edição dezembro 2014

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Dicas culturais As esculturas “humanas” do australiano Ron Mueck chegam à Pinacoteca Pág. 8 Dia do Leigo Celebrações reforçam o papel do leigo na comunidade Pág. 7 Natal Dos sinos às redes sociais, como os cristãos anunciam a chegada do Menino Jesus Pág. 2 C have DE ão S edro P Paróquia de são pedro do Tremembé Jornal Ano 11 • n o 142 • Dezembro De 2014 www.fAcebook.com/pAscomsAopeDro Parto humanizado Apesar dos altos índices de cesáreas no Brasil, cresce a tendência para parto natural e até domiciliar. No mês do Natal, conheça o serviço das doulas voluntárias do Hospital do Mandaqui, que dão suporte físico e emocional às grávidas neste momento divino que é o nascimento de uma criança. Pág. 4 Cena do documentário O Renascimento do Parto, de Eduardo Chauvet

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Esta é uma publicação da Pascom da Paróquia de São Pedro - Tremembé - São Paulo - SP

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Page 1: Edição dezembro 2014

Dicas culturaisAs esculturas “humanas” do australiano Ron Mueck chegam à Pinacoteca

Pág. 8

Dia do LeigoCelebrações reforçam o papel do leigo na comunidade

Pág. 7

NatalDos sinos às redes sociais, como os cristãos anunciam a chegada do Menino Jesus

Pág. 2

ChaveDE ãoS edroPParóquia de são pedro do Tremembé

JornalAno 11 • no 142 • Dezembro De 2014

www.fAcebook.com/pAscomsAopeDro

Parto humanizadoApesar dos altos índices de cesáreas no Brasil, cresce a tendência para parto natural e até domiciliar. No mês do Natal, conheça o serviço das doulas voluntárias do Hospital do Mandaqui, que dão suporte físico e emocional às grávidas neste momento divino que é o nascimento de uma criança. Pág. 4

Cena do documentário O Renascimento do Parto, de Eduardo Chauvet

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2 Jornal Chave de São Pedro

Caminhando pelas ruas da cidade já vemos, no comércio e em alguns edifícios, símbolos do NATAL. E, à medida que nos aproximamos

do NATAL, vamos percebendo gradativamente uma explosão de luz e beleza em todos os recantos da cidade, na periferia e no centro, que nos leva diretamente ao prólogo do Evangelho de São João: ‘E a luz brilha nas trevas, e as trevas não consegui-ram dominá-la’ (Jo 1,5).

Quando parece que estamos sendo dominados pelas trevas de um ano perdido, projetos não con-cretizados como queríamos, cansados pelo traba-lho, pelas dificuldades da família e pela correria que o atual ritmo de vida nos impõe, nos deparamos com a Luz que vence as trevas e sentimos como que uma mão estendida a nos dar novo vigor.

Quando estamos desanimados pelo caminho pastoral percorrido porque achamos que fizemos tão pouco ou que as pessoas não estão acolhendo a mensagem e somos tentados pelas trevas a fazer aquela triste promessa – “este é o meu último ano

de dedicação pastoral, vou fazer como muitos, vou somente participar da Santa Missa” – nos encon-tramos com a Luz que ilumina a partir da gruta de Belém.

E experimentamos em nosso cotidiano como a Palavra de Deus é eficaz, realiza o que promete, é atual, porque as trevas interiores e exteriores, nes-te ano, não conseguiram dominar a Luz (Jo 1,5). Jesus, a Luz do mundo, continua vencendo e será sempre vitorioso.

E somos convidados, neste tempo que antecede o Natal, a voltar nossos olhos para a gruta de Be-lém, onde podemos fixar o olhar interior em Cristo e receber as graças que fortalecerão nossa cami-nhada.

Um caminho espiritual para fixar os olhos na gruta de Belém é a montagem do presépio na casa e na igreja. Em torno do presépio poderemos sabore-ar em família a Luz que nos dá de braços abertos o Menino Jesus. ‘Aquele Menino que nos recorda que os olhos de Deus estão abertos para o mundo e para

cada homem (cf. Zc 12, 4). Os olhos de Deus estão abertos para nós porque Ele é fiel ao seu amor!’(Bento XVI).

Assim, a Luz que tem origem na gruta de Belém poderá nos guiar para metas de paz e de prosperidade, nos fará levantar a cabeça para retomarmos com entusiasmo o cami-nho pastoral e a missão na família, porque esta Luz foi acesa em nosso coração e con-tinuará a brilhar mesmo quando as luzes dos edifícios e das praças se apagarem.

Dom Sergio de Deus Borges é bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal para a Região Santana

A Luz brilha....

Carta ao leitor espiritualidade

Por Dom Sergio de Deus Borges

Por um nascimento mais humano

São inegáveis os benefícios da medicina para a melhoria da qualidade de vida e o aumento da longevidade. Entre os bene-fícios, estão os procedimentos para o tra-balho de parto. Mas pesquisas científicas revelam que muitas das intervenções mé-dicas praticadas durante o parto normal são desnecessárias e prejudiciais à mãe e ao bebê. Os índices também mostram que o número de cesáreas praticadas nos hospitais e maternidades é exagerado. No Brasil, mais de 50% das mulheres recor-rem à cirurgia na hora de ter o bebê, índice superior a três vezes o que recomenda a Organização Mundial da Saúde. Neste mês em que celebramos o nascimento do Menino Jesus, uma reportagem destaca no que consiste o parto humanizado. Esse milagre da vida não pode se transformar numa fonte de lucro, sem levar em conta o desejo da mulher e o futuro da criança.

Num artigo sobre acessibilidade, a pro-fessora Edjane Costa de Carvalho assinala que o tratamento dado às pessoas com de-ficiência também precisa ser mais humano.

Neste tempo do Advento, veja como participar da novena de Natal em famí-lia na sua rua. O roteiro da novena nos convida a olhar para o Presépio. O páro-co, Pe. Edimilson da Silva, destaca que os novos meios de comunicação, como as redes sociais, também devem servir para anunciar a chegada do Cristo. Feliz Natal!

Equipe Pascom - Paróquia de São Pedro

expediente - pasCom

PARÓQUIA DE SÃO PEDRO DO TREMEMBÉAv. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 A | Tremembé | São Paulo | CEP: 02350-000 | Tel.: (11)2203-2159e-mail: [email protected]

Orientador: Pe. Edimilson da SilvaCoordenação da Edição: Pastoral da Comunicação - e-mail: [email protected]: Edmilson Fernandes - MTB: 25.451/SPDireção de Arte: Toy Box IdeasRevisão: Oswaldo de CamargoImpressão: Atlântica Gráfica Tiragem: 3.000 exemplaresColaboradores: Telma Feleto e Vânia De Blasiis

Comunidade Santa Rosa de Lima R. Luiz Carlos Gentile de Laet, 1302, Tremembé Missas: sábados, às 16h | Domingos, às 9h e 19h | Primeira sexta-feira do mês, às 20h

Comunidade São José (Itinerante) Missas: todos os dias 19 do mês, às 16h Momento de Oração e Estudo Bíblico: 3as feiras, às 20h

Comunidade Nossa Senhora Aparecida Av. N. S. Aparecida da Cantareira, 22, Tremembé Missas: dom., às 8h30 | Missa todos os dias 12 do mês, às 20h

Comunidade Nossa Senhora da Providência R. Vilarinhos, 95, Tremembé. Missa: domingo, às 10h30

Comunidade São Marcos R. Luiz da Silva, 24, Tremembé Missas: sábados, às 17h. Estudo Bíblico: 5as feiras, às 20h

Av. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 ATel.: (11) 2203-2159

ATENDIMENTO DA SECRETARIADe 2a a 6a feira: 8h às 12h e 14h às 18h | Sábados: 8h às 12h

MISSAS2as e 4as feiras, às 19h30 | 3as, 5as e 6as feiras, às 7h30 | Sábados, às 17h | Domingos: às 8h, 10h e 18h30

DIREçÃO ESPIRITUAL E CONfISSÃO3a feira, das 15h às 18h | 4a feira, das 20h às 22h | 6a feira, das 9h às 12h

paróquia de são pedro

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3Dezembro | 2014

Parece que soa meio estranho um título de ar-tigo como este, mas o leitor atento, em con-tato com o texto, vai perceber o que significa

o anúncio do nascimento de Jesus dentro do con-texto de hoje. O ponto de partida deste diálogo é o pequeno trecho da música que já ouvi na voz da cantora Simone:

Bate o sino pequeninoSino de BelémJá nasceu o Deus MeninoPara o nosso bem. Paz na Terra, pede o sino,Alegre a cantar,Abençoe, Deus menino,Este nosso larRecordo que, quando morava no interior, os si-

nos eram um grande meio de comunicação. Toca-va-se o sino para anunciar a chegada de uma au-toridade importante; se reconhecia pelos badalos. Quando o bispo visitava a comunidade, o sacristão corria para a torre da igreja, olhava através de uma pequena janela e, quando o avistava ao longe, ba-tia o sino.

Na procissão, enquanto saía a imagem do Santo, lembro que seu José ficava muito alegre por tocar o sino enquanto a procissão percorria a rua da matriz.

Quando falecia alguém, os sinos repicavam em um tom fúnebre; servia de sinal; o comércio baixa-

va as portas em respeito ao falecido. Após o cortejo passar diante da igreja, só cessavam os repiques quando o corpo era colocado na sepultura, no pe-queno cemitério da cidade.

Os sinos silenciaram para as chegadas das auto-ridades, para os falecidos; pouco são ouvidos nas procissões. Atualmente se mantém a tradição de tocar para avisar que hoje tem missa.

Os tempos mudaram. Hoje as redes sociais são o local próprio do anúncio, os sinos modernos, que o fazem chegar muito mais rápido, seja da vinda da autoridade, do falecimento de alguém, de um acon-tecimento importante. Os meios de comunicação, frutos da inteligência humana, podem espalhar alegria, esperança e a luz do Natal. A alegria pode continuar ressoando nos e-mails enviados, no Face-book, Instagram, Whatsapp, Skype.

Jesus veio ao mundo para dizer que não preci-samos viver na solidão. O apóstolo Paulo aprendeu e se expressou com esta interrogação magnífica e bem conhecida: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”

Todos unidos, façam ressoar a Palavra de Deus. Ele já está no meio de nós.

Feliz Natal e abençoado Ano Novo!

Padre Edimilson da Silva é jornalista e pároco da Paróquia de São Pedro do Tremembé

Bate o sino ou usa as redes sociaisTodos unidos, façam ressoar a Palavra de Deus, que ilumina e aquece os corações frios, traz de volta os distantes, liberta do egoísmo e reina na família que se abre ao Salvador, Jesus Cristo.

diálogo Com a Comunidade

Por Pe. Edimilson da Silva

“E então, eu disse: eis que eu venho. Fazer vossa vontade, meu Deus, é o que me agrada, porque vossa lei está no íntimo de meu coração.” (Sl 39, 8)

“Há 13 anos renovo meu sim”

No dia 2 de dezembro, o Pe. Edimilson completa 13 anos de ordenação presbiteralT

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4 Jornal Chave de São Pedro

destaque

Parto: chegada ao mundo sem violência e com amor

Há cerca de dois anos, a dona de casa Or-quídea Galvão Lima dedica quatro horas por semana para uma ação magnífica no

Hospital do Mandaqui. Como voluntária, ela ajuda mães a dar à luz. Orquídea faz parte da equipe doulas da Associação do Voluntariado do Hospital do Mandaqui. Há um ano, ela ganhou a companhia de Maria Adelaide Guggenberger nessa missão. “A doula é a mulher que cuida. Nosso papel é encorajar, confortar e aliviar as dores com massagens, além de estimular posi-ções que auxiliem a descida do bebê”, explicam. Estimulada pelo exemplo de Orquídea, que já atua como voluntária há oito anos no pronto-so-corro infantil do Mandaqui, a terapeuta holística Siomara Madeira concluiu o curso de doula no mês passado e agora também dedica parte do seu tempo para ajudar as grávidas na hora do parto. Com a nova turma que acabou de se for-mar, a Associação do Voluntariado tem 12 dou-las. “O nosso sonho é que haja doulas todos os dias, duas pela manhã e duas à tarde, para pres-tar esse serviço voluntário na maternidade”, diz a presidente da entidade, Edilma Gonçalves.

Por Edmilson Fernandes

No mês do nascimento mais importante de todos os tempos, uma reflexão sobre esse momento divino na atualidade. Pesquisas científicas mostram que muitas intervenções médicas praticadas durante o parto são desnecessárias e prejudiciais à mãe e ao bebê. Os altos índices de cesáreas também reforçam a necessidade de humanização do parto

Cesáreas demais

Uma das críticas aos partos hospita-lares é quanto ao número de cesarianas. A Organização Mundial da Saúde reco-menda que o índice de cesáreas não pas-se de 15%. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 52% das mulheres recorrem à cirurgia na hora de ter o bebê. Levando em consideração apenas a rede hospitalar privada, a média é de 80% dos casos, mas pode chegar a 95% em alguns hospitais. O Ministério combate essa dis-crepância com o projeto Rede Cegonha, que estimula o parto humanizado.

o papel das doulasA palavra doula vem do grego e significa a mulher que serve. As doulas não têm nenhuma

atribuição técnica na hora do parto. Sua função é estritamente de suporte físico e emocional à parturiente. “Não interferimos na área médica ou de enfermagem. A gente pode levar para a cama, dar banho, tirar o medo, a insegurança da grávida que chega”. Adelaide resume: “Eu fui abençoada. Trabalho num hospital, lugar de muitas doenças, mas ajudo um novo ser a vir ao mundo. É muito gratificante!”

A presença das doulas no Hospital do Mandaqui é um primeiro passo na tentativa de humani-zar os 250 partos realizados todo mês na unidade. Mas ali os médicos continuam seguindo todos os protocolos de qualquer maternidade, muito criticados por quem defende a humanização desse momento divino que é o nascimento de uma criança.

A equipe de doulas e a presidente da Associação, Edilma Gonçalves (última à direita)

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o renascimento do parto – o filme

Humanização do partoparto normal x parto humanizado

Apesar de ser uma tendência no mundo, o parto domiciliar encontra resistências de médicos. Órgãos como o Conselho Re-gional de Medicina de São Paulo (Cremesp) alertam para riscos à mãe e ao bebê. O Cremesp chegou a não recomendar o pro-cedimento nos domicílios - salvo em casos de urgência. Embora não haja dados nacionais sobre mães que preferem o lar ao hospi-tal, sabe-se que o número é crescente. Na opinião delas, o parto em casa é uma conquista, por ser mais humanizado e diminuir as intervenções médicas. E representaria uma vivência de pro-funda intimidade feminina. No Reino Unido, referência mundial no tratamento às parturientes, as 35.000 parteiras cadastradas no sistema de saúde dão assistência antes, durante e depois do parto - o médico só entra em cena quando há problemas. Apenas uma em cada quatro mulheres recorre à cirurgia para ter o filho.

A humanização da assistência ao parto envolve uma mudan-ça de atitude: respeitar os desejos da mulher. Pesquisas cientí-ficas mostram que muitas das intervenções médicas praticadas atualmente no parto normal são desnecessárias e prejudiciais. No entanto, continuam sendo feitas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o uso rotineiro da lavagem intestinal, de in-fusão intravenosa (soro) e da posição supina da mulher (deitada de barriga para cima) estão entre as condutas consideradas pre-judiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas.

Os defensores do parto humanizado também criticam o tratamento dado ao recém-nascido. Logo após o nascimento, os bebês têm as vias aéreas aspiradas pelo pediatra com o uso de sonda. O procedimento é adotado, mesmo com aqueles que nascem saudáveis e que seriam capazes de eliminar as secre-ções sozinhos. Na maioria das vezes, as equipes também não seguem outra recomendação da OMS, que é o contato pele a pele do bebê com a mãe, fundamental para o estabelecimento do vínculo, e a amamentação na primeira hora de vida.

No movimento de humanização do parto, a protagonista do parto é a mulher e não o médico. Ela deve participar ativamen-te das decisões, em parceria com os profissionais que lhe dão assistência.

Um documentário dirigido por Eduardo Chauvet, lançado em 2013, retrata a grave realidade obstétrica brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumá-ticas e desnecessárias, em contraponto com o que é sabido e recomen-dado hoje pela ciência. O filme agrega depoimentos de médicos, teóricos, terapeutas, doulas, mães e até famosos (como o ator Márcio Garcia e sua mulher, Andréa Santa Rosa). Ao longo de noventa minutos, a produção esmiúça a realidade dos serviços de saúde brasileiros. Hoje, o repasse dos planos de saúde tornou-se praticamente o mesmo para partos normais e cesarianas. Mas, no caso do procedimento tradicional, deve-se esperar pelos sinais do corpo da mãe. No tempo dedicado a essa espera, o obs-tetra deixa de realizar várias outras intervenções cirúrgicas, que levam, em média, quarenta minutos. O parto com hora marcada não exige que consultas sejam canceladas e ainda aumenta os gastos dos pacientes com internação. Desprezando a natureza, é possível produzir e lucrar mais. Embora muitos médicos se disponham previamente a fazer o parto nor-mal, na hora H, boa parte acaba convencendo a mãe a enfrentar o bisturi.

Normal Humanizado

Pré-natal

Em geral, limita-se a avaliar a saúde física da mulher e do bebê. Aspectos emocionais da gestação ficam em segundo plano. Fala-se pouco de parto.

Avalia a saúde física da mulher, incluindo todos os exames recomendados pela OMS, e tam-bém dá grande ênfase ao preparo emocional da mulher para o parto e a maternidade.

Início do trabalho de parto

Não se permite que a gestação ultrapasse 40 semanas. Quando atinge esse “limite”, a mulher é internada para a indução do parto com medicamentos ou vai para a cesárea.

Costuma ser espontâneo, ainda que o tem-po de gestação ultrapasse as 40 semanas (com consultas e exames mais frequentes após 41 semanas).

Duração do trabalho de parto

É acelerada com ocitocina sintética (hormô-nio), que intensifica as contrações.

Respeita-se o ritmo natural do nascimento, que varia muito de um parto para o outro.

Posição durante o trabalho de parto

Deitada na cama, de barriga para cima. Uma cinta presa na barriga da mulher e ligada a um aparelho (cardiotocografia) monitora as contrações e os batimentos cardíacos do bebê.

A mulher tem liberdade para escolher e alternar posições. Pode sentar na bola de parto, deitar na banheira, acocorar-se nas contrações, etc.

Anestesia

No atendimento particular, é um procedi-mento de rotina (para todas as mulheres, ao atingirem um determinado estágio de dilata-ção). No serviço público, não está disponível tão facilmente.

É uma escolha da mulher, que é incentivada a dar preferência a métodos naturais de alí-vio da dor, como massagens, banhos mornos e o suporte físico e emocional de uma doula. Quando a mulher decide pelo alívio medica-mentoso, é feita uma analgesia, que tira a dor, mas não os movimentos.

Contato com o bebê após o nascimento

O cordão umbilical é cortado imediatamen-te, o bebê é mostrado para a mãe e levado pelo pediatra para uma série de exames e intervenções, como a aspiração das vias aéreas superiores e a aplicação de colírio de nitrato de prata.

Se o bebê nasce bem, a prioridade do pe-diatra é garantir o contato pele a pele do recém-nascido com a mãe. O bebê é apenas enxugado e coberto com panos macios, no colo da mãe. São oferecidas todas as con-dições para que ocorra a amamentação na primeira hora de vida. A aspiração é feita apenas se for realmente necessária. O cor-dão é cortado só depois que para de pulsar.

Participação da mulher

A gestante tem uma posição passiva diante do processo do parto. É considerada uma “paciente” e, como tal, é esperado que acei-te as decisões do médico, que é quem está de fato no comando da situação.

Compartilha a tomada de decisões com a equipe responsável pela assistência ao par-to, que pode contar com médico ou parteira (enfermeira obstetra ou obstetriz). No se-gundo caso, o obstetra fica na retaguarda e é acionado apenas se necessário.

Fonte: casamoara.com.br

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6 Jornal Chave de São Pedro

inClusão

Luta pelo direito à acessibilidade humanaPor Edjane Maria Costa de Carvalho

Três de dezembro é Dia Internacional das Pes-soas com Deficiência. Deficiência é o impedimento, de ordem sensorial, física e intelectual, de o sujeito atuar e interagir com autonomia no meio em que vive. Esta incapacidade é agravada na medida em que o meio físico e social não oferece condições de ordem politica, social, econômica e cultural para que o sujeito tenha o direito de exercer sua cidada-nia com dignidade.

No ano de 1991 (Resolução 47/3), a Organiza-ção das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 3 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

O objetivo principal desta data é garantir um momento de reflexão no âmbito mundial para que todos cheguem à compreensão sobre as barreiras encontradas por essas pessoas, as quais dificul-tam ou muitas vezes anulam as possibilidades de terem uma participação efetiva e com direitos na sociedade.

A partir de 1998, por meio de pressão social, co-meçaram a ocorrer anualmente mobilizações no mundo inteiro, em que representantes de pesso-as com deficiências, representantes do governo, de empresas privadas e ONGs discutem temas perti-nentes às necessidades e quais os fatores que favo-recem a exclusão e marginalização dessas pessoas na sociedade.

Alguns temas discutidos no Brasil foram trans-formados em Lei Federal ,como: o direito ao acesso à tecnologia e comunicação (TIC); trabalho decente para todos os deficientes (lei de cotas de emprego para pessoas com deficiência); acessibilidade para todos (eliminação de barreiras arquitetônicas, de comunicação e de transporte). Outra conquista im-portantíssima se refere a matricula da pessoa com deficiência na rede regular de ensino, passando a ter Atendimento Educacional Especializado (AEE), garantindo-lhe, assim, o direito ao acesso e perma-nência na escola.

Ainda há muito que se fazer para que as pesso-as com deficiência tenham seus direitos garantidos nos diferentes âmbitos da sociedade, pois os recur-sos e adequações, sejam de ordem social, política ou cultural, ainda não atendem às demandas desta camada da população que muitas vezes não tem ga-rantido o seu direito de ir e vir com autonomia. Mas ter um dia para serem discutidas questões que ja-mais foram pensadas ou consideradas como direito a acessibilidade humana é um grande avanço na luta pela inclusão cidadã.

Edjane Maria Costa de Carvalho é professora da Rede Municipal de Ensino da Cidade de São Paulo e pós-graduada em Educação Especial - Especialização- Deficiência Intelectual - UNESP-Marília

FONTE

Deficiência pt.wikpedia.org/Dia internacional das pessoas com deficiência.

peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf

mundo Corporativo

Como elaborar um currículoPor Telma Feleto

Todo profissional, independente de estar em busca de uma oportunidade no mercado, deve manter seu currículo sempre atualizado.

Ele é a sua apresentação e a “porta de entrada” nas empresas. Portanto, um currículo bem elaborado pode ser um diferencial para o profissional e se tor-nar atrativo aos selecionadores. Algumas dicas para a elaboração de um currículo:

Não existe um modelo fixo padrão, cada pessoa tem uma história e um objetivo, porém não é ne-cessário reinventar a roda! Utilize exemplos de bons currículos e aperfeiçoe

Seja claro e objetivo, o currículo deve ter no máxi-mo duas páginas

Dispense o uso de título, como, por exemplo, “Curriculum Vitae”

Não use letras coloridas; o currículo deve ser clean Não coloque foto, data e nem assinatura no currí-

culo Não inclua referências. Se solicitadas pela empre-

sa, alinhe antes o seu ex-gestor Não informe características pessoais Não mencione salário ou pretensão salarial, isso

será discutido posteriormente Nunca minta, saiba todas as informações de seu

currículo; ele é a base de sua entrevista Evite erros de português Caso seja portador de deficiência, mencione essa

informação, pois pode ser benéfico, em função da escassez desse tipo de profissional para as empresas

Principais tópicos que devem constar no currículo: Dados pessoais: coloque o nome completo, nacio-

nalidade, estado civil, idade, se tem filhos, não infor-me número de documentos, não é necessário escre-ver as palavras: endereço, telefone e e-mail antes dos respectivos dados. Crie um e-mail profissional, evitando endereços como [email protected] ou o e-mail da empresa atual

Área de atuação (objetivo): prefira área de atua-ção a cargos, não misture duas áreas (Ex.: Finanças /Marketing), escolha apenas uma área, mencione a área de atuação para a qual você está qualificado no que diz respeito a seu trabalho

Qualificações: apresente um breve resumo de sua carreira, tempo de experiência, áreas e segmentos em que atuou, conhecimentos específicos e tudo o que o qualifica em sua área de atuação (o que você sabe fazer)

Experiência profissional: nome da empresa e seg-mento, data de entrada e saída de cada empresa

em ordem cronológica, começando pela mais atual, cargo, período de experiência ao lado de cada cargo, reporte direto e subordinados (opcional), mencionar as experiências e atividades dentro de cada cargo

Principais realizações: mencione o problema solu-cionado ou tarefa realizada, a ação que explica o que você fez e o resultado (o que cresceu ou decresceu), algo qualitativo ou quantitativo

Formação acadêmica: mencionar o nome da ins-tituição, curso e ano de conclusão (completo ou previsto), informar apenas o último nível atingido (ex.: se estiver cursando faculdade, não é necessário mencionar o ensino médio)

Idiomas: mencione o nível em que está, seja verda-deiro, pois o selecionador pode querer entrevistá-lo no outro idioma. Informações sobre intercâmbio ou exposição internacional são importantes e devem ser informadas

Cursos complementares: mencione cursos e trei-namentos que complementem o conhecimento ne-cessário para o desenvolvimento de suas funções

Outras atividades: informe se participa de algum trabalho voluntário, social, acadêmico, etc.

Telma Feleto é consultora na 4MINDS RH

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7Dezembro | 2014

Participe da novena de Natal em família na sua rua

“Com Jesus menino na manjedoura, aprendamos a humildade e a simplicidade

do Filho de Deus.”

1/12 Segunda-feira 19h30 Reza do terço

20h Missa de cura e libertação. Rezemos pelos jovens

8/12 Segunda-feira 19h30 Missa Dia da Imaculada Conceição de Nossa Senhora

20h30 Apresentação do Coral da Escola Waldorf Francisco de Assis

13/12 Sábado 17h Missa de Santa Luzia e bênção dos olhos

24/12 Quarta-feira 20h Missa de Natal

25/12 Quinta-feira 10h Missa

31/12 Quarta-feira 20h Missa

1o/1 Quinta-feira 10h Missa

agenda

Durante o mês de dezembro, venha rezar diante do presépio e aprenda a contemplar a beleza de Deus na simplicidade. Ele nasceu pobre para mostrar que o nosso tesouro não deve ser os bens da terra

Clipping

Dia do Leigo

No último domingo, dia 23, a igreja celebrou a solenidade de Cristo Rei, que no Brasil coincide com

o Dia do Leigo. Nas celebrações, o Pe. Edimilson destacou o papel que cada ca-tólico deve exercer na missão de anunciar o Evangelho e testemunhar o Cristo na igreja e no ambiente onde vive.

“Os cristãos leigos e leigas são os missionários do reino de Deus no meio do mundo, onde vivem, trabalham, se relacionam e exercem suas múltiplas responsabilidades.”

Cardeal Odilo P. Scherer, arcebispo de São Paulo

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8 Jornal Chave de São Pedro

diCas Culturais

Ron Mueck – na PinacotecaDepois de passar pelo Rio de Janeiro e

por Buenos Aires, está na Pinacoteca de São Paulo a exposição do artista

australiano Ron Mueck. Ele é um dos princi-pais artistas contemporâneos, conhecido por suas esculturas de representação humana.

Os temas, materiais e técnicas utilizados fazem dele um autor original, inovador e con-temporâneo. Suas esculturas cativam pela mu-dança nas dimensões de escala e realismo dos personagens, cujos gestos sutilmente expres-sam situações cheias de vida e mistério.

A mostra fez sucesso por onde passou, Ja-pão, Austrália, Nova Zelândia, México, Buenos Aires e Rio de Janeiro. Suas figuras humanas não descrevem pessoas reais ou situações, mas a obsessão da verdade falada de um artista que busca a perfeição e é extremamente sensível com a forma e a matéria. Uma mãe com seu filho, casais jovens ou adultos que variam entre estados de tensão e calma e um homem nu em um barco à deriva, são algumas das imagens que fazem parte da exposição.

Mueck utiliza materiais como resina, fibra de vidro, silicone e acrílico para reproduzir fielmente cada detalhe da anatomia humana e construir esculturas que tematizam pinturas de vida e morte.

Entrou em cartaz no dia 27 de no-vembro o filme “Irmã Dulce”, que narra a trajetória de uma mulher

que dedicou sua vida aos mais necessi-tados. Rodado totalmente em Salvador, o longa conta o testemunho cristão da freira baiana que tendo como ferramen-tas a determinação e o amor, construiu uma grande obra social, com creches, hospitais e centros educacionais. Irmã Dulce era capaz de atravessar Salvador de madrugada para amparar um menino de rua. Em 1988, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho com os pobres. Dirigido por Vicente Amorim, o filme é estrelado pelas atrizes Bianca Compa-rato e Regina Braga, que vivem Irmã Dulce. Sua beatificação foi em 10 de dezembro de 2010, pelo Papa Bento XVI, em Salvador. A beata recebeu o título de Bem-Aventurada Dulce dos Pobres,

tendo o dia 13 de agosto como data oficial de ce-lebração de sua festa litúrgica. O elenco conta ainda com Gracindo Junior, Glória Pires, Irene Ravache, Zezé Polessa, Malu Valle, Luiz Carlos Vasconcelos e Fábio Lago.

Filme “Irmã Dulce” estreia nos cinemas

serviço

A Pinacoteca fica na Praça da

Luz, 2 (em frente à Estação Luz

do Metrô e da CPTM).

Ingressos:

R$ 6,00 (quintas, após as 17h,

e sábados a entrada é franca);

estudantes com carteirinha

pagam meia entrada. Crianças

com até 10 anos e idosos maiores

de 60 anos não pagam.

Obs.: Os ingressos devem ser

adquiridos diretamente na

bilheteria e valem somente para

o dia da compra.

Horário de visitação:

Terças a domingos, das 10h às

18h e quintas, das 10h às 22h.

A escultura “Jovem casal” (2013) é uma das obras de Mueck expostas na Pinacoteca

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em Cartaz