edição 94 | 2009 | issn 1414-6517 – publicação ... · 42 sustentabilidade é a palavra de...

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HANGARES: da história à atualidade Prioridade ao aço na proteção de aviões e reaproveitamento de estrutura Edição 94 | 2009 | ISSN 1414-6517 – Publicação Especializada da ABCEM – Associação Brasileira da Construção Metálica

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Hangares: da histria atualidadePrioridade ao ao na proteo de avies e reaproveitamento de estrutura

Edio 94 | 2009 | ISSN 1414-6517 Publicao Especializada da ABCEM Associao Brasileira da Construo Metlica

4EditorialRetomadadeinvestimentostrazotimismoparaoao

5SalaVipCrescimentoegrandesexpectativasnaGalvanizaoEntrevistacomoengenheiroUlyssesB.Nunes,daempresaMangelseoengenheiroLuizCarlosCagiannoSantos,daempresaBrafer

8ReportagemDahistriaatualidade

16Hangares:galvanizaogarante

maiordurabilidadeemenorescustos

18ArtigoTcnicoElementoscompostoscomtravejamentoemquadros

22ConstruindocomAoExpressocontemporneaemantigoteatro

28Funcionalidade,complexidadeebelezanaslinhas

30GalvanizaoCopaVerdeexigeestdioseobrassustentveis

32GiroPeloSetorTalentosbemreconhecidos

34Muitoalmdomanual

34ConstruoSustentvelemfoco

34Expandindonegcios

35NotciasABCEMFoconoaoeboasperspectivas

36Eucatexemexpanso

36Iluminaonaturalsemcalor

37Tecnologiaconstruindosustentabilidade

38Inovaoemdebate

40SteelMarketsLatinAmerica2009

42Totemcomoferramentadeeducao

42Sustentabilidadeapalavradeordem

43ScioseProdutosEmpresaEntidadesdeClasseeProfissionaisLiberais

46NossosSciosDnicaCoporation

47DampElectric

48EstatsticaRetomadanosetor

50AgendaEventosdoSetor

8

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28

30

32

Construo Metlica

Edio 94 2009

Publicao Especializada da ABCEMAssociao Brasileira da Construo Metlica

Conselho diretor ABCEM

Presidente

Jos Eliseu Verzoni (Metasa)

Vice-Presidentes

Carlos A. A. Gaspar (Gerdau Aominas)

Jos A. F. Martins (MVC)

Luiz Carlos Caggiano Santos (Brafer)

Ulysses Barbosa Nunes (Mangels)

Yavor Luketic (Perfilor - ArcelorMittal)

Diretores

Ademar de C.Barbosa Filho (Codeme)

Andr Cotta de Carvalho (V&M)

Antnio Carvalho Neto (ABCEM Nordeste)

Antnio Gattai (Gattai Estruturas de Ao)

Ascnio Merrighi (Usiminas)

Gilso Galina (Aotec)

Horcio Steinmann (UMSA)

Luiz Carlos de Lima (Metasa)

Marcelo Manzato (Manzato)

Marcelo Micali Ros (CSN)

Marino Garofani (Brafer)

Norimberto Ferrari (FAM Constr. Metlicas)

Paulo Alcides Andrade (Paulo Andrade Enga.)

Gerente Executiva

Patrcia Nunes Davidsohn

[email protected]

Secretaria Geral

Av. Brig. Faria Lima, 1931 - 9o andar

01451.917 - So Paulo, SP

Fone/Fax: (11) 3816.6597

[email protected]

www.abcem.org.br

Jornalista Responsvel

Tess Abreu (MTb 56064)

[email protected]

Publicidade e Marketing

Elisabeth Cardoso

[email protected]

Projeto Grfico

Paulo Ferrara Sansei Projetos

[email protected]

Direo de Arte e diagramao

Antonio Albino

Colaboradores

Tnia Ribeiro

Impresso

Intergraf Solues Grficas

Redao e Publicidade

Av. Brig. Faria Lima, 1931- 9o andar

01451.917 So Paulo, SP

Fone/Fax: (11) 3816.6597

[email protected]

www.abcem.org.br

Tiragem

5.000 exemplares

Capa: Hangar One

Foto: Banco de Imagens NASA

Construo Metlica uma publicao bimestral, editada desde 1991, pela ABCEM - Associao Brasileira da Construo Metlica, entidade que congrega empresas e profissionais da Construo Metlica em todo Brasil. A revista no se responsabiliza por opinies apresentadas em artigos e trabalhos assinados. Reproduo permitida, desde que expressamente autorizada pelo Editor Responsvel.

Aps um perodo de crise e reduo significativa do nmero de projetos e suspenso de investimen-tos, vivenciado pelo segmento da construo em ao a partir do final do ano passado, o segundo semestre comeou com fortes sinais de recuperao e otimis-mo. As estatsticas de consumo do ao demonstram que o setor vem reagindo de forma rpida, resulta-do de uma gradual retomada da expanso industrial. Medidas econmicas equilibradas, incluindo o incen-tivo ao crescimento da demanda atravs da reduo temporria dos impostos por parte do governo, tem gerado grande confiana na indstria, que j reini-ciou diversos projetos paralisados pela crise.

Ganha com isso a construo em ao, como op-o de alta tecnologia, eficiente em custos e prazos, principalmente para edifcios industriais e comer-ciais, que buscam retorno rpido dos investimentos. Cada vez mais procurada, a soluo em ao segue aumentando sua participao no mercado brasileiro de forma consistente.

Nesta edio o foco principal para os hanga-res, intensivos na demanda de ao, utilizado tanto na estrutura principal, como nas coberturas e nos fe-chamentos. Flexibilidade na construo de grandes espaos, caracterstica dos hangares, uma das van-tagens do ao para esse tipo de edificaes.

Podero ser vistos ainda neste nmero da RCM matrias relacionadas com os principais eventos de setores ligados direta e indiretamente ao ao, desta-cando os debates, previses e nmeros do setor.

Boa leitura!Jos Eliseu Verzoni

Presidente da ABCEM

Retomada de investimentos traz otimismo para o ao

ERRATA Edio 93A notcia Telhas ISOESTE apresentou informaes sobre dois produtos diferentes da empresa, dando a entender que ambos seriam destinados s casas populares. Deixamos claro que a segunda parte da matria, sobre a Isotelha de EPS, no possui qualquer vnculo com a Isotelha de PUR e as casas populares.

Na reportagem principal da edio, sobre o Metr Rio, a viagem direta da Tijuca Zona Sul j acontece, pois este o trajeto da Linha 1 do Metr. A integrao das Linhas 1 e 2 do metr vai permitir que os passageiros viajem direto da Pavuna (Zona Norte) at a Zona Sul da cidade, sem transferncias.

Construo Metlica

SalaVip

Ulysses B. Nunes Podemos dizer que

aps dois anos seguidos de crescimen-

to, que acumulou 50% o volume de Ao

Galvanizado, o setor est em outro pa-

tamar. A conscincia das vantagens da

Galvanizao a Fogo como sendo a me-

lhor proteo contra corroso para o ao

muito forte hoje. Essa conscincia era

muito fraca em 1999 quando iniciamos

o comit de galvanizao da ABCEM.

Estamos trabalhando firme e constante-

mente no fomento da aplicao do zin-

co pelo processo de galvanizao a fogo

para a proteo do ao. O consumo per

capita de Zinco pelo setor de galvani-

zao geral cresceu de 1,00 Kg em 1999

para 1,30 kg em 2008.

O uso da galvanizao vem crescendo nas

estruturas metlicas. Para discutir os avanos

e conquistas desse setor, entrevistamos dois

vice-presidentes da Abcem. O engenheiro

Ulysses b. Nunes, da empresa mangels,

destaca o panorama atual da galvanizao,

e o engenheiro Luiz carlos cagianno Santos,

da empresa brafer, fala sobre a importncia

de tal aplicao nas estruturas metlicas.

Crescimento e grandes expectativas na Galvanizao

Qual

a situao

atual da

galvanizao?

Ulysses B. Nunes, da empresa Mangels

Ulysses Sim a Indstria de Galvani-

zao est preparada e com capacidade

disponvel para responder a demanda

para os prximos cinco anos. Quanto

capacidade tcnica, o setor nunca esteve

to preparado. A maioria das empresas

certificada ISO 9001-2000. O setor tem

investido em aprimoramento tcnico de

seus colaboradores.

O intercmbio com galvanizadores da

Europa, EUA e sia tem aumentado

cada vez mais. No ltimo Intergalva

(Congresso organizado pela Associa-

o Europia de Galvanizao Geral

EGGA) em junho de 2009, realiza-

do na Espanha, a delegao brasileira

s perdeu em nmero de participantes

A indstria

nacional est

preparada

para atender a

essa crescente

demanda

em volume

e qualidade?

E em relao

capacitao

tcnica e de

produo?

Foto

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Construo Metlica

para Itlia e Alemanha. ramos em 22

delegados. Nos prximos trs anos se-

ro inauguradas trs novas plantas de

galvanizao a fogo com um incremento

anual de 150 mil toneladas.

Ulysses A copa de 2014 ser um mar-

co na utilizao de ao galvanizado na

Construo Civil. A escolha dos produ-

tos corretos poder assegurar durabilida-

de prolongada com ganhos econmicos

a mdio e longo prazo. Isso garantir um

legado positivo ps-copa, economia nas

manutenes ao longo do tempo alm

da segurana das estruturas. Estamos

inclusive divulgando o que j comum

em todo o mundo: as vantagens de se

galvanizar as armaduras de ao do con-

creto armado.

Estamos trabalhando fortemente jun-

to aos especificadores e usurios finais

mostrando as vantagens muito supe-

riores do processo de aplicao de zinco

pela Galvanizao a Fogo em todos os

materiais de ao. Isso inclui no somen-

te o estdio, mas as linhas de metr, os

aeroportos, a sinalizao viria, rodovias,

avenidas, iluminao pblica etc.

Ulysses Os rendimentos para o setor

sero enormes. Temos que colocar a

Galvanizao a Fogo no lugar que mere-

ce. Temos que ter a mesma importncia

como indstria como acontece na Euro-

pa, EUA e sia. Para isso estamos traba-

lhando na melhoria do atendimento, da

qualidade, investindo em treinamento

para poder ocupar o lugar que mere-

cemos. E isso no acontece por acaso.

Muito trabalho ainda necessrio.

Como esto

as expectativas

em relao

galvanizao

a fogo para

os estdios

que sediaro a

copa do mundo

de 2014?

Podemos

pensar em

grandes

rendimentos

para o setor?

Luiz Carlos Caggiano Santos Pen-

so que fundamental no a expresso

correta. Considero que o uso de pro-

teo de galvanizao nas estruturas

metlicas vem substituindo com efic-

cia a proteo corrosiva nas estruturas

totalmente aparafusadas como torres,

coberturas, passarelas, pipe racks, gra-

des de piso, etc.

Luiz Carlos Sim. Considerando o ga-

nho de tempo deste processo (muito

inferior aos processos de pintura utili-

zados), a durabilidade do produto final

que podemos estimar acima de 50 anos

em reas urbanas, o custo decrescen-

do devido farta oferta de Zinco no

mercado e melhoria considervel no

processo das empresas galvanizadoras,

propiciam vantagens tcnicas e comer-

ciais aos empreendedores que passam a

utilizar este processo em maior escala.

Pode-se

dizer que a

galvanizao

fundamental

para as

estruturas

metlicas?

Luiz Carlos Caggiano Santos, da empresa Brafer

O futuro da

galvanizao

a fogo estar

cada vez mais

presente nas

estruturas

em ao?

Mu

Rilo

G

ES

Construo Metlica

SalaVip

Luiz Carlos Estimamos que entre

10% a 15% das estruturas, em geral, fa-

bricadas no Brasil esto sendo Galvani-

zadas a Fogo. Torres para telecomuni-

cao e energia so 100% galvanizadas.

Coberturas, estruturas de menor porte

e pipe-racks, em grande parte aparafu-

sas, encabeam a taxa de crescimento

em volume sendo galvanizadas a fogo.

Grades de piso industriais, 100% galva-

nizadas a fogo. Obras industriais de m-

dio e grande porte comeam a desper-

tar interesse neste processo de proteo

em locais onde no existe interferncia

de produtos altamente corrosivos como

O que os

nmeros falam

em relao

utilizao do

ao galvanizado

no Brasil?

cidos ,enxofre, etc. A expectativa do

setor de estruturas metlicas de um

crescimento progressivo na proteo

corrosiva destes produtos .

Luiz Carlos A indstria nacional tem

excelente qualidade, com tima produ-

tividade e est tecnicamente preparada

para atender as necessidades do merca-

do. Para atender a crescente demanda,

o setor investiu e est investindo em

melhorias, desde layouts internos de

fbrica a capacidades e dimenses de

tanques e, se necessrio, adicionar um

terceiro turno de trabalho

Como a

indstria

nacional est

lidando com

essa crescente

demanda?

Construo Metlica

Reportagem

O ano de 1930 foi marcado pela

primeira viagem transatlntica de um

dirigvel entre a Alemanha e a Amrica

do Sul. Em maio daquele ano, o LZ 127

Graf Zeppelin partiria de Friedrichsha-

fen para viajar por sete dias at chegar

cidade do Rio de Janeiro.

O sucesso do dirigvel resultou na

construo do primeiro hangar na cida-

de de Santa Cruz, Rio de Janeiro, em

1936. Batizado como Aeroporto Barto-

lomeu Gusmo, o hangar teve pouca

durao, tendo seu ltimo zeppelin de-

colado em 1937 e se transformado pos-

teriormente em base area militar.

Da histria atualidadeDesde seu surgimento at os dias atuais, os hangares em ao se destacam por sua solidez e resistncia, sendo garantia de proteo a aeronaves e reconfigurao para novos projetos

O encerramento dos aeroportos

para dirigveis no significou a inu-

tilizao dos hangares. Atualmente,

grandes projetos em ao so criados em

aeroportos para a preservao e manu-

teno de aeronaves, como os das em-

presas Dagnese Estruturas Metlicas e

Marko Sistemas Metlicos .

Muitos dos antigos hangares tam-

bm receberam uma nova funo. Pro-

jetos como o Centro de Convenes

da Amaznia e do Terminal de Cargas

Pinto Martins aproveitaram-se da es-

trutura slida dos galpes para usufru-

los com uma nova funcionalidade.

Construdo na dcada de 1930 como hangar do dirigvel

USS Macon, uma das maiores estruturas autnomas do

mundo, abrangendo 32.000 m2. Sua estrutura uma rede de vigas de ao

galvanizado e um exemplo de arquitetura moderna

do sculo XX sendo um dos marcos histricos mais famosos do Vale do Silcio na Califrnia.

O hangar de dirigveis mede 345 m de comprimento e 94 m de largura. O edifcio tem uma

forma aerodinmica, sua parede curva para cima e para dentro

forma uma abbada alongada de 60 m de altura

Construo Metlica

Aps o encerramento dos pousos no

hangar do parque da Aeronutica do

Par, a equipe de Secretaria de Cultura

criou em 2005 um projeto de reutilizao,

dando uma nova concepo ao antigo

espao. Aproveitando-se das estruturas

metlicas e caractersticas arquitetnicas

existentes, o local foi ampliado e

remodelado, transformando-se no Centro

de Convenes e Feiras da Amaznia.

O projeto constitui de dois hangares com

um setor de transio e uma passarela

de servio entre eles. O primeiro hangar

cede seu espao a feiras e exposies, se

utilizando como apoio de uma segunda

edificao com cobertura metlica.

Com cerca de 6.100 m2, o galpo

Aproveitamento de hangar e valorizao do ao Centro de Convenes e Feiras da Amaznia Belm/PA

circundado por uma passarela metlica

suspensa, que facilita a manuteno e

proporciona ao visitante uma viso ampla

do conjunto. Sua fachada frontal possui

51 m na maior largura, 17 m na

maior altura e rea envidraada de

aproximadamente 2.400 m2, atingindo

uma rea trs vezes maior que a do antigo

hangar. O segundo hangar composto por

uma praa de alimentao com restaurante

e sanitrios; rea de administrao do

complexo; e ptio de carga e descarga. O

andar superior abriga foyer com 770 m2 e

um auditrio modulvel de 1.879 m2, com

capacidade mxima para 2.084 lugares. Sua

fachada possui 60 m de frente, 11 m de

altura no beiral (calha) e 21 m de altura no

ponto mximo do arco do telhado.

Telhas metlicas termoacsticas do tipo

sanduche, com miolo de poliuretano

expandido, contriburam para a reduo

de carga trmica e acstica. As estruturas

metlicas da fachada tambm foram

reaproveitadas, reduzindo a quantidade de

alumnio e a profundidade das colunas.

Para o envidraamento das abbadas foram

utilizadas 432 peas de laminados Sunergy,

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com 12 mm de espessura. Laminados e

curvados na Itlia, os vidros permitiram

perfeita adequao estrutura em arcos

tensionados com tirantes de ao.

Local: Belm Par Gestor da estrutura: Imao

Gestor da cobertura e fachada: Grupo Galtier

rea de construo: 24.000 m2

rea de cobertura: 7.300 m2

Peso da obra: 12 toneladas

inicio do projeto: Julho de 2005

Data de concluso da obra: Maio de 2007

Projeto de arquitetura: Equipe da Secretaria de Cultura da cidade de Belm; Arquiteto Paulo Roberto Chaves Fernandes

Reforo estrutural da estrutura existente: Engenheiro Archimino Athaide Neto

Consultor para reforo estrutural: Engenheiro Alberto Hamazaki

estruturas envidraadas: Engenheiro Raimundo Calixto de Melo Neto

fabricante da estrutura: RCM Estruturas Metlicas

10 Construo Metlica

Local: So Jos dos Campos SP

Gestor da obra: Coppio Engenharia

rea total: 8.303m2

Ao: COSCIVIL 300

Peso da estrutura: 455 toneladas

Concluso: 2007-2008

Arquiteto: Paulo Fraga

Projeto, fabricao e montagem de estrutura metlica: Dagnese Estruturas Metlicas

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As

H mais de 17 anos no mercado da

aviao, a Digex mudou em 2007 suas

instalaes para So Jos dos Campos,

SP. A necessidade por instalaes com

amplo espao, aberto para entrada de

avies de grande porte, resultou na

escolha de uma rea de 8.303 m2 para

a implantao do novo hangar.

Com eixo de estrutura de 100 m x 64 m

e 15 m de altura livre, o hangar tambm

atende s necessidades do programa

de recepo, administrao, escritrios,

engenharia, oficinas de manuteno

e baias para os avies.

Para a obra, a Dagnese Estruturas

Disponibilidade para os grandes portes Hangar em So Jos dos Campos/SP

Metlicas optou por uma soluo de

estrutura metlica treliada em perfis

dobrados a frio com vos de mais de

40 metros. A estrutura conta ainda com

mezanino metlico em perfis soldados

e portes com abertura de 40 m,

composta por oito folhas de 6,25 m cada.

A opo da estrutura metlica resultou

em um projeto com alto potencial

esttico e tcnico, que no poderia

ter sido alcanado com outra estrutura.

Todos os sistemas de instalao

so desmontveis e responde s

necessidades e condies tcnicas

de programa do hangar.

Construo Metlica 11

Reportagem

12 Construo Metlica

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Local: Rio de Janeiro RJ Gestor da obra: NM Engenharia e Procomet

rea de construo: 614 m2

rea de cobertura: 700 m2

Data de incio da obra: Junho de 2009

Data de concluso da obra: Julho de 2009

Arquiteto: NM Engenharia

Projeto estrutural: Procomet

fabricante da estrutura e Cobertura: Marko Sistemas Metlicos

fabricante dos fechamentos laterais: Procomet e Grupo MPB Metalrgica Barra do Pira S.A

Atuando h mais de 20 anos em um

setor no qual tecnologia e segurana so

assuntos primordiais, a Marko Sistemas

Metlicos contabiliza hoje mais de 10

mil m2 de Sistema Roll-on utilizados nos

aeroportos de todo o Brasil. A experincia

na construo de hangares se destaca nos

aeroportos de Congonhas, So Paulo, e

no Santos Dumont, Rio de Janeiro.

O hangar mais recente da Marko

destinado para lavagem de aeronaves no

Aeroporto Santos Dumont, com mais

de 700 m2 de Roll-on. Com projeto da

Procomet, foram utilizadas nessa obra

estrutura de ao galvanizado, cobertura

de ao pr-pintado de branco, iluminao

zenital e fechamento lateral com painis

termo acstico com poliestireno expandido.

Esses painis aliam de forma eficiente

tanto no conforto trmico como na

reteno e absoro acstica, explica

soluo vitoriosa Hangar do Aeroporto Santos Dumont Rio de Janeiro/RJ

Luiz Antnio, diretor da Procomet.

Tambm foi preciso vencer vos de mais

de 30,60 m, com sobrecarga de utilizao

de 25kg/m2, acrescidos de 15kg/m2 de

sobrecarga eventual.

De acordo com Fernanda Borges,

gerente de Marketing da empresa, o

Roll-on um sistema que se adapta com

preciso a todas as especificidades dos

hangares. Variando apenas a altura ou

o afastamento dos mdulos, se adapta a

diferentes vos sem perder a qualidade

e segurana necessria. Trata-se de um

sistema estanque e de alta segurana,

permitindo caimentos de at 1%. O

produto elimina totalmente emendas,

sobreposies e furos, detalha.

Fernanda tambm destaca os recursos

que beneficiam a sustentabilidade.

Nos casos dos hangares, um das

solues mais utilizadas a iluminao

zenital, que propicia luz natural durante

todo o dia, gerando grande economia

de energia eltrica.

Construo Metlica 13

Reportagem

Local: Campinas SP

Gestor da obra: Eng. Marcelo Michelucci

rea total: 1.620,00 m2

Ao: COSCIVIL 300 (Estrutura)ZAR 345 (Teras)

Concluso: 2008

Arquiteto: Marcos Vieira

Projeto, fabricao e montagem de estrutura metlica: Dagnese Estruturas Metlicas

Baseada no conceito de atendimento

exclusivo para o mximo de quatro

jatos executivos de grande porte,

a Nest Aviation demonstra sua

preocupao na privacidade e

segurana de seus clientes. O hangar

se situa no Aeroporto de Amarais,

Campinas, um dos que menos fecham

por condies climticas no Brasil e

com baixo trfego areo. A excelente

localizao permite rapidez e reduo

opo diferenciadaHangar do Aeroporto de Amarais Campinas/SP

do custo nas operaes.

Com 54 metros de boca em vo

livre, p direito mnimo de 8 metros

e piso protendido, a Nest Aviation

permite a hangaragem de jatos

como Gulfstream 550 e Falcon 7X.

Sua estrutura metlica em vigas e

pilares treliados em perfis dobrados

a frio formam prticos com vo de

54 metros de vo livre. As teras de

cobertura so do tipo Z galvanizado.

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14 Construo Metlica

PRo

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Rt

Com uma rea de aproximadamente

10.000 m2, o Novo Terminal de

Cargas do Aeroporto Pinto Martins,

em Fortaleza, Cear, elevar

consideravelmente a capacidade de

armazenamento e manuseio. Sero

5.000 toneladas de cargas ao ano,

contra apenas 500 toneladas registradas

anteriormente.

As estruturas metlicas foram calculadas

para vencer vos que atendessem a

necessidade de logstica. A pintura das

Armazenamento ampliado Terminal de Cargas do Aeroporto Pinto MartinsFortaleza/CE

estruturas metlicas foi um diferencial

tcnico competitivo, em funo da

localizao do terminal. Muito prximo

ao Rio Coc, e somente a 6.000 m do

mar, o terminal precisaria se manter

protegido dos agentes externos.

Dentro do galpo tambm foram

instaladas cmaras frias para

armazenamento de frutas e flores para

exportao. A grande quantidade de

docas facilita a logstica na hora do

recebimento e expedio das mesmas.

Local: Fortaleza CE Construtora: Consbem Construes e Comercio Ltda.

inicio: Novembro de 2006

trmino: Maro de 2007

rea: 10.018,90m2

Peso: 116.434 Kg

fabricao e Montagem: Projeart Indstria de Estruturas Metlicas Ltda.

Projeto de estruturas Metlicas: Holanda Engenharia

fabricante das estruturas Metlicas: Projeart

Cobertura Principal: Telha Alto Portante em Ao Galvalume

Cobertura secundria: Telha Trapezoidal em Ao Galvalume

Construo Metlica 15

Reportagem

Ao em peso no aeroporto tom jobim - Galeo

Em 1984 a Marko Sistemas Metlicos

foi responsvel pela construo

de nove hangares no Aeroporto

Internacional Tom Jobim.

Com gesto e projeto estrutural da

Stahldach, os hangares de 593 m2

em mdia se mantm at hoje com

sua forte e resistente estrutura

metlica. Tambm consta nesse

aeroporto o hangar presidencial da

Gercon, desenvolvido pela Dagnese

Estruturas metlicas. Com a utilizao

de perfis dobrados, o hangar possui

estrutura em forma de arco com

flecha de 21,5 m e vo livre de 66 m.

Sua rea total de 8.600 m2 e peso

de 310 toneladas.

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16 Construo Metlica

Reportagem

O Brasil detm o segundo maior n-

mero de aeroportos do mundo, de acordo

com os registros da Organizao Interna-

cional da Aviao Civil. Conforme os da-

dos da Agncia Nacional de Aviao Civil

(Anac), o Brasil tem hoje 2.498 aeropor-

tos e aerdromos (locais sem terminais

de passageiros), dos quais 739 so pbli-

cos e 1.759 particulares. O primeiro lugar

pertence aos Estados Unidos, com 16.507

aeroportos/aerdromos. Apesar desse

nmero considervel de locais de pou-

sos e decolagens de aeronaves, sabe-se

que boa parte dos aeroportos tem contas

deficitrias, agravadas muitas vezes pelas

despesas de manuteno. Contribui para

esse balano em geral no vermelho, o fato

de que a maioria dos hangares brasileiros

construdos com estruturas e coberturas

metlicas no so galvanizados - ao con-

trrio de boa parte dos seus congneres

norte-americanos, europeus e asiticos.

O emprego da galvanizao por

imerso a quente, como forma de pro-

teo contra corroso das estruturas e

coberturas metlicas que conformam os

hangares, daria uma durabilidade muito

maior a elas e menores custos de manu-

teno. Como exemplo representativo

dessa vantagem, pode-se citar o caso

do hangar da United Airlines no aero-

porto Logan, em Massachussets (EUA).

Ali, a estrutura e a cobertura do hangar,

utilizado para abrigar os Boeings 777 na

United Airlines durante a manuteno,

empregaram mais de 430 toneladas de

ao galvanizado, em 2000. A previso em

projeto para realizar a primeira manuten-

o para 2085, ou seja, 85 anos aps a

entrada em servio da edificao.

A galvanizao proporciona dura-

bilidade e economia em manuteno,

devido ao fato de que as estruturas e

chapas de ao recebem a proteo por

um processo industrial muito eficiente e

que segue normas internacionais seve-

ras. Por esse sistema, o ao protegido

pelo revestimento de zinco por meio de

dois mecanismos: proteo por barreira

exercida pela camada de revestimento e

proteo catdica, na qual o zinco sa-

crificado para proteger o ao. O processo

de galvanizao por imerso a quente,

tambm conhecido como galvanizao a

fogo, consiste na imerso de peas de ao

ou de ferro fundido (de variados formatos,

peso e complexidade) em um banho de

zinco fundido, garantindo ao ao maior

proteo contra a corroso. Alm disso, o

ao galvanizado compatvel com diver-

sos tipos de tintas. E, fundamentalmen-

te, as construes de hangares e outras

edificaes que empregam estruturas,

coberturas e demais elementos metlicos

galvanizados tm sua vida til ampliada

em at cinco vezes. Dev

ido a essas vantagens, cada vez

mais utilizado nas construes.

Assim, investir um pouco mais na

qualidade e a durabilidade dos materiais

empregados na construo de hangares

essencial para que o pas ganhe equi-

pamentos de manuteno e estaciona-

mento de aeronaves sustentveis, tanto

ambiental quanto economicamente. O

meio ambiente se beneficia dessa dura-

bilidade por diminuir a necessidade de

extrao de recursos naturais e, tambm,

por reduzir a necessidade de reparos e

de troca desses materiais, restringindo

ainda a gerao de resduos, com menor

consumo de matrias-primas, obtidas de

recursos naturais cada vez mais escassos.

Portanto, os gestores de aeroportos

e aerdromos brasileiros devem comear a

inserir em seus radares esse dado: com essa

tecnologia, ganham em economia, preser-

vando o meio ambiente e ajudando por-

tanto o pas, ao adicionar sustentabilidade

nossa infraestrutura aeroporturia.

Hangares: galvanizao garante maior durabilidade e menores custosPoR ARiAne souzA

18 Construo Metlica

ArtigoTcnico

Figura 1 Exemplos de trelia com

perfis compostos com travejamento em quadros

IntroduoNa prtica atual, comum se observar a utilizao de per-

fis compostos por cantoneiras dispostas em forma de U. Estes

elementos podem ser ligados entre si por espaadores treliados,

com chapa vazada, ou em forma de quadros (Fig. 1, ao lado), sen-

do esta ltima forma muito utilizada pela economia de material

e mo de obra.

Contudo, este tipo de estrutura geralmente no foi previsto

na ABNT NBR8800:2008 e nem na ABNT NBR 14762:2001.

Assim, para o dimensionamento de perfis compostos fo-

ram investigados mtodos clssicos dispostos em bibliografias e

prescries normativas internacionais, para permitir uma an-

lise refinada dos resultados individuais em comparao com

resultados de anlises numricas pelo Mtodo de Elementos

Finitos (MEF) e ensaios experimentais.

Elementos compostos com travejamento em quadros Anlise terica, numrica e experimental

Anlise de modelos mecnicosSegundo Bresler (1976), para se projetar colunas compos-

tas, devem ser consideradas as seguintes condies: flambagem

da coluna em conjunto sob carga de compresso axial (a), flam-

bagem ou fluncia dos segmentos individuais da coluna (b), re-

sistncia do travejamento (c) e distoro da seo transversal

(d), conforme exposto na Figura 2 (ao lado).Figura 2 Condies de falha de um perfil compostoFonte: Bresler (1976)

o parmetro de esbeltez do elemento composto modificado;

o parmetro de esbeltez do elemento composto;

a distncia centro a centro das chapas intermedirias;

o raio de girao de um nico ramo do elemento composto.

Enio C. Mesacasa JniorBolsista CNPq, Faculdade de Engenharia e arquitetura, universidade de Passo Fundo [email protected]

ricardo FabeaneBolsista PiBiC/uPF, Faculdade de Engenharia e arquitetura, universidade de Passo Fundo [email protected]

Zacarias M. Chamberlain PraviaD.Sc., Professor Titular Faculdade de Engenharia e arquitetura, universidade de Passo Fundo [email protected]

Construo Metlica 19

A maioria dos autores define a carga elstica de flambagem

em funo de um parmetro K modificado em funo da distncia

entre placas separadoras, e o raio de girao da placa separadora

(batten plate). Nesse sentido podemos dizer que a formulao

geral usada por vrios autores, como Timoshenko (1963), Bresler

(1976), Gaylord (1992), Mukhanov (1980), a Norma AISC-360:05

(2005) e a norma espanhola CTE (2006), por produzirem resul-

tados praticamente equivalentes que sero mostrados a seguir,

pode ser reduzida a mesma utilizada na AISC360:05, aqui apre-

sentada pela sua simplicidade e eficincia:

1

2

Onde:

Na Tabela 1 se apresentam os valores calculados para as re-

ferncias supracitadas no pargrafo anterior. O modelo 1(M1)

uma pea formada pelas duas cantoneiras em forma de U, consi-

derado sem travejamentos, o modelo 2(M2) com travejamentos

nos extremos da pea, e o terceiro modelo (M3) com travejamen-

tos extremos e um intermedirio.

O coeficiente de variao dos resultados tem como mxi-

mo valor 8%, o que mostra a equivalncia dos modelos mec-

nicos estudados.

ModeloTimoshenko

(1963) (kN)

Bresler (1976) (kN)

AISC (2005) (kN)

Norma Espanhola CTE (2006)

(kN)

Gaylord(1992) (kN)

Mukhanov(1980) (kN)

M1 12,12 12,12 11,21 11,21 12,29 9,67

M2 14,08 14,08 13,06 13,059 14,1 13,47

M3 19,34 19,34 19,02 19,018 19,51 22,41

TaBEla 1: resultados dos clculos tericos

Anlises numricasCom base em pesquisas anteriores, foram modeladas em

um software comercial as mesmas peas conhecidas como M1,

M2 e M3 utilizando-se elementos de casca, definidos por 4 ns,

com 6 graus de liberdade por n.

Foi adotado nas anlises o mesmo procedimento descrito em

Chodraui (2006), onde realizada uma prvia anlise de autova-

lor obtendo as tenses e os modos de flambagem. Em seguida,

faz-se a atualizao da geometria da pea a partir da configurao

deformada do primeiro modo de flambagem, ou seja, so coloca-

das imperfeies na geometria do modelo, e por ltimo faz-se uma

anlise no-linear fsica e geomtrica. Veja a figura 3, a seguir.

20 Construo Metlica

ArtigoTcnico

Figura 3 Comportamento

das peas sob ao da carga

compressiva

O comportamento no-linear dos modelos apresentou

significativas redues nas cargas ltimas. Os resultados das

cargas ltimas obtidas com as anlises numricas podem ser

vistos na Tabela 2.

Anlise experimentalPara avaliar os resultados de modelos mecnicos e compu-

tacionais foi definido um programa experimental, numa primeira

fase com nove corpos de prova, trs de cada modelo analisado.

Os resultados, at ento parciais, so apresentados na Tabe-

la 3, e na Figura 4 uma vista da montagem do ensaio comparada

com o resultado do modelo numrico.

Modelo Anlise Linear (kN) Anlise No-Linear

Geomtrica (kN)

Anlise No-Linear Geomtrica e Material

(kN)

M1 11,89

M2 28,39

11,78 10,08

26,10 21,22

M3 29,83 28,10 21,88

TaBEla 2: resultados de carga ltima de compresso

Modelo

M1

M2

M3

Carga Crtica de Flambagem (kN)

14,50

14,40

20,0

TaBEla 3: resultados parciais dos ensaios experimentais

Comentrios finaisUm estudo completo sobre perfis compostos, principal-

mente de cantoneiras separadas por chapas est em desenvol-

vimento no Laboratrio de Ensaios em Sistemas Estruturais da

Universidade de Passo Fundo (http://www.lese.upf.br).

Os resultados aqui apresentados permitem enumerar al-

guns comentrios:

Os modelos mecnicos encontrados na literatura ou normas

so enfocados ao uso de um parmetro K modificado, que

leva em conta o nmero e espaamento dos travejamentos;

A fora de cisalhamento no o fator dominante no correto

dimensionamento deste tipo de elementos;

As anlises de modelos mecnicos, numricos e os primei-

ros resultados experimentais indicam a formulao da AISC

360:05 como uma alternativa que poderia ser includa na ABNT

NBR8800 e na ABNT NBR14762, para este tipo de elemento,

que so de uso comum em estruturas de pequeno, mdio e

grande porte. No caso da NBR14762 h uma proposta de se-

guir a formulao do Eurocode, que tambm usa o conceito de

esbeltez equivalente.

Figura 4 Montagem do ensaio no lESE

ArtigoTcnico

Referncias AMERICAN INSTITUTE OF STEEL CONSTRUCTION

(AISC). Specification for structural Buildings

(AISC 360-05). Disponvel em http://www.aisc.org/

Content/ContentGroups/Documents/2005_Specification/

2005Specification_second_printing.pdf_

Acesso em 24/06/2009.

BRESLER, B., LIN, T. Y., SCALZI, J. B. Diseo De Estructuras

De Acero. Mexico: Editorial Limusa, S.A, 1976.

CHODRAUI, G. M. B. Anlise terica e experimental de

perfis de ao formados a frio submetidos compresso.

Tese (Doutorado) Escola de Engenharia de So Carlos,

Universidade de So Paulo. So Carlos, 2006.

CDIGO TCNICO DE LA EDIFICACIN CTE. DB-SE-A.

Seguridad Estructural Acero. Espanha, 2006.

GAYLORD, E. H., GAYLORD, C. N., STALLMEYER, J. E.

(3rd Ed.). Design of Steel Structures. McGraw-Hill Book

Company, Inc, 1992.

MUKHANOV, K. Estruturas Metlicas.

Moscou: Editora Mir, 1980.

TIMOSHENKO, S. P., GERE, J. M.

(International Student Edition). Theory of Elastic Stability.

McGraw-Hill Book Company, Inc, 1963.

ConstruindoComAo

Estrutura em ao d suporte e caracteriza novo teatro

Construo Metlica 23

No final de 2008, o arquiteto Flvio Kie-

fer inaugurou a primeira fase do projeto de

revitalizao de uma vila histrica localiza-

da a sete quilmetros do centro de Bag, Rio

Grande do Sul. Criado em 1897 pelo portu-

gus Antnio Nunes de Ribeiro Magalhes,

o complexo de 50.000 m2 passou a se chamar

Centro Histrico de Vila de Santa Thereza.

Desde o encerramento de suas ativi-

dades, em 1962, o complexo industrial fi-

cou parcialmente abandonado. At que, por

iniciativa da Associao Pr-Santa Thereza,

Expresso contempornea em antigo teatroPresena do ao equilibra obra de revitalizao no Centro Histrico dos pampas gachos

foto

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24 Construo Metlica

ConstruindoComAo

fundada em 2003, e com financiamento

da Braskem Copesul, o arquiteto Flvio

Kiefer fez ressurgir das runas trs cons-

trues vizinhas: duas casas geminadas a

oeste, as runas do teatro no centro e a

capela a leste.

A antiga edificao residencial foi

transformada em museu, que ser res-

ponsvel por centralizar as pesquisas e o

acervo da memria local, e servir tam-

bm como apoio a visitantes. A constru-

o abriga rea de exposies, um peque-

no auditrio (34 lugares), sala para cursos,

caf e servios. A edificao da igreja tam-

bm foi restaurada e hoje est apta at

mesmo a receber concertos de msica.

O teatro, encontrado em runas, foi

recriado fazendo uma referencia me-

mria do antigo, dando destaque aos

vestgios de alvenaria que sobraram jun-

to ao cho. O volume do teatro original

foi recuperado com uma estrutura de ao

apoiada somente sobre os quatro vrti-

ces do que restou do antigo quadriltero

de 10,25m x 24,30. As vigas de ao so

tipo duplo "T" e as trelias secundrias

apiam as teras. A mesma telha de co-

bertura tambm utilizada como forro,

fazendo um sanduche que esconde toda

a estrutura secundria.

Visando obter mais leveza na obra,

Flvio insistiu para que a viga no ultra-

passasse dos 75 cm, apesar de ser neces-

srio mais altura para vencer os 23,20m

de vo livre. Apesar de ser a soluo mais

Construo Metlica 25

Ao lado, antiga igreja. Abaixo, igreja restaurada

e novo teatro foto

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26 Construo Metlica

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Construo Metlica 27

ConstruindoComAo

condizente com o projeto, a proposta ini-

cial do arquiteto de utilizar uma chapa de

1,25cm teve que ser reformulada a pedi-

do dos clientes. Foi conversando com o

calculista Renato Sachs, que o arquiteto

chegou soluo de utilizar chapas com

espessura de 0,625 cm. Para isso foram

necessrias quatro chapas na regio cen-

tral da viga, duas em cima e duas em

baixo das mesas, chegando altura de

77,5cm. um detalhe imperceptvel,

mas de grande significado para a estru-

tura, argumenta Flvio.

Os pilares tinham sidos pensados,

inicialmente, para serem em cruz. Depois

evoluram para o fechamento do quadrante

interno, que passou a servir de condutor das

guas da chuva. Sob essa estrutura se de-

senvolve o novo teatro de forma livre e des-

comprometida com a rigidez formal do an-

terior. As paredes principais, externamente,

so rebocadas e pintadas com as mesmas

cores que a igreja e o museu. Internamente

as alvenarias foram revestidas de madeira, o

que, alm de propiciar uma boa acstica, cria

uma atmosfera um tanto surpreendente.

Projeto em ao garantiu leveza e contemporaneidade, sem perder as caractersticas da construo original

Centro Histrico de Vila de Santa Thereza

local: Bag, RS

data do inicio do projeto: 2004

data da concluso da obra: 2008

rea do terreno: 47.914,41 m2

rea construda da interveno: 2.042 m2

Arquitetura, gerenciamento de projetos e fiscalizao da obra: Flvio Kiefer (autor); Marcelo Kiefer e Roberta Lopes (colaboradores); Pedra Pan (desenho)

Estrutura: Padoin & Sachs Jayme Padoin, Renato Sachs, Geraldo Raflin Padoin e Toms Velho Rodrigues

Gerenciamento: Ramos Andrade Engenharia Daniel Andrade

Execuo: Aguiar Engenharia Divino Aguiar

fabricante da cobertura: Tederke (estruturas metlicas)

28 Construo Metlica

funcionalidade, complexidade e beleza nas linhasPlanta industrial ganha destaque na construo civil do Rio Grande do Sul de 2008/9

A mais nova obra da Masisa do Brasil,

realizada pela Dagnese no plo industrial de

Monte Negro, RS, demonstra a agilidade da

empresa responsvel em relao ao prazo e

qualidade dos seus servios. Clculo, proje-

to, fabricao e montagem fazem parte do

trabalho da Dagnese nessa grande obra.

Localizado num parque fabril de

49.000 m2 de rea coberta, o prdio des-

tinado produo atinge uma rea de

33.000 m2, com uma modulao interna

de 30 m x 17 m, sendo a largura maior de

150 m e o comprimento total de 476 m. O

sistema construtivo adotado visou con-

solidar o espao livre com funcionalidade

e leveza. Para isso, vigas de transio tre-

liadas e vigas secundrias de alma cheia

aporticadas foram projetadas com o in-

tuito de vencer os 30 m de vos livres.

A cobertura composta por telhas

zipadas, sem emendas e com isolamen-

to trmico, proporciona estanqueidade

e conforto trmico. Tal resultado se d

tambm devido aos lanternins dimen-

sionados circulao interna do ar e ao

aumento da qualidade do ambiente.

Novo parque fabril faz uso do ao em

todas as estruturas, totalizando 49.000 m2

de rea coberta

Construo Metlica 29

ConstruindoComAo

Projeto BRMON

Cliente: Masisa do Brasil

local: Montenegro RS

rea: 49.000 m2

Peso: 2.500 toneladas

tipo de Ao: USI SAC 300, ASTM A570 Gr50, ASTM A572 Gr50, ASTM A36

Usina fornecedora: Usiminas e Gerdau

fabricante da Estrutura: Dagnese & Cia Ltda

Execuo: Dagnese & Cia Ltda

A iluminao zenital com placas de

policarbonato, em forma de cpula, pro-

porciona luz natural abundante, resultan-

do em economia permanente no consumo

de energia eltrica. O fechamento lateral

composto por duas camadas de telhas, so-

brepostas e separadas, com cores diferen-

tes, dando um agradvel efeito esttico.

Completando a rea do parque fa-

bril encontram-se as estruturas metlicas

complementares da obra, como o prdio

de apoio da produo, com aproximada-

mente 2.300 m2. A juno dos prdios do

foto

s: M

Asi

sA

Refeitrio, Salas Eltricas, Resduos, Ring

Flakers, Serragem e complementos, tota-

lizam os 13.700,00 m2 restantes.

A empresa tambm foi responsvel

por todas as fases das Torres e Plataformas,

que apresentam sistema de pilares e vigas

de chapa I soldada ou perfis laminados e

dimensionados para as cargas de trabalho

individuais dos equipamentos da Masisa.

No total, foram executadas 25 Torres e Pla-

taformas com as mais variadas dimenses

e funes, com alturas diversas de at 40 m,

alm de escadas, pipe racks e passarelas

30 Construo Metlica

Galvanizao

Copa Verde exige estdios e obras sustentveis Por: VotorantiM Metais e MandariM CoMuniCao

O Estdio Nacional de Pequim, ou Ninho de Pssaro, conhecido por suas estruturas de ferro e ao expostas e entrelaadas

A realizao da Copa do Mundo de

Futebol de 2014 no Brasil acontecer sob

o tema Copa sustentvel, ou seja, as 12

capitais escolhidas para sediar chaves do

evento esportivo precisaro desenvolver

projetos caracterizados pela sustentabili-

dade ambiental e econmica. Para aten-

der a esses requisitos definidos pela Fifa,

os responsveis pblicos e privados pela

construo/modernizao das arenas e

da infraestrutura geral (transportes, hos-

pedagem, aeroportos, portos, rodovias

etc.) necessrias boa realizao da copa

precisaro ficar atentos qualidade dos

materiais empregados, definidos j nos

projetos de arquitetura e engenharia.

A qualidade e a durabilidade dos

materiais empregados na construo

de arenas e estdios e da infraestrutura

essencial para que o pas ganhe equi-

pamentos esportivos, de transportes, de

hospedagem, hospitalares e diversos ou-

tros realmente sustentveis, para obter

um legado positivo ps-copa. Investir um

pouco mais na qualidade dos materiais

pode assegurar durabilidade prolongada,

com ganhos econmicos e ambientais no

mdio prazo, pois ser menor a neces-

sidade de reparos e de troca desses ma-

teriais, reduzindo a gerao de resduos,

resultando em menor consumo de mat-

rias-primas obtidas de recursos naturais

cada vez mais escassos..

A especificao, j no projeto, de

materiais de ao ou ferro fundido gal-

vanizados um item de sustentabilida-

de, econmica e ambiental, pois o ao

revestido tem sua vida til prolongada

e exige menos manuteno se compara-

do ao ao nu ou pintado, o que resulta

em considervel economia. A maioria

das novas arenas brasileiras que sedia-

ro chaves da Copa 2014 tm elemen-

tos metlicos importantes no conjunto

da obra, como coberturas e parte deles

tambm na estrutura. Mesmo estruturas

de concreto armado ganham em dura-diVu

LGa

o: J

oh

nso

n C

on

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Ls

Construo Metlica 31

bilidade quando as armaduras metlicas

utilizadas so galvanizadas a fogo. Alm

disso, h guarda-corpos, cercas e alam-

brados, portes, detalhes arquitetnicos

de fachada em ao ou ferro fundido e

que ganham vida til maior com a gal-

vanizao a fogo, tcnica pela qual a es-

trutura/elemento recoberto com zinco.

Isto evitaria a corroso por oxidao das

armaduras do concreto em pilares, vigas

e lajes ou estruturas metlicas, de guar-

da-corpos e corrimos, esquadrias de

ao, portes, cercas, estrutura e cobertura

metlicas de estacionamentos, por exem-

plo. Esses componentes, se submetidos

galvanizao a fogo, podem durar at

75 anos sem manuteno, dependendo

do ambiente onde esto inseridos. Est

comprovado que a galvanizao oferece

muito maior resistncia aos elementos

metlicos em cidades situadas beira-

mar, caso de metade das 12 cidades-sede

da Copa: Fortaleza, Natal, Recife, Salva-

dor, Rio de Janeiro e Porto Alegre. E nas

demais cidades, tambm fator de dura-

bilidade e sustentabilidade.

Dados da Associao Internacional

do Zinco (IZA, na sigla em ingls) mostram

que a corroso responsvel por perdas

equivalentes a 4% do PIB de naes de-

senvolvidas. Certamente esse percentual

superior no Brasil e em pases emergen-

tes, devido falta de proteo adequada

dos elementos metlicos utilizados aqui,

muitas vezes por desconhecimento de sua

existncia por parte de arquitetos e enge-

nheiros, calculistas e responsveis pelas

obras. Esse desconhecimento, necess-

rio reconhecer, deve-se principalmente

falta de disciplinas pertinentes e neces-

srias sobre proteo contra a corroso

nas grades curriculares de faculdades de

arquitetura e engenharia civil.

O aumento da durabilidade das es-

truturas e elementos metlicos, amplian-

do a vida til das obras e melhorando sua

sustentabilidade econmico-financeira e

ambiental, foi reconhecido pela frica do

Sul em sua preparao para a Copa 2010.

A frica do Sul utilizar dez estdios na

copa do mundo, dos quais cinco so no-

vos e cinco foram reformados/moderni-

zados para atender s exigncias da Fifa.

Em todos, um denominador comum: o

uso de estruturas e elementos metlicos

galvanizados, procedimento tambm uti-

lizado pela Alemanha ao sediar a Copa

2006 e pela China, em seus estdios

construdos para as Olimpadas de 2008.

O Brasil pode se mirar nesses bons exem-

plos e deixar obras sustentveis, durveis

e que serviro bem s futuras geraes,

muito alm da Copa 2014

32 Construo Metlica

GiroPeloSetor

Talentos bem reconhecidosGerdau e Abece promovem a 7 edio do Prmio Talento Engenharia Estrutural

Quando se v um novo edifcio, uma

nova ponte ou qualquer outra construo

pela cidade, geralmente se elogia sua beleza

arquitetnica, a qualidade dos acabamen-

tos ou as solues que promoveram para

determinados problemas do dia-a-dia nas

grandes cidades. Pouco se fala das estrutu-

ras: quase invisveis aos olhos leigos, so elas

que sustentam as inovaes arquitetnicas e

urbansticas e so resultado do trabalho mi-

nucioso dos engenheiros de estrutura.

Para ajudar a divulgar e valorizar ainda

mais o trabalho dos profissionais de enge-

nharia estrutural, a Gerdau e a Associao

Brasileira de Engenharia e Consultoria Es-

trutural (Abece) criaram o Prmio Talento

Engenharia Estrutural em 2003. Todos os

anos os candidatos inscrevem seus traba-

lhos, que so analisados e julgados por uma

comisso formada por profissionais do setor

membros da Gerdau, Abece e Editora Pini.

A primeira edio do Prmio con-

tou com apenas nove inscries, e no ano

passado tivemos 182 projetos inscritos, o

que demonstra o quanto se ganhou em

destaque para o setor, conta Marcos

Monteiro, presidente da Abece. Este

Prmio est entre as aes mais impor-

tantes da Abece sem dvida.

O Premio Talento Engenharia Estru-

tural est dividido em quatro categorias: In-

fraestrutura, Edificaes, Obras de Pequeno

Porte e Obras Especiais. Os projetos apre-

sentados podem estar em construo, mas a

O slogan no uma

aposta, uma certeza,

diz Marcos Monteiro,

presidente da Abece

Construo Metlica 33

Um mundo de novidades

A World of Concrete, realizada em

Las Vegas (Nevada, EUA) o maior

evento de construo civil da atualidade,

reunindo expositores de todos os

setores, de fabricantes de ferramentas

e equipamentos, a indstrias de estruturas

metlicas, alm de grupos de designers,

engenheiros e pesquisadores que

apresentam as ltimas novidades em

tecnologia de construo em workshops

e seminrios. A prxima edio, que

ocorre em fevereiro de 2010, deve reunir

mais de 70 mil visitantes de 100 pases.

diV

ULG

A

o

parte de estrutura deve estar concluda.

A classificao dos trabalhos reali-

zado de acordo com critrios de concep-

o estrutural, processos construtivos/uso

adequado de materiais, originalidade,

monumentalidade, implantao no am-

biente, esbeltez/deformabilidade, estti-

ca/economicidade. Em cada categoria

escolhido um vencedor e atribuda uma

meno honrosa. O vencedor ganha uma

viagem World of Concrete, a mais im-

portante feira do segmento da construo

realizada em Las Vegas (EUA) em 2010.

Para Mario Franco, vencedor da 6

edio na categoria Edificaes com o

projeto Rochaver em So Paulo, o Pr-

mio faz mais do que divulgar o trabalho

do engenheiro estrutural. Esta premia-

o lana uma luz sobre esse arteso pa-

ciente que o engenheiro estrutural.

O engenheiro Cato Francisco Ri-

beiro, vencedor da categoria Infraestru-

tura com a Ponte Estaiada Octavio Frias

de Oliveira, tambm em So Paulo, con-

corda com Franco. O reconhecimento

de nossos pares muito importante, por-

que s outro profissional sabe das dificul-

dades e desafios que enfrentamos para

conciliar inovao, harmonia, qualidade

e custos baixos em uma estrutura.

As inscries so gratuitas e se en-

cerram em 15 de setembro . Os premia-

dos sero conhecidos em 12 de novem-

bro, em local a confirmar.

Saiba mais: www.premiotalento.com.br

Os vencedores da edio 2008 (acima) Mario Franco ( dir.) e Cato Francisco Ribeiro ( esq.): reconhecimento dos pares no tem preo

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34 Construo Metlica

GiroPeloSetor

A editora Artliber acaba de lan-

ar o livro Engenharia Integrada por

Computadores e Sistemas CAD/CAM/

CNC Princpios e Aplicaes. Com

autoria dos engenheiros Adriano Fagali

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ch, a obra vem para direcionar a esco-

lha na adoo de determinado sistema

para cada empresa.

Com fotos de modelos e simulaes

em cores, o livro apresenta as tecnologias

mais avanadas utilizando os sistemas

CAD/CAM/CNC. Uma das tcnicas a

centralizao dos sistemas computacio-

nais de apoio s etapas da engenharia,

denominados CAx computador auxi-

liando X etapas de manufatura, assim

como mquinas e equipamentos neces-

srios para tal fim. Fazem parte dos siste-

mas CAx: CAD, CAM, CAI, CAE, CAPP,

mquinas controladas por um comando

numrico computadorizado (CNC) para

Construo Sustentvel em focoWorkshop debate a infra-estrutura urbana e a sustentabilidade na cidade de So Paulo

O dia 05 de agosto foi marcado por

discusses sobre a viabilidade de im-

plantar sistemas sustentveis nas futuras

construes da cidade de So Paulo. Fize-

ram parte da solenidade de abertura: Ins

Costa, Secretria Nacional de Habilitao

do Ministrio das Cidades; Indio da Cos-

ta, Deputado Federal; Miguel Bucalem,

Secretrio de Desenvolvimento Urbano

da Cidade de So Paulo; Jos Carlos de

Oliveira Lima, Vice-presidente da FIESP;

Carlos Eduardo Garrocho de Almeida,

membro do conselho do CEBDS e presi-

dente da Cmara de Construo Sustent-

vel; Mariana Grossi, diretora do CEBDS.

A ABCEM fez parte do evento, que

contou com os seguintes temas: O impacto

do projeto Minha Casa Minha Vida na infra-

estrutura urbana, de Ins Magalhes; Caso

Ecosfera, de Luiz Fernando Lucho do Valle;

Oportunidades para o Desenvolvimento

Urbano Sustentvel de So Paulo, de Mi-

guel Bucalem. As palestras foram encerradas

com Pedro Francisco Moreira, diretor titular

adjunto do departamento de infraestrutura

logstica da FIESP, falando sobre a Mobi-

lidade Urbana e a Logstica da Carga.

fabricao e inspeo, dentre outros

equipamentos e softwares especficos.

Diferente dos manuais anteriores

de software, que restringem a ensinar o

manuseio dos sistemas, o livro oferece

ao leitor uma viso completa, analisando

o aparecimento, evoluo, as diferentes

plataformas etc. Dessa maneira, a em-

presa no incorrer nos erros frequentes

de sub ou super dimensionamento com

desperdcio de tempo e dinheiro, garan-

tindo sua competitividade no mercado.

A obra mostra-se essencial s em-

presas modernas, j que atualmente no

existe produo sem o auxlio dos siste-

mas CAD/CAM/CNC.

Expandindo negciosEmpresa fecha grande contrato e se prepara para demanda futura

A Metasa S.A. Indstria Metalrgi-

ca comemora a assinatura do primeiro

contrato direto com a Petrobras. Ser

responsvel pela fabricao e monta-

gem de estruturas metlicas destinadas

construo da comporta intermediria do

complexo do Dique Seco, no Plo Naval

de Rio Grande. A encomenda totalizar

cerca de 1.800 toneladas de ao, no valor

de R$ 51 milhes.

Os sistemas construtivos metli-

cos sero produzidos na fbrica de Ma-

rau/RS e montados em Rio Grande/RS.

A empresa dar incio construo de

uma nova unidade industrial para aten-

der a demanda que ser gerada pelo fu-

turo funcionamento do Dique Seco, bem

como de outras obras na regio

Construo Metlica 35

Foco no ao e boas perspectivasMudana de nome e evento marcam o crescimento do ao e sua importncia para a indstria brasileira

No dia 24 de agosto, o 2 Encontro

Nacional da Siderurgia foi marcado no

s pelos debates e perspectivas do setor,

mas tambm pela mudana de nome do

Instituto Brasileiro de Siderurgia IBS.

Representando a indstria do ao h 47

anos, a entidade optou pela troca de nome

com o intuito de melhor associar a palavra

siderurgia indstria produtora de ao. O

novo responsvel por essa tarefa: Instituto

Ao Brasil IABr.

Elaborada pela empresa Cauduro,

a nova identificao visual nasce com o

objetivo de reforar atributos como tena-

cidade, flexibilidade, resistncia e respon-

sabilidade socioambiental. A confluncia

da marca tambm indica a viso de futuro

e a fora do nosso pas, que vem gerando

anualmente um valor adicionado de mais

de R$ 45 bilhes nas indstrias de ao.

No mesmo dia foi apresentado por

Flvio Roberto de Mello Lopes, presidente

da AIBr, juntamente com o vice-presidente

Marco Polo de Mello Lopes e o diretor tc-

nico Rudolf R. Buhler, o Relatrio de Sus-

tentabilidade 2009. Ainda apreensivo com a

recm recuperao da crise vivida no final do

ano passado, o presidente da AIBr mostrou

uma viso positiva em relao aos nmeros

atuais e garante que o segundo semestre

ter melhora significativa. Vemos uma luz

no fim do tnel, afirma Flvio Roberto.

Contam no relatrio US$ 43 bilhes

em faturamento e US$ 9 bilhes em im-

postos. Em relao aos investimentos,

utilizaram-se R$78 milhes em treina-

mento, R$60,5 milhes em aes sociais

e R$ 649,8 milhes em meio ambiente,

mostrando um aumento significativo

para o setor em relao a 2007.

Sobre as expectativas futuras, Flvio

Roberto indicou que a indstria brasileira

est capacitada e prev bom desempenho

em 2010. O importante nesse momento

manter um otimismo moderado para verifi-

car se tal crescimento ser sustentvel.

O 2 Encontro Nacional da Siderurgia

durou dois dias e sem dvida foi um marco

para o setor. O evento contou com a pre-

sena do Ministro das Minas e Energia Edi-

son Lobo, do deputado federal Leonardo

Quinto, representando o presidente da

Cmara Michel Temer, e do secretrio de

desenvolvimento do Estado de So Paulo

Geraldo Alckmin, representando o gover-

nador Jos Serra. Ao total foram apresen-

tados trs painis, com debates muito bem

pontuados pelos principais representantes

da indstria do ao.

Acima, cerimnia de abertura rene 650 empresrios da indstria do ao. extrema esquerda, o presidente do AiBr Flvio Roberto de Mello Lopes destaca a importncia do encontro para o setor. Ao lado, o Ministro das Minas e Energia Edison Lobo

NotciasABCEM

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36 Construo Metlica

NotciasABCEM

Eucatex em expansoCidade de Salto receber 550 contineres com equipamentos para nova fbrica

Com investimentos da ordem de

R$ 200 milhes, a Eucatex est instalan-

do uma nova planta industrial na cidade

de Salto, SP. Operando atualmente em

quatro fbricas no interior de So Paulo

e exportando seus produtos para mais de

30 pases, a empresa abre a nova fbrica

para a produo da linha de chapas T-

HDF/MDF (Thin High Density Fiberbo-

ard e Medium Density Fiberboard).

As novas instalaes sero equipa-

das pelas 550 carretas que devem chegar

nos prximos 90 dias, sendo que 136 de-

las j esto na cidade. Vindas do Porto de

Navegantes, Santa Catarina, os contine-

res possuem equipamentos importados

das empresas europias PAL e Dieffen-

bacher. A rea de construo interna

para receber essa nova linha est em pro-

cesso rpido de finalizao e adequao,

acrescenta Diogo Lopes, responsvel pela

rea de Logstica da Eucatex.

A tecnologia das chapas T-HDF foi

desenvolvida para aplicaes que exi-

Iluminao natural sem calorUre dolortio diatinci tiniamet, commolore magnism

O Sistema COMFORT LUX faz

parte de uma nova tecnologia em ilumi-

nao natural. Funciona atravs de um

conjunto de lentes acrlicas prismticas,

que captam a luz do dia e a distribui no

interior dos ambientes de maneira uni-

forme e difusa, sem o calor e os nocivos

raios ultra-violetas do sol. Pode ser ins-

talado em reas com forro ou sem forro,

por meio de lentes com dutos. Atravs

desse novo e moderno Sistema, conse-

gue-se o desligamento da iluminao

artificial mesmo em dias nublados. O

tempo de retorno mdio do investimen-

to de 3 anos, gerando economia e me-

nor manuteno de lmpadas e reatores.

um produto de grande conforto e sus-

tentabilidade ambiental. Proporciona

luz natural e conforto trmico. A garan-

tia das lentes de 10 (dez) anos contra

amarelamento e/ou ressecamento do

material. O oramento fornecido sem

custo, atravs de projeto luminotcnico.

Consulte: www.comfortlux.ind.br

Contato: [email protected]

(51) 3362-1680

gem alta resistncia mecnica, como a

fabricao de pisos, portas e painis de

divisria. Com essa nova linha, a Euca-

tex, tradicional fornecedora de chapas

finas para a indstria moveleira e outras

aplicaes, aumentar consideravel-

mente a sua penetrao nos mercados

em que j atua.

Destinada a produzir 110 milhes

de m2 por ano de chapas finas, a nova

fbrica elevar a capacidade de produ-

o da Unidade de 70 milhes de m2/ano

para 180 milhes de m2/ano. Alm disso,

haver reduo de custo nas reas de pi-

cagem e estocagem das linhas atuais.

A nova linha, que ir produzir tam-

bm MDF, estar concluda no primeiro

semestre de 2010. De acordo com Jos

Antnio Goulart de Carvalho, vice-presi-

dente executivo e diretor de Relaes com

Investidores da Eucatex, a entrada em

operao da nova fbrica significa um in-

cremento no faturamento bruto de apro-

ximadamente R$200 milhes por ano.

Primeiras carretas a chegarem em Salto marcam presena da nova fbrica na cidade

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Construo Metlica 37

tecnologia construindo sustentabilidadeCoberturas termoisolantes oferecem uma soluo nobre de baixo custo e eco amigvel

Produzidas com tecnologia euro-

pia, a Linha de Produo Contnua e

Automtica das novas telhas TermoRoof

PUR (espuma de poliuretano) ou PIR

(espuma de poliisocianurato) Dnica,

asseguram perfeita homogeneidade na

distribuio, alta qualidade e durabili-

dade dos painis, maior eficincia no

isolamento trmico, excelente vedao,

acabamento e autoportncia. Tambm

garantem a perda mnima de materiais

durante a fabricao e tem como gran-

de diferencial o uso de matrias-primas

que no emitem gases prejudiciais

camada de oznio. Outro grande bene-

fcio do novo TermoRoof produzido em

processo contnuo a largura til. Con-

siderada a maior do mercado, permite

mais economia por m2 na construo.

A aplicao de sistemas termoiso-

lantes na construo civil oferece benef-

cios no s ao bem estar fsico da equipe

de trabalho, como conservao das m-

quinas e equipamentos. Acrescenta-se s

qualidades dos termoisolantes a estan-

queidade, impermeabilidade, isolamento

acstico e economia de energia eltrica

na climatizao, podendo se adaptar a

todos os projetos arquitetnicos.

A Dnica traz ainda a verso Termo-

Roof PUR Dnica para residncias, capaz

de oferecer aos profissionais da rea de

construo civil uma opo diferenciada

para especificar em seus projetos. Com

a mesma tecnologia TermoRoof PUR ou

PIR, a nica diferena da linha residen-

cial a nova espessura do ncleo de iso-

lamento, que pode chegar a 20mm. So

telhas com maior conforto trmico, tendo

enorme economia no consumo de ener-

gia, melhor vedao sem riscos de gotei-

ras e vazamento, com ncleo retardante

ao fogo, excelente padro de qualidade,

durabilidade e beleza.

As telhas TermoRoof PUR Residencial

Dnica so fceis e rpidas de instalar e

seus painis de 1050 mm de largura re-

sultam numa menor estrutura metlica,

no havendo desperdcio de material. O

efeito final um canteiro de obras lim-

po, que segue o conceito de construo

sustentvel. Cumprindo o Protocolo de

Montreal de 2010, a Dnica se orgulha de

produzir um produto 100% ecolgico.

38 Construo Metlica

Inovao em debateCongresso discute necessidade do pas em investir na tecnologia e infraestrutura para assegurar posio na economia mundial

Foi realizado entre os dias 13 e 17

de julho, no Expominas, Belo Horizon-

te, o 64 Congresso da ABM Associa-

o Brasileira de Metalurgia, Materiais e

Minerao. Considerado o maior frum

de debates e relacionamento do setor

minero-metalrgico da Amrica Lati-

na, o evento contou com a presena da

ABCEM Associao Brasileira da Cons-

truo Metlica. Toda a programao,

que teve como foco principal a "Inova-

o", comeou com dois importantes

workshops. O especialista em gesto do

conhecimento Jose Claudio C. Terra fa-

lou sobre Gesto estruturada da inova-

o, apresentando os conceitos mais re-

levantes da gesto da tecnologia em uma

empresa. O Workshop sobre inovaes

para o desenvolvimento de aos de ele-

vado valor agregado foi coordenado por

Geraldo Iran Cardoso (ArcelorMittal Tu-

baro) e Willy Ank de Morais (Usiminas

Cubato/Unisanta), tendo como pales-

trantes os profissionais do IABr/CBCA,

UFMG, UFOP, V&M, Usiminas, Codeme

e ArcelorMittal.

O grande destaque do segundo dia foi

o Frum de Lderes, que reuniu os prin-

cipais decisores do setor para discusses

em torno do tema Inovao a sada.

Coordenado por Evando Mirra, gerente de

Tecnologia e Inovao do CGEE Centro

de Gesto e Estudos Estratgicos (MCT),

tratou a inovao sob trs aspectos: como

agente de transformao do negcio, agen-

te de excelncia operacional e posiciona-

mento de mercado e o papel da liderana.

Jean Paul Jacob, pesquisador emrito

da IBM e um dos principais estrategistas

mundiais na rea de inovao, fez a primei-

ra conferncia destacando que a colabora-

o a palavra-chave para definir o futuro

e um dos principais fatores da inovao.

No mesmo dia aconteceu a mesa-redonda

sobre os Desafios para a Construo em

Ao, com a presena dos arquitetos Gus-

tavo Penna e Jos Roberto Bernasconi.

No dia 15, a Arena de Inovao e Ne-

gcios aproximou centros de P&D e as in-

dstrias da cadeia automotiva. Coordenada

por Renato Ribeiro Ciminelli, gerente-exe-

cutivo do Plo de Excelncia Mnero-meta-

lrgico de Minas Gerais, a atividade incluiu

palestras sobre as tendncias mundiais em

inovao e substituio de produtos e pro-

cessos, alm de uma rodada de negcios

reunindo 35 empresas.

Na sesso de encerramento foram

apresentados os desafios e as propostas

para o futuro da siderurgia traados pelo

Mesa durante cerimnia de abertura

O presidente da Usiminas Marco Antnio Castello Branco fala aos presentes no evento

Nelson Guedes de Alcntara, vice-Presidente da ABM

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s: a

bM

Construo Metlica 39

NotciasABCEM

EPSS - Estudo Prospectivo do Setor Si-

derrgico. Viabilizado pelo apoio do Mi-

nistrio de Desenvolvimento, Indstria e

Comrcio Exterior MDIC, o Estudo tem

por objetivo traar roteiros estratgicos e

tecnolgicos para assegurar a competiti-

vidade e a sustentabilidade da siderurgia

no horizonte 2010 / 2025.

A vertente inovao tecnolgica foi

aprofundada pelo professor doutor da

PUC-RJ, Jos Carlos DAbreu, mostran-

do o panorama atual na siderurgia brasi-

leira e o que poder ser feito para superar

as atuais deficincias do setor.

O diretor executivo da Protec, Ro-

berto Nicolsky, conceituou os impactos

da inovao para a competitividade, sus-

tentabilidade e responsabilidade social nas

empresas, e o consultor Marcelo de Matos

destacou a importncia do conhecimento e

da inovao na perenizao das organiza-

es. Aprofundando esse assunto, o diretor

de Desenvolvimento do BNDES, Joo Car-

los Ferraz, falou sobre a nova metodologia

de anlise de risco das empresas.

Participaram tambm como pa-

lestrantes da sesso de encerramento:

Amrico T. Bernardes, professor doutor

da UFOP/Inmetro, que falou sobre capa-

citao de recursos humanos; Rudolf Ro-

bert Bhler, diretor de Tecnologia do IBS,

sobre consumo de ao no Brasil; e Jos

Armando de Figueiredo Campos, con-

selheiro do IBS e do Ilafa, sobre insero

internacional da siderurgia brasileira.

O 64 Congresso da ABM contou

ainda com a apresentao de 335 traba-

lhos tcnicos e palestras de 12 keynnote

speakers, reunindo 527 profissionais da

indstria, academia, governo e de insti-

tuies afins, alm de 349 universitrios

participantes do 9 Enemet Encontro

Nacional dos Estudantes de Engenharia

Metalrgica, de Materiais e de Minas,

que ocorreu em paralelo ao evento.

40 Construo Metlica

NotciasABCEM

steel Markets latin america 2009Confiana nos negcios e boas expectativas para o setor impulsionam evento em So Paulo

A palavra-chave nos dias 27 e 28

de agosto, na Cmara Americana de

Comrcio (Amcham) em So Paulo, foi

retomada. Na 2 edio do Steel Busi-

ness Briefing Latin America, empresrios

locais e estrangeiros vindos da Europa,

Estados Unidos e China discutiram no

somente sobre o segmento de siderurgia,

mas sobre a economia em geral.

O congresso foi aberto pelo especia-

lista em desenvolvimento econmico da

Comisso Econmica para Amrica Latina

e Caribe (Cepal) da ONU, Luis Felipe Ji-

mnez. Por meio de diversas variveis ma-

croeconmicas, o economista mostrou que

embora os efeitos da crise ainda se faam

sentir, a maioria dos fundamentos j apon-

ta para uma sada tnue e gradual da crise.

O primeiro dia contou com a expo-

sio da situao e expectativas dos mer-

cados desenvolvidos, por parte da inglesa

ISSB, da consultoria Hatch Associates e

tambm de uma especialista do escritrio

chins da SBB. A sequncia mostrou um

tcnico e atual debate sobre o minrio de

ferro, os novos cenrios e sistemas para

clculo de seus preos, e tambm as op-

es disponveis aos consumidores desse

insumo, como mecanismos de hedge e

negociao em bolsa.

O segundo dia recebeu a ilustre pre-

sena de diversos nomes da siderurgia

latino-americana. Representando a Asso-

ciao Brasileira da Construo Metlica -

ABCEM, seu vice-presidente Yavor Luke-

tic falou sobre o panorama da construo

em ao no Brasil. Alm de expor a situao

atual do setor, o executivo Jos Adolfo Si-

queira, da Associao Brasileira da Inds-

tria de Tubos e Acessrios de Metal (Abi-

tam), apresentou como os novos projetos

da Petrobras podem reativar a demanda.

Entre as presenas internacionais, o

evento contou com o presidente-executivo

da venezuelana Sidor, Miguel Alvarez Ca-

diz, comentando sobre os novos projetos

siderrgicos do pas depois da aquisio

da Sidor pelo Estado. Tambm participou

o diretor da cmara colombiana de side-

rurgia (Fedemetal) Juan Manuel Lesmes,

utilizando os ndices macroeconmicos e

setoriais de seu pas para renovar os esp-

ritos temerosos de investidores brasileiros

como Gerdau e Votorantim.

No encerramento do evento, em-

presas do porte de Anglo Ferrous, BSD e

Midrex discutiram os rumos e sadas para

a sustentabilidade na produo mundial

e regional de ao e minerais.

Empresrios nacionais e internacionais discutiram o panorama atual da economia e as perspectivas para o setor

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a ficep, lder mundial na fabricao de mquinas para o processamento de perfis e chapas para estruturas metlicas, tem o prazer de convid-lo para o Open House que acontecer no seu

estabelecimento de gazzada schianno varese (Itlia), no

mesmo perodo da EMO de Milo: 5 a 10 outubro 2009.

a proximidade da nossa sede com a EMO de Milo

nos oferece a ocasio nica de estender o nosso stand

na EMO para dentro da empresa, para lhe mostrar nossa

gama de produo e as ltimas novidades em operao

e prontas para demonstrao / testes operacionais em

ambiente otimizado.

De 6 a 9 de Outubro colocaremos disposio

um servio de Transporte Gratuito Ficep, que, partindo

da feira s 10:30 da manh o conduzir at a ficep e

o levar de volta para a feira tarde eliminando qualquer

preocupao com logstica, proporcionando-lhe uma

visita/encontro que ser importantssimo para as suas

futuras tomadas de deciso na compra de novas mquinas.

ficamos a sua espera com todo o nosso entusiasmo

e certos de poder lhe oferecer o que h de melhor no

mercado internacional.

at breve.

42 Construo Metlica

NotciasABCEM

sustentabilidade a palavra de ordem

A Marko Sistemas Metlicos aca-

ba de se filiar GBC - Green Builiding

Council. Com uma lista de mais de 100

associados, entre eles a 3M, Wall-Mart,

ABN Amro Real, Kimberly-Clark do Bra-

sil, a CGB uma organizao que tem

como misso desenvolver a indstria da

construo sustentvel no pa-s.

Ao tomar esta iniciativa, a MARKO

pretende participar mais efetivamente

das questes ambientais, unindo esfor-

os na busca por melhores prticas para

implementao do desenvolvimento sus-

tentvel no Brasil.

O sistema integrado de estrutura e

cobertura metlica Roll-on da Marko j

tem caracterstica sustentvel por facilitar

a captao de guas pluviais para reutili-

zao e possibilitar a economia de ener-

gia. Tambm se engaja totalmente na

Empresa se conscientiza da importncia de atitudes sustentveis no panorama atual do pas

campanha One Degree Less, por meio

da recomendao de uso da bobina pr-

pintada branca.

A campanha incentivada pela en-

tidade estimula a populao a pintar as

coberturas de suas residncias ou empre-

sas com tintas claras reflexivas. Segun-

do pesquisas, a utilizao deste artifcio

proporciona uma reduo de at 20% no

gasto com ar-condicionado

totem como ferramenta de educao

Em 1985, o Dr. Duane Ellifritt, pro-

fessor de Engenharia Civil da Universida-

de da Florida, observou que os estudantes

de graduao de estruturas de ao tinham

muitos problemas para visualizar e con-

ceber como as barras so conectadas. Vi-

sando apresentar uma maneira para que

tais conexes fossem observadas de forma

mais simples, desenvolveu no campus da

Universidade da Florida, em 1986, uma

escultura de ao de conexes.

O American Institute of Steel Cons-

truction propagou a idia fornecendo os

desenhos (http://www.aisc.org/content.

aspx?id=704) e promovendo o envolvi-

mento de vrias empresas produtoras de

estruturas. O resultado foi mais de 100

universidades nos Estados Unidos uti-

lizando tal ferramenta de educao nas

estruturas de ao.

No Brasil, no Laboratrio de Ensaios

em Sistemas Estruturais (http://www.

Criao de escultura visa facilitar a compreenso dos alunos no estudo de estruturas em ao

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Escultura serve como ferramenta didtica e homenageia regio norte do Rio Grande do Sul

lese.upf.br), o Prof. Doutor Zacarias

Chamberlain teve a iniciativa de aprimo-

rar a idia e adaptar a escultura aos perfis

de ao existentes no Brasil. Com os de-

senhos adaptados em mos, foi pedido

empresa METASA (http://www.metasa.

com.br) que apoiasse a construo do

Totem de Unies em Ao (TUA).

No primeiro semestre de 2009, a

METASA entregou a escultura que, alm

de ser uma ferramenta didtica para os

cursos de Arquitetura e Urbanismo, Enge-

nharia Civil e Engenharia Mecnica, ho-

menageia a regio norte do Rio Grande do

Sul pela sua dedicao fabricao de es-

truturas de ao. A escultura tambm pode

ser observada pelos visitantes do Campus

I da Universidade de Passo Fundo.

Para maiores informaes sobre esta escultura, entrar em contato com zacarias@upf,br.

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FABRiCANTES DE ESTRUTURAS

MONTADORES

scioseProdutos

sErvIos tCNICos

EMPRESA TELEFONE

AOBRIL (11) 2207-6700

ACCIAIO (11) 4023-1651

AOFER (65) 3667-0505

AOTEC (49) 3361-8700

GUIA SISTEMAS (42) 3220-2666

ALPHAFER (11) 4606-8444

ALUFER (11) 3022-2544

ARMCO STACO (11) 2941-9862

ASA ALUMNIO (19) 3227-1000

BIMETAL (65) 2123-5000

BLAT (18) 3324-7949

BRAMETAL (27) 2103-9400

BRAFER (41) 3641-4613

CCM (16) 3209-1050

CODEME (31) 3303-9000

CONTECH (11) 2213-7636

CONTRATO (11) 5562-0051

CPC (61) 3361-0030

DAGNESE (54) 3273-3000

DAMP (31) 2126-7800

DINMICA (19) 3541-2199

ENGEMETAL (11) 4070-7070

EMMIG (34) 3212-2122

FAM (11) 4894-8033

FREFER METAL PLUS (11) 2066-3350

GATTAI (11) 3735.5774

H. PELLIZZER (11) 4538-0303

ICEC (11) 2165-4700

JM (31) 3281-1416

IMESUL (67) 3411-5700

JOCAR (19) 3866-1279

MARFIN (11) 3064-1052

MARLIN (92) 3644-2040

MECAN (31) 3629-4042

MEDABIL (51) 2121-4000

METASA (51) 2131-1500

MULTIMETAL (65) 3685-2811

MULTI-STEEL (16) 3343-1010

NOVAJVA (54) 3342-2252

PLASMONT (11) 2241-0122

PROJEART (85) 3275-1220

SAE TOWERS (31) 3399-2702

SIDERTEC (16) 3371-8241

SIGPER (11) 4441-2316

SOROCABA (15) 3225-1540

SSR PROJECT (11) 4067-6388

SULMETA (54) 3273-4600

TECNAO (34) 3311-9600

TIBRE (54) 3388-3100

TUP (15) 3236-6030

EMPRESA TELEFONE

ACCIAIO (11) 4023-1651

AOTEC (49) 3361-8700

ALPHAFER (11) 4606-8444

ALUFER (11) 3022-2544

ARTSERV (11) 3858-9569

BEMO (11) 4053-2366

BIMETAL (65) 2123-5000

BRAFER (41) 3641-4613

CODEME (31) 3303-9000

CONTECH (11) 2213-7636

CONTRATO (11) 5562-0051

CPC (61) 3361-0030

DAGNESE (54) 3273-3000

DNICA (11) 3043-7883

DINMICA (19) 3541-2199

EMMIG (34) 3212-2122

EQUIPASUL (24) 3323-2077

ESTRUTEC (31) 3394-6035

EUROTELHAS (54) 3027-5211

FAM (11) 4894-8033

GATTAI (11) 3735-5774

H. PELLIZER (11) 4538-0303

ICEC (11) 2165-4700

IMESUL (67) 3411-5700

JM (31) 3281-1416

MARFIN (11) 3064-1052

MARKO (21) 3282-0400

MBP (11) 3787-3787

MECAM (31) 3629-4042

MECNICA USIMINAS(11) 5591-7031

MEDABIL (54) 3273-4000

METASA (51) 2131-1500

MULTIMETAL (65) 3685-2811

MULTI STEEL (16) 3343-1010

MUTUAL (15) 3363-9400

NOVAJVA (54) 3342-2252

PERFILOR ARCELORMITTAL(11) 3065-3400

PLASMONT (11) 2241-0122

PROJEART (85) 3275-1220

SEMITH (11) 2598-1580

SIDERTEC (16) 3371-8241

SIGPER (11) 4441-2316

SOROCABA (15) 3225-1540

SULMETA (54) 3273-4600

TECNAO (34) 3311-9600

TIBRE (54) 3388-3100

TETRAFERRO (11) 3376-7676

TUPER (47) 3631-5180

Pro

jeto

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Pro

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EMPRESA TELEFONE

ACCIAIO (11) 4023-1651

AOTEC (49) 3361-8700

ANDRADE & REZENDE (41) 3342-8575

ARTSERV (11) 3858-9569

ASA ALUMNIO (19) 3227-1000

BIMETAL (65) 2123-5000

BRAFER (41) 3641-4613

CARLOS FREIRE (11) 2941-9825

CODEME (31) 3303-9000

CONTRATO (11) 5562-0051

DNICA (11) 3043-7883

EMMIG (34) 3212-2122

FAM (11) 4894-8033

H. PELLIZZER (11) 4538-0303

ICEC (11) 2165-4700

MARFIN (11) 3064-1052

MBP (11) 3787-3787

MECANICA USIMINAS (11) 5591-7031

MEDABIL (54) 3273-4000

MULTIMETAL (65) 3685-2811

MUTUAL (15) 3363-9400

NOVAJVA (54) 3342-2252

PAULO ANDRADE (11) 5093-0799

PERFILOR ARCELORMITTAL (11) 3065-3400

PLASMONT (11) 2241-0122

PROJEART (85) 3275-1220

RMG (31) 3079-4555

SANTO ANDR (11) 3437-6373

SIDERTEC (16) 3371-8241

SOROCABA (15) 3225-1540

SULMETA (54) 3273-4600

TECNAO (34) 3311-9600

TECHSTEEL (41) 3233-9910

TIBRE (54) 3388-3100

TUPER (47) 3631-5180

ZANETTINI (11) 3849-0394

Construo Metlica 43

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Corberturas

EMPRESA TELEFONE

AOTEL (32) 2101-1717

ANANDA (19) 2106-9050

ARTSERV (11) 3858-9569

BIMETAL (65) 2123-5000

BRAFER (41) 3641-4613

BEMO (11) 4053-2366

BLAT (18) 3324-7949

CENTRAL TELHA (11) 3965-0433

CODEME (31) 3303-9000

COFEVAR (17) 3531-3426

DNICA (11) 3043-7883

EUCATEX 0800-172100

EUROTELHAS (54) 3027-5211

FERALVAREZ (19) 3634-7300

IFAL (21) 2656-7388

ISOESTE (62) 4015-1122

IMESUL (67) 3411-5710

JOCAR (19) 3866-1279

MARKO (11) 3577-0400

MBP (11) 3787-3787

PERFILOR / ARCELORMITTAL (11) 3065-3400

PIZZINATTO (19) 2106-7233

REGIONAL TELHAS (18) 3421-7377

SANTO ANDR (11) 3437-6373

SEMITH (11) 2598-1580

SIRAO (11) 2431-3400

SOUFER (19) 3634-3600

SULMETA (54) 3273-4600

TETRAFERRO (11) 3376-7676

TUPER (47) 3631-5180

Gra

de

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Para

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EMPRESA TELEFONE

ACCIAIO (11) 4023-1651

AOTEC (49) 3361-8700

ALPHAFER (11) 4606-8444

ANANDA (19) 2106-9050

ARTSERV (11) 3858-9569

BIAZAM (44) 3261-2200

BRAFER (41) 3641-4613

CENTRAL TELHA (11) 3965-0433

COFEVAR (17) 3531-3426

CONTECH (11) 2213-7636

CPC (61) 3361-0030

CSN (11) 3049-7162

DNICA (47) 3461-5303

EMMIG (34) 3212-2122

EUROTELHAS (54) 3027-5211

FAM (11) 4894-8033

FIBAM (11) 4393-5300

GRUPO SISTEMA (11) 3672-7058

H. PELLIZZER (11) 4538-0303

HARD (47) 4009-7209

ICEC (11) 2165-4700

ISOESTE (62) 4015-1122

MANGELS (11) 3728-3250

MANZATO (54) 3221-5966

MARFIN (11) 3064-1052

MBP (11) 3787-3787

MECANICA USIMINAS (11) 5591-7031

MEDABIL (54) 3273-4000

METALPAR (11)