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www.tribunafeirense.com.br R$ 1 ANO XIII - Nº 2.373 FEIRA DE SANTANA - SEXTA-FEIRA, 27 DE ABRIL DE 2012 Casos de sucesso no ensino público Carta do Editor Inauguramos nesta edição uma nova etapa da Tribuna Feirense. Sob novo comando editorial desde o início do ano, o jornal passa agora por uma reforma também na sua apresentação gráfica. As mudanças que a Tribuna vem experimentando (e que incluem também um novo site na internet que vai ao ar em breve) procuram direcioná-la ao futuro e fazê-la crescer, como vem crescendo Feira de Santana. Mas são possíveis graças à história de seriedade e credibilidade construída ao longo dos anos pelo seu fundador, Valdomiro Silva, exemplo de jornalista para o presente e para todos que ainda vierem a fazer parte da imprensa na Bahia e mais especificamente em Feira de Santana, hoje oficialmente uma metrópole regional. Por mais que impressionem - ou às vezes iludam - outras formas de comunicação, jamais deixará de ter importância crucial na humanidade a palavra escrita. Inclusive entre nós, no interior do Nordeste, a despeito da força da oralidade e dos baixos índices de escolaridade, o peso da palavra impressa se faz notar. O que buscamos é fazer a parte que nos cabe: um jornal cada vez melhor, com informação bem cuidada e relevante para o desenvolvimento municipal e regional. É um esforço que nunca cessa e se renova a cada edição. A mudança visual é um passo, no longo caminho que ainda temos a percorrer. Para alcançarmos bons resultados, contamos também com sua crítica e participação. Escreva para o email [email protected]. Glauco Wanderley editor [email protected] ATENDIMENTO (75)3225-7500 A escola municipal Maria Antônia da Costa melhorou graças ao empenho de alunos e professores A escola da Obra Promocional de Santana, fundada pela igreja católica é a melhor entre as estaduais de Feira de Santana, no ensino de 5ª a 8ª série. E a Maria Antônia da Costa, municipal, conseguiu, a despeito da falta de apoio governamental (este ano ainda não teve nem merenda escolar) conseguiu sair do último lugar para a vice-liderança no índice Ideb, do MEC. Páginas 3 e 4 Hospital descoberto Até lençóis estão faltando no hospital Dom Pedro de Alcântara, que para sanar o problema, está pedindo doações para a comunidade. Página 4 Motoboy x Piratas Embora de qualidade duvidosa, o longa feirense “A vingança de um motoboy” virou um sucesso nas bancas de camelôs da cidade, fazendo frente até mesmo aos grandes sucessos de Hollywood. Os realizadores dizem que tiveram prejuízo, embora prometam lançar a continuação da história. Página 16

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Page 1: Edicao 27-04-12

www.tribunafeirense.com.br R$ 1ANO XIII - Nº 2.373FEIRA DE SANTANA - SEXTA-FEIRA, 27 DE ABRIL DE 2012

Casos de sucesso no ensino públicoCarta do Editor

Inauguramos nesta edição uma nova etapa da Tribuna Feirense.

Sob novo comando editorial desde o início do ano, o jornal passa agora por uma reforma também na sua apresentação gráfica.

As mudanças que a Tribuna vem experimentando (e que incluem também um novo site na internet que vai ao ar em breve) procuram direcioná-la ao futuro e fazê-la crescer, como vem crescendo Feira de Santana.

Mas são possíveis graças à história de seriedade e credibilidade construída ao longo dos anos pelo seu fundador, Valdomiro Silva, exemplo de jornalista para o presente e para todos que ainda vierem a fazer parte da imprensa na Bahia e mais especificamente em Feira de Santana, hoje oficialmente uma metrópole regional.

Por mais que impressionem - ou às vezes iludam - outras formas de comunicação, jamais deixará de ter importância crucial na humanidade a palavra escrita. Inclusive entre nós, no interior do Nordeste, a despeito da força da oralidade e dos baixos índices de escolaridade, o peso da palavra impressa se faz notar.

O que buscamos é fazer a parte que nos cabe: um jornal cada vez melhor, com informação bem cuidada e relevante para o desenvolvimento municipal e regional.

É um esforço que nunca cessa e se renova a cada edição. A mudança visual é um passo, no longo caminho que ainda temos a percorrer.

Para alcançarmos bons resultados, contamos também com sua crítica e participação. Escreva para o email [email protected].

Glauco Wanderleyeditor

[email protected] (75)3225-7500

A escola municipal Maria Antônia da Costa melhorou graças ao empenho de alunos e professores

A escola da Obra Promocional de Santana, fundada pela igreja católica é a melhor entre as estaduais de Feira de Santana, no ensino de 5ª a 8ª série. E a Maria Antônia da Costa, municipal, conseguiu, a despeito da falta de apoio governamental (este ano ainda não teve nem merenda escolar) conseguiu sair do último lugar para a vice-liderança no índice Ideb, do MEC. Páginas 3 e 4

Hospital descobertoAté lençóis estão faltando no hospital

Dom Pedro de Alcântara, que para sanar o problema, está pedindo doações para a comunidade. Página 4

Motoboy x PiratasEmbora de qualidade duvidosa, o longa

feirense “A vingança de um motoboy” virou um sucesso nas bancas de camelôs da cidade, fazendo frente até mesmo aos grandes sucessos de Hollywood. Os realizadores dizem que tiveram prejuízo, embora prometam lançar a continuação da história. Página 16

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2 Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 opinião

opinião

Responsável Técnico: Dr Geraldo Oliveira: Cremeb 3149

Rua Tucides de Moraes 23 - Conceição do Jacuípe

Clinica Médica - Cardiologia - Obstetrícia - Pediatria - Ortopedia - CirurgiaAngiologia - Urologia - Fisioterapia - Otorrino

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Especialidades

Há 38 anos apoiando quem precisa.

A Tribuna de FeiraA Tribuna Feirense completa 13 anos vestindo as cores

e a camisa de Feira. Criado por Valdomiro Silva e amigos, o jornal tornou-se diário com nossa entrada na sociedade. Cresceu ao lado da verdade, do bom jornalismo, e com uma dimensão ética e social. Sempre nos pautamos pela defesa do crescimento local. Defendemos investimentos e o respeito à Feira como segunda cidade do Estado. Exigimos que ela fosse tratada de forma diferenciada e que os serviços e com-promissos políticos dos prefeitos e governadores estivessem de acordo com nossa representatividade econômica e política. Para tanto, fomos críticos, mas exercemos a crítica com o respeito e a impessoalidade com que ela deve ser construída. Defendemos nosso arcabouço cultural em um caderno de cultura rigoroso, que me orgulho de ter produzido.

Durante 13 anos, a direção geral do amigo Valdomiro conduziu o Jornal a uma condição de credibilidade e con-fiança de significativo alcance. Fazer Jornal, no entanto, é um desafio gigantesco. E esta sobrecarga fez com que Valdomiro decidisse afastar-se. Tive a opção de vendê-lo, mas, diante dos apelos para que o mantivéssemos, da equipe de jornalistas e de muitos leitores fiéis, e também diante da maltratada história da cidade, decidi mantê-lo.

Entregamos a editoria a Glauco Wanderley, jornalista de grande credibilidade. Incorporamos novos colunistas. E iniciamos a reforma do Jornal. Reestruturamos a sede, a fim de criarmos melhores condições de trabalho, com novos equi-pamentos e programas atualizados; terceirizamos a gráfica, para garantir ao leitor e aos anunciantes uma impressão com o melhor equipamento disponível; e, a partir desta edição, renovamos a marca e a diagramação, incorporando um pro-jeto elaborado com grande eficiência pela agência Cidade Propaganda, com o objetivo de facilitar a leitura.

Enquanto na edição impressa semanal as matérias têm um nível diferenciado de elaboração, no Portal da Tribuna (www.tribunafeirense.com.br) temos as noticias factuais, com atualização permanente, feita por uma excelente equipe de jornalistas. O elevado índice de acessos comprova a qualidade e a agilidade das informações postadas. Estamos finalizando a reforma do Portal e, em poucos dias, um site completamente novo, elaborado em parceira com a Mercado Propaganda e integrado às redes sociais, estará disponível.

Ao retomarmos a Tribuna, estamos fortalecendo a pre-sença de colunistas, com diversidade, para garantir que o leitor seja esclarecido e formule sua ideia sobre os fatos. Somos, portanto, um veículo formador de opinião. Queremos continuar a ser uma voz da nossa sociedade, um laboratório para os estudantes de jornalismo e um espaço em que jor-nalistas possam trabalhar com liberdade e orgulho de sua atividade.

Refaço, caro leitor, o compromisso da Tribuna com a verdade e com a poeira sertaneja da nossa origem. Temos nosso coração onde estão plantados nossos pés e, por isso, por meus filhos e pelos seus, queremos uma região metropo-litana melhor. Convido você a permanecer e a trazer novos leitores. Confesso que preciso de sua leitura, de seu apoio, de sua assinatura e de sua parceria comercial. Prometo retribuir, de forma leal, com um jornal feito com paixão pela cidade e respeito aos princípios, cada instante de vida que escolherem compartilhar com a Tribuna Feirense.

Obrigado por ter vindo conosco até aqui. E vamos em frente, juntos.

Tuiter de CesarOliveira10@Super-herói é o marido que salva a família todo dia usando a mesma fantasia!@Lula vai a Brasília e inventa a Presidência fast-food!@Os homens estão em desvantagem com as mulheres em relação às frutas. Só existe o homem-banana!@Flamengo pode ser convocado na CPI para explicar abandono do futebol.@Não vou ver Gabriela. Minha vida é muita curta para reprises.@Baiano não gosta de Micareta ou Carnaval, ele só vai pra festa porque gosta mesmo é de mijar na rua.@O que dificulta a vida é a distância entre o ser social e a pessoa íntima.@Se levar cantor de trio pra rua ganhasse eleição todo ano o motorista se elegia prefeito.@Você sabe que voltou do show de McCartney pra Bahia quando o taxista canta: “se descer entra, se subir sai.´. .”@Matar o dragão é fácil, quero ver é São Jorge explicar à patroa que chegou tarde em casa porque tava caçando com os amigos@Brasil é contraste. Enquanto uns morrem de seca no Nordeste outros se afogam na Cachoeira, em Brasília.@Não existe nada menos parecido com a vida como ela deve ser do que a vida como ela é!@Se o tempo que gente perde com as pessoas erradas nos fosse reembolsado a vida seria interminável.@Cachoeira comprou a República. E Eike Batista se gabando de ser o mais rico do Brasil.@Único setor em franco crescimento, atualmente, na Bahia, é o roubo de caixa eletrônico!@Dirceu não é médico, mas vitaminou o lucro da Delta@Se o mundo acabar que seja em trio porque todo mundo já vai no embalo.@Sucesso foi os Filhos da Pauta, sem os filhos das outras.

SupremoÉ espantoso o clima de briga no STF. Homens que

deveriam compor o andar supremo da Sociedade trocando acusações como se ali fosse uma bodega (a do Leegoza não, a do Leegoza não!). No limite da irresponsabilidade o ministro Barbosa acusou o ex-presidente Peluso de manipular resultados do STF. A acusação, partindo de um dos onze ministros é avassaladora porque coloca sob suspeita todo o Tribunal. E, se perdermos a confiança no STF só nos restará a guerra de pau e pedra. Ou Barbosa pede desculpas à nação ou a insegurança jurídica fica estabelecida.

SecaEmbora Sistemas Simplificados de Abastecimento de

Água sejam um pouco mais que cisterna metida a besta, corrige-me Glauco - e ele está certo, pois na verdade in-corpora poços artesianos, adução, bomba, ainda assim é insuficiente para minorar as condições da seca na Bahia. O governo precisa de uma Força-Tarefa para enfrentar esta crise e tem condições com sua capilaridade de construir uma rede de proteção que alivie a terrível dor da fome, da sede e da destruição da esperança.

AssembleiaImpressionante como a cada greve (Polícia e Professo-

res), cada surgimento de fantasma, estouro de Orçamento, vai se mostrando falível, fraca e inadequada às necessidades da Bahia a administração de Marcelo Nilo (o pequeno, o grande fica no Egito) na Al-Ba.

Revelando o TchanIncorporada e aclimatada nas terras baianas, com figu-

rinos elaborados e simpatia cativante a cantora Thabata Medeiros tem muito para ser a Revelação da Micareta, o que, certamente, vai incentivá-la a manter os paninhos em Feira.

Enrolando o TchanChiclete começou o circuito conversando, enrolando.

Recebeu um esboço de vaia quando cantou uma música dos filhos que tenta empurrar goela abaixo do público de todo jeito. Quando toca, no entanto, arrasta a multidão porque sabe o que faz. Pelo valor que cobra acho que deveria trazer o trio deles; afinal, se é bom para Salvador, deve ser bom para Feira!

Embelezando o TchanSem dúvida que, externamente, os espaços mais bonitos

da Micareta foram os Camarotes da Folha do Estado e da Revista Alternativa que ficavam lado a lado. Com decora-ção original o Camarote da Folha embelezou a Avenida e atraiu atenção.

Noticiando o TchanOs ex-BBB no Camarote do Dj Agenor, o maior do ramo,

botaram a Micareta de Feira em noticiário nacional. Este é um aspecto que precisa acontecer, até para que os artistas e estrelas do axé não façam tanto doce e valorizem nossa festa. Talvez, investir num camarote da Contigo e de uma promoter de Salvador que traga as figurinhas colunáveis da capital fortaleçam a imagem da festa, gere noticiário, facilite atrair patrocinadores e até turistas.

Encerrando o TchanNo mais foi a desordem festiva dos Filhos da Pauta, a

filhinha de Magary Lord que eu queria ver , mas não vi, porque saiu tarde, a simpatia de Saulo. Mais não falo porque fui ver Mc Cartney em Recife e perdi o restante.

DeputadosCarlos Geilson e Graça Pimenta tem assumido boas

posições na Assembleia. Campanha

Ao que parece a oposição na Bahia não se une nem na beira do cadafalso. Talvez, prefiram que os pescoços sejam cortados individualmente para facilitar o trabalho do carrasco.

Segurando o TchanEvidente que alguns podem se queixar que a liturgia do

cargo exigiria mais sisudez. Também podem dizer que suas habilidades coreográficas deixam a desejar, mas o estilo do prefeito é popular e, afinal, é festa, e o prefeito contagiado pela companhia e empurrado por um vereador, se jogou, como dizem os jovens. O vídeo, com mais de 20 mil visitas é sucesso no You Tube. Foi uma boa Micareta. E, este, não é o aspecto mais crítico do prefeito.

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Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 3cidade

Pior escola em 2005, hoje vice-líderEscolas Municipais de 1ª a 4ª série IDEB

2009IDEB 2007

IDEB 2005

1 CENTRO DE EDUC BASICA DA U E F S 5,5 4,7 5,2

2 CAIC PROF JOSE RAIMUNDO PEREIRA DE AZEVEDO 4,7 3,8 3,6

3 PROFESSOR ANTONIO ALVES LOPES 4,2 3,9 3,0

4 REGINA VITAL 4,1 3,0 3,2

ANTONIO BRANDAO DE SOUZA 4,1 - -

JACIRA ALMEIDA SANTOS 4,1 3,2 -

7 NOIDE CERQUEIRA 4,0 3,6 3,4

8 ANTONIO ELOY DA COSTA 3,9 3,8 2,7

ELIZABETE JOHNSON 3,9 4,3 4,2

NORMA SUELY MASCARENHAS 3,9 2,9 3,0

11 HELENA ASSIS SUZART 3,8 3,3 4,0

ASSOCIACAO FEIRENSE DE ASSISTENCIA SOCIAL 3,8 3,3 2,5

ANA BRANDOA 3,8 2,4 2,4

EURIDES FRANCO DE LACERDA 3,8 3,3 -

15 MARIA DA GLORIA CARVALHO BAHIA 3,7 3,3 -

HORACIO SILVA BASTOS 3,7 3,2 2,8

MARIA ANTONIA DA COSTA 3,7 2,9 3,1

18 COMENDADOR JONATHAS TELLES DE CARVALHO 3,6 3,1 2,5

PROF FRANCY SILVA BARBOSA 3,6 4,0 3,2

PROFESSORA MARIA JOSE DANTAS CARNEIRO 3,6 3,2 3,2

VASCO DA GAMA 3,6 - -

22 CENT DE EDUCACAO MONTEIRO LOBATO 3,5 3,3 3,1

JOAO PAULO II 3,5 3,8 3,0

MARGARIDA LISBOA DE OLIVEIRA 3,5 3,4 2,4

DR CICERO B DE CARVALHO 3,5 3,5 3,6

OYAMA FIGUEIREDO 3,5 2,8 2,9

JOAO MARINHO FALCAO 3,5 3,4 3,0

DR JOAO DUARTE GUIMARAES 3,5 3,4 2,6

29 COLEGIO MUNICIPAL JOSELITO AMORIM 3,4 - -

DR RUBENS CARVALHO 3,4 3,6 2,9

MARIA DE LOURDES BRITO PORTUGAL 3,4 3,1 2,9

NOSSA SENHORA DO PERP SOCORRO 3,4 3,2 3,4

DOCE LAR DA CRIANCA 3,4 3,5 -

JOANITA MOTA 3,4 - -

35 DR NILTON BELLAS VIEIRA 3,3 3,1 2,6

GENTE MIUDA 3,3 4,0 2,9

BATISTA DE CAMPO LIMPO 3,3 2,9 2,3

PAI E MAE 3,3 3,5 -

39 PROF VALDEMIRA ALVES BRITO 3,2 3,5 3,2

MARIA DE LURDES ALMEIDA MACHADO 3,2 - -

DA AMIZADE 3,2 - 2,3

ASSO UNIAO E FORCA ESC COMU LUIS ALBERTO 3,2 3,8 3,3

FADA MADRINHA 3,2 3,0 -

PROFESSORA LAURA RIBEIRO LOPES 3,2 - -

45 ASSOC DE MORADORES PARQUE BRASIL 3,1 2,7 -

ARTHUR MARTINS DA SILVA 3,1 - -

47 PROFª MARIA DO CARMO GOES 3,0 - -

TIMOTEO F DA SILVA 3,0 - -

MONS JESSE TORRES CUNHA 3,0 - -

50 COMUNITARIA DOS MORADORES DO FEIRA X 2,9 2,7 2,4

MARIA CRISPINA COSTA 2,9 2,9 2,7

AGRARIO DE OLIVEIRA MELO 2,9 - -

MARIA DIVA M PORTELA 2,9 2,8 3,4

54 DEMOSTHENES ALVARO DE BRITO 2,8 2,6 1,9

ANTONIO ALBERTINO CARNEIRO 2,8 - -

ESTER DA SILVA SANTANA 2,8 2,9 2,5

ANTONIO ANTUNES DOS SANTOS 2,8 - -

GODOFREDO COUTINHO PEREIRA 2,8 - -

DEMOCRITO LIMA SOARES 2,8 - -

PROF LUCIANO R SANTOS 2,8 4,1 2,2

GETSEMANE 2,8 2,7 -

62 WILSON MOREIRA MASCARENHAS 2,7 3,2 2,7

RUY NUNES CERQUEIRA 2,7 - -

ROSAMARIA ESPERIDIAO LEITE 2,7 - -

65 DR CLOVIS RAMOS LIMA 2,6 2,8 2,2

OTAVIANO F CAMPOS 2,6 2,7 2,2

PROFª MARIA HELENA QUEIROZ 2,6 3,1 2,3

ANTONIO ALVES OLIVEIRA 2,6 2,4 2,9

69 TEREZA CUNHA SANTANA 2,5 2,3 2,3

ALVARO PEREIRA BOAVENTURA 2,5 - -

DEOCLECIANO MARTINS DA SILVA 2,5 - -

DR FRANCISCO MARTINS DA SILVA 2,5 - -

RAUL RIBEIRO DE OLIVEIRA 2,5 - -

PROJETO CAMINHAR 2,5 3,3 2,8

75 SANTA CRUZ 2,4 3,2 2,1

ANTONIO CARLOS COELHO 2,4 - -

MANOEL NUNES FERREIRA 2,4 - -

78 PAULA DE FREITAS ALMEIDA 2,3 - -

DR CELSO RIBEIRO DALTRO 2,3 2,9 2,9

80 JOSE CARNEIRO SANTANA 2,2 - -

81 PROFESSORA ALMIRA PEREIRA LAGO 1,9 - 1,9

82 MARIA AMALIA MARTINS DALTRO COELHO 1,6 - -

Escolas municipais de 5ª a 8ª sérieIDEB 2009

IDEB 2007

IDEB 2005

1 CENTRO DE EDUC. BÁSICA DA U. E. F. S. 4,0 4,3 5,4

2 MARIA ANTONIA DA COSTA 3,5 3,1 2,2

3 ANTONIO BRANDAO DE SOUZA 3,3 - -

4COMENDADOR JONATHAS TELLES DE CARVALHO 3,2 3,5 -

CHICO MENDES 3,2 - -

6 JOAO MARINHO FALCAO 3,0 3,2 -

QUINZE DE NOVEMBRO 3,0 - -

8 ANA MARIA ALVES DOS SANTOS 2,9 2,2 2,2

ROSAMARIA ESPERIDIAO LEITE 2,9 - -

10 JOSELITO AMORIM 2,7 2,2 2,8

11 ALVARO PEREIRA BOAVENTURA 2,6 - -

FAUSTINO DIAS LIMA 2,6 3,2 3,3

13 ANTONIO ALVES OLIVEIRA 2,5 - -

14 DR JOAO DUARTE GUIMARAES 2,4 - -

JULIETA FRUTUOSO DE ARAUJO 2,4 - -

16 JOSE TAVARES CARNEIRO 2,3 - -

17 DR COLBERT MARTINS DA SILVA 2,2 - -

BATISTA CRUZ

Os resultados conseguidos pela Escola Maria Antônia da Costa, localizada na Santa Mônica, nas três edições do Ideb foram mudando de uma água barreta para o melhor dos vinhos. Em 2005 a média de 2,2, na faixa de 5ª a 8ª série, a deixou na “lanterna” entre as instituições da rede municipal, empatada com a Escola Ana Maria Alves dos Santos, que fica no Feira X.

Na última edição, em 2009, a desonrosa lanterna foi deixada nas mãos de outra instituição (consulte nesta página as notas das escolas municipais de 1ª a 4ª e 5ª a 8ª série nos três Idebs realizados desde 2005). A média 3,6 deixou a Maria Antônia da Costa na segunda posição – atrás apenas do Centro de Educação Básica da Universidade Estadual de Feira de Santana, tida como uma referência (mas que vem a cada Ideb tendo uma nota menor).

O ganho não foi apenas quantitativo, mas qualitativo. A vergonha inicial foi transformada em alegria trazida pelos bons resultados. Deveria virar um case na educação municipal. “A situação foi constrangedora”, confessa a diretora Nelcilândia Arouca, que

assumiu o cargo em 2004. A posição na tabela a obrigou

a arregaçar as mangas e partir à procura de solução. “Não dava para continuar como estava. Então resolvemos encarar o problema de frente”.

Primeiro, afirma a diretora, foi promover um choque de gestão e buscar formas de motivar os professores. “Depois passamos a fazer parte de vários programas oferecidos pelo Ministério da Educação, como o PDE (Programa de Desenvolvimento Escolar) e o Mais Educação, entre outros”. Vencida a primeira etapa, preparou-se para a segunda, que foi envolver os estudantes no projeto de mudança.

“Desenvolvemos ações positivas e colocamos os nossos estudantes como protagonistas”, diz a diretora. A iniciativa teve como objetivo mostrar ao alunado que ele era capaz. “Mostramos que eles podiam e podem ser líderes”. Os resultados apareceram na avaliação de 2007, quando a média passou para 3,1, ganho de quase um ponto.

Parece pouco, mas um salto gigantesco quando se conhece a realidade da escola, cuja clientela reside em bairros carentes, como o Irmã Dulce e Santa Mônica II. A

unidade tem problemas estruturais e até esta semana não recebeu um grão de arroz a título de merenda escolar. “Neste ano a nossa despensa ainda não foi abastecida”, reclama. Muitos estudantes têm a merenda como única refeição do dia. “Como aprender com fome?”, questiona.

Nelcilândia Arouca diz que a iniciativa de melhora foi unilateral – significa que a Secretaria de Educação do Município pouco se mobilizou para mudar a triste realidade. Entregou os destinos da escola à direção. A recuperação da Escola Maria Antônia da Costa é uma resposta a quem diz que a escola pública não tem jeito.

“A gente acredita na escola pública e, por isso, quer que ela tenha qualidade”, afirma. Lembra que no ano passado a unidade ganhou dois importantes prêmios relacionados ao meio ambiente – um promovido pela Belgo Beckaert e o outro pela Nestlé.

A unidade tem apenas oito salas de aula, onde estudam 700 pessoas – divididos nos três turnos. De acordo com a diretora, não tem mais porque não tem estrutura.

A mudança de mentalidade foi fundamental para que se chegasse ao topo em tão pouco tempo. “Passamos a garantir aos alunos o momento de aprendizado na escola e que todo tempo de aula seria destinado a eles”, comenta a diretora. “Passamos a preencher os espaços de tempo com atividades produtivas. Aqui não temos aulas vagas. Quando um professor falta, alguém o substitui”, garante.

Agora as boas notas foram comemoradas. “Foi uma notícia gratificante. O bom desempenho foi um prêmio à determinação de toda a comunidade escolar, que não desistiu e manteve o foco no aluno”, avalia.

A diretora ainda acredita que o índice do Ideb na escola pode melhorar mais. E elogia a sua equipe. “São motivados e, importante, pertencem ao quadro do município”.

Observação: as escolas que não constam na tabela não tiveram nota divulgada pelo MEC

Em meio à estrutura simplória da rede pública, a escola levou o Ideb a sério e conseguiu dar um salto

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4 Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012

André Pomponet

Economia em crônica

[email protected]

cidade

Fundado em 10.04.1999www.tribunafeirense.com.br / [email protected]: Valdomiro Silva - João Batista Cruz - Denivaldo Santos - Gildarte RamosEditor - Glauco Wanderley Diretor de Planejamento - César OliveiraDiretora Financeira - Márcia de Abreu SilvaEditoração eletrônica - Maria da Piedade dos Santos

Rua Quintino Bocaiuva - 701 - Ponto Central - CEP 44075-002 - Feira de Santana - PABX (75)3225.7500/3223.6180

OS TEXTOS ASSINADOS NESTE JORNAL SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES.

Escola ligada a igreja é a melhor estadualBATISTA CRUZ

A disciplina dos alunos e o comprometimento dos professores e funcionários são apontados como pilares para o bom desempenho da Escola da Obra Promocional de Santana, no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que é aplicado desde 2005 e tem o objetivo de medir a qualidade de cada escola e do ensino público em todos os municípios do país.

Em Feira de Santana, a Obra Promocional, com nota 4,5, já encabeçava em 2007 a lista do Ideb entre as escolas da rede estadual que oferecem o segundo ciclo do Ensino Fundamental (atualmente do 6º ao 9º ano, o equivalente a 5ª a 8ª série de antigamente).

No Ideb de 2009, a média alcançada foi 4,6, colocando a Obra novamente na liderança da rede estadual em Feira. A última avaliação foi realizada em novembro do ano passado. O resultado ainda não saiu mas as expectativas da diretoria são as melhores.

Fundada há quase 40 anos – o aniversário acontece em agosto, a unidade é conveniada com o estado. O prédio pertence à Igreja Católica, que o construiu. A Secretaria de Educação é responsável pelo pagamento dos salários dos servidores. Mas a Igreja está sempre presente. Foi

ela quem construiu a quadra poliesportiva coberta, por exemplo.

Os quase mil alunos da Obra Promocional , localizada na avenida Maria Quiréria na altura do bairro Brasília, são matriculados a partir da quarta série e distribuídos em 12 salas de aula, nos três turnos. Trinta e sete alunos por sala é a lotação máxima.

As sa las são bem iluminadas. Além de uma bibl io teca com vár ios volumes, os estudantes têm à disposição uma dezena de computadores, usados apenas para pesquisas e outros trabalhos escolares. Já os professores usam como ferramentas pedagógicas, datashow, microscópio, entre outros equipamentos.

Não é um cenário típico de escola pública.

As paredes são limpas. Os alunos seguem normas. O limite de tolerância para os retardatários é de 15 minutos contados a partir do horário previsto para o início das atividades. O uso de bonés dentro da escola é proibido, bem como atender ao telefone celular dentro da sala de aula (mas a regra também vale para os professores). Quem precisar mesmo, pode até ligar, mas deve se dirigir a outro ambiente. O uniforme também deve ser completo.

De acordo com a diretora Alaíde Barreto, que está no cargo desde 1992 e fez parte da turma de professores que fundou a escola, casos de indisciplina são raros. “Quando alguém chega com algum problema a gente trata logo de resolvê-lo”. Abandono ou evasão

Parece inacreditável, mas é apenas um retrato da triste realidade da saúde pública. O Hospital Dom Pedro de Alcântara sofre com a carência de lençóis para atender à demanda. Atualmente conta com apenas pouco mais da metade do que é necessário. A direção conta com a boa vontade da comunidade, que pode doar peças na própria unidade.

O hospital possui 176 leitos. Segundo a diretora do HDPA, Sandra Peggi, para cada um desses é necessário que se tenha pelo menos seis lençóis para serem usados por dia – isso se não houver nenhuma intercorrência com sangramentos, por exemplo, o que é raro. Portanto, o Dom Pedro deveria possuir exatos 1.056 lençóis para serem usados diariamente.

Atualmente a unidade conta com apenas 600, e isso graças à melhoria ocorrida a

partir do domingo de Páscoa (8), quando a Pastoral da Saúde da Paróquia Senhor dos Passos entregou, na missa, mais de 200 lençóis arrecadados entre fieis, em uma ação que integrou as ações da Campanha da Fraternidade 2012 (que teve como tema “Fraternidade e Saúde Pública”).

Sandra Peggy explica que o desgaste de lençóis é muito grande, devido às lavagens e esterilizações. “Se uma peça de roupa que usamos ocasionalmente desgasta com o tempo, imagine o que não ocorre com um lençol que é lavado todos os dias, passando por processos rígidos de higienização, por se tratar de um acessório utilizado em uma unidade hospitalar”, explica.

Além disso, ela conta que é muito grande o número de peças fur tadas por pacientes e acompanhantes.

“Todos os dias nós damos falta de pelo menos uma p e ç a , q u a n d o a l g u m paciente tem alta, ou mesmo quando um acompanhante deixa o quarto. É uma a t i tude es ta r recedora , constrangedora, e que nos coloca em uma situação muito difícil , pois nos impede de proporcionar um atendimento digno aos pacientes”.DIFICULDADES

O H o s p i t a l D o m Pedro de Alcân ta ra é vinculado à Santa Casa de Misericór dia, uma entidade beneficen te. Possui convênios particulares em especialidades, entretanto, 80% da sua capacidade instalada atende a pacientes do Sistema Único de Saúde, o Sus. As principais demandas são no setor de emergência, obstetrícia (maternidade) e cirurgias eletivas diversas, de 30 tipos. É o único hospital da cidade que faz

cirurgia, via Sus, de cabeça, pescoço e oncológicas. É referência no atendimento de cardiologia e oncologia.

A unidade se mantém de pé mas enfrenta dificuldades financeiras. “Infelizmente a nossa receita, os recursos q u e r e c e b e m o s , a i n d a não conseguem atender demandas extras, o que inclui a reposição de um grande número de lençóis no estoque”, argumenta Sandra.

O HDPA aceita doações de lençóis da comunidade, preferencialmente na cor branca. As peças podem ser entregues no próprio hospital.

Em relação à situação financeira da Santa Casa, segundo ela tem sido possível apenas cumprir metas. “A legislação federal preconiza que a té 60% da nossa capacidade instalada tem que ser disponibilizada para o SUS e a Santa Casa de Feira hoje disponibiliza quase 90%”, destaca.

Faltam lençóis no HDPA

Na estrutura e arrumação da sala, nota-se a diferença da Obra para as demais escolas públicas

Quase todos os dias os jornais, as emissoras de rádio e televisão, os sites e os blogs vêm noticiando os efeitos da seca que assola o Nordeste, particularmente a Bahia, onde mais de 200 municípios já decretaram situação de emergência. A estiagem, considerada a mais rigorosa nos últimos 30 anos, arrasou plantações, vem dizimando rebanhos e provavelmente vai gerar impactos sobre diversos municípios baianos, cujas economias dependem da agricultura e da pecuária. Sem chuva, quem mais padece é a população rural, mais pobre e mais exposta ao fenômeno.

Um dado positivo, no entanto, deve ser ressaltado: pelo menos até aqui, apesar de todos os problemas indicados pela imprensa, não há registros de mortes em função da seca. Situação muito diferente do que aconteceu entre 1979 e 1983, quando um número nunca determinado de nordestinos morreu de fome e de sede.

Para os governadores da época – boa parte entusiasta da Ditadura Militar em vigência – morreram 100 mil pessoas no período, sobretudo no Ceará, estado mais afetado pela estiagem. Essa estatística conservadora era favorecida pela mordaça que ainda amarrava a imprensa. Números divergentes, no entanto, estimam o total de mortos entre 700 mil e 3,5 milhões de pessoas.

Ao longo da calamidade, 1,5 milhão de nordestinos alistaram-se nas famigeradas frentes de trabalho organizadas pelos ditadores. Boa parte do dinheiro direcionado para essas frentes escorreu para o bolso dos corruptos de plantão, que se aproveitaram da tragédia para enriquecer com a chamada “indústria da seca”.

Benefícios SociaisPassadas três décadas, o Brasil conseguiu evoluir

muito em relação ao tema. As políticas de transferência de renda – benefícios sociais como o Bolsa Família, aposentadorias e outras iniciativas de transferência de renda – estão evitando que as pessoas migrem desesperadas para os grandes centros urbanos ou, simplesmente, morram de fome ou fraqueza.

Pela primeira vez essas políticas vêm passando por um grande teste: caso fique evidente que contribuem para evitar que a tragédia se aprofunde, talvez os mais resistentes entendam sua importância e deixem de criticá-las. Já parece óbvio, porém, que a elevada mortalidade que os ditadores de três décadas atrás se esforçavam para encobrir não vai se repetir.

Isso não exime os governantes da responsabilidade de buscar construir alternativas para o desenvolvimento do semiárido. Perspectivas nesse sentido, porém, não são visíveis na linha do horizonte: o que há é apenas a questionável transposição do rio São Francisco, que parece mais voltada para beneficiar o agronegócio que, propriamente, reduzir os efeitos adversos dos períodos de estiagem.

Cada desafio tem seu lugar no espaço e no tempo: embora tenha se reduzido a possibilidade dos nordestinos morrerem de fome nas estiagens, graças às políticas de transferência de renda, segue necessária a construção de políticas públicas que assegurem um mínimo de sustentabilidade ao semiárido. Esse desafio é atual e permanece posto, como confirma o noticiário recente sobre a seca.

A seca e as políticas de transferência de renda

são outras situações que ela disse pouco enfrentar.

R e v e l o u q u e o s bons resultados no Ideb tornaram as vagas na escola disputadas. É a Direc quem encaminha os professores à instituição, de acordo com as suas necessidades. Ela garante que não há seleção prévia nem de alunos nem de professores.

M a n t e r - s e n a ponta requer t rabalho e comprometimento. A diretora passa o dia na unidade. E almoça lá mesmo. “Alguns pais nos perguntam se somos da rede particular”.

A g o r a q u e o s professores da rede estadual estão em greve, apenas três lotados na Obra aderiram ao movimento. “Todos são excelentes e comprometidos com os objetivos da escola”, elogia a diretora.

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Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 5cidade

Avaliações da MicaretaHá uma semana, a cidade fervilhava, com a

Micareta. Nos próximos dias, ao contrário, teremos um cenário de calmaria, com o feriadão que se aproxima, em virtude do Dia do Trabalho, comemorado terça-feira (1), com direito a ponto facultativo na segunda-feira (30). A maior festa popular de Feira de Santana, este ano, nos apresenta um cardápio interessante para observações.

De pronto, podemos afirmar que a Micareta foi positiva para o folião pipoca, que pôde contar com um maior número de estrelas da música baiana entre as atrações. Destaque para Chiclete com Banana, Ivete Sangalo e Carlinhos Brown.

Além do midiático trio, teve o cantor de arrocha Pablo, que impressionou a todos arrastando uma multidão em plena chuva na quinta-feira, abertura da festa. Investimento que se provou muito melhor que o badalado Jau, que sob o trio se revelou um peixe fora d’água.

O horário das apresentações, este ano, só apresentou problemas no sábado, quando as atrações demoraram demais para passar nos camarotes, mesmo Chiclete, que costuma ser pontual. Quinta, sexta e domingo, dentro dos conformes - a festa é noturna mesmo, embora se começasse à tarde e terminasse antes do novo dia, como antigamente, seria muito melhor.

A ausência do detector de metais nos portões de acesso é de se lamentar. Trata-se de um interessante recurso para reduzir a quantidade de pessoas armadas no circuito.

Lamentável também o comportamento de alguns policiais militares que insistem em espancar pessoas na festa, em certos casos, por puro gosto de bater. Essa atitude de poucos tira o brilho do bom trabalho realizado por muitos na difícil missão de dar segurança ao evento.

A PM deve encontrar uma forma de filmar a movimentação de todo o seu aparato, em festas deste porte, para inibir os violentos e flagrar os que prejudicam a imagem da corporação.

13 anos de verdade O número 13 para alguns é sinônimo de azar. Para

o jornal Tribuna Feirense, ficará marcado como um indicador de sorte. Sorte de ao completar 13 anos de existência, ainda ter como entusiasta o médico, jornalista, sommelier, cronista e poeta César Oliveira no comando de suas atividades. 13 anos depois ele ainda não desistiu de incentivar a leitura, disseminar a cultura e sustentar a credibilidade de um jornal que desde que nasceu “só sabe dizer a verdade”. São 13 anos que, com ajuda do sócio, o jornalista Valdomiro Silva, mantém vivo um sonho. O sonho de noticiar uma Feira de Santana cada dia maior, cada dia mais culta, rica cultural e financeiramente. Um sonho possível, que com ajuda da Tribuna fica cada dia mais provável.

Sem hipocrisia Na coletiva de balanço sobre a Micareta 2012, o

prefeito Tarcizio Pimenta (PDT) chegou a se desculpar por ter dançado em cima do trio da banda “É o Tchan”. Não deveria, afinal não fez nada demais. Fez o que se espera de qualquer folião na Micareta: que dance e se divirta. Por que com o prefeito tem que ser diferente? Pura demagogia. No quesito Micareta, Tarcizio Pimenta deve ser aplaudido, pois devolveu a festa pro povo, coisa que os que o criticam nunca pensaram em fazer.

De costas pra incoerência Os professores estaduais que acompanharam na

Assembleia Legislativa da Bahia a votação e aprovação do reajuste dos professores do estado deram as costas ao deputado Zé Neto (PT), líder do governo, quando ele discursou no plenário. O petista havia subido na tribuna para afirmar que o governo não tem condições de pagar os 22% exigidos pela categoria. Indignados, os professores manifestantes cantaram em coro: “você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. Do PT, apenas a deputada Luiza Maia manteve a coerência histórica e se posicionou contra o reajuste proposto pelo governo e aprovado na Assembleia.

Medida extremaO fiasco na arrecadação do IPTU deste ano tem

deixado o secretário municipal da Fazenda, Wagner Gonçalves, de “cabelo em pé”. Até agora foram arrecadados apenas R$ 1,5 milhão, valor bem inferior aos anos anteriores. Como a situação dos cofres públicos não anda nada boa, Wagner resolveu partir pro ataque. Vai intimar cerca de 70 empresas a quitarem suas dividas com o município; caso contrário, serão apresentadas à Dívida Pública.

Nome novo Segundo o blog Bahia na Política, o coronel da

Policia Militar, Claudio Brandão, que é militante político e simpatizante do PMDB, pode vir a se candidatar a prefeito de Feira de Santana. Claudio Brandão é considerado “colberzista”, mas se diz contra uma suposta união entre Colbert Martins com o Democratas, de José Ronaldo. Por ser militar, o coronel tem até o mês de junho para se filiar a uma agremiação partidária e decidir se vai, ou não, enfrentar esse desafio.

Foguetinhos: *Um vinho 1999 pra comemorar o aniversário da Tribuna.

*E vamos trabalhar, porque quem vive de criar intriga é autor de novela...

* É muita boca pra pouca comida...

Valdomiro Silva Observató[email protected]

Governador avalia dadossobre sucessão em Feira

A notícia está publicada no jornal “Tribuna da Bahia”, coluna Raio Laser, edição de quinta-feira (26). O jornalista Arnaldo Lyra, editor de política do jornal, informa que a “articulação política” do governo contratou uma série de pesquisas nas 36 principais cidades da Bahia com o objetivo de respaldar as definições do governador Jaques Wagner “nas definições de apoios e construção de chapas para as próximas eleições municipais”.

Segundo a nota, nos últimos dias o secretário de Relações Institucionais, Cezar Lisboa, se reuniu com os dirigentes de partidos aliados para “discutir a situação

nas cidades”. O jornal informa ter tido acesso exclusivo aos dados

em que prefeitos em final de mandato ou em processo de reeleição foram avaliados.

Diz a “Tribuna da Bahia”:“Em Feira de Santana, maior colégio eleitoral

depois de Salvador, a atual administração é rejeitada, aumentando a expectativa pelo retorno do antecessor José Ronaldo, do DEM. O pré-candidato do PT, Zé Neto, vai mal”.

Os números não são apresentados.

Tribuna Feirense ano 14O jornal Tribuna Feirense completou, dia 10 de

abril, 13 anos de circulação. Já está em seu ano XIV. Nascido semanário em 1999, o jornal tornou-se diário em 2000 e assim circulou - de início, de terça a domingo, depois de terça a sábado - por uma década. Retornou a semanário três anos atrás. Não sei se um dia volta a ser diário. Até porque já não faço parte de sua gestão, hoje conduzida pelo amante de jornalismo - e mais ainda de Feira de Santana, o médico César Oliveira.

Por mais de 12 anos, fui o editor do jornal, que fundei ao lado dos amigos Batista Cruz, Gildarte Ramos e Denivaldo Santos. Gildarte, famoso radialista e jornalista feirense e homem de cultura, ficou pouco tempo conosco. Denivaldo saiu apenas dois anos atrás, Batista continua como repórter até hoje, assim como eu, agora colunista apenas. César, agora único dono do jornal, integrou-se à Tribuna poucos meses após a fundação, logo nos primeiros números.

Temos, todos nós, motivos de orgulho. Em tempo algum, colocamos o lucro como objetivo maior do empreendimento, mesmo contrariando a lógica dos negócios. É mais importante, em nossos objetivos, proporcionar à sociedade um jornalismo livre das amarras da economia, política, religião ou outros segmentos.

Chegamos a contar com cerca de 50 funcionários de carteira assinada. Nenhuma ação trabalhista enfrentamos ao longo de todos esses anos, após lidar com mais de 200 funcionários nas mais diversas áreas.

Agradecemos a comunidade pelo apoio. A nossa equipe, pela dedicação. O jornal vive uma nova fase. Com nova sede, novo design, novo site. O diretor César Oliveira está motivado e quer oferecer ao feirense um veículo ainda mais interessante. A participação do empresariado é importante. Um veículo de comunicação não sobrevive sem parcerias.

Um erro de cerimonialO episódio com o radialista Elias Lúcio, no almoço

promovido pelo prefeito Tarcízio Pimenta em uma churrascaria, para o balanço da Micareta, foi lamentável. Jamais se devia ter solicitado ao repórter que retirasse sua esposa do ambiente, por não ter sido convidada. Pelo desgaste que o fato representou, a economia saiu muito cara.

Um inadmissível erro de cerimonial do governo - por falar em cerimonial, ele existia ali? Onde estavam as jovens que, normalmente, nesses eventos, conduzem os convidados? Pelo visto, improvisaram com o secretário Nivaldo Vieira. Não deu certo.

O que aconteceu com Elias, porém, deve servir de lição a todos nós profissionais de imprensa. Melhor parar com esse vício, em Feira de Santana, de comparecer ao lado de parentes ou amigos para encontros jornalísticos realizados em restaurantes sem que, no convite, esteja expressamente autorizado que se leve acompanhante.

Naron x Edson PortoTerminou em agressão - ou tentativa, que dá no

mesmo - a confusa relação entre Edson Porto, o diretor de eventos de direito, e Naron Vasconcelos, o diretor de eventos de fato, da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer. Algo que, politicamente, foi muito mal montado, não poderia encerrar de outra forma. E ainda há pela frente São João, são Pedro e Expofeira. Sabe-se lá o que pode ocorrer até lá.

As contas de CarlitoAprovadas as contas de 2010 da Câmara, um

registro: o trabalho do ex-presidente Carlito do Peixe, gestor daquele exercício e de outros três - 2009, 2008 e 2007 foi um dos melhores já realizados na Casa. Foram mandatos presidenciais tanto preocupados em melhorar a qualidade do ambiente de trabalho e salarial do funcionalismo, quanto com a correta aplicação dos recursos.

Não é tarefa simples presidir o Poder Legislativo de uma grande cidade como Feira de Santana. As tentações são muitas e o gestor precisa ter muita cautela para não misturar a administração com interesses pessoais.

Carlito do Peixe, homem humilde, de discurso simples e nada eloquente, é lembrado em sua gestão com comentários elogiosos, seja por parte dos servidores, seja por seus colegas de plenário, como manifestaram alguns na votação de suas contas.

O homem é sua história, o que ele fez, o legado que deixa. Carlito, até aqui, tem sido modelo de homem público e prova viva de que nem só de canalhas vive a política.

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6 Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 especial

PREFEITURA MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANACNPJ N.º 14.043.574/0001- 51

DISPENSA DE LICITAÇÃO 014/2012

Processo Administrativo Nº 291/DLC/2012. Repartição Interessada: Secretaria Municipal de Educação. Objeto: Locação do imóvel situado na Avenida Maria Quitéria, nº 3250 – Queimadinha, pelo período de 12 (doze) meses. Contratado(a): Dacy Oliveira Mello. VALOR: R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais). AMPARO LEGAL: ART. 59, VII da Lei Estadual 9.433/05. Considerando o parecer 269/2012 da Assessoria Jurídica, ratifico a DISPENSA DE LICITAÇÃO para o objeto acima mencionado. FSA, 01/03/12. Tarcizio S. Pimenta Junior - Prefeito Municipal.

PREFEITURA MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANACNPJ Nº. 14.043.574/0001- 51

LICITAÇÃO 053/2012 – CONCORRÊNCIA PÚBLICA 005/2012

Fica SUSPENSA a licitação 053/2012, objeto: Contratação de empresa para prestação de serviços de informatização e modernização da Prefeitura Municipal de Feira de Santana. Informações no Dpto. de Licitações, na Av. Sampaio, nº. 344, Centro, das 07h30 às 13h30, Tel. (75) 3602-8319/8345. FSA, 27/04/2012. Moisés Moura dos Santos Filho – Presidente da CPL.

DECRETO Nº 8.579, DE 26 DE ABRIL DE 2012.

“Altera o Quadro de Detalhamento de Despesa do Poder Executivo, na forma que indica e dá outras providências.”

O PREFEITO MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais e com fundamento no art. 37, § 2º, da Lei nº 3.227, de 01 de julho de 2011 e art. 7º, inciso V, da Lei nº 3.299, de 28 de dezembro de 2011.

DECRETA:

Art. 1º - Fica alterado o Quadro de Detalhamento de Despesa de 2012, no valor de R$ 9.500,00 (nove mil e quinhentos reais), na forma indicada no Anexo a este Decreto.

Art. 2º - Fica a Contabilidade Municipal autorizada a efetuar os registros contábeis necessários ao cumprimento deste Decreto.

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal, 26 de abril de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIORPREFEITO MUNICIPAL

ANEXO AO DECRETO Nº 8.579, DE 26 DE ABRIL DE 2012.

DECRETO Nº 8.580, DE 26 DE ABRIL DE 2012.

“Altera o Quadro de Detalhamento de Despesa do Poder Executivo, na forma que indica e dá outras providências.”

O PREFEITO MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais e com fundamento no artigo 37, § 2º da Lei nº 3.227, de 01 de julho de 2011 e artigo 7º inciso V da Lei nº 3.299, de 28 de dezembro de 2011.

DECRETA:

Art. 1º - Fica alterado o Quadro de Detalhamento de Despesa de 2012, no valor de R$ 345.500,00 (trezentos e quarenta e cinco mil e quinhentos reais), na forma indicada no Anexo a este Decreto.

Art. 2º - Fica a Contabilidade Municipal autorizada a efetuar os registros contábeis necessários ao cumprimento deste Decreto.

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal, 26 de abril de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIORPREFEITO MUNICIPAL

ANEXO AO DECRETO Nº 8.580, DE 26 DE ABRIL DE 2012.

DECRETO Nº 8.581, DE 26 DE ABRIL DE 2012.

“Abre crédito suplementar ao Orçamento do Município e dá outras providências.”

O PREFEITO MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais e com base na autorização contida na Lei Nº 3.299, de 28 de dezembro de 2011, artigo 6º, inciso I.

DECRETA:

Art. 1º - Fica aberto Crédito Suplementar ao Orçamento do Município no valor de R$ 4.557.400,00 (quatro milhões, quinhentos e cinqüenta e sete mil e quatrocentos reais ), conforme detalhamento abaixo:

Art. 2º - Os recursos disponíveis para acorrer às despesas decorrentes do presente crédito suplementar correrão à conta de anulações nas dotações abaixo detalhadas:

Art. 3º - Fica a Contabilidade Municipal autorizada a efetuar os registros contábeis necessários ao cumprimento deste Decreto.

Art. 4º - Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal, 26 de abril de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIORPREFEITO MUNICIPAL

Classificação Institucional

Projeto/Atividade Elemento de Despesa

Fonte de Recursos

Acréscimo Redução

20.25 18.542.012.2182 3.3.90.30 000 9.500,00 20.25 18.542.012.2182 3.3.90.32 000

5.000,00 20.25 18.542.012.2182 3.3.90.36 000

4.500,00 TOTAL 9.500,00

9.500,00

Classificação Institucional

Projeto/Atividade Elemento de Despesa

Fonte de Recursos

Acréscimo Redução

15.15 15.122.001.2112 3.3.90.36 000 5.500,00 15.15 15.122.001.2112 3.3.90.39 000 5.500,00 15.15 15.541.014.2118 3.3.90.30 000

75.000,00

15.15 15.541.014.2118 3.3.90.39 000 75.000,00

15.15 15.452.014.2119 3.3.90.39 000 265.000,00 15.15 15.452.014.2119 3.3.90.30 000

265.000,00 TOTAL 345.500,00 345.500,00

CLASS. INST. PROGRAMÁTICA ECONÔMICA FONTE VALOR (R$) 15.15 15.452.014.2119 3.3.90.39 0000 1.178.000,00 15.15 18.367.015.2121 3.3.90.39 0000 3.379.400,00 TOTAL 4.557.400,00

CLASS. INST. PROGRAMÁTICA ECONÔMICA FONTE VALOR (R$) 15.15 15.451.014.1042 3.3.90.30 0000 4.900,00 15.15 15.451.014.1042 3.3.90.36 0000 9.900,00 15.15 15.451.014.1042 3.3.90.39 0000 9.900,00 15.15 15.451.014.1042 3.3.90.47 0000 1.900,00 15.15 15.451.014.1042 4.4.90.51 0000 4.900,00 15.15 15.451.014.1042 4.4.90.52 0000 4.900,00 15.15 15.452.015.1043 4.4.90.51 0000 36.000,00 15.15 15.452.015.1043 4.4.90.52 0000 19.000,00 15.15 15.122.001.2112 3.3.90.14 0000 9.000.00 15.15 15.122.001.2112 3.3.90.39 0000 160.000,00 15.15 15.122.001.1212 44.90.52 0000 30.000,00 15.15 15.452.013.2113 3.3.90.30 0000 100.000,00 15.15 15.452.013.2113 3.3.90.36 0000 14.000,00 15.15 15.452.013.2113 3.3.90.39 0000 3.580.000,00 15.15 15.452.013.2113 4.4.90.52 0000 9.000,00 15.15 15.452.013.2114 3.3.90.30 0000 111.000,00 15.15 15.451.014.2115 3.3.90.30 0000 195.000,00 15.15 15.451.014.2115 3.3.90.36 0000 18.000,00 15.15 15.451.014.2115 3.3.90.39 0000 60.000,00 15.15 15.541.014.2116 3.3.90.30 0000 49.000,00 15.15 15.451.014.2116 3.3.90.39 0000 29.000,00 15.15 15.451.014.2116 4.4.90.52 0000 9.000,00 15.15 15.451.014.2118 3.3.90.39 0000 40.000,00 15.15 15.451.014.2118 4.4.90.51 0000 53.000,00 TOTAL 4.557.400,00

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Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 7cidade

Ildes FerreiraSociólogo, professor titular da UEFS

A grande seca: o INPE avisouA Presidente da República, Dilma Rousseff,

acaba de anunciar a “bolsa-seca” para socorrer os flagelados da seca no Nordeste. R$ 400,00 por família atingida, divididos em cinco parcelas... Necessária porque em momentos como este, tudo é valioso, mas não passa de migalha. São 28 milhões de nordestinos vivendo na região semiárida, em 8 estados do Nordeste e mais o norte de Minas Gerais. O valor anunciado, cerca de R$ 2,5 bilhões, é o suficiente para R$ 90 por pessoa.

A situação se agrava. São 214 municípios, só na Bahia, em situação de emergência, onde vivem mais de 5 milhões de pessoas. A Diocese de Juazeiro, em conjunto com outras 15 organizações sociais, acaba de divulgar nota pública – “Seca Política ou Política Seca?”, é o título – denunciando a situação de calamidade, onde a carga de um carro-pipa (8.000 litros) chega a custar R$ 700,00. Em Valente, lideranças comunitárias reunidas no dia 17/04/2012 denunciam que carros-pipa contratados pelo Exército dividem uma carga de água em 3 comunidades, mas recebem pagamento como se tivessem levado três cargas completas. É a indústria da seca se revigorando.

O quadro já era previsto. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) já tinha encaminhado, dois anos atrás, documento técnico anunciando a grande seca de 2011-2012, fenômeno que se repete a cada ciclo de 25-27 anos. O governo, simplesmente ignorou.

Nesse momento, medidas emergenciais são urgentes e necessárias para socorrer a população. Faltam água e alimentos para os humanos e para os animais. Há municípios que já perderam cerca de 70% dos seus rebanhos. Mas é preciso, também, urgentemente, empreender medidas estruturantes para evitar que o filme (já velho) seja reprisado no futuro. E o Estado da Bahia tem um débito histórico com sua população no semiárido: embora o semiárido baiano corresponda à soma da área semiárida da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, naqueles Estados há cerca de 70.000 açudes construídos com 40 bilhões de metros cúbicos de água armazenados; na Bahia, há apenas cerca de 160 açudes, com pouco mais de um bilhão de metros cúbicos de água.

O senador baiano Wal ter P inhei ro (PT) apresentou ontem (26), no plenário do Senado, um estudo que solicitou ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) sobre a estiagem que afeta a região Nordeste, principalmente a Bahia. “A perspectiva é de que as chuvas voltem a cair somente a partir do mês de outubro”, informou o senador.

N o e s t u d o , o s pesquisadores utilizam dados colhidos nas estações do instituto até o início desta semana. Em resumo o documento confirma que a severidade da atual estiagem deve-se à insuficiência de chuvas nos períodos em que, historicamente, ocorrem as precipitações que abastecem as represas, barragens e cisternas utilizadas pelas

Só em outubro deve voltar a chover

O município de Feira de Santana começou a receber recursos da Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec) para amenizar os efeitos da seca na zona rural. A verba no valor de R$ 70 mil será aplicada na limpeza de tanques e outra no valor de R$ 30 mil está prevista para o abastecimento de água através de carro pipa. Como contrapartida, a prefeitura libera recursos de R$ 40 mil.

O governo Municipal decretou “situação de

Feira recebe R$ 70 mil para combate à seca

emergência” em setembro, quando a estiagem já prejudicava as culturas de feijão e milho. O decreto foi duas vezes renovado.

Segundo o secretário municipal de Agricultura e Recursos Hídricos (Seagri), Ozeny Moraes, o governo municipal investiu R$ 134.887 em carros pipa para a zona rural, totalizando 1.370 viagens.

A Seagri também solicitou apoio ao ministro da Integração Nacional, F e r n a n d o B e z e r r a ;

secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana; e ministro do D e s e n v o l v i m e n t o Agrário, Gilberto José Spier Vargas.

A t r a v é s d e u m diagnóstico elaborado pela secre tar ia , fo i apresentada a situação do munic íp io , com solicitação de cestas bás i cas , l impeza e ampliação de aguadas, além da contratação de carros-pipa, pois há mais de 600 cisternas e s p a l h a d a s n o s

oito distr i tos e 200 comunidades e povoados do município.

“Devido à longa es t iagem, os poços t u b u l a r e s q u e d ã o sustentação a mais de 10 Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água sofreram uma queda significativa de sua vazão, provocada pela falta de chuvas”, disse Moraes.

Junto ao documento foi anexada a cópia do terceiro decreto de situação de emergência.

populações, tanto para agricultura quanto para o abastecimento de água para as cidades.

“ E m a l g u m a s localidades no Norte da Bahia, como Irecê e Paulo Afonso, por exemplo, simplesmente não houve registro de chuvas em nenhum dia do mês de março”, disse Pinheiro.

A Bahia é o estado mais assolado pela seca – mais de 200 dos 417 municípios do estado estão sob emergência –, mas o quadro também é grave em outros estados, segundo os dados de março e abril que constam da nota técnica.

O Inmet acrescentou aos dados um mapa que mostra as chuvas entre os dias 5 e 24 de abril. A área com chuva entre zero e 3 milímetros ocupa

praticamente todo o interior da Bahia, estendendo-se, ao Norte, para a região Sul-Sudoeste de Pernambuco e Sul-Sudeste do Piauí. Ao Sul invade uma pequena faixa do Norte de Minas Gerais e um polígono a Noroeste do estado.

A faixa entre 10 e 20 mm de chuva alcança praticamente toda a região central da Bahia, todo o estado de Sergipe, parte de Alagoas, e cruza os estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco.

“O problema não se resume às poucas chuvas, mas ao longo período em que vem chovendo muito abaixo das médias históricas”, avaliou Pinheiro. Os efeitos da estiagem são graves para os mais de três milhões de pessoas que vivem nas regiões assinaladas – e a

projeção não é otimista.Os “prognós t icos

c l i m á t i c o s ” d o s pesquisadores do Inmet confirmam a severidade dos próximos meses ao prever que, para o trimestre abril-maio-junho de 2012, o que se espera é “maior probabilidade de chuvas na categoria normal a abaixo da normal climatológica (75%) para o centro-norte do Nordeste do Brasil”.

O senador governista disse que há empenho dos governos federal e da Bahia para liberação de recursos emergenciais, mas reconheceu que ainda são necessárias outras ações como o perdão das dívidas dos agricultores que perderam suas safras ou nem chegaram a ter condições de fazer o plantio.

Além da vegetação, reservatórios de água também estão secos na zona rural de Feira de Santana (Foto ACM Secom)

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8 Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 cultural

Nova MPB: o som de Ramon LimaOrdachsOn GOnçalves

C o n h e c i d o p o r composições autênticas e uma sonoridade ímpar que exprime no violão, o cantor Ramon Lima é uma das gratas revelações da noite feirense. Com dois discos gravados em dez anos de carreira, ele se preparara para lançar mais um álbum: “Solto e ao Vivo”.

N e s t e t r a b a l h o Ramon promete um misto de composições próprias e “sucessos que tocam no rádio”, mas tudo dentro do estilo que ele denomina como Nova MPB. “Vou fazer arranjos novos para músicas minhas, e tocar algo legal que esteja tocando no rádio, mas com ritmo diferente”, explica.

Ramon Lima afirma que busca tocar a música o mais diferente possível. “A maneira que encontro é deixar o violão bem a t r a e n t e , c h a m a n d o atenção. As pessoas que esperam um som ali no cantinho para relaxar, acabam surpresas.

R a m o n L i m a descobriu a aptidão para a música de uma forma nada convencional: fazendo batuque na cadeira de uma igreja. A brincadeira de criança chamou a atenção e não demorou muito para ele ser convidado a integrar o grupo musical de sua congregação. Mas o começo da trajetória musical não foi na bateria ou percussão. Ramon

O violão cheio de contratempos, com várias divisões, buscando o groove, o tempo todo inquieto. Isso já faz parte de mim”, define.

Além de cantor e

compositor, Ramon tem um elogiado desempenho como instrumentista. Ele diz que é na música i n s t r u m e n t a l q u e encontra as idéias para as composições. Quanto ao

estilo denominado Nova MPB, o músico define como uma junção de vários caminhos rítmicos. “Utilizo muito do Samba, Afoxé, Jazz, forró, e variantes desses ritmos”, revela. As influências musicais vão da autêntica música nordest ina à MPB original . “Luis Gonzaga, Chico César, Lenine, Djavan, música instrumental. Quando criança ouvia na casa de minha mãe outras vertentes, como Amado Batista, Fernando Mendes, L i d i o m a r C a s t i l h o , Reginaldo Rossi, e tantos outros”, lembra.

Ramon diz ainda que o repertório vasto é essencial nos shows, e s p e c i a l m e n t e n o s barzinhos. “É um barato tocar em algum lugar e alguém da platéia pedir m ú s i c a d e Wa l d i c k Soriano, Evaldo Braga, Roberto Carlos”.

Ele enfatiza que estes cantores não serviram como influência para o seu estilo. “Mas na hora do aperto eles ajudam. Sempre pedem alguma coisa desses caras”, revela.

Do batuque na cadeira ao violãoiniciou já como cantor.

Mesmo com um bom timbre de voz, ele diz que sentia falta de algo. E a completude veio com o primeiro violão. “Ganhei um violão de uma tia e comecei a estudar o instrumento. Um amigo t inha me ensinado a posição de alguns acordes, en tão fu i es tudando sozinho. Levava para a escola e sempre na portaria

a diretora me abordava e ficava com o violão até o final das aulas”, lembra.

Ainda na adolescência Ramon Lima começou a tocar em sua igreja, onde conheceu os amigos e parceiros de composição, Igor Antazio e Mateus Pessoa. “Eles estavam fo rmando uma banda chamada Ataniz io em Pessoa. Um dia me pediram o violão e me chamaram

para assistir o ensaio. Cantei duas ou três músicas e já fiquei sendo da banda”, revela.

E m 2 0 0 3 R a m o n entrou na banda Batuki da Tribo, onde desenvolve até hoje um trabalho paralelo a sua carreira solo. “Na banda a gente toca sucessos do axé, além de ritmos como a salsa, o afro. Todo ano nos apresentamos na Micareta de Feira de Santana”, salienta.

[email protected]

Eliezer de AraujoPastor evangélico e psicólogo

Um mundo de aflições Cada dia que passa, quanto mais evoluída

e desenvolvida a mente humana, mais têm aumentado as aflições na terra, sofrimentos e tristezas angustiantes sem fim. O povo brasileiro tem melhorado de vida financeira-material, mas, do amanhecer ao fim do dia as notícias divulgadas por toda a imprensa falada, televisionada ou escrita, como se diz popularmente, “se espremer, corre sangue”.

Acaba um“Micareta” e quase não se percebe o saldo de aflições, desgraça e infelicidade. Eu já conversei com jovem nessa cidade, na semana do “Micareta”, e dias depois ser avisado da morte criminosa e abrupta do mesmo, que terrível!

Só tenho a recordar e transmitir a você leitor, as palavras Bíblicas de Jesus Cristo, o Filho de Deus: “Haverá grande aflição na terra e furiosa ira contra este povo”. (Lucas 21:23).

Por que teria Jesus proclamado essa verdade aos homens, num contexto de maldade, vingança, ambição e ardente desejo pelo “ter” em detrimento à ruína e destruição do outro, quer para tomar os bens, quer para destruir, mutilar e afligir?

Quem lê e medita nas Escrituras, escrita por homens e inspirada pelo Deus Eterno, percebe claramente o mundo caminhar para um fim monstruosamente desumano e loucamente de aflições.

Enquanto os povos se aproximam via Internet e satélites, os indivíduos se distanciam e se separam, temendo sofrimentos e evitando aflições, todavia isso ocorre pela falta de comunhão entre o homem e Deus, Criador e mantenedor da vida. Há solução de paz em meio às aflições? O mesmo Cristo responde: “Tenham paz em Mim; No mundo passais por aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo” – João 16:33.

O ser humano tem vivido um excesso de preocupação tal, que quase não acredita nessa paz em meio às aflições. É tempo de parar, fazer um olhar meditativo e crer que tudo é possível com o Deus dos impossíveis.

Queremos vencer? Liguemo-nos a Jesus Cristo e seremos fortalecidos e mais que vencedores. Conte conosco para lhe ouvir, compreender, amar e lhe ajudar.

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Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 9tecnologia

Brasil tem um computador para cada dois habitantes

Não precisa mais. A última iniciativa hacker contra a antipática indústria musical que insiste em cobrar (caro, geralmente) é o Anontune.

Seria uma vingança do grupo Anonymous contra a perseguição judicial e policial contra os sites de downloads. Começou a ser criada um mês depois do fechamento do Megaupload.

A ideia é não fazer downloads e usar várias fontes de áudio. O Anontune vai capturar o som de sites diversos (YouTube, MySpace, Yahoo, SoundCloud, etc). Uma playlist pode ser criada e distribuída com as músicas da predileção do ouvinte. Ainda falta um bocado para ficar pronto (os desenvolvedores dizem que estão com 20% do processo concluído). De qualquer modo só vai prestar para quem tem conexão boa e ininterrupta com a internet.

Na Bahia, a Claro informa que entre março de 2011 e março de 2012, o uso da banda larga entre os clientes da operadora cresceu 103,3%.

Avast! Mobile Security é uma versão miniatura de um dos antivírus mais populares do mercado, para manter o smartphone livre de vírus e outras ameaças da rede.

É necessário estar conectado à internet na primeira vez que você usa o Wi-Fi Finder, para que o aplicativo baixe um banco de dados com os pontos de internet registrados. Assim ele pode apontar as redes mesmo que posteriormente esteja desconectado.

Free phoneAplicativos gratuitos

Avast! Mobile Security

Entre computadores domésticos e de empresas, o Brasil tem cerca de um equipamento para cada dois habitantes, totalizando 99 milhões de máquinas em uso. Os dados são da 23ª Pesquisa Anual de

Tecnologia da Informação (TI) , d ivulgada pe la Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo. A pesquisa estima que, em seis anos, o Brasil passará a ter um computador por habitante.

O l e v a n t a m e n t o mostrou que o total de computadores no país dobrou nos últimos quatro anos. Em 2012 mais 17,9 milhões de unidades devem se juntar a este montante.

O pe rcen tua l de

c o m p u t a d o r e s p o r habitante no Brasil (cerca de 51%) coloca o país acima da média mundial, que é de 42%. Nos Estados Unidos, há cerca de 354 milhões de computadores, ou 114% da população.

Novo Ipad começa a ser vendido em maioA Apple não confirma,

mas fontes do varejo disseram a publicações especializadas do setor que a venda do novo Ipad começa em maio no Brasil.

A partir da homo-logação do equipamento pela Anatel, ocorrida este mês, a empresa já vender quando desejar. Já existe até uma data prevista para a formação das filas na porta. Na madrugada do dia 11 para 12 de maio. O preço do modelo mais barato, de 16 GB e sem suporte ao 4G, deve ficar em torno de R$ 1.700. Nos Estados

Unidos o tablet é vendido por valores entre US$ 499 (16GB Wi-Fi) e US$ 829 (64GB 4G).

O Brasil estará mais uma vez no fim da fila da Apple, porque no próximo desde hoje (27 de abril) uma leva de mais 12 países receberá o novo iPad,

lançado em março. O iPad tem nova tela Retina de 9,7 polegadas e resolução de 2048 x 1536 pixels, câmera de 5MP com capacidade de gravação em full HD (1080p), conec t iv idade 4G e recurso “voice dictation”, que lê textos digitados.

Também em maio, devem chegar às lojas os primeiros iPad 2 fabricados na planta da Foxconn em Jundiaí, interior paulista. Estes produtos devem ser beneficiados pelas isenções concedidas pelo governo e o preço cairá até 20% em função disso.

Nitidez da tela é um dos atrativos do novo Ipad

O tênis “InStep Nanopower” é capaz de aproveitar a energia mecânica do movimento dos pés e gerar uma corrente elétrica para abastecer pequenos aparelhos eletrônicos.

Uma caminhada intensa ou corrida poderia gerar energia para, senão abastecer totalmente, pelo menos conservar a energia de equipamentos como celular ou iPod.

O produto foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Wisconsin. Segundo o site oficial, testes recentes indicam que cada passada pode gerar até 20 watts.

Tudo é feito com nanopartículas de metal líquido que ficam em bolsas no solado do tênis. A energia gerada é armazenada em uma bateria conectada a um cabo USB.

Wi-Fi FinderO Wi-Fi Finder usa o

GPS do aparelho para indicar os pontos de internet sem fio gratuitos mais próximos. Faz busca de pontos tambérm pelo CEP.

Tênis gera energia enquanto você corre

Piratas desistemde baixar músicas

BITSEm 2011 27%, 27% de todas as fotos

produzidas pelos norte-americanos foram feitas a partir de smartphones, segundo dados da empresa de análise de mercado NPD Group.

Depois do smarthpone, o smartwatch . A Sony lançou uma linha de relógios de pulso com Android, onde, entre outras funções além de mostrar as horas, o dono pode checar e-mails, SMS e consultar a agenda.

A receita do Facebook no primeiro trimestre de 2012 subiu 45 por cento em relação ao primeiro trimestre de 2011. De uma receita de 731 milhões de dólares, o negócio alcançou agora 1,058 bilhão de dólares. Com o aumento das despesas (mais de mil funcionários entraram em 2011, elevando o total a 3.539), o lucro baixou de 233 para 205 milhões de dólares.

Em março o Brasil chegou a 250,8 milhões de linhas de telefone celular. 52 milhões têm banda larga móvel 3G. A Vivo lidera o mercado, com 29,81% de participação, seguida por TIM (26,80%), Claro (24,56%) e Oi (18 53%).

As operações com internet banking responderam por 25% das transações do setor bancário no ano passado, representando um aumento de 20% sobre 2010, segundo pesquisa divulgada ontem (26) pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

O crescimento acentuado se deve segundo a federação dos bancos, ao aumento da penetração de smartphones no mercado.

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10 Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 televisão

SUPERVISOR EXTERNO DE TRÁFEGOExperiência da área de transporte,

Ensino Médio Completo, Informática básica.Liderança, boa comunicação e organização.

Enviar currículo para o e-mail:[email protected]

Flávio Ricco Canal 1 [email protected]ção: José Carlos Nery

Pessoal das diversas emissoras que esteve na feira de Las Vegas, realizada na última semana, voltou impressionado com a alta qualidade do que lá foi apresentado, e mais que isso, com a tendência de se baratear o custo dos equipamentos.

A Globo, aqui do Brasil, foi a única que se mostrou interessada em investir em câmeras de última geração. Mas de maneira geral, as emissoras menores e até produtores independentes terão agora melhores capacidades de trabalho, em razão dos preços mais acessíveis.

Em cima disso, vale completar que, segundo nota do Meio & Mensagem, o Rio de Janeiro, com 69,6% e São Paulo, 70% de cobertura, são os estados mais adiantados no processo de digitalização da transmissão.

E o consumidor brasileiro está respondendo a esta expansão – “até dezembro do ano passado, foram vendidos 15 milhões de aparelhos com conversor digital integrado”. O processo de digitalização hoje é realidade para 47% da população brasileira, quatro anos depois da sua implantação.

Equipamentos de TV ficam mais baratos

Mudança de posto

Maria Paula Limah está com novas

funções no departamento de jornalismo do SBT.

Desde o começo da semana, conforme ordens superiores, ela trocou as reportagens das madrugadas pela bancada dos boletins noticiosos, faixa da noite.

C´est fini Patrícia Poeta está exagerando em suas

reações no “Jornal Nacional”. Para cada notícia uma careta diferente. Não há necessidade de tanto.

“Avenida Brasil” teve, novamente, uma audiência muito boa. O capítulo exibido na quarta-feira chegou a 41 de média, com 67% de participação.

Festival da Ivete A estrela da Ivete Sangalo na Globo brilha

como sempre.Depois de “As Brasileiras” e papel de destaque

em “Gabriela”, a cantora se prepara para gravar participação em “Cheias de Charme”, novela das sete da emissora.

Isso deve acontecer nas duas próximas semanas, no máximo.

Tô chegando Mario Quaranta, ainda na Record, vai assumir

dia 3 de maio a direção-geral do programa “Jogo Aberto”, na Bandeirantes.

A sua contratação foi solicitada pela apresentadora Renata Fan.

Jogando a favor Um dos trunfos que a direção da Rede TV!,

especialmente os responsáveis pelo “Saturday Night Live” na Rede TV!, pretende utilizar são os quase 4,5 milhões de seguidores no Twitter do Rafinha Bastos.

Se houver essa transferência em pelo menos 25% já será uma conquista inédita para a Rede TV!.

Ela de novo A TV Gazeta também vai realizar debates

entre os candidatos a Prefeitura de São Paulo, dia 1º de outubro, no primeiro turno, e dia 22, havendo a necessidade do segundo.

Uma vez mais, a apresentadora e comentarista Maria Lydia foi confirmada para ancorar esses encontros.

Situação difícil Os contratados da Rede TV! como PJs

-Pessoas Jurídicas, dispensados no últimos mês, não receberam nada até o momento.

Nada foi cumprido até agora. O pagamento prometido para o dia 25, quarta-feira, não aconteceu. E não existe nenhuma previsão.

A coluna apurou, junto a Rede TV, que os pagamentos serão feitos até o dia 2.

Simples consequência Com exceção do “Jornal da Band” e do “Canal

Livre”, aos domingos, todos os demais informativos e programas esportivos da Bandeirantes estão se apresentando com cenários virtuais. O último a aderir à moda foi o “Jogo Aberto”, de Renata Fan.

Há, como consequência, o empobrecimento visual de todos eles.

Diretor escolhido Luiz Gleiser será o diretor do novo programa

do Pedro Bial, que tem a estreia da sua primeira temporada prevista em meados de junho.

É um talk-show, que irá ocupar a terceira faixa da linha de shows às quintas-feiras, depois do “Globo Mar”.

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Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 11especial

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12 Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 cidade

[email protected]

Adilson SimasFEIRA ONTEM

Índio não paga impostoChefe da tribo dos Piruibis, em Santos, São Paulo, numa quarta-feira de julho de 1979, chegou na cidade o cacique Tainhubirá, registrado em cartório como Djalma Leite e que no cinema interpretou o índio Paraguai no filme O Guarany.Veio vender artesanato indígena e após dizer ao repórter do jornal “Feira Hoje” que não queria ser molestado por policiais e principalmente fiscais municipais, se dirigiu à prefeitura. Como o prefeito Colbert

Martins não estava, deixou com Cristóvão Ribeiro Costa, chefe da Guarda, um curto bilhete para o alcaide com os seguintes dizeres:- Índio quer vender, índio não paga solo

O prefeito dos pesadelosQuando o vice José Raimundo, em 1982, foi efetivado no lugar de Colbert Martins, a Câmara, amparada na lei vigente elegeu Wagner Mascarenhas como novo vice. Em 1994, outra legislatura, José Raimundo não teve vice, quando substituiu João Durval, que renunciou para ser candidato ao governo do estado.Ao se ausentar da cidade em maio de 1995, foi duramente criticado na Câmara por não ter passado o cargo ao substituto imediato, o presidente do Legislativo, . As discussões só cessaram

quando o edil Roberto Tourinho, sempre ferino, aparteou e disse causando risos: - Excelências, o Tide como prefeito seria um alívio para os vereadores e um pesadelo para a população...

Clailton: o futuro é agoraCom a morte de José Falcão em agosto de 1997, o vice Claílton Mascarenhas ganhou um mandato de prefeito que de tão longo lhe permitiu criar nova marca para o governo. Assim, no lugar do slogan “Produzir é construir o futuro” deixado por Falcão, apareceu “O Futuro é agora”, sugerido pelo novo alcaide.Convivendo com denúncias na Câmara e processos na justiça, Claílton passou todo mandato – 3 anos e 5 meses, cuidando menos da cidade e mais de sua

defesa. O jornalista Glauco Wanderley, por exemplo, contou em artigo ficcional, que certa vez imaginando que estava sendo perseguido por oficiais da justiça o prefeito disse ao motorista: -“Corre, Aquino!” O motorista tentou explicar: “Mas prefeito, é a imprensa! Vai parecer que a gente está correndo...” e Claílton abriu o jogo:-E a gente tá fazendo isso mesmo. Corre, Aquino, corre! O futuro é agora...

No ano de 2011 chegaram a Feira de Santana mais de 200 novos empreendimentos por mês, de diversos setores e tamanhos, segundo dados da Junta Comercial da Bahia. Há dez anos, esse número não passava de 100 por mês.

Cerca de 80% dessas recém-criadas empresas são do ramo de comércio e prestação de serviços. Feira foi a segunda cidade no estado na criação de novas empresas, perdendo apenas para Salvador. O que chama a atenção na lista é o grande número de empresas franquiadas abertas na Princesa do Sertão. Em 2011 foram mais de 150, 15% a mais do que em 2010.

F ranqu ia é uma concessão de marca a um empresário, que recebe apoio para implantação de uma nova unidade do negócio. O investidor paga um percentual dos lucros para o franqueador e recebe orientações de

Franquias aumentam 15% em um ano

vendas e uma assessoria comercial. As franquias obedecem às mesmas regras em quaisquer lugar que estejam instaladas, criando, assim, forte ident i f icação com o público consumidor.

“Quando pensei em abrir um negócio, logo imaginei uma franquia, pois sabia que teria o suporte necessário, já que não tenho experiência no ramo comercial”, afirma a empresária Paula Bezerra, que no fim do ano passado abriu uma loja de roupas masculinas e femininas, cuja marca já possui outras cinco unidades em Salvador.

A s f r a n q u i a s fazem cair o índice de mortalidade de novos negócios, que ainda é elevado. “Os estudos e pesquisas demonstram que investir em uma marca já conhecida no mercado reduz as chances de prejuízos”, aponta o diretor da Associação Comercial e Empresarial

de Feira de Santana, Armando Sampaio.

De acordo com ele, o que tem atraído tantos investimentos para Feira de Santana, sobretudo das franquias, é o potencial d o c o m é r c i o l o c a l . A atividade comercial feirense polariza uma população de mais de dois milhões de pessoas, da própria cidade e outros 50 municípios.

O comércio é uma das principais alavancas da economia local. Tem mais de 21 mil empresas e emprega cerca de dez mil pessoas. “O comércio de Feira de Santana é altamente competitivo, variado, atende a todos os tipos de público. A cidade tem uma economia sólida e pujante, com chances de continuar mantendo o ritmo de crescimento nos p róx imos anos . Todos esses fatores são analisados no momento de se escolher uma localidade para abrir um negócio”, afirma Armando.

SHOPPINGOutro indicador do

crescimento e sucesso das franquias está no shopping Boulevard. Segundo a superintendência, há três anos havia 146 empresas instaladas. Agora são 175. Quase todas as novas são franqueadas, e com marcas de luxo, voltadas para o público de médio e alto poder aquisitivo.

U m r a m o d e f r a n q u i a s q u e t e m se destacado é o de alimentação. O empresário Pedro Falcão abriu, no ano passado, um restaurante de comida oriental na praça de alimentação do shopping. Ele tinha, no mesmo local, um restaurante de massas. Também abriu uma loja de joias e acessórios. Todos os empreendimentos com nomes de marcas já conhecidas. “É mais seguro investir em um nome sólido no mercado do que criar uma nova marca e a partir daí conquistar os clientes. Os nomes conhecidos já têm uma clientela própria; é só atraí-la com bom serviço”, recomenda.

empreendimentos com nomes de marcas já conhecidas. “É mais seguro investir em um nome sólido no mercado do que criar uma nova marca e a partir daí conquistar os clientes. Os nomes conhecidos já têm uma clientela própria; é só atraí-la com bom serviço”, recomenda.

No Boulevard, as franquias ganharam espaço com a recente expansão do shopping

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Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 13a semana

TARCÍZIO PIMENTA

“Meu coração falou e quando ele fala ninguém pode se conter”

o prefeito justificou a dança no trio ao lado de É o Tchan, um dos momentos mais comentados da Micareta

CARLOS GEILSON

“Agora o governo vem com a desculpa de que o governador não sabia. Então estamos muito mal governados, por uma autoridade que não tem conhecimento do que se passa na sua gestão”

deputado oposicionista, sobre o acordo descumprido que levou os professores estaduais à greve

SANDRA PEGGI

“Não podemos continuar atendendo pacientes com uma simples topada ou uma dor de cabeça, já que as policlínicas dos bairros foram feitas para isto”

Diretora do hospital Dom Pedro, aderindo a queixa já bastante comum de se ouvir no Clériston Andrade

OTTO ALENCAR

“Não sou candidato em 2014 a absolutamente nada. É questão de opção de vida. Está descartado. Digo a você com toda certeza”.

vice-governador em entrevista em 31 de agosto de 2011

OTTO ALENCAR

“O que tenho dito é o seguinte: Se o governador lá em 2014, tomar a decisão de ir até o final do governo, eu posso me candidatar a um cargo. Pode ser senador ou outro cargo qualquer”.

o mesmo vice-governador em 18 de abril de 2012

ASSIM FALOUA SEMANA

19 As chaves de Feira de Santana passaram às mãos do rei Momo, André Luiz Daltro Marinho, que reinou por quatro dias ao lado da rainha da Micareta, Lizandra Souza e das princesas Kelliane Pessoa da Silva e Cátia Nascimento.

20 Postado no You Tube na sexta-feira, o vídeo do prefeito Tarcízio Pimenta dançando no trio do “É o Tchan” bombou na internet, com 20.777 visualizações até a tarde de ontem. O vídeo foi postado por “MelhordeFSA”, que além deste colocou apenas um outro, com Ivete Sangalo na Micareta, que só chegou a pouco mais de 215 visualizações. A dança do prefeito rendeu discussões intermináveis na Câmara municipal e na cidade como um todo. As agressões da PM contra foliões, exibidas na TV Subaé, ninguém discutiu.

22 Ivete Sangalo voltou à Micareta depois de sete anos ausente da festa em Feira de Santana. Mas houve quem avaliasse que o romântico cantor de arrocha Pablo, que se apresentou na madrugada de sexta-feira, foi o artista que trouxe o maior contingente ao circuito da folia.

25 Faleceu aos 84 anos na UTI do Hospital São Rafael, em Salvador, de falência múltipla dos órgãos, o empresário Osvaldo Coelho Torres, um dos pioneiros do transporte de cargas em Feira de Santana, por meio da empresa Estrela do Norte. Foi também presidente do Feira Tênis Clube, fundador e primeiro presidente do Clube de Campo Cajueiro, além de secretário de Serviços Públicos no governo de José Falcão, entre 1983 e 1988. Também dirigiu o Fluminense de Feira e a Liga Feirense de Desportos.

26 Cinco homens acusados de assaltos e tráficos de drogas em Feira de Santana foram presos no bairro Jussara, durante operação da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos. O grupo é acusado de assaltos principalmente nos conjuntos Feira X, Feira IX e Muchila. Foram apreendidos um revólver calibre 38, 15 papelotes de cocaína e 12 pedras de crack, além de uma moto Biz e peças desmontadas de motos, supostamente furtadas.

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14 Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012

Um grande espetáculo e m h o m e n a g e m a o c e n t e n á r i o d e L u i z Gonzaga, constituído de atrações musicais diversas, eruditas e populares, será realizado no Teatro Castro Alves, no dia 05 de maio, às 20h. “Baião de Nóis” vai abrir a Celebração das Culturas dos Sertões. Os ingressos para o espetáculo serão trocados por um quilo de arroz e um de feijão a partir do dia 03 de maio na bilheteria do Teatro Castro Alves. Os alimentos serão enviados para a população de municípios baianos atingidos pela seca.

Após o espetáculo de abertura, a programação da Celebração das Culturas dos Sertões, continua no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana, até o dia 09 de maio. A programação conta com aula-espetáculo com Ariano Suassuna,

O c i n e a s t a e ilustrador Chico Liberato, responsável pelo primeiro longa -me t ragem em animação feito na Bahia (e o terceiro no Brasil), “Boi Aruá” - inspirado na literatura de cordel em 1983 -, se prepara para lançar seu novo longa-metragem de animação, “Ritos de Passagem”, no dia 8 de maio, às 19h, no Centro de Cultura Amélio Amorim.

A animação narra o encontro do líder espiritual

SEXTA-FEIRA (27/04)*ANDRÉ E JAI(MPB)Paradinha – 21hR. São Domingos

*GRUPO CHEGA NA HORA(MPB)Cidade da Cultura – 21hConj. João Paulo

*CELLY NOBLAT(voz e violão)Quiosque do Mazinho – 21hPraça de Alimentação – Centro

SÁBADO (28/04)

*SANDRO PENELU(Nós, vós e o violão)Barraco Bar – 21hKalilândia

*NET IN BAHIA(Voz e teclados)

‘Baião de Nóis’ celebração cultura do Sertão

Chico Liberato lança filme em FeiraAntonio Conselheiro c o m o c a n g a c e i r o Lampião, rebatizados, respectivamente, como o Santo e o Guerreiro. A história retrata os acontecimentos trágicos do sertão do final do séc. XIX e início do séc. XX e começa a ser contada no momento em que os dois personagens morrem e entram na Barca de Caronte, que remete à mitologia grega, na qual as almas atravessam o perigoso rio da morte, o

Aqueronte, às margens do inferno.

“Através da lembran-ça de seus ritos de passagem - nascimento, batismo, transição da juventude para a idade adulta , morte e transcendência – os personagens vivem um processo de auto-análise e refletem sobre os acontecimentos que viveram no sertão”, revela o autor.

O filme conta com a ajuda das cantigas populares, flora, fau-

na, costumes, trajes, vocabulário e sotaques da região para dar vida à história dos personagens. “A cultura sertaneja, é de extrema importância e não é mostrada como deveria, há uma super valorização do que vem de fora, e a população local acaba se excluindo de uma riqueza que está tão próxima de si, por isso toda minha obra é baseada na cultura sertaneja, cujo objetivo é conscientizar o povo brasileiro”, opina.

encontro acadêmico, feira de artesanato, sessão de autógrafos, desfiles e outros. O encerramento, em Feira de Santana, contará com o mesmo espetáculo de abertura.

A direção musical do espetáculo está a cargo do maestro, compositor, arranjador e instrumentista João Omar, natural do sertão da Bahia e filho de E lomar, au to r de “Chula no Terreiro”. “Sem dúvida, será um momento de descobrirmos qual é a voz do sertão baiano e de reunir nomes artísticos que tenham em suas trajetórias influências do sertão, como Xangai e Targino Gondim”, diz o maestro.

U m a o r q u e s t r a montada segundo moldes das antigas gravações de forró, composta por 13 músicos, acompanhará os artistas convidados. O palco será dividido

por consagrados nomes da mús i ca nac iona l , como Elomar, Xangai, João Claudio Moreno, Roze, Targino Gondim, Raimundo Sodré, Gereba, Fabio Paes.

Canções que retratam o sertão e trarão suas memórias para o público, como “Asa Branca” , “Peneirou Xerém”, “Águas do Sertão”,“História de Vaqueiros”, dentre outras. Além da musicalidade dos sertões, o espetáculo trará a diversidade de suas expressões culturais contadas pela encenação de dois personagens e com a composição de cenário e figurino.

O e s p e t á c u l o d e abertura pretende, assim, espelhar o universo cultural dos sertões através da música, marcando um reencontro entre o sertão baiano com outros sertões. O u t r o s p e r s o n a g e n s

essenciais para pensar os sertões serão lembrados no evento. “Além do centenário de Luiz Gonzaga, vamos também prestar homenagens ao vaqueiro, cujo ofício foi reconhecido pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como bem cultural imaterial do Brasil”, revelou João Omar.

Ariano Suassuna – No dia 6 de maio, às 18h, o evento recebe o escritor Ar iano Suassuna , no Centro de Cultura Amélio Amorim. Ariano é um dos fundadores do Movimento Armorial - in iciat iva artística que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Autor de obras como “Auto da Compadecida” e “O Santo e a Porca”, Suassuna traz em suas chamadas “aulas-espetáculos” a diversidade cultural do Brasil, em versos, danças e música.

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Sandro Penelu

Cultura e Lazer

*Mais dicas culturais em: www.infcultural.blogspot.com

Quiosque do Mazinho – 21hPraça de Alimentação

*GRUPO AUDÁCIA PURA E FORRÓ DO TRATO(Festa da Cerveja 2012)Kabana’s – 22hCapuchinhos

*ELIOMAR(MPB)Mar Mandacaru – 21hJardim Cruzeiro

*BRUNO BEZERRA(MPB)Alfredo Bristot – 21h

*GRUPO FRENETICOZ, BANDA DE UM AMIGO MEU, GALEGUINHO, COLÉ I PAN, BANDA CONECT E HIT BAHIA(Ressaca da Micareta)Espaço Massapê – 22h

SHOWS AO VIVO

Os escritores Aleilton Fonseca, Cleberton Santos, Adriano Eysen e Roberval Pereyr estarão levando o nome de Feira de Santana, no I Simpósio de Literatura Baiana, que acontece no Campus da Uneb, em Conceição do Coité, nesta sexta, durante todo o dia.

Além do intercâmbio entre os escritores, o simpósio constitui-se numa excelente ferramenta acadêmica e cultural para os estudantes e o público participante.

Simpósio de escritores na Uneb

Em um novo espaço, localizado na Galeria Mult Center, 1º andar, sala 136, a artista plástica feirense Jussara Sales recebe a todos com simpatia, alegria e muita arte, é claro.

No seu atelier, o público pode curtir seus quadros, sua pintura em tecido e ainda se inscrever nos cursos de pintura, ministrados pela própria Jussara.

Portanto, vale conferir...

Jussara Sales em novo atelier

O Domingo Tem Teatro segue com as apresentações do espetáculo “As Rimas de Catarina”, às 10h30min, no Teatro Universitário do Cuca. A peça é um espetáculo infanto-juvenil que faz uso de técnicas do teatro de animação para contar uma divertida história que se passa no mundo do faz-de-conta.

O texto foi escrito a partir da farsa medieval “A Torta e o Pastelão”. No palco, dois intérpretes dão vida a vários personagens, apoiados nas técnicas do teatro de animação.

Ingressos no local a R$ 10,00 (meia promocional)

As rimas de Catarina

Será realizado, no próximo dia 29/04, no auditório do Centro Social Urbano, no bairro Cidade Nova, em Feira, a partir das 13h, o Euphoria Day, que mistura Rock, Música Eletrônica e Hip Hop num só evento.

Estão programados os shows dos Djs LC, Alfa Roots e Kafé & Rox. Também confirmada a participação da banda No Off e do grupo de Dança de Rua Hunters Crew.

Ingressos no local a R$ 15,00.

Música eletrônica e Hip Hop: Euphoria day

Ao lado de outros artistas e num espetáculo dirigido pelo filho, Elomar faz rara apresentação em Feira

cultura

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Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012 15cultura

A noite ecoa em meu dorso.

No chão, a aura roídae o vil delírio dos porcos.

Quatro éguas e uma loucarelincham sobre meu ego.

*Roberval Pereyr é escritor e compositor. Doutor em Letras, ministra aulas de Teoria da Literatura na Universidade Estadual de Feira de Santana. É cofundador da Revista Hera. Este poema foi extraído do livro Mirantes, vencedor do Prêmio Braskem Academia de Letras da Bahia – Poesia 2011.

Caballos. Jorge Galeano

O osso de um deus emperraa entrada do templo roto.

E a noite cai sobre a terra.

(Roberval Pereyr)

Ruínasa Jozailto Lima

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16 Feira de Santana, sexta-feira, 27 de abril de 2012

BATISTA CRUZ

Sucesso nas bancas dos camelôs, o longa feirense “Vida louca – a vingança de um motoboy”, lançado em DVD no início deste ano, não significou dinheiro para os produtores. Muito pelo contrário. Dizem que ainda estão com débitos a serem quitados. A projeção feita por eles é de que a tiragem pirata chegou a 50 mil, enquanto as cópias que eles mesmo encomendaram foi de apenas 4 mil, dos quais a só a metade foi vendida, já que a concorrência clandestina dominou o mercado.

“São os camelôs que estão ganhando dinheiro. Ainda estamos devendo quase R$ 5 mil”, reclama Chico Oliveira, diretor do filme.

Para bancar os custos do filme, ele conta que teve que vender alguns objetos pessoais, como uma guitarra. A mesma iniciativa teve o ator p r i n c i p a l , A l v e n i r

C o n s c i e n t e d a s deficiências da produção, o diretor Chico Oliveira chega a dizer que “preferia que ele não fizesse o sucesso que fez”. Para ele, alguns problemas poderiam ser resolvidos dentro de mais alguns meses.

“As devidas correções seriam feitas e o produto seria levado ao mercado com a qualidade que imaginei”. Para ele, o som não foi bom,

Mamona . Apesa r do alegado prejuízo, a dupla projeta uma continuação da história, a exemplo de Tropa de Elite, sucesso do cinema nacional vítima de pirataria no lançamento e cercado de cuidados na edição número 2, quando acabou se tornando o filme de maior bilheteria na história do cinema brasileiro.

No caso de “Vin-gança do motoboy” Chico Oliveira disse que no dia seguinte ao lançamento do DVD, cópias piratas foram encontradas nas bancas. E a propaganda boca-a-boca se encarregou de fazer a eficiente divulgação do filme, que vendeu milhares de unidades.

E n t r e o s p i r a t a s o filme “bombou” logo depois do lançamento e continua com boa procura. No começo, de acordo com alguns camelôs, em média 15 pessoas por dia levavam o disco para casa. Como não é mais novidade, a saída caiu para cerca de cinco unidades, demanda

ainda considerada boas por estes comerciantes de rua.

O DVD é encontrado em praticamente todas as bancas da cidade (com capas diferentes, que foram sendo recriadas na pirataria).

O camelô Mário Celso dos Santos analisa que as pessoas foram às bancas movidas pela curiosidade. “Não foram poucas que me disseram que que-riam assistir a um filme produzido na nossa cidade. Alguns ficaram satisfeitos com os resultados. Outros não gostaram muito. São uns exigentes”, julga.

A demanda maior veio de moradores da periferia e zona rural. “A linguagem fácil do filme agradou as pessoas com baixa escolaridade, que foram os nossos principais clientes”, diz o ambulante Beto Maravilha, que tem uma banca num dos passeios da praça da Bandeira. ““Agora é esperar que o segundo número do filme também seja um sucesso”.

Na banca de Rodrigo

Costa, em frente ao Mercado de Arte Popular, a demanda ainda é tida como boa, porém bem menor. “Vendi muitos DVDs”, lembra, se citar quantos. “Vida louca vendeu tanto quanto filmes com grandes estrelas internacionais”, compara. Entre os megasucessos que o filme feirense encarou de igual para igual, os camelôs citam Fúria de Titãs e Crepúsculo.

Para Juvenal Almeida, que tem uma banca de tamanho médio ao lado do MAP – onde se concentram vários vendedores de CDs e DVDs piratas, o fato de ser um filme produzido em Feira de Santana levou muitas pessoas às compras. “As vendas estão menores, m a s a i n d a p o d e m o s considerá-las boas”.

De acordo com Vicen-te Torres, a procura pelo DVD na sua banca chega a seis, diariamente. “Na segunda-feira deixei de fazer várias vendas porque não tinha o filme”. Terça-feira o disco já estava à disposição.

o roteiro teve problemas, os atores amadores não participaram de oficinas de cinema que melhorariam a interpretação e as cenas deveriam interagir mais com a realidade. “Tudo ficou meio paradão”, diagnostica.

Chico entende que mesmo assim o filme agradou porque existem cenas de violência e situações que não são mostradas em outros

filmes, como o consumo de drogas. “As pessoas gostam de ver violê ncia”, admite.

O di re tor def ine a produção como caseira. “Para quem apenas gosta de ver filme o resultado pode ser considerado bom. Mas a opinião de quem entende é diferente”. Os cortes em sequências sem explicação e o início de um novo fato mancharam, na opinião do

diretor, o resultado final. “Foi tudo muito surreal”, acredita.

A verba curta é um dos fatores que explicam as deficiências. O orçamento inicial era de R$ 100 mil. Mas a captação não chegou a 10% do projetado, mesmo com algumas marcas de empresas sendo mostradas no filme. “Não houve patrocínio, apenas uma colaboração”, define.

Diretor reconhece defeitos e renega sucesso

O direito de trabalhar No dia primeiro de maio de 1886, em Chicago,

mais de 180 mil operários que trabalhavam entre 14 e 16 horas por dia, em sinal de protesto, pararam suas atividades, exigindo oito horas por dia. A resposta dos patrões veio com violência e seis operários morreram enquanto centenas ficaram feridos. A luta valeu. O direito foi reconhecido. Desse fato surgiu o Dia Internacional do Trabalho.

MAIS DE 120 anos depois, a preocupação é

diferente. Já não se fala muito de número de horas, de salários e de condições de trabalho. O mundo está preocupado com a falta de empregos. Em poucos anos, a técnica diminuiu milhares e milhares de empregos nas empresas e colocou seus ocupantes na rua. A produção continua a mesma, mas com menos gente.

A ATITUDE de pedir emprego, muitas vezes, se assemelha a um pedido de esmola. O pedido é feito de uma maneira mais ou menos envergonhada como se fosse algo errado, ou se ele tivesse culpa de não estar empregado. Na realidade, está exigindo um direito fundamental, o direito de trabalhar.

NOTÍCIAS denunciam crescimento do desemprego na América Latina e no mundo. Trata-se de um desemprego estrutural. A globalização da economia impõe profundas e sérias conseqüências, numa escalada sem precedentes. Em nível mundial, um chocante exército de 750 milhões de desempregados e subempregados reféns de um modelo de desenvolvimento econômico competitivo, concentrador e excludente.

NUMA borracharia, junto à Estrada do Mar, é possível ler: “Aquele que é pago, deve trabalhar; aquele que trabalha deve ser pago”. No Brasil, muitos podem ser enquadrados num outro ângulo: há os que ganham sem trabalhar e os que trabalham sem ganhar, ou ganhando muito pouco.

QUE O DIA 1º de maio seja uma oportunidade de reflexão para assumir compromissos em favor do bem comum, sem exceção, mas especialmente de resgate da dignidade dos trabalhadores. Sem trabalho e sem salários justos não há solução duradoura para a situação de milhares de famílias.

O PRÓPRIO Cristo quis ser um trabalhador manual, passando grande parte de sua vida na oficina de São José, o santo das mãos calejadas, o carpinteiro de Nazaré. Por intercessão do operário São José e de Nossa Senhora Aparecida, a grande padroeira de nosso povo, invocamos a proteção de Deus sobre os trabalhadores e suas famílias.

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Itamar VianArcebispo Metropolitano

Luzes no Caminho

Os ambulantes recriaram a capa e sempre colocam “A vingança...” em lugar de destaque nas bancas

Batista Cruz

Vingança do motoboy: sucesso nos camelôscidade