edicao 25-10-2012

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QUINZENÁRIO REGIONAL Director: RICARDO SILVA ANO XVIII Nº 474 SAI ÀS QUINTAS-FEIRAS 25/10/12 PREÇO: 0,50 € (IVA incluído) Autorizado a circular em invólucro fechado Despacho DE 0464 - 2005 - DCN PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL Autorização Nº DE 0464 - 2005 - DCN CLIENTE 187631 NELAS E SÁTÃO MANTÊM TRIBUNAIS ABERTOS A INSUSTENTÁVEL DESPESA DAS PORTAGENS EMPRESA PONDERA DESLOCALIZAÇÃO DA SEDE DE VISEU PARA PARIS EMPRESA PONDERA DESLOCALIZAÇÃO DA SEDE DE VISEU PARA PARIS MAIS DE 15 EMPRESAS ESTÃO A FECHAR AS PORTAS POR DIA NO DISTRITO DE VISEU INSOLVÊNCIAS ATÉ AO FINAL DO TERCEIRO TRIMESTRE AUMENTARAM 42,9 % EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO DE 2011

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Edicao 25-10-2012

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Page 1: Edicao 25-10-2012

25/10/2012

QUINZENÁRIO REGIONAL • Director: RICARDO SILVA • ANO XVIII • Nº 474

SAI ÀS QUINTAS-FEIRAS25/10/12 • PREÇO: 0,50 € (IVA incluído)

Autorizado a circular em invólucro fechado Despacho DE 0464 - 2005 - DCN

PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL

Autorização Nº DE 0464 - 2005 - DCN

CLIENTE 187631

NELAS E SÁTÃO MANTÊM TRIBUNAIS ABERTOS

A INSUSTENTÁVELDESPESA DAS PORTAGENS

EMPRESA PONDERADESLOCALIZAÇÃO DA SEDEDE VISEU PARA PARIS

EMPRESA PONDERADESLOCALIZAÇÃO DA SEDEDE VISEU PARA PARIS

MAIS DE 15 EMPRESAS ESTÃO A FECHARAS PORTAS POR DIA NO DISTRITO DE VISEU

INSOLVÊNCIAS ATÉ AO FINALDO TERCEIRO TRIMESTRE

AUMENTARAM 42,9 %EM RELAÇÃO AO MESMO

PERÍODO DE 2011

Page 2: Edicao 25-10-2012

2/Via Rápida OPINIÃO

[email protected]

23/Via RápidaPUBLICIDADE25/10/2012 25/10/2012

COBARDIA POLÍTICA EXTINGUE FREGUESIASDE VISEU CONTRA A VONTADEDOS AUTARCAS ELEITOS E DAS POPULAÇÕES

A decisão da maioria na Assembleia Municipal de Viseu do passado dia 12, ao aprovar a proposta de extinção/agregação de freguesias apresentada “à última hora” pelo PSD, representou uma afronta ao Poder Local e um desrespeito pela vontade das populações e pela autonomia das freguesias, ao violar decisões contra extinção e agregação de freguesias manifestadas pelas Juntas e/ou Assembleias de Freguesias de Farminhão, Boa Aldeia, Repeses, S. Salvador, S. João de Lourosa e até da Assembleia de Freguesia de S. José que apenas aprovou, por unanimidade, a agre-gação a Santa Maria, com quem já partilha sede e funcionários.

A agregação das três freguesias da cidade não faz sentido, uma vez que a freguesia de Coração de Jesus tem a maior densidade populacional do concelho (3.601,5 hab/km2, quando nas restantes freguesias a densidade varia entre 30,94 e 1905,42 hab//Km2). Esta “megafreguesia” ficará mais cara aos contribuintes dado que acarretará um presidente a tempo inteiro.

A invocação do estudo do IPV, “Parecer sobre a Aplicação do Município de Viseu do regime jurídico da RATA”, para sustentar a proposta do PSD, foi abusiva, porquanto os seus autores tornaram claro que qualquer derivação ou alteração aos dois cenários propostos careceria de fundamentação técnica coerente, pelo que se demarcariam dela.

Apesar de quase todos os deputados e presidentes de junta manifestarem o seu desacordo com a Lei da RATA (Reorgani-zação Administrativa Territorial Autárqui-ca), que até Fernando Ruas classificou de “um embuste” fruto da ignorância da Troika e da conivência de cúmplices locais, a maioria do PSD/Viseu apelou à capitulação perante a chantagem da Lei nº 22/2012 que castiga as freguesias que não sejam alvo de pronúncia em conformidade com a Lei por parte das respectivas Assembleias Muni-cipais, exceptuando-as do aumento de 15% da participação no Fundo de Financiamento das Freguesias, e as ameaça com propostas menos favoráveis de extinção/agregação por parte da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território, que funciona junto da Assembleia da Re-pública.

A falta de coragem política da maioria da

O autor não segue o (des)acordo ortográfico por razões meramente

linguísticas

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Assembleia Municipal de Viseu levou-a a não ser solidária com a posição de resis-tência a esta lei inócua tomada pela maioria das assembleias municipais do país (só um terço dos 220 municípios do país, menos de 70, é que se pronunciou a favor da agrega-ção de freguesias). A posição da concelhia de Viseu do PS, ao lamentar, em comu-nicado, a não tomada de uma posição de força contra a Lei, é um lamentável exercício de hipocrisia, uma vez que na Assembleia Municipal se limitaram a abster-se na votação do Projecto de Pronúncia do BE, no sentido da manutenção das 34 freguesias do concelho de Viseu.

Mais coerência manifestaram os presidentes de Junta do PSD que votaram ao lado do Bloco de Esquerda. A única posição verdadeiramente democrática já que nenhum eleito possui legitimidade demo-crática para se pronunciar sobre a extin-ção/agregação de freguesias, não referida em qualquer programa eleitoral. Só a con-sulta popular, através de referendo, como propôs o BE, em conformidade com o estipulado na Carta Europeia da Autonomia Local, que vincula o Estado português, é que poderia repor a legitimidade para qualquer pronúncia da Assembleia Municipal.

Mas a maioria da Assembleia Municipal sempre manifestou medo do debate alargado e da participação dos munícipes. Primeiro chumbaram a proposta do BE, em Fevereiro de 2011, para a criação de um grupo de trabalho para estudar a reforma das autarquias, acusando-a de prematura, para o virem a criar quando só faltava um mês para o prazo dado inicialmente pelo governo para a pronúncia das Assembleias Municipais. Depois, em Fevereiro deste ano, chum-

baram a proposta de referendos às popula-ções, apresentada pelo BE. Por último, o próprio presidente da Assembleia Municipal afunilou os convites para a Assembleia Informal de 4 de Outubro, reduzindo-os às chamadas “forças vivas” constantes do protocolo, excluindo associações culturais, associações de moradores e associações de defesa do património sugeridas por mim, em nome do BE, e não convidando a imprensa, nem feito qualquer publicitação, o que resultou num simulacro de debate, mais próprio de “forças mortas”. Para o PSD o principal foi salvar a face do seu governo, pelo que resultou bem a sua hábil estratégia de contenção de danos. Fernando Ruas não quis ser o carrasco das freguesias, mas não teve coragem de afrontar o governo, como fez a Câmara de Tondela, entre muitas outras do PSD que se solidarizaram com a recusa de extinguir freguesias, decidida pelas respe-ctivas Assembleias Municipais, e passou a bola para a AM com o pretexto de ter maior abrangência partidária.

Porém, a ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias, suscitou (e bem) a inconstitucionalidade da Lei nº 22/2012 e aprovou no seu último Encontro Nacional a exigência da revogação desta lei “mata-freguesias”.

No próximo Sábado, dia 27, haverá manifestações em várias cidades do país, contra a extinção de freguesias. A LUTA CONTINUA!

Page 3: Edicao 25-10-2012

22/Via Rápida PUBLICIDADE 3/Via RápidaACTUALIDADE 25/10/2012 25/10/2012

A INSUSTENTÁVEL DESPESA DAS PORTAGENS:

EMPRESA DE TRANSPORTES RODOVIÁRIOS ADMITE DESLOCALIZAR SEDE DE VISEU PARA PARIS

Dividida entre a emoção e a razão, a administração da JLS, em Fragosela, uma das maiores empresas de transportes rodo-viários do país, que “nasceu e cresceu em Viseu”, admite a deslocalização da sua sede para a zona de Paris, onde tem em curso um investimento de 8 milhões de euros que deverá ficar concluído já no verão do próximo ano. Nelson Sousa, um dos administradores, reconhece que a introdução de portagens nas ex-SCUT que atravessam esta região, que passaram a representar mais 1,5 milhões de euros de encargos para a em-presa, “poderá ser determi-nante” para uma decisão que

está a ser “seriamente pondera-da”.

“Ter sede em Viseu ou em Paris é, para a JLS, uma questão meramente formal, uma vez que o negócio da empresa pode ser gerido à distância. Mas, no contexto actual, quando 17 por cento do nosso volume de ne-gócios já não tem origem nem destino em Portugal, há neces-sidade de acompanhar os fluxos de mercado e, desse modo, operar a partir do centro da Europa, onde a nossa actividade pode convergir para vários lados. Em Portugal só podere-mos fazê-lo para um”, explica Nelson Sousa, para concluir que a mudança da sede da empresa

para Paris “pode acontecer a qualquer momento”.

Nelson Sousa reconhece que a introdução de portagens nas ex-SCUT, a que se juntou recen-temente o fim das isenções, está a penalizar fortemente uma empresa que dispõe de uma frota de 230 camiões e que passou, por via disso, a aumentar “em mais de 1,5 milhões de euros”, os seus encargos. Mas há mais. “Os empresários estrangeiros, que operam em Portugal com matrículas dos respectivos países, estão pouco preocupados com as portagens, sabendo de antemão que a notificação da dívida por parte das autoridades é uma tarefa muito difícil se não

Fotos: Rui da Cruz

FOTOS: JOSÉ ALFREDOCARTÓRIO NOTARIALNotária – Anabela Maria Bicho Oliveira Antunes Ferreira

Rua Conselheiro Afonso de Melo, 31,3.º - Salas 306 e 307 – VISEU

EXTRACTO

Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que foi exarada hoje, neste

Cartório, sito na Rua Conselheiro Afonso de Melo, 31, 3.º andar, Salas 306 e 307, em

Viseu, de folhas 62 a folhas 63, do livro de notas para escrituras diversas com o número

113-A, uma escritura de Justificação, pela qual, Sara dos Santos Loureiro, natural da

freguesia de Fragosela, concelho de Viseu, e marido Carlos Costa Pereira, natural da

freguesia de S. Bartolomeu da Serra, concelho de Santiago do Cacém, casados sob o

regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua José Rodrigues, Fragosela de

Cima, Fragosela, Viseu, se declararam, com exclusão de outrem, donos e legítimos

possuidores do seguinte prédio:

Rústico, sito no Quintal, freguesia de Fragosela, concelho de Viseu, composto por

terra de regadio com oliveiras e árvores de fruto, com a área de cento e oitenta e seis

metros quadrados, que confronta do norte e do sul com rua, do nascente com António

da Cunha Rebelo, e do poente com Maria Gracinda Torres de Almeida e Sousa, omisso

na Primeira Conservatória do Registo Predial de Viseu, inscrito na matriz, em nome de

Rosa dos Santos, sob o artigo 863.

Mais certifico, que os justificantes alegaram na dita escritura, terem adquirido o

identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta, por compra meramente verbal à

titular inscrita na matriz, que foi residente em Fragosela de Cima, Fragosela, Viseu,

sem que no entanto ficassem a dispor de título formal que lhes permita o respectivo

registo na Conservatória do Registo Predial; mas desde logo entraram na posse e

fruição do prédio, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de vinte anos, sem

interrupção ou ocultação de quem quer que seja, sendo porém certo que têm exercido

no aludido prédio, os poderes de facto correspondentes ao direito de propriedade,

fruindo como donos as utilidades possíveis à vista de todos e sem discussão nem

oposição de ninguém, tendo assim invocado a sua aquisição por usucapião.

Está conforme o original. Viseu, 17 de Outubro de 2012

A Técnica do Notariado no uso de poderes delegados pela Notária:

(Elisabete Lopes dos Santos Paiva)

(Jornal Via Rápida 25.10.2012)

CARTÓRIO NOTARIALNotária – Anabela Maria Bicho Oliveira Antunes Ferreira

Rua Conselheiro Afonso de Melo, 31,3.º - Salas 306 e 307 – VISEU

EXTRACTO

Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que foi exarada hoje, neste

Cartório, sito na Rua Conselheiro Afonso de Melo, 31, 3.º andar, Salas 306 e 307, em

Viseu, de folhas 60 a folhas 61 verso, do livro de notas para escrituras diversas com o

número 113-A, uma escritura de Justificação, pela qual, Laurinda Correia de Sousa,

viúva, natural da freguesia de Farminhão, concelho de Viseu, onde reside na Rua

Ripado, n.º 6, se declarou, com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do

seguinte prédio:

Urbano, sito ao Povo do Outeiro, Outeiro de Farminhão, freguesia de Farminhão,

concelho de Viseu, composto por casa de habitação com um andar, com a superfície

coberta de oitenta metros quadrados, que confronta do norte e nascente com Rua, do

sul com José Correia de Oliveira, e do poente com Ana Correia Batista, omisso na

Primeira Conservatória do Registo Predial de Viseu, inscrito na matriz, em nome da

justificante, sob o artigo 323.

Mais certifico, que a justificante alegou na dita escritura, ter adquirido o

identificado prédio no ano de mil novecentos e noventa e um, no estado de viúva, por

compra meramente verbal a José Henriques de Carvalho, viúvo, residente que foi na

dita freguesia de Farminhão, sem que no entanto ficasse a dispor de título formal que

lhe permita o respectivo registo na Conservatória do Registo Predial; mas desde logo

entrou na posse e fruição do prédio, em nome próprio, posse que assim detém há mais

de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, sendo porém certo

que tem exercido no aludido prédio, os poderes de facto correspondentes ao direito de

propriedade, fruindo como dona as utilidades possíveis à vista de todos e sem

discussão nem oposição de ninguém, tendo assim invocado a sua aquisição por

usucapião.

Está conforme o original. Viseu, 17 de Outubro de 2012

A Técnica do Notariado no uso de poderes delegados pela Notária:

(Paula Cristina Cardoso Pinto Correia)

(Jornal Via Rápida 25.10.2012)

CARTÓRIO NOTARIALNotária – Marina da Conceição de Sousa Alves Martins de Carvalho

Rua dos Olivais n.º 4 – VISEU

EXTRACTO

Marina da Conceição de Sousa Alves Martins de Carvalho, notária deste Cartório, certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que no Cartório Notarial de Viseu, sito na Rua dos Olivais, nº 4, no livro de notas nº 145 a folhas 75, foi lavrada uma escritura de Justificação, pela qual Sandra Cristina da Costa, divorciada, natural da África do Sul, residente na Rua de Santo António da Serra, nº 396, Bairro de Santo António da Serra, freguesia de Lordosa, concelho de Viseu, na qualidade de procuradora de AMÉRICO FERREIRA SANTOS e mulher MARIA DE LURDES DOS SANTOS FERREIRA, c.f. 171708520 e 171708512, casados em comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia e do concelho do Sátão e ela da freguesia de Lordosa, concelho de Viseu, onde residem quando em Portugal no lugar de Lajeosa e habitualmente na Suiça, declarou que os seus representados são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrém, dos seguintes prédios rústicos, sitos na freguesia de Lordosa, concelho de Viseu.

1- Terreno de semeadura com videiras e mato, sito à Lagoa, com a área de setecentos e oitenta e dois metros quadrados, a confinar do norte com António Joaquim Ferreira, do sul com Januário da Costa do nascente com António de Almeida Nunes e do poente com José Maria Balula, inscrito na matriz sob o artigo 8 644.

2- Terra de pinhal com mato, sito à Lagoa, com a área de seiscentos e quarenta e quatro metros quadrados; a confinar do norte com José Maria Ferreira, do sul com António Duarte da Costa, do nascente com António de Almeida Nunes, e do Poente com António Ferreira; inscrito na matriz sob o artigo 8 649.

3- Terra de semeadura com fruteiras e mato, sito à Lagoa, com a área de oitocentos e noventa e nove metros quadrados; a confinar do norte com José Maria Ferreira, do sul com António Rodrigues Novo, do nascente com Palmira da Costa e do poente com caminho; inscrito na matriz sob o artigo 8 650.

Que os prédios indicados não se encontram descritos na Segunda Conservatória do Registo Predial de Viseu. Que os mencionados prédios vieram á posse dos seus representados por compra que fizeram, a verba 1 a António Duarte da Costa (em nome de quem se encontra inscrito na matriz) e mulher Idalina dos Santos Gonçalves, por volta do ano de 1984; a verba 2 a Palmira da Costa, viúva (em nome de quem se encontra inscrito na matriz) por volta do ano 1980 e a verba 3 a Deolinda de Jesus Ferreira (em nome de quem se encontra inscrito na matriz) e marido António Ferreira Nero, por volta do mesmo ano de 1980, todos residentes na referida freguesia de Lordosa, sem que tivessem formalizado qualquer acto de transmissão.

Que, dado o modo de aquisição, não têm os seus representados possibilidades de comprovar pelos meios normais o seu direito de propriedade, mas a verdade é que são titulares dos mencionados prédios, pois deles têm usufruído, nessa qualidade, por si e/ou por outrem a seu mando, neles têm semeado as culturas típicas da região, tratando as videiras, colhendo as uvas, e a fruta, cortando e limpando o mato e lenha, o que fazem há mais de vinte anos, ininterruptamente, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que fosse, exercendo assim nos prédios uma posse contínua, pública e pacífica, pelo que adquiriram aqueles prédios por usucapião que a seu favor invocam.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. Cartório Notarial, Rua dos Olivais nº 4 – 18/10/2012A Notária: Marina da Conceição de Sousa Alves Martins de Carvalho (Jornal Via Rápida 25.10.2012)

impossível. É uma concorrência desleal incentivada pelo próprio Estado”, atira Nelson Sousa.

A transferência da sede a JS de Viseu para Paris terá num primeiro impacto, segundo aquele administrador, encargos mais elevados para a empresa, atendendo à realidade econó-mico-financeira de França. Mas, a prazo, essa diferença relativa-mente a Portugal será esbatida. “Pelo rumo que as coisas levam por aqui, com o IVA a 23% (em França é de 19,6%), o preço dos combustíveis, e a carga fiscal cada vez mais pesada, não du-vido que dentro de pouco tempo vai valer muito mais a pena ter tomado a opção que neste momento está em cima da mesa”.

“Gostaríamos de manter a sede aqui. Mas, hoje, os negó-cios não são compatíveis com a emoção. A emoção diz-nos que foi aqui que nascemos e cresce-mos, mas a razão avisa-nos que devemos sair se nos quisermos manter vivos e de boa saúde”, concretiza o administrador.

Com 249 trabalhadores ao seu serviço, a JLS, criada em 1988, não está preocupada com a situação dos colaboradores. “Os que estão connosco quere-mos mantê-los. A questão é saber se os postos de trabalho serão aqui ou lá fora. De resto, a maioria está receptiva à mudan-ça”, acrescenta Nelson Sousa.

A JLS registou em 2011 um volume de negócios de 22 mi-lhões de euros, prevendo acabar o ano de 2013 com 23 milhões. O transporte internacional re-presenta actualmente 97% da actividade da empresa e o na-cional apenas 3%.

O distrito de Viseu possui algumas das mais importantes empresas de transporte rodoviá-rio a internacional em todo o país. O fim das vias SCUT (Sem Custos para o Utilizador), mes-mo com alguns benefícios para além dos 15% de desconto apli-cado a todos os automobilistas (bónus de 10% às empresas a-crescido de 25% no período no-cturno), não tem sido suficiente para calar a indignação dos empresários. Os protestos que se têm feito sentir na região, promovidos pela Comissão de Utentes das A23, A24 e A25, têm sempre à cabeça colunas de camiões que dão força inusitada àqueles protestos.

CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU

AVISONos termos do art.º 27º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na

redacção que lhe foi conferida pela Lei 60/2007, de 4 de Setembro, a Câmara

Municipal de Viseu, emitiu em 17 de Outubro de 2012:

ADITAMENTO AO ALVARÁ DE LOTEAMENTO Nº 21/96

Titular do alvará:

CENEL-ELETRICIDADE DO CENTRO, SA

Promotor da Alteração:

EDP- Imobiliária e Participações, SA

A alteração incide sobre os seguintes prédios:

Lote 17 A), situado em Quinta do Galo, ou Quinta do Arco, na freguesia de

Repeses, descrito na Conservatória do Registo Predial de Viseu sob o número761

e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 981-P;

Lote 17 C), situado em Quinta do Galo, ou Quinta do Arco, na freguesia de

Repeses, descrito na Conservatória do Registo Predial de Viseu sob o número763

e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 983-P.

A alteração traduz-se no seguinte:

Redução de 1 piso (de 3 para 2) no Lote 17 A), com a consequente redução de

865,84 m2 de área bruta de construção de serviços, passando de 2001,86 m2, para

1136,02 m2 e aumento de igual valor de área bruta de construção habitacional no

Lote 17 C), com a consequente alteração de 8 para 13 fogos.

Não há alteração de Icb e a cércea passa no Lote 17 A) de 3 para 2 pisos e no

Lote 17 C) de 3 para 4 (com R/C vazado).

A alteração conforma-se com as disposições regulamentares do PDM e está a

acautelada a visada sobre a colina da Serra da Estrela.

As demais características constam da planta de síntese e quadro de índices

urbanísticos arquivados no processo administrativo 03/1993/6, e que fica a fazer

parte integrante do alvará de loteamento.

Viseu, 17 de Outubro de 2012

P´lo Presidente da Câmara Municipal

António da Cunha Lemos

(Vereador)

Page 4: Edicao 25-10-2012

4/Via Rápida 25/10/2012REGIÃO 21/Via Rápida 25/10/2012 DESPORTO

MAIS DE 15 EMPRESAS ESTÃO A FECHARAS PORTAS POR DIA NO DISTRITO DE VISEU

O distrito de Viseu registou, entre Janeiro e Setembro deste ano, um dos mais graves aumentos na taxa de incidência de acções de insolvência, com o encerramento de 140 empresas, o que dá uma média de mais de 15 por dia. Um número que representa, segundo o «Estudo das Insolvências e Constituições de Empresas» em Portugal, elaborado pela Coface, um aumento de 42,9 por cento face ao mesmo período de 2011, ano em que fecharam as portas 98 empresas.

A agravar o aumento dos encerramentos pela via da insolvência, a que não está alheia, segundo alguns observa-

dores, a introdução de portagens nas A24 e A25, o distrito de Viseu sofreu também, até ao final do terceiro trimestre deste ano, uma redução de 18 por cento na constituição de novas empresas. Até Setembro foram constituídas 611, menos 134 que em igual período de 2011.

Os deputados de Viseu do Partido Socialista, Acácio Pinto, José Junqueiro e Elza Pais, já analisaram estes números e concluem que a decisão do Governo em acabar com as isenções nas ex-SCUT que atravessam a região irá “agravar intensamente esta situação, porque contribui para agravar os custos de produção”. Para além

www.jornalviarapida.comSede e Redacção: Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 55-3.º dto • 3500-071 ViseuContactos: Tel. - 232426058 • Telem. - 966061468 • Fax - 232426058 • E-mails - [email protected] - [email protected]

Director: Ricardo Silva • Redacção - Chefe de Redacção: José Cardoso • Colaboradores:Afonso Marques,Carlos Bergeron, Carlos Vieira e Castro, José Lapa, José Reis, Luís Lopes, Manuel MorgadoPropriedade: José Cardoso • Depósito legal n.º 146546/00 • N.º de registo no ICS - 117441N.º fiscal de contribuinte - 135605547 • Departamento Comercial: Luísa Matos ([email protected])

Edição On-line: Marco Alexandre • Paginação e Arranjo Gráfico: ROSTO CRIATIVO - ViseuImpressão: TIPOGRAFIA OCIDENTAL - Viseu • Tiragem: 4.000 Ex.Os artigos de opinião publicados neste Jornal são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

das portagens, argumentam ainda, “o IVA máximo nas ener-gias, gás e electricidade, na res-tauração e em produtos essen-ciais, bem como o fim de todos os incentivos fiscais às PMEs, revelam-se também arrasa-dores”. Em declarações ao «Diário de Viseu», e confron-tado com os indicadores “preo-cupantes” para o distrito, reve-lados pelo estudo da Coface, o presidente da AIRV – Associa-ção Empresarial da Região de Viseu, João Cotta, não tem dú-vidas que em 2013 a situação “será ainda pior se o Orçamento de Estado for aprovado”.

Segundo o dirigente, as em-presas do interior que procuram

ARRANQUE PROMISSORDOS NADADORES INFANTIS DO ACADÉMICO DE VISEU

Por: Irene Frias

Começou a época para a equipa de Infantis do Acadé-mico de Viseu, com o Torneio de Abertura, nas piscinas da Mealhada. Não podia começar melhor, tendo como melhor performance nas suas fileiras, Cláudia Martins, que “arran-cou” duas vitórias, sendo a mais forte nos 400 Estilos e 400 Li-vres.

Na deslocação à Mealhada os viseenses levaram uma co-mitiva de 13 nadadores infantis, sendo a “primeira vez” para nove deles. Na prova estiveram João Teixeira, João Domingos, José Teixeira, Eduardo Almeida, Gonçalo Cunha, Carlos Ferreira, Cláudia Martins, Viviana Pires, Lara Carrilho, Beatriz Cunha, Margarida Peres, Raquel Almeida e Gabriela Carvalho.

Cláudia Martins com o tempo de 6.00.45s nos 400 Estilos, que lhe deu a vitória, sendo a primeira também nos 400 Livres, com o tempo de 5.19.22s, foi das atletas em maior destaque no fim de semana.

João Teixeira foi destaque também na turma academista, ao ser terceiro classificado nos 400 Livres, com o tempo de

5,02.46s, conseguindo a mesma classificação nos 400 Estilos fazendo o tempo de 5.47.29s.

Nas estafetas o Académico de Viseu esteve sempre no pódio da tabela classificativa, en-trando nas “contas” das provas femininas Beatriz Cunha, Mar-garida Peres, Cláudia Martins e

«BALSA NOVA»Associação Social, Cultural, Desportiva e Recreativa

CONVOCATÓRIA

Nos termos do número três do artigo vigésimo quarto dos Estatutos desta Associação, convoco a Assembleia Geral da «Balsa Nova» - Associação Social, Cultural, Desportiva e Recreativa, para uma reunião a efectuar na sua sede social, sita na Rua Bombeiros Voluntários s/n, nesta cidade de Viseu, no dia 16 de Novembro do corrente ano, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 – Apresentação e aprovação do Orçamento e Plano de Actividades para o ano de 2013;

2 – Outros assuntos de interesse para a InstituiçãoSe às dezanove horas e trinta minutos, hora do início da

Assembleia, não se encontrarem presentes mais de metade dos associados com direito a voto, a mesma funcionará meia hora mais tarde, com qualquer número de associados, conforme estabelece o número um do artigo vigésimo sexto dos mesmos Estatutos.

Viseu, 22 de Outubro de 2012

O Primeiro Secretário da Assembleia Geral(Maria Manuela Santos Almeida Neves Figueiredo)

EXPLICAÇÕES E MATEMÁTICA E FÍSICA ATÉ AO 9.º ANO

AULAS DE ESPANHOL,

CONTACTAR: 961 138 029

CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU

AVISONos termos do art.º 74º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na

redacção que lhe foi conferida pela Lei 60/2007, de 4 de Setembro, emitiu em 8 de Outubro de 2012:

ADITAMENTO N.º 2 AO ALVARÁ DE LOTEAMENTO Nº 10/2007Titular do alvará:SEMINÁRIO MAIOR DE VISEUPromotor da Alteração:DARK SUN – INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS E TURÍSTICOSPrédio objeto de alteração:Prédio rústico denominado de Quinta do Seminário, na freguesia de Santa

Maria, descrito na Conservatória do Registo Predial de Viseu sob o n.º 1437 e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 353.

Alteração aprovada por deliberação de 4 de Novembro de 2011 e traduz-se:Constituição de mais dois lotes, com as designações e características que se

passam a indicar:Lote 14 A, com a área de 656 m2;Lote 19 A, com a área de 659 m2.Com a presente alteração, são cedidos à Câmara Municipal para integração

no domínio público, 157 m2 de terreno destinados a passeios.

Viseu, 12 de Outubro de 2012

Por delegação do Exmº PresidenteO Vereador

António da Cunha Lemos

Viviana Pires, nos 4x100 Esti-los, alcançando o terceiro posto, Na estafeta de 4x200 Livres nadaram Lara Carrilho, Beatriz Cunha, Viviana Pires e Cláudia Martins, voltando a fazer ter-ceiro lugar.

Em masculinos nadaram a estafeta de 4x100 Estilos João

Teixeira, João Domingos, José Teixeira e Gonçalo Cunha subindo ao segundo lugar da geral. Nos 4x200 Livres, os infantis do Académico ficaram na terceira posição tendo sido escalados para esta prova Eduardo Almeida, José Teixeira, João Teixeira e Gonçalo Cunha.

- INSOLVÊNCIAS ATÉ AO FINAL DO TERCEIRO TRIMESTRE AUMENTARAM

42,9 POR CENTO EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO DE 2011.

novos mercados, através da ex-portação, cujos resultados “não são imediatos e levam tempo”, são as mais penalizadas pela fal-ta de financiamento. “O merca-do está no litoral e as empresas do distrito de Viseu são as que mais sofrem com os custos acrescidos ditados pelo aumento dos combustíveis e pela intro-dução de portagens nas ex-SCUT”, conclui João Cotta.

A nível nacional, até ao final do terceiro trimestre deste ano, o aumento das insolvências foi de 31,4 por cento (mais 1.420 em-presas) em relação ao mesmo período do ano passado (5.939). Em 2011, o total de atingiu 6.077 empresas.

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20/Via Rápida 25/10/2012DESPORTO 5/Via Rápida 25/10/2012 REGIÃO

A vontade de apresentar uma nova estratégia de abordagem ao Gira-Volei e a melhoria do pro-cesso de formação dos jovens que disputam esta modalidade são os principais objetivos da ação de formação para monito-res de Gira-Volei que decorrerá na cidade de Lamego, a 15 de novembro próximo. Os destina-tários desta iniciativa são, sobre-tudo, professores de Educação Física e alunos da área de des-porto. As inscrições são gratui-tas.

Organizada pela Câmara Municipal de Lamego e pela Lamego ConVida, EEM, em parceria com a Federação Portu-guesa de Voleibol (FPV), esta atividade pedagógica decorrerá no auditório da Escola Básica e Secundária da Sé, com interven-ções de Carlos Prata e Leonel Salgueiro, técnicos superiores da FPV. Para além de uma componente teórica, durante a qual serão explicadas as técnicas de passe, os pressupostos meto-dológicos e os quadros competi-tivos e a sua aplicabilidade, ha-verá uma sessão prática com a realização de uma aula-tipo des-

ta modalidade. Os interessados devem enviar a inscrição dispo-nível para download em www.-cm-lamego.pt para o seguinte endereço de email: [email protected].

Jogo fácil e divertido, o Gi-ra-Volei é normalmente jogado por jovens com idades com-

preendidas entre os 8 e os 15 anos, através de um sistema 2X2 que permite uma aprendizagem progressiva das técnicas de Voleibol. Lamego é um dos mu-nicípios com mais atletas fede-rados do país e conta, entre os mais jovens, com várias cen-tenas de praticantes, bene-

ficiando de uma forte tradição desta modalidade nos estabe-lecimentos de ensino do con-celho. Nesta variante, a Escola Básica e Secundária da Sé, o Liceu Latino Coelho, o Colégio de Lamego e a Escola EB 2/3 já se destacam no panorama na-cional.

JOÃO

FIGUEIREDO

NOMEADO PARA

O CINCO IDEAL

Por: Jorge Duarte

Em mais uma edição da Fei-ra de São Mateus, a Associação de Basquetebol esteve presente com a organização de vários e-ventos desportivos. Nomea-damente no Convívio de Minis, Street basket Sub 14, Acção de Formação subordinada ao tema " Sustentabilidade de Um Pro-jecto para um Clube de Basque-tebol em que foi orador o profes-sor Carlos Vaqueiro.

O ponto alto destas activi-dades foi a disputa do XXIV Torneio Feira de S Mateus - Sub 18 Masculinos, no qual a ASS Gumirães teve uma boa presta-ção, quer colectiva como indivi-dual. Com destaque para o ca-pitão João Figueiredo (na foto acompanhado por Cláudia Fer-reira vogal do CAD), que ao sa-grar-se como o melhor marcador e eleito o MVP do Torneio, aca-bou por ser nomeado para o «5 ideal».

MONITORES DE GIRA-VOLEI

TÊM FORMAÇÃO GRATUITA EM LAMEGO Dos cinco tribunais que no país foram poupados a um encerramento inicialmente pre-visto na reforma judiciária, dois são no distrito de Viseu: em Nelas e Sátão, os concelhos que conseguiram fazer valer os seus argumentos, sendo assim retirados da lista da proposta final do Ministério da Justiça, a par de Valpaços, Almodôvar e Vila Nova de Foz Côa. O mesmo não acontece em relação aos tribunais de Armamar, Castro Daire, Resende e Tabuaço, cuja decisão de encerramento se mantém.

Para o presidente da Câmara Municipal de Sátão, Alexandre Vaz, “foi feita justiça, depois de muita luta, com responsabili-dade, direito e dever em defen-der os superiores interesses do concelho”, reconhece, subli-nhando que, além de não en-cerrar, o Tribunal de Sátão ainda vai receber um reforço, tendo na sua alçada os concelhos de Pe-nalva do Castelo e de Vila Nova de Paiva. É uma vitória de todos satenses”, conclui.

Isaura Pedro, presidente da Câmara Municipal de Nelas, congratula-se com a decisão, uma vez que a versão anterior da organização judiciária continha “erros em relação aos recursos humanos”. Um argumento apre-sentado nas sucessivas reuniões mantidas com a tutela, a que acresce o facto de Nelas ser um concelho “muito industria-lizado, e onde o acesso à justiça constituiu um factor de compe-titividade para as empresas”. Para além de não encerrar, o Tribunal de Nelas passa a abranger também o concelho de Carregal do Sal.

Segundo o projecto de decreto-lei Regime de Organi-zação e Funcionamento dos Tribunais Judiciais, a diminui-ção de 54 para 49 tribunais a extinguir, surge na sequência de um processo de audições, con-sultas públicas e características das comarcas, que termina a 31 de Outubro. Na actual proposta estão estão previstas secções de competência genérica para Cinfães, Lamego, Mangualde, Moimenta da Beira, Nelas, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, Tondela e Viseu, e ainda secções de proximidade para Oliveira de Frades, S. João da Pesqueira e Vouzela.

Em Castro Daire, onde a luta pela manutenção do Tribunal tem mobilizado a Câmara, populações e a própria Ordem dos Advogados, o presidente da autarquia, Fernando Carneiro denuncia “interesses parti-dários” na decisão de encerrar aquele serviço, e garante que “não vai baixar os braços”.

NELAS E SÁTÃO MANTÊM TRIBUNAIS

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6/Via Rápida OPINIÃO 19/Via RápidaDESPORTO /201225/10 25/10/2012

ATLETAS DA CASA DO POVO

DE MANGUALDE SAGRAM-SE CAMPEÕES

Os atletas da Casa do Povo de Mangualde que participaram no Campeonato de Portugal de Cross Curto, Cátia Almeida (no escalão sénior feminino) e Cris-tiano Pereira (no escalão júnior masculino) conquistaram o pri-meiro lugar do pódio, arreca-dando o título de campeã e cam-peão de Portugal, respectiva-mente. Resultados muito satisfatórios foram também alcançados por Sérgio Rafael e João Azevedo, que conquista-ram o 3º e o 4º na categoria de Síndrome de Down Masculina.

A iniciativa, organizada pela ANDDI - Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Intelectual, decorreu no Parque dos Marmelos, em Oliveira do Hospital e contou com a parti-cipação de cerca de 60 atletas. Simultaneamente realizaram-se a “Taça Nacional de Corta-Mato ANDDI” e o "XXIII Corta-Mato ARCIAL".

A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA

GOLPE DE VISTA

(Secção da responsabilidade do Núcleo de Viseu de “OLHO VIVO - Associação para a Defesa do Património

Ambiente e Direitos Humanos”)

Nota: Críticas e sugestões para a Associação OLHO VIVO,telefone: 912522690 - [email protected]

olhovivoviseu.blogspot.com

A Rede Europeia Anti-pobreza estima que o número de pobres em Portugal pode chegar a 3 milhões de pessoas nos pró-ximos tempos.

Este número é calculado com base nas projeções feitas por várias instituições no ter-reno. As crianças, os idosos e o aumento dos suicídios são agora as grandes preocupações.

De acordo com os dados do INE, 1/5 dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês e 32% da população activa, entre os 16 e os 34 anos seria pobre se dependesse apenas do seu trabalho. Sem as pensões de reforma e as transferências soci-ais do Estado, como o subsídio de desemprego e o Rendimento Social de Inserção (RSI) o nú-mero de portugueses em risco de pobreza subiria para mais de 4 milhões.

Por isso, não é de espantar que José Carlos Pinto, que ape-nas recebe 254 euros de subsídio de invalidez, com início em 7.04.2012, procure melhorar os seus rendimentos com uma das poucas iniciativas de “empre-endorismo empresarial” reser-vada aos mais excluídos da so-ciedade: arrumador de auto-móveis.

Encontrava-se no exercício desta actividade, no Campo de Viriato, quando, no dia 25 de Junho deste ano, foi autuado por um agente da PSP, por estar a exercer a actividade de arruma-dor de automóveis sem licença, o que constitui “contraor-denação punível com coima graduada de 60 euros até ao máximo de 300 euros”, segundo reza o ofício que recebeu posteriormente da Câmara Municipal de Viseu, referente ao Processo de Contraordenação, assinado pelo Vereador Hermí-nio Magalhães, por competência delegada pelo Presidente Fernando Ruas. Sem licença, o José Carlos foi vítima de um Auto de Apreensão de 107,70 euros em moedas que tinha no bolso.

Soubemos, entretanto, que o senhor vereador já prometeu

restituir-lhe o dinheiro apre-endido. E não faz mais do que é de justiça, uma vez que o di-nheiro não foi roubado. A Câ-mara Municipal de Viseu sabe que o José Carlos Pinto, que já trabalhou como varredor do município, é honesto e bom trabalhador.

Em época de crise é estranho que as autoridades criminalizem quem anda a pedir, ou a prestar um serviço ainda que dispen-sável, mesmo sem licença. Aliás, os arrumadores de Viseu, fartos de serem autuados, já se

queixaram ao jornal Via Rápida de as autoridades não os infor-marem como e onde podem pedir a licença. Contactado pelo Via Rápida, o vereador Her-mínio Magalhães “mostrou-se sensibilizado, para analisar o caso” (Via Rápida de 26.07.-

2012), mas até hoje nada. O José Carlos Pinto encon-

tra-se internado no Hospital de Viseu devido a uma infecção. O dinheiro que lhe apreenderam não faz falta à CMV, mas deve dar-lhe jeito para pagar os medicamentos.

O Clube Náutico de Caldas de Aregos estreou-se da melhor maneira na prova de Motonáu-tica «Fórmula Futuro» realizada na Pala, Ribadouro, concelho de Baião, sob a égide da Federação Portuguesa de Motonáutica. Após quatro semanas de treinos, os pilotos que integram a equipa, recentemente criada, obtiveram excelentes prestações, desta-cando-se os pódios completos nas classes 1 e 3 e, ainda, a vitó-ria na classe 5.

Na classe 1 (8/9 anos) Gabri-ela Guimarães conquistou o pó-dio, seguida por Gonçalo Teixei-ra e Hugo Piedade que ficou em terceiro lugar. Na classe 3 (12/13 anos) Samuel Rabaça con-quistou o primeiro lugar, seguin-do-se Pedro Rafael Cardoso e William Júnior Dias. Inês Pe-reira alcançou o 5.º lugar na classe 4 (14/15 anos) e na classe 5 (16/18 anos) António Rodri-gues ficou classificado em 1.º lugar, enquanto João Sá alcan-çou a 4.ª posição.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Resende, António Borges, congratula-se com o êxito alcançado pelo Clube Náutico de Caldas de Aregos e assegura que o município está empenhado na implementação da motonáutica no concelho, já que “a prática desta modalidade vem confirmar a qualidade de Caldas de Aregos para a prática de desportos náuticos, sendo

PILOTOS DE RESENDE SUBIRAM AO PÓDIO

NA «FÓRMULA FUTURO» EM MOTONÁTICA

que este tipo de iniciativas per-mite promover as potencialida-des turísticas de um concelho como o de Resende”.

O projeto de implementação da motonáutica no concelho de Resende resultou de uma par-ceria conjunta do Município de Resende, Federação Portuguesa de Motonáutica e Clube Náutico de Caldas de Aregos, na se-quência da Ação de Formação da Fórmula Futuro realizada em Caldas de Aregos, em julho deste ano, e na qual foi selecio-

nada uma piloto de Resende (Gabriela Guimarães) para par-ticipar no Campeonato do Mun-do.

A participação de Gabriela Guimarães na prova mundial constituiu um incentivo à prática desta modalidade, juntando-se as excelentes condições, quer naturais quer ao nível de infraes-truturas, que Caldas de Aregos proporciona. No âmbito desta parceria, a Federação Portugue-sa de Motonáutica, para além de disponibilizar duas embarca-

ções ao Clube para a prática da modalidade, realizou uma ação de formação com os técnicos do Clube e assegura apoio técnico contínuo ao longo do ano.

Ao Clube Náutico de Caldas de Aregos compete a captação e a formação dos jovens pilotos, incluindo a promoção da sua participação em provas, bem como a colaboração necessária com a Federação na realização dos estágios da Selecção Nacional, preferencialmente em Caldas de Aregos.

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18/Via Rápida CULTURA 7/Via RápidaREGIÃO25/10/2012 25/10/2012

ONZEJOVENSPINTARAMVOUZELANA BIENALDE ARTE

A quinta edição da Bienal Internacional de Arte Jovem, em Vouzela, contou com a parti-cipação de 11 alunos e 7 pro-fessores vindos da Roménia, Ucrânia, Rússia, Índia, Sérvia e Hungria. No final, e após uma semana de trabalho, entregaram 60 trabalhos à Câmara Muni-cipal, promotora da iniciativa.

Pela primeira vez, a autar-quia decidiu atribuir prémios aos três melhores trabalhos e menções honrosas. “Foi uma forma que encontrámos de motivar e estimular ainda mais a criatividade destes jovens”, considera Telmo Antunes, Presi-dente da Câmara de Vouzela.

Os primeiro e segundo pré-mios foram atribuídos à escola da Rússia e o terceiro prémio à escola da Ucrânia. As menções honrosas foram para a Sérvia, Hungria e Roménia.

Depois de inventariados, os 60 quadros da 5ª Bienal Inter-nacional de Arte Jovem vão es-tar patentes no Museu Muni-cipal de Vouzela.

8º TORNEIO DA OMDO CLUBE DE GOLFE DE VISEUPor: Álvaro Marreco

Para além do clube organi-zador, estiveram representados na prova o C. G. Centro, Quinta das Lágrimas, Curia e Nortada, totalizando a meia centena de participantes. O bom tempo aliado à excelência dos greens, prometiam os ótimos resultados que se vieram a verificar.

José Caprichoso “dinami-tou” a classificação net, ao en-tregar um cartão com 41 pontos. Seguiram-se, o “regularíssimo” Carlos Rodrigues e o José Cabral com 40, Carlos Almeida Rodrigues (1º sénior) 38, José Loureiro 36 e José Gonçalves, João Navega e José Pinto todos com 35.

Na classificação real, o João

Navega voltou a aparecer no lugar mais alto do pódio desta vez com 25 pontos, fruto de 1 birdie, 9 pares, 4 bogeys, 3 duplos e 1 triplo e foi seguido pelo Carlos Rodrigues 23, José Pinto e Carlos Tinoco 21 e José Santos, José Marques e José

Loureiro todos com 19.Foram ainda galardoados, a

Elisabete Pinto (1ª senhora), António Sanganha por ter obtido a pancada mais longa e o Ri-cardo Abrantes por ter colocado a bola mais perto da bandeira do buraco 12.

As unidades de urgência do Centro Hospitalar Tondela – Viseu (CHTV), estão a dis-ponibilizar aos utentes que acorrem a estes serviços, uma informação escrita sobre os custos dos actos praticados. A medida, em vigor desde o dia 17 deste mês, tem como objectivo, a exemplo do que acontece a nível nacional, dar a conhecer aos cidadãos, “de modo trans-parente”, os valores inerentes à prestação de serviços e cuidados de saúde disponibilizados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A informação sobre os «Custos de Cuidados de Saúde» prestados nas urgências do Hos-pital de S. Teotónio em Viseu, e no Hospital Cândido de Figuei-redo, em Tondela, deverá ser alargada, segundo a adminis-tração do CHTV, a outros ser-viços da unidade hospitalar, no-meadamente ao ambulatório da Consulta Externa, Hospital de Dia e Internamento.

INFORMAÇÃO SOBRE «CUSTOS DOS CUIDADOSDE SAÚDE» DISPONÍVEL NAS URGÊNCIAS HOSPITALARES

Berta Rodrigues, adminis-tradora do Serviço de Doentes do CHTV, sublinha que a me-dida “pretende aumentar a participação dos utentes e a sua consciencialização para a utili-zação racional e adequada da-quele serviço público”. A infor-

mação sobre os «Custos de Cui-dados de Saúde» praticados é descriminada num impresso próprio onde constam, desde a admissão nas Urgências até à alta, todos os tratamentos e aná-lises, com o valor correspon-dente a cada item (montante

pago pelo utente e o valor pago pelo SNS), com a diferença a reflectir-se na soma das duas rubricas.

A medida, “estritamente informativa”, não implica qual-quer pagamento pelo utente do Serviço Nacional de Saúde.

DESPORTO

Carlos Tinoco, presidente do Clube de Golfe de Viseu, acaba de se sagrar campeão do clube na modalidade match-play net. Na final aprazada para 36 buracos - onde derrotou o Carlos Alves - terminou com 7&6 no buraco 12, ao fim de 30 buracos. Antes, já tinha ultrapassado o Paulo Loureiro, Pedro Almeida e Bruno Melo.

Carlos Tinoco dedicou esta vitória ao saudoso João Vinagre, que era o campeão em título.

TINOCOCAMPEÃO

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8/Via Rápida OPINIÃO 17/Via RápidaSOCIEDADE 25/10/2012 25/10/2012

OS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE DE GESTÃO

APLICADOS AO ESTADO NÃO AJUDAVAM?A Contabilidade de Gestão é um ramo da

contabilidade que visa preparar informação que ajude a gerir as organizações, avaliando as actividades que estas realizam, o seu contributo para os objectivos da organização e os recursos afetos a cada uma delas.

O gestor, em função dos recursos disponíveis, ou que consegue angariar, afeta-os de um modo racional às actividades que melhor e mais contribuem para a missão da organização. Se afetar recursos a menos arrisca a que os objetivos não sejam cumpridos, se afeta recursos a mais é ineficiente.

Dentro de alguns dias, após o falso alarme que ocorreu há pouco menos de um mês, iremos ser “surpreendidos” com as novas medidas que o Orçamento Geral do Estado irá contemplar para 2013, tendo em vista corrigir os desequilíbrios da nossa economia e, consequentemente, dar confiança aos credores para continuarem a financiar-nos.

Em boa verdade não haverá grandes surpresas no tipo de medidas a adotar, tendo em conta o que se fez (ou o que se não fez), na gestão do Estado. A surpresa só será na dimensão.

Há pouco tempo, consultei os mapas da execução orçamental, publicados pela Direção Geral do Orçamento e pelo INE e que evidenciam que mais de 45 % das despesas da Administração Pública se referem a despesas com pessoal e mais de 23 % se referem a prestações sociais (dados provisórios relativos a 2011). O resto da despesa são juros (inevitáveis face ao montante da dívida e ao risco associado), consumos intermédios, já de si muito “espremidos”, tendo em conta as sucessivas racionalizações dos últimos anos, e despesas de capital (investimento) que também,

Numa altura em que a educação financeira se assume cada vez mais importante na vida dos cidadãos, é com agrado que se regista esta iniciativa, sobretudo porque envolve os alunos do ensino básico e secundário.

Em que consiste esta iniciativa?O “Concurso Todos Contam” constitui uma

iniciativa do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (constituído pelo Banco de Portugal, pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários e pelo Instituto de Seguros de Portugal), com o apoio do Ministério da Educação e Ciência, desenvolvida no âmbito do Plano Nacional de Formação Financeira, que visa premiar os melhores projetos de formação financeira que irão ser implementados nas escolas

na conjuntura actual, estão a ser levadas ao mínimo.

Creio que por aqui se poderá interpretar (o que não é a mesma coisa de compreender) a razão de os governos terem esta tendência de aumentar impostos e, no que respeita a diminuir despesa, fazê-lo com a redução das despesas com pessoal e com a redução das prestações sociais. Ou seja, numa visão simplista da situação, verificam que quase 70 % da despesa é com pessoal e prestações sociais e concluem então que é aí que tem que cortar, sem atender às funções/actividades que são realizadas e para quê.

Portanto, para este ano, também será previsível que com o “fadiga fiscal” as prestações sociais e, para algumas camadas da população, que possam ainda não estar suficientemente “fatigadas”, as reduções de rendi-mento via impostos, serão a receita para a resolução dos males da economia.

Não tinha nem tem que ser assim, especial-mente quando já lá vão mais de quinze meses nesta legislatura. Começa até a ser contrapro-ducente, pois o emagrecimento continuado é anémico e quando forem necessários recursos para “apanhar” a fase ascendente do ciclo econó-mico o Estado vai estar debilitado para agir de acordo com os interesses da economia, tal será o esvaziamento de competências e capacidades em que se encontrarão a maioria dos seus serviços.

Reduzir os gastos de um modo indiscri-minado (lógica horizontal) preocupando-se só em ver o que tem mais efeito imediato no objetivo entendido como principal, emagrece as estruturas mas torna-as mais débeis para responderem a novos desafios.

Há é que reduzir os gastos em função de um

ALMAS DEPENADAS

Num assomo degenerativo, verbalizado em discurso parlamentar de intencional convicção, um credibilizado ministro, rematou a pretexto da necessidade pátria em afinar as finanças, que não havia lugar à abertura de estados de alma. Não havia lugar, nem espaço, nem tempo, atrevo-me eu, rasteiro cidadão, a acrescentar.

Esta ideia, aparentemente atual, pode ser encontrada nos confins da história, quando Margaret Thatcher, resumiu a situação, de forma exemplar: “a economia é o método, mas o objetivo é mudar alma.” Ah grande mulher, disseste tudo… e mais alguma coisa.

Quando o Estado e os seus legítimos representantes, querem suspender a alma,

ESPECTADOR COMPROMETIDO

Por: José Lapa

mudá-la, ou até exterminá-la, está tudo dito, ou quase. E, confesso, pode parecer uma distração, um erro de comunicação, ou até desvio linguístico, ou mesmo, mau planeamento discursivo, mas que é motivo para preocupação, é.

Mas, na verdade percebe-se, que a alma possa ser considerada um perigoso elemento desestabilizador. Atente-se, o que sobre a alma escrevem, Jean Chevalier e Alain Cheerbrant, no seu magnífico Dicionário dos Símbolos (Teorema, 1994): “Pelo seu poder misterioso, sugere uma força sobre-natural, um espirito, um centro energético. Afirmar a existência da alma, entretanto, provoca reações opostas.” Entendem, que quem tenha por missão a ideologia, valorize o receio de soçobrar perante a alma ou as almas. Nunca obliterando, a famosa máxima pessoana, de que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena.” Perigoso… hem!!!

Ora, a alma é uma identidade. Outro crime, o sujeito ter força identitária. Nos dias que correm, a apartação (separação de grupos sociais) tomou conta do nosso modus vivendi. Resultado, a indiferença ganhou força de lei: “Antes da apartação os homens indignavam-se diante da miséria alheia. Com, a apartação a miséria é aceite como algo natural. A indiferença passa a ser uma característica psicossocial generalizada, tanto dos incluídos como dos excluídos.” (Cristovam Buarque – Admirável Mundo Atual: Terramar, 2004). Sendo assim, a indiferença, tornou-se

argumento e fronteira, da conceção dos quotidianos, em tempos de crise. Há muito desemprego? É natural. Há pessoas com fome? É natural. O social é despesista? É, portanto, corte-se. O empobrecimento é uma política estrate-gicamente correta? É, aplique-se. A natura-lidade da indiferença.

Daí que tirar espaço à alma, a quem a tem, seja absolutamente estratégico, para levar a bom porto a recuperação da econo-mia. Bravo, estou a apreender umas coisas.

Há pois, que tirar espaço, à alma, essa fonte intelectual e moral, que define uma existência. Tudo, porque, a diferença conti-nua a ser um incomodo e, incomodativa, pas-se a redundância.

Já agora, porque faz todo o sentido no texto, deixem-me lembrar Manuel António Pina, um dos grandes estados de alma lusos: “Somos feitos (oxigénio, hidrogénio, carbo-no, azoto) de outros, de todos os outros, des-de a primeira informe bactéria. E das pala-vras e da memória (a memória cultural e so-cial como a memória biológica) dos outros. Talvez devêssemos, pois, ser um pouco mais humildes quando dizemos 'eu'. E, matéria de estrelas que somos, como diz Carl Sagan, mais atentos àquilo que, no 'outro' (animais, plantas, matéria orgânica e inorgânica), é 'nós'.” (Nós, os outros, in Por Outras Pala-vras & mais cronicas de jornais – Modo de Ler, 2010).

Somos hoje almas penadas e depenadas, porque, desistimos dos nossos estados de alma.

O ‘ CONCURSO TODOS CONTAM’’‘

plano que defina as funções que o Estado deve/tem que realizar (lógica vertical) e quais as que deve/tem que deixar (seja porque não cabem nas suas funções, seja porque não temos recursos para as executar pelo Estado), assumindo, neste último caso, o papel de regulador/fiscalizador.

Outra técnica aplicada pela Contabilidade de Gestão (benchmarking – comparação com as melhores práticas noutros Estados) também pode ajudar.

As funções que deixarem de existir, em função do plano, deixam de ter recursos e aquelas a que o Estado se compromete, serão geridas com os recursos necessários e suficientes para serem realizadas com competência.

O caso da Defesa Nacional, que há poucos dias andou na imprensa é exemplo, paradigmá-tico do que se refere: A notícia relatava que irão ser reduzidos 500 elementos das forças armadas. Não se ouviu nada sobre redução de objecti-vos/missões. No entanto, os recursos vão ser reduzidos e, presume-se, mantendo os todos os objectivos que serão executados de um modo um pouco menos exemplar ou com sacrifício adi-cional de alguém.

O que se tem é que definir os objetivos em termos de segurança nacional, depois os técnicos (leia-se militares) intervirem para dizerem os recursos necessários para cumprir aqueles objetivos e em função e dos recursos que se decide afetar, proceder-se aos ajusta-mentos.

Fazer cortes numa lógica horizontal, anos sucessivos, não poderá trazer bons resultados e traduzirá, a prazo, a afetação ineficiente dos re-cursos, pois nem serão suficientes para cumprir os objectivos que se pretende, nem os mesmos, por falta de recursos, poderão ser cumpridos eficazmente.

A Contabilidade de Gestão ajuda as organi-zações avaliarem os recursos que aplicam e onde os aplicam (funções/actividades/segmentos, o que seja), ponderando o seu contributo, maior ou menor, para o objectivo principal (em organi-zações económicas, em grande parte o resultado). Realizar actividades de modo pouco eficiente ou com os recursos desadequados, não é a solução.

O esforço que se pede aos cidadãos, de au-mento de impostos e redução do rendimento, deveria/deverá servir como almofada temporária para este trabalho de repensar e racionalizar o Estado, em função dos recursos que é razoável pedir aos cidadãos e das funções que a sociedade quer que o Estado assegure, seja realizado.

Não fazer isto, ou continuar a adiar fazer isto, começa a ser eternizar um estado de “fadiga” que qualquer dia deixa de ser só fiscal para tender para ser geral. Em sintonia com o presi-

dente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Polité-cnicos (CCISP), João Sobrinho Teixeira, relativamente aos cortes previstos no Orçamento de Estado para as instituições de ensino superior, o presidente do Instituto Superior Politécnico de Viseu, Fernando Sebastião, ma-nifesta-se preocupado com os cortes ao financiamento da Ins-tituição, que resultarão numa redução da dotação orçamental, em cerca de 1,5 milhões de eu-ros.

Com o agravamento ocorri-do recentemente em mais 8% no Orçamento de Estado, adiciona-do ao corte inicial acordado de 3,2%, resulta num impacto ne-gativo para as instituições de en-sino superior de mais de 11%. “No que tange ao Instituto Poli-técnico de Viseu (IPV), o impa-cto negativo destas medidas representa cerca de 1,5 milhões de euros a menos na dotação orçamental do Instituto para o ano de 2013”, reconhece Fer-

nando SebastiãoSegundo o dirigente, “este

último agravamento nos cortes (8%) se deve à reposição das verbas referentes ao subsídio de Natal e ao aumento de 5% da Caixa Geral de Aposentações, cujo montante global da despesa atingirá os 1,9 milhões de euros, recebendo a instituição somente 900 mil euros) para essas ru-bricas”.

O Presidente do IPV conclui ainda que com os cortes orça-mentais verificados nos últimos anos, o Instituto Politécnico de Viseu vai receber do Orçamento Geral do Estado em 2013 menos 5,6 milhões de euros do que recebeu em 2010. Ou seja, em três anos, o IPV sofreu uma redução de mais de 25% do seu financiamento por parte do Orçamento Geral do Estado.

“Como é compreensível, os sucessivos cortes orçamentais acarretam enormes dificuldades na gestão orçamental do Instituto Politécnico de Viseu”, avisa Fernando Sebastião.

POLITÉCNICO DE VISEU COM MENOS1,5 MILHÕES DE EUROS DE DOTAÇÃO ORÇAMENTAL

durante o ano letivo de 2012/2013.A quem se dirige este concurso?Este concurso dirige-se aos agrupamentos de

escolas, escolas não agrupadas, assim como a estabelecimentos de ensino particulares e cooperativos que ministrem o ensino básico e secundário.

Que características devem apresentar os projetos a concurso?

Os projetos a concurso deverão: sensibilizar para a importância dos conhecimentos financeiros no quotidiano, desenvolver conhecimentos e capacidades financeiras nos alunos, promover comportamentos e atitudes financeiras adequados, promover a criação de hábitos de poupança e estimular a utilização dos

conteúdos e recursos disponíveis no Portal “Todos Contam”.

Que critérios de avaliação e valorização serão adotados?

Os projetos a concurso serão avaliados tendo em conta a sua qualidade pedagógica e científica, a sua criatividade e relevância, o envolvimento da comunidade escolar, a sua viabilidade e exequibilidade e a utilização do Portal Nacional de Formação Financeira “Todos Contam”.

Até quando deverão ser enviados os projetos a concurso?

Os projetos deverão ser submetidos até ao dia 19 de outubro deste ano, através do endereço eletrónico [email protected], para serem avaliados pelo Júri de seleção.

Quais os prémios a atribuir? O concurso irá atribuir quatro prémios (um

por cada ciclo do ensino básico e um para o ensino secundário). Cada prémio corresponde a livros e materiais escolares no valor de 1.000 euros, sendo metade atribuído no Dia Mundial da Poupança (31 de outubro) e o restante após o relatório de implementação do projeto.

Contactos úteisAs escolas interessadas em enviar projetos a

concurso poderão obter mais informações, nomeadamente o regulamento do concurso e a Ficha de Projeto, no Portal do Plano Nacional de Formação Financeira (www.todoscontam.pt) e no sítio de Internet da Direção Geral da Educação (www.dgidc.min-edu.pt).

Page 9: Edicao 25-10-2012

16/Via Rápida /201225/10SOCIEDADE 9/Via Rápida 25/10/2012 OPINIÃO

Por: José Reis

AMANHÃ JÁ SERÁ TARDE

Os protestos das populações de Lordosa e Calde, que re-clamavam a colocação de mais um médico na Extensão de Saú-de que serve as duas freguesias, no concelho de Viseu, culmi-naram, anteontem, numa altura em que se cerca de 40 utentes se manifestavam junto à sede do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões 1, com o anúncio de que até ao dia 8 de Novembro aqueles serviços ficarão a contar com um novo clínico.

Patrocinados pela Comissão de Utentes, os protestos acen-tuaram-se após a saída de dois médicos da Extensão de Lor-dosa, em Viseu, (de três passou a ter um), o que deixou um nú-

PROTESTOS VALERAM NOVO MÉDICONA EXTENSÃO DE SAÚDE DE LORDOSA (VISEU)

A INTELIGÊNCIA E A ESTUPIDEZ

Por: Carlos Bergeron

Nada é mais verdade do que dizer-se, que em política o tempo tem outro sentido. O que é hoje não é amanhã.

Basta um simples facto com contornos especiais, ou uma situação incomum, pelo menos isso julgada, para se desencadear um processo que conduza a uma alteração profunda do sistema então instituído, e supostamente bem aceite.

E se é assim, para um sistema consolidado e forte, por maioria de razões, isso é uma realidade para a situação política que Portugal atravessa.

Com a coligação P.S.D./C.D.S. que dá ao governo uma confortável maioria absoluta para conduzir o país sem sobressaltos, com as juras de amor eterno entre Passos Coelho e Paulo Portas, com as afirmações incessantes de patriotismo que não se cansaram de propalar, com o incentivo e apadrinhamento de Cavaco Silva, com a aquiescência das forças económicas e sindicais, e sem esquecer, claro, a cola-boração das forças da extrema esquerda representadas na Assembleia da República, estavam criadas todas (e mais algumas) as condições para que este governo governasse.

As muitas promessas eleitorais e a proclamação de medidas que iriam tomar para diminuir as “gorduras do estado” já perfeitamente identificadas por Coelho e Portas, deram aos portugueses a certeza de que Portugal iria encontrar um rumo. Ainda por cima, disseram aos sete ventos, que mais impostos nunca, e por isso, recusaram o famigerado PEC IV. Eles, o P.C.P. o B.E. os Verdes e Cavaco. A solução tinham-na eles na manga.

Os portugueses confiaram e escolheram a direita. Depois veio o período de nojo e Passos Coelho/Relvas juraram que não se iriam escudar nem desculpar com a pesada herança

que eles conheciam perfeitamente quando assinaram o acordo com a troika. Nesse período inicial, diziam-nos que tudo corria às mil maravilhas e que 2013 era o ano de começarmos a respirar depois dos impostos que nos foram aplicando, e que nós, na nossa boa fé, fomos aceitando porque queríamos e precisávamos acreditar.

Só que a miragem chegou ao fim. Não que entretanto não se tivessem levantado já algumas vozes qualificadas denunciando o suicídio das políticas seguidas. Austeridade em cima de austeridade, empobrecer um povo que já é pobre, embora o “outro” diga que é “o melhor povo do mundo”, parece a qualquer leigo e até ignorante, que isso não poderia nunca resultar.

Aumentaram mais os impostos e recolheram menos dinheiro, provocaram um aumento descomunal de desempregos e uma descapitalização enorme da segurança social com os respectivos subsídios atribuídos; as empresas encerram todos os dias e os nossos jovens e não só, são forçados a fazer as malas e ir à sorte tentar ganhar o pão noutras paragens.

E aqui não há qualquer situação ines-perada. Não foi um governante que disse alto e em bom som, por sinal num país estrangeiro, que os portugueses deviam abandonar a sua zona de conforto e procurar alterna-tivas noutros países? O empobrecimento e esta emigração vergonhosa foram perfeitamente planeadas e concertadas por estes neoliberais que nos governam.

A situação é tão embaraçosa e tão im-previsível, que será difícil não admitir a queda deste governo a curto prazo.

Mas se têm a maioria absoluta para im-porem todas as medidas que lhes passam pela cabeça e se a troika e a frau Merkel estão tão satisfeitos com os resultados alcançados, se dizem não governarem ao sabor da con-testação popular, então o que os impede de concluir o mandato.

O principal óbice como todos sabem é a falsa consistência que tem a coligação. Até Já constituíram uma comissão para seguir, apaziguar e coordenar o “casamento” mas todos os dias sentimos que os nubentes estão já divorciados, embora coabitem.

Ainda que o C.D.S. aprove o próximo Orçamento de Estado, está-se mesmo a ver, no que é que tudo isto vai dar.

Ninguém se entende dentro do governo e muito menos entre os barões dos dois partidos. É ouvi-los todos os dias e a todas as horas a criticarem o executivo e a avançaram propostas e soluções as mais contraditórias e antagónicas entre si.

Volto a dizer como á quinze dias. Demitam-se, mas já.

Não se escudem com as consequências da crise política, porque há 19 meses não pensaram nisso. O país e a democracia não deixarão de encontrar, de certeza, uma melhor solução.

Hoje são poucos os portugueses que ainda acreditam nas políticas deste governo e o certo é que a dívida pública portuguesa não pára de crescer elevando-se, no segundo trimestre deste ano, a 198 biliões de euros, o que é verdadeiramente insuportável. Exceptuando o dogmático Vítor Gaspar, mais nenhum economista, digno desse nome, acredita ser possível cumprir as metas do orçamento para 2013.

O “experimentalista” Ministro das Finan-ças já afirmou, aquando da apresentação oficial do Orçamento do Estado para 2013, que ele (e o governo que integra) aprende com os seus erros, em resposta a uma pergunta de um jornalismo que o questionou sobre se ele acreditava nas metas agora propostas para o próximo ano, face aos sucessivos falhanços orçamentais registados em 2012, situação que, teimosamente, Gaspar não explica aos portugueses. Infelizmente Portugal está a ser um tubo de ensaio para Vítor Gaspar, com a

total conivência de Passos Coelho.A linha fundamentalista em que o governo

continua a apostar, para recusar negociar um prazo mais dilatado para o cumprimento das nossas obrigações junto de quem nos empresta dinheiro, é muito sintomático da total impunidade e incapacidade deste governo, para quem a austeridade é para ser cumprida, custe o que custar, como Passos Coelho tanto gosta de afirmar. Ninguém nega a austeridade, mas não deixa de ser menos verdade que Portugal e os portugueses precisam de mais tempo e menos austeridade para poderem viver no linear da dignidade europeia, e vem no seguimento do que pensa Christine Lagarde e o próprio FMI.

Pessoalmente continuo a dizer que o Memorando não é um documento dogmático, e se há alguém que não o está a cumprir é o próprio governo ao querer ser mais troitequista que a troika e assim, continuar a castigar todos os portugueses. Que eu saiba, no Memorando negociado pelo governo de José Sócrates, que o PSD e CDS assinaram, e com o qual concordaram em nome, ou não, dos superiores interesses do país, nunca esteve previsto os cortes dos 13º mês e subsídio de Natal dos funcionários públicos e pensionistas, bem como também ficou consagrado nesse mesmo Memorando que o governo deveria fazer cortes de 80% na despesa pública e 20% na receita. Dois exemplos que deveriam fazer corar de vergonha os deputados que cega e partidari-

amente sustentam um governo que, tei-mosamente, não quer ouvir ninguém e está a ir muitíssimo além do que foi assinado com a troika. Isto é, nós (os do governo) é que somos os únicos bons, os sábios enquanto os outros são… simplesmente os outros!

A cartilha alemã de Vítor Gaspar não con-vence ninguém e muito menos a sua “paga” pelo que está a fazer ao país, pensando no que o país investiu na sua formalção. Como diria o povo, foi você que pediu um poço de três?

Ora o que é preciso, mais do que nunca, é falar verdade aos portugueses e atacar de uma vez por todas a consolidação das contas públicas, num momento em que está con-firmado que as medidas anunciadas para 2012, para se acreditar sair da crise em 2013, como afirmaram Passos Coelho e Vítor Gaspar, falharam e não tiveram o impacto desejado, embora os portugueses estejam a cumprir com tudo o que lhes foi pedido. Que garantias têm agora para 2013? Eu não gostaria de um dia escrever que esta é a imagem da impunidade de um governo incompetente. Por isso, repito, é urgente falar verdade aos portugueses.

O país não pode ser governado por grupos profissionais, o governo não pode ser ter maus assessores e muito menos maus conselheiros, como está a acontecer hoje. O calvário de 2013 vai ser terrível, mas seria menos maus se, ao atingir-se o Gólgota, os portugueses pudessem ver uma luz ao fundo do túnel que, neste momento, está apagadíssima.

mero considerável de pessoas sem médico de família, e a única médica que ficou não conseguia responder a todas as situações, limitando-se a atender os utentes da sua lista. Dezenas de pessoas não conseguiram a marcação de consultas, mesmo estando em graves condições de saúde.

Na tentativa de conseguirem uma consulta, havia pessoas que se dirigiam à Extensão de Saúde de Lordosa a partir da 1 hora da madrugada, chegando a esperar no local entre 5 a 10 horas. E quando tinham a sorte de ser atendidas ouviam muitas vezes, a “frustrante” resposta dos ser-viços: ”não há vaga” ou “não há médico” ou ainda, “volte cá ou-tro dia”, denunciava a Comissão

de Utentes dos Serviços Pú-blicos de Saúde daquelas duas freguesias, liderada por Ilídio Martins.

Mesmo em situações de extrema e óbvia necessidade os utentes eram encaminhados para o Hospital, sem consulta, onde o sistema de urgências, em consequência desta desarti-culação geral do Serviço Nacio-nal de Saúde, “rebenta pelas costuras”, obrigando muitas ve-zes as pessoas a recorrer a ser-viços privados com enormes custos para os cada vez mais magros orçamentos familiares.

A Extensão de Saúde de Lor-dosa serve uma população resi-dente, e significativamente en-velhecida, de 4.000 habitantes,

distribuída pelas freguesias de Calde e de Lordosa.

A Comissão de Utentes da Extensão de Saúde Lordosa entregou na última terça-feira, na ACES Dão Lafões I, um abaixo-assinado com 1.500 assinaturas a reivindicar a colocação de mais três médicos naqueles serviços. Uma pre-tensão que acabou por ser par-cialmente atendida, passando o novo médico a deslocar-se a Lordosa dois dias por semana, ficando a médica, actualmente ao serviço, a atender a tempo inteiro. “Um remedeio”, conclui a Comissão de Utentes, que dá o “benefício da dúvida” em relação à prometida avaliação da sua situação até ao final do ano.

ESCOLA PROFISSIONAL DE TONDELA PREMIOU O MELHOR ALUNO

A cerimónia simbólica do arranque do ano lectivo 2012-/2013, na Escola Profissional de Tondela (EPT), que encheu o auditório 1 da ACERT, ficou marcada com a entrega de um prémio monetário ao melhor aluno do ano anterior. O contemplado foi Pedro Miguel Matos Pires Crisóstomo, da turma do Curso de Técnico e de Informática de Gestão 09 que, para além do diploma de mérito, recebeu ainda um cheque de 500 euros.

Num estabelecimento de ensino que conta actualmente com cerca de quatro centenas de alunos, o director da Escola, Miguel Rodrigues, apresentou o exemplo do Pedro Miguel como um “forte incentivo aos menos empenhados”, concluindo que “iniciativas como esta devem parte do quotidiano das nossas escolas, como forma de desen-volver uma cultura de mérito que contribua para a motivação de toda a comunidade escolar”.

Presente na cerimónia, o vice-presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António de Jesus, sublinha o facto de “ano após ano, haver um cada vez maior de alunos a pretender frequentar a EPT, o que vem demonstrar que esta Escola está a cumprir cabal-mente a sua missão, e a dar as-sim um contributo insubstituível no desenvolvimento deste ter-ritório”.

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PORQUÊ

Não é novidade para ninguém que os países da zona euro, mais uns do que outros, estão a braços com uma grave, talvez mais grave do que se imaginava inicialmente, e daí que todos não tardassam a tomar medidas de exceção no sentido de lhe por termo o mais depressa possível, como também para lhe reduzir os efeitos no quotidiano das populações mais carenciadas, que é a maior parte em cada dos países atingidos, não obstante alguns terem um potencial de riqueza bastante elevado, que não é o caso do nosso. Bem pelo contrário.

Com certeza que todos os países atingidos por ela, face à sua gravidade, não deixaram de atuar em conformidade com a situação, naturalmente mais uns do que outros, não só tendo em conta o que ela de imediato começou a causar no quotidiano das populações mais carenciadas, mas também por aquilo que cada governo achou por conveniente fazer, todos com certeza na intenção de diminuir os seus efeitos, mas sobretudo acabar com ela no mais curto espaço de tempo possível, o que logo se afigurou ser muito difícil de conseguir, sobretudo aos países mais débeis, como é o caso do nosso, não obstante o Governo ter vindo a tomar um conjunto de medidas de

Em Portugal é mesmo assim. Basta um grandalhão qualquer, dizer qualquer verdade de La Palisse para os jornais e televisões darem logo um destaque desmedido, só porque fulano ou sicrano disseram o óbvio, e aquilo que centenas ou milhares de outras pessoas já haviam referido antes.

Mas se isso é caricato, ainda que vulgar, mais caricato é ler e ouvir declarações bacocas e até estúpidas, que alguma dessa gente importante diz da boca para fora, e que a imprensa logo publica com grande destaque e admiração.

NÃO QUEIRAMOS QUE A CRISE JUSTIFIQUE TUDO

SOCIEDADE

Ultimamente, vá-se lá saber porquê (eu sei), a nossa comunicação social tem dado um relevo exagerado aquilo que os banqueiros dizem, balbuciam, ou simples-mente sonham. Nunca em Portugal se viu como agora, os homens da banca darem tantos “bitaites” sobre a vida política. En-tretanto nada dizem sobre a situação finan-ceira das suas instituições. Que raio de coisa esta…

Tempos atrás, reunidos e a comungaram da mesma ideia de derrubarem o governo de José Sócrates, lá foram eles em excursão até Belém, para gaudio de Cavaco Silva, que previamente criara as condições necessárias e suficientes.

Meio falidos pela péssima gestão que fizeram dos seus bancos e co-responsáveis, senão os primeiros responsáveis, pela crise que atravessamos, lavaram as mãos e apontaram o dedo ao governo como o culpado pela descapitalização e endivi-damento dos seus estabelecimentos. Não tiveram qualquer pudor nem vergonha.

Alcançados os objectivos, que passavam por colocar no poder,neoliberais

bem definidos, esfregaram as mãos de satisfação.

Produziram afirmações de apoio às po-líticas então definidas, e as televisões refor-çaram o aparecimento desses figurões. Po-rém, passado ano e meio, essa mesma gente começa a manifestar sinais de nervosismo, e daí ao disparate, vai um instante.

O Presidente do B.P.I., Fernando Ulrich, que continua afinal sem conseguir reca-pitalizar e credibilizar o seu Banco, veio agora com despudor chocante, defender a realização de eleições em maio de 2013, como forma de sacudir o actual clima de crise política, e saber qual é de facto a sensibilidade dos portugueses face ao atual momento político. E adiantou ainda, a utilidade de eleições de dois em dois anos.

Ora tanta barbaridade, tanta bacorada e tanto disparate ditos por este banqueiro, só nos podem indignar e revoltar. Porque não se dedicará Ulrich mais e melhor à sua actividade? E porquê a comunicação social ouve tanto estes pavões vaidosos que nada nos ensinam?

São estes os tempos que vivemos.

contenção na despesa, que aliás nos parecem pouco consentâneas com a situação sócio-económica da grande maioria dos portugueses.

E de tal modo assim é que o país está a ser palco do maior surto de protestos e manifestações de que há memória há muitos anos, tudo porque o Governo se está a tornar demasiado insensível ao que é a situação da grande maioria dos cidadãos, parecendo até ignorar que somos um país pobre, sem recursos naturais e com uma massa salarial muito abaixo do que cada trabalhador precisava para ter uma vida digna.

É natural que alguns países possam ter tomado medidas semelhantes às nossas na contenção da despesa, só que, segundo informações que possuímos, ainda nenhum nos igualou, só se for a Grécia, e só assim se explica o descontentamento generalizado de que todos nos estamos a dar conta, e aqui não entram em linha de conta declarações dos partidos políticos da oposição, naturalmente consideradas tendenciosas, mas que algumas até poderão não ser, se as compararmos com outras de pessoas tidas desconotadas de qualquer partido politico, embora esta presunção a possamos considerar bastante subjetiva.

Em matéria do que temos vindo a referir, creio que ninguém, por mais bem informado que se julgue, se pode pronunciar sobre medidas em concreto tomadas em cada um dos países atingidos pela crise, nomeada-mente na contenção da despesa, no pres-suposto de que só com medidas drásticas deste teor é que se pode fazer crescer a receita e desta forma se poder sair da crise, visão que parece ser também a do Governo português, como se estivéssemos em presença de uma ciência exata e não houvesse outros fatores a considerar, como por exemplo a nossa situação sócio-económica, que como sabemos é profun-

damente desigual è de outros países, exceto também a Grécia, mas que não é caso para desvalorizar-mos, já que somos também um país dependente, e profundamente desigual na distribuição da riqueza produzida.

Para já, do conjunto de comentários que temos ouvido, e têm sido muitos, e também do que temos lido na imprensa diária e em outros meios de informação, nomeadamente no Facebook, hoje um espaço social ex-tremamente agressivo no caso em apreço, não só para quem escreve como também para os que quase só lêm, a ideia que se retem, e aqui não entra em linha de conta a opinião dos partidos políticos, é que o Governo parece demostrar não ter outra alternativa que não seja “castigar” os portugueses com mais contribuições e impostos, como se a crise fosse uma pana-ceia, um espécie de diagnóstico para salvar todas as nossas dificuldades sócio-eco-nómica.

Se eu, e certamente muitos, que temos o hábito da leitura da imprensa diária, e não só, e bem assim do conhecimento de outra informação que também nos é fornecida, muita dela sem a solicitarmos, seria quase certo termos de entrar aqui em colisão com muitas das opiniões do Governo, quando não é isso que de nenhuma forma queremos nem para tal estamos habilitados.

O nosso papel aqui, em qualquer cir-cunstância, é apenas informar, e é isso que estamos a fazer com liberdade, impar-cialidade e isenção, sem outro interesse que não seja o de poder contribuir, na medido possível, para que o Governo encontre meios de poder governar em paz social, coisa que todos sabemos não estar a acontecer, havendo até já o receio do país poder vir a ser confrontado com uma crise política, o que numa altura destas só serviria para piorar ainda mais a grave situação em que nos encontramos.

25 /2012/10 25/10/2012

A aldeia da Carrapichana, em Celorico da Beira, acolhe nos dias 27 e 28 deste mês, mais uma edição do Festival do Borrego. Um evento organizado pela Confraria do Borrego, com o apoio da Câmara Municipal, que completa este ano seis anos de realizações ininterruptas. Objectivo, “promover, divulgar e celebrar um produto que se assume, pelo seu paladar, como um “autêntico tesouro da gas-tronomia regional”, sublinha a organização.

O «Borrego Serra da Estre-la» é um produto DOP (Denomi-nação de Origem Protegida), proveniente de ovelhas de etnias leiteiras tradicionais da Serra da Estrela: Churra, Mondegueira e Bordaleira Serra da Estrela.

No Sábado o Festival tem animação musical garantida por grupos tradicionais da região, desde as concertinas aos bom-bos, até às tunas e a um concerto com os Galandum Galundaina. Ao final da noite será realizada uma queimada.

No domingo, a manhã começa com uma caminhada, seguida de uma mostra do Cão Serra da Estrela. A que acresce uma animação contínua e o leilão dos borregos. No decorrer dos dois dias as refeições serão confeccionados à base de borre-go. Uma feira de produtos regio-nais, antiguidades e animação infantil com insufláveis, com-pletam as atracções de um pro-grama que, anualmente, faz afluir milhares de apreciadores

do genuíno borrego a Celorico da Beira.

ROTEIRO GASTRONÓMICO

Para que os apreciadores desta típica iguaria serrana possam degustá-la cozinhada de diferentes modos, a autarquia de Celorico da Beira promove, de 29 de Outubro a 4 de Novembro de 2012 o Roteiro Gastronómico do Borrego.

Em dias específicos, os restaurantes aderentes, devida-mente identificados para o efeito, incluem nas suas ementas pratos à base de borrego, todos eles susceptíveis de fazer render até o mais exigente gastrónomo.

FESTIVAL DO BORREGO E FEIRA

DA CASTANHA ANIMAM CONCELHO

DE CELORICO DA BEIRA

«MARCHA DA MULHER DURIENSE» RENDEU850 EUROS AOS BOMBEIROS DE LAMEGO

O êxito organizativo da 3ª Marcha e Corrida da Mulher Duriense que percorreu numa distância de cinco quilómetros as principais ruas e avenidas da cidade de Lamego garantiu a recolha de 850 euros a favor da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de La-mego.

Este valor representa me-tade da receita arrecadada nesta iniciativa com o pagamento das inscrições. A escolha dos “ho-mens da paz” para receberem esta oferta justifica-se “pela sua ação permanente na defesa dos interesses comuns dos lame-censes”.

Em representação da Câma-ra Municipal de Lamego, insti-tuição organizadora da Marcha e Corrida, Margarida Duarte en-tregou o cheque correspondente à direção da Associação Huma-nitária dos Bombeiros Volun-

Enquanto o borrego conti-nua a ser «rei» na Carrapichana, a castanha continua a também a ser «rainha» na aldeia de Prados, com a realização, a 4 de No-vembro, do Festival dedicado ao produto, que já vai na quinta edição. Promovido pela Câmara Municipal de Celorico da Beira e pela Junta de Freguesia, o evento vai ainda promover ou-tros produtos da terra, aprovei-tando as centenas de visitantes que, por esta altura do ano, se deslocam à localidade.

Jogos tradicionais, com um espaço dedicado às crianças; o passeio pedestre «Em busca da moira encantada»; um work-shop de olaria com moldes e pinturas; e a atribuição do pré-mio do concurso «Melhor Doce de Castanha», são algumas das actividades que vão decorrer em Prados, integradas no V Festival da Castanha. A que se junta, de 5 a 11 de Novembro, o Roteiro Gastronómico devidamente as-sinados nos restaurantes aderen-tes à iniciativa.

CASTANHA

É «RAINHA»

EM PRADOS

tários. A Marcha e Corrida da Mu-

lher Duriense, que já se impôs como um evento de referência no país vocacionado para a promoção da saúde, contou este ano, para além de Vanessa

Fernandes, madrinha da inicia-tiva, e Albertina Dias, outros atletas de destaque do atletismo português quiseram marcar presença num cortejo formado por 850 participantes de todas as idades, sobretudo mulheres.

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14/Via Rápida ECONOMIA 11/Via RápidaECONOMIA /201225/10 25/10/2012

REDUÇÃO DO IMI RETIRA 600 MIL EUROS

AOS COFRES DA CÂMARA MUNICIPAL DE LAMEGOA Câmara Municipal de

Lamego revogou o aumento previsto da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) voltando a fixá-lo em 0,4%. Com esta medida, a autarquia vai prescindir de arrecadar cerca de 600 mil euros de receita de modo a aliviar os bolsos dos munícipes face ao agravamento das suas condições de vida fruto das recentes medidas de auste-ridade anunciadas pelo Go-

verno. Neste momento, está a

decorrer a reavaliação geral dos prédios urbanos existentes no concelho de Lamego para efeitos de cobrança de IMI, que incide num universo de 14.885 imóveis. Este processo, execu-tado até agora em 30%, apenas deverá estar concluído em setembro do próximo ano. 2013 será o primeiro ano em que se refletirá o aumento da base

tributável por via da avaliação geral dos prédios. Em 2011, o imposto que incide sobre o valor patrimonial tributário dos pré-dios - rústicos, urbanos ou mis-tos – garantiu à Câmara Munici-pal de Lamego dois milhões de euros de receita. A fixação da taxa de 0,4% a aplicar aos pré-dios urbanos avaliados nos ter-mos do Código de Imposto Mu-nicipal sobre Imóveis já foi aprovada em reunião de Câ-

Na XVII Feira da Maçã Bravo de Esmolfe, que decorreu no Centro de Exposições de Produtos DOC fruto de uma parceria entre a FELBA e a Câmara Municipal de Penalva do Castelo, com a sen-sibilização e a colaboração dos produtores, foi colocada à venda maçã certificada em embalagens uniformes e adequadas. “Materia-lizou-se, assim, um salto qualita-tivo na Feira, contribuindo para a valorização daquele que é um dos produtos identitários deste con-celho”, reconhece o presidente da Autarquia, Leonídio Monteiro.

Para o êxito da edição de 2012 da Feira da Maçã Bravo de Es-molfe, muito contribuiu também o número de visitantes que afluiram ao Largo de Santo Ildefonso), numa procura superior à oferta, o que demonstra que os produtos de qualidade e a maçã bravo de Esmolfe têm imenso potencial junto dos consumidores. “É que, existindo mais de 7.500 varie-dades no mundo, a bravo de Esmolfe é a rainha das maçãs, porque nenhuma outra tem este sabor inconfundível e este aroma tão intenso”, conclui Leonídio Monteiro.

XVII FEIRA DA MAÇÃ BRAVODE ESMOLFE DEU “SALTO QUALITATIVO”

mara. “Tendo o Governo deci-dido eliminar o “travão” da li-mitação do aumento do IMI em 75 euros/ano, uma norma que implicará o agravamento das condições dos proprietários que já têm os seus imóveis avalia-dos, entendo que os munícipes não podem ser duplamente penalizados e portanto o Muni-cípio vai manter a taxa de sem-pre”, justifica o presidente da Autarquia, Francisco Lopes.

FEIRA DOS SANTOS EM MANGUALDE ASSOCIATRADIÇÃO E MODERNIDADE NO CENTRO DA CIDADE

Mangualde acolhe, no fim de semana de 3 e 4 de Novembro, mais uma edição da tradicional Feira dos Santos. Sob o lema «Da Tradição à Modernidade» e organizado pela autarquia man-gualdense, o certame realiza-se mais uma vez no centro da cidade. A VII Mostra de Arte-sanato Nacional, «Mangualde Novos Sabores»; mostras de produtos regionais, agrope-cuária, e de pintura ao ar livre; «Manguald'Auto» - Exposição de automóveis; e a «AniMan-gualde» – animação de rua, são algumas das propostas da edição deste ano.

Desde há três séculos que Mangualde se notabiliza pela realização da Feira dos Santos, um evento que se tornou um marco a nível nacional, pelas várias ofertas que proporciona aos seus milhares de visitantes desde a gastronomia, através das tradicionais febras, até ao artesanato, produtos agrícolas, entre outras. Durante o fim de semana, as várias artérias da cidade serão animadas, propor-cionando momentos de diversão a todos os residentes e visitantes.

Inserida no certame, decorre ainda, de 2 a 4 de Novembro, a iniciativa «Feira dos Santos à Mesa», junto dos restaurantes aderentes assinalados pelo selo «Feira dos Santos à Mesa 2012»,

que apresentarão uma ementa especial com pratos típicos regi-onais.

A Feira dos Santos 2012, uma organização da Câmara

Municipal de Mangualde que conta com o apoio da Junta de Freguesia, abre as portas no dia 3 de Novembro pelas 9h30 - uma dia particularmente ani-

mado com música Celta, work-shop, e actuação do Coro do Puy-en-Valey “Les Aniciens” de França, e encerra no dia 4, pelas 19h00.

A realidade que o sector cunícula atravessa neste mo-mento, fruto da subida agressiva do valor das matérias-primas e do baixo valor pago ao produtor comparativamente com o ano de 2011, motiva a necessidade de se debaterem os problemas que afectam a produção, bem como uma reflexão sobre as perspe-ctivas futuras do sector.

É neste contexto que vão decorrer em Viseu, a 6 e 7 de No-vembro, no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Ges-tão, as IV Jornadas da Associa-ção Portuguesa de Cunicultura (ASPOC), numa organização conjunta desta Associação e da Escola Superior Agrária de

PROBLEMAS QUE AFECTAM A CUNICULTURA

EM DEBATE NA ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE VISEUViseu (ESAV).

Para além do âmbito cien-tífico, a organização pretende que o evento tenha um carácter técnico aplicado à realidade actual, contando, por isso, com a presença de oradores de renome internacional.

Nas jornadas a realizar no dia 7, serão abordados os temas das Doenças de Exploração, Alimentação e Maneio e ainda uma Mesa Redonda sobre a Legalização e Rentabilidade das Explorações.

No dia anterior irão decorrer Workshops Técnicos sobre Ne-crópsias e Inseminação Artifi-cial em coelhos.

Face à afluência registada

nas III Jornadas, a organização estima para esta edição a pre-sença de cerca de 250 partici-

pantes, entre técnicos, produ-tores e alunos da área das ciên-cias agrárias.

Page 12: Edicao 25-10-2012

12/Via Rápida ECONOMIA 13/Via RápidaECONOMIA /201225/10 25/10/2012

20 MARCAS E LOJASMOSTRARAM-SE NO«MANGUALDEfashion 2012»

A edição deste ano da Festa da Castanha, o certame com maior longevidade na região que este fim de semana volta a encher o Exposalão, nos dias 26, 27 e 28 deste mês, é apontada como “de-cisiva para a valorização da cas-tanha de Sernancelhe”. Graças ao protocolo celebrado entre o Muni-cípio e a Univerdade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a castanha e os castanheiros de Ser-nancelhe são agora acompanha-dos de perto pelos técnicos, os solos são analisados, foram cria-dos campos de ensaio e novas so-luções estão a ser experimentadas.

Os objetivos, reconhece o presidente da Autarquia, José Má-rio Cardoso, passam pelo “com-bate às doenças dos soutos e, con-sequentemente, pelo aumento da produção mantendo a qualidade e exclusividade da martaínha”. Daí expetativa que rodeia a Palestra “A Importância de cuidar o solo na saúde do souto”, no dia 27 de Outubro, da responsabilidade dos professores Ester Portela e Miguel Martins, da UTAD, até porque mais de meia centena de pro-dutores concelhios aderiram já aos conselhos técnicos daquela Uni-

TRÊS DIAS DE FESTA NA “TERRA DA CASTANHA» - MAIS DE MEIA CENTENA DE EXPOSITORES MOSTRARÃO

NO EXPOSALÃO, O QUE MELHOR DEFINE O CONCELHO DE SERNANCELHE

versidade. No interior do Exposalão,

mais de meia centena de expo-sitores, entre produtores e trans-formadores de castanha, juntas de freguesia e restaurantes (que du-rante os três dias proporcionarão uma mostra da gastronomia local associada à castanha), mostrarão o que melhor define o concelho de Sernancelhe. Destaque também para o concurso da melhor cas-tanha da Denominação de Origem Protegida “Soutos da Lapa”, e do melhor doce à base do produto,

idealizados precisamente para incentivar à participação do comércio local na Festa da Cas-tanha. Os vencedores serão co-nhecidos apenas no último dia do certame. No capítulo do desporto, e aproveitando o Percurso Pe-destre Rota da Castanha, a edição da Festa da Castanha 2012 oferece um passeio, organizado pelo CLDS “SOS – Sernancelhe Olhar Solidário”, que percorre soutos com séculos de existência, garan-tindo assim uma viagem única aos locais onde “nasce” uma das me-

A UDACA – União das Adegas Cooperativas do Dão, acaba de ver reconhecidos os seus vinhos, com a obtenção de mais dois Prémios no Concurso «Os Melhores Vinhos Engarra-fados do Dão»: o Tesouro da Sé Private Selection 2009, distin-guido com Medalha de Ouro e também com o Prémio Prestí-gio, e o Touriga Nacional 2008, também a Medalha de Ouro.

O Tesouro da Sé Private Se-lection 2009 (também já reco-nhecido com Medalha Prata no Concurso Nacional de Vinhos 2012) é uma novidade da UDA-CA e trata-se de uma edição limitada de 6.600 Garrafas de um vinho com a verdadeira identidade do Dão e que se insere num patamar de quali-dade alto, embora com um exce-lente preço de venda.

O UDACA Touriga Nacio-nal 2008 traduz uma aposta antiga da UDACA que foi das primeiras empresas do Dão a comercializar um monocasta da Touriga Nacional, que traduz todo potencial daquela que será

MAIS DOIS PRÉMIOS PARA A UDACANO CONCURSO «OS MELHORESVINHOS ENGARRAFADOS DO DÃO»

a mais importante e reconhecida casta em Portugal.

“Estes dois prémios tradu-zem assim a excelente qualidade dos vinhos provenientes das Adegas Cooperativas Associa-das da UDACA, ao nível dos melhores vinhos que se produ-zem na Região do Dão”, reco-nhece o presidente da Direcção, Fernando Figueiredo.

A atribuição daqueles dois prémios surge numa altura em que A UDACA foi também mais uma vez distinguida com o Estatuto PME Lider em 2012,

como já tinha acontecido em 2011. Um estatuto que distingue as Pequenas e Médias Empresas com estratégias de crescimento e de reforço da sua competi-tividade, bem como com situa-ções fiscais regularizadas e que para além do superior perfil de rating, apresentem nas suas contas fechadas crescimento no volume de negócios, vendas e serviços prestados; resultados líquidos positivos; autonomia financeira > = 20% (Capitais Próprios/Activo Liquido) entre outros aspectos positivos.

lhores castanhas do Mundo. O BTT repete o evento do ano passado, ainda que com alterações ao percurso, tendo o número de inscrições ultrapassado já as 500. De todo o país aguardam-se a-mantes do desporto, mas também da natureza e da cultura destas terras da Beira. Atraídos pelos aromas da castanha, os partici-pantes terão oportunidade de pedalar por uma das mais belas manchas de castanheiros do país, conhecer a paisagem deslum-brante da serra e do vale, o pa-trimónio arquitectónico e provar a excelsa gastronomia local. Para os acompanhantes dos bttistas, a organização preparou todo um programa de visita e ocupação durante a estada por Sernancelhe.

Animada por grupos locais de concertinas e fado à desgarrada, pela Banda Musical 81 de Fer-reirim, e pelo Rancho Folclórico de Sernancelhe, a Festa da Cas-tanha será, ao longo de três dias, “sinónimo de animação, cultura, gastronomia, informação técnica aos produtores, convívio e ho-menagem à castanha. Castanha, a rainha que dá nome a Sernancelhe a Terra da Castanha!”.

A parcela Quinta-Touriga Nacional da Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, foi galar-doada com a Medalha de Bron-ze, na segunda edição do con-curso “As Melhores Vinhas do Dão 2012”, iniciativa promo-vida pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão, em parceria com a Confraria dos Enófilos do Dão. Estiveram a concurso 18 parcelas de vinha referentes a 11 viticultores.

Com dois hectares e meio de área, a parcela Quinta-Touriga Nacional da Casa da Ínsua tem produzido colheitas excepci-onais que contribuíram já para a conquista de importantes meda-lhas dos vinhos da Casa da Ín-sua. Destaque para o Tinto Re-serva 2006, que conquistou uma Medalha de Prata no 19º Con-curso Mundial de Bruxelas, num certame onde participaram 8.500 vinhos oriundos de di-ferentes partes do mundo.

QUINTA-TOURIGANACIONALDA CASADA ÍNSUAENTREAS MELHORES

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12/Via Rápida ECONOMIA 13/Via RápidaECONOMIA /201225/10 25/10/2012

20 MARCAS E LOJASMOSTRARAM-SE NO«MANGUALDEfashion 2012»

A edição deste ano da Festa da Castanha, o certame com maior longevidade na região que este fim de semana volta a encher o Exposalão, nos dias 26, 27 e 28 deste mês, é apontada como “de-cisiva para a valorização da cas-tanha de Sernancelhe”. Graças ao protocolo celebrado entre o Muni-cípio e a Univerdade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a castanha e os castanheiros de Ser-nancelhe são agora acompanha-dos de perto pelos técnicos, os solos são analisados, foram cria-dos campos de ensaio e novas so-luções estão a ser experimentadas.

Os objetivos, reconhece o presidente da Autarquia, José Má-rio Cardoso, passam pelo “com-bate às doenças dos soutos e, con-sequentemente, pelo aumento da produção mantendo a qualidade e exclusividade da martaínha”. Daí expetativa que rodeia a Palestra “A Importância de cuidar o solo na saúde do souto”, no dia 27 de Outubro, da responsabilidade dos professores Ester Portela e Miguel Martins, da UTAD, até porque mais de meia centena de pro-dutores concelhios aderiram já aos conselhos técnicos daquela Uni-

TRÊS DIAS DE FESTA NA “TERRA DA CASTANHA» - MAIS DE MEIA CENTENA DE EXPOSITORES MOSTRARÃO

NO EXPOSALÃO, O QUE MELHOR DEFINE O CONCELHO DE SERNANCELHE

versidade. No interior do Exposalão,

mais de meia centena de expo-sitores, entre produtores e trans-formadores de castanha, juntas de freguesia e restaurantes (que du-rante os três dias proporcionarão uma mostra da gastronomia local associada à castanha), mostrarão o que melhor define o concelho de Sernancelhe. Destaque também para o concurso da melhor cas-tanha da Denominação de Origem Protegida “Soutos da Lapa”, e do melhor doce à base do produto,

idealizados precisamente para incentivar à participação do comércio local na Festa da Cas-tanha. Os vencedores serão co-nhecidos apenas no último dia do certame. No capítulo do desporto, e aproveitando o Percurso Pe-destre Rota da Castanha, a edição da Festa da Castanha 2012 oferece um passeio, organizado pelo CLDS “SOS – Sernancelhe Olhar Solidário”, que percorre soutos com séculos de existência, garan-tindo assim uma viagem única aos locais onde “nasce” uma das me-

A UDACA – União das Adegas Cooperativas do Dão, acaba de ver reconhecidos os seus vinhos, com a obtenção de mais dois Prémios no Concurso «Os Melhores Vinhos Engarra-fados do Dão»: o Tesouro da Sé Private Selection 2009, distin-guido com Medalha de Ouro e também com o Prémio Prestí-gio, e o Touriga Nacional 2008, também a Medalha de Ouro.

O Tesouro da Sé Private Se-lection 2009 (também já reco-nhecido com Medalha Prata no Concurso Nacional de Vinhos 2012) é uma novidade da UDA-CA e trata-se de uma edição limitada de 6.600 Garrafas de um vinho com a verdadeira identidade do Dão e que se insere num patamar de quali-dade alto, embora com um exce-lente preço de venda.

O UDACA Touriga Nacio-nal 2008 traduz uma aposta antiga da UDACA que foi das primeiras empresas do Dão a comercializar um monocasta da Touriga Nacional, que traduz todo potencial daquela que será

MAIS DOIS PRÉMIOS PARA A UDACANO CONCURSO «OS MELHORESVINHOS ENGARRAFADOS DO DÃO»

a mais importante e reconhecida casta em Portugal.

“Estes dois prémios tradu-zem assim a excelente qualidade dos vinhos provenientes das Adegas Cooperativas Associa-das da UDACA, ao nível dos melhores vinhos que se produ-zem na Região do Dão”, reco-nhece o presidente da Direcção, Fernando Figueiredo.

A atribuição daqueles dois prémios surge numa altura em que A UDACA foi também mais uma vez distinguida com o Estatuto PME Lider em 2012,

como já tinha acontecido em 2011. Um estatuto que distingue as Pequenas e Médias Empresas com estratégias de crescimento e de reforço da sua competi-tividade, bem como com situa-ções fiscais regularizadas e que para além do superior perfil de rating, apresentem nas suas contas fechadas crescimento no volume de negócios, vendas e serviços prestados; resultados líquidos positivos; autonomia financeira > = 20% (Capitais Próprios/Activo Liquido) entre outros aspectos positivos.

lhores castanhas do Mundo. O BTT repete o evento do ano passado, ainda que com alterações ao percurso, tendo o número de inscrições ultrapassado já as 500. De todo o país aguardam-se a-mantes do desporto, mas também da natureza e da cultura destas terras da Beira. Atraídos pelos aromas da castanha, os partici-pantes terão oportunidade de pedalar por uma das mais belas manchas de castanheiros do país, conhecer a paisagem deslum-brante da serra e do vale, o pa-trimónio arquitectónico e provar a excelsa gastronomia local. Para os acompanhantes dos bttistas, a organização preparou todo um programa de visita e ocupação durante a estada por Sernancelhe.

Animada por grupos locais de concertinas e fado à desgarrada, pela Banda Musical 81 de Fer-reirim, e pelo Rancho Folclórico de Sernancelhe, a Festa da Cas-tanha será, ao longo de três dias, “sinónimo de animação, cultura, gastronomia, informação técnica aos produtores, convívio e ho-menagem à castanha. Castanha, a rainha que dá nome a Sernancelhe a Terra da Castanha!”.

A parcela Quinta-Touriga Nacional da Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, foi galar-doada com a Medalha de Bron-ze, na segunda edição do con-curso “As Melhores Vinhas do Dão 2012”, iniciativa promo-vida pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão, em parceria com a Confraria dos Enófilos do Dão. Estiveram a concurso 18 parcelas de vinha referentes a 11 viticultores.

Com dois hectares e meio de área, a parcela Quinta-Touriga Nacional da Casa da Ínsua tem produzido colheitas excepci-onais que contribuíram já para a conquista de importantes meda-lhas dos vinhos da Casa da Ín-sua. Destaque para o Tinto Re-serva 2006, que conquistou uma Medalha de Prata no 19º Con-curso Mundial de Bruxelas, num certame onde participaram 8.500 vinhos oriundos de di-ferentes partes do mundo.

QUINTA-TOURIGANACIONALDA CASADA ÍNSUAENTREAS MELHORES

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REDUÇÃO DO IMI RETIRA 600 MIL EUROS

AOS COFRES DA CÂMARA MUNICIPAL DE LAMEGOA Câmara Municipal de

Lamego revogou o aumento previsto da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) voltando a fixá-lo em 0,4%. Com esta medida, a autarquia vai prescindir de arrecadar cerca de 600 mil euros de receita de modo a aliviar os bolsos dos munícipes face ao agravamento das suas condições de vida fruto das recentes medidas de auste-ridade anunciadas pelo Go-

verno. Neste momento, está a

decorrer a reavaliação geral dos prédios urbanos existentes no concelho de Lamego para efeitos de cobrança de IMI, que incide num universo de 14.885 imóveis. Este processo, execu-tado até agora em 30%, apenas deverá estar concluído em setembro do próximo ano. 2013 será o primeiro ano em que se refletirá o aumento da base

tributável por via da avaliação geral dos prédios. Em 2011, o imposto que incide sobre o valor patrimonial tributário dos pré-dios - rústicos, urbanos ou mis-tos – garantiu à Câmara Munici-pal de Lamego dois milhões de euros de receita. A fixação da taxa de 0,4% a aplicar aos pré-dios urbanos avaliados nos ter-mos do Código de Imposto Mu-nicipal sobre Imóveis já foi aprovada em reunião de Câ-

Na XVII Feira da Maçã Bravo de Esmolfe, que decorreu no Centro de Exposições de Produtos DOC fruto de uma parceria entre a FELBA e a Câmara Municipal de Penalva do Castelo, com a sen-sibilização e a colaboração dos produtores, foi colocada à venda maçã certificada em embalagens uniformes e adequadas. “Materia-lizou-se, assim, um salto qualita-tivo na Feira, contribuindo para a valorização daquele que é um dos produtos identitários deste con-celho”, reconhece o presidente da Autarquia, Leonídio Monteiro.

Para o êxito da edição de 2012 da Feira da Maçã Bravo de Es-molfe, muito contribuiu também o número de visitantes que afluiram ao Largo de Santo Ildefonso), numa procura superior à oferta, o que demonstra que os produtos de qualidade e a maçã bravo de Esmolfe têm imenso potencial junto dos consumidores. “É que, existindo mais de 7.500 varie-dades no mundo, a bravo de Esmolfe é a rainha das maçãs, porque nenhuma outra tem este sabor inconfundível e este aroma tão intenso”, conclui Leonídio Monteiro.

XVII FEIRA DA MAÇÃ BRAVODE ESMOLFE DEU “SALTO QUALITATIVO”

mara. “Tendo o Governo deci-dido eliminar o “travão” da li-mitação do aumento do IMI em 75 euros/ano, uma norma que implicará o agravamento das condições dos proprietários que já têm os seus imóveis avalia-dos, entendo que os munícipes não podem ser duplamente penalizados e portanto o Muni-cípio vai manter a taxa de sem-pre”, justifica o presidente da Autarquia, Francisco Lopes.

FEIRA DOS SANTOS EM MANGUALDE ASSOCIATRADIÇÃO E MODERNIDADE NO CENTRO DA CIDADE

Mangualde acolhe, no fim de semana de 3 e 4 de Novembro, mais uma edição da tradicional Feira dos Santos. Sob o lema «Da Tradição à Modernidade» e organizado pela autarquia man-gualdense, o certame realiza-se mais uma vez no centro da cidade. A VII Mostra de Arte-sanato Nacional, «Mangualde Novos Sabores»; mostras de produtos regionais, agrope-cuária, e de pintura ao ar livre; «Manguald'Auto» - Exposição de automóveis; e a «AniMan-gualde» – animação de rua, são algumas das propostas da edição deste ano.

Desde há três séculos que Mangualde se notabiliza pela realização da Feira dos Santos, um evento que se tornou um marco a nível nacional, pelas várias ofertas que proporciona aos seus milhares de visitantes desde a gastronomia, através das tradicionais febras, até ao artesanato, produtos agrícolas, entre outras. Durante o fim de semana, as várias artérias da cidade serão animadas, propor-cionando momentos de diversão a todos os residentes e visitantes.

Inserida no certame, decorre ainda, de 2 a 4 de Novembro, a iniciativa «Feira dos Santos à Mesa», junto dos restaurantes aderentes assinalados pelo selo «Feira dos Santos à Mesa 2012»,

que apresentarão uma ementa especial com pratos típicos regi-onais.

A Feira dos Santos 2012, uma organização da Câmara

Municipal de Mangualde que conta com o apoio da Junta de Freguesia, abre as portas no dia 3 de Novembro pelas 9h30 - uma dia particularmente ani-

mado com música Celta, work-shop, e actuação do Coro do Puy-en-Valey “Les Aniciens” de França, e encerra no dia 4, pelas 19h00.

A realidade que o sector cunícula atravessa neste mo-mento, fruto da subida agressiva do valor das matérias-primas e do baixo valor pago ao produtor comparativamente com o ano de 2011, motiva a necessidade de se debaterem os problemas que afectam a produção, bem como uma reflexão sobre as perspe-ctivas futuras do sector.

É neste contexto que vão decorrer em Viseu, a 6 e 7 de No-vembro, no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Ges-tão, as IV Jornadas da Associa-ção Portuguesa de Cunicultura (ASPOC), numa organização conjunta desta Associação e da Escola Superior Agrária de

PROBLEMAS QUE AFECTAM A CUNICULTURA

EM DEBATE NA ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE VISEUViseu (ESAV).

Para além do âmbito cien-tífico, a organização pretende que o evento tenha um carácter técnico aplicado à realidade actual, contando, por isso, com a presença de oradores de renome internacional.

Nas jornadas a realizar no dia 7, serão abordados os temas das Doenças de Exploração, Alimentação e Maneio e ainda uma Mesa Redonda sobre a Legalização e Rentabilidade das Explorações.

No dia anterior irão decorrer Workshops Técnicos sobre Ne-crópsias e Inseminação Artifi-cial em coelhos.

Face à afluência registada

nas III Jornadas, a organização estima para esta edição a pre-sença de cerca de 250 partici-

pantes, entre técnicos, produ-tores e alunos da área das ciên-cias agrárias.

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PORQUÊ

Não é novidade para ninguém que os países da zona euro, mais uns do que outros, estão a braços com uma grave, talvez mais grave do que se imaginava inicialmente, e daí que todos não tardassam a tomar medidas de exceção no sentido de lhe por termo o mais depressa possível, como também para lhe reduzir os efeitos no quotidiano das populações mais carenciadas, que é a maior parte em cada dos países atingidos, não obstante alguns terem um potencial de riqueza bastante elevado, que não é o caso do nosso. Bem pelo contrário.

Com certeza que todos os países atingidos por ela, face à sua gravidade, não deixaram de atuar em conformidade com a situação, naturalmente mais uns do que outros, não só tendo em conta o que ela de imediato começou a causar no quotidiano das populações mais carenciadas, mas também por aquilo que cada governo achou por conveniente fazer, todos com certeza na intenção de diminuir os seus efeitos, mas sobretudo acabar com ela no mais curto espaço de tempo possível, o que logo se afigurou ser muito difícil de conseguir, sobretudo aos países mais débeis, como é o caso do nosso, não obstante o Governo ter vindo a tomar um conjunto de medidas de

Em Portugal é mesmo assim. Basta um grandalhão qualquer, dizer qualquer verdade de La Palisse para os jornais e televisões darem logo um destaque desmedido, só porque fulano ou sicrano disseram o óbvio, e aquilo que centenas ou milhares de outras pessoas já haviam referido antes.

Mas se isso é caricato, ainda que vulgar, mais caricato é ler e ouvir declarações bacocas e até estúpidas, que alguma dessa gente importante diz da boca para fora, e que a imprensa logo publica com grande destaque e admiração.

NÃO QUEIRAMOS QUE A CRISE JUSTIFIQUE TUDO

SOCIEDADE

Ultimamente, vá-se lá saber porquê (eu sei), a nossa comunicação social tem dado um relevo exagerado aquilo que os banqueiros dizem, balbuciam, ou simples-mente sonham. Nunca em Portugal se viu como agora, os homens da banca darem tantos “bitaites” sobre a vida política. En-tretanto nada dizem sobre a situação finan-ceira das suas instituições. Que raio de coisa esta…

Tempos atrás, reunidos e a comungaram da mesma ideia de derrubarem o governo de José Sócrates, lá foram eles em excursão até Belém, para gaudio de Cavaco Silva, que previamente criara as condições necessárias e suficientes.

Meio falidos pela péssima gestão que fizeram dos seus bancos e co-responsáveis, senão os primeiros responsáveis, pela crise que atravessamos, lavaram as mãos e apontaram o dedo ao governo como o culpado pela descapitalização e endivi-damento dos seus estabelecimentos. Não tiveram qualquer pudor nem vergonha.

Alcançados os objectivos, que passavam por colocar no poder,neoliberais

bem definidos, esfregaram as mãos de satisfação.

Produziram afirmações de apoio às po-líticas então definidas, e as televisões refor-çaram o aparecimento desses figurões. Po-rém, passado ano e meio, essa mesma gente começa a manifestar sinais de nervosismo, e daí ao disparate, vai um instante.

O Presidente do B.P.I., Fernando Ulrich, que continua afinal sem conseguir reca-pitalizar e credibilizar o seu Banco, veio agora com despudor chocante, defender a realização de eleições em maio de 2013, como forma de sacudir o actual clima de crise política, e saber qual é de facto a sensibilidade dos portugueses face ao atual momento político. E adiantou ainda, a utilidade de eleições de dois em dois anos.

Ora tanta barbaridade, tanta bacorada e tanto disparate ditos por este banqueiro, só nos podem indignar e revoltar. Porque não se dedicará Ulrich mais e melhor à sua actividade? E porquê a comunicação social ouve tanto estes pavões vaidosos que nada nos ensinam?

São estes os tempos que vivemos.

contenção na despesa, que aliás nos parecem pouco consentâneas com a situação sócio-económica da grande maioria dos portugueses.

E de tal modo assim é que o país está a ser palco do maior surto de protestos e manifestações de que há memória há muitos anos, tudo porque o Governo se está a tornar demasiado insensível ao que é a situação da grande maioria dos cidadãos, parecendo até ignorar que somos um país pobre, sem recursos naturais e com uma massa salarial muito abaixo do que cada trabalhador precisava para ter uma vida digna.

É natural que alguns países possam ter tomado medidas semelhantes às nossas na contenção da despesa, só que, segundo informações que possuímos, ainda nenhum nos igualou, só se for a Grécia, e só assim se explica o descontentamento generalizado de que todos nos estamos a dar conta, e aqui não entram em linha de conta declarações dos partidos políticos da oposição, naturalmente consideradas tendenciosas, mas que algumas até poderão não ser, se as compararmos com outras de pessoas tidas desconotadas de qualquer partido politico, embora esta presunção a possamos considerar bastante subjetiva.

Em matéria do que temos vindo a referir, creio que ninguém, por mais bem informado que se julgue, se pode pronunciar sobre medidas em concreto tomadas em cada um dos países atingidos pela crise, nomeada-mente na contenção da despesa, no pres-suposto de que só com medidas drásticas deste teor é que se pode fazer crescer a receita e desta forma se poder sair da crise, visão que parece ser também a do Governo português, como se estivéssemos em presença de uma ciência exata e não houvesse outros fatores a considerar, como por exemplo a nossa situação sócio-económica, que como sabemos é profun-

damente desigual è de outros países, exceto também a Grécia, mas que não é caso para desvalorizar-mos, já que somos também um país dependente, e profundamente desigual na distribuição da riqueza produzida.

Para já, do conjunto de comentários que temos ouvido, e têm sido muitos, e também do que temos lido na imprensa diária e em outros meios de informação, nomeadamente no Facebook, hoje um espaço social ex-tremamente agressivo no caso em apreço, não só para quem escreve como também para os que quase só lêm, a ideia que se retem, e aqui não entra em linha de conta a opinião dos partidos políticos, é que o Governo parece demostrar não ter outra alternativa que não seja “castigar” os portugueses com mais contribuições e impostos, como se a crise fosse uma pana-ceia, um espécie de diagnóstico para salvar todas as nossas dificuldades sócio-eco-nómica.

Se eu, e certamente muitos, que temos o hábito da leitura da imprensa diária, e não só, e bem assim do conhecimento de outra informação que também nos é fornecida, muita dela sem a solicitarmos, seria quase certo termos de entrar aqui em colisão com muitas das opiniões do Governo, quando não é isso que de nenhuma forma queremos nem para tal estamos habilitados.

O nosso papel aqui, em qualquer cir-cunstância, é apenas informar, e é isso que estamos a fazer com liberdade, impar-cialidade e isenção, sem outro interesse que não seja o de poder contribuir, na medido possível, para que o Governo encontre meios de poder governar em paz social, coisa que todos sabemos não estar a acontecer, havendo até já o receio do país poder vir a ser confrontado com uma crise política, o que numa altura destas só serviria para piorar ainda mais a grave situação em que nos encontramos.

25 /2012/10 25/10/2012

A aldeia da Carrapichana, em Celorico da Beira, acolhe nos dias 27 e 28 deste mês, mais uma edição do Festival do Borrego. Um evento organizado pela Confraria do Borrego, com o apoio da Câmara Municipal, que completa este ano seis anos de realizações ininterruptas. Objectivo, “promover, divulgar e celebrar um produto que se assume, pelo seu paladar, como um “autêntico tesouro da gas-tronomia regional”, sublinha a organização.

O «Borrego Serra da Estre-la» é um produto DOP (Denomi-nação de Origem Protegida), proveniente de ovelhas de etnias leiteiras tradicionais da Serra da Estrela: Churra, Mondegueira e Bordaleira Serra da Estrela.

No Sábado o Festival tem animação musical garantida por grupos tradicionais da região, desde as concertinas aos bom-bos, até às tunas e a um concerto com os Galandum Galundaina. Ao final da noite será realizada uma queimada.

No domingo, a manhã começa com uma caminhada, seguida de uma mostra do Cão Serra da Estrela. A que acresce uma animação contínua e o leilão dos borregos. No decorrer dos dois dias as refeições serão confeccionados à base de borre-go. Uma feira de produtos regio-nais, antiguidades e animação infantil com insufláveis, com-pletam as atracções de um pro-grama que, anualmente, faz afluir milhares de apreciadores

do genuíno borrego a Celorico da Beira.

ROTEIRO GASTRONÓMICO

Para que os apreciadores desta típica iguaria serrana possam degustá-la cozinhada de diferentes modos, a autarquia de Celorico da Beira promove, de 29 de Outubro a 4 de Novembro de 2012 o Roteiro Gastronómico do Borrego.

Em dias específicos, os restaurantes aderentes, devida-mente identificados para o efeito, incluem nas suas ementas pratos à base de borrego, todos eles susceptíveis de fazer render até o mais exigente gastrónomo.

FESTIVAL DO BORREGO E FEIRA

DA CASTANHA ANIMAM CONCELHO

DE CELORICO DA BEIRA

«MARCHA DA MULHER DURIENSE» RENDEU850 EUROS AOS BOMBEIROS DE LAMEGO

O êxito organizativo da 3ª Marcha e Corrida da Mulher Duriense que percorreu numa distância de cinco quilómetros as principais ruas e avenidas da cidade de Lamego garantiu a recolha de 850 euros a favor da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de La-mego.

Este valor representa me-tade da receita arrecadada nesta iniciativa com o pagamento das inscrições. A escolha dos “ho-mens da paz” para receberem esta oferta justifica-se “pela sua ação permanente na defesa dos interesses comuns dos lame-censes”.

Em representação da Câma-ra Municipal de Lamego, insti-tuição organizadora da Marcha e Corrida, Margarida Duarte en-tregou o cheque correspondente à direção da Associação Huma-nitária dos Bombeiros Volun-

Enquanto o borrego conti-nua a ser «rei» na Carrapichana, a castanha continua a também a ser «rainha» na aldeia de Prados, com a realização, a 4 de No-vembro, do Festival dedicado ao produto, que já vai na quinta edição. Promovido pela Câmara Municipal de Celorico da Beira e pela Junta de Freguesia, o evento vai ainda promover ou-tros produtos da terra, aprovei-tando as centenas de visitantes que, por esta altura do ano, se deslocam à localidade.

Jogos tradicionais, com um espaço dedicado às crianças; o passeio pedestre «Em busca da moira encantada»; um work-shop de olaria com moldes e pinturas; e a atribuição do pré-mio do concurso «Melhor Doce de Castanha», são algumas das actividades que vão decorrer em Prados, integradas no V Festival da Castanha. A que se junta, de 5 a 11 de Novembro, o Roteiro Gastronómico devidamente as-sinados nos restaurantes aderen-tes à iniciativa.

CASTANHA

É «RAINHA»

EM PRADOS

tários. A Marcha e Corrida da Mu-

lher Duriense, que já se impôs como um evento de referência no país vocacionado para a promoção da saúde, contou este ano, para além de Vanessa

Fernandes, madrinha da inicia-tiva, e Albertina Dias, outros atletas de destaque do atletismo português quiseram marcar presença num cortejo formado por 850 participantes de todas as idades, sobretudo mulheres.

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16/Via Rápida /201225/10SOCIEDADE 9/Via Rápida 25/10/2012 OPINIÃO

Por: José Reis

AMANHÃ JÁ SERÁ TARDE

Os protestos das populações de Lordosa e Calde, que re-clamavam a colocação de mais um médico na Extensão de Saú-de que serve as duas freguesias, no concelho de Viseu, culmi-naram, anteontem, numa altura em que se cerca de 40 utentes se manifestavam junto à sede do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões 1, com o anúncio de que até ao dia 8 de Novembro aqueles serviços ficarão a contar com um novo clínico.

Patrocinados pela Comissão de Utentes, os protestos acen-tuaram-se após a saída de dois médicos da Extensão de Lor-dosa, em Viseu, (de três passou a ter um), o que deixou um nú-

PROTESTOS VALERAM NOVO MÉDICONA EXTENSÃO DE SAÚDE DE LORDOSA (VISEU)

A INTELIGÊNCIA E A ESTUPIDEZ

Por: Carlos Bergeron

Nada é mais verdade do que dizer-se, que em política o tempo tem outro sentido. O que é hoje não é amanhã.

Basta um simples facto com contornos especiais, ou uma situação incomum, pelo menos isso julgada, para se desencadear um processo que conduza a uma alteração profunda do sistema então instituído, e supostamente bem aceite.

E se é assim, para um sistema consolidado e forte, por maioria de razões, isso é uma realidade para a situação política que Portugal atravessa.

Com a coligação P.S.D./C.D.S. que dá ao governo uma confortável maioria absoluta para conduzir o país sem sobressaltos, com as juras de amor eterno entre Passos Coelho e Paulo Portas, com as afirmações incessantes de patriotismo que não se cansaram de propalar, com o incentivo e apadrinhamento de Cavaco Silva, com a aquiescência das forças económicas e sindicais, e sem esquecer, claro, a cola-boração das forças da extrema esquerda representadas na Assembleia da República, estavam criadas todas (e mais algumas) as condições para que este governo governasse.

As muitas promessas eleitorais e a proclamação de medidas que iriam tomar para diminuir as “gorduras do estado” já perfeitamente identificadas por Coelho e Portas, deram aos portugueses a certeza de que Portugal iria encontrar um rumo. Ainda por cima, disseram aos sete ventos, que mais impostos nunca, e por isso, recusaram o famigerado PEC IV. Eles, o P.C.P. o B.E. os Verdes e Cavaco. A solução tinham-na eles na manga.

Os portugueses confiaram e escolheram a direita. Depois veio o período de nojo e Passos Coelho/Relvas juraram que não se iriam escudar nem desculpar com a pesada herança

que eles conheciam perfeitamente quando assinaram o acordo com a troika. Nesse período inicial, diziam-nos que tudo corria às mil maravilhas e que 2013 era o ano de começarmos a respirar depois dos impostos que nos foram aplicando, e que nós, na nossa boa fé, fomos aceitando porque queríamos e precisávamos acreditar.

Só que a miragem chegou ao fim. Não que entretanto não se tivessem levantado já algumas vozes qualificadas denunciando o suicídio das políticas seguidas. Austeridade em cima de austeridade, empobrecer um povo que já é pobre, embora o “outro” diga que é “o melhor povo do mundo”, parece a qualquer leigo e até ignorante, que isso não poderia nunca resultar.

Aumentaram mais os impostos e recolheram menos dinheiro, provocaram um aumento descomunal de desempregos e uma descapitalização enorme da segurança social com os respectivos subsídios atribuídos; as empresas encerram todos os dias e os nossos jovens e não só, são forçados a fazer as malas e ir à sorte tentar ganhar o pão noutras paragens.

E aqui não há qualquer situação ines-perada. Não foi um governante que disse alto e em bom som, por sinal num país estrangeiro, que os portugueses deviam abandonar a sua zona de conforto e procurar alterna-tivas noutros países? O empobrecimento e esta emigração vergonhosa foram perfeitamente planeadas e concertadas por estes neoliberais que nos governam.

A situação é tão embaraçosa e tão im-previsível, que será difícil não admitir a queda deste governo a curto prazo.

Mas se têm a maioria absoluta para im-porem todas as medidas que lhes passam pela cabeça e se a troika e a frau Merkel estão tão satisfeitos com os resultados alcançados, se dizem não governarem ao sabor da con-testação popular, então o que os impede de concluir o mandato.

O principal óbice como todos sabem é a falsa consistência que tem a coligação. Até Já constituíram uma comissão para seguir, apaziguar e coordenar o “casamento” mas todos os dias sentimos que os nubentes estão já divorciados, embora coabitem.

Ainda que o C.D.S. aprove o próximo Orçamento de Estado, está-se mesmo a ver, no que é que tudo isto vai dar.

Ninguém se entende dentro do governo e muito menos entre os barões dos dois partidos. É ouvi-los todos os dias e a todas as horas a criticarem o executivo e a avançaram propostas e soluções as mais contraditórias e antagónicas entre si.

Volto a dizer como á quinze dias. Demitam-se, mas já.

Não se escudem com as consequências da crise política, porque há 19 meses não pensaram nisso. O país e a democracia não deixarão de encontrar, de certeza, uma melhor solução.

Hoje são poucos os portugueses que ainda acreditam nas políticas deste governo e o certo é que a dívida pública portuguesa não pára de crescer elevando-se, no segundo trimestre deste ano, a 198 biliões de euros, o que é verdadeiramente insuportável. Exceptuando o dogmático Vítor Gaspar, mais nenhum economista, digno desse nome, acredita ser possível cumprir as metas do orçamento para 2013.

O “experimentalista” Ministro das Finan-ças já afirmou, aquando da apresentação oficial do Orçamento do Estado para 2013, que ele (e o governo que integra) aprende com os seus erros, em resposta a uma pergunta de um jornalismo que o questionou sobre se ele acreditava nas metas agora propostas para o próximo ano, face aos sucessivos falhanços orçamentais registados em 2012, situação que, teimosamente, Gaspar não explica aos portugueses. Infelizmente Portugal está a ser um tubo de ensaio para Vítor Gaspar, com a

total conivência de Passos Coelho.A linha fundamentalista em que o governo

continua a apostar, para recusar negociar um prazo mais dilatado para o cumprimento das nossas obrigações junto de quem nos empresta dinheiro, é muito sintomático da total impunidade e incapacidade deste governo, para quem a austeridade é para ser cumprida, custe o que custar, como Passos Coelho tanto gosta de afirmar. Ninguém nega a austeridade, mas não deixa de ser menos verdade que Portugal e os portugueses precisam de mais tempo e menos austeridade para poderem viver no linear da dignidade europeia, e vem no seguimento do que pensa Christine Lagarde e o próprio FMI.

Pessoalmente continuo a dizer que o Memorando não é um documento dogmático, e se há alguém que não o está a cumprir é o próprio governo ao querer ser mais troitequista que a troika e assim, continuar a castigar todos os portugueses. Que eu saiba, no Memorando negociado pelo governo de José Sócrates, que o PSD e CDS assinaram, e com o qual concordaram em nome, ou não, dos superiores interesses do país, nunca esteve previsto os cortes dos 13º mês e subsídio de Natal dos funcionários públicos e pensionistas, bem como também ficou consagrado nesse mesmo Memorando que o governo deveria fazer cortes de 80% na despesa pública e 20% na receita. Dois exemplos que deveriam fazer corar de vergonha os deputados que cega e partidari-

amente sustentam um governo que, tei-mosamente, não quer ouvir ninguém e está a ir muitíssimo além do que foi assinado com a troika. Isto é, nós (os do governo) é que somos os únicos bons, os sábios enquanto os outros são… simplesmente os outros!

A cartilha alemã de Vítor Gaspar não con-vence ninguém e muito menos a sua “paga” pelo que está a fazer ao país, pensando no que o país investiu na sua formalção. Como diria o povo, foi você que pediu um poço de três?

Ora o que é preciso, mais do que nunca, é falar verdade aos portugueses e atacar de uma vez por todas a consolidação das contas públicas, num momento em que está con-firmado que as medidas anunciadas para 2012, para se acreditar sair da crise em 2013, como afirmaram Passos Coelho e Vítor Gaspar, falharam e não tiveram o impacto desejado, embora os portugueses estejam a cumprir com tudo o que lhes foi pedido. Que garantias têm agora para 2013? Eu não gostaria de um dia escrever que esta é a imagem da impunidade de um governo incompetente. Por isso, repito, é urgente falar verdade aos portugueses.

O país não pode ser governado por grupos profissionais, o governo não pode ser ter maus assessores e muito menos maus conselheiros, como está a acontecer hoje. O calvário de 2013 vai ser terrível, mas seria menos maus se, ao atingir-se o Gólgota, os portugueses pudessem ver uma luz ao fundo do túnel que, neste momento, está apagadíssima.

mero considerável de pessoas sem médico de família, e a única médica que ficou não conseguia responder a todas as situações, limitando-se a atender os utentes da sua lista. Dezenas de pessoas não conseguiram a marcação de consultas, mesmo estando em graves condições de saúde.

Na tentativa de conseguirem uma consulta, havia pessoas que se dirigiam à Extensão de Saúde de Lordosa a partir da 1 hora da madrugada, chegando a esperar no local entre 5 a 10 horas. E quando tinham a sorte de ser atendidas ouviam muitas vezes, a “frustrante” resposta dos ser-viços: ”não há vaga” ou “não há médico” ou ainda, “volte cá ou-tro dia”, denunciava a Comissão

de Utentes dos Serviços Pú-blicos de Saúde daquelas duas freguesias, liderada por Ilídio Martins.

Mesmo em situações de extrema e óbvia necessidade os utentes eram encaminhados para o Hospital, sem consulta, onde o sistema de urgências, em consequência desta desarti-culação geral do Serviço Nacio-nal de Saúde, “rebenta pelas costuras”, obrigando muitas ve-zes as pessoas a recorrer a ser-viços privados com enormes custos para os cada vez mais magros orçamentos familiares.

A Extensão de Saúde de Lor-dosa serve uma população resi-dente, e significativamente en-velhecida, de 4.000 habitantes,

distribuída pelas freguesias de Calde e de Lordosa.

A Comissão de Utentes da Extensão de Saúde Lordosa entregou na última terça-feira, na ACES Dão Lafões I, um abaixo-assinado com 1.500 assinaturas a reivindicar a colocação de mais três médicos naqueles serviços. Uma pre-tensão que acabou por ser par-cialmente atendida, passando o novo médico a deslocar-se a Lordosa dois dias por semana, ficando a médica, actualmente ao serviço, a atender a tempo inteiro. “Um remedeio”, conclui a Comissão de Utentes, que dá o “benefício da dúvida” em relação à prometida avaliação da sua situação até ao final do ano.

ESCOLA PROFISSIONAL DE TONDELA PREMIOU O MELHOR ALUNO

A cerimónia simbólica do arranque do ano lectivo 2012-/2013, na Escola Profissional de Tondela (EPT), que encheu o auditório 1 da ACERT, ficou marcada com a entrega de um prémio monetário ao melhor aluno do ano anterior. O contemplado foi Pedro Miguel Matos Pires Crisóstomo, da turma do Curso de Técnico e de Informática de Gestão 09 que, para além do diploma de mérito, recebeu ainda um cheque de 500 euros.

Num estabelecimento de ensino que conta actualmente com cerca de quatro centenas de alunos, o director da Escola, Miguel Rodrigues, apresentou o exemplo do Pedro Miguel como um “forte incentivo aos menos empenhados”, concluindo que “iniciativas como esta devem parte do quotidiano das nossas escolas, como forma de desen-volver uma cultura de mérito que contribua para a motivação de toda a comunidade escolar”.

Presente na cerimónia, o vice-presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António de Jesus, sublinha o facto de “ano após ano, haver um cada vez maior de alunos a pretender frequentar a EPT, o que vem demonstrar que esta Escola está a cumprir cabal-mente a sua missão, e a dar as-sim um contributo insubstituível no desenvolvimento deste ter-ritório”.

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8/Via Rápida OPINIÃO 17/Via RápidaSOCIEDADE 25/10/2012 25/10/2012

OS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE DE GESTÃO

APLICADOS AO ESTADO NÃO AJUDAVAM?A Contabilidade de Gestão é um ramo da

contabilidade que visa preparar informação que ajude a gerir as organizações, avaliando as actividades que estas realizam, o seu contributo para os objectivos da organização e os recursos afetos a cada uma delas.

O gestor, em função dos recursos disponíveis, ou que consegue angariar, afeta-os de um modo racional às actividades que melhor e mais contribuem para a missão da organização. Se afetar recursos a menos arrisca a que os objetivos não sejam cumpridos, se afeta recursos a mais é ineficiente.

Dentro de alguns dias, após o falso alarme que ocorreu há pouco menos de um mês, iremos ser “surpreendidos” com as novas medidas que o Orçamento Geral do Estado irá contemplar para 2013, tendo em vista corrigir os desequilíbrios da nossa economia e, consequentemente, dar confiança aos credores para continuarem a financiar-nos.

Em boa verdade não haverá grandes surpresas no tipo de medidas a adotar, tendo em conta o que se fez (ou o que se não fez), na gestão do Estado. A surpresa só será na dimensão.

Há pouco tempo, consultei os mapas da execução orçamental, publicados pela Direção Geral do Orçamento e pelo INE e que evidenciam que mais de 45 % das despesas da Administração Pública se referem a despesas com pessoal e mais de 23 % se referem a prestações sociais (dados provisórios relativos a 2011). O resto da despesa são juros (inevitáveis face ao montante da dívida e ao risco associado), consumos intermédios, já de si muito “espremidos”, tendo em conta as sucessivas racionalizações dos últimos anos, e despesas de capital (investimento) que também,

Numa altura em que a educação financeira se assume cada vez mais importante na vida dos cidadãos, é com agrado que se regista esta iniciativa, sobretudo porque envolve os alunos do ensino básico e secundário.

Em que consiste esta iniciativa?O “Concurso Todos Contam” constitui uma

iniciativa do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (constituído pelo Banco de Portugal, pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários e pelo Instituto de Seguros de Portugal), com o apoio do Ministério da Educação e Ciência, desenvolvida no âmbito do Plano Nacional de Formação Financeira, que visa premiar os melhores projetos de formação financeira que irão ser implementados nas escolas

na conjuntura actual, estão a ser levadas ao mínimo.

Creio que por aqui se poderá interpretar (o que não é a mesma coisa de compreender) a razão de os governos terem esta tendência de aumentar impostos e, no que respeita a diminuir despesa, fazê-lo com a redução das despesas com pessoal e com a redução das prestações sociais. Ou seja, numa visão simplista da situação, verificam que quase 70 % da despesa é com pessoal e prestações sociais e concluem então que é aí que tem que cortar, sem atender às funções/actividades que são realizadas e para quê.

Portanto, para este ano, também será previsível que com o “fadiga fiscal” as prestações sociais e, para algumas camadas da população, que possam ainda não estar suficientemente “fatigadas”, as reduções de rendi-mento via impostos, serão a receita para a resolução dos males da economia.

Não tinha nem tem que ser assim, especial-mente quando já lá vão mais de quinze meses nesta legislatura. Começa até a ser contrapro-ducente, pois o emagrecimento continuado é anémico e quando forem necessários recursos para “apanhar” a fase ascendente do ciclo econó-mico o Estado vai estar debilitado para agir de acordo com os interesses da economia, tal será o esvaziamento de competências e capacidades em que se encontrarão a maioria dos seus serviços.

Reduzir os gastos de um modo indiscri-minado (lógica horizontal) preocupando-se só em ver o que tem mais efeito imediato no objetivo entendido como principal, emagrece as estruturas mas torna-as mais débeis para responderem a novos desafios.

Há é que reduzir os gastos em função de um

ALMAS DEPENADAS

Num assomo degenerativo, verbalizado em discurso parlamentar de intencional convicção, um credibilizado ministro, rematou a pretexto da necessidade pátria em afinar as finanças, que não havia lugar à abertura de estados de alma. Não havia lugar, nem espaço, nem tempo, atrevo-me eu, rasteiro cidadão, a acrescentar.

Esta ideia, aparentemente atual, pode ser encontrada nos confins da história, quando Margaret Thatcher, resumiu a situação, de forma exemplar: “a economia é o método, mas o objetivo é mudar alma.” Ah grande mulher, disseste tudo… e mais alguma coisa.

Quando o Estado e os seus legítimos representantes, querem suspender a alma,

ESPECTADOR COMPROMETIDO

Por: José Lapa

mudá-la, ou até exterminá-la, está tudo dito, ou quase. E, confesso, pode parecer uma distração, um erro de comunicação, ou até desvio linguístico, ou mesmo, mau planeamento discursivo, mas que é motivo para preocupação, é.

Mas, na verdade percebe-se, que a alma possa ser considerada um perigoso elemento desestabilizador. Atente-se, o que sobre a alma escrevem, Jean Chevalier e Alain Cheerbrant, no seu magnífico Dicionário dos Símbolos (Teorema, 1994): “Pelo seu poder misterioso, sugere uma força sobre-natural, um espirito, um centro energético. Afirmar a existência da alma, entretanto, provoca reações opostas.” Entendem, que quem tenha por missão a ideologia, valorize o receio de soçobrar perante a alma ou as almas. Nunca obliterando, a famosa máxima pessoana, de que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena.” Perigoso… hem!!!

Ora, a alma é uma identidade. Outro crime, o sujeito ter força identitária. Nos dias que correm, a apartação (separação de grupos sociais) tomou conta do nosso modus vivendi. Resultado, a indiferença ganhou força de lei: “Antes da apartação os homens indignavam-se diante da miséria alheia. Com, a apartação a miséria é aceite como algo natural. A indiferença passa a ser uma característica psicossocial generalizada, tanto dos incluídos como dos excluídos.” (Cristovam Buarque – Admirável Mundo Atual: Terramar, 2004). Sendo assim, a indiferença, tornou-se

argumento e fronteira, da conceção dos quotidianos, em tempos de crise. Há muito desemprego? É natural. Há pessoas com fome? É natural. O social é despesista? É, portanto, corte-se. O empobrecimento é uma política estrate-gicamente correta? É, aplique-se. A natura-lidade da indiferença.

Daí que tirar espaço à alma, a quem a tem, seja absolutamente estratégico, para levar a bom porto a recuperação da econo-mia. Bravo, estou a apreender umas coisas.

Há pois, que tirar espaço, à alma, essa fonte intelectual e moral, que define uma existência. Tudo, porque, a diferença conti-nua a ser um incomodo e, incomodativa, pas-se a redundância.

Já agora, porque faz todo o sentido no texto, deixem-me lembrar Manuel António Pina, um dos grandes estados de alma lusos: “Somos feitos (oxigénio, hidrogénio, carbo-no, azoto) de outros, de todos os outros, des-de a primeira informe bactéria. E das pala-vras e da memória (a memória cultural e so-cial como a memória biológica) dos outros. Talvez devêssemos, pois, ser um pouco mais humildes quando dizemos 'eu'. E, matéria de estrelas que somos, como diz Carl Sagan, mais atentos àquilo que, no 'outro' (animais, plantas, matéria orgânica e inorgânica), é 'nós'.” (Nós, os outros, in Por Outras Pala-vras & mais cronicas de jornais – Modo de Ler, 2010).

Somos hoje almas penadas e depenadas, porque, desistimos dos nossos estados de alma.

O ‘ CONCURSO TODOS CONTAM’’‘

plano que defina as funções que o Estado deve/tem que realizar (lógica vertical) e quais as que deve/tem que deixar (seja porque não cabem nas suas funções, seja porque não temos recursos para as executar pelo Estado), assumindo, neste último caso, o papel de regulador/fiscalizador.

Outra técnica aplicada pela Contabilidade de Gestão (benchmarking – comparação com as melhores práticas noutros Estados) também pode ajudar.

As funções que deixarem de existir, em função do plano, deixam de ter recursos e aquelas a que o Estado se compromete, serão geridas com os recursos necessários e suficientes para serem realizadas com competência.

O caso da Defesa Nacional, que há poucos dias andou na imprensa é exemplo, paradigmá-tico do que se refere: A notícia relatava que irão ser reduzidos 500 elementos das forças armadas. Não se ouviu nada sobre redução de objecti-vos/missões. No entanto, os recursos vão ser reduzidos e, presume-se, mantendo os todos os objectivos que serão executados de um modo um pouco menos exemplar ou com sacrifício adi-cional de alguém.

O que se tem é que definir os objetivos em termos de segurança nacional, depois os técnicos (leia-se militares) intervirem para dizerem os recursos necessários para cumprir aqueles objetivos e em função e dos recursos que se decide afetar, proceder-se aos ajusta-mentos.

Fazer cortes numa lógica horizontal, anos sucessivos, não poderá trazer bons resultados e traduzirá, a prazo, a afetação ineficiente dos re-cursos, pois nem serão suficientes para cumprir os objectivos que se pretende, nem os mesmos, por falta de recursos, poderão ser cumpridos eficazmente.

A Contabilidade de Gestão ajuda as organi-zações avaliarem os recursos que aplicam e onde os aplicam (funções/actividades/segmentos, o que seja), ponderando o seu contributo, maior ou menor, para o objectivo principal (em organi-zações económicas, em grande parte o resultado). Realizar actividades de modo pouco eficiente ou com os recursos desadequados, não é a solução.

O esforço que se pede aos cidadãos, de au-mento de impostos e redução do rendimento, deveria/deverá servir como almofada temporária para este trabalho de repensar e racionalizar o Estado, em função dos recursos que é razoável pedir aos cidadãos e das funções que a sociedade quer que o Estado assegure, seja realizado.

Não fazer isto, ou continuar a adiar fazer isto, começa a ser eternizar um estado de “fadiga” que qualquer dia deixa de ser só fiscal para tender para ser geral. Em sintonia com o presi-

dente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Polité-cnicos (CCISP), João Sobrinho Teixeira, relativamente aos cortes previstos no Orçamento de Estado para as instituições de ensino superior, o presidente do Instituto Superior Politécnico de Viseu, Fernando Sebastião, ma-nifesta-se preocupado com os cortes ao financiamento da Ins-tituição, que resultarão numa redução da dotação orçamental, em cerca de 1,5 milhões de eu-ros.

Com o agravamento ocorri-do recentemente em mais 8% no Orçamento de Estado, adiciona-do ao corte inicial acordado de 3,2%, resulta num impacto ne-gativo para as instituições de en-sino superior de mais de 11%. “No que tange ao Instituto Poli-técnico de Viseu (IPV), o impa-cto negativo destas medidas representa cerca de 1,5 milhões de euros a menos na dotação orçamental do Instituto para o ano de 2013”, reconhece Fer-

nando SebastiãoSegundo o dirigente, “este

último agravamento nos cortes (8%) se deve à reposição das verbas referentes ao subsídio de Natal e ao aumento de 5% da Caixa Geral de Aposentações, cujo montante global da despesa atingirá os 1,9 milhões de euros, recebendo a instituição somente 900 mil euros) para essas ru-bricas”.

O Presidente do IPV conclui ainda que com os cortes orça-mentais verificados nos últimos anos, o Instituto Politécnico de Viseu vai receber do Orçamento Geral do Estado em 2013 menos 5,6 milhões de euros do que recebeu em 2010. Ou seja, em três anos, o IPV sofreu uma redução de mais de 25% do seu financiamento por parte do Orçamento Geral do Estado.

“Como é compreensível, os sucessivos cortes orçamentais acarretam enormes dificuldades na gestão orçamental do Instituto Politécnico de Viseu”, avisa Fernando Sebastião.

POLITÉCNICO DE VISEU COM MENOS1,5 MILHÕES DE EUROS DE DOTAÇÃO ORÇAMENTAL

durante o ano letivo de 2012/2013.A quem se dirige este concurso?Este concurso dirige-se aos agrupamentos de

escolas, escolas não agrupadas, assim como a estabelecimentos de ensino particulares e cooperativos que ministrem o ensino básico e secundário.

Que características devem apresentar os projetos a concurso?

Os projetos a concurso deverão: sensibilizar para a importância dos conhecimentos financeiros no quotidiano, desenvolver conhecimentos e capacidades financeiras nos alunos, promover comportamentos e atitudes financeiras adequados, promover a criação de hábitos de poupança e estimular a utilização dos

conteúdos e recursos disponíveis no Portal “Todos Contam”.

Que critérios de avaliação e valorização serão adotados?

Os projetos a concurso serão avaliados tendo em conta a sua qualidade pedagógica e científica, a sua criatividade e relevância, o envolvimento da comunidade escolar, a sua viabilidade e exequibilidade e a utilização do Portal Nacional de Formação Financeira “Todos Contam”.

Até quando deverão ser enviados os projetos a concurso?

Os projetos deverão ser submetidos até ao dia 19 de outubro deste ano, através do endereço eletrónico [email protected], para serem avaliados pelo Júri de seleção.

Quais os prémios a atribuir? O concurso irá atribuir quatro prémios (um

por cada ciclo do ensino básico e um para o ensino secundário). Cada prémio corresponde a livros e materiais escolares no valor de 1.000 euros, sendo metade atribuído no Dia Mundial da Poupança (31 de outubro) e o restante após o relatório de implementação do projeto.

Contactos úteisAs escolas interessadas em enviar projetos a

concurso poderão obter mais informações, nomeadamente o regulamento do concurso e a Ficha de Projeto, no Portal do Plano Nacional de Formação Financeira (www.todoscontam.pt) e no sítio de Internet da Direção Geral da Educação (www.dgidc.min-edu.pt).

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18/Via Rápida CULTURA 7/Via RápidaREGIÃO25/10/2012 25/10/2012

ONZEJOVENSPINTARAMVOUZELANA BIENALDE ARTE

A quinta edição da Bienal Internacional de Arte Jovem, em Vouzela, contou com a parti-cipação de 11 alunos e 7 pro-fessores vindos da Roménia, Ucrânia, Rússia, Índia, Sérvia e Hungria. No final, e após uma semana de trabalho, entregaram 60 trabalhos à Câmara Muni-cipal, promotora da iniciativa.

Pela primeira vez, a autar-quia decidiu atribuir prémios aos três melhores trabalhos e menções honrosas. “Foi uma forma que encontrámos de motivar e estimular ainda mais a criatividade destes jovens”, considera Telmo Antunes, Presi-dente da Câmara de Vouzela.

Os primeiro e segundo pré-mios foram atribuídos à escola da Rússia e o terceiro prémio à escola da Ucrânia. As menções honrosas foram para a Sérvia, Hungria e Roménia.

Depois de inventariados, os 60 quadros da 5ª Bienal Inter-nacional de Arte Jovem vão es-tar patentes no Museu Muni-cipal de Vouzela.

8º TORNEIO DA OMDO CLUBE DE GOLFE DE VISEUPor: Álvaro Marreco

Para além do clube organi-zador, estiveram representados na prova o C. G. Centro, Quinta das Lágrimas, Curia e Nortada, totalizando a meia centena de participantes. O bom tempo aliado à excelência dos greens, prometiam os ótimos resultados que se vieram a verificar.

José Caprichoso “dinami-tou” a classificação net, ao en-tregar um cartão com 41 pontos. Seguiram-se, o “regularíssimo” Carlos Rodrigues e o José Cabral com 40, Carlos Almeida Rodrigues (1º sénior) 38, José Loureiro 36 e José Gonçalves, João Navega e José Pinto todos com 35.

Na classificação real, o João

Navega voltou a aparecer no lugar mais alto do pódio desta vez com 25 pontos, fruto de 1 birdie, 9 pares, 4 bogeys, 3 duplos e 1 triplo e foi seguido pelo Carlos Rodrigues 23, José Pinto e Carlos Tinoco 21 e José Santos, José Marques e José

Loureiro todos com 19.Foram ainda galardoados, a

Elisabete Pinto (1ª senhora), António Sanganha por ter obtido a pancada mais longa e o Ri-cardo Abrantes por ter colocado a bola mais perto da bandeira do buraco 12.

As unidades de urgência do Centro Hospitalar Tondela – Viseu (CHTV), estão a dis-ponibilizar aos utentes que acorrem a estes serviços, uma informação escrita sobre os custos dos actos praticados. A medida, em vigor desde o dia 17 deste mês, tem como objectivo, a exemplo do que acontece a nível nacional, dar a conhecer aos cidadãos, “de modo trans-parente”, os valores inerentes à prestação de serviços e cuidados de saúde disponibilizados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A informação sobre os «Custos de Cuidados de Saúde» prestados nas urgências do Hos-pital de S. Teotónio em Viseu, e no Hospital Cândido de Figuei-redo, em Tondela, deverá ser alargada, segundo a adminis-tração do CHTV, a outros ser-viços da unidade hospitalar, no-meadamente ao ambulatório da Consulta Externa, Hospital de Dia e Internamento.

INFORMAÇÃO SOBRE «CUSTOS DOS CUIDADOSDE SAÚDE» DISPONÍVEL NAS URGÊNCIAS HOSPITALARES

Berta Rodrigues, adminis-tradora do Serviço de Doentes do CHTV, sublinha que a me-dida “pretende aumentar a participação dos utentes e a sua consciencialização para a utili-zação racional e adequada da-quele serviço público”. A infor-

mação sobre os «Custos de Cui-dados de Saúde» praticados é descriminada num impresso próprio onde constam, desde a admissão nas Urgências até à alta, todos os tratamentos e aná-lises, com o valor correspon-dente a cada item (montante

pago pelo utente e o valor pago pelo SNS), com a diferença a reflectir-se na soma das duas rubricas.

A medida, “estritamente informativa”, não implica qual-quer pagamento pelo utente do Serviço Nacional de Saúde.

DESPORTO

Carlos Tinoco, presidente do Clube de Golfe de Viseu, acaba de se sagrar campeão do clube na modalidade match-play net. Na final aprazada para 36 buracos - onde derrotou o Carlos Alves - terminou com 7&6 no buraco 12, ao fim de 30 buracos. Antes, já tinha ultrapassado o Paulo Loureiro, Pedro Almeida e Bruno Melo.

Carlos Tinoco dedicou esta vitória ao saudoso João Vinagre, que era o campeão em título.

TINOCOCAMPEÃO

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6/Via Rápida OPINIÃO 19/Via RápidaDESPORTO /201225/10 25/10/2012

ATLETAS DA CASA DO POVO

DE MANGUALDE SAGRAM-SE CAMPEÕES

Os atletas da Casa do Povo de Mangualde que participaram no Campeonato de Portugal de Cross Curto, Cátia Almeida (no escalão sénior feminino) e Cris-tiano Pereira (no escalão júnior masculino) conquistaram o pri-meiro lugar do pódio, arreca-dando o título de campeã e cam-peão de Portugal, respectiva-mente. Resultados muito satisfatórios foram também alcançados por Sérgio Rafael e João Azevedo, que conquista-ram o 3º e o 4º na categoria de Síndrome de Down Masculina.

A iniciativa, organizada pela ANDDI - Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Intelectual, decorreu no Parque dos Marmelos, em Oliveira do Hospital e contou com a parti-cipação de cerca de 60 atletas. Simultaneamente realizaram-se a “Taça Nacional de Corta-Mato ANDDI” e o "XXIII Corta-Mato ARCIAL".

A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA

GOLPE DE VISTA

(Secção da responsabilidade do Núcleo de Viseu de “OLHO VIVO - Associação para a Defesa do Património

Ambiente e Direitos Humanos”)

Nota: Críticas e sugestões para a Associação OLHO VIVO,telefone: 912522690 - [email protected]

olhovivoviseu.blogspot.com

A Rede Europeia Anti-pobreza estima que o número de pobres em Portugal pode chegar a 3 milhões de pessoas nos pró-ximos tempos.

Este número é calculado com base nas projeções feitas por várias instituições no ter-reno. As crianças, os idosos e o aumento dos suicídios são agora as grandes preocupações.

De acordo com os dados do INE, 1/5 dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês e 32% da população activa, entre os 16 e os 34 anos seria pobre se dependesse apenas do seu trabalho. Sem as pensões de reforma e as transferências soci-ais do Estado, como o subsídio de desemprego e o Rendimento Social de Inserção (RSI) o nú-mero de portugueses em risco de pobreza subiria para mais de 4 milhões.

Por isso, não é de espantar que José Carlos Pinto, que ape-nas recebe 254 euros de subsídio de invalidez, com início em 7.04.2012, procure melhorar os seus rendimentos com uma das poucas iniciativas de “empre-endorismo empresarial” reser-vada aos mais excluídos da so-ciedade: arrumador de auto-móveis.

Encontrava-se no exercício desta actividade, no Campo de Viriato, quando, no dia 25 de Junho deste ano, foi autuado por um agente da PSP, por estar a exercer a actividade de arruma-dor de automóveis sem licença, o que constitui “contraor-denação punível com coima graduada de 60 euros até ao máximo de 300 euros”, segundo reza o ofício que recebeu posteriormente da Câmara Municipal de Viseu, referente ao Processo de Contraordenação, assinado pelo Vereador Hermí-nio Magalhães, por competência delegada pelo Presidente Fernando Ruas. Sem licença, o José Carlos foi vítima de um Auto de Apreensão de 107,70 euros em moedas que tinha no bolso.

Soubemos, entretanto, que o senhor vereador já prometeu

restituir-lhe o dinheiro apre-endido. E não faz mais do que é de justiça, uma vez que o di-nheiro não foi roubado. A Câ-mara Municipal de Viseu sabe que o José Carlos Pinto, que já trabalhou como varredor do município, é honesto e bom trabalhador.

Em época de crise é estranho que as autoridades criminalizem quem anda a pedir, ou a prestar um serviço ainda que dispen-sável, mesmo sem licença. Aliás, os arrumadores de Viseu, fartos de serem autuados, já se

queixaram ao jornal Via Rápida de as autoridades não os infor-marem como e onde podem pedir a licença. Contactado pelo Via Rápida, o vereador Her-mínio Magalhães “mostrou-se sensibilizado, para analisar o caso” (Via Rápida de 26.07.-

2012), mas até hoje nada. O José Carlos Pinto encon-

tra-se internado no Hospital de Viseu devido a uma infecção. O dinheiro que lhe apreenderam não faz falta à CMV, mas deve dar-lhe jeito para pagar os medicamentos.

O Clube Náutico de Caldas de Aregos estreou-se da melhor maneira na prova de Motonáu-tica «Fórmula Futuro» realizada na Pala, Ribadouro, concelho de Baião, sob a égide da Federação Portuguesa de Motonáutica. Após quatro semanas de treinos, os pilotos que integram a equipa, recentemente criada, obtiveram excelentes prestações, desta-cando-se os pódios completos nas classes 1 e 3 e, ainda, a vitó-ria na classe 5.

Na classe 1 (8/9 anos) Gabri-ela Guimarães conquistou o pó-dio, seguida por Gonçalo Teixei-ra e Hugo Piedade que ficou em terceiro lugar. Na classe 3 (12/13 anos) Samuel Rabaça con-quistou o primeiro lugar, seguin-do-se Pedro Rafael Cardoso e William Júnior Dias. Inês Pe-reira alcançou o 5.º lugar na classe 4 (14/15 anos) e na classe 5 (16/18 anos) António Rodri-gues ficou classificado em 1.º lugar, enquanto João Sá alcan-çou a 4.ª posição.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Resende, António Borges, congratula-se com o êxito alcançado pelo Clube Náutico de Caldas de Aregos e assegura que o município está empenhado na implementação da motonáutica no concelho, já que “a prática desta modalidade vem confirmar a qualidade de Caldas de Aregos para a prática de desportos náuticos, sendo

PILOTOS DE RESENDE SUBIRAM AO PÓDIO

NA «FÓRMULA FUTURO» EM MOTONÁTICA

que este tipo de iniciativas per-mite promover as potencialida-des turísticas de um concelho como o de Resende”.

O projeto de implementação da motonáutica no concelho de Resende resultou de uma par-ceria conjunta do Município de Resende, Federação Portuguesa de Motonáutica e Clube Náutico de Caldas de Aregos, na se-quência da Ação de Formação da Fórmula Futuro realizada em Caldas de Aregos, em julho deste ano, e na qual foi selecio-

nada uma piloto de Resende (Gabriela Guimarães) para par-ticipar no Campeonato do Mun-do.

A participação de Gabriela Guimarães na prova mundial constituiu um incentivo à prática desta modalidade, juntando-se as excelentes condições, quer naturais quer ao nível de infraes-truturas, que Caldas de Aregos proporciona. No âmbito desta parceria, a Federação Portugue-sa de Motonáutica, para além de disponibilizar duas embarca-

ções ao Clube para a prática da modalidade, realizou uma ação de formação com os técnicos do Clube e assegura apoio técnico contínuo ao longo do ano.

Ao Clube Náutico de Caldas de Aregos compete a captação e a formação dos jovens pilotos, incluindo a promoção da sua participação em provas, bem como a colaboração necessária com a Federação na realização dos estágios da Selecção Nacional, preferencialmente em Caldas de Aregos.

Page 20: Edicao 25-10-2012

20/Via Rápida 25/10/2012DESPORTO 5/Via Rápida 25/10/2012 REGIÃO

A vontade de apresentar uma nova estratégia de abordagem ao Gira-Volei e a melhoria do pro-cesso de formação dos jovens que disputam esta modalidade são os principais objetivos da ação de formação para monito-res de Gira-Volei que decorrerá na cidade de Lamego, a 15 de novembro próximo. Os destina-tários desta iniciativa são, sobre-tudo, professores de Educação Física e alunos da área de des-porto. As inscrições são gratui-tas.

Organizada pela Câmara Municipal de Lamego e pela Lamego ConVida, EEM, em parceria com a Federação Portu-guesa de Voleibol (FPV), esta atividade pedagógica decorrerá no auditório da Escola Básica e Secundária da Sé, com interven-ções de Carlos Prata e Leonel Salgueiro, técnicos superiores da FPV. Para além de uma componente teórica, durante a qual serão explicadas as técnicas de passe, os pressupostos meto-dológicos e os quadros competi-tivos e a sua aplicabilidade, ha-verá uma sessão prática com a realização de uma aula-tipo des-

ta modalidade. Os interessados devem enviar a inscrição dispo-nível para download em www.-cm-lamego.pt para o seguinte endereço de email: [email protected].

Jogo fácil e divertido, o Gi-ra-Volei é normalmente jogado por jovens com idades com-

preendidas entre os 8 e os 15 anos, através de um sistema 2X2 que permite uma aprendizagem progressiva das técnicas de Voleibol. Lamego é um dos mu-nicípios com mais atletas fede-rados do país e conta, entre os mais jovens, com várias cen-tenas de praticantes, bene-

ficiando de uma forte tradição desta modalidade nos estabe-lecimentos de ensino do con-celho. Nesta variante, a Escola Básica e Secundária da Sé, o Liceu Latino Coelho, o Colégio de Lamego e a Escola EB 2/3 já se destacam no panorama na-cional.

JOÃO

FIGUEIREDO

NOMEADO PARA

O CINCO IDEAL

Por: Jorge Duarte

Em mais uma edição da Fei-ra de São Mateus, a Associação de Basquetebol esteve presente com a organização de vários e-ventos desportivos. Nomea-damente no Convívio de Minis, Street basket Sub 14, Acção de Formação subordinada ao tema " Sustentabilidade de Um Pro-jecto para um Clube de Basque-tebol em que foi orador o profes-sor Carlos Vaqueiro.

O ponto alto destas activi-dades foi a disputa do XXIV Torneio Feira de S Mateus - Sub 18 Masculinos, no qual a ASS Gumirães teve uma boa presta-ção, quer colectiva como indivi-dual. Com destaque para o ca-pitão João Figueiredo (na foto acompanhado por Cláudia Fer-reira vogal do CAD), que ao sa-grar-se como o melhor marcador e eleito o MVP do Torneio, aca-bou por ser nomeado para o «5 ideal».

MONITORES DE GIRA-VOLEI

TÊM FORMAÇÃO GRATUITA EM LAMEGO Dos cinco tribunais que no país foram poupados a um encerramento inicialmente pre-visto na reforma judiciária, dois são no distrito de Viseu: em Nelas e Sátão, os concelhos que conseguiram fazer valer os seus argumentos, sendo assim retirados da lista da proposta final do Ministério da Justiça, a par de Valpaços, Almodôvar e Vila Nova de Foz Côa. O mesmo não acontece em relação aos tribunais de Armamar, Castro Daire, Resende e Tabuaço, cuja decisão de encerramento se mantém.

Para o presidente da Câmara Municipal de Sátão, Alexandre Vaz, “foi feita justiça, depois de muita luta, com responsabili-dade, direito e dever em defen-der os superiores interesses do concelho”, reconhece, subli-nhando que, além de não en-cerrar, o Tribunal de Sátão ainda vai receber um reforço, tendo na sua alçada os concelhos de Pe-nalva do Castelo e de Vila Nova de Paiva. É uma vitória de todos satenses”, conclui.

Isaura Pedro, presidente da Câmara Municipal de Nelas, congratula-se com a decisão, uma vez que a versão anterior da organização judiciária continha “erros em relação aos recursos humanos”. Um argumento apre-sentado nas sucessivas reuniões mantidas com a tutela, a que acresce o facto de Nelas ser um concelho “muito industria-lizado, e onde o acesso à justiça constituiu um factor de compe-titividade para as empresas”. Para além de não encerrar, o Tribunal de Nelas passa a abranger também o concelho de Carregal do Sal.

Segundo o projecto de decreto-lei Regime de Organi-zação e Funcionamento dos Tribunais Judiciais, a diminui-ção de 54 para 49 tribunais a extinguir, surge na sequência de um processo de audições, con-sultas públicas e características das comarcas, que termina a 31 de Outubro. Na actual proposta estão estão previstas secções de competência genérica para Cinfães, Lamego, Mangualde, Moimenta da Beira, Nelas, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, Tondela e Viseu, e ainda secções de proximidade para Oliveira de Frades, S. João da Pesqueira e Vouzela.

Em Castro Daire, onde a luta pela manutenção do Tribunal tem mobilizado a Câmara, populações e a própria Ordem dos Advogados, o presidente da autarquia, Fernando Carneiro denuncia “interesses parti-dários” na decisão de encerrar aquele serviço, e garante que “não vai baixar os braços”.

NELAS E SÁTÃO MANTÊM TRIBUNAIS

Page 21: Edicao 25-10-2012

4/Via Rápida 25/10/2012REGIÃO 21/Via Rápida 25/10/2012 DESPORTO

MAIS DE 15 EMPRESAS ESTÃO A FECHARAS PORTAS POR DIA NO DISTRITO DE VISEU

O distrito de Viseu registou, entre Janeiro e Setembro deste ano, um dos mais graves aumentos na taxa de incidência de acções de insolvência, com o encerramento de 140 empresas, o que dá uma média de mais de 15 por dia. Um número que representa, segundo o «Estudo das Insolvências e Constituições de Empresas» em Portugal, elaborado pela Coface, um aumento de 42,9 por cento face ao mesmo período de 2011, ano em que fecharam as portas 98 empresas.

A agravar o aumento dos encerramentos pela via da insolvência, a que não está alheia, segundo alguns observa-

dores, a introdução de portagens nas A24 e A25, o distrito de Viseu sofreu também, até ao final do terceiro trimestre deste ano, uma redução de 18 por cento na constituição de novas empresas. Até Setembro foram constituídas 611, menos 134 que em igual período de 2011.

Os deputados de Viseu do Partido Socialista, Acácio Pinto, José Junqueiro e Elza Pais, já analisaram estes números e concluem que a decisão do Governo em acabar com as isenções nas ex-SCUT que atravessam a região irá “agravar intensamente esta situação, porque contribui para agravar os custos de produção”. Para além

www.jornalviarapida.comSede e Redacção: Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 55-3.º dto • 3500-071 ViseuContactos: Tel. - 232426058 • Telem. - 966061468 • Fax - 232426058 • E-mails - [email protected] - [email protected]

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das portagens, argumentam ainda, “o IVA máximo nas ener-gias, gás e electricidade, na res-tauração e em produtos essen-ciais, bem como o fim de todos os incentivos fiscais às PMEs, revelam-se também arrasa-dores”. Em declarações ao «Diário de Viseu», e confron-tado com os indicadores “preo-cupantes” para o distrito, reve-lados pelo estudo da Coface, o presidente da AIRV – Associa-ção Empresarial da Região de Viseu, João Cotta, não tem dú-vidas que em 2013 a situação “será ainda pior se o Orçamento de Estado for aprovado”.

Segundo o dirigente, as em-presas do interior que procuram

ARRANQUE PROMISSORDOS NADADORES INFANTIS DO ACADÉMICO DE VISEU

Por: Irene Frias

Começou a época para a equipa de Infantis do Acadé-mico de Viseu, com o Torneio de Abertura, nas piscinas da Mealhada. Não podia começar melhor, tendo como melhor performance nas suas fileiras, Cláudia Martins, que “arran-cou” duas vitórias, sendo a mais forte nos 400 Estilos e 400 Li-vres.

Na deslocação à Mealhada os viseenses levaram uma co-mitiva de 13 nadadores infantis, sendo a “primeira vez” para nove deles. Na prova estiveram João Teixeira, João Domingos, José Teixeira, Eduardo Almeida, Gonçalo Cunha, Carlos Ferreira, Cláudia Martins, Viviana Pires, Lara Carrilho, Beatriz Cunha, Margarida Peres, Raquel Almeida e Gabriela Carvalho.

Cláudia Martins com o tempo de 6.00.45s nos 400 Estilos, que lhe deu a vitória, sendo a primeira também nos 400 Livres, com o tempo de 5.19.22s, foi das atletas em maior destaque no fim de semana.

João Teixeira foi destaque também na turma academista, ao ser terceiro classificado nos 400 Livres, com o tempo de

5,02.46s, conseguindo a mesma classificação nos 400 Estilos fazendo o tempo de 5.47.29s.

Nas estafetas o Académico de Viseu esteve sempre no pódio da tabela classificativa, en-trando nas “contas” das provas femininas Beatriz Cunha, Mar-garida Peres, Cláudia Martins e

«BALSA NOVA»Associação Social, Cultural, Desportiva e Recreativa

CONVOCATÓRIA

Nos termos do número três do artigo vigésimo quarto dos Estatutos desta Associação, convoco a Assembleia Geral da «Balsa Nova» - Associação Social, Cultural, Desportiva e Recreativa, para uma reunião a efectuar na sua sede social, sita na Rua Bombeiros Voluntários s/n, nesta cidade de Viseu, no dia 16 de Novembro do corrente ano, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 – Apresentação e aprovação do Orçamento e Plano de Actividades para o ano de 2013;

2 – Outros assuntos de interesse para a InstituiçãoSe às dezanove horas e trinta minutos, hora do início da

Assembleia, não se encontrarem presentes mais de metade dos associados com direito a voto, a mesma funcionará meia hora mais tarde, com qualquer número de associados, conforme estabelece o número um do artigo vigésimo sexto dos mesmos Estatutos.

Viseu, 22 de Outubro de 2012

O Primeiro Secretário da Assembleia Geral(Maria Manuela Santos Almeida Neves Figueiredo)

EXPLICAÇÕES E MATEMÁTICA E FÍSICA ATÉ AO 9.º ANO

AULAS DE ESPANHOL,

CONTACTAR: 961 138 029

CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU

AVISONos termos do art.º 74º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na

redacção que lhe foi conferida pela Lei 60/2007, de 4 de Setembro, emitiu em 8 de Outubro de 2012:

ADITAMENTO N.º 2 AO ALVARÁ DE LOTEAMENTO Nº 10/2007Titular do alvará:SEMINÁRIO MAIOR DE VISEUPromotor da Alteração:DARK SUN – INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS E TURÍSTICOSPrédio objeto de alteração:Prédio rústico denominado de Quinta do Seminário, na freguesia de Santa

Maria, descrito na Conservatória do Registo Predial de Viseu sob o n.º 1437 e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 353.

Alteração aprovada por deliberação de 4 de Novembro de 2011 e traduz-se:Constituição de mais dois lotes, com as designações e características que se

passam a indicar:Lote 14 A, com a área de 656 m2;Lote 19 A, com a área de 659 m2.Com a presente alteração, são cedidos à Câmara Municipal para integração

no domínio público, 157 m2 de terreno destinados a passeios.

Viseu, 12 de Outubro de 2012

Por delegação do Exmº PresidenteO Vereador

António da Cunha Lemos

Viviana Pires, nos 4x100 Esti-los, alcançando o terceiro posto, Na estafeta de 4x200 Livres nadaram Lara Carrilho, Beatriz Cunha, Viviana Pires e Cláudia Martins, voltando a fazer ter-ceiro lugar.

Em masculinos nadaram a estafeta de 4x100 Estilos João

Teixeira, João Domingos, José Teixeira e Gonçalo Cunha subindo ao segundo lugar da geral. Nos 4x200 Livres, os infantis do Académico ficaram na terceira posição tendo sido escalados para esta prova Eduardo Almeida, José Teixeira, João Teixeira e Gonçalo Cunha.

- INSOLVÊNCIAS ATÉ AO FINAL DO TERCEIRO TRIMESTRE AUMENTARAM

42,9 POR CENTO EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO DE 2011.

novos mercados, através da ex-portação, cujos resultados “não são imediatos e levam tempo”, são as mais penalizadas pela fal-ta de financiamento. “O merca-do está no litoral e as empresas do distrito de Viseu são as que mais sofrem com os custos acrescidos ditados pelo aumento dos combustíveis e pela intro-dução de portagens nas ex-SCUT”, conclui João Cotta.

A nível nacional, até ao final do terceiro trimestre deste ano, o aumento das insolvências foi de 31,4 por cento (mais 1.420 em-presas) em relação ao mesmo período do ano passado (5.939). Em 2011, o total de atingiu 6.077 empresas.

Page 22: Edicao 25-10-2012

22/Via Rápida PUBLICIDADE 3/Via RápidaACTUALIDADE 25/10/2012 25/10/2012

A INSUSTENTÁVEL DESPESA DAS PORTAGENS:

EMPRESA DE TRANSPORTES RODOVIÁRIOS ADMITE DESLOCALIZAR SEDE DE VISEU PARA PARIS

Dividida entre a emoção e a razão, a administração da JLS, em Fragosela, uma das maiores empresas de transportes rodo-viários do país, que “nasceu e cresceu em Viseu”, admite a deslocalização da sua sede para a zona de Paris, onde tem em curso um investimento de 8 milhões de euros que deverá ficar concluído já no verão do próximo ano. Nelson Sousa, um dos administradores, reconhece que a introdução de portagens nas ex-SCUT que atravessam esta região, que passaram a representar mais 1,5 milhões de euros de encargos para a em-presa, “poderá ser determi-nante” para uma decisão que

está a ser “seriamente pondera-da”.

“Ter sede em Viseu ou em Paris é, para a JLS, uma questão meramente formal, uma vez que o negócio da empresa pode ser gerido à distância. Mas, no contexto actual, quando 17 por cento do nosso volume de ne-gócios já não tem origem nem destino em Portugal, há neces-sidade de acompanhar os fluxos de mercado e, desse modo, operar a partir do centro da Europa, onde a nossa actividade pode convergir para vários lados. Em Portugal só podere-mos fazê-lo para um”, explica Nelson Sousa, para concluir que a mudança da sede da empresa

para Paris “pode acontecer a qualquer momento”.

Nelson Sousa reconhece que a introdução de portagens nas ex-SCUT, a que se juntou recen-temente o fim das isenções, está a penalizar fortemente uma empresa que dispõe de uma frota de 230 camiões e que passou, por via disso, a aumentar “em mais de 1,5 milhões de euros”, os seus encargos. Mas há mais. “Os empresários estrangeiros, que operam em Portugal com matrículas dos respectivos países, estão pouco preocupados com as portagens, sabendo de antemão que a notificação da dívida por parte das autoridades é uma tarefa muito difícil se não

Fotos: Rui da Cruz

FOTOS: JOSÉ ALFREDOCARTÓRIO NOTARIALNotária – Anabela Maria Bicho Oliveira Antunes Ferreira

Rua Conselheiro Afonso de Melo, 31,3.º - Salas 306 e 307 – VISEU

EXTRACTO

Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que foi exarada hoje, neste

Cartório, sito na Rua Conselheiro Afonso de Melo, 31, 3.º andar, Salas 306 e 307, em

Viseu, de folhas 62 a folhas 63, do livro de notas para escrituras diversas com o número

113-A, uma escritura de Justificação, pela qual, Sara dos Santos Loureiro, natural da

freguesia de Fragosela, concelho de Viseu, e marido Carlos Costa Pereira, natural da

freguesia de S. Bartolomeu da Serra, concelho de Santiago do Cacém, casados sob o

regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua José Rodrigues, Fragosela de

Cima, Fragosela, Viseu, se declararam, com exclusão de outrem, donos e legítimos

possuidores do seguinte prédio:

Rústico, sito no Quintal, freguesia de Fragosela, concelho de Viseu, composto por

terra de regadio com oliveiras e árvores de fruto, com a área de cento e oitenta e seis

metros quadrados, que confronta do norte e do sul com rua, do nascente com António

da Cunha Rebelo, e do poente com Maria Gracinda Torres de Almeida e Sousa, omisso

na Primeira Conservatória do Registo Predial de Viseu, inscrito na matriz, em nome de

Rosa dos Santos, sob o artigo 863.

Mais certifico, que os justificantes alegaram na dita escritura, terem adquirido o

identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta, por compra meramente verbal à

titular inscrita na matriz, que foi residente em Fragosela de Cima, Fragosela, Viseu,

sem que no entanto ficassem a dispor de título formal que lhes permita o respectivo

registo na Conservatória do Registo Predial; mas desde logo entraram na posse e

fruição do prédio, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de vinte anos, sem

interrupção ou ocultação de quem quer que seja, sendo porém certo que têm exercido

no aludido prédio, os poderes de facto correspondentes ao direito de propriedade,

fruindo como donos as utilidades possíveis à vista de todos e sem discussão nem

oposição de ninguém, tendo assim invocado a sua aquisição por usucapião.

Está conforme o original. Viseu, 17 de Outubro de 2012

A Técnica do Notariado no uso de poderes delegados pela Notária:

(Elisabete Lopes dos Santos Paiva)

(Jornal Via Rápida 25.10.2012)

CARTÓRIO NOTARIALNotária – Anabela Maria Bicho Oliveira Antunes Ferreira

Rua Conselheiro Afonso de Melo, 31,3.º - Salas 306 e 307 – VISEU

EXTRACTO

Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que foi exarada hoje, neste

Cartório, sito na Rua Conselheiro Afonso de Melo, 31, 3.º andar, Salas 306 e 307, em

Viseu, de folhas 60 a folhas 61 verso, do livro de notas para escrituras diversas com o

número 113-A, uma escritura de Justificação, pela qual, Laurinda Correia de Sousa,

viúva, natural da freguesia de Farminhão, concelho de Viseu, onde reside na Rua

Ripado, n.º 6, se declarou, com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do

seguinte prédio:

Urbano, sito ao Povo do Outeiro, Outeiro de Farminhão, freguesia de Farminhão,

concelho de Viseu, composto por casa de habitação com um andar, com a superfície

coberta de oitenta metros quadrados, que confronta do norte e nascente com Rua, do

sul com José Correia de Oliveira, e do poente com Ana Correia Batista, omisso na

Primeira Conservatória do Registo Predial de Viseu, inscrito na matriz, em nome da

justificante, sob o artigo 323.

Mais certifico, que a justificante alegou na dita escritura, ter adquirido o

identificado prédio no ano de mil novecentos e noventa e um, no estado de viúva, por

compra meramente verbal a José Henriques de Carvalho, viúvo, residente que foi na

dita freguesia de Farminhão, sem que no entanto ficasse a dispor de título formal que

lhe permita o respectivo registo na Conservatória do Registo Predial; mas desde logo

entrou na posse e fruição do prédio, em nome próprio, posse que assim detém há mais

de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, sendo porém certo

que tem exercido no aludido prédio, os poderes de facto correspondentes ao direito de

propriedade, fruindo como dona as utilidades possíveis à vista de todos e sem

discussão nem oposição de ninguém, tendo assim invocado a sua aquisição por

usucapião.

Está conforme o original. Viseu, 17 de Outubro de 2012

A Técnica do Notariado no uso de poderes delegados pela Notária:

(Paula Cristina Cardoso Pinto Correia)

(Jornal Via Rápida 25.10.2012)

CARTÓRIO NOTARIALNotária – Marina da Conceição de Sousa Alves Martins de Carvalho

Rua dos Olivais n.º 4 – VISEU

EXTRACTO

Marina da Conceição de Sousa Alves Martins de Carvalho, notária deste Cartório, certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que no Cartório Notarial de Viseu, sito na Rua dos Olivais, nº 4, no livro de notas nº 145 a folhas 75, foi lavrada uma escritura de Justificação, pela qual Sandra Cristina da Costa, divorciada, natural da África do Sul, residente na Rua de Santo António da Serra, nº 396, Bairro de Santo António da Serra, freguesia de Lordosa, concelho de Viseu, na qualidade de procuradora de AMÉRICO FERREIRA SANTOS e mulher MARIA DE LURDES DOS SANTOS FERREIRA, c.f. 171708520 e 171708512, casados em comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia e do concelho do Sátão e ela da freguesia de Lordosa, concelho de Viseu, onde residem quando em Portugal no lugar de Lajeosa e habitualmente na Suiça, declarou que os seus representados são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrém, dos seguintes prédios rústicos, sitos na freguesia de Lordosa, concelho de Viseu.

1- Terreno de semeadura com videiras e mato, sito à Lagoa, com a área de setecentos e oitenta e dois metros quadrados, a confinar do norte com António Joaquim Ferreira, do sul com Januário da Costa do nascente com António de Almeida Nunes e do poente com José Maria Balula, inscrito na matriz sob o artigo 8 644.

2- Terra de pinhal com mato, sito à Lagoa, com a área de seiscentos e quarenta e quatro metros quadrados; a confinar do norte com José Maria Ferreira, do sul com António Duarte da Costa, do nascente com António de Almeida Nunes, e do Poente com António Ferreira; inscrito na matriz sob o artigo 8 649.

3- Terra de semeadura com fruteiras e mato, sito à Lagoa, com a área de oitocentos e noventa e nove metros quadrados; a confinar do norte com José Maria Ferreira, do sul com António Rodrigues Novo, do nascente com Palmira da Costa e do poente com caminho; inscrito na matriz sob o artigo 8 650.

Que os prédios indicados não se encontram descritos na Segunda Conservatória do Registo Predial de Viseu. Que os mencionados prédios vieram á posse dos seus representados por compra que fizeram, a verba 1 a António Duarte da Costa (em nome de quem se encontra inscrito na matriz) e mulher Idalina dos Santos Gonçalves, por volta do ano de 1984; a verba 2 a Palmira da Costa, viúva (em nome de quem se encontra inscrito na matriz) por volta do ano 1980 e a verba 3 a Deolinda de Jesus Ferreira (em nome de quem se encontra inscrito na matriz) e marido António Ferreira Nero, por volta do mesmo ano de 1980, todos residentes na referida freguesia de Lordosa, sem que tivessem formalizado qualquer acto de transmissão.

Que, dado o modo de aquisição, não têm os seus representados possibilidades de comprovar pelos meios normais o seu direito de propriedade, mas a verdade é que são titulares dos mencionados prédios, pois deles têm usufruído, nessa qualidade, por si e/ou por outrem a seu mando, neles têm semeado as culturas típicas da região, tratando as videiras, colhendo as uvas, e a fruta, cortando e limpando o mato e lenha, o que fazem há mais de vinte anos, ininterruptamente, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que fosse, exercendo assim nos prédios uma posse contínua, pública e pacífica, pelo que adquiriram aqueles prédios por usucapião que a seu favor invocam.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. Cartório Notarial, Rua dos Olivais nº 4 – 18/10/2012A Notária: Marina da Conceição de Sousa Alves Martins de Carvalho (Jornal Via Rápida 25.10.2012)

impossível. É uma concorrência desleal incentivada pelo próprio Estado”, atira Nelson Sousa.

A transferência da sede a JS de Viseu para Paris terá num primeiro impacto, segundo aquele administrador, encargos mais elevados para a empresa, atendendo à realidade econó-mico-financeira de França. Mas, a prazo, essa diferença relativa-mente a Portugal será esbatida. “Pelo rumo que as coisas levam por aqui, com o IVA a 23% (em França é de 19,6%), o preço dos combustíveis, e a carga fiscal cada vez mais pesada, não du-vido que dentro de pouco tempo vai valer muito mais a pena ter tomado a opção que neste momento está em cima da mesa”.

“Gostaríamos de manter a sede aqui. Mas, hoje, os negó-cios não são compatíveis com a emoção. A emoção diz-nos que foi aqui que nascemos e cresce-mos, mas a razão avisa-nos que devemos sair se nos quisermos manter vivos e de boa saúde”, concretiza o administrador.

Com 249 trabalhadores ao seu serviço, a JLS, criada em 1988, não está preocupada com a situação dos colaboradores. “Os que estão connosco quere-mos mantê-los. A questão é saber se os postos de trabalho serão aqui ou lá fora. De resto, a maioria está receptiva à mudan-ça”, acrescenta Nelson Sousa.

A JLS registou em 2011 um volume de negócios de 22 mi-lhões de euros, prevendo acabar o ano de 2013 com 23 milhões. O transporte internacional re-presenta actualmente 97% da actividade da empresa e o na-cional apenas 3%.

O distrito de Viseu possui algumas das mais importantes empresas de transporte rodoviá-rio a internacional em todo o país. O fim das vias SCUT (Sem Custos para o Utilizador), mes-mo com alguns benefícios para além dos 15% de desconto apli-cado a todos os automobilistas (bónus de 10% às empresas a-crescido de 25% no período no-cturno), não tem sido suficiente para calar a indignação dos empresários. Os protestos que se têm feito sentir na região, promovidos pela Comissão de Utentes das A23, A24 e A25, têm sempre à cabeça colunas de camiões que dão força inusitada àqueles protestos.

CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU

AVISONos termos do art.º 27º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na

redacção que lhe foi conferida pela Lei 60/2007, de 4 de Setembro, a Câmara

Municipal de Viseu, emitiu em 17 de Outubro de 2012:

ADITAMENTO AO ALVARÁ DE LOTEAMENTO Nº 21/96

Titular do alvará:

CENEL-ELETRICIDADE DO CENTRO, SA

Promotor da Alteração:

EDP- Imobiliária e Participações, SA

A alteração incide sobre os seguintes prédios:

Lote 17 A), situado em Quinta do Galo, ou Quinta do Arco, na freguesia de

Repeses, descrito na Conservatória do Registo Predial de Viseu sob o número761

e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 981-P;

Lote 17 C), situado em Quinta do Galo, ou Quinta do Arco, na freguesia de

Repeses, descrito na Conservatória do Registo Predial de Viseu sob o número763

e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 983-P.

A alteração traduz-se no seguinte:

Redução de 1 piso (de 3 para 2) no Lote 17 A), com a consequente redução de

865,84 m2 de área bruta de construção de serviços, passando de 2001,86 m2, para

1136,02 m2 e aumento de igual valor de área bruta de construção habitacional no

Lote 17 C), com a consequente alteração de 8 para 13 fogos.

Não há alteração de Icb e a cércea passa no Lote 17 A) de 3 para 2 pisos e no

Lote 17 C) de 3 para 4 (com R/C vazado).

A alteração conforma-se com as disposições regulamentares do PDM e está a

acautelada a visada sobre a colina da Serra da Estrela.

As demais características constam da planta de síntese e quadro de índices

urbanísticos arquivados no processo administrativo 03/1993/6, e que fica a fazer

parte integrante do alvará de loteamento.

Viseu, 17 de Outubro de 2012

P´lo Presidente da Câmara Municipal

António da Cunha Lemos

(Vereador)

Page 23: Edicao 25-10-2012

2/Via Rápida OPINIÃO

[email protected]

23/Via RápidaPUBLICIDADE25/10/2012 25/10/2012

COBARDIA POLÍTICA EXTINGUE FREGUESIASDE VISEU CONTRA A VONTADEDOS AUTARCAS ELEITOS E DAS POPULAÇÕES

A decisão da maioria na Assembleia Municipal de Viseu do passado dia 12, ao aprovar a proposta de extinção/agregação de freguesias apresentada “à última hora” pelo PSD, representou uma afronta ao Poder Local e um desrespeito pela vontade das populações e pela autonomia das freguesias, ao violar decisões contra extinção e agregação de freguesias manifestadas pelas Juntas e/ou Assembleias de Freguesias de Farminhão, Boa Aldeia, Repeses, S. Salvador, S. João de Lourosa e até da Assembleia de Freguesia de S. José que apenas aprovou, por unanimidade, a agre-gação a Santa Maria, com quem já partilha sede e funcionários.

A agregação das três freguesias da cidade não faz sentido, uma vez que a freguesia de Coração de Jesus tem a maior densidade populacional do concelho (3.601,5 hab/km2, quando nas restantes freguesias a densidade varia entre 30,94 e 1905,42 hab//Km2). Esta “megafreguesia” ficará mais cara aos contribuintes dado que acarretará um presidente a tempo inteiro.

A invocação do estudo do IPV, “Parecer sobre a Aplicação do Município de Viseu do regime jurídico da RATA”, para sustentar a proposta do PSD, foi abusiva, porquanto os seus autores tornaram claro que qualquer derivação ou alteração aos dois cenários propostos careceria de fundamentação técnica coerente, pelo que se demarcariam dela.

Apesar de quase todos os deputados e presidentes de junta manifestarem o seu desacordo com a Lei da RATA (Reorgani-zação Administrativa Territorial Autárqui-ca), que até Fernando Ruas classificou de “um embuste” fruto da ignorância da Troika e da conivência de cúmplices locais, a maioria do PSD/Viseu apelou à capitulação perante a chantagem da Lei nº 22/2012 que castiga as freguesias que não sejam alvo de pronúncia em conformidade com a Lei por parte das respectivas Assembleias Muni-cipais, exceptuando-as do aumento de 15% da participação no Fundo de Financiamento das Freguesias, e as ameaça com propostas menos favoráveis de extinção/agregação por parte da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território, que funciona junto da Assembleia da Re-pública.

A falta de coragem política da maioria da

O autor não segue o (des)acordo ortográfico por razões meramente

linguísticas

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Assembleia Municipal de Viseu levou-a a não ser solidária com a posição de resis-tência a esta lei inócua tomada pela maioria das assembleias municipais do país (só um terço dos 220 municípios do país, menos de 70, é que se pronunciou a favor da agrega-ção de freguesias). A posição da concelhia de Viseu do PS, ao lamentar, em comu-nicado, a não tomada de uma posição de força contra a Lei, é um lamentável exercício de hipocrisia, uma vez que na Assembleia Municipal se limitaram a abster-se na votação do Projecto de Pronúncia do BE, no sentido da manutenção das 34 freguesias do concelho de Viseu.

Mais coerência manifestaram os presidentes de Junta do PSD que votaram ao lado do Bloco de Esquerda. A única posição verdadeiramente democrática já que nenhum eleito possui legitimidade demo-crática para se pronunciar sobre a extin-ção/agregação de freguesias, não referida em qualquer programa eleitoral. Só a con-sulta popular, através de referendo, como propôs o BE, em conformidade com o estipulado na Carta Europeia da Autonomia Local, que vincula o Estado português, é que poderia repor a legitimidade para qualquer pronúncia da Assembleia Municipal.

Mas a maioria da Assembleia Municipal sempre manifestou medo do debate alargado e da participação dos munícipes. Primeiro chumbaram a proposta do BE, em Fevereiro de 2011, para a criação de um grupo de trabalho para estudar a reforma das autarquias, acusando-a de prematura, para o virem a criar quando só faltava um mês para o prazo dado inicialmente pelo governo para a pronúncia das Assembleias Municipais. Depois, em Fevereiro deste ano, chum-

baram a proposta de referendos às popula-ções, apresentada pelo BE. Por último, o próprio presidente da Assembleia Municipal afunilou os convites para a Assembleia Informal de 4 de Outubro, reduzindo-os às chamadas “forças vivas” constantes do protocolo, excluindo associações culturais, associações de moradores e associações de defesa do património sugeridas por mim, em nome do BE, e não convidando a imprensa, nem feito qualquer publicitação, o que resultou num simulacro de debate, mais próprio de “forças mortas”. Para o PSD o principal foi salvar a face do seu governo, pelo que resultou bem a sua hábil estratégia de contenção de danos. Fernando Ruas não quis ser o carrasco das freguesias, mas não teve coragem de afrontar o governo, como fez a Câmara de Tondela, entre muitas outras do PSD que se solidarizaram com a recusa de extinguir freguesias, decidida pelas respe-ctivas Assembleias Municipais, e passou a bola para a AM com o pretexto de ter maior abrangência partidária.

Porém, a ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias, suscitou (e bem) a inconstitucionalidade da Lei nº 22/2012 e aprovou no seu último Encontro Nacional a exigência da revogação desta lei “mata-freguesias”.

No próximo Sábado, dia 27, haverá manifestações em várias cidades do país, contra a extinção de freguesias. A LUTA CONTINUA!

Page 24: Edicao 25-10-2012

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