edição 63 alterada - anfac · planejamento e gestão lívio utech ... nas e médias empresas e...

32

Upload: trankien

Post on 02-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5733

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:562

S u m á r i o

Fomento Mercantil 3

DIRETORIAPresidente

Luiz Lemos Leite1.º Vice-presidente

Marconi José Pereira2.º Vice-presidente

Daniel Gonçalves

VICE-PRESIDENTESEXECUTIVOS

Relações CorporativasAugusto Sabadin

Relações CorporativasJoão Amado Réquia

Resp. Social EmpresarialAlexandre Dumont Prado

Coord. Reg.– NorteCésar Moura RodriguesEducação Corporativae Recursos Humanos

Cleonice Arantes De CiccoCoord. Reg. – Centroeste

Dalton Xavier AraújoCoord. Reg. – Sul

Dario Tomaselli JúniorAssuntos Trabalhistas

João TellesCoord. Reg. – Sudeste

José Paulo Carvalho LagePlanejamento

e GestãoLívio Utech

Novos ProdutosMarcelo Katz

AssuntosInstitucionais

Maria Isabel SalviatiGovernançaCorporativaPio DanieleAssuntos

TributáriosSérgio Melo

Recuperaçãode Empresas

Wilson Borges

VICE-PRESIDENTESREGIONAIS

Luiz Alberto Villar (AL)Mario Ricardo F. Gomes (AM)

Paulo Villas Boas (BA)Francisco G. Coelho (CE-PI-MA-RN)Luiz Napoleão da S. Brito (DF)João Carlos Ribeiro Vargas (ES)

Lindomar Moreira (GO-TO)Régis Barros de Carvalho (MG)Paula C. Carvalho Leite (MT)

Rubens Filinto (MS)Antônio Pereira Costa (PA)

Alcidésio Sabino Maciel (PE)José Góes(PR)

Flávio Lacerda (RJ)Jovelino Perondi (RO-AC)Olmar João Pletsch (RS)

Irineu Horst (SC-NCO)Sérgio Dagostim (SC-CS)Marcus Jair Garutti (SP)

CONSELHO FISCALPresidente

Odilon Pereira GuerraConselheiros

João dos Santos CaritáTarcisio Zonta

CONSELHO DE ÉTICAE DISCIPLINAPresidente

Manoel Carlos V. de MoraesVice-Presidente

Lúcio Abrahão BastosConselheirosCláudio Good

Luiz Fernando D. L.da Trindade

Miguel de Oliveira

ASSESSORES DA PRESIDÊNCIASão Paulo: Dorival Maso, Gina Montiel,

José Luis Dias da Silva e Viviane CuruncziDistrito Federal: Nadir Baruzzi

Fomento Mercantil é uma publicação da Associação Nacionaldas Sociedades de Fomento Mercantil - Factoring (ANFAC)

Endereço: Rua Teixeira da Silva, 217Bairro Paraíso - CEP 04002-905 - São Paulo.Telefone: (11) 3549-4855 - Fax: (11) 3549-4866

End. eletrônico: [email protected] ouwww.anfac.com.br

E x p e d i e n t e

EDIÇÃODeLeón Comunicações

Avenida Dr. Luiz da Rocha Miranda, 159, 4º andarCEP 04344-010 - São Paulo (SP)Tel.: (11) 5017-7604 | 5017-4090

E-mail: [email protected]://www.deleon.com.br

Jornalista responsável:Lenilde Plá Deleón

Repórteres: Mônica Cardoso e Elizabeth BrandãoProjeto Gráfico e Diagramação

Celso Tadeu de Oliveira

Tiragem: 5.000Impressão: Módulo

Obs: A reprodução do conteúdo da revistadepende de autorização da ANFAC

Editorial

Perspectivas econômicaspara o ano de 2007

Notícias Anfac

25 anos da ANFAChistória de sucesso e realizações

Opinião LegalTítulos executivos extrajudiciaise o fomento mercantil

Cenário Contábil e Tributário

Super Receita

Gestão Empresarial – Liderança

Artigo - Central de Riscos

Eventos

Biblioteca ANFAC - Cartas

4

6

9

14

21

23

24

26

28

29

30

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:563

2 5 A N O S D E A N F A C

o dia 11 de fevereiro de 2007, a ANFACcompletou 25 anos de atividades.

É necessário sonhar para alcançar um ideal, queconsome uma vida, mas dura uma eternidade.

Mesmo que esse sonho se realize por etapas,cada vitória é obtida pela motivação de mudar e decrescer e pela habilidade em saber influenciar pes-soas que se juntam visando somar esforços e atin-gir objetivos comuns.

Várias foram as etapas da trajetória das ativi-dades do SISTEMA hoje integrado pela ANFAC,entidade-mater, e pelos 19 Sindicatos Patronais,suas entidades regionais.

Nestes 25 anos não se pouparam esforços paratornar o fomento mercantil uma atividade eco-nômica organizada, reconhecida e consagrada emvários atos do poder público, com perfil precisono direito pátrio e com perfeita correspondênciacom a orientação doutrinária existente nos orde-namentos jurídicos onde o instituto floresceu.

De outro lado, com a expansão das atividadespara todos os quadrantes do País, cresceram asresponsabilidades da ANFAC exigindo o forta-lecimento das representações regionais com a ado-ção da estrutura sindical como meio de se tornarpresente nas mais remotas regiões de nossa ex-tensa área continental para uma mais eficientedivulgação dos serviços de fomento mercantil epara maior visibilidade e transparência de meca-nismos imprescindíveis à sobrevivência de peque-nas e médias empresas e também para revelar epromover tantos talentosos empreendedores ain-da escondidos nos mais longínquos rincões doBrasil, sem oportunidade de trabalhar e, portan-to, de agregar valores à economia.

Como idealizador, o meu orgulho é ver tantosucesso, a minha gratidão de poder compartilharcom tantos empresários os troféus traduzidos noêxito da florescente atividade do fomento mer-cantil em nosso País.

Luiz Lemos LeitePresidente da Anfac

N

Fomento Mercantil4

E d i t o r i a l

Minha gratidão significa a humildade e o reconhe-cimento de poder servir e enaltecer a atuação daque-les que se propuseram a dedicar seu trabalho e suasforças na decisão de estruturar suas empresas paragarantir seu ganha pão, comprometidos, porém, emproduzir e ajudar o Brasil a crescer.

A vitoriosa trajetória do SISTEMA ANFAC está in-contestavelmente comprovada na reunião de pessoasdispostas a trabalhar e a serem o melhor que podem ser,somando conhecimentos, intercambiando experiênci-as, mensurando a excelência dos seus serviços, definin-do responsabilidades e harmonizando divergências, fa-tores que se constituíram no alicerce para construir umpatrimônio de valor inestimável.

Hoje, esse ideal, vivido na faina do dia-a-dia de 25anos de atividades, fez história. Transformou-se emuma realidade responsável pela assistência prestadaa mais de 125 mil pequenas e médias empresas, ga-rantindo sua sobrevivência e dando segurança em-pregatícia a mais de 2 milhões de trabalhadores quemilitam nas mais diversas atividades e nas mais dis-tantes regiões deste imenso e laborioso País.

Esta é a relevante função sócioeconômica desem-penhada pelo fomento mercantil em benefício daeconomia brasileira.

Reconforta-nos enfatizar, nesta altura da vida, que osobjetivos já alcançados com a consolidação profissionalda atividade e com a indiscutível credibilidade do trabalhorealizado, constituem um patrimônio que todos os empre-sários, que mourejam no cotidiano do mercado de fomen-to mercantil, têm a obrigação de preservar e valorizar, con-forme testemunhado no manifesto unanimemente firma-do pelos 19 Sindicatos integrantes de nosso Sistema.

Apesar de nossa imensa e vitoriosa jornada, muitoainda há por percorrer. Que as mesmas forças e idealque nos impulsionaram no início da trajetória nos le-vem a patamares mais altos, onde acumularemos ou-tras realizações, indispensáveis para o setor e vitaispara a economia brasileira.

C I C L O D E C O N Q U I S TA S ER E A L I Z A Ç Õ E S

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:564

S I N D I C A T O S

“25 Anos trabalhando pelocrescimento do Brasil”

Os Sindicatos das Sociedades de Fo-mento Mercantil – Factoring, representa-dos por seus Presidentes, vêm a públicoatravés do presente MANIFESTOexternar o seu reconhecimento em rela-ção à atuação da ANFAC – Associação Na-cional das Sociedades de Fomento Mer-cantil – Factoring por ocasião da recenteaprovação do Projeto de Lei de Regula-mentação do Fomento Mercantil na Câ-mara dos Deputados. A ANFAC foi defato e de direito a única entidade repre-sentativa de nossa classe empresarial aacompanhar de forma vigilante e atentatoda a tramitação do projeto de lei, pres-tando subsídio aos Senhores DeputadosRelatores e zelando pela qualidade do tex-to legislativo.

O coroamento deste relevante traba-lho solitário e incansável deu-se com aaprovação, pela Câmara dos Deputados,de um texto moderno e que atende aosanseios de toda a classe empresarial, se-jam ou não associados da ANFAC.

No ano em que se comemoram os 25anos da fundação da ANFAC é dever dosSINDICATOS representantes regionais dacategoria enaltecer a relevante atuaçãoinstitucional da ANFAC exercida muitasvezes de maneira incógnita em favor de

10 de janeiro de 2007

todas as empresas de fomento mercantil.A atuação institucional da ANFAC não se

tem resumido ao Congresso Nacional, sendonotória a defesa dos interesses da classe pe-rante o Poder Judiciário, COAF, Receita Fede-ral, Banco Central, Banco do Brasil, demais ór-gãos estatais, bem como perante outras enti-dades de classe e instituições financeiras, razãopela qual os SINDICATOS reconhecem naatualidade a ANFAC, como única entidadeassociativa de caráter nacional, capaz, pelos seuspróprios méritos, de representar os interes-ses corporativos do Fomento Mercantil, comsua relevante função sócioeconômica de apoioa uma clientela composta por mais de 120.000pequenas empresas.

Sinfac/PASinfac/PESinfac/PRSinfac/RJSinfac/RO-ACSinfac/RSSinfac/SC-NCOSinfac/SC-CSSinfac/SP

Sinfac/ALSinfac/AMSinfac/BASinfac/CE-PI-MA-RNSinfac/DFSinfac/ESSinfac/GO-TOSindisfac/MGSinfac/MTSinfac/MS

I N F O R M E P U B L I C I T Á R I O

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:565

P e r s p e c t i v a s 2 0 0 7

6 Fomento Mercantil

PAC - Direção correta,orientação inadequada.

Economista, Maílson Ferreira da Nóbrega, foi ministro da Fazenda no período 1988/1990, depois

de longa carreira no Banco do Brasil e no setor público, também foi chefe da Coordenadoria de

Assuntos Econômicos do Ministério da Indústria e do Comércio, entre outras importantes

funções no setor público. Atualmente é sócio da Tendências Consultoria Integrada, empresa de

consultoria econômica e política sediada em São Paulo. Três livros publicados e vários artigos em

revistas especializadas e veículos da mídia nacional, definem seus conhecimentos sobre a Economia

do País. Nesta edição da Revista Fomento Mercantil, ele faz uma análise conjuntural, relevando as

perspectivas econômicas para 2007.

Como o senhor analisa econo-micamente o Brasil este ano?

A não ser por uma mudançagrave no cenário internacional, aeconomia brasileira deve ter umdesempenho melhor do que em2006, com inflação sob controle(em torno de 4%), juros em queda(Selic por volta de 11,5%) e taxade câmbio estável nos níveis atu-ais, da ordem de R$ 2,10 por US$.O crédito deve continuar se ex-pandindo acima do crescimentoda economia e o mesmo deveacontecer com a massa salarialreal. O PIB deve crescer na ordemde 3,5%, o que superará a médiados últimos vinte anos.

O nervosismo da Bolsa Chinesa poderá afetar nossaeconomia, ou tudo isso não passa de sustos naturaisdo mercado?

Como já se viu, a queda na China foi uma correçãoque teve seu aspecto saudável. No momento em querespondo a essa questão, os mercados já voltaram ànormalidade. O Brasil passou bem, mais uma vez, umperíodo de turbulência, como havia acontecido em

maio do ano passado. É umaprova de que reduzimos a vul-nerabilidade externa e esta-mos mais preparados para en-frentar períodos de turbulên-cia na economia mundial.

Ao seu ver, quais são os pon-tos positivos e os pontos nega-tivos do PAC? O PAC tem umadireção correta - a infra-estru-tura - e uma orientação ina-dequada - o Estado comocentro dos investimentos. Aocontrário do que foi dito, não“destrava” a economia, poisos fatores que nos mantêmpresos a um crescimento re-

lativamente medíocre continuam intocados, como acaótica e exagerada carga tributária, a anacrônicalegislação trabalhista e uma previdência social in-sustentável no longo prazo, para citar os pontos maisrelevantes. O melhor do PAC foi, a meu ver, o discur-so do Lula, que realçou a necessidade de o desen-volvimento estar associado à democracia, à respon-sabilidade fiscal e à ausência de controles de pre-ços. Foram recados muito bem dados.

Maílson Ferreira da Nóbrega

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:566

7Fomento Mercantil

Pelo visto a sociedade ainda não se convenceu dos efeitos positivos doprograma. O que o governo precisa fazer para obter essa adesão?

A sociedade não adere facilmente a programas como o PAC. Trata-se deuma questão técnica longe do alcance da maioria. Avaliações, apoios ecríticas em ações desse tipo envolvem apenas formadores de opinião egrupos reduzidos de empresários.

Como o senhor classifica o Brasil em relação à competitividade nomercado global?

O Brasil se tornou um dos mais competitivos países no agronegócio, par-ticularmente na agroindústria canavieira, que agora se sobressai com oetanol. Temos empresas competitivas globalmente, como a Embraer, a Valedo Rio Doce, a Ambev e a Gerdau. Temos tudo para melhorar nossa inser-ção nos fluxos mundiais de comércio quando formos capazes de atacar ochamado”custo Brasil”, mediante reformas microeconômicas que elevema produtividade e a competitividade, especialmente a tributária.

No ano passado, o senhor disse que o governo gasta 12 vezes maiscom benefícios do que com investimentos. Qual a conseqüência dissopara o País?

O tamanho dos gastos previdenciários e assistenciais é incompatívelcom nosso atual estágio de desenvolvimento. O Brasil gasta com bene-fícios para idosos o dobro da média mundial. Este ano, deve chegar a13% do PIB contra 6% nos EUA, uma média de 5% na América Latina,1,5% na Coréia do Sul e cerca de 2% na China. Nossos gastos nessa áreasão semelhantes aos de países ricos da Europa, cuja participação dosidosos na população chega a ser o dobro da nossa. Estamos ampliandogastos correntes e diminuindo os de investimento. O gasto público percapita com idosos pobres é mais de 20 vezes o que realizamos com ascrianças pobres. A conseqüência direta desse processo tem sido o au-mento a cada ano da carga tributária e da informalidade no mercado detrabalho, o que conspira contra o investimento e a produtividade. Não éà toa que o crescimento tem sido medíocre.

O senhor acredita que esta é a hora da realização das reformasestruturais?

Estamos atrasados alguns anos nessa tarefa.

Como o senhor vê a atuação do setor de fomento mercantil no País?Vejo como um segmento que oferece alternativas de financiamento

para o setor privado e assim pode contribuir para alavancar a atividadeeconômica e o emprego.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:567

P e r s p e c t i v a s 2 0 0 7

Tabela Progressiva anual para cálculo do Imposto

8 Fomento Mercantil

É preciso conter o crescimentodas despesas da União

O economista Antonio Delfim Netto que é professor catedrático de Economia Brasileira e Teoria do

Desenvolvimento Econômico, foi deputado federal pelo PPB-SP, nos mandatos 1986/90/94/98 e 2002.

Foi ministro da Fazenda, no período 1967/74; ministro da Agricultura em 1979, e ministro chefe da

Secretaria de Planejamento da Presidência da República de 1979 a 1985. Delfim Netto também foi em-

baixador do Brasil na França (1975/77) e secretário da Fazenda do Estado de São Paulo (1966/67). No

período em que foi Ministro da Fazenda, na década de setenta, a economia brasileira registrou as

maiores taxas de crescimento em sua história (média anual de 9% de crescimento do PIB). Agora,

analisa as perspectivas da economia brasileira, em caráter exclusivo, para a Revista Fomento Mercantil.

FM

Quais são as suas expectativas para a economia doBrasil nos próximos anos?

Esse ano a economia deve crescer, de forma mo-desta, e superar o resultado de 2006, quando o PIBcresceu 2.9 %, o que situou oBrasil numa das últimas posi-ções de desenvolvimento mun-dial. Há condições de cresci-mento, com recuperação de im-portantes setores da agroindús-tria, onde a melhoria dos preçossustentada pela expansão docomércio mundial estimula no-vos investimentos em máquinas,equipamentos e no aprimora-mento tecnológico. Com o cres-cimento, o PIB brasileiro poderávoltar a crescer. O setor sucro-alcooleiro, onde se iniciou a cor-rida para o bio-combustível, estáem franca expansão no sudestebrasileiro e em outras regiões.

Quais medidas o governo deve tomar para recupe-rar a confiança dos investidores no País?

Além das correções na política monetária, indi-cando claramente ao mercado que o processo dequeda dos juros vai continuar e que a redução podese acentuar nos próximos meses, é preciso contero crescimento das despesas da União. Só assim aspessoas poderão voltar a acreditar que a carga tri-butária vai parar de crescer no curto prazo e pode-rá acontecer uma redução em relação ao PIB nomédio prazo.

Quais são os pontos positivos do PAC e no que contri-bui para o desenvolvimento do País?

A maior virtude do PAC está em mostrar a disposiçãodo governo de juntar-se ao setor privado para a recupe-

ração ou expansão da rede ro-doviária, dos portos e vias fluvi-ais que praticamente não rece-beram investimentos importan-tes nos últimos vinte anos e naretomada das obras vitais deconstrução de hidrelétricas, semo que nenhum esforço de de-senvolvimento terá sucesso. Opresidente Lula mudou a agen-da que governa o País, recolo-cando no centro das preocupa-ções o fator Desenvolvimento,com redução das desigualda-des entre as pessoas e as regi-ões do País, com melhoria doemprego e dos níveis de renda.

Como o senhor analisa a situação do Brasil no ce-nário econômico mundial?

Gosto de lembrar uma sentença corrente nas chan-celarias de nosso Continente: ”El Itamaratí no improvi-sa”. Isso dá uma idéia do respeito que a diplomaciados países de língua espanhola tem pela política exte-rior do Brasil. Agora, quando os chefes de Estado que-rem influir acima da conta, misturando afinidades ideo-lógicas ou preferências pessoais, atropelando a políti-ca externa, então o caldo ameaça derramar. Acreditoque a aproximação recente com o governo Bush deveser proveitosa para o Brasil.

Antonio Delfim Netto

Divulgação FEA-USP

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:568

9Fomento Mercantil

I Encontro de SecretáriosExecutivos dos SINFAC’spromove integraçãoe troca de experiências de

N o t í c i a s - A N F A C

om o objetivo de reunir os secretários exe-cutivos dos SINFAC’s, visando o aperfeiçoa-

mento da função que desempenham, através datroca de experiências pessoais e técnicas, alémde fortalecer os vínculos entre a entidade-matere os sindicatos integrantes do sistema, a ANFACrealizou, nos dias 1 e 2 de março, o I Encontro deSecretários Executivos dos SINFAC’s – Sindica-tos das Sociedades de Fomento Mercantil-Fac-toring, no 21st Century Flat, em São Paulo.

Durante o evento, os secretários participa-ram de dinâmicas com o intuito de promover a

integração, enquanto que o presidente da AN-FAC, Luiz Lemos Leite, falou sobre a evoluçãodo factoring no País, o Sistema ANFAC e a im-portância do curso de agente de fomento mer-cantil para o secretário executivo – coorde-nado pelo Instituto Brasileiro de Fomento Mer-cantil (IBFM). No término do dia, o grupo fezuma visita à sede da Entidade.

No segundo dia dos trabalhos, as atividadesforam conduzidas por apresentações ministra-das pelos próprios secretários executivos, quefalaram de suas experiências nos sindicatos em

CO presidente da ANFAC, Luiz Lemos Leite, inicia o Encontro com uma palestra sobre a evolução do fomento mercantil no País

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:569

10 Fomento Mercantil

que atuam. Muitos ressaltaram a importância deeventos para a disseminação do fomento mer-cantil. Os participantes também assistiram à pa-lestra sobre as funções dos sindicatos do pontode vista legal.

Após o almoço, assessores e gerentes da enti-dade discorreram sobre assuntos inerentes às ta-refas sindicais, como a contribuição sindical pa-tronal e o assessoramento prestado pela Entida-de. Em seguida, a palavra foi dada aos participan-tes, que expressaram suas opiniões e impressõessobre o Encontro, terminando com os agradeci-mentos do presidente da Entidade, Luiz Lemos Lei-te, e um coquetel de confraternização.

ÓTIMA INICIATIVA

A iniciativa do Encontro foi festejada pelosparticipantes, que destacaram sua importânciapara o intercâmbio de informações entre os sin-dicatos e a ANFAC. “O evento está sendo bastan-te enriquecedor. Espero que o Encontro promo-va uma efetiva troca de experiências entre os sin-dicatos. A estrutura da organização também está

ótima”, disse Orlando de Souza Santos, diretortécnico do SINFAC de Goiás e Tocantins.

Para Geraldo Wilton da Mata, secretário exe-cutivo do SINDISFAC de Minas Gerais, um dosmais atuantes com cerca de 200 empresas filia-das, “essa interação é importante para aprofun-dar os conhecimentos sobre a ANFAC e tambémpara destacar a figura do secretário executivo,responsável pela representação do sindicato”.

O secretário executivo do SINFAC do Espí-rito Santo, Renato de Souza, convidado paraministrar uma palestra, destacou a contribui-ção de eventos como este. “Após o Congres-so Brasileiro de Fomento Mercantil realizadoem Porto Alegre no ano passado, percebemosque ele foi uma mola propulsora para o cres-cimento da atividade de fomento mercantil nonosso sindicato, com um número cada vezmaior de pessoas interessadas em constituiruma empresa de factoring. Além disso, o En-contro marca o início das comemorações dos25 anos da Entidade e a ANFAC está de para-béns pela iniciativa”, avalia.

“Espero que o Encontro promovauma efetiva troca de experiênciasentre os sindicatos”

Orlando de Souza Santos, SINFAC GO e TO

“Essa interação é importantepara aprofundar os conhecimentossobre a ANFAC e destacar a figurado secretário executivo”

Geraldo Wilton da Mata, SINFAC-MG

“O Encontro marca o início das co-memorações dos 25 anos da Entida-de e a ANFAC está de parabéns pelainiciativa”

Renato de Souza, SINFAC-ES

N o t í c i a s - A N F A C

Secretários Executivos dos SINFAC’s de todo o País participam do Encontro

FM

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5610

11Fomento Mercantil

Unindo praticidade e a moderna tecnologia utilizada na Internet, o novo canal de

comunicação tornará acessíveis as novidades, pontos de vista, comentários e

entrevistas de interesse do segmento de fomento mercantil.

TV ANFAC aproximaEntidade de associados

No ano em que come-mora seu 25º aniversário,a ANFAC lança mais umserviço para se aproxi-mar de seus associadose da comunidade: a TVANFAC. De acordo com opresidente da Entidade,Luiz Lemos Leite, a TVserá um novo canal decomunicação da Entida-de. “Com esta modernatecnologia utilizada naInternet, a ANFAC preten-de ampliar o seu contatoe a transmissão de informações sobre o se-tor para as empresas as-sociadas, os usuários do fomento mercantil etoda a sociedade”.

A TV ANFAC, que foi inaugurada em feverei-ro, enfocará assuntos relevantes das áreas ju-rídica, tributária e operacional das empresasassociadas, como, por exemplo, a interpreta-ção de um dispositivo legal, a necessidade daempresa seguir esse dispositivo. “A TV ANFACcontribuirá, ainda mais, com a nossa funçãoprimordial que é dar suporte às associadas,orientando-as, esclarecendo dúvidas e con-tribuindo com o crescimento e desenvolvimen-to do setor”, comentou o presidente.

Unindo praticidade à mais moderna tecnolo-gia utilizada na Internet, a TV ANFAC tornará

acessíveis as novidades,pontos de vista, comentá-rios e entrevistas de inte-resse do mercado de fo-mento mercantil.

Apresentados pelojornalista Sérgio Tamer,os programas serãodisponibi l izados deacordo com o surgi-mento de temas que en-volvem o setor e des-pertam interesse nasempresas de fomentomercantil de todo o País.Além disso, serão divul-gados outros serviçosque a ANFAC oferece.

O programa de estréia trouxe como entre-vistado o próprio presidente da Entidade, LuizLemos Leite, falando sobre as lutas e con-quistas dos 25 anos de atuação da ANFAC.“Com essa nova ferramenta, teremos maisuma possibilidade de congregar o segmentode fomento mercantil em torno desse grandeideal que está fazendo duas décadas emeia”, disse o presidente.

Para assistir ao primeiro programa daTV ANFAC, basta entrar no site da Entidadewww.anfac.com.br e clicar no link corres-pondente.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5611

12 Fomento Mercantil

Agente de fomento mercantil

Considerado um dos cursos mais tradicionais e re-quisitados do mercado, o Curso de Agente de FomentoMercantil – Operador de Factoring chegou a sua 114°edição. Certificado pela ANFAC, o curso é consagradopelos ensinamentos e experiências que são transmiti-dos e ao longo de 6 dias mostra aos empresários e ope-radores os princípios éticos operacionais e legais.

As palestras são ministradas pelo presidente da AN-FAC, Luiz Lemos Leite e por Paulo Freire de Mello, quetem mais de 32 anos de experiência na área educacio-nal. O 114º curso aconteceu de 05 a 09 de fevereiro, emSão Paulo. Hoje são 6.496 operadores já diplomados.

N o t í c i a s - A N F A C

Associação dos advogadosinaugura portal

A ABAEF – ASSOCIAÇÃOBRASILEIRA DOS ADVOGA-DOS DE EMPRESAS DE FO-MENTO MERCANTIL inau-

gura neste mês de março o seu portal na INTERNET, quepoderá ser acessado através do site: www.abaef.org.br

Os advogados militantes no Fomento Mercantil pas-sam a contar com um banco de dados de jurisprudênci-as sobre Factoring, recebendo ainda notícias jurídicasde relevância para sua atividade profissional. Os asso-ciados poderão também alimentar o banco de dados comnovas decisões judiciais, além de possuírem um espaçopara publicação de artigos sobre Fomento Mercantil.

Luiz Lemos Leite, Presidente da ANFAC e da ABAEF, des-taca uma importante ferramenta contida no Portal, destina-da aos empresários de Factoring. ”O portal possui uma áreade busca de profissionais onde o empresário poderá con-tratar advogados nas diversas regiões do Brasil, com espe-cialização nas demandas de Fomento Mercantil e afinadoscom a especificidade dos negócios de factoring”.

O portal possibilita aos advogados que, ainda não seassociaram, façam suas inscrições “on line”, passandoa integrar o banco de dados da entidade.

Maiores detalhes sobre a ABAEF poderão ser obtidos em seu portal ou através do telefone (11) 3549-4865

Gerenciamento de riscos

No dia 28 de março, o IBFM promove o Curso deGerenciamento de Riscos em Empresas de Fomen-to. Destinado a diretores, sócios, administradores egerentes de empresas de fomento mercantil, o cur-so será ministrado pelo Diretor Executivo da SM Fo-mento Comercial, Delano Macedo de Vasconcellos.

O objetivo do curso é ir além dos padrões usu-ais nos procedimentos adotados para análise decrédito e oferecer às empresas de fomento mer-cantil ferramentas para gerir os negócios comeficiência, com avaliação integrada de todos osriscos – mercado, negócio, crédito e financeiros,permitindo tomar decisões seguras para alcançaros termos de ganhos de produtividade, liquidez erentabilidade.

Serviço:

Dia: 28 de março - Horário: das 8:30 às 19 horas

Local: Hotel Comfort Downtown

Rua Araújo, 141 – São Paulo

ANFAC nomeia

1° vice-presidente

No dia 23 de fevereiro, oengenheiro e diretor da PSFactoring Fomento Comerci-al de Recife, Marconi JoséPereira, foi nomeado paraocupar o cargo de 1° vice-presidente da ANFAC. Asso-ciado desde junho de 1992,Marconi ocupava o cargo device-presidente executivopara coordenação do Nordeste. Era membro atuan-te e participativo dos Comitês de Novos Produtos eGovernança Corporativa.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5612

13Fomento Mercantil

Parceria com consultor ereestruturador de empresas

Com o apoio da ANFAC, o IBFM firmou parceriacom o consultor e reestruturador de empresas Jo-sué Mesanelli Souto Ratola e equipe. O profissionalé especializado na consultoria, acompanhamento,recuperação e reestruturação de empresas.

Com o convênio, o IBFM vai oferecer às em-presas de fomento mercantil serviços especiali-zados de profissional qualificado que é um ele-mento importante na reestruturação de empre-sas que apresentam dificuldades gerenciais eadministrativas.

O trabalho do consultor consiste na realizaçãode diagnósticos dos problemas que afetam a em-presa, análise e viabilidade de reativação de seusnegócios e na execução, se necessário, do planode recuperação o que possibilitará a retomada doritmo de sua atividade.

Caso uma empresa de fomento mercantil ne-cessite da atuação de um profissional capaci-tado na reestruturação, recuperação, consul-toria e reorganização de empresas ou queiramaiores informações, pode procurar o IBFMatravés do telefone: (11) 3331-5847, ou acessaro site: www.ibfm.com.br.

ANFAC e SERASApromovem evento

A ANFAC, em conjunto com a SERASA, pro-moveu, no dia 23 de janeiro, um evento desti-nado aos empresários e advogados filiadosa ABAEF - Associação Brasileira dos Advo-gados das Empresas de Fomento Mercantil.Com esta pauta: explanação sobre o Projetode Lei nº 3.615/2000, aprovado na CCJ da Câ-mara em 21.12.2006, ministrada por Luiz Le-mos Leite, Presidente da ANFAC, IBFM e ABA-EF; função social do modelo do contrato defomento mercantil da Anfac, palestrante Os-carlino Moeller, Desembargador do Tribunalde Justiça de São Paulo; vigência da Lei nº11.382/2006, alterações no Código do Proces-so Civil, a partir de 21/01/2007, apresentadopor José Luis Dias da Silva, Assessor da Pre-sidência da ANFAC e Vice-Presidente daABAEF; reflexos da Lei n° 11.382/2006 e a Cer-tificação Digital, ministrado por representan-te da SERASA, Rogério Yuki; e gestão, recu-peração e desenvolvimento de empresas,apresentação do convênio celebrado como IBFM pelo consultor Josué Ratola.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5613

14 Fomento Mercantil

M a t é r i a d e C a p a

25 ANOS DE LUTASE CONQUISTAS

s vésperas de completar 25 anos de funda-ção, a ANFAC recebeu um presente de ani-

versário antecipado: a aprovação do Substituti-vo ao Projeto de Lei nº 3.615/2000, pela Comis-são de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmarados Deputados, em 21 de dezembro de 2006.

Tal aprovação representa mais uma eta-pa vencida depois dos inúmeros obstáculosenfrentados na longa tramitação nas várias

comissões técnicas da Câmara.A vitória da aprovação na Câmara já repre-

senta mais um marco para a legalização da ati-vidade de fomento mercantil no Brasil e vemcoroar de êxito o maior objetivo da Entidade, quenesses 25 anos destacou-se pela defesa dosinteresses do setor e consolidação do factoringcomo atividade mercantil.

Uma história de lutas que remonta à década

À

A T R A J E T Ó R I A D O F O M E N T O

11 de fevereirode 1982 – Fun-dação da AN-FAC por 11 em-preendedorese Luiz LemosLeite é eleitopresidente daEntidade.

16 de junho de1982 – BancoCentral baixa aCircular nº 703na tentativa deregular a ativi-dade de fomen-to mercantil.

1986 – – Tribu-nal Federal deRecursos dá,por unanimi-dade, à vitóriado factoring.Revogada defato a Circularnº 703.

1986 – InstruçãoNormativa nº 16 –DNRC – Dispen-sa a aprovaçãoprévia do BancoCentral para aconstituição deempresas.

30 de setembrode 1988 – Ban-co Central reco-nhece o fomen-to como ativida-de mercantilmista atípica pormeio da Circularnº 1.359 e revo-ga a nº 703/82.

1993 – Projetode Lei da Câ-mara nº 192.

1994 / 1995 – Pro-jeto de Lei nº 192da Câmara dosDeputados é ar-quivado no Se-nado, por suainconstitucio-nalidade.

14 de agosto de1995 – protocola-do o PLS nº 230 deautoria do Sena-dor José Fogaça.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5614

15Fomento Mercantil

de 80, quando Luiz Lemos Leite, ainda funcioná-rio do Banco Central, começou estudar o facto-ring implantado em diversos países do mundo,bem como os benefícios proporcionados paraa economia, principalmente para o segmento dapequena e média empresa.

Entusiasmado com a perspectiva de trazertais benesses para o Brasil, já aposentado, nodia 11 de fevereiro de 1982, Lemos Leite fundoua ANFAC no Rio de Janeiro, ao lado de dez em-preendedores, sendo eleito presidente.

O primeiro obstáculo surgiu após quatro mesesda fundação, quando o Banco Central, numa 1a. ten-tativa de normatizar a atividade de fomento mer-cantil, baixou a Circular nº 703, até que o ConselhoMonetário Nacional (CMN) regulamentasse o tema.

“A Circular nº 703 teve um grande impacto nomercado e gerou dúvidas e distorções que per-manecem até hoje, como confundir o fomentomercantil com a atividade financeira praticadapelos bancos. Dessa forma, nós amoldamos todoo modelo de factoring praticado nos outros paí-ses à cultura e ao direito da legislação brasileira,tornando-o uma atividade mercantil e comercial,totamente regular,” argumenta Lemos Leite.

Durante seis anos de lutas e esforços, em 30de setembro de 1988, a diretoria do Banco Cen-tral, por meio da Circular nº 1.359, revogou a Cir-cular nº 703 e reconheceu o fomento como ativi-

dade mercantil mista atípica, que consiste naprestação de serviços conjugada com a aquisi-ção de direitos creditórios originados de vendas.

Já em 22 de fevereiro de 1995, o CMN re-conheceu, de forma definitiva, a tipicidadejurídica própria e fixou os limites da área deatuação das sociedades de fomento com aedição da Resolução nº 2.144, amparado naLei nº 8981, de 20 de janeiro de 1995. Nestemesmo ano, o fomento partiu para a consoli-dação do seu balizamento legal.

Durante mais de meio quarto de século, a le-gislação da atividade tem sido a meta principalda ANFAC, para condensar, em um só texto, adifusa legislação infraconstitucional que ampa-ra o setor do fomento mercantil. A regulamenta-ção da atividade preservará o fomento mercan-til como mecanismo de alavancagem da produ-ção, protegerá e valorizará as sociedades defomento mercantil sérias e verdadeiramente pro-fissionais. Dará o devido reconhecimento à re-levante função socioeconômica da atividadeque garante a sobrevivência de 125 mil empre-sas de pequeno e médio porte.

Hoje, a ANFAC está presente em 22 estadosbrasileiros por meio dos 19 Sindicatos das Soci-edades de Fomento Mercantil – Factoring (Sin-facs), que coadjuvam na orientação e assesso-ria para as empresas do setor.

E N T O M E R C A N T I L N O B R A S I L

22 de fevereiro de1995 – ConselhoMonetário Nacio-nal reconhece atipicidade jurídicaprópria e a atua-ção das socieda-des de fomentoatravés da Resolu-ção nº 2.144.

Junho de 1996 –PLS nº 230 é apro-vado pela Comis-são de AssuntosEconômicos do Se-nado.

Novembro de2000 – PL nº 3.615dispõe sobre ofomento mer-cantil especialde exportaçõesou factoring deexportação.

21 de novembrode 2001 – Aprova-do o substitutivo doDeputado Emer-son Kapaz pelaComissão de Eco-nomia da Câmara,que altera a finali-dade do Projetooriginal.

11 de dezem-bro de 2002 –A p r o v a ç ã oem 1º turnodo PLS nº 230pela Comis-são de Cons-tituição e Jus-tiça (CCJ) doSenado.

5 de outubro de2005 – O substituti-vo do DeputadoJosé Militão, ao PLnº 3.615, aprovadona Comissão de Fi-nanças da Câma-ra dos Deputados,dispõe sobre ope-rações de fomentomercantil.

21 de dezembrode 2006 – Aprova-ção conclusiva doSubstitutivo, do De-putado Léo Alcân-tara, ao PL nº 3.615/2000, pela Comis-são de Constitui-ção e Justiça(CCJ) da Câmarados Deputados.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5615

Fomento Mercantil16 Fomento Mercantil

M a t é r i a d e C a p a

Operações de fomento mercantil

no mundo

25 ANOS DE EVOLUÇÃO

A atividade de fomento mercantil teve umavanço expressivo durante seus 25 anos de exis-tência, contribuindo de forma relevante para odesenvolvimento socioeconômico do País.

Hoje, há 764 filiadas ao Sistema ANFAC commais de 125 mil empresas clientes de pequenoe médio porte, originando 2 milhões de empre-gos, de forma direta e indireta.

Dentre as empresas filiadas à ANFAC, hábastante diversificação quanto ao segmento emque atuam, pertencendo aos setores de Meta-lurgia (26%), seguido por Outras Indústrias (18%),Empresas Comerciais (17,5%), Prestação de Ser-viços (14%), Têxtil e Confecção (8,5%), Química(6%), Sucro-Alcooleiro (4,5%), Gráfica (4%) eTransportes (9%).

O perfil do empresário de fomento mercantiltambém é muito diversificado e composto poreconomistas (28%), administradores (22%), ad-vogados (20%), engenheiros (15%), contadores(10%) e outros profissionais (5%). Em sua maio-ria, os empresários apresentam idade superiora 40 anos (60%) e metade é proveniente dosbancos (50%).

FACTORING NO MUNDO

De acordo com as últimas estatísticas, do FCI,referentes ao ano de 2005, o fomento mercantilrealizou operações da ordem de 1.018 trilhão deeuros nos 5 continentes.

O dado que mais chama a atenção é que oBrasil contribui com quase a metade das opera-ções no continente americano.

Da carteira mundial do fomento mercantil, aEuropa se destaca pelas maiores movimenta-ções, 716,7 bilhões de euros, o que significa70,4% do total.

Em seguida, estão praticamente empatadosos continentes asiático – cujas operações so-mam 136,4 bilhões de euros, equivalentes a13,4% do total – e as três Américas, que juntasmovimentam 135,4 bilhões de euros, o que cor-responde a 13,3%.

Já a Oceania, com destaque principalmentepara Austrália e Nova Zelândia, abocanhou umafatia de 2,2 %, sendo responsável por operaçõesde 22,4 bilhões de euros.

Por fim, a África movimenta 7,12 bilhões deeuros, o que representa apenas 0,7% da cartei-ra mundial do fomento mercantil.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5616

Fomento Mercantil 17Fomento Mercantil

A história do factoring no Brasil começabem antes da fundação da ANFAC e coincidecom a trajetória de vida e a dedicação de umempreendedor com visão à frente do seu tem-po. Ela se inicia em 1968, quando Luiz LemosLeite, funcionário do Banco Central, ao exami-nar o relatório de inspeção efetuado em umbanco de investimento em São Paulo, depa-rou-se com uma rasura na rubrica “Financia-mento de Capital de Giro”, no ativo do balan-cete, com a palavra Factoring escrita, por cima,com máquina datilográfica.

Intrigado, Lemos Leite começou a estudar oassunto, desde o significado etimológico da pa-lavra factoring, que vem do latim, sendo ele oresponsável por sua tradução como fomentomercantil para o português.

Após 14 anos de estudos, já aposentado, Le-mos Leite decidiu que era o momento de dar iní-cio a essa atividade já consagrada em diversospaíses. “Quando me aposentei, percebi que era aoportunidade de implantar essa atividade no Bra-sil. Reuni alguns empresários que compartilhavamdos meus ideais e estavam dispostos a trazer umaatividade destinada a dar apoio ao segmento das

Histórias que caminham paralelasA vida de Luiz Lemos Leite, fundador da ANFAC e a trajetória

do fomento mercantil no País.

pequenas e médias empresas”, conta.À frente de dez empreendedores,

Lemos Leite fundou a ANFAC em 1982e foi eleito presidente. Cada empre-sário constituiu então uma empresa,com seu devido registro na Junta Co-mercial, de São Paulo e do Rio de Ja-neiro, em uma época em que o assun-to era totalmente desconhecido.

O primeiro desafio veio logo aosquatro meses após a fundação, coma Circular nº 703, do Banco Central,que restringia as atividades de facto-ring no País. “Esse foi o primeiro gran-

de desafio que tivemos. Alguns jornais chega-ram a publicar que o fomento mercantil haviaacabado para sempre no País”, conta.

Entretanto, com o intuito de buscar mais in-formações para implantar a atividade no Brasil,Luiz Lemos Leite e o vice-presidente da Anfac,Atila Martins, foram até Chicago conhecer a maisimportante empresa de factoring dos EstadosUnidos, na época a Walter Heller Factoring Corp. De forma incansável, Lemos Leite realizouinúmeros simpósios, seminários, congressos eeventos com o Judiciário em todo o País, com oobjetivo de difundir os reais objetivos e benefí-cios do fomento mercantil.

“Nestes 25 anos, enfrentamos e vencemosmuitos desafios. Contudo, com o trabalho e aunião de empresas filiadas e clientes, con-seguimos credibilidade e hoje somos uma ati-vidade que está consolidada e que tem o seulugar dentro do contexto econômico nacio-nal, já que o factoring é responsável pela ma-nutenção e sobrevivência de mais de 120 milempresas de pequeno e médio porte”, anali-sa Lemos Leite.

O Juiz da 8ª Vara Empresarial do RJ, Luiz Roberto Ayoub (a esq.), foi um dos palestrantes do 8ºCongresso Brasileiro de Fomento Mercantil, ao lado do presidente da ANFAC, Luiz Lemos Leite

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5617

Fomento Mercantil18 Fomento Mercantil

Hoje vivendo nosEstado Unidos, ondeacumula as funções device-governador hono-rário do Estado deOklahoma, vice-presi-dente para América La-tina da Global FusionFoundation of Oklaho-ma e diretor da Advan-ce Financial Corp., AtilaMartins, foi um dos dezempresários pioneiros

que ajudaram a fundar a ANFAC há 25 anos.“Quando fundamos a ANFAC, ninguém sabia o

que significava o termo factoring, o qual era erro-neamente confundido com agiotagem”.

Atila ainda se lembra da primeira vez em queouviu falar na palavra factoring, quando, em 1967,fazia um curso em Nova York proporcionado peloBanco Chase Manhattan, onde atuava como trai-nee. “Achei bastante interessante a atividade defomento mercantil, pois era complementar a dosbancos; inclusive seu surgimento é anterior àsoperações bancárias. Outro ponto que me atraiufoi o estímulo às pequenas e médias empresas.Desde então, comecei a ler mais sobre o assuntopara conhecer a sua história” conta.

Já em 1981, quando era diretor financeiro e só-cio da Cash Corretora de Câmbio, Títulos e ValoresMobiliários, Atila conheceu o presidente da ANFAC,Luiz Lemos Leite, que à época trabalhava no BancoCentral e era um profundo conhecedor do tema.

“Há alguns anos eu pensava em desenvolver ofomento mercantil no Brasil, quando conheci o Dr.Luiz, que compartilhava dos meus ideais. Funda-mos então a ANFAC, onde atuei como vice-presi-dente. Devido aos seus contatos no meio financei-ro, o Dr. Luiz, na liderança da Entidade, indicou os

Os grandes desafios da atividadeCo-fundador da ANFAC conta sobre o surgimento do fomento no País e o crescimento do setor

membros da diretoria, cuja maior parte era for-mada por empresários do ramo bancário”.

Ele acompanhou o impacto causado pelaCircular nº 703, que cerceava as atividadestidas como factoring em todo território nacio-nal. “No início, com as restrições impostas aosetor pelo governo, muitas pessoas desacre-ditaram do progresso do fomento mercantil noBrasil”, relata.

Entretanto, com o intuito de buscar mais in-formações para implantar a atividade no País,ele e o presidente da ANFAC foram até Chicagoconhecer a mais importante empresa de facto-ring dos Estados Unidos, naquela época.

Hoje, a situação é inversa, devido ao enormecrescimento das operações e às vésperas dalegalização das atividades de fomento mercan-til no País. “A vitória da ANFAC representa umavitória ética e moral e deve-se ao incansável tra-balho do Dr. Luiz, com seu empenho para escla-recer as autoridades brasileiras sobre a atua-ção do factoring em todo mundo, bem comoseus objetivos e utilidades. Outro grande passofoi o treinamento de operadores de factoringoferecido pela Entidade”, avalia.

Segundo ele, a regulamentação irá consolidaras atividades de fomento mercantil no Brasil bemcomo expandir sua atuação e seus benefícios.

“Nunca imaginei que o fomento mercantilchegaria a ter números tão expressivos namovimentação de suas operações. Porém,acredito que o setor irá se desenvolver aindamais, como na área do factoring internacio-nal, que ainda é incipiente no País, mas é mui-to praticado sobretudo na Europa e na Ásia.Com isso, as exportações brasileiras serão fa-vorecidas, já que os processos são mais rápi-dos, o que irá contribuir para o Brasil crescerno mercado externo”.

M a t é r i a d e C a p a

Co-fundador da ANFAC, Atila Martins

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5618

Fomento Mercantil 19Fomento Mercantil

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5619

Fomento Mercantil20 Fomento Mercantil

Dario Tomaselli Júnior e equipeDGS Factoring FomentoComercial LtdaBlumenau - SC

Primeiramente, parabenizo-o pelos vin-te e cinco anos de luta, e como o Sr.: “quevenha muito mais, pois teremos a eterni-dade para descansar”.

Receba um forte abraço, e transmita atodos que fazem a NOSSA ANFAC.

Parabéns

Alcidesio MacielPresidente – Sinfac-PERecife - PE

11/02/1982 – 11/02/200725 anos! Bodas de Prata do factoring

no Brasil!Dr. Luiz, parabéns pelo belo trabalho

desenvolvido, pela determinação, pelos fru-tos alcançados.

Graças à sua bravura e coragem, o facto-ring é hoje uma realidade no Brasil e a suaimportância sócioeconômica, inquestionável.

O nosso muito obrigado e nossos vo-tos que siga em frente com este trabalhodignificante.

Um abraço forte do amigo,

Alexandre Dumont PradoVice-Presidente Executivoda ANFAC

Parabéns pelos 25 anos de conquis-tas e vitórias. Ficamos honrados em fazerparte novamente dessa Entidade.

G Seis Fomento Comercial LtdaSinfac - RS

Hoje é um dia de festa para todos nósdo setor de fomento mercantil.

Somos privilegiados por poder come-morar, na data de hoje, os 25 anos de umaEntidade que só nos traz orgulho por tra-balhar a união e o fortalecimento da cate-goria de forma ética e persistente.

Não há como falar da ANFAC sem lhe

D e p o i m e n t o s

Nesta importante data que tanto a AN-FAC, bem como o FACTORING comemo-ram “ 25 anos” de existência, nós todosseus amigos, e também do presidente daANFAC, temos o prazer e o privilégio depoder compartilhar desse momento defesta e de muita alegria. Esperamos que Deuscontinue lhe dando saúde, determinação e vi-gor, que até agora tem sido marca registrada,nessa sua trajetória na atividade do FomentoMercantil. Desta forma, esperamos que gos-te desta lembrança, como símbolo de nos-so reconhecimento por toda sua dedica-ção e competência em todos esses anos.

Daniel GonçalvesDiretor da Cumbica FactoringGuarulhos - SP

Parabenizo-o pelo aniversário da AN-FAC. Trata-se de um grande sucesso e deuma associação imprescindível para o fo-mento mercantil no Brasil.

Parabéns, mais uma vez, pelos 25 anosda ANFAC!!!

Wladimir Echeverria MeskelisBelo Horizonte - MG

Parabenizamos essa Entidade, na pes-soa de seu Presidente pelos 25 anos detrabalho em prol de nosso segmento.

Se hoje o fomento mercantil está den-tre as atividades com efetiva relevância nopanorama econômico nacional, devemosà ANFAC que não mediu esforços paratanto, lutando diuturnamente pelo reco-nhecimento de seus princípios basilares eem defesa de suas associadas efetivamen-te comprometidas.

Neste aspecto, a conquista de nosso es-paço e o reconhecimento de nosso setor,não teriam sido atingidos, se a ANFAC nãotivesse tido a sua frente nestes 25 anos, oseu Presidente que, verdadeiro visionário,jamais se intimidou diante dos desafios.

Parabéns ANFAC, parabéns Dr. LuizLemos Leite.

Esperamos comemorar com sucesso,tantos outros aniversários!

agradecer por todos esses anos de dedi-cação. Obrigado por fazer da Associa-ção Nacional das Sociedades de Fomen-to Mercantil – Factoring, essa entidaderespeitada e forte.

Sérgio DagostimPresidente Sinfac CS/SCSanta Catarina - SC

Embora o aniversário seja da Associa-ção, a qual parabenizamos, não poderia dei-xar de salientar e congratular-vos por essesvinte e cinco anos de envidados esforços,em que o Sr. vem se dedicando de corpo ealma à causa do fomento mercantil.

Vossa atitude e perseverança fizeramcom que todo um segmento de merca-do saísse da imagem da marginalidade,pelo desconhecimento da atuação emsi, e conseguisse alcançar a magnitudee o respeito que o fomento mercantiltem na atualidade; além da expressivacontribuição para a formação da rique-za desta Nação.

Parabéns ANFAC e Parabéns Dr. Leite.Abraços e congratulações pelo sig-

nificativo evento.

Prof. Raouf Roland MichelSão Paulo - SP

Sinto-me bastante honrado em me tor-nar associado de sua brilhante associaçãono mês de bodas de prata.

É com imenso orgulho e uma inegá-vel dedicação que a ANFAC comemoraseus 25 anos de serviços prestados à so-ciedade brasileira. Não existiria nossa ati-vidade sem seu profissionalismo ao lon-go de todos estes anos. Obrigado Dr.Luiz, toda diretoria e conselho e tam-bém, todos os seus associados.

Em nome da Trustbank Fomento Mer-cantil, já nos sentimos membros desta fa-mília. Parabéns e que muitas bodas come-moremos juntos,

Marcelo Xavier JardimTrustbank FomentoMercantil Ltda.Belo Horizonte - MG FM

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5620

Fomento Mercantil 21Fomento Mercantil

O p i n i ã o L e g a l

A nova lei de execuçãodos títulos executivosextrajudiciais e ofomento mercantil

Nelson Juliano Schaefer Martins

Lei n. 11.382 de 06.12.2006, que trata da au-tonomia do processo de execução dos tí-

tulos extrajudiciais, entrou em vigor no dia20.01.2007. Revela a tendência da legislação con-

temporâneano sentido deproteger osi n t e r e s s e sdos detento-res de títulosde crédito,nestes incluí-dos os empre-sários de fo-mento mer-cantil, por exi-gência de cir-cunstânciasrelacionadascom a segu-rança jurídica,

a rapidez e celeridade da prestação juris-dicional e a estabilidade das relações dedireito material.

São identificados três grupos de temas doprocesso de execução especialmente altera-dos a saber: (1) penhora e avaliação, (2) expro-

priação de bens e (3) embargos do executado.Passa-se a apontar as alterações tidas comomais relevantes aos interesses das empresasde fomento mercantil, na condição de litigantesem juízo, em cada um dos temas destacados:

1. Penhora e avaliação

i) possibilidade de o exeqüente, no ato de dis-tribuição da execução, obter certidão compro-batória do ajuizamento da causa para fins deaverbação premonitória nos registros de imó-veis, de veículos ou outros bens sujeitos à pe-nhora ou arresto (art. 615-A);

ii) inclusão expressa de ações e quotas so-cietárias e percentual sobre faturamento de em-presa devedora na ordem de preferências depenhora (art. 655 e incisos);

iii) previsão da penhora por meios eletrôni-cos, a penhora on line, sobre depósitos em con-ta corrente, aplicação financeira ou conta pou-pança, sobre de bens imóveis ou móveis (arts.649, inc. X, 655, inc. I, 655-A, 659, § 6º);

iv) intimação do executado, se possível, namesma oportunidade da lavratura do auto de

A

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5621

Fomento Mercantil22 Fomento Mercantil

O p i n i ã o L e g a l C

penhora e avaliação (art. 652, § 1º) e se isto nãofor possível, intimação do executado na pessoade seu advogado (CPC, arts. 236 e 237);

v) atribuição de prerrogativa, ao credor, deindicar, na inicial da execução, os bens a pe-nhorar (arts. 652, § 2º e 655), observada prefe-rencialmente a ordem do art. 655;

vi) avaliação em partes, do imóvel que sejasuscetível de cômoda divisão, tendo em conta ocrédito reclamado, com sugestão pelo avalia-dor de possíveis desmembramentos (art. 681,par.ún.);

vii) citação para pagamento em três (3) dias(art. 652, caput) e no caso de pagamento nãoefetuado, realização de penhora e avaliaçãoimediatas (art. 652, § 1º).

2. Expropriação de bens

i) definição de nova ordem para a expropria-ção (art. 647 e incisos): (a) adjudicação pelo pró-prio credor (art. 685-A), (b) alienação por iniciati-va particular (art. 685-C) em que o credor podepromover a venda ou utilizar-se de corretor cre-denciado (art. 685-C, § 3º), (c) alienação por has-ta pública e possibilidade de sua realização pormeio da rede mundial de computadores (inter-net) (art. 689-A) e (d) usufruto de bem móvel ouimóvel (art. 716);

ii) pagamento do preço do bem imóvel arre-matado em hasta pública à vista ou no prazo deaté 15 dias, mediante caução (art. 690, caput);

iii) parcelamento do preço do bem imóvel ar-rematado mediante a apresentação de propos-ta por escrito nunca inferior à avaliação e ofertade pelo menos 30% à vista, com garantia do sal-do por hipoteca sobre o próprio imóvel (CPC, art.690, § 1º; Código Civil, art. 1.473, inc.I);

iv) não-desfazimento da arrematação mes-mo que os embargos à execução sejam julga-dos procedentes (art. 694, § 2º).

3. Embargos do executado

i) apresentação de defesa do executado porembargos à execução, no prazo de 15 dias (art.738). Os embargos doravante independem depenhora, depósito ou caução (art. 736, caput) esão distribuídos por dependência, mas autua-dos em apartado e instruídos com cópias de-claradas autênticas pelo próprio advogado (arts.544, § 1º in fine e 365, inc. IV);

ii) imposição de multa não superior a 20% dovalor da execução no caso de embargos mani-festamente protelatórios (art. 740, par.ún.);

iii) supressão do efeito da suspensividade aosembargos à execução (art. 739-A), admitida ape-nas excepcionalmente a atribuição do efeitosuspensivo aos embargos (art. 739-A, § 1º);

iv) rejeição liminar dos embargos ou não co-nhecimento de sua tese quando o excesso deexecução for fundamento dos embargos e oembargante não declara na petição inicial, pormemória de cálculo, o valor que entende corre-to (art. 739-A, § 5º);

v) apresentação pelo executado, no prazode embargos e renunciada a sua propositura,de proposta de moratória para pagamento dovalor do débito em até seis parcelas mensais,acrescidas de correção e juros de 1% ao mês,desde que depositado 30% do valor em execu-ção, inclusive custas e honorários (art. 745-A).

Nelson Juliano Schaefer MartinsDesembargador do Tribunal de Justiça do

Estado de Santa Catarina

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5622

Fomento Mercantil 23Fomento Mercantil

C e n á r i o C o n t á b i l e T r i b u t á r i o

No mês de janeiro, o volume decheques devolvidos por falta de fun-dos permaneceu estável. Segundo aSerasa, a cada mil cheques compen-sados, 18,8 foram devolvidos por fal-ta de fundos. Em comparação comdezembro, houve um decréscimo de0,5%. Segundo os técnicos da Sera-sa, a redução do volume de chequesdevolvidos reflete o crescimento da

Endividamento do consumidor aumenta

e inadimplência tem queda

Segundo a Federação do Co-mércio do Estado de São Paulo(Fecomercio), o número de con-sumidores que possuem dívidasvoluntárias – cheque especial,cartão de crédito, empréstimopessoal ou prestações em geral,chegou a 61% em fevereiro, umaalta de três pontos percentuaiscomparado a janeiro. Em relaçãoao mesmo período de 2006, hou-

ve uma queda de seis pontos per-centuais.

Na inadimplência houve ligei-ra melhora, com queda de um pon-to percentual em relação ao mêsde janeiro. Mas, se comparadocom fevereiro de 2006, aumentouseis pontos percentuais. Os dadossão da Pesquisa de Endividamen-to e Inadimplência do Consumidor(PEIC) realizada pela Fecomercio.

Cheques sem fundo permanecem estáveis

massa real de rendimentos susten-tado pelo baixo índice de inflação epela elevação da atividade econô-mica nacional durante o ano de 2006.A queda da evolução também podeter acontecido pela utilização de cré-dito para a quitação de dívidas e aprática de melhores critérios e me-todologias adequadas para o rece-bimento de cheques.

Pessoas JurídicasutilizamR$ 74,8 bilhões

No ano passado, as pequenas emédias empresas utilizaram metadedo crédito destinado pelos bancosàs pessoas jurídicas. Os bancos Bra-desco, Itaú, ABN Amro e Unibancoemprestaram juntos R$ 74,8 bilhões,valor superior a 2005. As pequenas emédias empresas quase empataramcom as grandes em participação to-tal da carteira, com 49,7% contra50,3%, respectivamente.

Imposto deRenda 2007

As declarações do Imposto deRenda da Pessoa Física 2007 (ano-base-2006) já podem ser feitas.

Os contribuintes que receberamsalários acima de R$ 14.992,32, em2006, têm até o dia 30 de abril paraprestar contas com o Leão.

Quem atrasar, ficará sujeito àmulta mínima de R$ 165,75. Segun-do a Receita, o primeiro lote de res-tituição deve ser liberado a partirde 15 de junho.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5623

Fomento Mercantil24 Fomento Mercantil

S u p e r R e c e i t a

Super-Receita às portasAs estruturas da Receita Federal e da Receita Previdenciária atuarão de forma

conjunta, inclusive na área de fiscalização.

Câmara dos Deputados aprovou, no dia 13de fevereiro, o projeto de lei que unifica as

estruturas de arrecadação da Secretaria da Re-ceita Federal, ligada ao Ministério da Fazenda,e da Secretaria de Receita Previdenciária, su-bordinada ao Ministério da Previdência. As duasestruturas atuarão de forma conjunta, inclusivena área de fiscalização. Durante o ano de 2006,as duas secretarias arrecadaram mais de R$520 bilhões em impostos e contribuições. Ago-ra, o projeto aguarda sanção presidencial.

Membros do governo afirmam que a Super-Receita garantirá uma melhor fiscalização bemcomo a simplificação da arrecadação de impos-tos e da contribuição à Previdência Social e des-tacam, ainda, que a unificação dos órgãos nãoaumentará a carga tributária, como muitos se-tores da economia estão temendo.

A Super-Receita, que será subordinada aoMinistério da Fazenda, terá aproximadamente34 mil servidores, dos quais 12 mil são audito-res, sendo 7,5 mil da Receita e o restante da Pre-vidência. Além disso, o projeto também cria oscargos de auditor fiscal, analista financeiro, au-ditor do trabalho e prevê a contratação de 1,2mil procuradores da Fazenda Nacional.

De acordo com o governo, a nova estruturapode já entrar em funcionamento após 30 diasda sanção do presidente Lula e, a partir daí, seráde responsabilidade do novo órgão a adminis-tração tributária e aduaneira (atividades de fis-calização, arrecadação e normatização) dosprincipais tributos federais, incluindo as contri-buições previdenciárias.

A partir da integração, o atendimento aoscontribuintes deverá ser facilitado, visto que

A

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5624

Fomento Mercantil 25Fomento Mercantil

s

precisarão entregar documentos apenas a umórgão. O prazo máximo da fiscalização na áreatributária será de 24 meses. Outra mudança sig-nificativa é que hoje não existe limite para con-clusão de processos de fiscalização na áreatributária e, com a Super-Receita, o prazo máxi-mo de fiscalização passará a ser de dois anos.

A criação da Secretaria da Receita Federaldo Brasil é discutida desde os anos 80 e foi reto-mada em 2005, com o projeto de lei nº 6.272/05,que cria a “Super Receita”, enviado ao Congres-so em novembro de 2005, na gestão do entãoministro Antonio Palocci (Fazenda), após a per-da da validade de votação da Medida Provisó-ria que propunha a unificação das estruturasda Receita Federal e da Receita da Previdência.

No início, segundo o governo, a Secretariada Receita Federal e a Secretaria da ReceitaPrevidenciária continuarão funcionando se-paradamente e a unificação será progressi-va. O que pode ser unificado de imediato, se-gundo o novo ministro, é o planejamento dasfiscalizações. As empresas receberão a visi-ta de apenas um fiscal, o que acarretará naredução de custos, tanto para o governocomo para os empresários.

A integração dos sistemas de informática daSerpro, que processa os dados da Receita Fe-deral, e da Dataprev, que cuida dos dados daPrevidência, será feita de forma gradual e podedurar meses.

No projeto de lei que criou a Super-Receita,foi criado também o cargo de secretário-geraldo novo órgão, que será nomeado pelo presi-dente da República. O texto prevê também acontratação de 1.200 procuradores da Fazen-da Nacional e estabelece a criação dos cargosde auditor-fiscal, analista-técnico e auditor dotrabalho. Para essas funções, com exceção dosprocuradores, serão aproveitados funcioná-rios das duas secretarias.

Serviços Terceirizados

Os deputados aprovaram 15 emendas doSenado ao projeto da Super-Receita e rejei-taram 11, que tiveram parecer contrário dorelator da proposta, deputado Pedro Novais(PMDB-MA). Entre as emendas aprovadas, aque causou mais polêmica foi a de número 3,que diz que o auditor não terá o poder de con-testar o pagamento de imposto por pessoasjurídicas que apresentam sinais de vínculoempregatício com alguma empresa.

Para o presidente Nacional da Ordem dosAdvogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, o pro-jeto de lei deve ser vetado pela presidênciada República, já que no texto há previsão deque não pode haver qualquer tipo de fiscali-zação sobre atividades enquanto não hou-ver decisão transitada em julgado. “Isso, nanossa avaliação, vai favorecer o aumento dotrabalho escravo e a ilegalidade”, afirmou.“Se estamos querendo um Brasil melhor, nãopodemos aceitar a não fiscalização de ativi-dades irregulares”.

O líder do governo na Câmara dos Deputa-dos, Beto Albuquerque (PSB-RS), concordaque o assunto é polêmico. “As relações detrabalho mudaram muito nos últimos tempos,por força das tendências naturais do própriomercado. Por isso, o governo estuda a possi-bilidade de edição de uma medida provisóriaespecífica sobre esse tema, que contempleos interesses das partes envolvidas na medi-da do possível”.

A criação da Super-Receita foi incluída noPrograma de Aceleração do Crescimento(PAC), do governo federal, como uma das me-didas de aperfeiçoamento do sistema tribu-tário, visando a melhoria no ambiente de ne-gócios do País.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5625

Fomento Mercantil26 Fomento Mercantil

G e s t ã o E m p r e s a r i a l

Liderança

Font

es: P

eter

Dru

cker

e M

DE T

rain

ing

trabalhar em equipe, relacionar-se bem comtodos, saber exaltar os pontos positivos deseus empregados, bem como identificar ospontos críticos e lidar com eles, advertindo eaconselhando para que eles sejam eliminados.Sem essa habilidade, não há como seguir embusca do sucesso profissional.

O líder deve ter visão global da situação,saber aonde quer chegar, projetar o futuro etransformar projetos em realidade, orientan-do com sabedoria a equipe e dando bonsexemplos, para que possam ser seguidos portodos. Portanto, deve prezar a ética, o respei-to às leis, a integridade e a responsabilidade,que são vitrines para os seus liderados. Deacordo com os pesquisadores e autores nor-te-americanos Kouzes e Posner, o líder é oprimeiro a “arregaçar as mangas” e se com-prometer com as metas. “Em uma comunida-de de trabalho produtiva, os líderes não sãocomandantes e controladores, chefes e man-da-chuvas. Eles são servidores e sustentácu-los, parceiros e prestadores”.

Relacionada ao que se faz

e não ao que se diz

e acordo com o dicionário de Língua Portu-guesa, Aurélio Buarque de Holanda, líder é

aquele indivíduo que chefia, comanda e/ou ori-enta em qualquer tipo de ação, empresa ou li-nha de idéias. Entretanto, percebe-se que osantigos modelos de liderança, que há 30 ou 40anos eram eficazes, atualmente já não funcio-nam mais. Hoje a liderança está relacionada aoque se faz e não ao que se diz.

O líder moderno tem de inspirar confiançae merecer o respeito de seus liderados. Paraisso, deve ser presente e estar disponívelpara escutar as pessoas, administrar proble-mas e apresentar soluções. É impossívelcrescer profissionalmente em um ambientedesconfortável. Assim, cabe ao líder, harmo-nizar o local de trabalho e desenvolver umclima propício ao bem-estar de todos, bemcomo buscar os resultados.

Segundo Peter Drucker, considerado pormuitos o “pai da administração moderna”, o lí-der deve ser coerente com o que manda fazer ecom o que faz. “O que distingue o verdadeirolíder dos demais são suas metas. Ele verifica seos compromissos que assume são compatíveiscom sua missão e metas ou o levam a desviar-se delas. O que determina se um líder tem segui-dores ou apenas pelegos hipócritas é se elemantém-se firme em alguns princípios básicose os demonstra por sua conduta”.

Como reconhecer um líder?

Liderar é atingir metas e superar os objeti-vos junto com as pessoas e promovê-las paraa auto-realização pessoal e profissional. A pri-meira qualidade de um comandante é saber

D

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5626

Fomento Mercantil 27Fomento Mercantil

Dicas para uma boa liderança

Para uma boa liderança é necessário saber conduzir a equipe.No livro Liderança para Fazer Acontecer, de José Luiz Tejon,o consultor de carreiras norte-americano, elabora dez dicasde como assumir liderança.

• Encontre o seu forte – Descubra quais são seus pontos fortes efracos. Como não é fácil fazer uma auto-avaliação, o recomendável éassumir responsabilidades por aquilo que a pessoa não vai tão bem,pois dessa maneira pode desenvolver melhor o defeito. Ouça comatenção e aceite as críticas;

• Saiba o que é importante – Defina o que é vital para debater nasreuniões. Se não for possível definir sozinho, peça ajuda ou delegueessa função para outra pessoa. “Você sabe que é líder quando temtrês atividades que adora e três que odeia para fazer”, afirma Tejon;

• Contrate com cuidado e demita na hora certa – Bons líderes en-contram excelentes profissionais. Dedique tempo e energia na horade contratar e demita rapidamente aqueles que, mesmo após a suaajuda, não se adaptam;

• Tenha uma visão – Tenha uma visão inspiradora de comoquer que os planos sejam realizados e qual a melhoria que podepassar para todos os colaboradores. Trabalhe para tornar reali-dade a sua visão. “Independentemente da área de atuação, épossível ter uma visão”.

• Não tema conflitos – Onde há mais de uma pessoa trabalhandoem um mesmo projeto, há conflitos. Bons líderes tratam conflitos semtirania, sabem motivar e desenvolver o carisma ao ouvir o outro comatenção. “É preciso compreender o ciclo de vida e o ritmo das pes-soas. Isso não significar ser bom, mas ser justo”, afirma Tejon;

• Delegue – Você não precisa dominar todas as tecnologias oudepartamentos. Conheça somente o suficiente para entender, cobrare orientar as pessoas;

• Gerencie seu tempo – Líderes eficazes vêem o tempo como seubem mais valioso e isso significa delegar ou dizer não a uma tarefa, sevocê puder fazer melhor uso daquele tempo. Isso também significaque nem tudo precisa ser feito com absoluta perfeição;

• Cuide da aparência – Mantenha suas roupas limpas e passadase escolha modelos condizentes com sua atividade. Se você é mulher,cabelo e maquiagem devem ser discretos;

• Dê o exemplo – Aja da maneira como você quer ver em seuscolaboradores;

• Sirva a uma causa – “O líder coloca a causa à qual serve acimade si mesmo. Você deve servir o local onde está liderando e não ocontrário”, diz Tejon.

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5627

Fomento Mercantil28 Fomento Mercantil

A r t i g o

Central de Riscospioneirismo em Pernambuco

O grau de preocupação com aimportância - e a urgente neces-sidade - de se criar ou estabele-cer uma parceria com uma empre-sa especializada do mercado paraa efetivação de uma Central de Ris-cos em Factoring, já foi institucio-nalizado pela ANFAC - AssociaçãoNacional das Sociedades de Fo-mento Mercantil-Factoring e leva-do ao conhecimento de todos osque trabalham com o segmento. Omomento, agora, é de aproveitaresse canal de comunicação, aber-

to pela ANFAC e, a exemplo de tantos outros empresários daárea, frisar o valor imensurável da troca de informações e pre-ocupações via experiências sobre o assunto.

No contexto do mercado de fomento mercantil brasileiro, oEstado de Pernambuco tem história na questão em pauta. E depioneirismo. Foi a primeira associação de classe a criar, lá nosidos de 1995 (há 11 anos, portanto), uma Central de Riscosdentro do próprio arcabouço operacional do Sindicato dasEmpresas de Fomento Mercantil de Pernambuco (SINFAC-PE).Já à época, os diretores e alguns associados que atuavam noRecife, na Região Metropolitana perceberam a crucial impor-tância de saber quanto cada cedente ou sacado tinha circu-lando, em aberto, no mercado de fomento mercantil.

O trabalho na Central de Riscos do SINFAC-PE começoucom a elaboração de uma ‘lista negra’ que chegou a funcionar,porém devido às dificuldades de atualização foi, de imediato,substituída por um sistema de software específico. Houve umperíodo de funcionamento intenso. Passamos, claro, por vári-os e diversos problemas ocasionados pelos próprios partici-pantes da Central, como, por exemplo, tentativas de invasãoao sistema para buscar informações privilegiadas, informa-ção a menos de uma determinada empresa-cliente, e outros.Mesmo assim, evoluímos e evoluímos bem.

A experiência com a centralização das informações temapresentado resultados favoráveis, permitindo às empresasde fomento que usam a central obter um melhor resultado,além do pleno conhecimento do padrão creditício tanto dasempresas-clientes como de seus sacados.

Como a gestão (operacionalização, aplicabilidade, atuali-zação etc.) da Central de Riscos foi muito difícil e sabíamos doalto grau de relevância quanto à preservação da segurança

das informações, por sorte nossa em 2001/2002, a Equifax, agên-cia de informações, de reconhecida idoneidade, adquiriu daSofthouse os direitos de utilização de toda essa tecnologiaque Pernambuco trabalhou durante esse tempo. Tendo a Equi-fax passado a ser detentora da Central de Riscos, o que paranós foi melhor tendo em vista a questão da segurança opera-cional do sistema.

Esta experiência, que Pernambuco foi buscar, baseou-sena central de informações dos bancos, ou seja, da Serasa.Vivenciamos a certeza da importância de tal ferramenta paraquem trabalha na área de fomento mercantil. Não à toa, hojePernambuco é o Estado que possui o maior número de empre-sas de fomento (72) dentro da Central de Riscos, o que de-monstra a conscientização dos operadores do Fomento. Nos-so intuito é, com o relato desta experiência, fazer do Estadopernambucano paradigma para os demais Estados e levar essarealidade para o âmbito nacional.

Sabemos que a ANFAC está desenvolvendo estudo paraimplementar um projeto, abrangente e tecnologicamente avan-çado, para oferecer um suporte eficiente nas operações dasempresas integrantes do SISTEMA ANFAC/SINFACs.

O suporte capaz para viabilizar projeto de tal magnitude de-penderá necessariamente do vasto “know how” e competênciade que dispõem agências de informações de reconhecida ido-neidade, como SERASA, EQUIFAX, CHEQUE-PRÉ e outras. Semdúvida, o resultado efetivo dessa parceria embasará melhorquem atua com fomento mercantil, de modo a avaliar com totalclareza possíveis riscos em operações de crédito, já que terãoà disposição um detalhado histórico de cada cliente.

É previsível, sim, que com a Central a rentabilidade dasempresas aumente. No mais, vale ressaltar que menores cus-tos para nossos clientes permitirão que os mesmos ampliemseus negócios. Se nada for feito nesse sentido, continuaremostateando no escuro, cada vez mais suscetíveis ao premeditadoe estruturado calote, apesar de toda experiência e estruturaorganizacional correta.

Em suma, é muito mais importante ter as melhores, mais com-pletas e atualizadas informações para decidir a operação do queum fator muito alto, tornando possível uma maior rentabilidadecom uma menor taxa devido à informação com mais qualidade.

Alcidésio Sabino MacielPresidente das Sociedades de Fomento

Mercantil-Factoring de Pernambuco (SINFAC-PE)

Alcidésio Sabino Maciel

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5628

Fomento Mercantil 29Fomento Mercantil

E v e n t o s

Sescon-SP elege nova diretoriaO Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e

das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informa-

Sér

gio

de P

aula

ções e Pesquisas no Estado de SP - Sescon-SP, empos-sou solenemente, dia 9 de fevereiro a nova diretoria parao período 2007 - 2009 que terá como presidente o conta-dor e empresário contábil José Maria Chapina Alcazar.

Durante seu discurso, Chapina ressaltou que umadas metas de sua gestão será reverter um quadroque associa as empresas contábeis somente aocumprimento da burocracia pública. “Hoje, temos umequívoco que se agravou no decorrer dos últimosanos por variados motivos”, frisou. Outra meta deChapina é a redução da carga tributária e a simplifi-cação dos processos tributários do governo. “Os tri-butos aumentam o custo-Brasil e expulsam os inves-timentos das empresas”, comentou.

O evento reuniu mais de 800 pessoas, e contoucom a participação do presidente da ANFAC, LuizLemos Leite. Do 2° vice-presidente executivo da AN-FAC, Daniel Gonçalves; e do presidente do SINFAC-SPMarcus Jair Garutti.

Instituto dos Advogados deSão Paulo com nova DiretoriaA noite do dia 16 de janeiro teve um significado espe-

cial para a comunidade jurídica do Estado, visto que pelaprimeira vez, uma mulher assume a presidência do tra-dicional Instituto dos Advogados do Estado de SãoPaulo – IASP – na gestão de 2007-2009

No seu discurso de posse, a presidente Dra. MariaOdete Duque Bertasi enalteceu o relevante papel doIASP, bem como sua importante contribuição para o for-talecimento das instituições em prol da democracia eda justiça no País.

Prestigiaram o evento cerca de 50 autoridades e re-presentantes de Entidades dos segmentos jurídico, po-lítico e contábil de expressividade no cenário nacional,como Luiz Flávio Borges D’urso, presidente da Ordemdos Advogados do Brasil - Secção São Paulo.

A ANFAC – Associação Nacional das Sociedades deFomento Mercantil-Factoring – foi representada, na oca-sião, pelo presidente Luiz Lemos Leite, o vice-presiden-te executivo, Daniel Gonçalves, bem como pelo vice-pre-sidente Regional São Paulo e presidente do SINFAC-SP,

Marcus Jair Garutti e o diretor de Relações com o Mer-cado da SINFAC-SP, Carlos Eduardo Alencar Vanetti.

Histórico

O Instituto dos Advogados de São Paulo, foi fundadoem dia 29 de novembro de 1874, e sua história pratica-mente se confunde com a instalação do curso de Direitono Largo de São Francisco. Entre seus objetivos está odebate das teses jurídicas e a difusão dos estudos reali-zados para o aperfeiçoamento do sistema legal brasileiro.

A partir da esq, Paulo Henrique Barbosa Pereira, presidente do Tribunal Regional Eleitoralde São Paulo; Diva Malerbi, Presidente do tribunal Regional Federal da 3ª Região; GilbertoPassos de Freitas, Corregedor Geral de Justiça do TJ-SP; Maria Odete Duque Bertasi, Pre-sidente Eleita do IASP; Tales Castelo Branco, ex-Presidente e atual Conselheiro Nato doIASP; Luiz Flávio Borges D´Urso, Presidente OAB-SP; João Grandino Rodas, Diretor da Facul-dade de Direito da USP

IAS

P

A partir da esq, José Maria Chapina Alcazar, presidente eleito do SESCON-SP e AntonioMarangon, ex-presidente

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5729

Fomento Mercantil30 Fomento Mercantil

B i b l i o t e c a A N F A C

O Caçador de Pipas O livro “O Caçador de Pipas” jávendeu mais de 2 milhões deexemplares só nos EUA e estásendo considerado o maior su-cesso da literatura mundial dosúltimos tempos. Este romanceconta a história da amizade deAmir e Hassan, dois meninosquase da mesma idade, que vi-vem vidas muito diferentes noAfeganistão da década de 70.

Amir é rico e bem-nascido, umpouco covarde e está sempre embusca da aprovação de seu pai.Hassan, que não sabe ler nem es-crever, é conhecido por corageme bondade. Os dois, no entanto,são loucos por histórias antigasde grandes guerreiros, filmes decaubói americanos e pipas.

E é justamente durante umcampeonato de pipas, no inver-no de 1975, que Hassan dá aAmir a chance de ser um grandehomem, mas ele não enxerga suaredenção. Após desperdiçar a úl-tima chance, Amir vai para osEstados Unidos, fugindo da in-vasão soviética ao Afeganistão,mas vinte anos depois Hassan ea pipa azul o fazem voltar à suaterra natal para acertar contascom o passado.

Autor: Khaled Hosseini

Sinopse: Submarino

C a r t a s

Agradecemos a cordialidade de nos enviar a 62ªedição da Revista Fomento Mercantil que versa sobreas atividades desenvolvidas do Fomento Mercantilem favor das empresas de pequeno e médio porte.

Enaltecemos a administração de V. Sª. no co-mando de tão expressiva entidade.

Na oportunidade, renovamos os nossos protes-tos de consideração e de apreço.

Maria Christina de MoraesSubprocuradora Geral para AssuntosJurídicosVitória- ES

Faço das suas as minhas palavras, pela contem-poraneidade e sentido das afirmações de vossa mis-siva, externando com muita propriedade o sentimen-to que nos regula, em às vezes tolhendo os maiorese louváveis benefícios advindos do progresso na es-trada da solidificação e apoio ao empresariado quedo fomento se socorre.Nesse início do ano novo, e odescortino do Jubileu de prata da entidade matermatermatermatermater dofomento mercantil, reitero meu apoio geral, irrestritoe integral, isento de quaisquer outros interesses, senãoaquele de servir ao projeto ANFACANFACANFACANFACANFAC, e dedicar poucode meu tempo para desenvolver em forma de retribui-ção, o que a atividade tem proporcionado.

Um grande abraço e também o prazer e a admira-ção de tê-lo como nosso guardião e fiel escudeiro ascausas maiores do fomento mercantil.

Marcus J. GaruttiPresidente SINFAC/SP – Sudeste

Congratulamo-nos com a Associação Nacionaldas Sociedade de Fomento Mercantil-Factoring pelosólido trabalho desenvolvido junto à Comissão deConstituição e Justiça da Câmara dos Deputados,durante toda a tramitação do Projeto de Lei nº 3.615/2000, cujo empenho forneceu os subsídios necessá-rios à sua aprovação, no dia 11 de janeiro último,permitindo a consolidação de um único texto à legis-lação da atividade de fomento mercantil no Brasil.

É uma verdadeira honra e satisfação ter comoparceira uma Entidade comandada por pessoas real-mente interessadas e atuantes na criação de medi-das que viabilizem o desenvolvimento de sua ativi-dade profissional e o crescimento de nosso País. Taldedicação demonstra, antes de mais nada, nobrezade caráter e elevada capacidade política, perfeitoexemplo de atuação reivindicatória e sindical.

Aos ilustres colegas, nossa mais alta estima econsideração e desejos de sucesso em todas assuas realizações.

Sebastião Luiz Gonçalves dos SantosPresidente – Sindcont-SPSão Paulo - SP

Parabenizo a escolha do Marconi para o referidocargo. Acredito que o Sr. foi muito feliz na decisão.

Forte abraço,Rubens Filinto da SilvaPresidente – SINFAC-MSCampo Grande - MS

Gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa dacriação da TV ANFAC e também pela sua entre-vista inicial.

Desejo muito sucesso.Um grande abraço,Seu amigo e admirador,Elcio José SartorDiretor – FactorCuritiba - PR

Estamos assistindo prazerosamente o primeiroprograma da nossa TV ANFAC. Orgulhosos por inte-grar o quadro dessa Associação, parabenizamo-lhespor tão brilhante iniciativa.

Paulo Bezerra – PresidenteGirocred Fomento Mercantil Ltda.Fortaleza - CE

Não poderia deixar de parabenizar a todos daANFAC por mais esse passo importante da TV AN-FAC, assisti o vídeo e ficou muito bom, demonstran-do o profissionalismo de sempre.

Roberto CupertinoDiretor/Presidente – CUPERMaceió - AL

Caro amigo Marconi, bom dia!

É com prazer e imensa satisfação que parabeni-zo-o ao receber através da ANFAC, a confirmação desua indicação e aceitação para função de 1º Vice-Presidente, e não tenho a menor dúvida de que estaráem boas mãos, tendo em vista o excelente trabalhoque o amigo e companheiro vem desempenhando jápor bons anos em outras importantes funções no Fo-mento Mercantil.

Aceite meus sinceros votos de sucesso em maiseste desfio.

Daniel Gonçalves – Sócio DiretorCumbica Fomento MercantilGuarulhos - SP

Prezado Marconi,

Gostaria de congratular-lhe por sua nomeaçãofruto de seus méritos e da lealdade demonstrada portantos anos.

Ficamos todos regozijados por doravante contar-mos com uma colaboração ainda maior de sua partenas decisões e nos destinos de nossa querida AN-FAC, Dr. Leite não poderia ter feito escolha melhor.

Parabéns!!!José Luis Dias da SilvaABAEFSão Paulo- SP

Sugestões e carSugestões e carSugestões e carSugestões e carSugestões e cartas à ANFtas à ANFtas à ANFtas à ANFtas à ANFACACACACACEndereço: Rua Teixeira da Silva, 217

Bairro Paraíso - CEP 04002-905 - São Paulo.Telefone: (11) 3549-4855 - Fax: (11) 3549-4866

End. eletrônico: [email protected] ouwww.anfac.com.br

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5730

Fomento Mercantil 31Fomento Mercantil

s

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5731

Edição 63 Alterada.p65 23/2/2006, 10:5732