edição 759 17 dezembro 2014

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RIACHOS GOLEGÃ TORRES NOVAS ENTRONCAMENTO 17 Dezembro 2014 oriachense.pt | facebook.com/oriachense [email protected] 249 829 667 Fundado em 1908 • Director: André Lopes, Adjunto: Carlos Simões Nuno • Jornal Bimensal • II Série, Ano XXXVII • N.º 759 • 0,90Lg. Manuel Simões Serôdio RIACHOS – 249 829 502 NOVOS SERVIÇOS: Extensões de cabelo natural Alisamento marroquino Tratamento com Queratina a vapor Unhas gel, verniz gel, gelinho Depilação à linha Consultório Veterinário Misericórdia da Golegã reúne voluntários e discute a mobilidade na vila p. 11 Assalto à Casa do Povo com prejuízo para o rancho p. 5 O primeiro concurso de história riachense foi ganho por Fernando Saraiva p. 2 Contos de Emigração: a história de João Craveiro Lopes p. 18 Atlético continua na corda bamba, a viver acima das suas possibilidades p. 28 p. 7 João Mendes Pereira Oficina de móveis de cozinha por medida e carpintaria BOAS FESTAS A TODOS! Zona Industrial de Riachos – 2350-376 – Tlm. 919 007 810 Telefone 966 753 206 Feliz Natal Visite-nos em Riachos na Rua dos Cingeleiros ou contacte-nos pelo telefone 249 820 242 Aos nossos Clientes desejamos Feliz Natal Riachos entra na rota dos vinhos de qualidade pela Quinta Nova Junta não assina acordo de execução se a Câmara não der mais dinheiro Câmara pode ter de pagar 3 milhões ao Grupo Lena pelo parque de estacionamento que só dá prejuízo p. 3 p. 32 Pilar del Rio inaugura murais de João Maurício p. 16

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Edição de Natal

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Page 1: Edição 759 17 dezembro 2014

RIACHOS GOLEGÃ TORRES NOVAS ENTRONCAMENTO

17 Dezembro 2014 oriachense.pt | facebook.com/[email protected] 829 667

Fundado em 1908 • Director: André Lopes, Adjunto: Carlos Simões Nuno • Jornal Bimensal • II Série, Ano XXXVII • N.º 759 • 0,90€

Lg. Manuel Simões Serôdio

RIACHOS – 249 829 502

NOvOS SeRvIçOS:• extensões de cabelo natural• Alisamento marroquino• Tratamento com Queratina a vapor• Unhas gel, verniz gel, gelinho• Depilação à linha

ConsultórioVeterinário

Misericórdia da Golegãreúne voluntários e discutea mobilidade na vila p. 11

Assalto à Casa do Povo com prejuízo para o rancho

p. 5

O primeiro concurso de história riachense foi ganho por Fernando Saraiva p. 2

Contos de Emigração: a história de João Craveiro Lopes p. 18

Atlético continua na corda bamba, a viver acima das suas possibilidades p. 28

p. 7

João Mendes Pereira Oficina de móveis de cozinha por medida e carpintariaBOAS FESTAS A TODOS!

Zona Industrial de Riachos – 2350-376 – Tlm. 919 007 810

Telefone 966 753 206

Feliz Natal

Visite-nos em Riachos na Rua dos Cingeleiros

ou contacte-nos pelo telefone 249 820 242Aos nossos Clientes desejamos Feliz Natal

Riachos entra na rota dos vinhosde qualidade pela Quinta Nova

Junta não assina acordo de execução se a Câmara não der mais dinheiroCâmara pode ter de pagar 3 milhões ao Grupo Lena pelo parque de estacionamento que só dá prejuízo

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Pilar del Rio inaugura murais de João Maurício

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2 17 de Dezembro de 2014 – riachos

Momento de concentração antes da final. Fernando Saraiva à direita

editorial

A “arte da política”A política não é nada uma arte.

Porque é que deputados municipais e líderes locais de partidos políticos continuam a dizer que a política é uma arte? A política é um trabalho. A política não é o jogo do debate, é o trabalho da discussão das melhores medidas, que nunca são consensuais por causa da subjectividade das aná-lises e das ideologias subjacentes à visão política dos diferentes partidos, por causa dos diferentes interesses que se confrontam, por causa dos objectivos que se pretendem alcan-çar, e não por causa das camisolas que se vestem ou dos jogos florais a que dá origem.

Dizer que não se pode aumentar os valores da delegação de competências é ludibriar a “plebe” porque, apesar destes valores serem apurados com base em parâmetros técnicos, são os superiores políticos dos “serviços” municipais que decidem se esses parâmetros são medíocres, mínimos ou adequados para um país da CE. Como se justifica que, como ilustrou o presidente da Junta riachense, uma freguesia do Cartaxo (que é um município em piores lençóis do que Torres Novas), tenha à disposição 60 mil euros para as mesmas competências e Riachos tenha 18 mil? E o caso dos 15 mil euros para a poda dos castanheiros da Avenida vs 847 euros para as 583 árvores que há em Riachos (não incluindo os Casais Castelos)? Não é uma questão técnica dos “serviços”, certamente, por mais malabarismos com contas e critérios com que nos queiram entreter.

Se a lei é má para a autonomia das freguesias é, por outro lado, bastante benevolente para os municípios, por-que dá-lhes a liberdade de escolher a quantidade de autonomia que as suas freguesias têm. E o que acontece é que estes acordos de execução esvaziam qualquer discurso que a maioria de Pedro Ferreira e Luís Silva possa ter sobre a valorização das freguesias e dos presidentes de junta, que por acaso até são quem tem o poder de lhes

aprovar as medidas na Assembleia.E se a Freguesia de Riachos não

aceitar o contrato de delegação? A Câmara tem “serviços” operacionais suficientes para acrescentar à manu-tenção da cidade – que parece ser o seu único interesse - a manutenção de uma freguesia com seis mil habitantes? Vai ser bonito, vai…

É inacreditável ver como é que continuam a utilizar o argumento “querem qualidade de vida, venham para a cidade”, cunhado por Rodrigues. Manuel Filipe disse, na Assembleia Municipal, que não é preciso fazer nada nas “aldeias” porque a cidade já tem tudo! Mas que visão ‘holística’ tão bonita do concelho. Seria preciso acrescentar mais alguma coisa a este olhar política e territorialmemte vesgo?

Mas se a posição do PS é esta, então porque continuam a manter o projecto da Casa da Cultura em Ria-chos, orçamentado (falaciosamente) para 2016, se já há cinco estruturas com os mesmos fins na cidade - que servem toda a gente?

Não, qualidade de vida não é ter um pólo com tudo e um deserto à volta sem nada. Esse é o modelo que está a ser implementado em Portugal há 30 anos e o resultado está à vista no país mais desequilibrado da UE.

A cidade é boa e a vila e as aldeias também são boas. Não são as tricas das “arte da política” cidade vs “aldeias” que estão em causa. É a gritante disparidade que existe na distribuição proporcional de recursos entre uma e outras, ditada por um imaginário megalómano que tem resultado em vários desperdícios escandalosos de dinheiro.

Vamos lá então agora gastar 700 mil euros para comprar terrenos para fazer um jardim à beira-rio e mais 3 milhões para um parque de estaciona-mento (que, por acaso e certamente com muitos “estudos técnicos”, não só não serviu para absolutamente nada como até estragou uma paisagem beira-rio única na cidade), e não alcatroemos as estradas que ligam as “aldeias” que restam. Vão mas é andar de carro para a cidade...

Fernando Saraiva venceu concurso de história riachense

Jornal faz hoje 37 anos

associativismo

O grande vencedor da final do Domingo às 4, o concurso de história e cultura riachense promovido pelo Núcleo de Arte de Riachos, foi Fernando Saraiva, que atingiu os 89 pontos após uma final relativamente renhida. A última sessão realizou--se no dia 30 de Novembro, e teve como outros concorrentes Isabel Luz (62 pontos) e José Manuel Gonçalves (55 pontos).

A festa de encerramento e entrega dos prémios (escultura de Pereira Jorge, quadro de Carlos Antunes e jarra de Conceição Lopes e carteira de Ana Triguinho para os três pri-meiros lugares, respectivamente) aconteceu na Garagem das Artes, ao longo do dia 7 de Dezembro, em ambiente de convívio, com couves com feijões e gulosices para toda a gente e terminando em festa com bailes de roda.

O campeão das respostas sobre a sua terra é um dos mais produtivos membros do NAR, desenvolvendo trabalho na pintura, artesanato, música e poesia. Aos 57 anos, Fer-nando Saraiva disse modestamente que “as perguntas calharam bem, porque há pessoas mais entendidas em Riachos do que eu”.

Ao todo foram feitas 972 per-guntas desde o início deste projecto de concurso quiz sobre Riachos, em Fevereiro passado. Houve 35 concorrentes (alguns repescados acabaram por repetir a presença) e os últimos dois meses foram dedicados à fase final.

O conhecido Manuel Carvalho

Simões chegou a estar bem lançado, mas no dia da sua semi-final estava doente e não pode comparecer, acabando por ser substituído.

Além de Pereira Jorge, que foi o apresentador de serviço, na organi-zação estiveram Ana Triguinho, José Manuel Gonçalves, Teresa Gonçalves, Carlos Antunes, Manuel António, Conceição Lopes e Emília Duarte.

O objectivo desta iniciativa, recordemos, era chamar as pessoas a interessar-se e a ganhar curiosi-dade sobre os factos históricos e sobre aspectos da cultura local. A segunda edição começa em Fevereiro de 2015.

Entretanto arrancou no dia 14 a nova actividade destinada a criar dinâ-micas entre as pessoas participantes. No espaço Fale-me de si… e outras peripécias, também aos domingos à tarde, um convidado fala sobre a sua experiência de vida.

Poesia em destaqueEntretanto este mês houve ainda

mais um Encontro de Poesia do NAR, no dia 6, que foi especial por ter sido a 50.ª edição. Os poetas do NAR estão também a ser alvos de uma “exposição de poesia”, na USF de Riachos, que lá fica patente até 7 de Janeiro. A exposição tem a participação especial de Francelina Costa, a médica coordenadora do posto médico e poemas a título póstumo de Chico da Clara.

Também a habitual mostra de artesanato de Natal na rua Dr. José Marques está aberta até dia 29 de Dezembro.

Foi no dia 17 de De-zembro de 1977 que saiu o primeiro número da re-fundação do jornal que Manuel Simões Serôdio inventou para Riachos em 1908. O RIACHENSE enraízou-se logo muito fundo na sua comunidade e transbordou do meio local para o meio regional. Foi tendo nestes 37 anos mui-tos papéis diferentes, mas nunca deixou de agitar as águas e de provocar aquela necessária discussão.

É hoje, no país, um dos raríssimos e últimos jornais regionais independentes, que não pertence a uma empresa ou igreja, sedeado fora de uma sede de concelho.

Hoje dizemos que os tempos são de resistência para um projecto com a nossa dimensão. Mas será que alguma vez foram de outra forma? Nas últimas três décadas já anunciaram a nossa morte com o apa-recimento de concorrência forte, depois com a dispersão da informação no mundo digital e com o presumí-vel fim do papel, depois com o desaparecimento inevitável das primeiras gerações dos nossos leitores e o desinteresse dos seus filhos “por estas coisas da terra”, finalmente com a crise e a diminuição dos anúncios e dos assinantes.

A verdade é que, já de há uma dezena de anos para cá, resolvemos encarar um dia de cada vez. Mas quando nos perguntam como vai o jornal, dizemos: a caminho dos 40.

Com os nossos leitores, com os nossos amigos, com os nossos colaboradores, com os nossos anunciantes.

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Dr. Jorge Humberto GuardadoDirector Clínico

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3 – 17 de Dezembro de 2014 riachos

filipe simões - arquivo

Luís Silva disse que os acordos de execução não servem para apoiar as freguesias. Mas Alexandre Simas assevera que não é possível fazer a manutenção dos espaços que são da responsabilidade municipal com 18 mil euros

Se a Câmara não der mais dinheiro, a Junta de Riachos não aceita delegação de competências

Mais vale “investir com força na Casa do Povo”

Freguesia

A delegação de competências nas freguesias continua a ser um motivo de separação entre a Câmara de Torres Novas e as Juntas que não são do PS. Na última Assembleia Municipal, Alexandre Simas e Leonel Santos (Assentis), ambos independentes, foram os únicos a votar contra os documentos do orçamento de 2015 e Grandes Opções do Plano, onde foram incluídos os acordos de execução com as freguesias, respeitantes às delegações de competências entre as autarquias.

O presidente da Junta de Riachos foi à Assembleia dizer ao executivo que, se os valores orçamentados não forem aumentados, o acor-do de execução de Riachos não será assinado. A Câmara quer atribuir a Riachos 18 mil euros por ano para a manutenção das zonas verdes, do centro escolar e das valetas.

“Com estes acordos, a Câmara teve uma oportunidade única que desperdiçou. Na minha perspec-tiva, a Câmara é um castelo e tem povoações à sua volta. Mas nós não somos a plebe. (…) Não assinamos este acordo. A Câmara criou um tecto máximo, mas a margem de negociação não é nenhuma”, disse Alexandre Simas, introduzindo assim o sempre polémico tema da autonomia das freguesias na Assembleia Municipal, que haveria de ser comentado por todas as bancadas partidárias.

Para ilustrar a insuficiência dos

referidos valores, Simas invocou os protocolos de 2006, cessados pela Câmara em 2011, em que a Riachos eram atribuídos anualmente mais de 30 mil euros (20 mil para as valeta e 10300 para as escolas). E deu um exemplo para cada rubrica.

Para o centro escolar, a Câmara prevê delegar 1300 euros anuais para as “pequenas reparações” num complexo que tem 30 salas de aula e mais de 300 alunos. A proposta da Junta dizia que o valor ajustado seria cerca de quatro mil euros (cinco euros por aluno mais 75 euros por sala). Mas, diminuindo a escala, a situação ganha contornos de absurdo à maneira da ‘cega’ folha de cálculo, porque utiliza um valor fixo por aluno. O Jardim Infantil de Res-gais, da UF Brogueira, Parceiros e Alcorochel, por exemplo, que tem oito alunos, terá apenas 43 euros para fazer a manutenção durante todo o ano...

Na questão das valetas, Simas alegou que a Câmara contabilizou apenas 9 km de arruamentos e deveria ter tido em conta o dobro. Quanto aos espaços verdes, fez uma comparação gritante com a valorização que a Câmara faz da cidade. Para as 583 árvo-res ‘municipais’ da freguesia, a Câmara atribui 847 euros/ano, enquanto que só para a poda dos castanheiros da Avenida Dr. João Martins de Azevedo, na cidade, contempla 15 mil euros.

A verdade é que, nos últimos meses, a Câmara aumentou os valores após negociações com a

“As Juntas não mereciam estes valores. (…) Vale a pena olhar para as freguesias, porque a confiança e a virgindade só se perdem uma vez”, atirou Simas. De facto, depois da abertura demonstrada perante a Câmara durante o primeiro ano de mandato, a Junta tem falado agora de promessas que não foram cumpridas e de obras que ficaram mal feitas.

Na Assembleia Municipal, Simas falou da reabilitação da desgra-çada estrada da Quinta do Melo – Boquilobo, que foi uma das condições de Simas para ter votado favoravelmente o orçamento de 2014 mas ainda não teve sinal de avanços, e no apoio suplementar para a reconstrução do muro de suporte do cemitério, cuja obra

é impeditiva com base na tabela municipal de reconstrução de simples muros.

Outras situações são a Rua das Padeiras nos Casais Castelos, onde não foi feita a ligação à Zona Industrial do Entroncamento, a passagem de peões sobre a ribeira do Nicho, que sem uma passadeira junto ao Torreshopping não tem qualquer eficácia, a obra da Costa Brava, que a Câmara deu por concluída mas onde permanece um poste no meio da estrada, não existem marcações no asfalto nem passadeiras, há barreiras caídas a precisar de muros de suporte e um caminho privado a precisar de intervenção porque, quando chove, arrastam-se muitos detritos para a via de circulação onde desemboca.

Com base nesta experiência, Simas mostra-se céptico quanto às intenções da Câmara para rea-lizar obra efectiva em Riachos no futuro. No plano plurianual da Câmara para este mandato cons-tam mais uma vez os arruamentos da Zona Industrial de Riachos (75 mil euros), o asfaltamento da estrada do Casal do Vale e a Casa da Cultura, por exemplo. Neste caso, o presidente da Junta demonstrou pela primeira vez uma mudança da posição da autarquia riachense perante o projecto, cuja viabilidade continua a ser muito hipotética, propondo à Câmara a alternativa de “investir com força na Casa do Povo”, e voltou a lembrar os contrastes: “Torres Novas tem o Palácio dos

Desportos, o Teatro Virgínia, o auditório da Biblioteca e, em construção a Praça do Peixe e a Praça dos Claras”.

Na bancada do PSD, José Luís Jacinto aludiu à memória descritiva do orçamento, onde se resumem as prioridades da Câmara, para ressaltar que “não há um único parágrafo sobre as freguesias fora de Torres Novas” e mostrou-se desiludido com aquele que con-sidera ser o primeiro orçamento feito pós-Rodrigues: “Sendo Pedro Ferreira um homem do associativismo, esperei que fosse diferente na atitude para com as freguesias”. Disse ainda que a Casa da Cultura, que volta a ter rubrica aberta com um valor mínimo, “é apenas um veículo

de desorçamentação”, que vai servindo para acertar as contas no último trimestre de cada ano.

Eleito pelo PS, Manuel Filipe disse que “há uma manipulação dos factos para colocar as aldeias contra a cidade. Os equipamentos da cidade servem também os habitantes das aldeias. Este e outros governos nunca deram financiamento pró-prio às freguesias e a autonomia financeira deveria vir do poder central, não da Câmara”, referiu.

Por fim, Ramiro Silva, da CDU, criticou o facto de a discussão da delegação de competências nas freguesias não ter merecido um ponto próprio na ordem de trabalho, dado que “é um assunto muito importante, porque aplica-se a todo o mandato”.

freguesia riachense. Segundo Simas, a primeira proposta da Câmara era de 11 mil euros, depois aumentou para 12 mil e depois ficou-se pelos 18 mil, bastante aquém dos 28 mil euros considerados pela Junta como mínimo razoável para cumprir as tarefas delegadas.

Na sessão da Assembleia de Freguesia do próximo dia 23 de Dezembro, em que além do orça-mento de 2015 vai ser também votado o modelo de delegação de competências apresentado pela Câmara Municipal, a Junta vai propor um voto negativo: “das duas, uma: ou temos os valores aumentados ou não assinamos o protocolo”. Se a Assembleia rejeitar

este acordo de execução, todas as competências permanecem na responsabilidade do município, que assim terá de assegurar a manutenção dos espaços públicos em Riachos, naquilo que será uma tomada de posição inédita perante o município.

Na resposta a Simas, o vice--presidente da Câmara, Luís Silva, disse que os valores apresentados são baseados em “valores de mercado” e “estudos feitos pelos serviços (…) um metro quadrado de relva custa um metro quadrado de relva, é assim” disse, ressalvando que as delegação de competências não são a mesma coisa que os antigos protocolos que serviam

para apoiar as freguesias.António Gomes, do Bloco de

Esquerda, respondeu que “é um erro aplicar os valores a régua e esquadro. O tratamento das freguesias devia ser feito uma a uma e não tratar de forma igual coisas diferentes”.

Na bancada do PSD, António Nobre criticou a falta de funda-mentação dos valores atribuídos às freguesias, que impedem que se decida correctamente sobre este assunto. Já Elisa da Bernarda questionou o executivo sobre o atraso de oito meses na conclusão deste processo. Pedro Ferreira respondeu que tal se deveu à complexidade do processo.

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4 17 de Dezembro de 2014 – riachos

Orçamento é “um compromissocom o passado”

Câmara não se compromete com o regresso às 35 horas de trabalho

AssembleiA municipAl

Aprovado com os votos contra dos dois presidentes de Junta inde-pendentes, da CDU e do BE, com as abstenções do PSD e do CDS e com os sins do PS, onde se incluem os presidentes de Junta socialistas, o orçamento teve um acolhimento relativamente consensual entre as bancadas no que se refere ao seu “realismo”. Jacinto disse que tal se deve às “boas leis deste governo”. A CDU, por seu lado, diz que, para ser coerente, o executivo deveria “comunicar às autoridades competentes o empolamento dos

anteriores orçamentos”.CDU e BE criticaram um orça-

mento “feito à base do aumento de impostos”, principalmente por via do aumento das receitas provenientes do IMI e do IUC em cerca de 1,2 milhões de euros. “Um orçamento que aproveita a onda austeritária”, atirou o bloquista Gomes. “Um orçamento de tendência recessiva”, disse Ramiro Silva.

Criticado à esquerda e à direita foi a inserção da rubrica para aquisição dos terrenos agrícolas da Várzea dos Mesiões por 700 mil euros para implementação do Parque Urbano do Almonda, que

assim se mantém como o grande projecto para este mandato. Em defesa do executivo, Manuel Filipe disse que com este orçamento a Câmara mostra estar em condi-ções de se candidatar ao novo quadro comunitário 2014-2020 e “apresenta um compromisso com o passado”.

Arnaldo Santos criticou a au-sência de investimento para zonas empresariais e industriais e disse que, em vez do Parque Urbano, a Câmara deveria arranjar a en-volvente e os acessos do pavilhão da Nersant que, “como está, não atrai ninguém”.

Filipa Rodrigues, da CDU, e Helena Pinto, do BE, voltaram a apelar ao presidente da Câmara para implementar o regresso às 35 horas de trabalho semanais para os funcionários da Câmara. A Câmara assinou dois ACEEP (acordo colecti-vo de entidade empregadora pública) com os sindicatos, que prevêem o regresso às 35 horas, mas o secretário de estado da Administração Local

tem bloqueado a entrada em vigor desses contratos com a sua não publicação. No entanto, 200 dos 308 municípios já retomaram as 35 horas, atitude que Pedro Ferreira não arrisca, preferindo esperar pela decisão superior.

“A Câmara tem de dar um sinal de que quer mesmo voltar às 35 horas, não pode simplesmente ficar à espera”, disse Filipa Rodrigues.

Os funcionários do município estão a trabalhar cinco horas por semana à borla há mais de um ano, avisou Helena Pinto, referindo-se à entrada em vigor da lei das 40 horas e a não ter havido aumento de salários. “Este braço de ferro entre as autarquias e o governo tem de ser ganho, senão perdemos uma etapa fundamental da autonomia do poder local”, concluiu.

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5 – 17 de Dezembro de 2014 riachos

cAfé centrAl cArlos tomé

O tempo estrovantou. Prantou um xaile pelos ombros, saiu de casa e caminhou em passo acelerado até à igreja. Se adrega a chover aparo-lhe as costas, disse para si. Passava em frente ao Central e ia sempre a falar, mesmo que fosse sozinha, talvez a pensar em voz alta ou a rezar a nossenhor. Por vezes ia acompa-nhada pela Conceição Rito com quem fazia parelha nas rezas. A Emília Lopes Portelinha gostava muito de conversar, a sua caracterís-tica particular juntamente com a claridade de espírito, a alegria de viver e a invejável memória. Mas era muito distraída. Por vezes encontrava a Elisa Lopes e ambas punham a conversa e a amizade em dia. Mas naquele dia, quando passou ao Central ia muda que nem um eremita com voto de silêncio. Encontrou a Emília Miola e bichanou-lhe o que a apo-quentava. “Ò quechopa ando amaldiçoada se calhar por mor das rezas em falta, se adrega a querer orar a Deus há que Deus que me falta o terço, ando mesmo descoroçoada, a ciguêra pelo terço não a perco, mas o terço deu sumiço. Atão quechopa diz-me lá o que é que eu hei-de fazer?” perguntou a Emília Lopes à Emília Miola que logo ali lhe passou a receita. Tinha perdido o norte a um terço e por isso precisava de o encontrar, quando não a sua vida deixava de ter tarilho, ficava sem tarimbelhos, cirandava nela mas sem tino que se visse. Especialista das coisas dos feitiços, do mau-olhado e do quebranto, a Emília Miola baixou a voz “anda daí mais eu” e segredou-lhe o segredo da reza. Falaram à socapa sobre o responso.

Depois de rezar a ladainha, de botar umas lamparinas a arder em azeite e de repetir o ritual por três vezes, durante três semanas, eis que de súbito aparece o rosário. Como dizia a reza “o que é perdido é achado e o que é esquecido é lembrado Santo António bem aventurado”. Afinal, estava mesmo ali à mão de semear e nunca tinha dado por ele. Pendurado ao pescoço o terço só pedia que lhe contassem as contas, mas com a distracção do costume a Emília Lopes nunca tinha dado fé dele. Finalmente, o achado deu à sua vida o tarilho de que precisava.

À noite, o João dos Casais Pinheiros che-gava ao Central, bebia um Toddy e ajudava nalgumas coisas. O João era uma espécie de

guarda dos Casais Pinheiros onde vivia so-zinho. Nunca aprendeu a ler nem a escrever, era uma pessoa simples e gostava muito das gentes que frequentavam o Central e que eram como família. Também no Central o João gostava de se sentir guarda do Café. Cumprindo a sua missão, ao final da noite, fechava as portas e as janelas.

Algumas vezes o João adormecia sentado a olhar para a televisão. E os rapazolas mais ousados logo engendravam uma maneira de meter um susto ao João. Eram muitas as artimanhas mas desta vez a coisa resumia-se a atar com uma guita as suas pernas à cadeira sem ele dar por isso enquanto passava pelas brasas. E assim foi. Alguém bateu com a tampa da arca dos gelados com tanta força que o João acordou espavorido e tentou começar a correr mas a guita não o deixou pelo que caiu no meio do Central com enorme estrondo. Catrapuz. A cara do João ficou completamente cheia de casca de arroz que eu espalhava no chão quando chovia. O João desapareceu num ápice e voltou logo de seguida brandindo um martelo de orelhas. O Central ficou vazio de repente temendo a sua reacção enervada. Mas o João aproveitou o ensejo simplesmente para fechar as janelas e trancar os trincos com a ajuda do perigoso martelo. Afinal já era meia-noite, estava na hora do Central fechar e o João cumpria, tão-somente, a sua missão de guarda, porque só assim a sua vida tinha tarilho.

Chegava ao Central de motorizada que acelerava até mais não, trazia sempre o boné de lado na cabeça, à tronga-mocha e por cima o capacete com as presilhas soltas. Atirava o capacete para o assento da Casal e entrava no Café com a fralda da camisa de fora e com o corpanzil a abanar como se fosse tocado por uma rabanada de vento. Dizia-se que a motorizada já tinha acartado mais de 50 hectolitros de vinho e que sabia o caminho de cor. Zé Heleno era o produtor do melhor melão da região e não escondia a ninguém que gostava de uma pinguinha de azeite. Uma pinguinha é uma forma de dizer porque a sua goela escoava toda a espécie de líquidos como um secador seca toda a humidade do milho. A sua sede era tanta que até o Dr. Moreira lhe tinha receitado andar com um garrafão de vinho pendurado ao pescoço. Mas o Zé Heleno gostava acima de tudo de estar com os amigos. Para ele a vida era uma festa, com os excessos naturais de uma festa. Se não fosse assim, com os festejos próprios da bebida e da alegria, a vida era sempre cinzenta.

“Quando estive na Holanda apanhei um dia uma grossura tão grande que não fui capaz de subir a escada do prédio e aqueles franciús tiveram que me atar uma corda aos cornos e eram seis a puxar com toda a força e viram-se à rasca para me arrastarem para cima” dizia o Zé Heleno enquanto fazia a parte que se assoava com todo o estardalhaço ao boné, amarfanhando-o todo e bufando baba e ranho. E, depois de beber uma imperial só de uma assentada, saía do Central ainda mais feliz. Para ele só assim a vida tinha tarilho.

Anda daí mais euLadrões roubam medalhas que são memória do Rancho

Na última semana de Novembro, as-saltantes entraram pelos camarins da Casa do Povo, que têm acesso por trás do edifício e, aparentando saber ao que iam, dirigiram-se à pequena arrecadação situada ao fundo do auditório.

Foi no dia do ensaio que os elementos do Rancho Folclórico “Os Camponeses” de Riachos depararam com a porta arrombada e da falta de uma escada articulada de alumínio e uma caixa com mais de 200 medalhas comemorativas. As medalhas estavam ali guardadas para serem limpas e, posteriormente, colocadas em prateleiras na sala de exposições do Rancho. Joaquim Santana disse-nos que as medalhas foram sendo reunidas desde a fundação da colectividade (1958). Eram recordações de eventos diversos, em grande parte espectáculos organiza-dos por autarquias de todo o país mas também dos festivais em que o Rancho participou, em Portugal e no estrangeiro. Provavelmente, muitas delas irão parar à fundição para aproveitamento do metal de que são feitas, mas muitas contêm

em si um valor significativo, pela anti-guidade e pela raridade, nomeadamente para coleccionadores.

Além da substituição da porta da arre-cadação, que ficou danificada, o prejuízo do Rancho de Riachos reveste-se essencial-mente de um cariz emocional, visto que as viagens e as actuações em espectáculos são uma das partes mais importantes da sua já longa história.

A situação foi participada à GNR, que analisou o local. A Junta de Freguesia re-parou já as duas barras de ferro que foram retiradas da janela arrombada, colocando um material mais resistente no lugar do cimento arrancado.

Uns dias antes deste acontecimento, no final de Novembro, a GNR veio a Riachos também por causa de assaltos. Duas residências foram assaltadas em ruas diferentes na zona noroeste da vila no mesmo dia. Os assaltos foram feitos durante a tarde, quando os proprietários estavam ausentes e o objectivo foi também a procura de objectos valiosos, fáceis de levar e de vender.

Banda recupera viagens de comboio à antiga

Junta instala novo abrigo de autocarros

A direcção da Sociedade Velha Filarmónica Riachense vai organizar uma excursão de comboio a Caminha no dia 22 de Março, onde espera contar com a participação de muitos amigos da colectividade.

O objectivo é acompanhar a banda que vai tocar a esta vila histórica do Minho, com um mínimo de 200 pessoas e máximo de 400 para encher um comboio, com partida às cinco da manhã e regresso no mesmo dia às onze da noite (hora prevista de chegada à estação de Riachos). Pelo meio, muito convívio e visitas àquela localidade.

Fez este ano 20 anos que José Triguinho organizou a última viagem de comboio, a Badajoz, e agora vai ser reatada essa tradição, cujo objectivo é contribuir significativamente

para ajudar a pagar os investimentos que a banda fez recentemente nos projectos de remodelação da sede e renovação do instrumental. As marcações de lugares, que já se iniciaram, custam 40 euros por pessoa, sendo que o pagamento pode ser feito de forma faseada. Os contactos para as reservas são 934293795 e 96553850.

Pelos mesmos números estão também já a ser feitas as reservas para a próxima noite de fados na Quinta dos Álamos, a 24 de Janeiro, cujo cartaz será revelado em breve.

concerto de natal dia 21Entretanto a Banda vai realizar um con-

certo de Natal no dia 21 de Dezembro na sede, às quatro da tarde. A entrada é livre.

Um dos três abrigos degradados da vila foi substituído no final de Outubro pela Junta de Freguesia, que contratou uma empresa para o serviço. O novo abrigo situa-se na entrada norte de Riachos, junto à “rotunda dos bois”, e é mais uma medida em que a autarquia resolveu as-sumir a resolução de uma situação cuja responsabilidade não é sua.

Alexandre Simas já pediu à Rodoviá-ria do Tejo, a entidade responsável pela manutenção dos abrigos das paragens, para substituir os outros dois abrigos que estão em mau estado, um junto aos Casais

Pinheiros e outro perto dos semáforos da 2.ª fase do Bairro Sopovo. Os abrigos do TUT são da responsabilidade da Câmara.

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6 17 de Dezembro de 2014 – região

ACIS lança campanhaNatal Solidário

Desde Novembro que decorre a campanha Natal Solidário, des-tinada à recolha de donativos. A ACIS quer acumular o máximo de roupas, calçado, brinquedos, material didáctico e alimentos, tendo para esse efeito colocado caixas nos estabelecimentos comerciais associados da ACIS, onde os clientes deixam os seus donativos. A medida estende-se a Torres Novas, Entroncamento, Alcanena e Golegã, os conce-lhos abrangidos pela associação comercial.

Para dinamizar e angariar mais alguns produtos, no dia 20 de

Dezembro a praça Marechal Carmona, em Alcanena, recebe uma aula pública de Zumba Solidária e no dia 21 é a vez de o mesmo acontecer na Praça 5 de Outubro, Torres Novas.

A campanha vigora até 3 de Janeiro e as angariações serão entregues a várias instituições: CPCJ, ROSTO, Conferências de São Vicente Paulo de Tor-res Novas, Entroncamento e Golegã, Caritas Paroquial do Entroncamento e Loja Social de Alcanena.

Também no âmbito deste Natal Solidário, foi lançado o repto às

escolas, infantários e instituições do concelho de Torres Novas. São trabalhos magníficos que valem a pena ser vistos. Muitos pormenores, horas de dedicação, entrega ... Venham visitar a cidade de Torres Novas e vejam os exce-lentes trabalhos.

Chapitô no Mercado de Natal da Chamusca

Quermesse de Natal no Entroncamento

II Mercado de Natal na Golegã

O vestido a secar na corda

MEMórIas (3) PEdro Barroso

Meu pai fora estudar para Lisboa. Novidade pretensiosa.

Muita gente da terra criticou meus avós por tal bizarra escolha. Pôr um filho a estudar em vez de aprender ofício de jeito, ou cavar a terra! Mas minha avó. D. Emília Pedro Barro-so, fora menina de alguns estudos e saberes, numa educação bem acima do costume, para uma jovem na sua época.

Não lhe servira de muito, é certo, mas lá entendeu que seu filho varão haveria de estudar.

Quando urgia algum livro mais caro, matava-se uma galinha gorda, vendia-se um galo, cortava-se um choupo da Valada, alguma coisa se providenciaria. Mas o rapaz havia de estudar. Estranho entendimento, ras-gando o futuro para lá dos horizontes de uma aldeia antiga, de cingeleiros e gente de trabalho sol a sol.

Era uma mulher diferente, minha avó. Dela recebi um dia, quando terminei a licenciatura, um livro de sermões setecentista - imagine-se! - guardada relíquia de família, dois séculos à espera do destinatário certo e do momento adequado. Ainda me lembro bem: - alma subida, pose parada, o livro na mão, os olhos húmidos, atentos nos meus. Obviamente, fiquei perplexo, a olhar para tão insuspeitada prenda, vinda de uma mulher de olhos claros, um bom palmo mais alta que o marido, porte senhoril, olhar sempre aquilino e perscrutante.

Tudo isso invulgar, ao tempo. Tanto quanto compreendi, foi talvez forçada pelos dotes e desdotes da sorte a levar uma vida de outro recato e singeleza. Dela guardo dois apelidos: Pedro e Barroso. É verdade: ambos apelidos. Mas adiante.

Para facilitar as coisas, meu pai, An-tónio Pedro, ficaria em casa de gente conhecida e ainda vagamente familiar, ali para a Lapa. (Hoje é um bairro fino, dos mais caros e in de Lisboa. Mas naquele tempo, não se sabia que tal coisa pudesse vir a acontecer. Não era, portanto, o caso destes primos, gente austera e de trabalho.) Ao que parece, tinham uma mercearia. E o meu pai lá ficava, reco-lhido com os marçanos, numas esteiras de sacas, em ambiente seguramente de pouco conforto e duvidosa limpeza. Estudar … assim impunha.

Na ideia trazia uma menina bonita e

elegante, morena e de cabelos negros. Com efeito, tal musa visitava nas férias a sua tia Maria, a qual vivia em Riachos. Irmã de seu pai - meu avô Paulo. E o tio, Manuel; e sua prima, essa de seu singelo e estranho nome Liberdade.

Catrapiscanço de jovem ambicioso, claro. Menina da cidade, outra gente, outros costumes, ela ia lá querer saber dele! Mas enfim, tentaria. Que raios, não era um maltrapilho qualquer. Mais um par de anos e iria sair professor!

Bom. De tal paixão apenas sabia o nome por que ouvira a prima Liber-dade, um dia, a chamá-la para jantar: - Fernandinha…! E morar ela para os lados de S. Bento. Não era longe donde estava, havia de descobrir.

E aos domingos, - após ajudar nas limpezas com que retribuía a hospeda-gem - à tarde, em vez de descansar de tão alongado percurso diário da Lapa para Benfica, onde se situava a Escola do Magistério… não senhor. Descia a Calçada da Estrela e calcorreava todo o que lhe cheirasse a Fernandinha. E procurava, coitado, bem procurava. E Lisboa tão grande, caramba.

Depois, no fim - olha! - trepar tudo aquilo outra vez, até a Lapa! Houvesse pernas.

Até que um belo dia, afortunado, por entre a roupa colorida a secar - que fazia então de Lisboa um festival de cor nos velhos bairros - foi por um vestido posto a secar, pendurado na sacada de uma janela, que o seu coração deu um baque. Já tinha visto a sua paixão com ele; no Largo, em Riachos! Era portanto, ali.

Passou a postar sentinela frente ao 284 da rua de Poiais de S Bento. Todos os poucos tempos livres, ei-lo ali caído; até que, um dia, ela saiu do prédio e, para seu grande espanto, ele lhe disse que era de Riachos e perguntou se podiam conversar. Claro que especulo, mas acho que era assim que se dizia nessa altura: “conversar”

Seguiram-se semanas, meses de silêncio. Até que, um dia, já farta, minha mãe lhe impôs como condição mínima que cortasse aquele bigodinho ridículo e aparecesse escanhoado. Ora bem. Aí… talvez se dignasse falar com ele!

Escusado será dizer que no domingo seguinte, meu pai apareceu limpinho e barbeado de feição.

Memórias hoje, portanto, de um tempo antes de mim. De tanto as ouvir contar, aqui deixo hoje tão íntimo testemunho.

Realmente! As coisas que um ves-tido posto a secar nas velhas janelas de Lisboa pode fazer.

Nunca se sabe se eu estaria aqui, se tal acaso nunca tivesse acontecido.

A “animação invade a vila da Chamusca”. É o lema de lança-mento da 6.ª edição do Mercado de Natal promovido pela câmara municipal no Largo da Biblio-teca. O objectivo é dinamizar o centro da vila e o comércio local e o programa este ano é direccionado para as crianças. O Pai Natal marca presença todos os dias e o fim-de-semana é em grande.

No dia 19 há o conto musicado “Noite de Natal” na biblioteca e o Chapitô traz uma parada de duendes e workshops de circo. No sábado, dia 20, a Profis-sional Gustave Eiffel mostra como se fazem doces de natal e a Chamusc’Arte e o Cantar Nosso da Golegã encenam o espectáculo “A Anunciação”, da autoria de Carlos Petisca.

Por fim, no domingo, decorre

um ateliê de brinquedos de Natal com o Pai Natal e os duendes a animar o recinto. Será dia de receber mais uma parada do Chapitô, desta vez de Clowns e um espectáculo de artes circenses.

Em todos os dias do Mercado decorreem pinturas faciais e um espaço de Photobooth dinami-zado pela Gustave Eiffel. Para informações sobre os horários, ligue 249769100 ou 964705342.

A Câmara Municipal da Golegã encarregou-se da organização de um Mercado de Natal no Largo da Igrega, nos dois fins-de-semana prévios ao Natal.

Nos dias 20 e 21 é de esperar

mais animação no coração da vila. As colectividades abrem as suas vendas e o Pai Natal confirmou a sua presença entre as 14 horas e as 15h30 de sábado e domingo. No sábado o Rancho

Folclórico da Golegã faz uma mostra etnográfica às 15 horas. Às 17 horas os professores dos Cantares D’Outrora dão um concerto. No domingo, 21, a tarde pretence ao Cantar Nosso.

Até 31 de Dezembro, a Avasocial realiza a sua primeira Quermesse de Natal. A iniciativa decorre

diariamente, no Banco Local de Voluntariado do Entroncamento, das 10 às 12 e das 14 às 17 horas.

Os valores que forem apurados com as receitas destinam-se à compra de uma cadeira de rodas.

A ACIS - Associação Empresarial de

Torres N ovas, Entroncamento,

Alcanena e Golegã

deseja a todos os seus associados,

colaboradores e familiares,

votos de

BOAS FESTAS

ACIS - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE TORRES N OVAS *EN TRON CAMEN TO*ALCAN EN A*GOLEGÃ

A ACIS - Associação Empresarial de

Torres N ovas, Entroncamento,

Alcanena e Golegã

deseja a todos os seus associados,

colaboradores e familiares,

votos de

BOAS FESTAS

ACIS - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE TORRES N OVAS *EN TRON CAMEN TO*ALCAN EN A*GOLEGÃ

Page 7: Edição 759 17 dezembro 2014

7 – 17 de Dezembro de 2014 torres novas

“Vivíamos num país de ilusões” diz Pedro Ferreira sobre o contexto em que o contrato de concessão foi atribuído, em 2005. O parque entrou em funcionamento em 2011 (na imagem, no dia da inauguração)

Câmara pode ter de pagar 3 milhõesde euros ao Grupo LenaalMoNda ParQuE

A Holdiparque, concessionária do estacionamento do Almonda Parque, quer rescindir o contrato de concessão com a Câmara Mu-nicipal de Torres Novas, o que precipitaria o regresso deste parque de estacionamento ao município mas também o pagamento de mais de três milhões de euros, o valor do investimento, àquela empresa do Grupo Lena.

O diferendo entre as duas enti-dades dura há já algum tempo. A empresa, que construiu a estrutura a expensas próprias e ficou com o direito de concessão por 20 anos, invoca a falta de rentabilidade do parque e alega prejuízos de 150 mil euros nos três primeiros anos de exploração, valor que acrescentará ao eventual pedido de indemni-zação. Inaugurado em 2011, as taxas de ocupação do parque são diminutas, com excepção para as terças-feiras de mercado.

A Câmara não aceita a rescisão e reclama que a empresa nunca quis baixar as taxas cobradas pelo esta-cionamento e que não faz promoção ao parque, elementos que atrairiam o interesse dos automobilistas. Por seu lado, a empresa acusa a Câmara de fazer pouca fiscaliza-ção e de não estender o regime de estacionamento pago a outras zonas da cidade, nomeadamente na Avenida 8 de Julho (onde se situa o mercado municipal) que é, segundo Pedro Ferreira, o principal “tendão de Aquiles” na negociação

entre as partes.Segundo o contrato de conces-

são, a Câmara tem de assegurar a fiscalização do estacionamento indevido, e para esse serviço tem contratado a PSP porque não tem recursos próprios para o fazer, e tem de proibir o estacionamento gratuito num perímetro de 500 metros à volta do Almonda Parque.

Não havendo acordo entre as partes, o tribunal arbitral será decisivo.

Na reunião de Câmara do passado dia 10, Pedro Ferreira lamentou a demora da decisão da Holdiparque em ir para tribunal. Se for, diz que

a Câmara tem argumentos onde pegar, nomeadamente na subjec-tividade de que se houvesse mais policiamento e mais estacionamento pago na cidade haveria uma maior ocupação do parque.

“Nas mãos do lena” e “bancarrota do município”

No entanto, a oposição criticou o que considera a passividade da maioria PS. “Estamos completa-mente nas mãos do Grupo Lena” confrontou a vereadora da CDU, Filipa Rodrigues, que sugeriu que a Câmara explore, em sua defesa, a questão do risco inerente a uma

exploração deste género.Helena Pinto lembrou que o

Bloco de Esquerda ficou sempre sozinho nas diversas vezes em que levou propostas para uma tomada de posição da Assembleia Municipal sobre a tabela de preços “insuportável” que a Holdiparque pratica em Torres Novas. “É uma PPP (parceria público-privada) com claro prejuízo para a Câmara e um atentado às suas contas, em que o contrato de concessão foi blindado a favor dos privados”. Ficar à espera da decisão do Grupo Lena não é a melhor atitude, diz a vereadora, avançando que o código

de contratação pública pode ajudar a Câmara, “apesar de estarmos muito atrasados” na análise do processo. Pedro Ferreira aceitou a marcação de uma reunião do executivo em Janeiro, com a par-ticipação de juristas e técnicos da Câmara e com números e cenários concretos, para apurar qual será a melhor actuação da Câmara. Uma coisa é certa, diz Helena Pinto: “Se forem pedidos os três milhões, é a bancarrota da Câmara”.

O Grupo Lena venceu o concurso nacional em 2005, tendo sido o único concorrente. “Vivíamos num país de ilusões”, diz Pedro Ferreira na Assembleia Municipal de 12 de Dezembro, invocando o espírito de que o país ia continuar a crescer que então se vivia.

Ramiro Silva, da CDU, con-frontou a Câmara mas não teve resposta: “Porque é que a Câmara não cumpre o contrato”? António Gomes, entretanto, dava a resposta: “É um contrato leonino, como se pode justificar que tem de deixar de haver estacionamento gratuito 500 metros à volta do parque? É praticamente a cidade toda”. O deputado bloquista reclamou a assunção de responsabilidades políticas por parte de quem assinou o contrato (António Rodrigues era o presidente da Câmara na altura), nomeadamente por ter aceite inscrever no contrato que, em caso de desavenças, a decisão do tribunal arbitral é vinculativa, não se podendo recorrer aos tribunais normais.

Câmara dá alojamento a médica para Pedrógão e assentis

Moção prevê plano municipal contra a violência de género arranjado muro destruído pela chuvaFoi quinze dias depois do Dia

Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres e precisamente no Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de Dezembro), que o executivo mu-nicipal aprovou por unanimidade a moção apresentada pelo Bloco de Esquerda pelo fim da violência contra as mulheres.

O documento, apresentado por

Helena Pinto, do Bloco de Esquerda, visa: homenagear todas as mulheres assassinadas, apelar aos cidadãos para que se mobilizem contra este crime, proceder à elaboração de um Plano Municipal Contra a Violência de Género. A moção recorda números conhecidos recen-temente: em 2013 foram registadas pela polícia 27 318 participações de violência doméstica, de que

resultaram 40 homicídios conjugais (30 mulheres e 10 homens). No primeiro semestre de 2014, foram 13 071 participações, ou seja, 73 queixas por dia, isto é, 3 queixas por hora.

No dia seguinte, na sessão de Assembleia Municipal, também Sónia Sousa, eleita ao órgão pelo PS, fez uma declaração relacionada com as efemérides.

O concelho de Torres Novas ainda tem sete mil habitantes sem médico de família. Para contrariar a falta de médicos, o ACES Médio Tejo pediu à Câmara um alojamento para uma médica cabo-verdiana contratada para trabalhar no centro de saúde de Torres Novas, em específico para

utentes das freguesias de Assentis (Casais de Igreja) e Pedrógão, tendo feito diligências semelhantes nos concelhos de Tomar, Ferreira do Zêzere e Ourém.

Por proposta do presidente da Câmara, um apartamento (T2) situado no bairro social de Torres Novas, que vai ser-

vir de habitação à médica pelo menos durante o ano de 2015, vai deixar de ser arrendado pelo município e passar a ser uma “casa de função”, de modo ser utilizada para alojamento de técnicos ou outros profissionais que passem temporariamente por Torres Novas.

A Câmara já concluiu os traba-lhos de estabilização da encosta da Vila Pinho, junto ao Vale, após a queda do muro de suporte que apresentava à entrada da cidade o grande painel de azulejos com a frase “Torres Novas saúda-vos”, para cima da estrada.

A situação, que ocorreu há cerca de três semanas devido à forte pluviosidade registada nos últimos

meses, colocou em risco bens humanos e materiais, bem como a circulação numa das principais vias de acesso à cidade, referiu o município num comunicado, pelo que a intervenção foi imediata.

De forma a estabilizar o talude, foram cravados dois planos de varolas enchidos com pedra e constituídos drenos para conter o arrastamento dos solos.

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8 17 de Dezembro de 2014 – destaque

O artigo de João Lopes é dedicado ao ié-ié, a respeito da fundação dos Kalyfas e dos Grigos

Nova Augusta está na rua

SOMOS TODOS PRIMOSCaRlOS Manuel PeReIRa

De entre os temas históricos relacionados com Riachos, aquele que, inevitavelmente, aparece destacado é o do Senhor Jesus dos lavradores, embora o tema do Castelo Velho possa ter mais significado para a história da região. O tema do Senhor Jesus foi quase sempre referido tendo como base a tradição oral e um conjunto de suposições que, provavelmente, não passam disso mesmo. Vamos deixar de lado as suposições que, digo eu, confundem mais do que ajudam e vamos considerar a tradição oral.

Diz a tradição que os lavradores dos Riachos acharam uma imagem de Cristo crucificado quando lavravam no Espragal, ou na quinta do Minhoto, ou para os lados do casal do Lavra. É um facto que a imagem existe e que foi associada, primeiramente, à confraria dos lavradores de Torres No-vas e, posteriormente, aos lavradores dos Riachos que mantiveram o privilégio de requerer a sua saída em procissão, para além de exigirem que fosse colocada na igreja de Santiago de onde eram fregueses. Por curiosidade e para confirmar a posse da imagem, num documento de 1502 em que são arrolados os bens da confraria de Jesus “que se soía chamar dos lavradores”, o escrivão da Misericórdia deixou em 1695, junto ao item que referia uma “casa de palheiro” que a confraria tinha na vila de Torres Novas, a seguinte nota: “no ano de 1695 pagava o foro de 100 réis Manuel Fernandes Freire desta vila e por tradição antiga se tem por certo esta casa estar em ela o Bom Jesus de Sant’Iago e agora serve de cozinha ao dito foreiro” 1.

Acrescenta a tradição que eles, em troca do Senhor Jesus, deram o Menino Deus. Isto sugere que “eles”, os da Misericórdia, para compensar e melhor convencer os lavradores, ofereceram por troca uma outra imagem que, dadas as suas dimen-sões, seria mais facilmente transportada e acomodada em casa de qualquer dos confrades. Assim a Misericórdia acrescen-tou mais esta oferta ao privilégio referido atrás, com o objectivo de assegurarem o rendimento que a imagem do Senhor Jesus lhes proporcionaria e cuja importância veio a ser comprovada pelas manifestações de cobiça dos padres da igreja de Santiago que, durante séculos batalharam, sem sucesso, pela posse da capela, que é como quem diz, pela posse da respectiva caixa das esmolas. A capela de Jesus é referida a partir de 1560, de acordo com os registos paroquiais de Santiago, em óbitos de membros da família Mógo, certamente por ter pertencido a esta família um dos primeiros provedores da Misericórdia.

Na sequência dos restauros recentemen-te efectuados nas igrejas de São Pedro,

Salvador e Santiago de Torres Novas, e referindo-se à imagem do Senhor Jesus, diz Vítor Serrão2 que “Esta escultura tem caraterísticas de fatura quatrocentista, ainda que desfavorecida pela cabeleira hodierna que lhe cobre a cabeça e deixa invisível a modelação dos cabelos... Talvez essa e outras excrescências, bem como os repintes, tenham levado alguns autores a julgar, erradamente, que a imagem era já setecentista…”. Polémicas à parte, os citados restauros permitiram concluir que a imagem terá sido feita nos anos de 1400. Ora no decorrer desse século, mais precisamente em 1472, D. Afonso V dá de sesmaria a Henrique de Sousa a terra da quinta do Minhoto que é descrita do seguinte modo: “...é de longo assim como vão os vales do murtal e do ramalhal até ao termo da atalaia e que será cerca de meia légua de longo e de largo dois tiros de besta a lugares mais e a lugares menos... que de uma parte partem (ou confrontam) com terras que jazem em matos... pelo vale do minhoto até ao termo da atalaia...” 3. Se considerarmos que meia légua valeria naquele tempo cerca de três quilómetros e os dois tiros de besta à volta de 500 me-tros, podemos concluir que a dita terra se estendia desde o (campo do) Murtal até à estrada da Malã, onde existe hoje o viaduto e a rotunda da variante e onde se diz ficar a Courela do Senhor Jesus, e daí dizer-se que a imagem foi encontrada no campo do Espargal, ou na quinta do Minhoto, ou para os lados do casal do Lavra.

Embora seja impossível comprovar o lugar exacto onde a imagem foi encontrada, vamos aceitar, em princípio, a tradição oral. Vamos admitir, por hipótese, que alguém a enterrou nessas terras que estavam em matagal há décadas e que o tal Henrique de Sousa terá mandado arrotear logo após a referida doação, e que, na sequência dessa tarefa, os lavradores tenham feito o achado... E é neste ponto que se levantam as questões de mais difícil resposta...

Que imagem era esta e que uso lhe estava destinado?

Quem é que a enterrou e, consideran-do a época, porque razão o fez e porquê naquele sítio?

Porque é que a imagem não foi reclamada por eventuais donos?

Porque é que os lavradores não entre-garam simplesmente a imagem à guarda da igreja da freguesia?

Porquê o sentimento de posse que ainda persiste nos dias de hoje?

1 Gonçalves, Artur. 1935. Torres Novas Subsídios para a sua História, p. 323.2 Serrão, Vítor. 2012. As igrejas do Salva-dor, São Tiago e São Pedro de Torres Novas Arquitetura e Equipamentos Artísticos, p.96.2 Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso V, livro 29, fls. 251v-252v.

O Senhor Jesus dos Lavradores

Foi lançado o número de 2014 da revista de cultura Nova Augusta. O n.º 26 desta revista iniciada em 1962 (a mais antiga do distrito em publicação) inclui catorze artigos sobre história, arte, biografias, estudos sociais e arqueologia na área, ou relacionados, com o concelho de Torres Novas.

Maria da Conceição e Manuel Geada (sobre a estadia dos franceses no Pedrógão durante a terceira invasão), Gabriel Feitor (movimentos de oposição ao Estado Novo em Alcanena), António Mário Santos (agricultura, o comércio e a indústria no concelho de Torres Novas entre 1851-1877), Cátia Salvado Fonseca (sociabilidade da mulher de oitocentos a propósito da família Silva Mendes, da Golegã), Tiago Cubeiro (sobre a roda dos expostos de Torres No-vas), Paulo Gregório (programa de obras de arte na igreja do Salvador), Joaquim Rodrigues Bicho (sobre a capela dos An-jos), Franklin Pereira (inventariação das cadeiras em couro lavrado do município), Manuela Poitout (sobre a obra de Júlio de Sousa e Costa, ligado à administração do concelho da Barquinha), João Carlos Lopes (sobre Torres Novas “no tempo do ié-ié”, a respeito da fundação dos Kalyfas

e dos Gringos), Marco Liberato e Helena Santos (trabalhos arqueológicos na capela dos Anjos), João Palla Lizardo (cabeceiras de sepulturas medievais), Sandra Lourenço e Gertrudes Zambujo (passado e presente da arqueologia torrejana) e Luís Miguel Batista (sobre o cardeal D. José Manuel da Câmara, a respeito do tombo oitocentista da sua Quinta do Vale do Seixo, na Atalaia).

Este número assinala ainda o 150º ani-versário do nascimento de Gustavo Pinto Lopes, fundador da biblioteca e do museu municipais. Na nota introdutória diz-se que «anteviu a importância (…) da publicação de obras e estudos de história local e incentivou, nos anos 30 do século passado, a edição de importantes obras de Artur Gonçalves, um gesto decisivo, na sua durabilidade material e imaterial, para a percepção que temos hoje do que é a nossa comunidade concelhia, a nossa identidade histórica e cultural e a missão a que, em prol dela, devemos dar continuidade».

Refira-se que o ensaio de João Carlos Lopes serve de aperitivo para o aguardado livro que se anuncia para breve sobre a “música moderna” no concelho, desde a década de 50 aos anos 80 do século passado.

Rua Casal Machado, 41 • Casais Novos • 2580-347 Alenquer • Tel. 263 860 050Fax 263 860 065 • E-mail: [email protected] • Site: www. jbarroso.pt

Page 9: Edição 759 17 dezembro 2014

9 – 17 de Dezembro de 2014 destaque

António Ribeiro e Carlos Veloso, que fez a introdução

António Ribeiro lança livro sobre a imprensa do romantismo

Hugo Santos apresentou dois livros

O escritor torrejano apresentou dois novos livros no dia 22 de No-vembro, na biblioteca municipal.

Sobre o romance O Caçador de Olhos Abertos, Fernando Da-costa, que o apresentou, escreveu recentemente: «Um dos melho-res estilistas da actual literatura portuguesa, Hugo Santos, grande romancista e poeta, apresenta-nos uma fascinante narrativa enraiza-da no Alentejo (sua terra natal). Transfigurada pela magia da escrita, a obra dilata o tempo e o espaço, os sentimentos e as pulsões dos que a habitam (personagens) e dos que a comungam (leitores) como poucas o conseguem na nossa melhor ficção. (...) viaja num imaginário de envolventes melancolias, como noutros notáveis romances seus, sempre ancorado em (in)contida ternura pela terra e pela gente, e pela fosforescência a que pertence».

Eduardo Bento apresentou A Arte das Nostalgias, um livro de poesia, ressaltando a importância que a obra que Hugo Santos tem vindo a publicar desde há décadas tem vindo a ganhar nas letras nacionais.

editado livro sobre organização social em Torres novas na Idade Média

O Museu Carlos Reis recebeu no dia 16 de Novembro a apresentação do livro Formas de organização social na vila de Torres Novas nos finais da Idade Média, uma edi-ção do município da autoria de Cátia Rios Vieira. Esta edição é o número 9 da colecção Estudos e Documentos e a autora baseou-se na sua tese de mestrado em História Medieval. Na ocasião foi proferida a conferência «Vilas e cidades do Portugal medieval», por Manuela Santos Silva, professora da autora.

Para a realização do estudo, re-correu ao Tombo das Capelas de Torres Novas, datado da centúria de quinhentos. A partir deste conjunto documental, em que se encontra informação sobre várias instituições assistenciais, a autora identificou as oligarquias locais e as principais instituições e organizações concelhias e debruça-se sobre os modelos assis-tenciais existentes e a forma como respondiam às preocupações das populações locais na Idade Média.

50 anos de carreira de José-alberto Marques

O poeta nascido em Torres Novas, e radicado em Abrantes, apresentou na Biblioteca Muni-cipal Gustavo Pinto Lopes o seu novo livro Biblioteca Pessoal. Esta colectânea de poemas foi editada pela Chiado Editora no ano em que José-Alberto Marques com-pleta 50 anos de carreira literária. A apresentação esteve a cargo de Manuel Portela, da Universidade de Coimbra. Refira-se que no dia 3 de Janeiro José-Alberto vai ser alvo de uma sessão de homenagem na biblioteca municipal de Abrantes.

Poucaterra venceu o Festival de Teatro de Barcelos

Dos oito Galos Dourados atri-buídos no 27º Festival de Teatro de Barcelos, a Companhia de Teatro Poucaterra, conquistou três. O principal prémio foi o do Melhor Espectáculo.

Para além desta distinção para a produção Sobre a mesa de cabe-ceira, da autoria de Rafael Amaral Vergamota, o Poucaterra arrebatou outros prémios, nomeadamente de Melhor Iluminação Cénica, Melhor Cenografia e as menções honrosas para Melhor Interpretação Masculina e Feminina atribuídas a Vergamota e a Rute Lourenço.

Sobre a mesa de cabeceira, uma peça que envolve apenas dois ac-tores em palco, foi já premiada em vários festivais de teatro amador.

“Inquietude”, o primeiro livro de Isabel Pires

O salão de festas do Club Tor-rejano foi o palco da apresentação do livro Inquietude, o primeiro de Isabel Pires, no dia 29 de Novembro.

A publicação, em edição de autor, “reúne um conjunto de textos de diversas temáticas, mas com um denominador comum: a reflexão sobre o quotidiano e as pessoas que connosco se cruzam”. Perante uma sala cheia de amigos, a autora, que é funcionária do Museu Municipal, disse que foi precisamente para os amigos que escreveu o livro. A sessão contou com uma intervenção artística de Patrícia Marques, da escola O Corpo da Dança.

No dia 5 de Dezembro foi reali-zada, no auditório da Escola Básica Dr. António Chora Barroso, a sessão de lançamento do livro O Museu de Imagens na Imprensa do Romantismo, do professor de história António Manuel Ribei-ro, inserida na Feira do Livro do Agrupamento Artur Gonçalves.

Os alunos da turma F do 10.º ano do Curso Profissional de Multimédia, da Secundária Artur Gonçalves, orientados pela professora Sílvia Filipe, apresentaram uma animação multimédia com base nos textos e imagens do livro.

Carlos Rodarte Veloso, docente de Arqueologia, Conservação e Restauro e Património do Instituto Politécnico de Tomar apresentou o livro. Salientou que esta obra, O Museu de Imagens na Imprensa do Romantismo, ilustra o momento em que a imprensa de cariz científico, literário e artístico de meados do século XIX procura sensibilizar a população para o nosso património artístico, através da publicação de imagens e textos sobre monumentos e outras obras de arte nacionais. Esse é o momento em que as ideias liberais procuram educar o povo no amor pela arte, ao mesmo tempo

em que se estabelecem critérios estilísticos para a sua classificação e se defendem princípios de conser-vação e restauro até aí inexistentes.

O autor do livro referiu que na investigação que deu origem a este livro se cruzaram várias linhas temáticas relacionadas com a cul-tura portuguesa do século XIX: a história da imprensa, da gravura em madeira, da noção de património e dos primeiros estudos científicos na área da historiografia da arte com a definição de uma terminologia específica e de conceitos estilísticos.

O interessante no projecto destes jornais ilustrados radica no objetivo iluminista de democratizar a instrução no período do triunfo da monarquia constitucional e em que se pretende construir o cidadão que vem substituir o súbdito do período absolutista. A multiplicação visual dos monumen-tos e objetos artísticos nas páginas destes jornais pretendia ilustrar textos que apresentam diferentes níveis de profundidade científica e apoiam o leitor no conhecimento desse património, apesar de também condicionarem a sua leitura de acor-do com uma perspetiva ideológica e cultural definida no contexto do romantismo português.

Jorge Morte é o autor das terceiras Crónicas Torrejanas

Depois de Jorge Pinheiro e Jorge Carreira Maia, que assinaram os dois primeiros números, Jorge Morte foi o autor seleccionado pelo gabinete de edições do município para mais uma edição de Crónicas Torrejanas.

No dia 13 de Dezembro o Museu Municipal Carlos Reis recebeu o lançamento da compilação das crónicas deste autor torrejano, que actualmente se tem dedicado à investigação do património local, publicadas entre 1965 e 2007 no jornal O Almonda nas rubricas Comentando e Notas & Ideias.

O objectivo das Crónicas Tor-rejanas é, diz o município, “reter imagens impressivas de Torres Novas, testemunhos dos vários tempos que ainda reconhecemos e que ligam as três ou quatro gerações que definem aquilo que nos é contemporâneo”.

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10 17 de Dezembro de 2014 – Riachos | GoleGã

O concerto anual na igreja matriz tornou-se um caso sério de sucesso a nível regional

Dizer “não”: um direitoe um dever

opiniãoCARLoS pAULA SiMÕES

“Uma sociedade decente não é baseada em direitos; é baseada em deveres. Os nossos deveres para com os outros. A todos devem ser dadas iguais oportunidades. De todos, devem ser exigidas responsabilidades.”

Quem o disse foi Tony Blair, em 1997. Direitos e deveres têm um papel impor-

tante no desenvolvimento de uma nação. Por um lado, os direitos conferem ao indivíduo as oportunidades para serem parte desse processo de desenvolvimento, enquanto os deveres, por outro lado, o obrigam a fazer parte desse processo.

Como cidadãos de um país democrá-tico, todos nós gozamos do privilégio de ter aquilo que denominamos direitos fundamentais. Mas, em paralelo com esses direitos fundamentais, temos também os deveres fundamentais a que se refere a nossa Constituição, mas dos quais raramente se fala. Porém a cidadania plena e responsável não é apenas gozarmos os nossos direitos e cumprirmos com os ditos deveres, é ir além desses deveres.

Direitos e deveres são como duas faces de uma moeda, absolutamente insepará-veis. Sempre que invocamos um direito, devemos aceitar o correspondente dever: por exemplo, se exercemos o nosso direito a exprimirmo-nos sem restrições, é nosso dever defender a liberdade de expressão do outro. Temos direitos na mesma medida em que temos deveres. Que seja claro que não pode haver direitos sem uma igual proporção de deveres ou responsabilidades.

Nas sociedades como a nossa, onde os cidadãos procuram a liberdade de opinião, a justiça e a igualdade entre indivíduos, vem muitas vezes à discussão a forma de mantermos os nossos direitos individuais. A abordagem a essa questão levou a que tivéssemos criado leis e regras para prati-camente todos os aspectos da vida, regras essas pelas quais nos devemos guiar. Este conceito aplica-se onde quer que seja, desde a sociedade alargada que constitui um país até às pequenas comunidades e às nossas famílias. Aprendemos a ter presente que à medida que a nossa liberdade pessoal aumenta, o mesmo acontece com a nossa responsabilidade.

Contudo o que vemos é a negação quase total das responsabilidades pessoais: invocam--se direitos passados, futuros e adquiridos para garantir a nossa satisfação pessoal, e, seja por ambição ou cobardia, somos inca-pazes de cumprirmos os nossos deveres, até os deveres para com nós próprios.

A nossa atitude para com a sociedade não

é a melhor. Todos esperamos que a sociedade nos ajude quando precisamos de auxílio, mas porventura alguma vez achámos que devemos algo a sociedade? Mais importante ainda, alguma vez pensámos que o tempo de uma sociedade não se esgota no tempo da nossa vida? E que sempre que falhamos o cumprimento de um dever nosso, negamos um direito aos outros, aqui e agora, bem como aos outros que virão depois de nós?

Dou como exemplo a protecção da Na-tureza: é um direito fundamental expresso na nossa Constituição, no seu artigo 66: “Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.”

Todos temos o dever de o defender. Embora o citado artigo 66 seja bastante explícito no que ao Estado incumbe para assegurar o direito ao ambiente, já o não é quanto ao dever do cidadão. Mas não é apenas neste artigo que se nota este lapso. De uma forma geral, os capítulos da nossa Constituição dedicados aos direitos, liberdades, garantias pessoais e deveres sociais detalham os direitos e omitem os deveres.

Não é um problema exclusivamente nosso: muitas das constituições ocidentais ignora-ram a inclusão de deveres fundamentais nos seus textos. Contudo, a educação, ao longo dos anos, tem obstado a que essa omissão se traduza numa pior cidadania. Até agora.

A educação e a instrução já não são o que eram. E muitos dos jovens de hoje que serão os homens de amanhã ignoram os seus deveres para com a família, a so-ciedade, o Estado. Muitos dos homens de hoje, já os ignoram! E a sempre presente procura da satisfação, do bem-estar pes-soal, do sucesso, da riqueza, tem levado a que os mais fundamentais deveres de cidadania sejam diariamente espezinhados e ignorados, sobretudo e infelizmente por quem os devia respeitar mais: os nossos políticos, os nossos governantes, os nossos empresários.

O lamentável espectáculo que nos entra em casa pela televisão, em todos os ser-viços noticiosos, demonstra à saciedade este desrespeito grosseiro. Mais do que o roubo e a corrupção, são o sentimento de impunidade e o facto de se considerar o acto como normal, que devem constituir motivo de preocupação. Um dia, até os universais direitos humanos, os direitos das crianças, estarão em causa, porque ninguém consi-derará ter o dever de os defender.

O maior dano à nossa integridade é causado por tudo aquilo que achamos errado, mas inevitável. Nada do que ponha em causa os direitos deve ser tolerado, nenhuma omissão aos deveres fundamentais deve ser permitida.

Exigimos o direito de dizer não, mas só raramente cumprimos o dever de dizer não. Sobretudo àqueles que nos dizem que o melhor para nós é aceitarmos que as coisas são como são e o melhor para nós é deixarmos andar…

Impactes do emparcelamento “globalmente positivos” em consulta pública

Desencontradas as datas da Expoégua e da Festa do Bodo

A Câmara Municipal deverá antecipar a realização da Expoégua de 2015, cujas datas iniciais eram entre 21 e 24 de Maio de 2015, que calhavam no mesmo fim-de-semana que a Festa do Bodo na Azinhaga, que se realiza de quatro em quatro anos e cujo calendário religioso é rigoroso e não permite ajustamentos: sete semanas depois da Páscoa.

A Confraria do Divino Espírito Santo chamou a atenção à Câmara Municipal para o facto de a coincidência das festas ser prejudicial para ambas, e foi deliberado alterar a data da Expoégua.

ERSAR atribui selo de qualidade à água do concelho da Golegã

A ERSAR (Entidade Reguladora dos Servi-ços de Águas e Resíduos) atribuiu os selos de “Qualidade exemplar de água para consumo humano”. Esta atribuição pretende distinguir as entidades gestoras que registaram cumulativa-mente, no último ano de avaliação regulatória, um conjunto de critérios. De acordo com a ERSAR, e embora o panorama nacional da qualidade da água tenha revelado nos últimos anos que em Portugal a água da torneira é de confiança, “impunha-se a distinção daquelas entidades que, num universo que garante 98,2% de água segura, se distinguem pela excelência.

AGRiCULTURA E AMBiEnTE

A avaliação de impacte ambiental do Pro-jecto de Emparcelamento Rural Integrado que a Agrotejo – União Agrícola do Norte do Vale do Tejo se prepara para iniciar em 2015 nos chamados “campos da Golegã”, abrangendo terrenos situados nas freguesias da Azinhaga, Golegã, Riachos, União de Freguesias de Brogueira, Parceiros da Igreja e Alcorochel e União de Freguesias de Santa Maria, Salvador e Santiago, nos concelhos da Golegã e de Torres Novas, está em consulta pública até dia 6 de Janeiro.

A consulta do estudo de impacte am-biental, através do seu resumo não técnico, pode ser feita nas juntas de freguesia, nas Câmaras de Torres Novas e Golegã, nas sedes da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo e da Agência Portuguesa do Ambiente ou através da internet (procurar em http://www.ccdr-lvt.pt/pt/consulta-publica/1197.htm).

O projecto de emparcelamento incide numa área total de 5932 hectares. Nestes terrenos, 1508 propriedades serão reorganizadas numa área de 3800 hectares, envolvendo 900 proprietários e rendeiros. Além da reorganização predial, as principais áreas de intervenção são as infraestruturas e os

melhoramentos fundiários e a requalificação ambiental e paisagística.

Para os directores da Agromais e da Agrotejo, este será finalmente o passo es-sencial que vai permitir o crescimento da produtividade dos agricultores associados, num momento em que cresce o perigo de “vicissitudes de índole estrutural que amea-çam a sua viabilidade e sustentabilidade”.

Comparticipado por fundos comunitários, o projecto terá um investimento na ordem dos 5,8 milhões de euros. A implementação do projecto terá uma duração superior a dois anos e, segundo o estudo de impacte ambiental realizado pelas empresas Matos, Fonseca & Associados e Systerra – Engenharia e Gestão, apenas são esperados efeitos nega-tivos no perímetro de intervenção durante a fase de obra, sendo a maior parte deles reversíveis. O resultado final, a chamada “fase de exploração”, oferecerá melhorias bastante significativas a nível ambiental, considerando aqui também os benefícios socioeconómicos. Estas premissas (negativo durante a construção, positivo no futuro) aplicam-se, por exemplo ao nível da gestão dos recursos hídricos, da qualidade da água, ocupação dos solos, e para a conservação da flora e da vegetação.

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11 – 17 de Dezembro de 2014 GoleGã

O coro juvenil abriu o espectáculoO concerto anual na igreja matriz tornou-se um caso sério de sucesso a nível regional

Os 40 voluntários dão um contributo valioso, nomeadamente para combater a solidão dos idosos, disse o provedor

Misericórdia reúne voluntários em almoço de Natal e chama atenção para a mobilidade na vila

Coro Juvenil do Cantar Nosso estreou-se no Concerto à Padroeira

SERviço SoCiAL

Colaboram regularmente com a Santa Casa da Misericórdia da Golegã cerca de 40 voluntários, entre enfermeiros, médicos, animadores, religiosos, simples companhias e os voluntários de verão, que apro-veitam as férias para contribuir de forma altruísta com quem precisa.

No dia 4 de Dezembro, quase três dezenas marcaram presença no almoço de Natal no Clube Vida, que se situa no edifício onde funciona a Academia Sénior da instituição e onde se realizam as inúmeras actividades de animação e formação de idosos.

Um dos pontos que estimulou a discussão entre os convivas foi precisamente a projecção de um filme sobre uma actividade que envolveu voluntários: Roda Cadeira Roda, realizado por Martinho Branco, no âmbito do projecto da escola EB23 Martins Correia Do Carvão às Cores, é sobre uma viagem em cadeiras de rodas de meia dúzia de utentes do Lar Rodrigo da Cunha Franco até ao Café Central.

O café situa-se no centro da vila, precisamente onde está concentrada a maioria dos serviços e comércio, mas no filme os protagonistas acabam por ser os lancis altos, as caixas PT, as passadeiras desvane-cidas, os passeios estreitos demais,

os pinos ao longo dos passeios, os carros a bloquear caminhos, os abatimentos dos paralelos da calçada e a ausência completa de acessos adequados para deficientes e vê-se que, apesar de a Golegã ser uma terra totalmente plana, os obstáculos encontrados no interior da vila tornam o percurso muito difícil com alguém a empurrar as cadeiras e totalmente impossível para alguém que tenha que o fazer sozinho. Um filme, portanto, alta-mente pedagógico, como disse o provedor Martins Lopes, antes de avisar que o município tem muito a fazer na questão das acessibilidades e da mobilidade e de ilustrar com o facto de o tribunal ser o único edifício público da Golegã que tem elevador.

Em palavras de gratidão dirigidas aos voluntários, Martins Lopes referiu que já antes do 25 de Abril a Misericórdia da Golegã, que faz 462 anos em 2015, vivia sob a alçada do voluntariado. Hoje, com cerca de 400 uten-tes, o seu significado solidário é ainda maior, nomeadamente para as visitas aos muitos utentes internados que raramente têm companhia, “num momento em que na sociedade cresce a desagregação das famílias”, algo especialmente notado na relação destas com os seus idosos.

A Associação “Cantar Nosso” da Golegã realizou no passado dia 8 de Dezembro na Igreja Matriz da Golegã o seu concerto coral anual.

Tal como vem fazendo há vários anos, envolveu solenidade, dedi-cando o espectáculo à padroeira

da vila e de Portugal, a Imaculada Conceição. Passaram pelo altar--mor, deliciando os presentes, vários grupos corais: Coro Jubilare de Alcanena, Coro de Câmara da Casa da Música da Golegã, Coro das Estradas de Portugal, o anfitrião Coro Polifónico da

Golegã e em relevância, na sua primeira apresentação neste templo, o Coro Juvenil da Escola de Música da Golegã que abriu o espectáculo, encantando pela juventude e pela qualidade das interpretações. A “Novena” dedi-cada a Nossa Senhora, que de 30

de Novembro a 8 de Dezembro aconteceu na Azinhaga e Golegã, envolveu várias centenas de pes-soas. O concerto encerrou com toda a dignidade esta iniciativa e o público cantou de pé, assim melhor homenageando a sua Padroeira com um tema de Frei

Acílio Mendes: Senhora nós vos cantamos.

A organização do evento teve o apoio da comunidade pastoral e do padre Bernardo José e os patrocínios da junta de freguesia da Golegã, do município e do Instituto Português do Desporto e Juventude.

Antigo hospital convertido em centro para doenças do foro psicológico

As instalações do antigo hospi-tal e centro de saúde da Golegã, encerrado desde a abertura do novo edifício, em 2013, que são pertença da Misericórdia e onde funciona o CATEI (Centro de Acolhimento Temporário de Emergência para Idosos), estão a ser reconvertidas num centro dedicado ao internamento de doentes com demência e outras situações do foro psicológico. A instituição já tem, neste momen-

to, alguns utentes destes no lar e centro de dia, mas ainda não tem uma valência diferenciada e adequada, algo que é nos dias de hoje essencial para conseguir acompanhar os avanços que têm sido feitos no tratamento destas doenças, nomeadamente da doença de Alzheimer, recorda o Provedor. Há já técnicos da Misericórdia a fazer formações sobre cuidados específicos de pessoas com doenças mentais e em 2015 já vai haver uma equipa preparada para cuidar destes utentes.

Este objectivo da Mesa Admi-nistratida da Misericórdia é para compensar a promessa do governo que vai ficar por cumprir de fa-vorecer a abertura de um centro para doentes com demência em cada distrito até ao fim do actual mandato, diz Martins Lopes.

A reconversão do espaço precisa ainda de alguns ajustes e pequenas obras para ter capacidade para albergar, pelo menos, dez utentes, mas para isso a Misericórdia precisa que o governo mostre abertura para comparticipar estes internamentos, o que ainda é uma incógnita.

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12 17 de Dezembro de 2014 – riachos

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Homenagem surpresa a Lúcia Perdigão com emoção e poesia

Um grupo de 30 amigos de Lúcia Perdigão juntou-se na Casa do Povo para pregar uma partida à poetiza riachense, no dia dos seus 78 anos, 14 de Dezembro.

A maior parte são membros do grupo de poetas da biblioteca de Alcanena, onde a Lúcia criou laços muito fortes nos últimos quatro anos. Este grupo reúne-se sempre no último sábado de cada mes para partilha de poemas e convívio: “Seja doutor ou lavrador, são todos parte da família”, disse

a Lúcia no final, ainda “emocionada, mas não envergonhada” pela surpresa.

A oportunidade foi ao também encon-tro da vontade dos amigos em transmitir ânimo a Lúcia Perdigão, num momento delicado da sua vida pessoal, disseram os conspiradores, Óscar Martins (director da biblioteca de Alcanena) e Masofi.

Recordaram-se momentos felizes e tam-bém se disseram alguns poemas da autoria da aniversariante.

Manuel Carvalho SiMõeS

No passado mês, na semana da nutrição, fui convidado para colaborar no respectivo evento na escola primária.

Escrevi doze quadras relativas, que foram lidas para aqueles que virão a ser os conti-nuadores das nossas Colectividades.

Falou-se sobre o abuso do consumo das batatas fritas, das gorduras, dos doces e dos salgados.

Como acho que o jornal é alérgico á poesia, gostava que publicasse ao menos estas três quadras e os desenhos do Filipe, para que as pessoas se acautelassem com a nutrição especialmente com os salgados…

Escuta menina e moçoNão queirais passar por tolosSe não tendes fome para o almoçoNão tens fome para comer bolos

Eu só quero manteiga e bolosBatata frita e gordura Mesmo que chamem toloComo de tudo com fartura

Eu não, como nabos e agriõesComo muita hortaliçaEspinafres e feijõesCenouras, peixes e nabiças

A semana da nutrição

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14 17 de Dezembro de 2014 – destaque

Nuno Cardoso e Alexandre Canto querem fazer mais eventos de jogos em rede

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Counter-Strike na Meia Via

A Associação Empresarial da Região de Santarém já tem o plano de formação para o ano 2015 dirigido à obrigatoriedade legal de cada entidade prestar formação profissional aos seus colaboradores.

As áreas são diversas e as inscrições e consultas de calendário fazem-se através do portal nersant.pt.

Também para os desempregados a NERSANT está a preparar um leque de acções de formação profissionalizantes, no âmbito da Vida Activa do IEFP, um pouco por todo o Ribatejo. A primeira acção, “agente em geriatria” está agendada para 18 de Dezembro, na Chamusca, para desempregados com a 4.ª classe. Em Janeiro há “técnico de vendas” em Torres Novas (4.ª classe) e “técnico auxiliar de saúde” no Cartaxo (9.º ano). O calendário completo pode ser pesquisado no portal da internet.

NERSANT apresenta formações de para empresas e desempregados A sede da Sociedade Filarmónica Euterpe

Meiaviense recebeu um torneio de Counter--Strike: Global Offensive com a participação de oito equipas e 40 gamers vindos de vários pontos do país, entre os 15 e os 27 anos.

Os dois primeiros lugares, contudo, foram equipas do concelho de Torres Novas. Os ven-cedores foram os Los Navallas (Diogo Martins, Ricardo Ferreira, Bruno Jeremias, Gonçalo Silva e João Carreira) e em segundo lugar ficaram os Backstabd. Os prémios, cedidos por empresas que patrocinaram o evento, foram tapetes de gamming e skins (itens do Counter-Strike). Em simultâneo também decorreu um torneio de PES 2015 em consola.

Os organizadores, Alexandre Canto e Nuno Cardoso, constituíram a equipa organizadora, a BS Lanparty, e no final fizeram um balanço muito positivo deste primeiro evento lanparty na Meia Via. O espaço revelou-se bom para o efeito, ficando apenas a dever ao ideal o facto de não ter havido internet durante as 24 horas em que durou o evento (12 e 13 de Dezem-bro). O objectivo da BS Lanparty é continuar a trazer a comunidade de gamers à Meia Via, nomeadamente nos períodos de férias escolares.

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15 – 17 de Dezembro de 2014 destaque

O Centro Social Paroquial de Golegã deseja um Santo e Feliz Natal e um Próspero Ano Novo

A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdiada Golegã deseja aos utentes, colaboradores,familiares, voluntários, parceiros, comerciais

e ainda toda a comunidade um

Santo Natal

desejamos as boas festas

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16 17 de Dezembro de 2014 – destaque

Pai e filho, Carlos Rebelo Lopes e Pedro Rebelo Lopes há muito que sonhavam com um projecto para a Quinta Nova

Riachos entra no mapa dos vinhos de qualidade pela marca Zé da Leonor

“Aroma discreto, floral, mineral e suavemente cítrico. Gordo e encorpado, com acidez integrada, boa secura, final intenso, cítri-co, salino, com personalidade”. Foi assim que a Revista Vinhos descreveu o vinho branco Zé da Leonor Reserva 2013, o primeiro saído das jovens vinhas da Quinta Nova, plantadas em 2011, a que deu a nota de 15,5.

Menos de um ano depois do lançamento, as primeiras 3500 garrafas com o rótulo Zé da Leonor esgotaram-se, o que, para o pro-dutor Pedro Rebelo Lopes, é um sinal muito positivo no arranque da produção deste vinho feito em Riachos com a intenção de marcar uma posição em termos comerciais, mas também que as gentes da terra “tenham orgulho nele”.

A vinha e o vinhoA vinha, plantada em 2011, ocupa

apenas quatro dos 22 hectares da quinta. Só a encosta virada para sul, sobranceira ao Almonda, apre-senta as características ideais para vinha, o resto é quase só terras de aluvião, onde se continua a cultivar milho. O produtor explica que, além de se tirar partido de uma grande exposição solar (a rápida maturação é boa para evitar as chuvas de Setembro, este ano a vindima começou a 15 de Agosto), o terreno de arenito com calhau rolado é “o melhor que se pode pedir” para a qualidade da uva; os calhaus ajudam à constância de temperatura, tanto no verão como no inverno, de dia e de noite.

O projecto “diferente” de vi-tivinicultura “tradicional” que o bisneto de José Lopes Barroso, o Zé da Leonor, idealizou, juntamente com o seu primo enólogo Filipe Sevinate Pinto, parte da premissa da primazia da qualidade sobre a quantidade, querem um projecto de pequena/média dimensão, coe-rente com a dimensão da Quinta Nova, que ostente, no sabor e na identidade, claramente as marcas do Tejo, Riachos e qualidade.

Situada mesmo à porta da adega, a vinha é chamada de “tradicional” por várias razões: a disposição em altura que impede, além de dores de costas, contaminações e permite uma maior produtividade, os postes de madeira, o que hoje em dia rareia, e a vindima feita à mão. E depois há as práticas e o manuseamento: não se faz mobilização do solo, faz-se antes um enrelvamento para a menor erosão da terra e maior enraizamento, assim como menor

consumo de água. Há cuidado com a biodiversidade existente, garante Pedro Rebelo Lopes, utilizando-se produtos fito-farmacêuticos apenas “mediante uma necessidade efectiva”. Isto implicará o acompanhamento constante e dá algumas dores de cabeça, mas a ideia é ter uma vinha “o mais sustentável possível, o mais ambientalmente interessante com a maior qualidade possível”, o que não é óbvio em todas as vinhas.

Os produtores planearam me-ticulosamente todos os detalhes da exploração, tendo em vista o produto idealizado. Os vinhos brancos querem-se cada vez “mais frescos mas estruturados”, diz o jovem empreendedor. Com dois anos e meio, a vinha da Quinta Nova, só de uvas brancas, deu 3500 garrafas. A produção de 2014 já vai dar umas 10 mil garrafas e ainda tem uns cinco anos de crescimento antes de estabilizar.

O vinho branco reúne a acidez do arinto, a estrutura do gouveio (ou verdelho) e o aroma do viognier. As três castas foram escolhidas a dedo e a última, francesa, é o toque de mestre; apesar das podridões frequentes e da quase extinção dos anos 60, esta casta tem pou-cos produtores e é cada vez mais procurada, porque dá “um nariz extraordinário ao vinho”.

Para os tintos e para o rosé (no

princípio do ano saem o rosé de 2014 e o tinto de 2013) a fórmula inclui touriga nacional, alicante bouschet, cabernet sauvignon e syrah e a uva é comprada a um produtor da Zibreira. Dada a exi-guidade dos terrenos, procurou-se um produtor que tivesse um solo parecido o da Quinta Nova e que não ficasse muito longe.

O primeiro lote de tinto da casa vai lançar seis mil garrafas, um vinho “encorpado mas não muito agressivo na boca”. Os parâmetros antecipados pela parceria entre primos revelaram-se à altura nos resultados.

A adega É uma adega mista entre o tradi-

cional e o moderno e tudo é feito com apenas duas pessoas, o próprio Pedro Rebelo Lopes e um empre-gado da Quinta, João Alcobaça, que trabalham “lentamente, com tudo orientado para a qualidade”. O ex-libris da adega é uma velha prensa hidráulica vertical de uma marca muito comum nas velhas adegas industriais, mas que já não existe, é a metalúrgica FAS, de Torres Vedras. Com a sua bomba de dois cavalos, prensa as massas com a ajuda do peso da água e permite tirar mais cor (no caso do tinto) e aroma das uvas. Demora mais do dobro do tempo que as modernas

prensas pneumáticas, dá muito mais trabalho e é praticamente uma peça de museu, adquirida numa adega que fechou, mas Pedro Rebelo Lopes não prescinde dela.

Outros pontos-chave do desígnio da qualidade do vinho são a fer-mentação a frio, o lagar para pisar a pé parte das massas (torna o vinho mais encorpado) e a transição para a cave por gravidade (“quanto menos batidos melhor”). Aqui, parte do vinho fica a estagiar em barricas de carvalho francês, que “arredonda o vinho”, outra parte em garrafas.

A marcaNão é barato “mas é um preço

justo, até baixo para o vinho que é” assevera o produtor quanto aos 4,49 euros de PVP estabelecido para a primeira colheita. Num mercado nacional em que mais de 90% dos vinhos têm preços inferiores a 5 euros, a ideia é colocar o Zé da Leonor ainda neste intervalo, de forma a que se torne concorrencial.

Não se equaciona a venda nos supermercados porque não existe volume suficiente e porque “des-virtuaria um bocado o projecto... se quisermos encontrar um vinho diferente, vai-se a uma garrafeira”. É um vinho de nicho, que através de distribuição própria vai ser vendido no distrito de Santarém e em Lisboa e Porto, e daqui a

uns anos procurará a exportação.Para já, meia dúzia de restaurantes

mais meia dúzia de garrafeiras e lojas de produtos gourmet em Torres Novas, Golegã, Entroncamento e Lisboa, onde ainda haverá algu-mas garrafas, foram as primeiras “cobaias” de uma experiência que estava fadada a ser bem sucedida.

O facto de a CVR ter atribuído a chancela “Reserva” (uma desig-nação de qualidade, mais do que de idade) a um vinho de uma adega nova e de uma colheita de primeiro ano também não é comum. Mas o vinho da Quinta Nova é para ser bebido, não é para guardar, aconselha Pedro Rebelo Lopes: “bebam-no, não o guardem, porque um vinho bom é para se beber e também porque os Zé da Leonor vão ser melhores nos próximos anos”.

A concorrência não é fácil, porque todos os anos aparecem marcas novas de bom vinho. Além disso, ser um vinho novo do Tejo não é o mesmo que ser um vinho novo do Douro ou do Alentejo. Apesar de já haver mais atenção para regiões como Lisboa, Bairrada e Tejo, a verdade é que a popularidade destes vinhos ainda sofre das dores da herança da história.

“É difícil concorrer de peito aberto numa garrafeira de Lisboa. Para o cliente é mais uma marca

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17 – 17 de Dezembro de 2014 destaque

As características da vinha e os métodos de produção permitem antecipar um futuro risonho para o branco, classificado “reserva” logo no primeiro ano A eira da Quinta Nova, que vai ser mantida, faz parte da memória colectiva riachense

do Tejo que ninguém conhece. O Tejo é uma marca que ainda está a afirmar-se aos poucos”. Por estas razões é límpido: vender 3500 garrafas foi muito bom.

“Normalmente [quando se pensa em Tejo] pensa-se em Almeirim ou Alpiarça e esquece-se que a região vai até Tomar. Há aqui vinhos mais próximos da serra que não têm nada a ver com o vinho de areia, são diferentes”. E em Riachos, Torres Novas, Entroncamento e Golegã, “há um pólo que achamos que faz sentido. Fazem-se vinhos de quali-dade em todo o país, porque é que não se há-de fazer em Riachos? E estamos a conseguir”.

“Queríamos que fosse orgulho-samente um vinho de Riachos”. Ser de Riachos tem a intenção de as pessoas se identificarem com ele, mas também porque existe uma mais-valia comercial nisso. No mundo dos vinhos, uma marca como Zé da Leonor atribui um tom regional, castiço, tradicional e atiça a curiosidade do consumidor para saber mais sobre este produto proveniente de uma vila no meio do Ribatejo. Nas provas que foram feitas em Lisboa, as pessoas per-guntavam quem é o Zé da Leonor e onde é Riachos. “Bem, a verdade é que muita gente em todo o lado

conhece Riachos, mas este é um pretexto para contar uma história verdadeira e criar uma aura de envolvência”. A frase adoptada para o rótulo foi “A marca da nossa história”, que história? “Para mim é a minha história, para si é a história de Riachos, para Lisboa é a história de uma região… isto vai ao encontro do que é o vinho, um produto histórico. A pessoa quer beber um vinho bom, mas também quer saber a sua história”.

A criação da marca foi pois planeada com medida. Mais ou menos no momento em que plan-tou a vinha, Pedro Rebelo Lopes, 33 anos, geógrafo de formação e agricultor de profissão (em Aljustrel e Riachos), que nunca antes tinha feito vinho, apesar de sempre o ter bebido, fez uma pós-graduação em “Wine Business”, ou seja, a gestão da vitivinicultura e o negócio do vinho.

A quintaTodo o olival que existia na

encosta da vinha foi transplantado para diversos sítios, com o lamento de uma ou outra oliveira não ter sobrevivido à mudança. No lado oposto da quinta permanecem dezenas de velhas oliveiras plan-tadas pelo bisavô, esse não será

arrancado, em parte por questões de afectividade.

É nesta zona que está a eira mais famosa de Riachos, como Pedro Rebelo Lopes bem repara com tanta gente que o tem abordado, cheia de curiosidade sobre o que agora lá se faz. Tão famosa, que a velha quinta até ficou, durante muito tempo, mais conhecida por ‘a eira’. Frequentada durante décadas por piqueniques, passeios, banhos no Almonda e outros prazeres – até festas populares lá foram feitas nos anos 80 e encenações das práticas da lavoura que encerravam mais importância social antes da chegada em força da mecanização dos campos, normalmente por ocasião de Festas da Bênção do Gado - elegendo este como um dos sítios mais bonitos da fregue-sia para se desfrutar de paisagens naturais e da estreita ligação ao rio e aos campos. É para manter intocada, garante o proprietário, pela sua beleza e pela memória. Já as velhas fachadas, tanques e a chaminé da antiga destilaria que, para quem tem menos de 40 ou 50 anos, nunca passaram de sombras vindas de tempos antigos que, em conjunto com a velha muralha de terra em frente ao Galera (agora restaurada com os materiais moder-

nos) ali faziam de guarda à eira, o proprietário revela que ainda não sabe o que lhes vai fazer. Mas a memória colectiva sobre a Quinta Nova vem de mais atrás.

A importância social que a Quinta Nova teve noutros tempos reporta, claro, à agricultura. Zé da Leonor, que a fundou pela compra da parte dos terrenos de cultivo da Quinta da Várzea, foi um dos lavradores influentes de Riachos num tempo em que o tecido social se regia pela economia de meia dúzia de grandes lavradores. Na sua quinta trabalharam famílias e gerações inteiras.

Não foi há muito tempo que ali se produziu uma das últimas culturas mais específicas da região: o cânhamo. Foi um dos sítios do país onde se produziu mais cânha-mo nas décadas de 1940 a 60, no programa nacional de produção desta fibra que era encomendada pela Fiação e Tecidos, também ela agora já só uma memória a apagar-se na gente. A proximidade ao rio, onde se fazia a maceração das canas, assim o permitiu.

Depois do cânhamo, o vinho pode marcar a vida desta quinta. Pedro Rebelo Lopes não enjeita uma eventual abertura para fins pedagógicos e educativos no futuro,

talvez com um regime de visitas para mostrar como se faz o vinho. Para já, o projecto ainda mal começou e só daqui a cinco ou seis anos é que todo o seu potencial será bem espremido.

Riachos é a terra da sua família paternal, onde nunca morou mas onde diz sentir as ligações familiares. O pai, Carlos Rebelo Lopes, nasceu aqui, por isso na infância passava cá as férias, a avó era a Laura da padaria do Zé da Laura, na rua Menino de Deus. Lembra-se de muita coisa, mas entre a adolescência e a plantação da vinha, deixou de cá vir. A quinta esteve arrendada muitos anos mas na família sempre se falou em fazer aqui alguma coisa. O vinho foi dominando cada vez mais as conversas e a ideia a fazer sentido, mas parecendo sempre uma coisa longínqua. Até que a propriedade da quinta ficou para o pai e começaram a trabalhar.

“Há um espírito muito aguerrido em Riachos, eu falo com algumas pessoas mais velhas e vê-se que têm orgulho nas coisas. Ainda há aqui pessoas muito ligadas à terra”, repara Pedro Rebelo Lo-pes. Agora quer que as pessoas consumam o seu vinho e “que tenham algum orgulho nele”.

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João Lopes na companhia de outros trabalhadores, durante uma pausa no trabalho na Renault, em 1983

Com a modernização, o trabalho mudou. “Se eu lá tivesse ficado, não sei o que me aconteceria”

João Craveiro Lopes: “tive que me amandar à água para atravessar para Espanha”Contos de emigração (4)

O ano era o de 1969. Tempo frio, inverno, dias sombrios pela falta de sol e pela falta de esperança.

Estação dos comboios do En-troncamento, perto da meia-noite do dia 3 de Fevereiro.

No bolso, 12 contos de reis. Era mais do que se ganhava num ano e meio de trabalho.

Com 28 anos de idade, João Craveiro Lopes fazia companhia a Júlio Pilricho. Ali esperavam o comboio que os levaria para o Porto, depois para Chaves, depois para Paris e depois para uma vida com dignidade.

Passaram 45 anos. João Lopes já está à porta de casa quando eu chego. Sentamo-nos frente a frente. “Sabes, Zé António, eu não me lembro de muitas coisas”. Eu sei. Sei que, 45 anos depois, os acontecimentos não podem estar frescos. Sei que a memória, por vezes, nos atraiçoa. Sei tudo isso, mas “estamos só a conversar sobre um passado distante, sobre uma história de emigração”.

E João Lopes começa pelo prin-cípio. Sem passaportes, sem docu-mentos, os dois amigos iniciam a viagem de comboio.

o saltoChegámos ao Porto às tantas

da manhã, depois embarcámos noutro comboio para Chaves, onde chegámos quase às 8 horas da noite. Fiquei espantado. Nunca vi tanta polícia da PIDE como lá.

Já lá tínhamos um quarto para ficar nessa noite porque o pas-sador vinha de França e devia chegar no dia seguinte para nos levar. O problema é que caiu um nevão, ele não conseguiu passar e nós ficámos à espera. A dona da pensão aconselhou “vocês não vão para a rua, senão a PIDE ainda vos apanha”. Ficámos ali 2 dias em Chaves.

Então o passador era francês?

Não. Era português mas morava em França e não conseguiu fazer a viagem por causa da neve. Ele ia ter connosco a Espanha para nos levar até Paris e quem nos ia passar de Chaves para Espanha era um padeiro a quem pagávamos 1000 escudos.

No segundo dia na pensão apa-receu um espanhol, chofer, que ouviu as nossas conversas e disse que nos levava de Espanha até à

casa de Paris por 2500 escudos cada um.

Mas ainda faltava atravessar a fronteira entre Portugal e Espanha…

Aí foi o tal padeiro que nos passou. A fronteira era a 12 Km e tínhamos que atravessar um rio com 6 ou 7 metros de largura.

O Pilricho ainda atravessou às cavalitas no padeiro. Eu fiquei à espera, mas apareceram os polícias portugueses e nessa altura é que tive medo. Atirei o saco com a roupita que levava para o lado espanhol e tive que me amandar à água para atravessar para a outra margem. Molhei-me todo mas escapei da polícia. Era inverno e o que valeu foi a roupa que levava no saco – 1 par de calças, duas camisas e meia dúzia de pares de meias e cuecas – para poder continuar a viagem seco.

Já do lado espanhol os guardas que nos viram disseram “aqui é todos os dias isto, vocês sigam viagem”, foram uns gajos porreiros.

Já na Espanha, João Lopes precisa de continuar viagem. O taxista espanhol já os espera, Júlio Pilricho mostra-lhe um papel com a morada do pai, Carlos Pilricho, em Paris, e faz-se o acordo. O taxista recebe os 5 contos combinados para levar os dois riachenses de carro para França. Chegam até San Sebastian (no país Basco), mas um nevão impede-os de avançar até Paris. A dificuldade é resolvida com o taxista a comprar dois bilhetes de comboio e a dar as indicações para seguirem até Paris, com uma recomendação especial “quando chegarem à estação de Austerlitz, em Paris, apanham um táxi, mas não vão com um condutor português, escolham um francês que vai levar 35 francos pelo transporte”.

Nós seguimos as instruções do passador taxista. Desembarcámos em Austerlitz no dia 6 de fevereiro às 11 e meia da noite procurámos um táxi, mostrámos outra vez o papel com a morada e seguimos viagem.

Ó pá! Então não é que a viagem custou mesmo 35 francos! O gajo, o nosso passador, estava tão prático naquela coisa que já sabia os preços todos.

Já em FrançaChegámos os dois a casa do pai do

Júlio. Eu fiquei lá uma noite, duas, depois três e o velho Pilricho – se te lembras dele, Zé António, sabes

como é que ele era – vai assim “ó pá, temos que chamar o Joaquim Alberto para te vir buscar”, porque eu era para ir para casa do Joaquim Alberto, mas eu não tinha papéis, não tinha nada, não sabia a morada nem o telefone. “Deixa lá, que isso resolve-se”. Foi ter com o Canum que lhe deu o número de telefone do Joaquim Alberto e depois foram-me lá buscar.

Antes de mudar ainda fomos à secção da polícia que estava no bidonville de Champigny, que era ali a 10 Km, e eles passaram-me os papéis provisórios para eu poder andar legal em França.

Fui então morar para a casa de

Colombes, a famosa casa de Colom-bes, onde estava o Joaquim Alberto. Nesse mesmo dia, depois de almoço, fomos os dois à Renault que era a 60 Km dali, mas eles só aceitavam trabalhadores com todos os papéis legalizados.

O processo de legalização iria demorar 40 dias. Com todos os documentos na mão, João Lopes inicia o seu trabalho na Renault no dia 19 de Março de 1969. A sua tarefa era a lavagem de peças dos automóveis, guarda-lamas, capots e outras, para entrarem na pintura.

Ao fim de um mês sentia-me

doente, sem força, por causa dos vapores e dos produtos químicos. A minha sorte foi aparecer o enfermeiro que todos os meses tirava análises ao sangue aos trabalhadores da lavagem e da pintura. Logo nesse dia, duas horas depois da análise mudaram-me de trabalho.

Depois fui pendurar as peças numa chaine, como é que se diz em português?

Deve ser uma linha de montagem.

Pois, é a linha de montagem, que tinha 2 km e tal de comprimento. Eu pendurava as peças à saída do forno. A tinta era aplicada a

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19 – 17 de Dezembro de 2014 riachos

400 graus, as peças vinham muito quentes e tínhamos umas luvas muito grossas para esse trabalho. As peças metálicas levavam ali uma primeira pintura para depois irem para o estrangeiro, onde os carros eram montados.

João Lopes esteve sempre a trabalhar na Renault, durante os 17 anos de vida de emigrante. E conta algumas das histórias desses tempos.

as históriasUm ano depois de eu chegar,

estava na casa de Colombes, com o resto da canalha quando batem à porta. Um dos moradores vai ver quem é e chama “anda cá João, que está aqui uma senhora”.

Eu pensei que devia ser engano e não era para mim, mas fui ver.

Quando chego à porta quase dou um salto de surpresa: era a minha mulher com a minha filha Teresa ao colo!

Foi uma festa!E, ainda por cima, aconteceu

no dia 6 de fevereiro de 1970, exactamente um ano depois de eu ter chegado.

Já tínhamos combinado a ida, mas eu não sabia que ela chegava nesse dia, porque naquele tempo não havia telemóveis.

A mulher de João Lopes é Conceição Gomes, conhecida de todos por São Perna Atrás, que tinha na ocasião 30 anos e que levava a filha Teresa com 4 anos de idade. Depois desta chegada surpreendente, ainda viveram um mês no apartamento de Colombes. Transferiram-se,

então, para um quarto de hotel onde viveram 3 anos, até que a mulher de João Lopes conseguiu emprego como porteira num edifício da Renault e ficaram a viver num apartamento desse prédio.

os porquêsComo é que se decide deixar

a mulher e a filha e abalar para o estrangeiro?

Olha, eu era chofer nas Pada-rias Reunidas, ganhava pouco, trabalhava sempre de noite e não tinha um tostão comigo.

Morava ali ao pé de ti e tinha feito esta casita, mas o dinheiro do ordenado não chegava para a prestação. Depois a minha mulher ficou desempregada.

O que é que eu havia de fazer? Decidi tentar a sorte noutras paragens.

Durante o tempo em que esteve em França como emigrante tinha intenção de ficar por lá?

Eu até gostava lá daquilo, mas a minha filha Teresa tinha acabado o curso de cabeleireira, a outra filha, a Alda estava a entrar para a escola. Era a altura de tomar decisões.

Eu não sei onde é que eu ia parar. E também não sei o que ia acontecer na Renault, porque aquilo começou a desaparecer tudo.

Só para tu veres, a Renault tinha 48 mil empregados em Bolougne – Billancourt e no prazo de 10 anos acabou tudo. Se eu lá tivesse ficado, não sei o que me aconteceria.

Foi a viragem da modernização.

Só na minha área de trabalho havia 600 operários, quase todos vietna-mitas, a lixar as peças para pintar. Puseram lá um robot e acabou com o trabalho dessas 600 pessoas.

E valeu a pena?

Valeu! Então não valeu a pena, porra!

Se eu não fosse lá não tinha a vida que tenho. Se eu não tivesse sido emigrante não conseguia ter a reforma que tenho.

E o que se aprende sobre a vida em França é outra coisa. Eu trabalhei com toda a espécie de estrangeiros, do Vietname, da Argélia, de Marrocos, da Tunísia e nunca tive problemas.

Valeu a pena e tenho muito orgulho em ter sido emigrante em França.

( José Tomé, depoimentorecolhido em Agosto de 2014)

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TER procura novos elementosTeaTro

A vila de Riachos, ligada ao teatro desde longa data, viu nascer em Setembro o grupo amador de teatro TER - Teatro Experimental de Riachos. Assim, o TER passa a ser uma realidade no espaço teatral em Riachos, que surgiu depois de várias tentativas para a reactivação do GRUTAR, grupo que existiu entre 1978 e 1996, e ganhou força após a realização das peças Povoação Vende-se (2012) e Antígona (2013), de onde saiu grande parte dos elementos do novo grupo.

Através de um protocolo com O Riachense - Cooperativa Edi-tora e de Promoção Cultural, o grupo TER ficou a fazer parte integrante desta colectividade da vila riachense. Célia Correia, presidente da referida cooperativa, salienta que “vi nesta integração

uma mais-valia para a cooperativa O Riachense, a nível cultural e de promoção, pois sempre foi meu objectivo dinamizar a mesma a esse nível”.

José Rito, presidente do TER e antigo elemento do GRUTAR, refere que “este grupo foi criado por uma forte vontade de várias pessoas que têm no seu currículo vários projectos. É um grupo constituído por um leque de pessoas com diversos níveis de conhecimentos e experiências a nível profissional e teatral, oriundas de várias localidades, tais como Alcanena, Chamusca, Entroncamento, Malhou, Meia Via, Riachos, entre outras. Que-remos que mais pessoas se juntem ao TER para que este se possa tornar num grupo de referência constituído por indivíduos cujo objectivo primeiro é o de fazer

teatro. Assim, grita-se em apelo às inclinações artísticas que por aí andam escondidas”.

Neste contexto sugere então

que “todos os interessados em integrar esta equipa se dirijam à Casa do Povo, às 4.ª e 5.ª feiras, a partir das 21 horas”.

Em preparação, está já a peça As Espingardas da Tia Carrar, uma adaptação da famosa obra de Bertold Brecht, cuja data de estreia será brevemente anunciada. Encenada por Masofi, director artístico do TER e também, antigo elemento do GRUTAR, a escolha da peça não foi inocente, pois “a história está a celebrar o 75.º Aniversário do fim da Guerra Civil Espanhola.”

No plano de actividades previsto para a sua primeira temporada 2014/15 salienta-se a vinda a Riachos de vários espectáculos teatrais, englobados no 1.º ciclo teatral VIrVER TEATRO COM AMIGOS, bem como a realização

de um concurso de “Textos Para Teatro” a partir de Fevereiro de 2015.

Para além destes, o TER quer também, a médio/longo prazo, promover formação e investigação teatral. O TER, querendo envolver toda a comunidade a nível cultural, tem desenvolvido protocolos com vários estabelecimentos comerciais locais, que permitem aos titulares do Cartão Amigo TER, aceder a descontos nos bilhetes dos espec-táculos, bem como em alguns dos serviços prestados pelos estabele-cimentos aderentes.

O Cartão Amigo TER pode ser adquirido em Riachos no jornal O RIACHENSE, no salão de cabeleireiros Vera Nunes e na loja de informática Xtremetek (junto ao supermercado).

Page 23: Edição 759 17 dezembro 2014

23 – 17 de Dezembro de 2014 publicidade

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de Ana Isabel Ferreira Grubinger e Michael Grubinger

A todos os nossos Clientes e Amigos desejamos Boas-Festas de Natal e Ano Novo

Largo Manuel Simões Serôdio, 2Telefone: 249 829 708 - 2350 RIACHOS

Deseja Feliz Natal e próspero Ano Novo a todos os Clientes e AmigosRua Dr. José Moreira, 42 • Riachos (perto das escolas) Tel. 249 820 632 / 914 617 270

Cabeleireiro Matilde

cabElEirEiroDeseja a todas aos seus Clientes

e Amigos, Feliz Natal e Bom 2015Rua Menino Deus, 2 - A • 2350 RIACHOS • Tel. 914 431 957

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A todos os nossos amigos e clientes, umas Boas Festas!

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Page 24: Edição 759 17 dezembro 2014

24 17 de Dezembro de 2014 – destaque

Sociedade VelhaFilarmónica Riachense

Os órgãos sociais e músicos desta colectividade desejam a todos

votos de Boas festase um próspero Ano Novo

O Rancho Folclórico “Os Campo neses” de Riachos, agradece aos seus antigos

e actuais Componentes, Amigos e a todos os que se interessam pelo Folclore

de Riachos, o apoio dado no decorrer do ano de 2013, desejando os melhores

“VOTOS DE BOAS FESTAS E UM FELIZ ANO DE 2015”

Rancho FolclóRico

“os camponeses”de Riachos

Deseja a todos Boas Festas de Natal

e de Ano Novo

Núcleo de Arte de Riachos

MOTOCLUBE“OS TESOS

DO RIBATEJO”Os órgãos sociais d’“Os Tesos”,desejam a todos os sócios, amigos e populaçãoriachense,BOas FesTas e PrósPerO anO nOvO

CLUBEATLÉTICO

RIACHENSE

Desejamos aos atletas, sócios, patrocinadores e população riachense, Boas Festas de Natal

e Ano Novo

deseja a Todasas Famíliase Associadosum Santoe Feliz Natal

O JardimInfantil de Riachos

deseja a todos os seus associados, familiares e riachenses em geral um Feliz Natal e Próspero Ano Novo

Clube de Caçadoresde riaChos

Bênção do GadoAssociação Cultural

Deseja a todos os riachenses Feliz Natal

e Bom Ano Novo

Deseja a todosos Sócios, famílias

e estimadoscolaboradores, um Bom 2015

Centro SoCial Paroquial de Santo antónio de riaChoS

deseja que todos possam viver o nascimento do Menino no calor

dos afectos, sejam eles familiares ou institucionais. que os sentimentos

de solidariedade que abundam nesta época possam ser semente dos nossos actos ao longo de todo o próximo ano de 2015. FeliZ natal!!

Deseja a todos os clientes e amigos um Feliz Natal

A Taberna do Maltezrestaurante

Rua da Alagoa, 44 • AZINHAGA • Tel. 249 957 057

AgriculturA • PecuáriA • JArdim • APiculturAPescA • AnimAis de estimAção • BricolAgeRua José Castelo Lopes, 4 – Edif. Columbófila RiachosTel. 249 836 155 • E-mail: [email protected]

Boas Festas

A todos os assinantes, leitores, anunciantes e colaboradores, desejamos uma boa época festiva

A Concha do LarVestuário – Adereços – decorAção pArA o LArRua Menino de Deus – 2350 Riachos – Tel. 249 829 628

Feliz Natal

Page 25: Edição 759 17 dezembro 2014

25 – 17 de Dezembro de 2014 destaque

AssemBleiA de FreguesiA de riAcHos

editAlJosé Manuel Pereira Martins, Presidente da Mesa da Assem-

bleia de Freguesia de Riachos, Concelho de Torres Novas, em cumprimento do disposto no Artigos 11.º e do n.º 1 do Artigo 14.º do ANEXO I a que se refere o n.º 2 do Art.º 1.º da Lei n.º 75/2013, de 12 setembro, torna público que a quarta sessão ordinária da Assembleia de Freguesia do presente ano, se realizará no dia 23 de dezembro de 2014, pelas 21H00 horas, no salão da casa do Povo, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Apreciação e votação da acta da sessão ordinária anterior (30.09.2014);2. Apreciação e votação das opções do Plano de Actividades e da Proposta de orçamento a apresentar pela Junta de Freguesia, para o ano de 2015;3. Verificação e votação do mapa de Pessoal da Junta de Freguesia;4. Apreciar os documentos sobre a situação financeira e relatório de actividades da Junta de Freguesia;5. Apreciar e votar o modelo de acordo de execução da dele gação de competências, apresentado pela câmara municipal de torres novas; 6. informações.A representação da Junta de Freguesia e participação dos

seus membros na sessão far-se-á de acordo com o disposto na legislação em vigor.

O carácter público da sessão será observado em estrita obe-diência ao disposto no articulado da lei vigente, para o que se faz constar e se publica este edital e idênticos, que vão ser afixados nos lugares públicos habituais.

E eu, José Manuel Gonçalves Ferreira, secretário, o subscrevi.

Riachos, 11 de Dezembro 2014O Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia

José Manuel Pereira Martins

sociedAde VelHA FilArmónicA riAcHense

ASSEMBLEIA-GERALconVocAtóriA

Ao abrigo do artº 18º do Estatuto, convoco a Assembleia--geral Ordinária para uma reunião que terá lugar na sede da colectividade na Rua de Santo António, 12, Riachos no dia 02 de Janeiro de 2015 pelas 21H00, com a seguinte ordem de Trabalhos:

1. Aprovação de contas referente ao ano de 20142. outros assuntos

Nota: Não estando presentes 2/3 dos associados, a Assembleia realizar-se-á 8 dias depois (09-01-2015) na mesma hora e local com qualquer número de associados.

Riachos, 13 de Dezembro de 2014O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

António Augusto Lopes Coelho

cooPerAtiVA editorA e dePromoção culturAl, crlAssemBleiA gerAl ordináriA

Nos termos dos Estatutos de O Riachense – Cooperativa Editora e de Promoção Cultural, CRL, com sede na Rua dos Cingeleiros, 8, Riachos e na qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia Geral convoco todos os coope-rantes para uma Assembleia Geral Ordinária a realizar no próximo dia 9 de Janeiro de 2015, sexta-feira, pelas 21h30 na sua sede com a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto um - discussão e votação do orçamento e Plano de Actividades para 2015

Ponto dois - outros assuntos de interesse para a cooperativa

Riachos, 15 de Dezembro de 2014O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Carlos António Lopes Tomé

De acordo com os Estatutos, pela faculdade conferida pelo artº 32º da secção I do capítulo V, convoco a Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 19 de Dezembro de 2014, pelas 21.00 horas, na sede do Clube de Caçadores de Riachos, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. discussão e votação do Plano de Actividades e or-çamento para o ano de 20152. outros assuntos de interesse para o clube

Se à hora marcada não houver número Associados presentes para o regular funcionamento da Assembleia, convoco a mesma para funcionar 30 minutos depois com qualquer número de Sócios.

Riachos, 15 de Novembro de 2014O Presidente da Assembleia-GeralJoaquim Martinho dos Santos Dias

cluBe de cAçAdoresde riAcHos

AssemBleiA-gerAl ordináriA

conVocAtóriA

EntrE no mundo

da massagEm tErapêutica

dEsfrutE da qualidadE dos chás E sumos naturais

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Junta de Freguesia

de chancelariaDeseja a todos,

especialmente aos habitantes da freguesia de Chancelaria

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os Clientes e AmigosFestas Felizes de Natal

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Page 26: Edição 759 17 dezembro 2014

26 17 de Dezembro de 2014 – escola chora barroso

vítor Gomes

Prémios do Derby Columbófilo entregues

Desporto Escolar em ação

Rodas Dançantes – Promover a DIFERENÇA

Livros, histórias e escritores: a feira do livro no agrupamento de escolas artur gonçalves

Ação de Sensibilização sobre Empregabilidade e Formação para professores do Agrupamento Artur Gonçalves

Alguns elementos da Direção da Sociedade Columbófila Riachense estiveram presente no Auditório da Escola Chora Barroso, no passado dia 5 de dezembro, para entregar, numa cerimónia simbólica, os che-ques correspondentes aos prémios do Concurso “Derby Columbófilo”, lançado no ano letivo 13-14 e que premiou cinco alunos das escolas

com 100 euros em material escolar.Assistiram a esta pequena ce-

rimónia duas turmas do Centro Escolar de Riachos e três turmas da Escola Chora Barroso, as turmas dos alunos premiados. Foi apresentado aos presentes um pequeno filme das ativi-dades realizadas e os diretores da Columbófila agradeceram a

colaboração prestada pelas coor-denadoras das duas escolas, bem como a participação dos alunos, voltando a referir a importância da Columbofilia em Riachos e não só. Manifestaram ainda o desejo de repetir ou mesmo ampliar esta atividade, proporcionando a mais alunos o apadrinhamento de um pombo do Derby.

Decorreu no auditório da Escola Básica Dr. António Chora Barroso, no passado dia 19, uma “Ação de Sensibilização sobre Empregabili-dade e Formação” que contou com a presença de diversos professores do Agrupamento, entre eles alguns Diretores de Turma cujas turmas integram alunos com Necessidade Educativas Especiais. O Departa-mento de Educação Especial, em parceria com a União de Centros Infantis do Distrito de Santarém (UNICRISANO), a Direção do Agrupamento e outros, deram assim a conhecer as diversas saídas profissionais ao dispor dos alunos abrangidos pelos programas em vigor. Contámos, ainda, com alunos e pais de alguns jovens e empresários, na assistência.

As questões da empregabilidade de jovens NEE com Currículo Específico Individual e as respostas existentes nos centros de recursos, foram amplamente discutidos e objeto de algumas intervenções por parte da assistência, originando um debate esclarecedor e produtivo.

No âmbito dos protocolos entre o Centro de Reabilitação Infantil

de Tores Novas (CRIT) e algu-mas empresas da região, foram apresentados três casos de sucesso, por alunos e uma encarregada de educação, que deram conta do seu percurso e da importância da for-mação tida, tendo-lhes permitido integrar o mundo do trabalho.

O balanço desta ação revelou--se bastante positivo e a replicar

No âmbito da comemoração do “Dia Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência”, no dia 4 de dezembro de 2014, o Depar-tamento de Educação Especial do Agrupamento de Escolas Artur Gonçalves, dinamizou uma atividade alusiva à DIFERENÇA.

A Escola Básica Dr. António Chora Barroso – Riachos teve a honra de receber o grupo de dança do Centro de Apoio a Deficientes João Paulo II, de Fátima. O grupo designado por “Rodas Dançantes” presenteou a comunidade educa-tiva com uma apresentação de um pequeno excerto de um espetáculo intitulado “A Força das Palavras”.

“Força das Palavras” é um es-petáculo de dança, que resulta da fusão das Palavras com o Corpo.

Corpos heterogéneos movem-se ao som da poesia de José Manuel Neves (um dos bailarinos do grupo), estimulando à reflexão intrínseca, ao despertar dos sentidos e à liber-tação de sentimentos profundos.

Após a apresentação, realizou-se um lanche convívio entre todos

os participantes e os alunos, pro-fessores e técnicos das Unidades de Multideficiência 1 (do CER) e 2/3 (da EACB).

O muito obrigado a todos os que estiveram presentes e em especial ao grupo “Rodas Dançantes”.

O Dep. Educação Especial

Ao longo de 7 dias, entre 27 de novembro e 5 de dezembro, os livros estiveram presentes nas bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas Artur Gonçalves. E com os livros vieram os escritores, os contadores de histórias, os voluntários de leitura e muita magia, só possível na casa onde os livros são heróis. Mas a Feira do Livro também se faz de alunos e professores e pelas bibliotecas passaram as turmas, que folhearam, descobriram e se deixaram encantar pelas novidades editoriais. O concurso “No roteiro das histórias” permitiu descobrir livros fantásticos, um por cada dia da Feira, e o Concurso de Provér-bios criou momentos de partilha da tradição popular portuguesa.

Foi com muito empenho, interesse e enorme entusiasmo que os nossos alunos receberam os escritores que visitaram as nossas bibliotecas: a escritora Carla Maia de Almeida que nos trouxe histórias em torno do livro Onde moram a as casas e que ficou encantada com os alunos do 6º ano que a receberam com música e trabalhos sobre a sua obra; a escritora Ana Paula Lopes que para além de promover o seu primeiro livro, Açúcar e Canela,

conseguiu envolver magnificamente alunos do 10 º ano com a descrição que fez das personagens criando, nos presentes, a vontade de o ler; a escritora Manuela Ribeiro esteve com alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo do Centro Escolar da Meia Via e a encenação que fez com as rimas que estão no seu livro Uma letra, mil palavras fez com que a pequenada aderisse bem à atividade.

Não menos empolgante foi a presença da contadora de histórias Saphir Cristal que, com o seu avental mágico, levou todos os alunos do Centro Escolar de Riachos numa viagem mágica repleta de música e livros de encantar.

E como a leitura se faz também de partilhas, partilhamos leituras com pais, professores, famílias e até com a Biblioteca Municipal (“A grande fábrica das palavras” e “Boa noite, mocho!”).

A Feira do Livro terminou com chave de ouro, com o lançamento do Livro O Museu de Imagens na Imprensa do Romantismo, do professor António Ribeiro, e com a presença de vários convidados e elementos da comunidade educativa.

E assim se leu, se sonhou, se cresceu...!

O projeto do Desporto Esco-lar, como já é hábito na escola, dá continuidade às modalidades iniciadas em anos letivos anterio-res. A novidade é o basquetebol feminino. Os treinos começaram em Setembro e são semanais, num total de 3 tempos.

Os torneios de abertura/compe-tições começaram em novembro. Esta semana organizámos 2 com-petições de Boccia, na 4ª e na 5ª feira. Contámos com a presença de outras escolas / instituições – Escola Alexandre Herculano, de Santarém; o C.R.I.T. (Centro de Reabilitação e Integração Torre-

jano); a Escola Maria Lamas, de Torres Novas; a Escola D. Miguel de Almeida, de Abrantes; a Escola Dr. Manuel Fernandes, de Abrantes e a Escola D. Nuno Álvares Pereira, de Tomar. Para terminar a semana organizámos também, o Corta--Mato Escolar, para apuramento dos representantes na fase seguinte.

Todas estas atividades correram bem, pois todos os in-tervenientes participaram com empenho e boa disposição.

Para a última semana de aulas está previsto um torneio de basquetebol, para o 2ºe 3º ciclos.

Profª Paula Brito

noutros domínios pertinentes para o Departamento e demais intervenientes no processo edu-cativo dos alunos. É gratificante verificar o interesse e participação dos presentes que encheram a sala e partilharam um lanche preparado pelos alunos do CRIT da área de apoio a eventos. O Departamento de Educação Especial agradece a todos a sua participação, em

particular aos agentes externos, alunos, pais e técnicos que deram o seu testemunho em prol da divulgação de boas práticas, no âmbito da inclusão.

Porque “onde há vontade, não falta caminho…”, caminhemos lado a lado, em prol do desenvolvimento dos nossos alunos!

O Departamento deEducação Especial

Page 27: Edição 759 17 dezembro 2014

27 – 17 de Dezembro de 2014 desporto

manuel lopes

Júlio Batista lança-se para um corte de bola no meio campo

Completamente dominados pelo AlcanenaTiago PraTas

Supostamente, este era o jogo da remodelação, que marcava o fim de uma fase, para iniciar outra, que se esperava ser boa.

No entanto, o Atlético saiu de Alcanena com uma goleada. A turma alvi-negra em momento algum causou problemas à defesa Alcanenense, que foi dona e senhora do jogo. A equipa visitada entrou forte e, logo a iniciar a partida, mandou uma bola à barra, que adivinhava o que estava para vir.

Assim foi; aos 22’ Turé, após um alívio mal efectuado por João Mação, só teve de encostar para o primeiro. O segundo da turma alcanenense foi da mesma forma, um canto cobrado do lado direito, e após grande confusão, a bola bate na coxa de Saúl e vai para o fundo das redes.

Na segunda metade, esperava-se que os Riachenses tentassem dar um ar da sua graça, apesar de estarem apenas com dez elementos por causa da expulsão de Jota, que levou dois

amarelos num quarto de hora, mas nada conseguiu fazer após sofrer mais dois golos de rajada, aos 47’ e 49’ respectivamente. Nada a apontar à equipa de arbitragem.

ALCANENENSE 4 RIAChENSE 0

CNS - Série F 12ª Jornada7/12/2014 Estádio Joaquim Maria Baptista

AlCANENENSE: Wilson, Assane, Paulão, Filipe Faia, Peu, Rolo, Elton, Genilson, Turé, Alfredo, Cláudio Subs-tituições: Cláudio por Kelvin (60’), Assane por Pedro Gil (63’), Alfredo por Major (72’) Golos: Turé (22’), auto-golo de Saúl (27’), Genílson (47’) e Alfredo (49’) Disciplina: Amarelos para Cláudio (46’), Paulão (65’), Genílson (76’), Rolo (82’) Treinador: José Torcato

riAChENSE: Mação (1), João Alves (2), Galrinho (3), Saúl (2), João Rodrigues (3), Júlio (2), Bruno Lemos (3), Fred (2), Jota (1), Mauro (2), Freitas (3) Substituições: Fred (45’) por Carioca (3), Saúl (54’) por Bernardo Marques (2), Mauro (58’) por Bernardo Jorge (2) Disciplina: Amarelos para Jota (30’), Saúl (45+3), Bruno Lemos (45+3), João Alves (77’) e vermelho para Jota (45+3) por acumulação de amarelos Treinador: Rui Horta

ArBiTrAGEM: Sandro Soares auxi-liado por Eduardo Gaspar e João Branco

Final de jogo frenético

Tiago PraTas

Foi um final de jogo, impróprio para cardíacos, o que se viveu no Coronel Mário Cunha.

O Riachense entrou melhor na partida, e logo à procura do golo, esse que apareceu ao passar do minuto 7’, quando Jota Rodrigues cobra um livre, e a bola é desviada para o poste, e na recarga, Pedro Galrinho, aparece para encostar.

RIAChENSE 2 SERtANENSE 2CNS - Série F 13ª Jornada 14/12/2014 Coronel Mário CunhariAChENSE - Mação (5), João Alves (4), Galrinho (4), Saul (3), João Rodrigues (3), Carioca (4), Júlio (4), Bruno Lemos (4), Mauro (3), Freitas (3) Substituições - Fred (58’) por Bernardo Jorge (3), Freitas (70’) por Bernardo Marques (3) Golos - Galrinho (7’), Bruno Lemos (89’) Disciplina - amarelo para Saul (82’) Treinador - Rui Horta

SErTANENSE - Gustavo, Ricardo Carvalho, Mauro, Zé Miguel, Leandro, Grou, Ricardo Barros, Fred, Galvão, Bruno Cardoso, Iván Substituições - Bruno Cardoso (45’) por Ibraim, Zé Miguel(70’) por Justino, Grou(83’) por Wilton Golos: Ricardo Barros (15’), Iván(54’) Disciplina - nada a assinalar Treinador - Sérgio Gaminha

ArBiTrAGEM: Dinis Jordão, auxiliado por Luís Lameira e Jorge Aniceto

Torres Novas já tem Centro Municipal de Marcha e Corrida

A Câmara de Torres Novas aderiu ao Programa Nacional de Marcha e Corrida, do IPJ, a Federação de Atletismo e Facul-dade de Desporto do Porto. O Centro Municipal de Marcha e Corrida foi inaugurado no dia 29 de Novembro pela Sandra Teixeira, atleta do Sporting, que apadrinhou a iniciativa. Foram criados cinco circuitos na cidade, que vão desde os 750 aos 2500 metros com um grau de dificuldade médio e baixo, e que permitem aos participantes serem acompanhados de técnicos com formação especializada para a prática desportiva. O serviço funciona às segundas, quintas e sábados das 10h às 11h30 e às quartas das 18h30 às 20h.

Portugal-irlanda (sub-18) no estádio do Bonito

O relvado principal do parque desportivo do Bonito, no Entronca-mento, vai ser palco esta quinta-feira, dia 18, um jogo particular entre as selecções sub-18 de Portugal e da República da Irlanda. O jogo está agendado para as três horas da tarde e as entradas são livres.

O evento é organizado pela Federação Portuguesa de Futebol com o apoio e colaboração da As-sociação de Futebol de Santarém, Instituto Português do Desporto e Juventude e pela Câmara Municipal do Entroncamento.

Para quem gosta de futebol é uma boa oportunidade para ver em acção os “craques” que despontam no futebol nacional e que podem vir a brilhar nos principais palcos.

Equipa de infantis da Casa do Benfica fez jogo internacional

Os sub-13 da Casa do Benfica em Torres Novas receberam e venceram os congéneres do Paulistas Futebol Clube, de São Paulo, no estádio municipal por 6-5, no dia 13 de Dezembro. A crónica da equipa treinada por João Mação e Júlio Batista refere que o primeiro jogo internacional infantil realizado em Torres Novas “foi espectacular”.

Além da CBTN, os paulistas defrontaram no seu périplo de 15 dias por Portugal, entre outros, Benfica, Porto, Boavista, U. Tomar e EFCAlcanena.

O CBTN está em primeiro lugar na sua série do campeonato distrital.

Estava feito o primeiro! O Serta-nense não baixou os braços, e a partir daí, foi à procura do empate, tendo mesmo conseguido fazê--lo aos 15’ após uma jogada bem construída pela turma da Sertã.

Na segunda metade, e após um final de primeira parte em que o Riachense, não saía do seu meio-campo, a equipa visitante chegou ao golo, logo aos 54’após uma grande defesa de Mação para o lado, apareceu um homem da Sertã, que cruzou, e junto à marca de penalti, Iván foi só encostar.

O Riachense começou a subir, e encostou o Sertanense lá atrás, e mesmo a terminar a partida, consegue uma grande penalidade, que Bruno Lemos não desperdiça, e assim, a igual o marcador. Até ao fim do jogo, os dois guardiões foram postos à prova, com defesas espectaculares, que impediram que o empate se desfizesse.

Com este resultado, e após o Ouriense ter vencido o Fátima por 2-1, em casa, a equipa de Riachos passa agora a estar em último lugar.

manuel lopes

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Page 28: Edição 759 17 dezembro 2014

28 17 de Dezembro de 2014 – desporto

João Alves ..............................61Saul .........................................56Bruno Lemos ........................56Pedro Galrinho .....................48Mauro ....................................47Telmo .....................................39João Rodrigues .....................46Bernardo Jorge .....................44 Sandro ...................................34 Júlio Batista ...........................37Natalino .................................30 Bernardo Marques ...............34Jota .........................................29Carioca ..................................25 Jardel ......................................17

Marquinho .............................15Fred ........................................17 João Mação ............................17 Gonçalo ...................................7Freitas ....................................15Sousa ........................................1

MarcadoresBruno Lemos ..........................6Bernardo Jorge .......................4Mauro ......................................2Seninho ....................................2Pedro Galrinho .......................1Jota ...........................................1Carioca ....................................1João Alves ................................1

troféu

Camp. Nacional Seniores - Série F

Eléctrico 1-1 Mafra Torreense 2-1 At. Ouriense alcanenense 4-0 at. riachense Sertanense 0-1 Caldas Fátima 2-2 U. Leiria

12.ª jornada - 07/12/2014

Fátima - Caldas Torreense - at. riachense alcanenense - Eléctrico Sertanense - Mafra At. Ouriense - U. Leiria

14.ª jornada - 21/12/2014

at. riachense 2-2 Sertanense Caldas 0-1 Torreense Mafra 1-1 alcanenense At. Ouriense 2-1 Fátima U. Leiria 1-1 Eléctrico

13.ª jornada - 14/12/2014

at. riachense - Fátima Mafra - Torreense U. Leiria - alcanenense Eléctrico - Sertanense Caldas - At. Ouriense

15.ª jornada - 28/12/2014

Torreense - Eléctrico Fátima - Mafra At. Ouriense - at. riachense Sertanense - alcanenense Caldas - U. Leiria

16.ª jornada - 04/01/2015

1 Mafra 27 13 8 3 2 19-92 Caldas 25 13 7 4 2 23-113 U. Leiria 23 13 7 2 4 20-164 Eléctrico 21 13 5 6 2 19-115 Torreense 21 13 5 6 2 12-96 Sertanense 20 13 5 5 3 20-167 Alcanenense 20 13 6 2 5 24-208 Fátima 9 13 1 6 6 12-199 Atl. Ouriense 5 13 1 2 10 10-3110 At. Riachense 4 13 0 4 9 10-27

P j V e d M-s

1.ª Divisão Distrital

1 Emp. Comércio 23 11 7 2 2 18-62 Coruchense 23 11 7 2 2 22-133 U. Tomar 22 11 6 4 1 19-114 Fazendense 21 11 6 3 2 21-85 Mação 19 11 5 4 2 24-156 Torres Novas 19 11 6 1 4 23-127 SL Cartaxo 18 11 5 3 3 22-158 GD Pontével 14 11 4 2 5 15-239 Amiense 12 11 3 3 5 17-2110 Benavente 12 11 3 3 5 14-2011 U. Chamusca 8 11 1 5 5 6-1912 SC Barrosense 8 11 2 2 7 12-2613 Rio Maior 7 11 2 1 8 12-2214 U. Santarém 6 11 1 3 7 10-24

P j V e d M-s

Tramagal 0-1 F. Zêzere Pego 2-1 Rossiense Caxarias 0-0 U. Abrantina Alferrarede 3-2 Mindense Sabacheira 1-1 assentis

assentis - Pego Rossiense - Tramagal Sabacheira - Alferrarede Mindense - Caxarias U. Abrantina - F. Zêzere

8.ª jornada - 07/12/2014

10.ª jornada - 21/12/2014

assentis 4-2 Caxarias Mindense 2-1 Pego F. Zêzere 2-1 Alferrarede U. Abrantina 2-1 Tramagal Rossiense 2-2 Sabacheira

Caxarias - F. Zêzere Alferrarede - Rossiense Tramagal - Mindense U. Abrantina - assentis Pego - Sabacheira

9.ª jornada - 14/12/2014

11.ª jornada - 04/01/2014

2.ª Divisão Distrital - Série 1

1 UD Abrantina 23 9 7 2 0 17-32 CP Pego 21 9 7 0 2 17-73 F. Zêzere 18 9 6 0 3 11-144 VFC Mindense 17 9 5 2 2 16-85 Assentis 12 9 3 3 3 20-116 Tramagal 11 9 3 2 4 19-167 CDR Alferrarede 10 9 3 1 5 14-178 CCD Caxarias 8 9 2 2 5 9-179 Rossiense 5 9 1 2 6 10-1910 Sabacheira 2 9 0 2 7 5-26

P j V e d M-s

2.ª Divisão Distrital - Série 2

Glória 0-0 Samora Correia U. Almeirim 3-0 Vale da Pedra atalaiense 2-2 Goleganense AREPA 0-2 Moçarriense Muge 1-5 Pernes

8.ª jornada - 07/12/2014

Samora Correia - U. Almeirim Vale da Pedra - atalaiense Pernes - Goleganense AREPA - Glória Moçarriense - Muge

10.ª jornada - 21/12/2014

Moçarriense 0-0 U. Almeirim Samora Correia 4-0 AREPA Vale da Pedra 2-1 Muge Pernes 5-1 atalaiense Goleganense 0-2 Glória

9.ª jornada - 14/12/2014

Goleganense - Vale da Pedra U. Almeirim - AREPA Muge - Samora Correia atalaiense - Moçarriense Glória - Pernes

11.ª jornada - 04/01/2014

1 Moçarriense 19 9 5 4 0 16-42 SCD Glória 19 9 5 4 0 22-133 U. Almeirim 17 9 4 5 0 16-74 Samora Correia 14 9 4 2 3 18-105 AC Pernes 13 9 4 1 4 22-186 FC Goleganense 10 9 2 4 3 9-127 CP Muge 9 9 2 3 4 11-198 Atalaiense 7 9 2 1 6 11-189 Vale da Pedra 7 9 1 4 4 6-1910 AREPA 4 9 0 4 5 7-18

P j V e d M-s

Fazendense - GD Pontével Barrosense - Coruchense Emp. Comércio - Torres novas U. Chamusca - U. Tomar Amiense - Benavente Rio Maior - U. Santarém SL Cartaxo - Mação

U. Santarém 0-1 SL Cartaxo Coruchense 5-2 Amiense Torres novas 6-0 GD Pontével U. Tomar 0-0 Emp. Comércio Benavente 2-0 U. Chamusca Mação 2-0 SC Barrosense Fazendense 2-0 Rio Maior

12.ª jornada - 21/12/2014

11.ª jornada - 14/12/2014

Atlético regressa ao último lugar

Torres Novas reentra na luta pela subida

Pego mais perto do Abrantina

CNS - Série F

Apesar de nos últimos três jogos os riachenses terem conseguido dois empates, tantos quantos os obtidos nas dez jornadas anteriores, a situação na tabela não melhorou nada, até piorou um pouco com a queda para o último lugar da clas-sificação. Isto porque o Ouriense logrou vencer o duelo com vizinho Fátima, graças aos golos de Mika e Parracho, e com isso ultrapassou os riachenses.

Não obstante a classificação dos alvi-negros não poder pior ser nesta altura, a verdade é que a equipa luta até à exaustão em cada jogo e pelo que demonstra no

relvado, merecia estar um pouco melhor na tabela.

Quanto ao Alcanenense foi, neste domingo, a Mafra arrancar um belíssimo empate, com golo de Filipe Faia, e está mais perto dos lugares cimeiros que dos lugares do fundo da tabela.

Na classificação as quatro equipas do distrito ocupam os últimos quatro lugares, o que não é bom sinal, embora o Alcanenense tenha um pecúlio pontual (20 pontos) que lhe permite, para já, estar a salvo de uma eventual queda nos distritais. Daí para baixo ninguém está safo. O Fátima totaliza nove pontos, o Ouriense seis, e o Atlé-tico Riachense apenas quatro, e

o cenário é cinzento para todos.Nas próximas jornadas o Atlético

de Riachos vai Torres Vedras ainda antes do Natal e recebe o Fátima no domingo seguinte. Ora, se em Torres Vedras vai ser muito difícil pontuar, já arrecadar os três pon-tos no duelo com os fatimenses parece estar ao alcance da turma de Rui Horta.

O Ouriense vai a Leiria e depois recebe o Caldas: não é empreitada fácil. Já no domingo o Fátima recebe o Caldas e o Alcanenense será o an-fitrião do Eléctrico. São ossos duros de roer mas, pelo menos a turma de Alcanena tem arcaboiço para ultrapassar a da Ponte de Sor. Mais difícil será vencer depois em Leiria.

1ª DiviSão DiStrital

Um precioso triunfo sobre o Fazendense e uma goleada por números pouco usuais frente ao Pontével, com golos de Marco Gomes (2), Micael (3) e Pereira, puxaram os torrejanos para o quinto lugar da tabela, de novo bem dentro da luta pelo título de campeão distrital. Os amarelos beneficiaram indirectamente do nulo no jogo entre nabantinos e caixeiros e estão agora a quatro pontos do primeiro lugar e com tanto campeonato ainda por dispu-tar, a turma de Pedro Monserrate está bem a tempo de se perfilar na corrida.

Além do Torres Novas, apenas o Coruchense venceu nos dois domingos, pelo que também saiu beneficiado no saldo e igualou os caixeiros no topo da classificação. Quem fraquejou nas duas últimas

rondas foi o U. Chamusca que registou duas derrotas e afastou-se um pouco dos concorrentes que o precedem na tabela.

O Fazendense, de Mário Nelson, não aguentou a pedalada dos torrejanos mas vingou-se no Rio Maior, com Filipe Pereira a bisar no jogo com os riomaiorenses.

Quem continua a dar uma no cravo e outra na ferradura é o Mação que depois ter sido goleado em Amiais de Baixo venceu o modesto Barrosense com dois golos de Sidy. Os maçaenses fazem companhia aos torrejanos no quinto lugar e ainda vão ter uma palavra a dizer nas contas do título.

No próximo domingo o Torres Novas vai ter um jogo a doer com a deslocação à capital do distrito para defrontar os Caixeiros. No início do novo ano os amarelos recebem o U. Chamusca e aí não terão grandes dificuldades em somar os três pontos.

Dia 28 há taçaNo domingo entre o Natal e o

ano novo disputa-se a 3.ª ronda dos grupos da Taça Ribatejo, com o Torres Novas já praticamente apurado a receber o Alferrarede.

No grupo 2 o Assentis deve ca-rimbar o passaporte na recepção ao Rossiense, mas todos os cuidados são poucos para evitar dissabores. No grupo 5, o U. Chamusca para garantir o apuramento directo terá que vencer em casa os Emprega-dos do comércio, mas um empate também poderá chegar. Quanto ao Atalaiense, a disputar o grupo 7, a única possibilidade de ser apurado é vencer no Cartaxo, mas teria que ser por muitos para garantir o lugar na fase de eliminatórias.

Finalmente, o Goleganense, para lograr o apuramento teria que vencer em Samora Correia por mais de três golos de diferença. Não é muito crível, mas…

2ª DiviSão DiStrital Os pegachos, comandados por

Nando Costa, estão de volta aos triunfos e com isso aproximaram-se do Abrantina que não foi além do empate no jogo com o Caxarias.

O Pego, que tinha perdido em Minde no domingo anterior, venceu agora o Rossiense, com golos de João Pedro e Igor. O Abrantina comanda e em segundo está o Pego.

O Assentis que tem feito uma época irregular levou de vencida o Caxarias e agora cedeu um empate no terreno do último, o Sabacheira, e pior não foi porque Danilo marcou para os de Assentis. Na tabela a turma do concelho de Torres Novas segue no quinto lugar

a meia dúzia de pontos do Ferreira do Zêzere que ocupa o terceiro e último lugar do apuramento.

Na jornada de domingo que vem o Assentis vai ao terreno do líder com vontade de lhe trocar as voltas e no primeiro domingo do ano cabe aos amarelos de Assentis receberem os pegachos no relvado do campo da Pinheira.

Um empate a dois entre o Ata-laiense e o Goleganense serviu de consolo aos dois mas nada adiantou a nenhum deles. Neste domingo que passou, o Atalaiense foi goleado em Pernes, de nada valendo o golo de Telmo Ventura, e a equipa da capital do cavalo baqueou em casa frente ao Glória do Ribatejo.

Contas feitas, tanto o Atalaiense como o Goleganense estão prati-camente fora da corrida para o apuramento, se bem que ainda esteja meio campeonato por disputar. Na próxima ronda o Goleganense desloca-se a Pernes e o Atalaiense vai ao Vale da Pedra. Quaisquer dos jogos são difíceis, se bem que, nem o Pernes nem o Vale da Pedra sejam equipas de topo.

Na jornada seguinte, a disputar já em Janeiro, o Goleganense recebe o Vale da Pedra e tem muitas hipóte-ses de fazer a festa. Já o Atalaiense recebe a visita do Moçarriense, actualmente no primeiro lugar e um dos mais sérios candidatos à subida de divisão.

Page 29: Edição 759 17 dezembro 2014

29 – 17 de Dezembro de 2014 desporto

Este ano gastaram-se perto de dois mil euros em melhoramentos

“O clube não pode continuar a viver acima das suas possibilidades.”. Mas uma desistência do campeonato implicaria a queda à 2.ª divisão distrital

Cobertura na bancada dos sócios

luíS CarloS DiaS, preSiDeNte Do Car

Se não conseguir maiores apoios, Atlético desiste do CNS

Apesar das dificuldades finan-ceiras que atravessa, o Atlético continua a melhorar, dentro do possível, as condições do estádio Coronel Mário Cunha.

Agora foi implantada uma co-bertura em parte da bancada dos sócios, que protege, pelo menos, da chuva na invernia e do sol de chapa nas tardes acaloradas de Verão.

São melhoramentos que têm vindo a ser feitos desde há mais de um ano e que passaram já pelo arranjo da bancada do lado da avenida e, mais recentemente pelo furo de captação de água para rega do relvado e também pelo aumento e arranjo da bancada dos sócios.

João Cardoso, que juntamente com Diamantino Maurício, José Franco, Manuel Matias e Adelino, da Trimarluz, constituem a comissão que arrancou com estas melhorias, e têm ainda novos arranjos em mente, que passam, a breve prazo, por nivelar o

terreno acima da bancada, com apli-cação de uma camada de tout-venant, e da recuperação das instalações do bar da bancada de forma a dotá-lo de condições de utilização.

Na cobertura que foi agora colo-cada na bancada, e no degrau que foi acrescentado, foram gastos cerca de dois mil euros, provenientes de donativos de sócios e amigos do clube mas, os apoios têm sido também de algumas empresas locais, quer em oferta de materiais, quer noutro tipo de apoios, como foi o caso do furo que foi suportado por uma empresa de Riachos e a própria bomba para extracção da água que foi oferecida por outra empresa.

Importante foi também o apoio da Junta de Freguesia, que continua disponível para apoiar, como nos refere João Cardoso, que acrescenta ainda o agradecimento à Academia do Bacalhau por ter apoiado finan-ceiramente os trabalhos realizados.

É público que o Atlético Riachense atravessa graves dificuldades finan-ceiras e se não conseguir, a breve prazo, mais apoios, a continuidade do clube no CNS estará mesmo em causa. Quem o diz é Luís Carlos Dias, que não escamoteia as dificuldades orçamentais.

“Desde o princípio que a direcção tinha consciência das dificuldades e sabia que as receitas garantidas não cobriam o total das despesas estimadas para a época” afirma o presidente do clube, acrescentando que “no balanço efectuado em Novembro essa fragilidade finan-ceira ficou bem patente e por isso fomos obrigados a reduzir despesas, dispensando alguns jogadores que mais caros ficavam ao clube”.

Saíram Sandro Gomes, Natalino e Marquinho e o guarda-redes Telmo também abandonou o clube. No total, a factura mensal com jogadores reduziu-se em cerca de 1200 euros, mas, ainda assim, Luís Carlos Dias afirma que “as despesas continuam a ser superiores às receitas, pelo que é necessário continuar com as acções de angariação de fundos para equilibrar as contas”.

Para levar a época até ao fim sem maiores sobressaltos, a estimativa das necessidades de receitas extraordiná-rias é de cerca de vinte mil euros, que só poderão vir do apoio de sócios e amigos do clube, através de donativos e da participação nas iniciativas quer irão ser organizadas com esse fim, avisa o dirigente.

A primeira dessas iniciativas já está a decorrer e trata-se de uma campanha de recolha de donativos em dinheiro junto dos sócios, sim-patizantes e amigos. Dos resultados dessa campanha, que decorrerá até 18 de Janeiro, dependerá a continuidade, ou a desistência, da

participação no CNS. O balanço da situação financeira do clube será feito nessa altura, em que o campeonato pára duas semanas, antes de se iniciar a segunda fase.

Diz Luís Carlos Dias, que “se nessa altura não houver perspectivas de melhoria financeira, não vamos continuar a assumir despesas que depois não consigamos pagar”. A desistência do campeonato seria um facto inédito na vida de um clube com um historial de mais de oitenta anos mas, como refere o presidente, “o clube não pode continuar a viver acima das suas possibilidades. Nas condições actuais, o CNS é um patamar demasiado caro para um clube como o Atlético”.

Questionado sobre a verba que o clube tem arreceber da FPF re-lativa ao totonegócio, cerca de 43 mil euros, diz que já não acredita que esse valor entre nos cofres do clube. Segundo a versão mais recente, o Estado continua a reter essa verba, depois de ter prometido libertá-la há cerca de dois anos quando a Federação pagou cerca de 20 milhões de euros ao Estado por conta dos clubes devedores, referentes às contas do chamado

totonegócio.“A FPF foi enganada pelo Estado”,

diz Luís Carlos “e os clubes com o Atlético Riachense que eram credores, ficaram prejudicados”.

Joel, Negrete e Nuno paulo estão de regresso

A saída de alguns jogadores nesta fase crítica tornou o plantel curto para um campeonato como o CNS e, sem recursos para conseguir o concurso de futebolistas vindos de fora, o Atlético virou-se para dentro e foi buscar reforços a jogadores que já não estavam em actividade e que vestiram a camisola alvi-negra noutras épocas.

É o caso do guarda-redes Joel, do trinco Nuno Paulo e do médio Negrete. A estes juntam-se, como reforços de Inverno, o médio Nelson Vicente, o avançado Ferreira e o defesa Gonçalo, que fizeram parte do plantel inicial desta época e que tinham abandonado prema-turamente em divergência com o anterior técnico, Paulo Costa.

Refira-se entretanto que Telmo vai ser o guardião do U. Tomar e que Sandro Gomes vai representar o Sesimbra, da 1.ª divisão distrital de Setúbal.

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Page 30: Edição 759 17 dezembro 2014

30OBITUÁRIO

AgênciA AmAdo, LdA.09 DezembroLucinda Rodrigues, 89 anos, residente em Parceiros de Igreja13 DezembroMaria Augusta Ferreira Carvalho, 83 anos, residente em Bomflorido13 DezembroMaria José Simões, 86 anos, residente em Rodrigos14 DezembroMaria El isa de Jesus Carpinteiro Caetano, 60 anos, residente em Riachos14 DezembroGraciete Luiza Pereira Branco dos Santos, 74 anos, residente em Riachos

AgênciA FuneráriA correiA, LdA.30 NovembroMaria da Madre de Deus, 98 anos, residente em Torres Novas05 DezembroAuríl ia da Conceição, 88 anos, residente em Resgais06 DezembroAmado dos Santos Torrinha, 90 anos, residente em Casais Martanes09 DezembroLeonor da Conceição Simões Rodrigues, 73 anos, residente em Valhelhas10 DezembroMaria do Nascimento Barquinha Salgueiro, 78 anos, residente em Resgais10 DezembroAbíl io Domingos do Coito, 74 anos, residente em Vale da Serra

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FaRmÁcIas de seRvIçO Torres Novas eNTroNcameNTo GoleGã17 (quarta) Nicolau António Lucas Oliveira Freire18 (quinta) Aliança Carlos P. Lucas Oliveira Freire19 (sexta) Central Carvalho Oliveira Freire20 (sábado) Pereira Martins Carlos P. Lucas Oliveira Freire21 (domingo) Palmeira Carlos P. Lucas Oliveira Freire 22 (segunda) Higiene Al. Gonçalves Salgado23 (terça) Nicolau António Lucas Salgado24 (quarta) Lima Carlos P. Lucas Salgado25 (quinta) Central Carvalho Salgado26 (sexta) Pereira Martins Al . Gonçalves Salgado27 (sábado) Palmeira Carvalho Salgado28 (domingo) Higiene Carvalho Salgado29 (segunda) Nicolau António Lucas Oliveira Freire30 (terça) Lima Carlos P. Lucas Oliveira Freire31 (quarta) Aliança Carvalho Oliveira Freire

Futebol jovem do atlético riachense

juvenis aproximam-se dos da frenteDois triunfos consecutivos, em Caxarias

e em casa com o U. Tomar B, puxaram a equipa riachense para o quinto lugar da tabela, a quatro pontos dos dois lugares que dão o apuramento para a fase final. Na liderança continua o Vasco da Gama, com 17 pontos, acompanhado do Torres Novas com, o mesmo número de pontos mas com mais um jogo. O Atlético soma 13 pontos, está no quinto lugar, e pode ainda aspirar a subir mais uns lugares na tabela.

Resultado: Caxarias - At. Riachense, 0-1 (golo: Daniel Xavier); At. Riachense - U. Tomar B, 1-0. Próximos jogos: Dia 21: Rossiense - At. Riachense. Dia 11 Jan: At. Riachense - F. Zêzere.

iniciados em marcha-atrás

Não correu bem a quinzena para os iniciados do Atlético que registaram duas derrotas perante adversários mais fortes e quer ocupam lugares do topo. O Fátima segue na frente com 17 pontos e o Atlético ocupa o sétimo lugar com apenas cinco pontos.

Resultados: Abrantes - At. Riachense, 7-1 (golo: Diogo Rosa); Fátima - At. Riachense, 3-1 (golo de Diogo Rosa). Próximos jogos: Dia 21: At. Riachense - F. Zêzere. Dia 4 Jan: Ouriense - At. Riachense.

infantis (sub-13) Terminada a primeira fase, o Atlético

ficou em 3º lugar na série e irá disputar o nível 3 na fase final. Nos seis jogos disputados, os riachenses marcaram apenas 5 golos e sofreram um total de 48, registando apenas um triunfo que lhe valeu três pontos.

Resultado: NS Rio Maior - At. Riachense, 8-0; CB Torres Novas - At. Riachense, 0-9.

benjamins (sub-11)A derrota caseira frente ao CADE B,

não deslustra uma vez que a equipa do Entrocamento lidera a série com 15 pontos. O Atlético Riachense segue na quarta posição, a meio da tabela. Resultado: At. Riachense - CADE B, 1-4. Próximos jogos: Dia 20: Abrantes - At. Riachense.

Dia 3 Jan: At. Riachense - Montalvo.

escolas (sub-10): atlético vence série 2

A equipa A do Atlético Riachense venceu a série 2 contabilizando 30 pontos, nos dez jogos disputados. Ou seja venceu todos os jogos. Os cachopos treinados por Ricardo Faria marcaram 85 golos e sofreram apenas 9, demonstrando clara supremacia sobre os adversários. Em seguyndo luigar ficou a Escola de Alcanena com 24 pontos. Resultados: At. Riachense - Torres Novas, 12-1 (golos: Francisco Cardoso (3), Ricardo Mota (3), Filipe Matos (2), Simão Faria, Tomás Banito, João Faria e Afonso Silva); CADE B – At. Riachense, 1-10 (golos: Ricardo Cardoso (3), Tomás Banito (3), Francisco Cardoso (3) e Simão Faria.

Mais modesta, a equipa B, composta pelos jogadores mais novitos, registou mais duas derrotas e segue no último lugar. Resultados: Amiense - At. Riachense B, 2-0: At. Riachense B - Vit. Mindense, 1-4.

judo distrital com novas actividades para 2015

A Associação de Judo de Santa-rém vai continuar a implementar novas actividades durante o ano de 2015, embora ainda não tenha divulgado as respectivas datas.

Como resultado do protocolo com a espanhola Federação Ex-tremenha de Judo vai realizar o Torneio Ibérico de Katas. Outras actividades são a Festa das Gra-duações e o Torneio Empresarial, com o patrocínio da empresa Les Dauphins, que oferece 180 tapetes de judo, destinadas às colectividades que tenham a prática de Judo Adaptado para Deficientes, uma medida que começou este ano.

Atlético regressa às vitóriasFutsal

Depois da derrota em S. Vicente do Paúl que interrompeu uma série consecutiva de três vitórias, o Atlético regressou aos triunfos ao vencer, ainda que tangencialmente, o Sandoeirense. O jogo nem começou muito bem para os alvi-negros que ao intervalo perdiam por duas bolas a zero, mas os golos de

Hélder Fernandes, Luis Carvalho “Ka-réu” e Paulo Neves “Raspa”, chegaram para dar a volta ao resultado.

Pior sorte teve o Azinhaga que perdeu em Carvalhos de Figueiredo. A Casa do Benfica da Golegã foi empatar a Ferreira do Zêzere e no jogo em atraso com o Sandoeirense venceu e ocupa agora o quarto lugar da tabela, com 19 pontos. Logo a seguir vem a equipa de Riachos com menos três pontos. O

Atlético Riachense soma 16 pontos e segue na quinta posição a par do Salvaterrense. O Azinhaga mantém o 12º lugar com quatro pontos.

Resultados: At. Riachense – Sandoei-rense, 3-2; Carv. Figueiredo - Azinhaga, 8-3; F. Zêzere - CB Golegã, 4-4; San-doeirense - CB Golegã, 2-4. Próximos jogos. Dia 3 jan: Salvaterrense - At. Riachense: Azinhaga - Cercal; CB Golegã - CAD Coruche.

Page 31: Edição 759 17 dezembro 2014

31 – 17 de Dezembro de 2014 publicidade

riAcHoSBiblioteca .......................249 820 561centro de dia ................249 830 770clínica Veterinária .........249 813 005clube At. riachense .......249 829 718clube de caçadores .......249 820 278correios .........................249 817 727escola 1.º ciclo ...............249 829 131esc. chora Barroso ........249 839 560estação cP .....................808 208 208Farmácia........................249 829 295Funerária Amado ..........249 829 180centro Paroquial ...........249 830 770Jardim infância .............249 829 078Jardim infantil ...............249 829 327Junta de Freguesia ........249 829 115museu Agrícola ..............249 820 499os camponeses .............966 553 893Pavilhão municipal ........249 829 005Posto médico .................249 829 298Táxismanuela gameiro .........968 012 378Fernando neves ...........968 012 378

TorreS noVASBiblioteca municipal ......249 810 310Bombeiros .....................249 839 550câmara (geral) .............249 839 430centro de emprego .......249 830 630centro de Saúde ............249 822 345emergência..................................112edP (Avarias). ................800 506 506esc. Artur gonçalves ......249 830 690esc. m. Figueiredo .........249 819 300esc. maria Lamas...........249 839 120esc. Sup. educação .........249 824 892espaço internet..............249 817 160estádio municipal ..........249 824 303Funerária Amado ..........249 812 395Funerária correia ..........249 824 123g.n.r. ............................249 839 340Hospital .........................249 810 100museu municipal ...........249 812 535mercado diário .............249 812 870Piscinas municipais .......249 812 944P.S.P. ...............................249 810 020Posto de Turismo ...........249 813 019rodoviária do Tejo ........249 811 002Serviços culturais ..........249 812 008ST espeleologia A ..........249 812 692Táxis (rodoviária)..........249 822 612Teatro Virgínia ..............249 839 300ucATn ...........................939 594 425

BrogueirAcentro de dia ................249 835 128cm Humberto delgado..249 820 499Junta de Freguesia ........249 835 966rn Paul Boquilobo .......249 820 550Posto médico .................249 835 266

ALcorocHeLAss. desp. cult. rec. ......249 835 045Farmácia........................249 835 127Junta de Freguesia ........249 835 944Posto médico .................249 835 725

meiA ViAJunta da Freguesia........249 821 652operário meiaviense ....249 821 734Posto médico .................249 821 614

goLegÃBibliot. municipal ..........249 979 125Bombeiros .....................249 979 070câmara (geral) .............249 979 050cantar nosso .................249 976 642casa carlos relvas ........249 979 120centro Assist. Social ......249 976 169centro de Saúde ...........249 979 180ceSPogA ......................249 977 309correios ........................249 979 100e.d.P. ..............................249 976 417eqquspolis/mmcorreia .249 979 000museu rural .................249 979 000Agrupamento escolas ....249 979 040g.n.r. ............................249 979 030igreja .............................249 976 193Junta Freguesia ............249 976 279Parque campismo .........249 976 222Pav. desportivo .............249 977 368Piscinas municipais .......249 977 613Posto de Turismo ...........249 977 361Sc misericórdia ..............249 979 110Táxis ..............................249 976 459cent. Saúde Azinhaga ..249 957 108escola Azinhaga ...........249 957 536Farmácia Azinhaga .......249 957 176Junta Freg. Azinhaga ....249 957 140misericórdia Azinhaga ..249 957 200

enTroncAmenToBombeiros .....................249 727 474câmara (geral) .............249 720 400centro de Saúde ............249 720 940cLAc ...............................249 718 761cP informações ..............249 726 342correios ........................249 720 200escola Secundária .........249 726 472JF S. João Baptista ........249 720 170JF nossa Srª Fátima ......249 715 146Hospital .........................249 720 140museu Ferroviário..........249 130 255Piscinas municipais .......249 725 155P.S.P. ...............................249 726 276Protecção civil............... 243 716 600Táxis ..............................249 726 426

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Boas Festasaos nossos

clientes e amigos

Seu irmão e restante famí lia recordam com muita sau dade

a passagem do 19.º aniversário sobre a sua partida.

Que a sua alma descanse em paz.

19.º ANO DE ETERNA SAUDADE

15/12/1995 – 15/12/2014

Paulo Martins do Rosário Alves

Agência Amado, Lda. 249 812 395 – 249 829 180 – 249 820 545

FALECEU

Maria Augusta Ferreira Carvalho

Nas. 23.04.1931 Fal. 13.12.2014

A família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam a sua ente querida à sua última morada, ou que de qualquer outro modo manifestaram o seu pesar. Agradecem também ao Centro Paroquial de Riachos, todo o apoio e carinho que lhe prestaram durante a sua estadia. A todos o nosso bem hajam.

Bonflorido

Agência Amado, Lda. 249 812 395 – 249 829 180 – 249 820 545

FALECEU

Maria Elisa de Jesus Carpinteiro Caetano

Nas. 25.10.1954 Fal. 14.12.2014

Seu marido, filhas, netos e restante família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam a sua ente querida à sua última morada, ou que de qualquer outro modo manifestaram o seu pesar. A todos o nosso bem hajam.

Riachos

Page 32: Edição 759 17 dezembro 2014

32 17 de Dezembro de 2014 – artes e espectáculos

A Passarola, em Santarém é a segunda obra de Violant inspirada em José Saramago

Amigos e familiares encheram a casa na inauguração da exposição da artista goleganense

Época Baixa

Contos EsdrúxulosFilipE simõEs

Quando os meus pais se mudaram para a metrópole já sabiam o que lhes esperava. Foi por isso que me mandaram sair muito cedo, não fosse chegar atrasado.

Pouco depois de nascer deram-me um aga-salho para o Inverno e um farnel bem aviado e pus-me ao caminho.

Enquanto andei de gatas era difícil firmar o meu espaço, sempre a ser calcado pelos sapatos frenéticos citadinos. Após este estágio, aprendi a erguer-me de pé como os outros, todavia ainda era muito ingénuo, não tinha as manhas necessárias à deslocação pela cidade. Todos me passavam à frente, pela esquerda, pela direita, por cima, por baixo, enfim, por vezes parecia que estava a andar para trás.

Lá fui aprendendo uns truques e aos catorze anos consegui dobrar a esquina da minha rua. Vitória! Livrei-me do primeiro milhão de pes-soas! Depois cometi um erro. Aos dezasseis anos infiltrei-me com valentia e bravura na fila para o metro e só consegui emergir na outra ponta aos vinte e quatro. Mesmo assim tive sorte, não estava assim tão cheio, mas perdi algum tempo precioso no qual podia ter começado a tirar a carta de condução. Lá me inscrevi e tive vaga aos trinta e oito. Aos cinquenta fui chamado a exame e passei. Pude então fazer-me à estrada, mas nem por isso passei a andar mais rápido. Pelo menos ia sentado. Depressa me fartei do pára-arranca e dos engulhos. Aos oitenta resolvi ir a pé. O corpo já não respondia da mesma forma, porém, como estava sempre espalmado entre uns milhares de cidadãos carrancudos, foi fácil manter-me de pé.

Aos noventa e dois cheguei finalmente ao destino. Mas como estava já um pouco frágil e desgastado não foi fácil separar-me do bloco de multidão. Demorei mais uns meses até conseguir esgueirar-me para dentro do edifício.

Sim, já devem ter adivinhado, fui a um funeral. Resolvemos fazer já a cerimónia de enterro do meu futuro trineto antes que acabe a promoção. Na cidade, se esperarmos para o último dia ninguém se consegue mexer no meio do mar de gente.

Arte de Mariana Sampaio no Equuspolis

Fatias de cá na Brogueira dia 20

O grupo nabantino Fatias de Cá representa na Distilaria da Brogueira o espectáculo L’Odeur no dia 20 de Dezembro. Há vaga para 75 lugares e inclui jantar. A peça é encenada por Carlos Carvalheiro e é a “recriação da demanda alquímica de um Perfume – nigredo, rubedo e albedo”, de-senrolada na destilaria de figo desactivada.

Jazz com o trio de Carlos Bica no Virgínia

Murais de João Maurício inaugurados por Pilar del Rio

A passagem de mais um aniversário, o 16º, da atribuição do prémio Nobel da Literatura a José Saramago, nascido na Azinhaga, é o motivo da próxima passagem da jornalista espanhola e viúva do escritor por terras ribatejanas. No percurso que vai fazer por Golegã e Santarém, Pilar del Rio vai inaugurar duas pinturas de João Maurício, o pintor riachense que trabalha sob o pseudónimo Violant, praticamente o mesmo nome da filha de José Saramago, Violante.

Assim, na sexta-feira, dia 19 de Dezem-bro, às 11 horas, Pilar del Rio vai à escola EB23 Martins Correia, na Golegã, fazer a inauguração de Pilar, o enorme mural nas traseiras do pavilhão desportivo da escola, terminado em Julho passado.

O segundo mural que vai ser inaugurado situa-se na Escola Superior de Educação, no Instituto Politécnico de Santarém, onde o artista estudou. Passarola é o nome dado ao mural inspirado no livro Memorial do Convento. A inauguração é no mesmo dia, às 16 horas, seguida de um momento musical, leitura de poemas, uma comuni-cação de José Miguel Noras sobre inéditos do escritor e uma homenagem a Pilar del

A artista Mariana Sampaio estreou-se nas exposições na sua terra natal com Opostos, visitável no Equuspolis até 31 de Janeiro.

Com a presença da artista, a inaugura-ção decorreu no dia 6 de Dezembro com uma casa cheia de familiares, amigos e boa disposição.

Aos 23 anos, estuda artes plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e foi recentemente uma dos seis artistas portugueses (e 54 europeus) seleccionados para o concurso bienal francês Jeune Création Europenne 2013/14, que vai levar alguns trabalhos seus numa exposição entre Novembro passado até Agosto a França, Holanda, Lituânia, Hungria, Bélgica, Itália, Espanha e Portugal, onde termina o périplo com a exposição de Amarante.

Não é pintora, nem escultora, nem fotógrafa, nem costureira. A exposição transborda tanto a galeria das exposições temporárias como a classificação de uma

disciplina, mostrando que é um bocado de cada uma dessas coisas e algo mais.

A sua marca está na diversidade de materiais utilizada na concepção das peças - que vai do vidro à tinta passando pelos tecidos e

pela fotografia – assim como na paleta de cores fortes e contrastantes utilizados na maioria delas, que acabam por ser “Opostos” de outras, como as telas monocromáticas de grande dimensão. A ver.

Rio, com a atribuição da medalha do IPS.O reconhecimento artístico de João

Maurício não pára de crescer. Tem havido reportagens e entrevistas em diversos órgãos de comunicação regionais e já foram feitos quatro documentários em vídeo sobre pin-turas suas. Os seus mais recentes trabalhos em Santarém (Nau e Passarola) tiveram

muita responsabilidade neste aumento da atenção dada a Violant. Aqui mais perto de nós, a Caveira Fumando, uma reprodução em tamanho gigante de uma pintura de Van Gogh, junto à linha do comboio e à fábrica do álcool, é o mais recente pedaço de arte pública do pintor riachense.

“Uma das formações mais dinâmicas do jazz português actual desafia a sonoridade esparsa de Azul, propondo novos arranjos sobre uma selecção de temas do trio, espe-cialmente concebidos para este concerto”. É este o resumo que o Teatro Virgínia faz sobre o concerto do próximo dia 20 de Dezembro, que reúne a Orquestra Jazz de Matosinhos e o trio Azul, composto

pelo contrabaixista Carlos Bica, o gui-tarrista alemão Frank Möbus e o baterista norte-americano Jim Black. Este grupo de solistas já gravou cinco discos, marcados pelo reportório variado com referências a géneros muito variados, desde o rock à música tradicional, e muito bem vistos pela crítica. É o último espectáculo da agenda trimestral do teatro municipal.