edição nº 185 - tribuna policial

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TRIBUNA A PEC 51 quer acabar com a Polícia Civil. Entenda o porquê Página 14 UNIFICAÇÃO Aprovado na Comissão de Segurança o PL que renomeia o cargo de Agente Penitenciário Página 16 AGEPENS Dia Internacional das Mulheres é comemorado com aprovação do PLP 275 Página 6 MULHER Ano XIX Edição 185 - Março/Abril 2014 Confira a cobertura completa das eleições do Sinpol e a entrevista com Ciro de Freitas ESPECIAL ELEIÇÕES

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TRIBUNAA PEC 51 quer acabar com a Polícia Civil.Entenda o porquêPágina 14

UNIFICAÇÃO

Aprovado na Comissão de Segurança o PL que renomeia o cargo de Agente Penitenciário Página 16

AGEPENS

Dia Internacional das Mulheres é comemorado com aprovação do PLP 275 Página 6

MULHER

Ano XIX Edição 185 - Março/Abril 2014

Confira a cobertura completadas eleições do Sinpol e a entrevista com Ciro de Freitas

ESPECIAL

ELEIÇÕES

Direção Geral: Adriano Macedo / Luciano MarinhoJornalistas Responsáveis: Taise Côrte (DRT/DF 9498)

Ta�ana Drumond (DRT/DF 6170)

Fotos: Hélio PereiraDiagramação: Célio Mar�nsConsultoria: Ar�cum ComunicaçãoImpressão: Imprima Gráfica Tiragem: 6.500mil exemplares

Expediente

CIRO JOSÉ DE FREITASPresidente

LUCIANO MARINHO DE MORAIS 1º Vice-Presidente

ANDRÉ LUIZ NEIVA RIZZO2º Vice-Presidente

DIVINATO DA CONSOLAÇÃO FERREIRA Secretário Geral

ERNANI BATISTA DE LUCENA1º Secretário

ARISTEU PEREIRA DA SILVATesoureiro

ROBERTO CLAUDIO COSTA 1º Tesoureiro

SÉRGIO LUIZ BARBOSA SILVA Diretor Jurídico

ANTÔNIO CARLOS DE SOUSA Diretor Jurídico Adjunto

CHARLES ALBERT ANDRADEDiretor de Comunicação Social

ADRIANO MACEDODiretor de Comunicação Adjunto

DIRETORIA EXECUTIVA:

FRANSBERT RODRIGUES BIJOS Diretor de Relações Sindicais

AGNALDO SOARES RODRIGUES Diretor de Planejamento e Administração

MÁRIO MARCOS PERES GRAMACHODiretor de Planejamento e Adm. Adjunto

REGINALDO CRUZ EVANGELISTADiretor de cultura e esportes

GILMAR DE OLIVEIRA ALVES Diretor de Cultura e Esportes Adjunto

ANTONIO DIAS DE ARAÚJODiretor de formação sindical

RODRIGO QUEIROZ DA SILVADiretor de Formação Sindical Adjunto

SANDRA LÔBO DE AQUINO MOURA E SILVADir. de Ass. de Aposentados e Pensionistas

JOÃO FERREIRA PIMENTA Dir. de Ass. de Aposentados e Pens. Adjunto

RENATO MENDONÇADiretor de Políticas Sociais

SÍLVIO JOSÉ DA ROCHADiretor de Políticas Sociais Adjunto

RENATO NEVES PEREIRA FILHOÉRIKA CRISTINA CUSTÓDIO VIANAFRANCINALDO FREIRE DE MENDONÇAWARNER BRITO LIMAMARCO ANTONIO BRITO MEIRELES

O papel u�lizado possui cer�ficação que garante sua produção com madeira de florestas plantadas, isso reforça nosso respeito ao meio ambiente.

JORGE CARLOS DE OLIVEIRADiretor de Informática

CARLOS ALBERTO ELIAS DE SOUZA Diretor de Informática Adjunto

PAULO CÉSAR GOMES DA SILVADiretor Médico

CARLOS JOSÉ VIEIRA DE ARRUDA Diretor Médico Adjunto

CONSELHO FISCAL:

A Tribuna Policial não se responsabilizapelo conteúdo dos ar�gos assinados.

7 de abrilMÉDICO-LEGISTA

A Medicina a serviço da sociedade e da Justiça

Uma homenagem do Sinpol

ao aniversário de Brasília e

ao dia do Policial Civil

TRIBUNAARTIGO

Ao findar um ciclo imposto por uma consulta popular –

o voto, me imponho aceitar ao que deseja a maioria. Por

ora, também me vergo ao impera�vo de dirigir à categoria

meu úl�mo ar�go, pois que foram quase dez anos de página

ca�va, um por mês, uma lauda, um pensamento ou posição

sobre centenas de assuntos que agora vão se diluir e findar

como findam os astros, a montanha, o elefante e a abelha.

Mas o que escrever aos policiais civis da a�va, aposentados

e pensionistas que nos acompanham por uma dezena de

anos. Certo que não é fácil se despedir ao mesmo tempo

que se expõe e também se mostra.

Então, por derradeiro ar�go, quero apenas dizer à cate-

goria que tudo passa e, fica de nós aquilo mesmo que o

tempo não há de destruir ou as tempestades haverão de

levar como levam os seixos e os detritos à beira dos cami-

nhos. Novos desafios virão, tanto a nós que par�mos,

quanto aos que chegam para ocupar este espaço que,

grande ou pequeno, deverá ser organizado dentro de uma

ordem que deve atender a maioria que opinou pelo voto, e

isso haverá de ser refle�do por aqueles que foram esco-

lhidos democra�camente.

Nossa diretoria esteve no Sinpol desde o ano de 1998 e o

legado por nós deixado só poderá ser avaliado pelo peso do

tempo e não por opiniões passageiras. Fiz e faço parte de um

grupo que tem tatuado em sua alma e ações o brasão da

PCDF, o espírito policial e seu orgulho. O caminho que toma-

remos, certo que não será o da contemplação. Vamos juntos

nos somar aos que ainda acreditam em uma polícia que não

pode ser superada por nenhuma outra e menos ainda

destruída por quem quer fazer dela palanque ou trampolim

para a realização de sonhos pessoais, polí�cos ou par�dários.

Em outra seara, a do trabalho árduo e da coragem, con�-

nuaremos a luta que vale a pena ser lutada. Nossa diretoria

transcende o jargão de um grupo e passa a ser de um estado

de espírito orientado único e exclusivo à lealdade a todos

que respeitam a PCDF e seus servidores – a�vos, aposen-

tados e pensionistas. Fora do Sinpol estaremos prontos a

agir e reagir como grupo que não aceitará retrocessos,

acordos vãos, ou perda do pres�gio social que conquis-

tamos a duras penas, suor e sangue. Fomos reconhecidos

como a Polícia Civil mais confiável do Brasil e isso não foi

fruto do acaso ou do lançamento dos dados da sorte. Esse

resultado só foi possível porque do nosso lado estavam os

que acreditam que uma ins�tuição se faz mais com o

vocação do que com estratégia; com união que conflitos;

com coragem e não com covardia.

E, em úl�mo parágrafo, findo dizendo que somos o resul-

tado de um sonho que não findou pelo voto, antes de tudo se

fortaleceu pelos desafios que virão. Aos integrantes da nova

diretoria desejo sucesso e prosperidade. Par�mos deixando a

casa arrumada e a categoria em ordem. A todos que nos

acompanharam e acreditaram em nossa diretoria temos

apenas a dizer um até logo. Con�nuaremos nos encontrando

nas discussões polí�cas e no bom combate que nos cobrarão

presença e opinião. Estamos e con�nuamos juntos, pois

“nossa vitória sempre será proporcional à nossa luta”

Março/Abril 3

Agente de Polícia Vice-Presidente do Sinpol-DF

LUCIANO MARINHO

Forte abraço a todos!

A LUTA QUE VALE A PENA SER LUTADA

SINPOL EM AÇÃO

• Andamento do PLP 275 que concede aposentadoria diferenciada para a mulher policial

• Secretaria da Criança assume responsabilidade de escoltar adolescentes que precisam de internação

PEGOU MAL

• O Cespe tentou eliminar candidatos do concurso de escrivão que apresentaram, no prazo estabelecido para recurso, exames médicos complementares

• Tramitação da PEC 51 que tem como propósito unificar as polícias civis e militares do Brasil

PEGOU BEM

4

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SINPOL ESTABELECE

NOVOS CONVÊNIOS

PARA SEUS

ASSOCIADOS

Além desses, passam o constar do rol de conveniados ao

Sinpol, a Caixa Econômica Federal, o cartão de crédito

Amex, o grupo Smaff e na área de educação, Vestcon, Alub,

Cultura Inglesa, Iesb, Colégio Santa Dorotéia e Ciman. No

segmento lazer e turismo, a novidade é a empresa Canoa

Adventure e as clínicas odontológicas Robrás e Ceorth.

Os filiados ao Sinpol têm à sua disposição

uma série de convênios estabelecidos pela en�-

dade que oferecem descontos diferenciados.

São academias, clínicas, restaurantes, imobiliá-

rias, livrarias, clínicas de esté�ca e odontologia,

entre diversos outros serviços. A listagem completa

dos convênios pode ser acessada pelo site do Sinpol,

www.sinpoldf.com.br, na aba “Serviços”.

Recentemente foram fechados novos convênios como,

por exemplo, com a Companhia Atlé�ca e ainda com a

Academia Runway, que oferece desconto de 10% a 27% e

desconto de 50% na matrícula. No rol de advogados, agora

o escritório Celso Ferro Advocacia oferece serviço especiali-

zado em consultoria técnico jurídica em procedimentos

criminais e administra�vos.

Na rede Disbrave de Postos de Combus�veis (verificar

lista no site) os sindicalizados que apresentarem carta de fili-

ação do Sinpol/DF terão R$ 0,10 (dez centavos) de desconto

no litro de combus�vel e 10 % na troca de óleo.

TRIBUNAESCOLTA

Março/Abril 5

ESCOLTA DE ADOLESCENTES AGORA É DERESPONSABILIDADE DA SECRETARIA DA CRIANÇA

Depois de várias reuniões, um acordo foi firmado entre Sinpol, PCDF e a

Secretaria da Criança e do Adolescente do DF alterando a escolta em hospitais

dos jovens apreendidos. A par�r de agora, essa escolta será realizada pelo

grupo de apoio operacional da própria Secretaria da Criança. O acordo será

oficializado em forma de portaria que deve ser publicada no Diário Oficial do

Distrito Federal (DODF) ainda no mês de março.

Esta negociação foi realizada em conjunto com a direção da Delegacia da

Criança e do Adolescente (DCA). Assim, como explica o presidente do Sinpol,

Ciro de Freitas, após publicada a portaria, os policiais civis da DCA que já sofrem

com baixo efe�vo, não precisarão mais se responsabilizar também com a incum-

bência da escolta desses adolescentes.

Essa é uma conquista

para os servidores lotados

na DCA, afinal de contas,

este trabalho não faz parte

das atribuições destes

servidores enquanto

policiais civis

��

Presidente do Sinpol-DF, Ciro de Freitas

GOVERNO ADIA PAGAMENTO DE PASSIVOS QUE DEVE SER REALIZADO NESTE MÊS DE ABRIL

Depois de muita cobrança por parte da diretoria do

Sinpol, o Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) do dia 17

de fevereiro traz uma nova promessa. De acordo com o

documento, o pagamento dos passivos àqueles que se

aposentaram antes de 2000 será realizado a par�r de abril

deste ano. Em negociação realizada em novembro do ano

passado, o Governador Agnelo Queiroz se comprometeu a

realizar o pagamento em janeiro de 2014.

Ainda de acordo com o DODF, o pagamento será reali-

zado de forma diferente a depender do valor de crédito de

cada aposentado. O pagamento daqueles que tenham

direito a um valor de até R$ 15.000 será efetuado integral-

mente na folha de pagamento de abril. Os que �verem

direito a um crédito superior à este valor, receberão o paga-

mento dividido em até 36 parcelas, a serem incluídas na

folha de pagamento também a par�r de abril.

Para conferir em detalhes o que foi publicado, acesse

o site do Sinpol, procure pela última notícia referente aos

passivos e leia a publicação do Diário Oficial na íntegra.

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, come-

morado no dia 8 de março, o Sinpol promoveu o tradicional

Happy Hour às policiais civis da a�va, aposentadas e pensi-

onistas filiadas à en�dade. A festa, que foi uma das

melhores de todos os tempos, contou com a presença de

mais de 700 mulheres e aconteceu no Hípica Hall.

Já na entrada, as convidadas foram recebidas com espu-

mante e bem-casados e durante a festa puderam desfrutar

de um cardápio especial composto por coquetéis volantes,

bebidas e sobremesas. As mulheres se empolgaram com a

DIA INTERNACIONALDAS MULHERES É COMEMORADO COM HAPPY HOUR ÀS FILIADAS AO SINPOL

MULHER POLICIAL

6

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animação da festa, feita por um DJ e banda. A pista de

dança con�nuou animada e cheia até às 21h. Como

lembrança do evento, as presentes levaram fotos �radas

com as amigas e reveladas na hora.

O presidente do Sinpol Ciro de Freitas agradeceu a

presença das mulheres e as parabenizou pelo seu dia. “Vocês

são guerreiras e verdadeiras heroínas no campo profissional,

no seu lar e para sociedade. Esta é uma homenagem a vocês

que conquistaram seu espaço. A PCDF não seria a mesma se

não fosse a garra e a fibra de cada uma de vocês”, afirmou.

Março/Abril 7

A importância do espaço que as mulheres conquistaram

ao longo dos anos foi tema da fala do vice-presidente

Luciano Marinho. Para ele, a mulher representa o equilíbrio

em qualquer �po de relação. Luciano Marinho disse ainda

que a presença de tantas mulheres na Polícia Civil do DF

humaniza a ins�tuição. “Agradeço a todas pela presença

neste momento de descontração, pois é uma forma de

relaxar da tripla jornada que enfrentam ro�neiramente”.

Presença importante na festa foi da dele-

gada e presidente da Associação das

Mulheres Policiais (Ampol), Creusa De

Castro Camelier. Ela agradeceu ao Sinpol

pelo empenho constante na aprovação do

PLP 275 e disse emocionada que final-

mente, após 13 anos de luta, tem o que

comemorar. “Nosso clamor começa a ser

ouvido e juntas, nós policiais civis, rodoviá-

rias federais e federais mostraremos que o

PLP 275 é nosso direito”, finalizou. Saiba

mais sobre o PLP 275 nas páginas 8 e 9.

Também compareceram ao Happy Hour a Secretária da Mulher,

Olgamir Amância; a presidente da APCAP, Sandra Lobo; a presidente

da Associação das Policiais Militares Femininas, Diva Ferreira da Silva;

e a vice-presidente da Agepen, Milena Simone Correia.

TRIBUNA

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Março/Abril

PLP 275

88

CÂMARA APROVA

APOSENTADORIA ESPECIAL

PARA A MULHER POLICIAL

E PLP SEGUE PARA

SANÇÃO PRESIDENCIAL

mulher poderá se aposentar com 25

anos de contribuição, desde que 15

sejam estritamente de a�vidade policial.

Hoje estas servidoras se aposentam com

30 anos de contribuição, desde que 20

sejam estritamente de a�vidade policial.

A aprovação só foi possível graças a

união das policiais das três forças, Polícia

Civil do DF, Polícia Rodoviária Federal e

Polícia Federal através das en�dades

representa�vas, o Sindicato dos Policiais

Civis do Distrito Federal (Sinpol/DF), a

Associação das Mulheres Policiais do

Brasil (Ampol) e a Federação Nacional

dos Policiais Rodoviários Federais

(FENAPRF).O Sinpol sempre apoiou a

matéria desde que ela ainda estava em

discussão no Senado Federal, em 2001.

É com muita alegria que parabenizamos a todas as

mulheres policiais pela aprovação do PLP 275/2001, que

trata sobre a aposentadoria especial para essas servidoras,

na Câmara dos Deputados no dia 22 de abril. Foi uma

conquista digna de sua magnitude, com uma quan�dade

esmagadora de votos a favor, 343, contra apenas 13 depu-

tados que não queriam que o PLP fosse aprovado. Após 13

anos de batalha, o PLP 275/2001 finalmente segue para a

sanção presidencial. De acordo com o projeto, a policial

É muito gra�ficante

quando se trabalha em

prol de uma categoria com

seriedade e afinco e o

resultado da luta se

concre�za em vitória que é

como a realização de um

sonho para as servidoras

policiais civis do DF

��

Presidente do Sinpol-DF, Ciro de Freitas

RESULTADO

343deputados

a favor

13 contra2 abstenções

TRIBUNA

9

Organizadas, 200 mulheres policiais fizeram uma mobili-

zação no Espaço Mário Covas, localizado no Anexo II da

Câmara dos Deputados, no dia 11 de março. Na ocasião,

deputados de vários par�dos, tanto governistas quanto da

oposição, compareceram à mobilização para prestar apoio.

Já no dia seguinte, 12 de março, as servidoras da Polícia Civil

do DF, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal

também es�veram na Casa Civil para fazer um trabalho de

convencimento, no intuito de abrir um canal de negociação

entre Governo e servidoras policias buscando sanar resis-

tências contra o Projeto. Naquele momento, foi solicitado

pelo Governo um estudo quanto ao impacto financeiro

dessa aposentadoria diferenciada. O Sinpol se compro-

meteu em formalizar a solicitação à Direção Geral da PCDF,

conforme o�cio 42/2014.

Em 26 de março, aconteceu o IV Encontro Nacional das

Mulheres Policiais do Brasil, na Câmara dos Deputados.

Nesta ocasião, vários parlamentares manifestaram apoio ao

Projeto, demonstrando a importância do pleito. Ao final, um

grupo de policiais se reuniu com o Deputado Henrique

Alves, presidente da Câmara dos Deputados, e ele se

comprometeu a inserir o PLP 275 na pauta de votação do

plenário, uma vez que estava prevista uma desobstrução das

votações e um esforço concentrado para votar vários

projetos em bloco já no início deste mês de abril.

O projeto chegou a entrar na pauta de votação no dia 10

de abril, mas foi re�rado em seguida. Antes do feriado de

Debates e encontros tratam do PLP 275Um debate foi realizado no dia 25 de fevereiro com a presença de 150

policiais. Para este evento, o Sinpol se antecipou e solicitou da direção-geral

da PCDF que todas as mulheres policiais civis fossem liberadas para que

pudessem par�cipar do debate. Poucos dias depois, no dia 10 de março, a

presidência do Sinpol, representada por Ciro de Freitas e Luciano Marinho,

se reuniu com representantes Ampol para discu�r quais as melhores estra-

tégicas para dar celeridade ao encaminhamento do PLP 275. Naquele

momento, o sindicato se comprometeu a conceder todo o auxílio possível,

além de se responsabilizar pelo transporte das mulheres policiais a todos

os eventos e encontros que �vessem por obje�vo pressionar e dar celeri-

dade a votação do PLP.

Páscoa, na quinta-feira, dia 17 de abril, representantes do

Sinpol e da Ampol se reuniram para discu�r estratégias para

que o PLP fosse colocado na pauta novamente. Já no

retorno do feriado, no dia 22, mulheres policiais das três

forças, com a organização das en�dades representa�vas, se

mobilizaram e às 11h da manhã na Câmara Federal, com

camisas e coletes de iden�ficação. Aquele foi o momento

em que o colégio de líderes definiu as matérias que seriam

votadas durante a semana e graças à pressão das policiais, o

PLP 275/2001 foi incluído e levado a votação.

Encontros se transformaram em pressão

O Sinpol sempre apoiou a matéria desde que

ela ainda estava em discussão no Senado

Federal, em 2001 e parabeniza as mulheres

policiais por essa conquista histórica.

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Março/Abril

ELEIÇÕES 2014

1010

3619 sindicalizados par�ciparam das eleições, de um

universo de 5600 aptos a votar. Ou seja, houve abs�nência

de 35%.

Três chapas concorreram ao pleito. Além da vencedora,

a Chapa 20, de Francisco DSouza, recebeu 894 votos e a

Chapa 10, de Luciano Marinho recebeu 707 votos. Ao todo

foram 17 locais de votação com urnas eletrônicas e seis

urnas em trânsito, onde se u�lizou cédulas de papel. A

apuração dos votos começou às 19h horas e durou 8 horas.

Foram 41 dias de campanha eleitoral, marcada pela

vontade e expecta�va dos integrantes de todas as chapas

de fazer o melhor pelo Sinpol e pela categoria policial civil. E

foi neste clima que a Chapa 30, presidida por Rodrigo

Franco, o Gaucho, foi eleita em primeiro turno com 55% dos

votos computados no dia 18 de março, uma terça-feira. A

Chapa 30 recebeu 1989 votos.

As urnas já estavam preparadas esperando os eleitores a

par�r das 8h da manhã e só foram lacradas às 18h. No total,

ELEIÇÕES DO SINPOL LEVAM 3619SINDICALIZADOS ÀS URNAS E ELEGEM CHAPA 30

Festa da democraciaDurante todo o processo eleitoral, passando pela inscrição das

chapas e pela Assembleia responsável pela eleição dos compo-

nentes da Comissão Eleitoral, não ocorreram desavenças pessoais

e os entraves foram todos travados no campo das ideias.

Demonstrando assim que os policiais civis respeitam e come-

moram a democracia da forma como tem que ser.

Ponto alto deste processo foi o Debate ocorrido no auditório

da DPE, no dia 27 de fevereiro, exibido ao vivo no site do Sinpol e

que contou com as perguntas encaminhadas pelos próprios poli-

ciais civis. Desta forma, não coube ao sindicalizado apenas votar,

mas par�cipar de todo o processo.

TRIBUNA

11

Passadas as eleições, a diretoria atual do Sinpol agra-

dece o empenho de todos os envolvidos nesta festa da

democracia. Nisto se inclui os par�cipantes das Chapas

concorrentes, os integrantes da Comissão Eleitoral, os

responsáveis pelo emprés�mo das urnas eletrônicas pelo

Tribunal Regional Eleitoral (TRE), os mesários e fiscais das

eleições e a todos os policiais civis que exerceram o seu

direito e fizeram valer a sua vontade.

Para Ciro de Freitas, presidente do sindicato, é com

alegria que vivenciamos um processo eleitoral marcado

pela lisura e pelo respeito às diferenças. “As diretorias do

Sinpol vem e vão, mas a categoria policial civil permanece,

evoluindo e crescendo, sempre mais unida e respeitada

pela população do Distrito Federal. É pelo policial civil que

todos nós nos candidatamos a esta posição de presidir o

sindicato e eu espero que o apoio e o respeito ao policial

permaneça sendo o principal motor que movimenta esta

en�dade”, concluiu.

� �

Presidente do Sinpol-DF, Ciro de Freitas

As diretorias do Sinpol vem e vão, mas a

categoria policial civil permanece, evoluindo e

crescendo, sempre mais unida e respeitada

pela população do Distrito Federal

3.619 VOTOS

CHAPA 3055%

1.989 votos

CHAPA 2024,9%

894 votos

CHAPA 1019,7%

707 votos

BRANCO OU NULO 29 votos 0,8%

A nova direção do Sinpol tomará posse no dia 29 de abril.

ENTREVISTA

12

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Março/Abril

Desde sua infância, Ciro de Freitas decidiu que sua vocação

era a a�vidade policial. Em 1987 passou para o concurso tanto da

Polícia Civil, quanto da Polícia Federal. Por afinidade e porque não

queria arredar o pé da Capital, decidiu entrar nos quadros da

PCDF aos 24 anos de idade, no ano de 1989.

Assim que tomou posse, começou trabalhando no plantão da

12ª Delegacia de Polícia. Após o fim do estágio probatório, a

pedido, foi transferido para a SIC (Seção de Inves�gações

Criminais) na mesma unidade policial, atuou ainda como chefe

de sessão de vigilância (SV) e como chefe de inves�gação crimi-

nal. Foram anos a fio se dedicando a segurança dos brasilienses

com afinco e determinação. Ciro fez parte ainda do quadro da

DEMA, 2ªDP e 17ªDP.

Mas, com o tempo, outra vocação começou a germinar na

cabeça do atual presidente do Sinpol. A vontade de trabalhar em

prol de melhores condições de trabalho para os servidores da PCDF.

Tudo começou com um �me de futebol só de policiais civis. Foi

entre estes pares que surgiu um grupo com força de vontade o sufi-

ciente para transformar a conjuntura do Sindicato. Este grupo na

época concorreu a eleição do Sinpol como Chapa 4. Na primeira vez,

Ciro foi eleito sob a direção de Fábio Barcellos como diretor de

esporte adjunto. Depois disso ocupou a cadeira de primeiro tesou-

reiro do Sinpol e vice-presidente, até que foi eleito como presidente

da en�dade em 2011. Ciro de Freitas é bacharel em direito, formado

no Centro Universitário UNIEURO e pós-graduado em Ciências

Criminais pela faculdade Cândido Mendes do Rio de Janeiro.

UMA VIDA EM PROL DA PCDF

CIRO DE FREITAS

O que você acredita que foi mais recom-

pensador durante os anos em que esteve no sindicato?

Ciro de Freitas - Pude acompanhar a evolução e o desenvol-

vimento da Polícia Civil do DF, bem como as melhorias para

os servidores. Quando ingressei no órgão �rei seis (6) plan-

tões sem arma, já que o Estado não �nha revólver para todos

os policiais recém-empossados, as condições de trabalho

eram extremamente precárias, as viaturas policiais, o arma-

mento, equipamento de proteção individual não exis�a

(coletes balís�cos), a atuação policial era de total improviso e

as operações sempre eram bem sucedidas graças ao �ro-

cínio e firmeza dos policiais da época. Eles foram os profes-

sores dos novos policiais e tenho o maior respeito por todos.

Já como diretor do Sindicato, par�cipamos efe�vamente

da implementação do Fundo Cons�tucional, que significou

melhorias salariais para os servidores, mais recursos para

equipar e estruturar a Polícia Civil, como aquisição de viatu-

ras, melhorias na estrutura �sica das unidades policiais,

melhorias nos ins�tutos, enfim, foi um marco que destacou

a polícia civil do DF como uma das melhores do Brasil.

TRIBUNA

13

afinal é o fim de um ciclo de 15 anos de con�nuidade em

que houve muitas conquistas e melhorias, se compa-

rarmos com a polícia que era antes. O Sinpol está organi-

zado, com as contas saneadas e em dia.

A aposentadoria está batendo na minha porta, a

FEIPOL é o caminho natural para quem dedicou grande

parte de sua vida para a categoria policial civil, como acon-

teceu comigo, e não deixa também de ser um novo desa-

fio. A en�dade de grau superior milita mais nas esferas

Estaduais em apoio aos sindicatos e nas a�vidades

Legisla�vas junto ao Congresso Nacional. Vários projetos

que envolvem Segurança Pública encontram-se trami-

tando no Congresso Nacional, mas nenhuma atende os

policiais civis em sua plenitude, acredito que falta par�ci-

pação dos policiais, já que eles não são ouvidos e deveriam

ser os atores principais de todos os projetos que envolvem

questões da Segurança Pública Brasileira. Ninguém

melhor do que os próprios trabalhadores para a elabo-

ração destes projetos.

O resultado das eleições do dia 18 de março demonstrou

que a categoria quer mudança no Sinpol. Por que você

acha que eles pensam desta forma?

A categoria optou por mudar, o tempo de permanência

da atual diretoria pesou muito. Eu não fui candidato neste

úl�mo pleito eleitoral por defender a alternância na presi-

dência do Sinpol. O atual vice-presidente, Luciano Marinho,

estava preparado para o cargo, mas os policiais optaram

pela mudança.

Surgiu uma nova esperança em uma diretoria que

propõe ousar, o descontentamento tomou conta não só no

Brasil, mas no mundo todo, são passeatas, manifestações,

“rolezinhos” todos clamando por mudanças. A chapa 30 foi

um fenômeno de votos, a categoria é sábia e assim decidiu.

O que você espera da nova gestão?

É uma diretoria jovem, que chega mo�vada. O que eu

espero é o mesmo que toda a categoria policial também

espera, que cumpram todas suas propostas de campanha,

que respeitem o legado deixado por nós, afinal são 15 anos

de trabalho em prol da categoria que não podem ser

desprezados. No mais, desejo muito boa sorte aos novos

sindicalistas.

Quais as maiores dificuldades que você enfrentou durante

a gestão? Poderia ter sido diferente?

Assumimos a presidência do Sinpol no meio de uma

crise polí�ca, em que o Governador na época havia sido

preso e a categoria estava mobilizada. Nossas reinvindica-

ções ficaram prejudicadas e causaram um grande atraso

no pleito principal que era a reestruturação salarial, man�-

vemos a categoria mobilizada e no início do Governo

Agnelo realizamos a maior greve da história da polícia civil

do DF, foram oitenta e dois (82) dias de paralização. Como

resultado, conquistamos o que foi possível, já que o atual

Governo sempre teve aversão aos policiais civis.

Mesmo em um cenário extremamente complexo, rece-

bemos o mesmo tratamento dados aos servidores públicos

federais, na questão salarial, que foi 15.8% em três anos;

criação de 3029 cargos; efe�vação do subsídio ao plano de

saúde dos policiais civis, a�vos, ina�vos e pensionistas e

seus dependentes; aumento do valor das gra�ficações de

chefias; quitação dos passivos financeiros; o pagamento da

conversão da licença prêmio conver�da em pecúnia aos

que se aposentaram antes de 2000; várias vitórias no TCDF

que implicaram em concessões de aposentadorias aos

servidores policiais; início do fim do plantão de 24hs,

escalas mais dignas aos agentes de polícia plantonistas e

escrivães do plantão; tratamento mais digno também aos

agentes penitenciários, já que foram redistribuídos as lota-

ções e estão bem próximos da mudança da nomenclatura e

a devida lotação em defini�vo na estrutura da PCDF; insta-

lações �sicas dignas aos ins�tutos: já que iniciou as obras

do novo Ins�tuto de Iden�ficação e o projeto do prédio

novo do Ins�tuto de Criminalís�ca já está próximo de ser

iniciado; atenção total aos aposentados e pensionistas...

Enfim, é muito gra�ficante pleitear melhorias para a cate-

goria e quando se efe�va, se realiza o sonho do sindicalista.

Comigo não é diferente.

Quais os seus planos para agora? Con�nuará militando

pelo policial civil?

Enquanto for presidente cumprirei fielmente até o

úl�mo dia do mandato a missão que foi a mim confiada

pela categoria policial, não possuo pretensões polí�cas

par�dárias, sequer sou filiado a par�do polí�co. Estamos

fazendo a transição com a chapa eleita para o próximo

triênio de uma forma ordeira, responsável e transparente,

PEC

e id iaa !ob amu é oãN

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UNIFICAÇÃO www.s inpo ld f. com.br

A PEC 051/2013, de autoria do Senador Lindbergh

Farias (PT/RJ), altera os Ar�gos 21, 24 e 144 da Cons�tuição

Federal e acrescenta novos ar�gos, reestruturando o

modelo de Segurança Pública a par�r da desmilitarização

do modelo Policial. Ou seja, tem como propósito unificar as

polícias civis e militares do Brasil.

Entre as mudanças que são prejudiciais aos policiais

civis, verifica-se no ar�go 1º, que a alteração proposta para

o Inciso XVI é muito desfavorável devido uma indefinição

da competência cons�tucional, permanecendo um

conflito prejudicial aos Policiais Civis do DF. Já o ar�go 2º

da PEC também é nocivo quando prevê a criação de uma

nova “corregedoria” e não disciplina como ocorrerá a

desmilitarização das Policiais Militares bem como o apro-

veitamento de seus quadros no âmbito da Polícia Civil.

Outro ponto desfavorável, observado

no ar�go 4º é em relação ao ciclo

completo de polícia, que no âmbito do DF

acaba por forçar uma unificação, criando

uma estrutura muito di�cil de adminis-

trar, alçando à condição de autoridade

policial, os oficiais da PM. Isso acabará

por inchar a a�vidade de gestão policial e

presidência das inves�gações criminais,

sem valorizar os servidores oriundos da

Carreira Policial Civil, deixando-os na

mesma condição dos praças da Polícia

Militar, com direito “teórico” a uma

carreira que na prá�ca não se efe�vará!

O novo ar�go 144-B também cria um modelo desneces-

sário de controle da a�vidade policial, invadindo a compe-

tência das corregedorias e do Ministério Público ao dar

superpoderes a um Ouvidor-Geral, que é pessoa nomeada,

de acordo com a conveniência dos Governadores, não

sendo integrante de carreira policial e provavelmente um

a�vista de Direitos Humanos. Tal órgão se des�na a atender

a opinião pública e jogar uma cor�na de fumaça sobre even-

tuais denúncias de desvios de conduta que devem ser

inves�gadas e apuradas pelas Corregedorias Policiais, com

fiscalização do Ministério Público e julgamento em conso-

nância com todos os princípios cons�tucionais.

Já o ar�go 8º cria a possibilidade teórica de concurso

interno para acesso aos cargos superiores da Carreira Única

A PEC 51 QUER ACABAR COM A POLÍCIA CIVIL, SAIBA O PORQUÊ

Por fim, para os Policiais Civis, em especial os do

Distrito Federal, a presente proposta de unificação

não traz qualquer vantagem funcional. Ademais, a

gestão con�nuará com os delegados e oficiais da PM

e os agentes, escrivães, papiloscopistas e agentes

penitenciários irão se nivelar aos praças da PM, na

esperança de uma elevação no “cargo único” que só

ocorrerá se houver vaga, após ocorrer aposentado-

ria, óbitos ou exoneração dos ditos “gestores”.

Portanto o que o Governo, representado pelo

senador do mesmo par�do obje�va, é sequestrar

direitos funcionais dos militares e dos policiais civis

criando uma estrutura com limitações aos direitos

de greve, fiscalizadas por pessoas alheias ao

contexto pretendido pelo cons�tuinte originário e

com finalidades polí�cas para deixar de servir a soci-

edade e servir a governantes.

A PEC é bastante nociva para a Polícia Civil do DF,

pois será descons�tucionalizada e ainda acaba com

vinculo histórico com Polícia Federal, que con�nuará

contemplada no texto cons�tucional.

POR QUE A PEC É RUIM PARA O DF

PEC 51

tribunal de exceção. Define ainda responsabilidades para os

estados e municípios deixando a cargo da União apenas as

polícias Federal, Rodoviária Federal e Ferroviária Federal.

Outra falha grave da PEC 51 come�da pelo legislador é

que o projeto não trata do tema Polícia Técnica. As perícias

brasileiras têm que ser objeto de debates, já 16 estados da

Federação adotam como estrutura policial, os desvinculo

da perícia, ou seja, se estes servidores aceitam esta condi-

ção, é sinal que a perícia do Brasil também está necessi-

tando de ajustes emergenciais.

TRIBUNA

e o 9º estabelece prazo de seis anos para os Estados, DF e

Municípios se adequarem ao novo contexto cons�tucional.

Em uma avaliação geral o texto é extremamente diverso

das modernas polí�cas de Segurança, cria confusões e

conflitos de competência, fere princípios cons�tucionais,

como o concurso público para acesso aos cargos, invade

competências do Ministério Público, cria órgãos de natureza

polí�ca para fiscalizar as polícias, dando margem a demis-

sões mo�vadas por interesses distantes da moralidade e

imparcialidade, abrindo margem para um verdadeiro

Diante do exposto, sugerimos que todos os inte-

grantes da carreira Policial Civil reflitam sobre este

tema e opinem dando sugestões, já que o texto apre-

sentado pela PEC 51 representa uma mudança para

pior. A Segurança Pública Brasileira exige mudanças,

já que o modelo atual se encontra em ebulição.

Temos que ampliar o debate para que não sejamos

aniquilados por governantes inescrupulosos e

nocivos aos profissionais que arriscam suas vidas em

defesa da população brasileira.

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PL 6302 www.s inpo ld f. com.br

Março/Abril

PL QUE RENOMEIA CARGO DE AGENTE PENITENCIÁRIO CAMINHA A PASSOS LARGOSCOM O APOIO DO SINPOL

Nos úl�mos dois meses, o pleito pela renomeação dos

Agentes Penitenciários avançou consideravelmente,

sendo aprovado pela Comissão de Segurança Pública e

Combate ao Crime Organizado (CSPCCO). Agora, a

matéria aguarda julgamento na Comissão de Cons�tuição

e Jus�ça (CCJ). Como o Sinpol acompanha o assunto de

perto e desde o começo, também conseguiu que fosse

escolhido o relator da matéria por indicação do próprio

sindicato, o deputado João Campos (PSDB/GO) que deve

dar agilidade à votação.

Agora, está previsto que ainda

no mês de abril seja feita a abertura

do prazo regimental para apresen-

tação de emendas ao subs�tu�vo

que é de cinco sessões ordinárias.

Após esse período, o projeto

poderá ser votado na CCJ. Com a

aprovação, por estar em caráter

termina�vo, o assunto seguirá para

o Senado Federal. Mas, até o fecha-

mento desta edição da Revista

Tribuna Policial, a votação ainda

não �nha sido realizada.

TRIBUNA

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A renomeação do cargo de Agente Penitenciário é uma demanda an�ga da categoria e conta com o

irrestrito apoio do Sinpol desde sempre. Faz parte da lista de pleitos que o GDF se comprometeu em

atender durante as negociações da úl�ma greve, em fevereiro de 2013. O Sinpol par�cipou de inúmeras

reuniões tanto com membros do GDF, PCDF, Governo Federal, deputados, senadores e categoria para

tratar do assunto.

A questão tem sido encaminhada conforme as solicitações e demandas da categoria, tanto que foi feita

uma reunião com os agentes penitenciários em 10 de setembro de 2013 para explicar que a mensagem do

Governo Federal havia sido encaminhada para a Câmara dos Deputados e transformada em Projeto de Lei

de nº 6302/2013, marcando um importante passo para a categoria, uma vez que a efe�vação do pleito é

aguardada ansiosamente.

Segundo as jus�fica�vas do Projeto, a mudança da nomenclatura é necessária tendo em vista que em

2005 foi criado o cargo de Técnico Penitenciário com a finalidade expressa de retornar os Agentes

Penitenciários para seu órgão de origem, ou seja, a Polícia Civil, a fim de evitar sobreposição de a�vidades

laborais nas unidades prisionais do Distrito Federal. Além disso, a mudança não causará alteração de remu-

neração e nem acarretará custo adicional para a União.

Ao chegar no Congresso Nacional o PL começou a tramitar na Comissão de Trabalho, de Administração e

Serviço Público (CTASP), dia 17 de outubro deste ano foi apresentado o subs�tu�vo ao projeto, pelo

relator da matéria na Comissão, Deputado Roberto Policarpo, contemplando o que foi acordado entre o

Sinpol e a categoria. Logo em seguida, foi aprovado pela comissão em 20 de novembro.

ENTENDA O CASO

A Diretoria do Sinpol compareceu à votação na

Comissão de Segurança e fez um trabalho de

convencimento junto aos deputados sobre a

importância de aprovar o projeto. O relator do

projeto, o deputado Fernando Francischini

(SDD/PR) pela comissão, em subs�tuição ao depu-

tado João Campos (PSDB/GO), que está enfermo,

acatou os argumentos apresentados pelo Sindicato

e contribuiu para que o PL fosse aprovado.

O presidente do Sinpol, Ciro de Freitas afirmou

na ocasião que o Sindicato con�nuará acompa-

nhando atentamente o trâmite do PL. “Os agentes

penitenciários aguardam por isso há muitos anos e

acredito que em breve será concre�zado”, afirmou.

SINPOL, SEMPRE PRESENTE

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CONCURSO ESCRIVÃES www.s inpo ld f. com.br

SINPOL FAZ DENÚNCIAS CONTRA O CESPE NO CONCURSO DE ESCRIVÃO E A INSTITUIÇÃO ACATA RECURSOS

Após receber queixas de um grupo de aprovados no

concurso para escrivão, o Sinpol denunciou ao Diretor-Geral da

PCDF abusos por parte do Centro de Seleção e de Promoção de

Eventos (Cespe) que havia eliminado candidatos aptos para

exercer a profissão. A ins�tuição acatou o recurso e no, dia 7 de

abril, foi publicada no Diário Oficial do DF a relação dos apro-

vados com a inclusão dos membros do grupo que procurou o

Sinpol.

A re�ficação do Cespe foi feita graças a atuação do Sinpol e

do deputado Wellington Luiz. Por o�cio, o Sinpol informou a

Direção que vários certames foram suspensos judicialmente,

causando grande prejuízo para a Administração Pública, uma

vez que os candidatos apresentavam exames médicos ates-

tando capacidade �sica e boa saúde. Entretanto, eram elimi-

nados do certame por não apresentarem exames complemen-

tares de menor importância e, quando o candidato, mesmo

u�lizando o prazo recursal, apresentava estes complementos

de exames, eles não eram aceitos.

O concurso de Escrivão foi um grande bene�cio para os policiais que aguardavam ansiosamente o início do processo sele�vo. A categoria

estava desmo�vada e muitos servidores adoeceram por conta do excesso de trabalho causado pelo baixo efe�vo. Em vários casos, os escri-

vães atuavam em mais de uma delegacia e mesmo com a criação do Plantão Regionalizado, a grande demanda de trabalho é persistente.

Com a sanção da Lei nº 12.803 de abril/2013, foram criados 3029 cargos para a PCDF, sendo 495 des�nados ao cargo de escrivão e a

expecta�va é que se preencha todas essas vagas em 2014.

Para o presidente do Sinpol, Ciro de Freitas, o cargo de Escrivão é essencial na a�vidade da Polícia Civil, portanto, os servidores merecem

ser valorizados e receber todo apoio para que tenham melhores condições de trabalho. "O Escrivão de Polícia é um profissional completo. Ao

mesmo tempo em que deve estar apto a executar as a�vidades exercidas por outras carreiras policiais, tem atos próprios de suas atribuições

administra�vas".

O Sinpol ficará atento a cada etapa da realização de todos os concursos da PCDF e con�nuará denunciando irregularidades que, porven-

tura, possam ocorrer, colocando em risco os candidatos e o próprio processo sele�vo.

ESCRIVÃES ESTAVAM ANSIOSOS PELA REALIZAÇÃO DO CONCURSO

TRIBUNAPRIMEIROS SOCORROS

março 19

O agente de polícia Rafael de Carvalho Xavier, 46 anos,

casado há 27 anos, pai de onze filhos, três no céu e oito na

terra, e dois netos, é professor de Primeiros Socorros na

Academia de Polícia Civil do DF (APC).

O professor ingressou na Polícia Civil em dezembro de

1991, oriundo da PMDF, tendo trabalhado na DTE, DRF,

DRFV, 2ªDP, APC (1995), 23ªDP, 24ªDP, 19ªDP e APC

(2007), onde se encontra lotado atualmente, atuando

ainda como conteudista, tutor e socorrista. Foi idealizador

do Primeiro Curso de Formação para Instrutores de SOS da

PCDF e do Primeiro Curso de SOS e Resgate Tá�co para

Polícia Civil; e ainda instrutor e Socorrista do Curso de

Operações Aéreas da DOA/PCDF e do Curso de Operações

Especiais da DOE/PCDF. Formado em Biologia com

Especialização em Didá�ca do Ensino Superior e Saúde da

Família, é tutor pela Secretaria Nacional de Segurança

Pública do Ministério da Jus�ça (Senasp) e professor

voluntário de Teologia Moral/Bioé�ca, no Seminário

Redemptoris Mater de Brasília.

A disciplina Primeiros Socorros faz parte do conteúdo

programá�co de quase todos os cursos ministrados pela APC,

desde sua fundação. No decorrer dos anos, as aulas foram

adaptadas para a realidade do policial civil. Daí a ideia do

Curso de Resgate Tá�co e Primeiros Socorros, ministrado aos

Instrutores de TOAP da PCDF. O lema do curso era: “...para

que ninguém seja deixado para trás...”. Neste curso, as

Técnicas de SOS foram pra�cadas em ambiente hos�l, sob

fogo inimigo (paint ball), em locais de di�cil acesso, com arqui-

tetura semelhante às casas e barracos das nossas cidades.

A APC oferece cursos a outros segmentos da socie-

dade, desde Servidores do Sistema Penitenciário do DF,

Detran, Secretaria de Jus�ça, UnB, Tribunais, Escolas de

Ensino Especial, Ins�tuto Cavalo Solidário, que atende

pessoas portadoras de necessidades especiais (DMul), até

militares do Pelotão da Guarda Presidencial do Exército

Brasileiro (BGP), que se preparavam para ir ao Hai�. A APC

ainda ministra inúmeras palestras e cursos de SOS às polí-

cias do Brasil e de outros países.

No projeto “A APC vai até você”, também era minis-

trado curso de SOS em casos de acidentes domés�cos, aos

familiares dos policiais civis. O obje�vo era capacitar as

pessoas que cercam o policial, a fim de dar maior tranquili-

dade ao servidor, enquanto trabalha.

Em reconhecimento profissional em suas áreas de atua-

ção, ao longo dos 27 anos de polícia, Rafael de Carvalho

Xavier foi agraciado com Honra ao Mérito do MAer (1986),

Medalha Tiradentes da PMDF (2005), Título de Amigo da

Defesa Civil do DF (2005) e Medalha de Honra ao Mérito da

Defesa Civil do DF (2007), Policial Destaque APC (2010),

Medalha D.Pedro II, do CBMDF (2013).

AGENTE MINISTRA CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS AOSPOLICIAIS CIVIS DO DF

SEDEPlano Piloto: SCLRN 716, Bl. F, Lj. 59, Ed. do Policial Civil - CEP: 70.770-536 - Brasília-DFFone: (61) 3701-1300 / Fax: (61) [email protected]

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