edição nº 128

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MERCADO & NEGÓCIOS ONU diz que mundo terá mais de 1 bilhão de idosos em dez anos Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►02 A 08 DE OUTUBRO DE 2012 Ano 4 nº 128 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Internacional Compra Venda % Fechamento: 01 de oUtUBRo de 2012 ►PÁGINA 2 Programa vai ampliar sistema portuário ►PÁGINA 5 Caixa finalmente oficializa ‘bolão’ em casas lotéricas Reforma do mergulhão vai custar R$ 1,5 milhão A Caixa decidiu for- malizar uma prática comum entre apostado- res - o bolão nas apostas de loteria. Os apostadores de loteria já podem parti- cipar do Bolão Caixa, fei- to no próprio sistema das loterias, com tecnologia desenvolvida especifica- mente para esse tipo de aposta e garantia para o participante em caso de F echado desde o ano passado, o mergulhão do centro de Duque de Caxias, inaugurado há apenas três anos, vai ser reformado e recupera- do. As obras, custeadas pelo governo do Estado e a Cia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central) vão custar R$ 1,5 milhão e deverão durar quatro meses. A construção da passagem subterrânea custou cerca de R$ 40 mi- lhões, com recursos do governo do Estado e do Banco Mundial. ►PÁGINA 5 Analistas deixam de acreditar em novo corte na taxa básica de juros Superávit primário chega a R$ 2,9 bilhões em agosto A s instituições financeiras consultadas pelo Ban- co Central (BC) não esperam mais por cortes na taxa básica de juros, a Selic, este ano. A infor- mação consta do boletim Focus, publicação semanal do BC, elaborada com base em estimativas para os principais indicadores da economia. ►PÁGINA 2 O superávit primário - esforço para o pagamento de juros da dívida, do setor público consolidado (go- vernos federal, estaduais e municipais e empresas esta- tais) - chegou a R$ 2,997 bilhões, em agosto, segundo dados do Banco Central (BC). ►PÁGINA 2 Elza Fiúza-ABr Josué Cardoso premiação. Os apostado- res poderão formar gru- pos para concorrer aos prêmios da Mega Sena, Dupla Sena, Quina, Lo- teca e Lotofácil. Outra opção é participar dos bolões organizados pelas lotéricas, mas nesse caso pode ser cobrada taxa de serviço de até 35% do valor da aposta. ►PÁGINA 7 Valor da publicidade: R$ 600,00 Mais concorrência no setor de cartões de crédito Mercosul: 100 produtos terão imposto de importação aumentado O setor turístico reuniu-se com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (foto) e entregou documento pedindo ações do governo para ampliar a concorrência no setor de cartões de crédito. ►PÁGINA 3 Wilson Dias-ABr Anatel vai assinar em outubro contratos para telefonia 4G A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai assinar em outubro os contratos que autorizam o uso das faixas de frequência para a telefonia móvel de quarta geração (4G) que foram leiloadas em junho. As empresas que venceram o leilão terão que disponibilizar a tecnologia 4G nas cidades-sede da Copa das Confede- rações até 30 de abril de 2013, e nas sedes e subsedes da Copa do Mundo até 31 de dezembro de 2013. O leilão realizado pela Anatel resultou em uma arrecadação total de R$ 2,93 bilhões, entre lotes nacionais e regionais. Os quatro lotes nacionais foram arrematados pelas empre- sas Vivo, Claro, Oi e TIM. A licitação também vendeu a faixa de 450 mega-hertz (MHz), que vai permitir o aces- so a serviços de internet e banda larga nas áreas rurais. ►PÁGINA 3 Dolar Comercial 2,025 20,27 0,13 Dólar turismo 1,950 2,090 1,88 ibovespa 59.570,80 0,67

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Jornal Capital - Edição nº 128

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Page 1: Edição Nº 128

MERCADO & NEGÓCIOS

ONU diz que mundo terá mais de

1 bilhão de idosos em dez anos

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►02 A 08 DE OUTUBRO DE 2012

Ano 4 ● nº 128www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

Fechamento: 01 de oUtUBRo de 2012

►PÁGINA 2

Programa vai ampliar sistema portuário►PÁGINA 5

Caixa finalmente oficializa‘bolão’ em casas lotéricas

Reforma do mergulhãovai custar R$ 1,5 milhão

A Caixa decidiu for-malizar uma prática

comum entre apostado-res - o bolão nas apostas de loteria. Os apostadores de loteria já podem parti-cipar do Bolão Caixa, fei-to no próprio sistema das loterias, com tecnologia desenvolvida especifica-mente para esse tipo de aposta e garantia para o participante em caso de

Fechado desde o ano passado, o mergulhão do centro de Duque de Caxias, inaugurado há

apenas três anos, vai ser reformado e recupera-do. As obras, custeadas pelo governo do Estado e a Cia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central) vão custar R$ 1,5 milhão e deverão durar quatro meses. A construção da passagem subterrânea custou cerca de R$ 40 mi-lhões, com recursos do governo do Estado e do Banco Mundial.

►PÁGINA 5

Analistas deixam de

acreditar em novo corte

na taxa básica de juros

Superávit primário

chega a R$ 2,9

bilhões em agosto

As instituições financeiras consultadas pelo Ban-co Central (BC) não esperam mais por cortes

na taxa básica de juros, a Selic, este ano. A infor-mação consta do boletim Focus, publicação semanal do BC, elaborada com base em estimativas para os principais indicadores da economia. ►PÁGINA 2

O superávit primário - esforço para o pagamento de juros da dívida, do setor público consolidado (go-

vernos federal, estaduais e municipais e empresas esta-tais) - chegou a R$ 2,997 bilhões, em agosto, segundo dados do Banco Central (BC).

►PÁGINA 2

Elza Fiúza-ABr

Josué Cardoso

premiação. Os apostado-res poderão formar gru-pos para concorrer aos prêmios da Mega Sena, Dupla Sena, Quina, Lo-teca e Lotofácil. Outra opção é participar dos bolões organizados pelas lotéricas, mas nesse caso pode ser cobrada taxa de serviço de até 35% do valor da aposta.

►PÁGINA 7Valor da publicidade: R$ 600,00

Mais concorrência no setor de cartões de crédito

Mercosul: 100 produtos

terão imposto de

importação aumentado

O setor turístico reuniu-se com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (foto) e entregou documento pedindo ações do governo para ampliar a concorrência no setor de cartões de crédito. ►PÁGINA 3

Wilson Dias-ABr

Anatel vai assinar

em outubro contratos

para telefonia 4GA Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)

vai assinar em outubro os contratos que autorizam o uso das faixas de frequência para a telefonia móvel de quarta geração (4G) que foram leiloadas em junho. As empresas que venceram o leilão terão que disponibilizar a tecnologia 4G nas cidades-sede da Copa das Confede-rações até 30 de abril de 2013, e nas sedes e subsedes da Copa do Mundo até 31 de dezembro de 2013. O leilão realizado pela Anatel resultou em uma arrecadação total de R$ 2,93 bilhões, entre lotes nacionais e regionais. Os quatro lotes nacionais foram arrematados pelas empre-sas Vivo, Claro, Oi e TIM. A licitação também vendeu a faixa de 450 mega-hertz (MHz), que vai permitir o aces-so a serviços de internet e banda larga nas áreas rurais.

►PÁGINA 3

Dolar Comercial 2,025 20,27 0,13Dólar turismo 1,950 2,090 1,88ibovespa 59.570,80 0,67

Page 2: Edição Nº 128

2 ►02 a 08 de Outubro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,025 20,27 0,13

Dólar turismo 1,950 2,090 1,88

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,784 5,785 0,21

Dólar austrália 1,035 1,035 0,19

Dólar Canadá 0,981 0,982 0,09

Euro 1,288 1,288 0,22

Franco Suíça 0,938 0,938 0,18

iene Japão 77,990 78,020 0,04

libra Esterlina inglaterra 1,613 1,613 0,22

peso Chile 472,150 473,050 0,44

peso Colômbia 1.799,700 1.800,400 0,01

peso livre argentina 4,680 4,720 0,00

peso México 12,841 12,845 0,13

Peso Uruguai 20,900 21,100 0,00

Bolsa

Valor Variação %

ibovespa 59.570,80 0,67

IBX 21.124,89 0,76

Dow Jones 13.515,11 0,58

Nasdaq 3.113,53 2,70

Merval 2.458,46 0,28

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 113,020 113,040 0,00

Ouro onça troy 1.776,690 1.777,600 0,03

prata onça troy 37,740 34,800 0,00

platina onça troy 1.672,000 1.682,000 0,03

paládio onça troy 640,720 646,270 0,00

indicadores

poupança 02/10 0,500

tR 01/10 0,000

Juros Selic meta ao ano 7,50

Salário Mínimo (Federal) R$ 622,00

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 - Duque de Caxias, Rio de Janeiro

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Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ponto de Observação

alberto marques

Carandiru, 20 anos depois do massacre

No dia 2 de outubro de 1992, 360 poli-

ciais militares invadiram o Presídio do Carandiru, em São Paulo, durante uma rebelião e mataram, com uso de metralhado-ras, fuzis e pistolas, pelo menos 111 presidiários. A ação dos policiais é considerada, até hoje, um dos mais violentos casos de repressão à rebelião em casas de detenção no país. Noticiado pela im-prensa mundial como um massacre, pois os presos foram mortos dentro das próprias selas, sem poder se defender, o caso ren-deu reportagens premia-das, livros e um ilme de relativo sucesso.

Na semana passada, às vésperas de comple-tar 20 anos, a Justiça de São Paulo anunciou que 28 dos policiais militares acusados pelo massacre, vão a júri popular no dia 28 de janeiro de 2013. A decisão é do juiz José

Augusto Nardy Marzagão, da Vara do Júri de Santana. A exemplo da Ação Pe-nal nº 470, em julgamen-to pelo Supremo Tribunal Federal, o processo será julgado em etapas, devido ao grande número de réus envolvidos.Na tentativa de postergar o julgamento, a advogada Ieda Ribeiro de Souza, que defende 79 policiais acusados pelas mortes, esperava que o jul-gamento só fosse marcado após o resultado da perícia do confronto balístico feita pelo Instituto de Crimina-lística (IC). No entanto, o juiz José Augusto Nardy Marzagão considerou que, diante da impossibilidade atestada pelo IC de fazer o confronto de balística, a falta da perícia não deverá prejudicar o julgamento.

“Qual a razão de ser da existência de um processo que permanece sem julga-mento por 20 anos? A res-posta nos parece óbvia... A rigor, torna-se imperioso o julgamento do presente feito”, diz o juiz, em sua

decisão. A lentidão da Jus-tiça em julgar os acusados deixa na opinião pública a sensação de impunidade, pois a prescrição, isto é, a extinção do processo sem julgamento dos acusados, é de 20 anos para o homi-cídio, fato que irá gerar recursos tanto da defesa, quanto do MP quanto à pu-nibilidade dos réus.

E o caso “Carandiru” vem se juntar ao da inva-são de um hotel de luxo na Zona Sul do Rio de Janei-ro, crime praticado pelos integrantes de um “bonde” de bandidos que vinham de uma festa na Rocinha. Uma patrulha da PM, cujos integrantes não sabiam do esquema de “segurança” dos bandidos, fazia uma ronda de rotina quando cruzou com os marginais. Ao ser atacada, a guarnição da viatura policial pediu reforço e enfrentou os trai-cantes. No inal da refrega, 10 bandidos foram presos com armamento pesado.

Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Rio

de Janeiro determinou a libertação de 7 dos acu-sados, reconhecendo o excesso de prazo para mantê-los presos sem julgamento. Os outros três não foram liberados porque dois tinham con-denações anteriores e o terceiro, por ser menor na época do crime, fora apreendido e punido com base no ECA. A reação indignada do Secretário de Segurança, José Ma-riano Beltrame, não con-diz com o cargo que ele ocupa, pois a ação penal é iniciada pelo Inquérito Policial. Se a Polícia Ci-vil falha na montagem do processo, por descaso ou incompetência, a solução é promover a capacita-ção do aparelho policial, nunca culpar os desem-bargadores que apenas se curvaram diante da Lei. Essa receita também se aplica à Polícia Civil de São Paulo, responsável pelo Inquérito que inves-tigou o Massacre de Ca-randiru.

(*) Fechamento: 01 de oUtUBRo de 2012

Superávit primário chega a

R$ 2,9 bilhões em agostoO superávit primário -

esforço para o paga-mento de juros da dívida, do setor público consoli-dado (governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais) - che-gou a R$ 2,997 bilhões, em agosto, segundo dados do Banco Central (BC) di-vulgados dia 28. O esfor-ço iscal no mês passado foi menor do que o regis-trado em agosto de 2011 (R$ 4,561 bilhões). Nos oito meses do ano, o su-perávit primário icou em R$ 74,225 bilhões, me-nor do que o resultado de igual período de 2011 (R$ 96,54 bilhões). Em 12 me-ses encerrados em agosto,

o resultado icou em R$ 106,395 bilhões, o que re-presenta 2,46% de tudo o que o país produz - Pro-duto Interno Bruto (PIB). A meta para este ano é R$ 139,8 bilhões.

O esforço iscal do setor público não foi suiciente para cobrir os gastos com os juros que incidem so-bre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 19,118 bi-lhões, em agosto, e acumu-laram R$ 147,58 bilhões, nos oito meses do ano, ante R$ 21,663 bilhões e R$ 160,207 bilhões, respecti-vamente em iguais perío-dos de 2011. Com isso, o déicit nominal, formado pelo resultado primário

e pelas despesas com ju-ros, icou em R$ 16,121 bilhões, no mês passado, e em R$ 73,355 bilhões, de janeiro a agosto. Em agosto do ano passado, o déicit nominal icou em R$ 17,101 bilhões, e nos oito meses de 2011 em R$ 63,667 bilhões.

Nos oito meses do ano, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previ-dência Social) re-gistrou superávit primário de R$ 53,069 bilhões, enquanto os go-vernos regionais (estaduais e mu-nicipais) apresen-

taram R$ 19,357 bilhões e as empresas estatais, exclu-ídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram R$ 1,799 bilhão. Somente em agosto, o superávit primá-rio do Governo Central foi R$ 1,173 bilhão. Os gover-nos regionais registraram superávit de R$ 1,483 bi-lhão, e as empresas estatais de R$ 341 milhões.

Banco de Imagens

Analistas deixam de

acreditar em novo corte

na taxa básica de juros

As instituições inancei-ras consultadas pelo

Banco Central (BC) não esperam mais por cortes na taxa básica de juros, a Se-lic, este ano. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal do BC, elaborada com base em es-timativas para os principais indicadores da economia. Até o boletim divulgado há duas semanas, a expectati-va era que neste ano ainda seria feito um corte de 0,25 ponto percentual na Selic. No boletim divulgado no dia 24 pelo BC, a projeção é que a Selic permaneça no atual patamar, 7,5% ao ano. Para o inal de 2013, as instituições inanceiras mantiveram a projeção de 8,25% ao ano. Com a eco-nomia em ritmo mais lento, a taxa Selic, instrumento para calibrar os preços e inluenciar a atividade eco-nômica, tem sido reduzida desde agosto do ano passa-do pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Na ata da última reunião do Copom, entretanto, o cole-giado informou que se vier a ocorrer novo corte na Se-

lic será feito com “máxima parcimônia”.

No último dia 14, o BC adotou uma outra medida que também gera inluên-cias na economia - a re-dução de depósitos com-pulsórios (recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC). A estimativa é que essa medida libere, nos próxi-mos meses, em torno de R$ 30 bilhões do estoque atual de R$ 380 bilhões de depósitos compulsórios. Com mais dinheiro em cir-culação, a tendência é uma maior oferta de crédito na praça e uma melhor distri-buição da liquidez no mer-cado interbancário.EXPECTATIVA - Mesmo com a economia em ritmo mais lento, a expectativa é de alta dos preços. Na expectativa dos analistas, a inlação medida pelo Ín-dice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar este ano em 5,35%, ante 5,26% previstos na semana passa-da. Essa foi a 11ª semana seguida de alta na projeção para 2012.

Page 3: Edição Nº 128

3►02 a 08 de Outubro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta

dILma RoUSSeFF:

[email protected] ou

[email protected]

JULIANO MOREIRA DOS SANTOS, 35 anos, sociólogo de Guarulhos (SP) - Sei que há uma

proposta dentro do governo de escolas em tempo

integral. Como funcionaria isso? Já temos escolas

públicas que atuam em tempo integral?

Presidenta Dilma – Juliano, já temos 32 mil escolas públicas com ensino em tempo integral em todo o país, como parte do programa de Ensino Integral Mais Educação, e queremos chegar a 60 mil até 2014. Nestas escolas, no turno oposto ao das aulas, os alunos têm acompanhamento pedagógico obrigatório e os professores ajudam nas tarefas, tiram dúvidas e reforçam, com aulas, o aprendizado, principalmente de português e matemática. Muitas vezes, há atividades fora da sala de aula - jogar xadrez, por exemplo, exercita o raciocínio lógico e ajuda no aprendizado da matemática; a música e o esporte ajudam na concentração e na disciplina. Mas a principal atividade é mesmo o reforço das matérias curriculares. Além disso, os alunos têm na escola café da manhã, almoço e lanche da tarde. Após o lançamento do Brasil Sem Miséria, estamos levando o programa prioritariamente às escolas onde há maioria de crianças que recebem o Bolsa Família. Já conseguimos elevar de 5.300, em 2011, para quase 18 mil, neste ano, as escolas que têm maioria de alunos do Bolsa Família e oferecem educação integral.

ANDRÉ FALCÃO FERREIRA, 26 anos, contador de Teresina (PI) - Presidenta, as obras da copa de 2014 e as medidas de estímulo, de curto prazo, ao consumo, não contiveram a queda no crescimento. Que medidas vossa excelência planeja implementar

visando um crescimento maior e mais estável?

Presidenta Dilma – André, o ritmo de crescimento da economia brasileira começou a acelerar, e continuamos gerando emprego – foram 2,2 milhões no ano passado e mais 1,38 milhão até agosto de 2012. Isto é resultado das medidas adotadas para assegurar crescimento sólido e sustentável, grande parte delas no âmbito do Plano Brasil Maior (www.brasilmaior.mdic.gov.br/). Não são apenas estímulo ao consumo, mas, principalmente, incentivo ao investimento. Já temos a taxa básica de juros mais baixa da história (7,5%). Em setembro, desoneramos a folha de pagamento de mais 25 setores, somando agora 40 segmentos produtivos que recolhem o INSS com base em alíquota sobre o faturamento, e não mais sobre a folha. Somente em 2013, as empresas economizarão cerca de R$ 12,8 bilhões com essa medida e o benefício total pode chegar a R$ 60 bilhões até 2016. Estamos adquirindo R$ 8,4 bilhões em máquinas e equipamentos, para estimular a produção industrial. O Programa de Investimentos em Logística aplicará R$ 133 bilhões para duplicar rodovias e ampliar em 10 mil km nossa malha ferroviária. O custo da eletricidade cairá até 28% para as empresas, a partir de 2013, e, em média, 16,2% para as residências. Autorizamos 21 estados a investir adicionalmente até R$ 58,3 bilhões em infraestrutura até 2014. São exemplos de medidas que ampliam nosso mercado interno e estimulam o investimento privado e do Estado, necessárias para o crescimento sustentado e com mais competitividade.

GIORDANO FREDERICO DA CUNHA BISPO, 24 anos, estudante de Itabaiana (SE) - Estou sentindo

falta das notícias sobre as obras do PAC. Como estão as obras da transposição? Pararam? Estão em licitação?

Presidenta Dilma – Giordano, o Projeto de Integração do Rio São Francisco está em obras em nove dos 16 lotes, com mais de 4 mil trabalhadores, número que deve subir para 6 mil em breve. Eles estão construindo túneis, canais, aquedutos e barragens, com mais de 1,2 mil equipamentos em operação. Já há um lote concluído, o do canal de aproximação do Eixo Norte, feito pelo Exército, e o Ministério da Integração Nacional já autorizou o início das obras do Lote 5, em Jati, no Ceará. Os cinco lotes restantes, que foram paralisados, serão relicitados ainda neste ano. Todo o empreendimento está orçado em R$ 8,2 bilhões, com previsão de conclusão em 2015. O projeto também contempla quase R$ 1 bilhão para 38 ações socioambientais, como pesquisas arqueológicas e monitoramento da fauna e da lora. O Projeto de Integração do Rio São Francisco é uma obra estratégica do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que levará água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios de quatro estados do Nordeste: Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. É hoje a maior obra de infraestrutura hídrica para usos múltiplos executada diretamente pelo governo federal. Continue acompanhando o andamento das obras por meio do site http://www.mi.gov.br.

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Investimentos industriais devem registrar alta

Balança apresenta superávit na terceira semana

Empresários do turismo

querem incremento do setor

No Dia Mundial do Tu-rismo, celebrando dia

27, representantes do setor se reuniram com a ministra--chefe da Casa Civil, Glei-si Hoffmann, e entregaram um documento pedindo ações do governo para am-pliar a concorrência no se-tor de cartões de crédito. A expectativa é que, com mais empresas competindo, as taxas de administração dos cartões caiam. A redução na taxa de administração para os estabelecimentos comer-ciais resultaria também em menor custo para o consu-midor. “As taxas de cartão de crédito no Brasil chegam a 3,5% a 3,7% enquanto no mercado europeu e ameri-cano convivemos com taxa em torno de 1%. O gover-

no não regularia taxas, mas criaria um ambiente de maior competitividade”, disse o presidente executivo da Associação Brasileira de

Bares e Restaurantes (Abra-sel), Paulo Solmucci.

Solmucci explicou que uma medida do governo no sentido de regulamentar

que a mesma máquina de cobrança de cartão de crédi-to seja usada para todas as bandeiras permitiria a en-trada de mais empresas na área, aumentando, assim, a competitividade que po-deria fazer baixar as taxas de administração. “O mais caro para entrar no merca-do é a empresa ter que co-locar maquinetas em todo o país. Se houver apenas uma recebendo de todas as ban-deiras, aumenta a concor-rência”, disse. O ministro do turismo, Gastão Vieira, que acompanhou os repre-sentantes do setor de turis-mo na reunião, disse ter "a certeza" de que os assuntos discutidos com Gleisi Ho-ffmann terão uma solução rápida.

Áreas para desembarque de turistas em portos e aeroportos

Outro assunto levado à ministra da Casa Ci-

vil, pelos empresários, fo-ram sugestões para o paco-te de concessão de portos e aeroportos a ser anunciado em breve pelo governo. Uma das propostas é que sejam construídas nos por-tos áreas de desembarque para turistas de cruzeiros.

Atualmente, esses passa-geiros desembarcam em áreas de carga. Além disso, o setor pede que a deini-ção dos locais para a cons-trução de novos aeroportos em cidades pequenas prio-rize critérios turísticos.

Na área de rodovias, cujo pacote de concessões foi anunciado pelo gover-

no em agosto, a reivindi-cação é para que sejam instalados centros de aten-dimento aos turistas nos trechos a serem concedi-dos à iniciativa privada. “A ministra Gleisi recebeu muito bem as ideias e as considerou viáveis. Agora, isso tem um mecanismo de estudo”, disse o ministro

do Turismo. O modelo de conces-

são de portos e aeropor-tos está em elaboração e a expectativa é de que seja anunciado em outubro. O pacote de concessões de rodovias e ferrovias, lan-çado no dia 15 de agosto, pretende investir R$ 133 bilhões em 25 anos.

Wilson Dias-ABr

Cem produtos tem imposto

de importação aumentado

O Ministério do Desen-volvimento, Indús-

tria e Comércio Exterior (MDIC) conirmou a publi-cação nesta segunda-feira (1º), no "Diário Oicial da União", de uma lista com cem produtos que terão o imposto de importação ele-vado de forma temporária. A relação, que foi acorda-da pelo governo brasileiro com os demais membros do Mercosul (Argentina, Uruguai e Venezuela - o Paraguai está temporaria-mente afastado) como for-ma de evitar o forte ingres-so de produtos importados em meio à crise inanceira internacional, foi duramen-te criticada pelo governo dos Estados Unidos, que acusou o país de aumentar o chamado "protecionis-mo".

- Este aumento de im-posto é algo absolutamen-te legítimo, legal e não há dúvida alguma que isso faz parte da margem de mano-

bra que o Brasil possui na OMC [Organização Mun-dial de Comércio]. Ne-nhum dos países questio-nou a legalidade da medida – disse a secretária de Co-mércio Exterior do Minis-tério, Tatiana Lacerda Pra-zeres. Segundo informou o Ministério, a elevação de alíquotas de importação, da lista publicada nesta segunda-feira, terá vali-dade de até 12 meses, que são prorrogáveis até 31 de dezembro de 2014. "Como não foi feito nenhum pedi-do de alteração da lista pe-los membros do bloco eco-nômico, os cem produtos que fazem parte da relação publicada hoje são os mes-mos divulgados no início de setembro pela Camex", informou o governo.

O governo informou que o trabalho de elabora-ção da lista, com cem no-vos produtos com tarifa de importação elevada, teve início em janeiro. Foram

encaminhados à Secretaria--Executiva da Camex soli-citações para aumentos de alíquotas de cerca de 250 produtos por empresários brasileiros. Entre os novos produtos da lista brasileira, estão batatas; óleos mine-rais brancos (vaselina ou paraina); chapas, folhas e tiras; tijolos sílico-alumi-nosos; tubos e peris ocos, de ferro fundido; reatores para lâmpadas ou tubos de descarga; válvulas tipo es-fera e disjuntores.

O governo lembra que já estava em vigor uma lista permanente do Mercosul, também com cem produ-tos por país, que pode ter o imposto de importação ele-vado, ou diminuído, para ins de defesa comercial ou para evitar o desabasteci-mento. O MDIC conirmou que está prevista a publi-cação de uma nova lista-gem de cem produtos que também terão o imposto de importação elevado nos próximos meses.

Fabio Rodrigues Pozzebom-ABr

Page 4: Edição Nº 128

4 ►02 a 08 de Outubro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Poupança da Caixa registra captação líquida de R$ 1,5

bilhão em setembro

A poupança da Caixa Econômica Federal

apresentou captação líqui-da, depósitos maiores que saques, de R$ 1,5 bilhão em setembro, informou segunda-feira (1º) o ban-co. Com este resultado, a captação líquida no ano já supera a marca de R$ 12,1 bilhões, o que representa crescimento de 55% em relação ao volume capta-do no mesmo período de 2011. A Caixa tem atual-mente R$ 169,2 bilhões de saldo e 45,4 milhões de contas poupança.

Para a Caixa, “o desem-penho da poupança deve-

-se à segurança, liquidez e rentabilidade do produto, especialmente no curto pra-zo”. “A atual rentabilidade da poupança, de 70% da taxa Selic, mantém a atrati-vidade do produto frente a demais investimentos, es-pecialmente porque a pou-pança é isenta de tributos e não cobra taxas de admi-nistração.”

A participação da Caixa no mercado alcançou, em agosto de 2012, 35,89% de participação. Nos próxi-mos dias, o Banco Central (BC) irá divulgar os dados da poupança de todas as instituições.

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Valor da publicidade R$ 600,00

Empresas públicas tem prazo

para acabar com terceirização

As empresas estatais terão até o dia 30 de

novembro para apresentar plano de substituição de funcionários terceirizados que exerçam atividades--im, segundo determina-ção do Tribunal de Contas da União (TCU), com o objetivo de evitar burlas a concursos públicos. Nes-se plano, deverão constar quais são as atividades consideradas inalísticas, assim como plano de previ-são da saída gradual de ter-ceirizados e a contratação de concursados até 2016, quando expira o prazo de implementação do plano.

Caso os planos de subs-tituição não sejam apresen-tados até a data, as estatais

estarão sujeitas a multa de até R$ 30 mil, em parcela única. A regra vale para to-das as cerca de 130 empre-sas públicas da administra-ção indireta, sociedades de economia mista e subsidiá-rias sob a responsabilidade do Departamento de Coor-denação e Governança das Empresas Estatais (Dest) do Ministério do Planeja-mento, Orçamento e Ges-tão (Mpog).

A determinação é uma reedição de um acórdão do tribunal de 2010, quan-do a decisão pela saída de terceirizados já havia sido tomada, mas as empresas não apresentaram plano de substituição dentro do pra-zo estipulado e as datas-li-

mite foram estendidas. De acordo com a jurisprudên-cia do TCU, a terceirização somente é admitida para atender a situações especíi-cas e justiicadas, de nature-za não continuada, quando não podem ser atendidas por proissionais do próprio quadro do órgão.

Juíza recebe Medalha Tiradentes por trabalho em defesa dos idosos

Neste dia 1° de outu-bro, em que se come-

mora o Dia Internacional do Idoso, a presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Alerj, deputa-da estadual Claise Maria Zito (PSD), prestou home-nagem a uma das grandes defensoras dos idosos em nosso estado, a juíza Ivo-ne Ferreira Caetano, Titu-lar da 1ª Vara da Infância, Juventude e Idoso do Rio de Janeiro, que recebeu das mãos da parlamentar a Medalha Tiradentes, maior comenda oferecida pelo Poder Legislativo estadual.

A juíza preside a Vara desde 2004 e é respeitada como uma proissional de excelência que tem lapida-do o Poder Judiciário com seu trabalho eicaz e com sua competência adquirida durante todos os anos de sua carreira. Mulher, ne-gra e pobre, contrariando todas as expectativas de uma sociedade injusta e desigual, superou todas as diiculdades e transcendeu à barreira do preconceito e

da discriminação com um trabalho intenso e com uma vida pessoal exemplar. A cerimônia contou com a presença de autoridades do Poder Judiciário, além da deputada federal Lilian Sá (PSD-RJ), que em seu dis-curso também fez referên-cia ao trabalho de destaque de Dra. Ivone Caetano pe-las crianças e adolescantes do Rio.

Visivelmente emociona-da, a deputada Claise Maria destacou a história de vida pessoal da Juíza Ivone Ca-etano, marcada por muita superação e por uma inten-

sa luta em prol dos excluí-dos socialmente, sobretudo as crianças, adolescentes e os idosos. “Recentemente, estive fazendo uma vistoria em um abrigo estadual de idosos e fui surpreendida quando a diretora do local me mostrou algumas fotos da Dra. Ivone comemoran-do seu aniversário naquele local, ao lado dos idosos que ali estão por serem ví-timas de maus-tratos e por não contarem mais com os seus familiares. Esse ges-to demonstra todo o com-prometimento e ao mesmo tempo o carinho com os

idosos. Acompanho o tra-balho de Dra. Ivone desde que assumi meu mandato e tenho certeza que ela é merecedora desta home-nagem”, comentou em seu discurso.

- Receber esta Meda-lha é um momento único para mim. No entanto, não posso me sentir vaidosa pelo fato de receber uma homenagem como esta pelas ações, iniciativas e projetos que são nada mais que o meu dever. Já rece-bi muitas medalhas nesta vida e a maior parte delas me foi ortogada por Deus, a principal delas foi ter me dado minha ilha, meus ne-tos, meus irmãos e meus pais que sempre tiveram ao lado. Quero agradecer mui-to a deputada Claise Maria, que assim como eu vem lu-tando por esta causa nobre que é a defesa dos direitos da criança, da juventude e do idoso e que assim como eu, por ser mulher, também tem que quebrar suas bar-reiras em meio a uma so-ciedade política machista”, agradeceu a homanegeada.

Divulgação

Programa da Receita permite corrigir declarações de empresas e evitar multa

A Receita Federal lan-çou nesta segunda-fei-

ra (1º) o Programa Alerta, que dá aos contribuintes a oportunidade de corrigir erros nos dados informa-dos ao órgão antes que seja aberto um procedimento formal de iscalização. A Receita está postando co-municações nos Correios, alertando sobre inconsis-tências nos dados informa-dos por três tipos de pesso-as jurídicas. A divergência entre o que foi declarado pelas empresas e a estima-tiva do Fisco chega a R$ 3,154 bilhões.

Estão sendo avisadas

empresas que realizaram vendas para o governo fe-deral, contribuintes do setor de bebidas e entidades de assistência social que se de-clararam isentas da contri-buição previdenciária, mas não apresentaram o certii-cado de isenção. O subse-cretário de iscalização da Receita, Iágaro Jung Mar-tins, destaca que o alerta não signiica que esses con-tribuintes tentaram sonegar ou fraudar o Fisco.

- Não estamos airman-do que o contribuinte prati-cou algum tipo de infração, mas que no nosso cruza-mento preliminar aparece

divergência [entre as in-formações prestadas e o banco de dados da Receita] - disse. De acordo com ele, empresas que não se regu-larizarem - corrigindo as divergências ou pagando o imposto devido – serão alvo de iscalização a partir de 1° de dezembro. Nes-se caso, estarão sujeitas a multa de 75% sobre a dife-rença entre o que foi decla-rado e o cálculo do Fisco.

Segundo a Receita Fe-deral, a seleção de um gru-po de contribuintes para re-ceber o alerta não dispensa os demais de promover a retiicação espontânea

das declarações prestadas à Receita, nem atesta sua regularidade iscal. O pro-grama, que deve ter novas etapas, foi executado em maio em caráter piloto jun-to a empresas optantes pelo benefício do lucro presu-mido. A aplicação resultou na recuperação de R$ 122 milhões, sendo que, ini-cialmente, a divergência tributária estimada era de R$ 922,4 milhões.

Inlação medida pelo IPC-S ica praticamente estável

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal

(IPC-S), medido pelo Ins-tituto Brasileiro de Eco-nomia da Fundação Ge-tulio Vargas (FGV), icou em 0,54% no fechamento de setembro, apenas 0,01 ponto percentual acima do registrado na semana ante-rior. O indicador registrou alta de 4,07% no ano e de 5,73% nos últimos 12 me-ses.

Os dados foram di-vulgados nesta segunda-

-feira (1º) pela FGV. Na última semana do mês, as taxas aumentaram em cinco classes de despesa, na comparação com as da semana de 22 de setembro. Em comunicação, o índi-ce passou de 0,27% para 0,51%; em saúde e cui-dados pessoais, de 0,38% para 0,42%; em habita-ção, de 0,37% para 0,4%; em transportes, de 0,11% para 0,14%; e em despesas diversas, de 0,23% para 0,25%.

Page 5: Edição Nº 128

5►02 a 08 de Outubro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Inaugurado em 2009, mergulhãoterá reforma de R$ 1,5 milhão

O governo do Estado e a Cia Estadual de

Engenharia de Transportes e Logística (Central) vão promover a reforma e recu-peração do mergulhão no centro de Duque de Caxias, que está fechado desde o i-nal do ano passado.Inaugu-rada em abril de 2009 pelo governador Sérgio Cabral, a passagem subterrânea foi construída para facilitar o acesso da população no centro da cidade, cortado por linha férrea.

Sua construção, que custou cerca de R$ 40 mi-lhões, foi anunciada na época como a mais mo-derna e arrojada passagem subterrânea do Estado. Somente no mês de junho último que a Secretaria Es-tadual de Transportes ad-mitiu que houve um erro de projeto na construção. Os recursos para a obra foram divididos entre Governo do

Estado (68%) e o Banco Mundial (32%).

A obra, porém, nunca funcionou em sua totali-dade. Várias foram as pro-messas de reabertura do local mas as mesmas não aconteceram. As obras de reforma agora anunciadas tem valor previsto de R$ 1.479.915,25 e deverão du-rar cerca de quatro meses, segundo informam as pla-cas que foram colocadas no local início da semana. A empresa Hidrotécnica Engenharia Ltda é respon-sável pela reforma. ABANDONO - Após ser inaugurado em abril de 2009, o mergulhão vem sendo alvo de muitas crí-ticas dos usuários, publi-cadas em inúmeros órgãos de imprensa. Nesses três anos e meio de funciona-mento, ele teve o acesso interrompido várias vezes, até que as portas fecha-

ram de vez no inal do ano passado. Seu fechamento obrigou a transferência de um balcão do Sistema Na-cional de Empregos (Sine) para o distrito de Imbariê, prejudicando os desempre-gados. Mesmo não fazen-do parte do mergulhão, as escadas rolantes que dão acesso à estação ferroviária também estão paradas há vários meses, obrigando os usuários a subirem por es-cadas e rampas.

A passagem, bastante deteriorada por iniltrações e abandono, acabou viran-do depósito de lixo e de água parada. “Pelo jeito, isso aqui foi uma verda-deira obra de fachada e que não tem utilidade alguma para a população”, disse re-voltado o vendedor Alberto Cerqueira, que diariamente tem que atravessar a esta-ção para o lado do Centro Cultural Oscar Niemeyer.

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Superávit da balança até setembro

é menor que o do ano passado

A balança comercial bra-sileira registrou sal-

do positivo de US$ 2,557 bilhões em setembro. Se-gundo o Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o resul-tado é fruto de exportações no valor de US$ 19,999 bilhões e de importações equivalentes a US$ 17,442 bilhões. Mesmo com o valor superavitário, o re-sultado é 16,8% inferior ao registrado em setembro de 2011, quando a balança apresentou saldo de US$ 3,072 bilhões. De janeiro a setembro, a média diária dos embarques externos i-cou em US$ 1,053 bilhão. Houve uma queda de 5,1%

na comparação com o mes-mo período de 2011.

Nas importações, a mé-dia registrada por dia útil é US$ 918 milhões, no acu-mulado do ano. O valor é 4,9% menor que o da mé-dia registrada na mesma base de comparação do ano passado. Houve queda principalmente nos gastos com combustíveis e lubri-icantes, aparelhos eletroe-letrônicos, veículos, auto-móveis e partes, adubos e fertilizantes, e farmacêuti-cos. No acumulado do ano, o superávit comercial soma US$ 15,727 bilhões – re-sultado da diferença entre as vendas externas de US$ 180,597 bilhões e compras

de US$ 164,870 bilhões. Houve queda de 31,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo comercial somou US$ 23,059 bilhões.

A redução nas exporta-ções é atribuída ao decrés-cimo nas vendas externas de semimanufaturados (-15,6%) e básicos (-7,9%). No caso dos semimanufa-turados, houve queda, prin-cipalmente, em ouro, óleo de soja em bruto, alumínio, ferro/aço, açúcar e celulo-se. Em contrapartida, hou-ve aumento nos embarques de manufaturados ante setembro do ano passado, principalmente, óleo com-bustível (+183,7%).

Programa do governo vai estimular investimentos no sistema portuário

Na segunda quinze-na de outubro, o

governo deve lançar um programa de concessões para que o setor privado invista na construção de portos e melhoria da in-fraestrutura já existente no setor. Segundo o pre-sidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figuei-redo, o objetivo é reduzir em cerca de 30% o custo do escoamento dos pro-dutos para baratear as ex-portações.

De acordo com Figuei-redo, estudos indicam

que o setor necessita hoje de recursos entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Um dos novos terminais será construído na re-gião de Ilhéus, no sul da Bahia, em conexão com o eixo da ferrovia que liga-rá o oeste baiano ao sul do estado. Está prevista também a construção de um terminal no Rio Ama-zonas, em Manaus, para atender o Norte do país, informou Figueiredo, du-rante o encontro Infraes-trutura de Transportes, Logística e Mobilidade Urbana no Brasil, promo-

vido pelo Instituto Brasi-leiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Var-gas (FGV).

Quanto a melhorias nos terminais já existentes, o objetivo é ampliar os es-tabelecimentos para que possam receber mais na-vios e embarcações com maior capacidade e obter ganho de escala. Além dis-so, está prevista a constru-ção de armazéns ao lado do cais, para estocagem de produtos, de modo a evitar os gastos no transporte de áreas que, atualmente, i-cam distantes.

Adiada para 2013 a retirada de correspondentes bancários em agências

As instituições inan-ceiras ganharam mais

quatro meses para retirar os correspondentes bancá-rios que atuam nas depen-dências das agências ou de postos de atendimento. O Conselho Monetário Nacional (CMN) prorro-gou de 1º de novembro de 2012 para 1º de março de 2013 o início da proibição. Essa foi a terceira vez que a proibição foi revogada. Em fevereiro de 2011, o

conselho havia vedado que correspondentes ban-cários prestassem serviços nas instalações da institui-ção inanceira contratante. Isso porque alguns bancos costumam contratar pres-tadores de serviços para vender, dentro das agên-cias e postos de atendi-mento, operações de cré-dito consignado.

- O correspondente bancário foi instituído para alcançar os canais

mais remotos de aten-dimento. O que temos é uma adequação e um retorno a esta origem - disse a chefe adjunta do Departamento de Normas do Banco Central, Sílvia Marques. Originalmente, os correspondentes têm como inalidade oferecer serviços bancários (como saque, depósito e paga-mentos) em locais como lojas, lotéricas e agências dos Correios.

Page 6: Edição Nº 128

6 ►02 a 08 de Outubro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

Duque de Caxias vai receber inscrições para o XI Concurso de Poesias até 26 de outubro

A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

e a Academia Duqueca-xiense de Letras e Artes (ADLA) estão promoven-do o XI Concurso de Poe-sias de Duque de Caxias, cujas inscrições, gratui-tas, icarão abertas até 26 de outubro. São duas categorias: até 15 anos e maiores de 16 anos. Os prêmios, em dinheiro, so-mam R$ 3.800,00, além de troféus, diplomas e li-vros. Este ano, o evento é em homenagem aos 100 anos de Jorge Amado, de Luiz Gonzaga e de Nel-son Rodrigues. O Concur-so, com tema livre, tem o propósito de incentivar os poetas de todas as idades a trazerem a público seus sentimentos expressos

em poemas. A solenidade de premiação acontecerá no dia 8 de novembro, às 19h30min, no Teatro Mu-nicipal Raul Cortez.

Todos os inscritos rece-berão Certiicados de Parti-cipação. Mais informações poderão ser obtidas no De-

partamento de Projetos E s p e c i a i s da Secreta-ria, através do telefone (21) 2671-1120. Serão aceitas ins-crições pe-los Correios somente en-viadas para a Secretaria de Cultura e Turismo,

onde também os interes-sados poderão se inscrever pessoalmente, das 10 às 17h, de segunda a sexta--feira. Ela ica na Rua Ayl-ton da Costa nº 115, 6º an-dar, bairro 25 de Agosto, CEP 25071-160, Duque de Caxias, RJ.

As inscrições tam-bém poderão ser reali-zadas, nos mesmos dias e horário, nos seguintes locais, onde também poderá ser obtido o re-gulamento do concur-so: Biblioteca Pública Governador Leonel de Moura Brizola (Praça do Paciicador, s/nº, Centro), Biblioteca Pu-blica Jardim Primavera (Av. Jornalista Moacir Padilha, s/nº, Jardim Primavera), Bibliote-ca de Xerém Ferreira Gullar (Praça Enge-nheiro Leão de Moura, s/nº, Xerém) e Bibliote-ca Pública Comunitária de Imbariê (Casa Brasil de Imbariê - Av. Cel. Sisson, Qd.2, Lotes 14 e 15, Imbariê).

Banco de Imagens

Conferência de Meio

Ambiente em Caxias

A Secretaria de Meio Ambiente,

Agricultura e Abaste-cimento de Duque de Caxias está com inscri-ções abertas para a VI Conferência Munici-pal de Meio Ambiente, que acontecerá de 22 a 24 de novembro na FEUDUC, localizada no bairro São Bento). Da conferência parti-ciparão representantes do poder público e da sociedade civil orga-nizada. As inscrições serão aceitas até 31 de outubro, na sede da

SMMAAA, na Rua Dona Teresa, s/nº, no bairro Jar-dim Primavera.

Com o tema “Avan-ços, Diiculdades e De-saios na Implementação da Política do Meio Am-biente”, a conferência vai discutir seis subtemas: “Educação Ambiental e Agenda”, “Áreas protegi-das municipais, estaduais e federais”,“Controle das atividades poluentes e ris-cos industriais”, “Recur-sos hídricos e saneamen-to”, “Saúde e qualidade do ar” e “Gestão de resí-duos sólidos e líquidos”.

Mundo terá mais de 1 bilhão de

idosos em dez anos, informa a ONU

O número de pesso-as com mais de 60

anos deve ultrapassar a marca de 1 bilhão em dez anos, de acordo com estu-do divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa, na sigla em inglês). O levantamen-to aponta ainda que a par-cela global de idosos está crescendo mais rápido que todas as outras faixas etá-rias. No Dia Internacional do Idoso, lembrado nesta segunda-feira (1º), o órgão destacou que, enquanto a tendência de envelhe-cimento da sociedade é motivo de celebração, ela também representa desa-ios, já que requer novas abordagens relacionadas

aos cuidados com a saúde, à aposentadoria, às condições de vida e às relações interge-racionais.

Dados do Unfpa indi-cam que, no ano 2000, pela primeira vez na história, foram registradas mais pes-soas com idade acima de 60 anos do que crianças meno-res de 5 anos. Até 2015, a expectativa é que os idosos sejam mais numerosos que a população com menos de 15 anos. E, em apenas dez anos, 200 milhões de pesso-as devem passar a integrar o grupo.

Atualmente, de acordo com o estudo, duas em cada três pessoas com mais de 60 anos vivem em países desenvolvidos. Até 2050, a

proporção deve passar a ser quatro em cada cinco. “Se não forem observadas ime-diatamente, as consequên-cias dessas questões devem pegar países de surpresa. Em diversas nações em desen-volvimento que têm gran-des populações jovens, por exemplo, o desaio é que os governos não têm coloca-do em prática políticas que apoiem as populações mais velhas ou que sirvam como preparação para 2050”, des-tacou o Unfpa.

O levantamento mostra também que 47% dos ho-mens idosos e quase 14% das mulheres idosas em todo o mundo ainda estão inse-ridos no mercado de traba-lho. Muitos deles, segundo

o órgão, são vítimas de discriminação, abusos e violência. O documento traz depoimentos de 1,3 mil idosos que vivem em 36 países – inclusi-ve da brasileira Maria Gabriela, de 90 anos. Ao Unfpa, ela elogiou a aprovação do Estatuto do Idoso em 2003. “Te-mos o suporte da lei e podemos exigir nossos direitos”, disse. “Ago-ra, o que precisamos é emprego e respeito nas ruas”, completou, ao citar problemas como buracos nas ruas que provocam quedas e mo-toristas de ônibus des-preparados para lidar com idosos.

Desemprego na zona

do euro atinge recorde

O desemprego nos países da zona do

euro atingiu uma nova alta recorde no mês de agosto, de 18,2 mi-lhões, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (1º) pela agência europeia de es-tatísticas Eurostats. O número de pessoas sem emprego subiu em 34 mil. O índice de 11,4% de desemprego é seme-lhante ao de julho, cujo valor foi revisado para cima. Com isso, julho e agosto foram meses de

recorde de desemprego na zona do euro.

O índice mais alto foi registrado na Espa-nha: 25,1%. O menor é da Áustria, de 4,5%. Na Alemanha, a maior eco-nomia da zona do euro, o desemprego é de 5,5%. A maior preocupação é o de-semprego entre jovens. Na zona do euro, 22,8% das pessoas com menos de 25 anos (mas com idade para estar na força de trabalho) estão sem emprego. Na Espanha, esse percentual chega a 52,9%.

“Polícia sem controle é polícia totalitária”, diz especialista em segurança pública

O uso excessivo da vio-lência pela polícia

não acabou após o episó-dio do Massacre do Caran-diru, em que 111 detentos foram mortos pelas tropas que ocuparam o Pavilhão 9, no dia 2 de outubro de 1992. Passados 20 anos do massacre, ainda falta controle à Polícia Militar. “Quando não se pisa no freio, a polícia extrapola porque é mais fácil traba-lhar com violência”, disse Guaracy Mingardi, espe-cialista em segurança pú-blica e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em entrevista à Agência Brasil.

Mingardi é cientista político, com doutorado na Universidade de São

Paulo (USP) e já foi secre-tário de Segurança Pública de Guarulhos, assessor do procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo e subsecretário nacional de Segurança Pú-blica. O especialista critica a política de segurança do estado de São Paulo e de-fende que é preciso “pisar no freio” para evitar exces-sos na atividade policial. “Combater excesso da po-lícia é controle. E contro-le é mandar a mensagem certa, que é avisar: passou desta linha será processa-do”, acrescentou.

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Se-gurança Pública disse que não falta controle à polícia do estado. “As polícias são

controladas internamente por corregedorias e, exter-namente, iscalizadas pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário. Falar em falta de controle é má-fé ou sandice”, disse o órgão. Sobre a crítica de que o go-vernador Geraldo Alckmin estaria passando a “men-sagem errada” à população ao promover a comandan-tes das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) po-liciais envolvidos no mas-sacre de 1992, a secretaria

respondeu que “a polí-cia é treinada para agir de acordo com a lei” e que, sempre que há ex-cessos, os policiais são punidos. “Importante lembrar que, neste ano, três policiais da Rota foram presos depois de serem acusados de ho-micídio em uma ação. A mensagem, portanto, sempre foi a de agir dentro da legalidade”, destacou a secretaria em nota.

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Diário Oicial, 150 anos de circulação

O Diário Oicial da União com-

pleta nesta segunda--feira (1°) 150 anos de circulação no Brasil. Chamado inicialmente Diário Oficial do Im-perio do Brasil, a pu-blicação é o meio pelo qual o cidadão pode acompanhar os atos oiciais da Adminis-tração Pública, como leis, decretos, nome-ações de servidores, abertura de concursos públicos, autorizações

de viagens de autoridades para o exterior e orça-mentos, entre outros que inluenciam diretamente a vida das pessoas. A ver-são eletrônica do Diário Oicial da União foi dis-ponibilizada na internet em 1999. A publicação é da Imprensa Nacional, inicialmente Imprensa Régia, órgão criado em 1808 com a vinda da fa-mília real portuguesa para o Brasil, vinculada à Casa Civil da Presidência da República.

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7►02 a 08 de Outubro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Caixa inalmente oicializa‘bolão’ em casas lotéricas

A Caixa decidiu forma-lizar uma prática co-

mum entre apostadores - o bolão nas apostas de lote-ria. A partir desta segunda--feira (1º), os apostadores de loteria vão poder parti-cipar do Bolão Caixa, feito no próprio sistema das lo-terias, com tecnologia de-senvolvida especiicamen-te para esse tipo de aposta e garantia para o participante em caso de premiação. Os apostadores poderão for-mar grupos para concorrer aos prêmios da Mega Sena, Dupla Sena, Quina, Loteca e Lotofácil. Outra opção é participar dos bolões or-ganizados pelas lotéricas, mas nesse caso pode ser cobrada taxa de serviço de até 35% do valor da aposta.

Para o superintenden-te nacional de loterias da Caixa, Gilson Braga, as principais vantagens do bolão são a transparência e a segurança. “Os brasi-leiros sempre gostaram de participar de bolão e agora vão poder fazer isso de for-ma segura”, disse. Braga lembra que já houve casos em que participantes do bolão perderam o dinheiro porque a Caixa é obrigada a pagar somente ao porta-dor do bilhete premiado. Segundo Braga, a expec-

tativa da Caixa é aumentar a arrecadação de recursos por meio das loterias, mas o banco não tem estimativa de crescimento.

Com o novo bolão, após o registro no sistema, a lo-térica vai emitir recibos das apostas de forma individu-al, os recibos de cota. Cada apostador participante tem seu próprio recibo e, se for premiado, pode resgatar sua parte de acordo com sua conveniência. Os vo-

lantes normais passarão a exibir um novo campo es-pecialmente para esse tipo de aposta, com as opções de quantidade de cotas para marcação em caso de Bolão.

No Bolão Caixa, o nú-mero mínimo de cotas é dois e o máximo pode che-gar a 100, dependendo da modalidade escolhida. O valor mínimo para apostas é R$ 10 por bolão. Todas as cotas terão o mesmo preço,

a mesma probabilidade de ganhar e o mesmo prêmio, em caso de bolão premia-do. Quem quiser participar do Bolão Caixa poderá es-colher entre a Mega Sena, Quina, Lotofácil (apostas de 16, 17 e 18 números), Dupla Sena e Loteca. Cada uma dessas modalidades terá um valor máximo de cotas (conforme tabela abaixo), que foi deinida de acordo com critérios mate-máticos e estatísticos.

Elza iúza-ABr

Carne bovina mais

cara ajudou a

pressionar a inlação

O Índice de Preços ao Consumidor Sema-

nal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), su-biu de 0,49% para 0,53%, na terceira prévia do mês de setembro. Seis dos oito grupos pesquisados apre-sentaram aumentos com taxas superiores às da apu-ração passada, entre eles o de alimentação (de 1,25% para 1,28%), pressiona-do pelas carnes bovinas (de 1,91% para 2,58%). Também registrou alta o grupo vestuário (de 0,2% para 0,64%). Os preços das roupas, que haviam caído em média 0,02% no levantamento anterior, au-mentaram 0,69%. Em saú-de e cuidados pessoais, a taxa passou de 0,29% para 0,38%, com destaque para os artigos de higiene e cui-dado pessoal (de -0,03%

para 0,22%).No grupo habitação,

o índice icou em 0,37%, ante 0,34%, inluenciado pelo pagamento de servi-ços domésticos (de 0,19% para 0,48%). Em comuni-cação, o IPC-S apresen-tou variação de 0,2% ante 0,27%, com destaque para a tarifa de telefone móvel (de 0,28% para 0,48%). Em despesas pessoais, foi constatada elevação de 0,23% ante 0,2%, sob a inluência da ração animal (de -0,18% para 0,37%). Já o grupo transporte teve alta de 0,11%, abaixo da varia-ção anterior (0,15%), sob o efeito da queda de preços dos automóveis usados (de -0,13% para -0,42%). Em educação, leitura e recrea-ção, o índice atingiu 0,11% ante 0,27%. Nesse último caso, o resultado é relexo do item passagem aérea (de -0,81% para -5,26%).

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8 ►02 a 08 de Outubro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Certiicação digital, além de desburocratizar, oferece ganho

A certiicação digital - ar-quivo de computador

que contém um conjunto de informações referentes à entidade para o qual o cer-tiicado foi emitido -, que atinge vários setores da eco-nomia nacional, é responsá-vel pela desburocratização, pelo aumento de segurança do sistema e pela redução de gastos. A avaliação foi feita pelo diretor de Tecno-logia e Negócios da Federa-ção Nacional das Empresas de Serviços Contábeis de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisa (Fenacon), Carlos Roberto Victorino.

- O sistema de certii-cação digital tende a cres-cer muito no país - disse Victorino. Ele ressaltou que a certiicação digital garante mais proteção às

transações online, como as trocas virtuais de docu-mentos, mensagens e da-dos, com validade jurídica das assinaturas. Segundo ele, as ações asseguram ainda maior privacidade e a autenticidade das infor-mações. O sistema de cer-tiicação digital é utilizado, por exemplo, pela Caixa Econômica Federal na re-cepção de informações das

empresas sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Ser-viço (FGTS). A operação passou a funcionar em 1º de julho por empresas com mais de dez empregados, por meio do certiicado di-gital no padrão ICP-Brasil, que é a sigla para Infraes-trutura de Chaves Públicas Brasileiras.

Segundo dados da Cai-xa, 2,1 milhões de empre-

Para obtenção, cartilha orienta interessados

Uma cartilha, lança-da pelo Comitê das

Certiicadoras Digitais do Brasil, informa sobre os benefícios e as aplicações da certiicação digital. Há versões da cartilha em papel, iPad e digital. Os interessados devem aces-sar o endereço eletrônico www.beneficioscd.com.br para localizar o material.

A cartilha foi elaborada pela Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis de Assessora-mento, Perícias, Informa-ções e Pesquisa (Fenacon).

A certiicação digital é utilizada nas áreas inan-ceira e contábil, no Poder Judiciário, nos ministé-rios da Saúde e da Educa-ção, no Instituto Nacional

do Seguro Social (INSS), além da Caixa e da Receita Federal. Na versão impres-sa, a cartilha tem 34 pági-nas e informa de maneira detalhada o que são a certi-icação, o certiicado, a as-sinatura digital e os vários tipos existentes no país.

Os empresários interes-sados em solicitar o docu-mento devem apresentar

sas de todo o país procura-ram o portal Conectividade Social ICP. No entanto, há queixas sobre o custo para a obtenção de certiicado. De acordo com Victorino, o custo médio é de R$ 215 por uma certiicação com validade de três anos. Para ele, o valor “é muito bai-xo”, considerando os bene-fícios jurídicos obtidos. Até junho de 2013, as empresas com menos de dez empre-gados devem se adequar ao Conectividade Social ICP da Caixa, passando a adotar o sistema de certii-cação digital. A tendência, segundo especialistas,é que aumente de forma con-siderável a realização de negócios fora do domicílio e a redução de gastos com viagens e operações no mercado inanceiro.

o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), o registro comercial, o ato constitutivo e o contrato social. No caso de pessoas físicas, os documentos são o título de eleitor, a carteira de identidade, o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o Programa de Integração Social (PIS), além do com-provante de residência.