia sido re-gistrada em agosto, quando o desemprego atingiu 6,7%. De acordo com o IBGE, a popu-lação ocupada - 22,3 milhões de pessoas - cresceu 0,7% em relação a agosto e 3,5% em relação a setembro de 2009. Já a população de-socupada (1,5 milhão) caiu 7,5% em relação a agosto e 17,7% no ano.

O número de trabalhado-res com carteira assinada fi cou estável em 10,3 mi-lhões em setembro, mas demonstrou crescimento de 8,6% em comparação com o mesmo mês de 2009. O rendimento médio real su-biu 1,3% no mês e 6,2% no ano, para R$ 1.499,00.

Brasil tem menor taxa de desemprego

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CAPITAL 26 de Outubro a 1° de Novembro de 201066

Atualidade

A SEGUNDA edição da Semana de Ciência e Tec-nologia de Duque de Ca-xias, atraiu muitos alunos ao centro Cultural entre os dias 19 e 22. O evento ocorreu simul-taneamente com a 7ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Este ano, o tema da Semana de Ciência e Tecnologia foi Josué de Castro “Desafios para uma sociedade sustentável”. “A mos-tra traz aos estudantes a perspectiva de alcançar igualdade de oportunida-des, tanto para alunos de escolas privadas e, mais

ainda das públicas, de poder desenvolver sua carreira, priorizando a educação. Essa é a mi-nha meta para Duque de

Caxias, desenvolvimento com tecnologia avança-da e moderna”, destacou o prefeito José Camilo Zito, durante a abertura do

evento, ao lado da presi-dente da Fundec, Roberta Barreto, da deputada esta-dual eleita, Claise Maria Zito, e dos Secretários

de Trabalho e Renda (Jorge Cezar), Cultura e Turismo (Gutemberg Cardoso) e Meio Am-biente (Samuel Maia), entre muitas outras au-toridades.

Em um dos 12 estan-des montados na Pra-ça, estava a Empresa Química Braskem,

instalada em Duque de Caxias e que incentiva a utilização de Polietileno Verde como alternativa para embalagens plásti-

cas. O público presente pôde assistir a apresen-tação das crianças do Pimpolhos da Grande Rio e uma atração com

palhaços, onde junta-mente com os alunos das escolas municipais puderam interagir em todos os experimentos

de cada estande, além de um planetário. Fo-ram realizados debates, palestras e diversas ati-vidades.

Semana de Ciência e Tecnologia atrai crianças ao Centro Cultural Oscar Niemeyer

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“ “ “Essa é a minha meta para Duque de Caxias, desenvolvimento com tecnologia avançada e moderna”JOSÉ CAMILO ZITO,prefeito de Duque de Caxias

MOVER CADEIRAS de rodas ou próteses de membros como braços e pernas apenas com o pensamento são algumas das possibilidades de um dispositivo desenvolvido por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Trata-se de uma interface que capta as or-

dens do cérebro por meio de uma touca com eletro-dos e converte esses si-nais em informações di-gitais capazes de acionar dispositivos mecânicos. “É essencialmente um leitor de pensamentos”, explica o coordenador do Laboratório de Robótica da PUC, Marco Antonio Meggiolaro.

- Se você quer mover seu braço para a esquerda, por exemplo, ele consegue identifi car isso - explica o pesquisador sobre a ferramenta virtual que permite a adaptação entre os dois sistemas (o cérebro e a prótese ou a cadei-ra de rodas). O custo de produção dessa interface também é menor do que os

concorrentes estrangeiros, segundo o pesquisador. De acordo com Meggiolaro, a fabricação do equipamen-to, com cerca de 10 centí-metros de comprimento, tem o custo aproximado de R$ 1 mil.

O equipamento per-mite que até pessoas que nunca tiveram de-terminados membros

possam operar próteses apenas com o comando mental. Também pode ser usado por tetraplé-gicos ou portadores de doenças degenerativas para movimentar cadei-ras de rodas de maneira totalmente independen-te. Meggiolaro ressalta que, apesar de existirem vários dispositivos se-

melhantes sendo de-senvolvidos em todo o mundo, o brasileiro é “o que tem melhor desem-penho na atualidade em relação ao seu próprio tamanho. Ou seja, ele é muito compacto e a gente consegue mais de 90% de acerto na interpretação dos pen-samentos”.

Equipamento desenvolvido na PUC ativa máquinas pelo pensamento

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77CAPITAL26 de Outubro a 1° de Novembro de 2010

Internacional

TERMINOU DIA 21, em Paris, o Salão Internacio-nal de Alimentação (Sial 2010), uma das principais mostras mundiais de ali-mentos, que começou no domingo (17). Mesmo antes de fechar o balanço da participação brasileira na feira, as 134 empre-sas nacionais que foram lá para apresentar seus produtos já comemo-ram o grande número de negócios que devem render mais de US$ 1,1 bilhão pelas estimativas iniciais. A informação é do diretor de Negócios da Apex-Brasil (Agên-cia Brasileira de Pro-moção de Exportações e Investimentos), Maurício Borges, que coordenou a ida de 116 empresas nacionais ao Sial 2010. Ele disse que a delegação organizada pela Apex-Brasil ganhou prêmios especiais e realizou cerca de 5.200 negócios, entre contratos já fechados e os previstos para os pró-ximos 12 meses.

Segundo Borges, “o bom momento da eco-nomia brasileira possi-bilitou que as empresas investissem em pesqui-sa, desenvolvimento de tecnologia e novos equipamentos, e isso

resultou em um salto de qualidade dos pro-dutos, com aumento de competitividade no mercado internacio-nal”. Em decorrência disso, três vinhos bra-s i le i ros ganharam o prêmio Best Buy, que destaca os produtos com melhor re lação qualidade-preço, e o Brasil conquistou tam-bém um Sial de Ouro na categoria de sobreme-sas. O Sial é concedido a inovações industriais com sucesso comercial no país de origem e premiou a mistura pré-pronta da Fleischmann com pudim de leite, brigadeirão e quindim.

De acordo com o dire-tor da Apex, foi a maior delegação empresarial que o Brasil já levou à Sial, o que explica em parte o elevado número de negócios; quase o do-bro do que foi realizado no salão de 2008. Os produtos brasileiros que mais chamaram a aten-ção dos visitantes foram: café, carnes, biscoitos, massas, chocolates, ba-las e confeitos, lácteos, frutas, sucos, castanhas, temperos, vinhos, cacha-ças e frutas exóticas da Amazônia.

Empresas brasileiras fecham R$ 1,1 bi em

negócios em ParisCOM O REAL VALO-RIZADO, a Argentina deve receber este ano 1 milhão de turistas brasi-leiros. A previsão foi feita pelo ministro argentino do Turismo, Enrique Meyer. Ele participou da soleni-dade de assinatura de um convênio bilateral com o ministro do Turismo do Brasil, Luiz Barreto, durante o 38ª Congresso Brasileiro de Agências de Viagem (Abav), no Rio de Janeiro, no dia 20. O acordo visa a incenti-var o turismo da terceira idade nos dois países, oferecendo facilidades

tarifárias, como descontos de 35% nas passagens aé-reas, além de pacotes per-sonalizados para a faixa etária acima de 65 anos. O objetivo é variar os destinos tradicionais dos brasileiros, como Buenos Aires e Bariloche, ofere-cendo alternativas como as províncias vinícolas, principalmente Mendoza, e a Patagônia Austral, de natureza selvagem e ainda pouco explorada.

Meyer ressaltou que a situação econômica da Ar-gentina está melhorando, o que também deverá incen-tivar o turismo no sentido

oposto. Ele destacou que um dos problemas que atra-palham o fl uxo de turistas para o Brasil é a falta de manutenção das rodovias brasileiras. O turista ar-gentino, por exemplo, tem o hábito de viajar de carro. No ano passado, 1,2 milhão de turistas argentinos visi-taram o Brasil, metade por rodovias.

O ministro brasileiro Luiz Barreto afi rmou que a melhor forma de equi-librar a balança turística que atualmente favorece a saída dos brasileiros, impulsionados pelo real forte, é por meio do ba-

rateamento das tarifas aéreas internas e das diá-rias dos hotéis. Segundo Barreto, o país recebeu 4,9 milhões de visitantes no ano passado, enquanto 4 milhões de brasileiros viajaram para o exterior. Este ano, ele prevê que o número de visitantes che-gue a 5,2 milhões, mesma quantidade de brasileiros que farão turismo interna-cional. “Vamos chegar a US$ 6 bilhões de entrada de divisas, um recorde histórico, mas do outro lado também vai ser a maior evasão brasileira”, apontou Barreto.

Com real valorizado, Argentina deve receber 1 milhão de turistas brasileiros este ano

A BOLÍVIA EXPULSOU um grupo de 27 brasileiros que explorava ouro de forma ile-gal no departamento de Santa Cruz. As informações são da

agência oficial de notícias da Bolívia, ABI. De acordo com a diretora do Serviço Nacional de Migração, María René Quiroga, uma operação

militar conduzida pela Forças Armadas no município de San Ramón encontrou os brasileiros explorando ouro no local. Segundo ela, o grupo

foi deportado porque estava “roubando recursos naturais” bolivianos e por ter ingressado no país de forma ilegal, sem a documentação necessária.

Bolívia expulsa brasileiros que exploravam ouro ilegalmente

O PRODUTO Interno Bruto (PIB) da China cresceu 9,6% no terceiro trimestre do ano em re-lação ao mesmo período de 2009, informou nesta quinta-feira o Escritório Nacional de Estatísticas. A taxa de crescimento diminuiu com relação aos

11,9% registrados no pri-meiro trimestre e aos 10,3% do segundo. Além disso, o PIB nos nove primeiros meses de 2010 cresceu ao ritmo de 10,6% anualiza-do. O comércio exterior no mesmo período aumentou 37,9% do PIB. As expor-tações avançaram 34%,

enquanto as importações cresceram 42,4%.

O investimento em ativos fi xos chegou, nos nove pri-meiros meses, a US$ 2,89 trilhões, com alta de 24% anualizada. As vendas a varejo, principal indicador de consumo, avançaram 18,3% nos nove primeiros

meses do ano. O Escritório também publicou o núme-ro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que em setembro registrou 3,6% anualizado, 0,6 pon-tos percentuais a mais que em agosto, quando conse-guiu a taxa mais alta em quase dois anos.

Economia chinesa cresce 9,6% no 3º trimestre

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CAPITAL 26 de Outubro a 1° de Novembro de 201088

A INDÚSTRIA DE eletroele-trônicos é uma das que mais sentem os efeitos da sobrevalo-rização do real e, mesmo com tecnologias bem consolidadas, não consegue competir com os produtos importados, princi-palmente os de origem chine-sa. A análise é do presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. “São indústrias extremamente efi cientes, mas que, em fun-ção dessa moeda [real] fora da realidade, estão perdendo oportunidades de negócios todos os dias. Essas empresas já tiveram que mudar os seus fornecedores para tentar ba-ratear os produtos”, afi rmou Barbato, que preside tam-bém a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), durante a abertura do 9° Encontro Nacional da

Inovação Tecnológica, na manhã do dia 20, na capital paulista.

Para reverter o processo, segundo ele, seria necessário que o governo tomasse novas medidas na área cambial e de política industrial. “Seriam medidas temporárias até que se tenha condições de reverter esse quadro de valorização do real que vem ocorrendo por diversos fatores, até pelo su-cesso do Brasil na exportação de commodities”. Para ele, as medidas adotadas pelo gover-no são tímidas e tardias quando comparadas ao tamanho do problema. O diretor-geral da Protec, Roberto Nicolsky, dis-se que a valorização cambial é a principal causa do processo de desindustrialização do país, mas a falta de investimento das indústrias em inovação tecnológica também precisa

ser levada em consideração. “Uma indústria que está em um quadro nacional de alta competitividade com os chi-neses baratos não tem recurso para pensar em inovar”

Nicolsky sugeriu que o go-verno divida o risco da inova-ção repassando recursos para as empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento, como uma compensação pela valorização cambial. “Isso porque o Brasil está com um défi cit tecnológico crescente. Tudo que depende de tecno-logia está em défi cit e isso está aumentando. A soma de todo esse défi cit este ano ultrapassará US$ 70 bilhões”. Ele ressaltou que o quadro atual deve piorar porque o país está crescendo pela via das commodities, “que inje-tam dólares que perdem seu valor no país”.

Eletroeletrônicos não conseguemmais competir com importados

AO RECEBER no último dia 22 integrantes da in-dústria de brinquedos, que enfrenta forte concorrên-cia dos produtos chineses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afi rmou que, na atual guerra cambial, o Brasil é defensor do livre comércio, desde que a in-dústria nacional não seja prejudicada. “Somos defen-sores do livre comércio, não queremos criar obstáculos para a importação, não se trata disso. Trata-se apenas que esse livre comércio funcione bem até que as empresas brasileiras não sejam prejudicadas por um tratamento desigual, sobre-tudo quando se constata que há uma certa guerra cambial no mundo”, afi rmou.

O presidente da Associa-ção Brasileira dos Fabrican-tes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista, queixou-se da concorrência chinesa ao falar com jornalistas

após o encontro com Lula e afi rmou que, apesar dis-so, a indústria brasileira de brinquedos conseguiu pros-perar. “Estamos há alguns anos sem fechar fábricas, a produção local continua fi r-me. De 2003 até este mês de outubro, os 206 fabricantes e seus 26 mil funcionários completaram a fabricação do brinquedo de número 1 bilhão”, disse Synésio.

A visita dos fabricantes de brinquedos ocorreu para comemorar a marca de 1 bi-lhão de unidades produzidas no país, ocasião em que o presidente foi presenteado com um carrinho. Segundo o presidente da Abrinq, o setor teve, neste ano, o melhor Dia das Crianças, com um crescimento de 9% nas vendas em relação ao ano anterior. A expectativa é de que o próximo natal também supere as vendas do mesmo período do ano passado.

Lula defende indústria nacional em evento da AbrinqO PRESIDENTE da Abrinq afi rmou que a indústria de brinquedos resistiu à ditadura militar e atravessou diferen-tes políticas econômicas. Na sequência, ao discur-sar, Lula criticou os planos econômicos dos governos dos ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney. “Final-mente encontramos um jeito de governar o Brasil sem o academicismo das teses co-locadas em prática, sobretudo na área econômica e, quan-do fracassavam as teses, os prejuízos fi cavam por conta daqueles que não tinham nada a ver com as teses. Até hoje, pagamos prejuízos do Plano Collor, do Plano Verão, Plano Bresser. “As pessoas vão inventando planos e, na hora que vem a conta, quem inventou já não está mais no governo”, disse Lula.

Presidente faz críticasa Collor e a Sarney

ABR/WILSON DIAS