ed.399 - nov/dez/2015 - jornal fecomércio informativo

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FECOMÉRCIO SESC SENAC Uma sociedade mais sustentável está se formando a partir da crescente preferência dos consumidores e investidores por pro- dutos e serviços produzidos por empresas socioambientalmente responsáveis, de acordo com especialistas e órgãos de pesquisa. Confira dicas de iniciativas simples e baratas para atrair os con- sumidores, que estão cada vez mais ligados às causas ambientais. SUSTENTABILIDADE EM PROL DO PLANETA E DOS NEGÓCIOS 36 FECOMÉRCIO INFORMATIVO PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MG, SESC, SENAC E SINDICATOS BELO HORIZONTE – NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2015 – EDIÇÃO 399 TIRAGEM 150.000 EXEMPLARES COMPROVADA PELA SOLTZ, MATTOSO & MENDES AUDITORES INDEPENDENTES www.fecomerciomg.org.br PÁG 3 TURISMO TENDÊNCIAS Confira a cobertura completa da 3ª Semana do Turismo do Sistema Fecomércio MG Pág 15 GESTÃO DE PESSOAS CRISE Saiba como gerir equipes quando o quadro de funcionários é enxuto Pág 5 FACULDADE TRAZ NOVIDADES EM CURSOS E NOS CAMPI PARA 2016 PÁG 3 FECOMéRCIO MG LANçA CONSELHO DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS PÁG 15 OS REFLEXOS DA CRISE NAS RELAÇÕES TRABALHISTAS O cenário econômico brasileiro tem promovido profundas mu- danças nas relações trabalhistas. Nesse contexto, a Fecomércio MG realizou a 7ª edição do Seminário de Direito do Trabalho, com a participação de palestrantes nacionais e internacionais. O evento promoveu um debate sobre os desafios propostos pela crise e a experiência de países europeus na retomada do crescimento. PáGS 22 e 23 COPA SESC INCENTIVA INTEGRAçÃO E COOPERAçÃO PÁG 3 NATAL 2015: PROMOÇÕES PROMETEM CONQUISTAR O CONSUMIDOR O Natal de 2015 promete ser de lembrancinhas para os mineiros e de cautela para o comércio varejista. Mesmo com o orçamento apertado e evitando se endividar, o consumidor não deve deixar de presentear seus entes queridos. Deve, no entanto, reduzir o valor gasto com as lembranças: o ticket médio para a maioria dos belo-horizontinos (57,7%) será de até R$ 50; em 2014, apenas 20,7% disseram que manteriam esse limite, segundo pesquisas da Fecomércio MG. Apostar em promoções, inovação e na ampla divulgação dos produtos pode ajudar a elevar as vendas. PáG 4 Banco de Imagens ENTREVISTA FILANTROPIA Conheça a história do Sistema Divina Providência e de seu presidente, Jairo Azevedo Pág 7

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Page 1: Ed.399 - NOV/DEZ/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMÉRCIO SESCSENAC

Uma sociedade mais sustentável está se formando a partir da crescente preferência dos consumidores e investidores por pro-dutos e serviços produzidos por empresas socioambientalmente responsáveis, de acordo com especialistas e órgãos de pesquisa. Confira dicas de iniciativas simples e baratas para atrair os con-sumidores, que estão cada vez mais ligados às causas ambientais.

SuStENtAbIlIdAdE EM pROl dO plANEtA E dOS NEgóCIOS

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fecomércioinformativo

Publicação bimestral do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais - fecomércio mg, sesc, senac e sindicatos

belo Horizonte – novembro/dezembro de 2015 – edição 399

tiragem

150.000exemPlarescomProvada Pela soltz, mattoso & mendes auditores indePendentes

www.fecomerciomg.org.br

Pág 3

TURISMOTENDÊNCIASConfira a cobertura completa da 3ª Semana do Turismo do Sistema Fecomércio MGPág 15

GESTÃO DE PESSOAS CRISESaiba como gerir equipes quando o quadro de funcionários é enxuto Pág 5

FAcUlDADE TRAz nOvIDADES EM cURSOS E nOS campi PARA 2016

PÁG 3

FEcOMéRcIO MG lAnçA cOnSElhO DE ASSUnTOS TRIbUTÁRIOS

PÁG 15

OS REFlExOS dA CRISE NAS RElAçõES tRAbAlhIStASO cenário econômico brasileiro tem promovido profundas mu-

danças nas relações trabalhistas. Nesse contexto, a Fecomércio MG realizou a 7ª edição do Seminário de Direito do Trabalho, com a participação de palestrantes nacionais e internacionais. O evento promoveu um debate sobre os desafios propostos pela crise e a experiência de países europeus na retomada do crescimento.

PáGS 22 e 23

cOPA SESc IncEnTIvA InTEGRAçÃO E cOOPERAçÃO

PÁG 3

NAtAl 2015: pROMOçõES pROMEtEM CONquIStAR O CONSuMIdOR

O Natal de 2015 promete ser de lembrancinhas para os mineiros e de cautela para o comércio varejista. Mesmo com o orçamento apertado e evitando se endividar, o consumidor não deve deixar de presentear seus entes queridos. Deve, no entanto, reduzir o valor gasto com as lembranças: o ticket médio para a maioria dos belo-horizontinos (57,7%) será de até R$ 50; em 2014, apenas 20,7% disseram que manteriam esse limite, segundo pesquisas da Fecomércio MG. Apostar em promoções, inovação e na ampla divulgação dos produtos pode ajudar a elevar as vendas.

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EnTREvISTAFILANTROPIAConheça a história do Sistema Divina Providência e de seu presidente, Jairo Azevedo Pág 7

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2 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 399

Palavra doPresidente

PresidenteLázaro Luiz gonzaga

Vice-presidentesSebastião da Silva Andrade, Glenn Andrade, José Donaldo Bittencourt Júnior, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio emílio de Faria Júnior, Osvaldo Ramiro Gomes, Marcus do Nascimento Cury, Rony Anderson de Andrade Rezende

SecretáriosCaio Márcio Goulart, Afonso Mauro Pinho Ribeiro, Vera Lúcia Freitas Luzia, André Coelho Borges de Medeiros, José Porfiro do Carmo, evando Avelar Duarte

TesoureirosMarcelo Carneiro árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, Bento José Oliveira, Alfeu Freitas Abreu, Lizziane Martins Facundes

Conselho Fiscal EfetivoJosé Geraldo de Oliveira Motta, Roberto Márcio do Bom Conselho, Gilbert Lacerda Silva

Fecomércio InformativoPublicação bimestral do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Contatos: (31) 3270-3348 ou (31) 3270-3404 [email protected]ção – Fecomércio MGFernanda Almada – Coord. ComunicaçãoIzabela Ventura – Revisão GeralDébora FrancaMariana MedinaProdução – SescCamila Lôbo – Coord. JornalismoMárcia Romano - RevisãoProdução - SenacRonan Aguiar – Gerente de ComunicaçãoMárcia Misson – Coord. ComunicaçãoJosie MenezesRenata GiordaniProdução Editorial: Cynara Bastos – Fecomércio MG; Alexander Torres – Sesc; Lilian Orneles – Senac Projeto Gráfico: Prefácio ComunicaçãoImpressão: Sempre editoraTiragem: 150.000 exemplaresComprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes Auditores IndependentesFecomércio MG:Rua Curitiba, 561, Centro, Belo Horizonte, CeP: 30 170 – 120Sesc:Rua Tupinambás, 956, Centro, Belo Horizonte, CeP: 30 120 – 070Senac:Rua Tupinambás, 1086, Centro,Belo Horizonte, CeP: 30 120 – 070

exPediente

lÁzARO lUIz GOnzAGAPRESIDEnTE DO SISTEMA FEcOMéRcIO MG,

SESc, SEnAc E SInDIcATOS

Comunique-se conoscoe-mail: [email protected]

Telefone: (31) 3270-3308

Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para acei-tar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras; vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar

a paz, considerando o mundo como ele é e não como eu gostaria que ele fosse, confiando em ti, meu Deus, para endireitar todas as coisas para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e sumamente feliz contigo na eternidade.

Reinhold Niebuhr, Teólogo americano, 1892-1971

ORAçÃO dA SERENIdAdE

Sebr

ae M

inas

O segredo da felicidade é a liberdade O segredo da liberdade é a coragem

(Tulcídides-historiador grego)

lídERES ANgulARES

Prezadas(os) empresárias(os) atuantes no comércio de bens, serviços e turismo,

Na engenharia, as pedras angulares são tão fundamentais para a base das construções como suporte e alinhamento, que são milenarmente usadas como metáfora quando nos referimos às pessoas essenciais na estruturação da sociedade e suas instituições. elas estão presentes da base ao topo da pirâmide da organização social. Mas quanto mais elevadas suas posições, mais com-plexas são as exigências em qualificações e apti-dões, o que as tornam raras.

O Brasil está vivendo uma superposição de crises simultâneas. Apesar do alto custo que elas representam em muitas frentes, acreditamos que elas produzirão transformações perenes devido ao grau de maturidade política em que a popu-lação se encontra e ao excelente trabalho que os órgãos da mídia vêm prestando ao divulgar as informações com clareza.

Dos três poderes da República, as institui-ções judiciárias têm surpreendido positivamente pelo profissionalismo e pela coragem política, fazendo valer o princípio constitucional de que “todos são iguais perante a lei”, algo raro na his-tória do país. Percebe-se que tal atitude tem des-

pertado a simpatia da população, reacendendo na nação a esperança na consolidação da cultura de respeito às leis, praticada por todos.

Quanto aos poderes legislativo e executivo, esperamos que seus representantes, o mais bre-vemente, se conscientizem do tamanho de suas responsabilidades e as graves consequências de seus equívocos e omissões. Que se entendam e promovam um mutirão nacional para colocar no-vamente o país nos trilhos do desenvolvimento.

O Sistema Sindical, Sesc e Senac estão aten-tos à defesa de suas prerrogativas de estímulo e proteção dos segmentos econômicos que re-presentam e dos recursos privados, destinados constitucionalmente à educação profissional e à inclusão social que administram.

Até breve!Positividade divina sempre.

Autor desconhecido

pRECE ÁRAbEMeu Deus, não consintas que eu seja um carrasco que de-

gole ovelhas, nem uma ovelha nas mãos de carrascos. Ajuda--me a dizer a verdade na presença dos fortes e me abster de inventar mentiras para ser popular entre os fracos. Se me deres a força, não me tires a compaixão. Não me deixes ser atingido pela embriaguez, quando bem-sucedido, nem pelo desespero,

quando derrotado. Meu Deus, faze-me sentir que o perdão é uma manifestação de força, e a vingança, uma prova de fra-queza. e quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma bastante fortitude para desculpar e perdoar. Se eu te esquecer, Senhor, não te esqueças de mim.

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 399• 3

negócios

A SuStENtAbIlIdAdE COMO EStRAtÉgIA dE NEgóCIOCom Consumidores Cada vez mais ligados às Causas ambientais, adotar atitudes sustentáveis pode ser um diferenCial para empresas

DébORA FRAncA

Uma sociedade mais sustentável está se formando a partir da crescente preferência dos consumidores e investidores por pro-dutos e serviços produzidos por empresas socioambientalmente responsáveis. A afir-mação é do Grupo SustentaX, especializado em desenvolver negócios sustentáveis. De acordo com um relatório da empresa, 86% dos consumidores brasileiros estão dispostos a recompensar organizações que possuem ações de sustentabilidade, 73% planejam au-mentar seus gastos com produtos e serviços “verdes” e 52% aceitariam gastar mais com itens de fabricantes ou fornecedores que não agridem o meio ambiente. Outra boa notícia é que é possível investir em iniciativas sim-ples, baratas e que atraiam esse público.

“Com o advento do processo de globaliza-ção, a preocupação com o ambiente se tornou objeto de análise dos estabelecimentos. É nes-se contexto que surge a importância do desen-volvimento sustentável empresarial”, destaca o economista da área de estudos econômicos da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.

Após desenvolver iniciativas sustentá-veis, a empresa belo-horizontina Paulinelli Serviços Gráficos conseguiu destaque no mercado por adotar uma política de respon-sabilidade que busca o mínimo de agressão ao ambiente. “Todo papel produzido é feito a partir da celulose de florestas exploradas por meio de técnicas de manejo, ou seja, respei-tam as leis ambientais”, ressalta o proprietá-rio da empresa, Jean França.

O dono do Bar e Restaurante Paracone, localizado na região Leste de Belo Hori-zonte, Lindoval Conegundes, afirma que, para preservar o ambiente, o estabelecimen-to descarta o óleo de fritura utilizado com a ajuda de uma empresa especializada. “As lâmpadas fluorescentes foram substituídas pelas de led, as torneiras têm arejadores que reduzem a quantidade de água e as garrafas de vidro e latas são entregues para a recicla-gem”, afirma.

Com um comitê de sustentabilidade desde 2008, a Leroy Merlin é outro exemplo que abraça e divulga a preocupação com a causa ambiental. entre as medidas adotadas estão o uso de ar condicionado com baixo consumo energético e com controle de umidade, além de mictórios sem o uso de água. “Cada pro-duto ecoeficiente possuiu uma sinalização de conscientização no rótulo”, ressalta o diretor de Projeto e Obras e líder do Comitê de Sus-tentabilidade da Leroy, Pedro Sarro.

Segundo o economista da Fecomércio MG, tal preocupação, além de proporcionar benefícios para a sociedade, pode fortalecer a imagem da organização. “Os consumidores se identificam com a causa classificando-a como algo que têm em comum com a empresa, tendendo a dar prefe-rência a companhias que compactuam com seus ideais e valores. A importância de se ater a ques-tões ambientais ressalta a ideia da ‘preocupação necessária’, tendo em vista os efeitos em longo prazo de uma deterioração ambiental”, comenta.

INVESTINDO EM AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃOA vontade de viver mais e com qua-

lidade, aliada ao receio de instabilidade climática e catástrofes naturais, alertou os consumidores brasileiros para a ne-cessidade de um maior cuidado com o ambiente, tornando-os mais engajados em comprar e consumir com consciência. é o que aponta uma pesquisa da Esco-la Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) do Rio, realizada com 1.138 pes-soas. De acordo com o estudo, 56% dos entrevistados procuram embalagens me-nos prejudiciais ao ambiente; 54% costu-mam dar preferência a empresas ou mar-cas que sejam reconhecidas por cuida-rem do meio ambiente e 48% preferem

produtos naturais aos industrializados.Interessados em implementar medi-

das sustentáveis podem fazer o curso de capacitação “levantamento de aspectos e impactos ambientais”, do Senac. O objetivo é aperfeiçoar conhecimentos e habilidades para a implantação do Siste-ma de Gestão Ambiental, utilizando uma metodologia que atenda ao requisito 4.3.1 da norma ISO 14001. A instituição oferece ainda outros cursos na área, que se encaixam em etapas diferentes das empresas no caminho para a sustenta-bilidade. Acesse mais informações por meio do site www.mg.senac.br, na seção cursos.

Medidas sustentáveis podem fortalecer a imagem empresarial

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MARIAnA MEDInA

O Natal de 2015 promete ser de lembran-cinhas para os mineiros e de cautela para o comércio varejista. Levantamentos da área de estudos econômicos da Fecomércio MG apon-tam que o consumidor tem evitado se endividar para dar presentes e privilegiado o pagamento à vista, comportamento que promete ser ratifi-cado neste Natal. Para conquistar o bolso dos papais noéis das famílias, empresários inves-tem em divulgação e promoções.

“Na maior parte das datas comemorativas de 2015, houve redução do ticket médio em relação ao ano passado. Acreditamos que no Natal não será diferente. O consumidor está endividado, mas como não deve deixar de presentear, opta-rá por itens de valor menor. Por essa razão, o empresário que oferecer melhores condições de pagamento à vista certamente terá mais chances de fechar a venda”, ressalta a estatística da Fe-comércio MG, elisa Castro. O ticket médio para a maioria dos entrevistados (57,7%) será de até R$ 50; em 2014, apenas 20,7% dos consumido-res disseram que manteriam esse limite.

De acordo com a Pesquisa de Opinião do Comércio Varejista de Belo Horizonte - Con-tratação de Temporários para o Natal, da área de estudos econômicos, 68,7% dos empresá-rios não vão contratar temporários para auxiliar nas vendas de fim de ano (confira no gráfico

caPa

NAtAl: ApElO EMOCIONAl dA dAtA pOdE FAvORECER O COMÉRCIOConsumidor evitará novos endividamentos, mas não deixará de presentear

ao lado). Os motivos mais citados para a de-cisão são o fato de “não contratar por tempo indeterminado” e de que “não está confiante na economia”.

Mas há gestores como o proprietário da loja de brinquedos Brinkel, Altair Rezende, com a expectativa de que o forte apelo emocional do Natal alavanque as vendas, a exemplo do que ocorreu na loja dele no Dia das Crianças. “Nes-sa data conseguimos empatar com os resulta-dos do ano passado. Por causa da crise, achá-vamos que os pais considerariam o brinquedo supérfluo, mas as vendas demonstraram que o coração falou mais alto”, disse. Como ele es-pera que o bom resultado se repita no final do

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ens ano, decidiu contratar 35 trabalhadores tempo-

rários para o Natal. Vendedores e auxiliares de vendas estão entre os profissionais mais procu-rados em sua loja.

ATRAInDO clIEnTES Promoções, publicidade, oferta de produtos

inovadores e muito planejamento estão entre as principais estratégias que serão adotadas pelos empresários para estimular o consumo no Na-tal. Na Brinkel, o cliente terá mais de 60 opções de brinquedos em oferta a serem divulgadas por meio de anúncios televisivos e de distribuição de mala direta, assegura o proprietário da loja, Altair Rezende. “Já identificamos alguns bairros onde temos uma maior concentração de clientes. Nessas localidades, vamos divulgar nosso mate-rial promocional”, conta.

A divulgação foi reforçada também na loja de artigos de decoração Casa Maia, afirma a gerente do estabelecimento, Margarida Me-nezes. Segundo ela, todos os contratos com os fornecedores para o Natal foram fechados ainda no primeiro trimestre de 2015. “Isso nos deu tranquilidade para seguir nossa principal estratégia, que é apresentar ao cliente produtos que ele ainda não viu. em 2015, bolas e velas natalinas de led serão destaque”, exemplifica. Anúncios de produtos nas redes sociais, ser-viço de pós-venda e realização de eventos no interior da loja também figuram entre as ações da Casa Maia para atrair consumidores.

AcESSE: leia outras pesquisas da área de Estudos Econômicos no portal www.fecomerciomg.org.br.

Empresários que facilitarem o pagamento à vista têm mais chances de fechar negócio

CONTRATAÇÃO DE TEMPORÁRIOS PRINCIPAIS MOTIVOS PARA A NÃO CONTRATAÇÃO DE TEMPORÁRIOS

Sim19,1%

Não responderam / não sabem12,2%

Não68,7%

50,3%

21,4%

12,6%

Não contrata portempo indeterminado

Não está con�antecom a economia

Prefere quali�caros efetivos

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negócios

gEStÃO dE pESSOAS EM ÉpOCAdE INCERtEzASmanter a produtividade alta Com a equipe enxuta é desafio para gestores na atual Conjuntura eConômiCa

MARIAnA MEDInA

A constante necessidade de se adaptar e man-ter a sustentabilidade dos negócios em meio a um cenário econômico desafiador tem levado muitos empresários brasileiros a decidir pela redução do quadro de funcionários. Segundo o Cadastro Geral de empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e emprego, apenas no primeiro semestre de 2015, o setor do comércio em Minas Gerais registrou o fechamento de apro-ximadamente 23 mil postos de trabalho. O desa-fio de manter a produtividade alta com a equipe enxuta exige um alto nível de capacitação e cui-dado dos gestores, uma vez que falhas nesse pro-cesso podem gerar consequências negativas para a empresa, como passivos trabalhistas, possíveis danos à imagem institucional e desmotivação dos empregados que permanecem na organização.

Para o coordenador do Núcleo de Desenvol-vimento de Pessoas e Liderança da Fundação Dom Cabral, Anderson Sant’Anna, quando os desligamentos são inevitáveis, um bom plane-jamento é imprescindível. “A decisão deve ser comunicada pessoalmente e, de preferência, pelo superior imediato. ele deve ser orientado e treinado adequadamente para executar a tarefa que exige muito preparo emocional, pois as rea-ções de quem recebe a notícia podem ser as mais variadas”, pondera.

Sant´Anna explica que a imagem do indiví-duo deve ser preservada; tanto ele quanto os co-legas devem entender o real motivo do desliga-mento como relacionado à atual conjuntura e não necessariamente à pessoa. Para o especialista, a companhia deve ser capaz de explicar por que certos perfis de profissionais estão sendo preser-vados naquele momento de reestruturação.

Abrir espaço para que o empregado que está sendo desligado se manifeste e tire suas dúvidas também é fundamental para humani-zar o processo. “Quando ele estava prestes a ingressar na companhia, teve oportunidade de se expressar, sendo ouvido de forma res-peitosa. Na hora da despedida, esse momento de diálogo também deve acontecer”, ressalta. Sant’Anna afirma que o feedback à sua atua-ção profissional precisa ser honesto e contex-tualizado, possibilitando o aprendizado mútuo. “Todo colaborador contribui de alguma forma para o alcance dos objetivos da empresa e isso deve ser valorizado. No desligamento, reforçar respeitosa e profissionalmente os pontos posi-tivos e de melhoria de sua atuação, permitindo--lhe construir uma história de sua experiência e trajetória dentro da organização é de fun-damental importância para que ele possa sair motivado e mais preparado para batalhar por uma recolocação no mercado”, diz. Com essa abordagem, a organização zela pelo bom rela-

cionamento com esse profissional, que poderá vir a ser contratado novamente no futuro, caso seja possível e necessário.

MOTIvAnDO A EqUIPEO desafio é igualmente grande na aborda-

gem dos empregados que permaneceram em uma organização que passou por um processo de cortes no quadro de funcionários. “O risco de surgimento de boatos que geram desmotiva-ção e consequente redução da produtividade das equipes é muito alto nessas situações. Por isso, a empresa deve planejar estratégias para manter o ânimo das pessoas”, afirma Sant’Anna. Se-gundo ele, é preciso agir rapidamente para que o clima de incerteza não se instale nas equipes, procurando canalizar a energia dos indivíduos para a resolução de problemas, por meio de uma comunicação estruturada e transparente. “Quem permaneceu na empresa deve receber claramen-te a mensagem de que suas competências estão sendo preservadas por desempenhar um papel estratégico nesse momento de mudança. Feito isso, os gestores devem ser capazes de mobilizar o apoio dos membros da equipe e manter o espa-ço para o diálogo”, avalia.

O especialista também ressalta que a impor-tância de se adotar essa postura respeitosa pe-rante os empregados reside não só no seu poten-cial de manter o nível de produtividade elevado, como também na sua capacidade de facilitar a retenção de talentos estratégicos para a organi-zação e, a qualquer tempo, a atração de novos. “Processos de desligamento mal conduzidos podem minar a confiança daqueles profissionais cujas competências a organização gostaria de preservar, levando-os a procurar novas oportu-nidades”, adverte.

Uma estratégia para reduzir os danos da re-estruturação é não desconsiderar a dimensão da capacitação dos colaboradores. “Os gestores não podem se esquecer de que algumas pessoas poderão ficar sobrecarregadas ao assumir as ta-refas de quem foi desligado. Mobilizar a energia da equipe interna, capacitando-a para enfrentar a mudança pode ser uma boa alternativa para motivá-los nesse momento de incerteza.”

Comunicação planejada e transparente é fundamental para manter o ânimo da equipe

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A MAIOR LIQUIDAÇÃO DO ANO!

www.fecomerciomg.org.br

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À frente do Sistema Divina Providência, Jairo Azevedo dedica-se à construção de uma sociedade melhor

entrevista

IzAbElA vEnTURA

O trabalho começou em 1973, com a cons-trução do Lar dos Meninos, no Bairro Olhos D’água, em Belo Horizonte. Depois, vieram o Lar dos Idosos São José (1978) e a Cidade dos Meninos São Vicente de Paulo (1993). Atual-mente, o Sistema Divina Providência tem 27 unidades sociais em Minas Gerais que prestam assistência a mais de 40 mil pessoas. Conheça mais sobre esse nobre trabalho filantrópico e a trajetória de seu presidente, Jairo Azevedo.

Conte um pouco sobre sua trajetória pes-soal e profissional. Como conseguiu superar as dificuldades da infância, em Curvelo, e fazer delas o impulso para a filantropia?

Tive um princípio de vida muito difícil em meio à vida no garimpo, atividade que meu pai exercia em Datas (município da região Central de Minas). Aos 11 anos, eu vendia pipoca nas ruas de Curvelo para ajudá-lo a pagar uma dívi-da bancária, pois ele tinha uma família grande para criar: sou o sexto de 12 filhos. A filantro-pia surgiu em minha vida porque eu gostava de ajudar o próximo. Queria amenizar seu sofri-mento, para que tivessem uma vida melhor.

Como começou o Sistema Divina Providên-cia? Quais os objetivos e a estrutura inicial?

O Sistema Divina Providência começou em 1973, mas ingressei na Sociedade São Vicente de Paulo em 1951, aos 12 anos. Nosso trabalho era, basicamente, visitar famílias pobres na periferia e levar cestas básicas uma vez por semana. A conti-nuidade desse trabalho me incomodava bastante, porque se restringia a ajudar, por longos anos, as mesmas famílias. Não fazíamos nada para tirá-las daquela situação. Surgiu, então, a ideia de cons-truir uma obra para receber os filhos daqueles atendidos e muitos outros, ensinando-lhes uma profissão. Após esses cursos, os meninos pode-riam trabalhar e ajudar seus pais na manutenção de suas famílias, não necessitando mais de ajuda. “em vez de dar o peixe, ensinar a pescar.”

A construção da primeira obra exigiu de mim a dedicação de algumas horas diárias. Quando iniciamos a construção da Cidade dos Meninos, há 22 anos, passei a dedicar um expediente, uti-lizando o outro para dirigir o Grupo Seculus, que eu havia fundado, juntamente com sete irmãos. Quando me aposentei, há quase 14 anos, deixei o grupo privado e passei a me dedicar em tempo in-

Saiba mais sobre o Sistema Divina Providência em

www.sistemadivinaprovidencia.org

tegral à causa social. essa tem sido a melhor fase de minha vida: não trabalhar por dinheiro, para alguém que durante 50 anos não fez outra coisa, tem sido uma experiência maravilhosa. Após a Cidade dos Meninos, continuamos construindo Centros de Formação Profissional, que atualmen-te são 12.

Qual a estrutura atual do Sistema? Como ele se mantém em funcionamento?

Acompanhando as famílias carentes no traba-lho vicentino e sentindo a necessidade de ajudá--las de forma mais efetiva, foram surgindo o Lar dos Meninos, Lar dos Idosos, Cidade dos Meni-nos, Centro Infantil, Creche União, Centros de Formação Profissional, Central de empregos, Jor-nal Solidariedade, Banco de Microcrédito, entre outros. A entrada de recursos para todo esse tra-balho depende quase exclusivamente de doações. Temos colaboradores em todas as classes sociais, que ajudam de acordo com suas possibilidades.

Cite os principais desafios pelos quais ins-tituições filantrópicas passam nos dias atuais.

Os desafios são uma constante em nossos tra-balhos e a cada dia nos levantamos imaginando o que nos espera. este ano tem sido mais difícil e não temos conseguido fazer as reservas mensais que precisamos. Por isso, estamos fazendo uma rifa para angariar recursos. Para enfrentar todas as dificuldades, contamos com uma equipe excep-

cional que trabalha com muito profissionalismo e um coração voluntário. Um dos grandes desafios para todas as instituições filantrópicas atualmen-te está em equilibrar o pouco que conseguem de ajuda com o muito a ser feito pelos mais neces-sitados.

Em agosto, o Sistema Divina Providência assinou um convênio de cooperação mútua com o Sistema Fecomércio MG, por meio do Senac. Como essa parceria beneficiará ainda mais a sociedade?

A assinatura desse convênio é de grande im-portância para nós, porque além de reduzir nossos custos, consideramos que o padrão Senac elevará substancialmente a qualidade de nossos cursos. Pretendemos formar, somente no Centro Profis-sionalizante Divina Providência (Cedipro), locali-zado na rua dos Caetés, em BH, num futuro próxi-mo, mais de 10 mil alunos a cada ano, sendo que o Senac terá papel relevante nessa jornada. Quem mais se beneficiará com tal parceria certamente será a população carente, sempre ávida por opor-tunidades como essa. esperamos fazer muito mais a partir de 2016, quando esses cursos estiverem funcionando em plena carga.

uMA lIçÃO dE AltRuíSMO E dEdICAçÃO AO pRóxIMO

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sindicatos

vIOlÊncIA lEvA EMPRESÁRIOS A InvESTIR EM SEGURAnçA

A insegurança dos empresários diante dos efeitos da criminali-dade tem impacto direto no faturamento da empresa, como aponta a Análise de Vitimização dos Supermercados, desenvolvida pela área de estudos econômicos da Fecomércio MG, em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte (Sincovaga-BH). A metade dos empresários ouvidos re-forçou a segurança do estabelecimento como forma de minimizar os prejuízos, sendo que para 94,4% esse investimento representa cerca de 30% do faturamento da companhia.

O comportamento é fruto da percepção dos gestores sobre o avanço da violência que, para 59,5% dos entrevistados, aumentou em Belo Horizonte nos últimos 12 meses, assim como nos bairros, conforme a opinião de 46,3% dos consultados. “Os empresários pas-saram a incluir em seu planejamento financeiro aportes em medidas de proteção ao seu negócio”, afirma a estatística da Fecomércio MG elisa Castro, destacando que os principais recursos implantados são o circuito interno de TV (35,3%) e os alarmes (28,5%).

O levantamento mostra que 48,8% dos donos de estabelecimen-tos sofreram algum tipo de violência em seu local de trabalho, sen-do o assalto à mão armada a comerciários e clientes (52,6%) e o furto a loja (24,7%) as ocorrências mais registradas.

Os empresários destacam, ainda, que se sentem muito inseguros em relação a situações cotidianas nos bairros em que estão aloca-dos, como andar a pé sozinho à noite (63,2%), trabalhar até mais tarde (57,5%) e aos fins de semana (38,75). Como medida de pre-venção à violência, 46,5% mudaram alguns de seus hábitos, pas-sando a guardar objetos de valor em outro local, como citado por 26,1% dos entrevistados, e alterando os horários de funcionamento da loja, medida tomada por 17,6%.

“Além das perdas com patrimônio, a violência coloca em risco os funcionários. É preciso que as autoridades realizem ações mais efetivas para resolver o problema”, analisa o presidente do Sinco-vaga-BH, Gilson de Deus Lopes.

PalESTra InForMaTIVaO Sincovaga-BH promove, no dia 25 de novembro, em parceria

com a Fecomércio MG, uma palestra informativa sobre os efei-tos da criminalidade em supermercados. ela ocorrerá às 14h30, na sede do Sindicato: avenida Francisco Sales, 329, sala 1303, bairro Floresta, em Belo Horizonte. Acesse a pesquisa da Fecomércio MG sobre o tema no portal www.fecomerciomg.org.br.

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No estande do Sistema, foram divulgados os serviços prestados pelas instituições

SISTEMA FEcOMéRcIO MG PARTIcIPA DA SUPERMInAS 2015

O Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos partici-pou da 29ª edição da SuperMinas, Congresso e Feira Supermer-cadista e da Panificação, realizada entre os dias 20 e 22 de outu-bro, no expominas, em Belo Horizonte. No estande do Sistema, foram divulgados os serviços oferecidos pelas instituições, como as assessorias Jurídica, econômica e em Negócios Internacionais prestadas pela Fecomércio MG. O Mesa Brasil Sesc, programa de combate à fome e ao desperdício de alimentos, ensinou receitas ricas e nutritivas, de acordo com o conceito de aproveitamento in-tegral dos ingredientes. Já o Senac realizou oficinas gastronômi-cas com dicas para o preparo de pratos como bruschetas especiais e sobremesas finas.

Também marcaram presença representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte (Sincovaga-BH) e o Sindicato do Comércio Atacadista de Gêne-ros Alimentícios de Belo Horizonte e Contagem (Sincagen). O evento foi realizado pela Associação e Sindicato da Indústria Mi-neira de Panificação (Amipão) e a Associação Mineira de Super-mercados (Amis).

Presidiram a mesa de honra de abertura da SuperMinas o pre-sidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga; o prefeito de Belo Horizonte, Marcio La-cerda; o presidente da Câmara Municipal de BH, Silvinho Rezen-de; o presidente do Conselho Diretor da Amis, Alexandre Poni, entre outras autoridades.

SIncATEvA bh cOMEMORA 77 AnOS O Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuário e Armarinhos de Belo Horizonte (Sincateva BH) completou 77 anos no

dia 25 de setembro de 2015. Por meio de parcerias com as empresas associadas e do apoio do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, a entidade trabalha com o objetivo de organizar, representar, defender e promover o crescimento das empresas do setor. “Há 30 anos trabalho nesta engrenagem fantástica que move de forma significativa a economia do nosso país. Orgulho-me de fazer parte do mercado da moda, um dos segmentos do comércio que tanto exporta e revela talentos além das Gerais”, afirma o presidente do Sincateva, Lúcio emilio de Faria Junior.

entre as principais atividades desempenhadas pelo sindicato estão a capacitação customizada, a oferta de convênios e assessoria gratuita em diversas áreas, assim como a atuação junto a órgãos públicos em defesa dos interesses dos empresários do ramo. Para os próximos anos, a entidade planeja, entre outras ações, ampliar sua representatividade na Região Metropolitana da capital mineira, assim como desenvolver programas de qualificação específicos para cada segmento do mercado da moda.

Para comemorar o 77º aniversário, o Sincateva BH lançou a revista Moda in Foco, voltada para o segmento de produção de moda. A nova publicação foi apresentada aos associados durante o 17º encontro dos Lojistas de Moda, realizado no dia 6 de novembro deste ano. “A revista vai tratar de assuntos relativos ao setor, sem ficar restrita a tendências e estações”, afirma o presidente do Sindicato.

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INtERpREtAçÃO ECONôMICA Ou pRAgMAtISMO FISCAl?

SAchA cAlMOnAdvogado, presidente do conselho de Assuntos Tributários da Fecomércio MG, coordenador da especialização em direito tributário das Faculdades Milton campos, ex-professor titular da UFMG e da UFRJ

O direito tributário brasileiro reconhece certas necessidades do sujeito ativo da obri-gação tributária, mas não consagra a chama-da interpretação econômica.

“Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

I – da capacidade civil das pessoas naturais; II – de achar-se a pessoa natu-ral sujeita a medidas que importem pri-vação ou limitação do exercício de ativi-dades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; III – de estar a pessoa jurí-dica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.”

esse artigo do Código Tributário Nacio-nal (CTN) tem causado muitas disceptações entre os estudiosos. Querem alguns que a sua redação, com realce para os incisos, consagre a “interpretação econômica” dos fatos gera-dores. Outros tantos – é nesse grupo que nos enfileiramos – entendem que os dispositivos são apenas pragmáticos, não tendo o alcance que lhes querem atribuir os desavisados, que daninha até mais não poder; é a chamada “in-terpretação econômica”.

Há que atentar, isto sim, para a pratici-dade das disposições do art. 126. O ato ju-rídico, como regido no Código Civil, exige sujeito capaz, objeto lícito e forma prescri-ta ou não defesa em lei. Faltando quaisquer desses requisitos, o ato não produz efeitos jurídicos. Dá-se que, em matéria tributá-ria, ocorrem certas especificidades a exigir temperamentos na teoria dos atos jurídicos. É ver, por exemplo, o caso do falido proibi-do de comerciar (sujeito incapaz) que se dá ao comércio, em lugar remoto, mesmo não podendo fazê-lo. É lógico que fica sujeito à persecução penal. Pode até ser acionado por

outro particular que demande a nulidade de algum negócio entre eles, mas jamais poderá alegar que os seus atos de mercancia e os lu-cros obtidos não se devem sujeitar ao ICMS e ao imposto de renda. Houve fatos gerado-res – no caso do ICMS, operações relativas à circulação de mercadorias e, no caso do imposto de renda, lucros advindos da ativi-dade comercial. Ilícito terá sido o exercício do comércio, não os fatos geradores de obri-gações tributárias. O autor do ilícito, para os fins da persecução penal e dos seus reflexos no direito privado, distingue-se do autor dos fatos geradores tributários. Por isso o inciso I dispõe que a capacidade passiva (aptidão para ser sujeito passivo de relações jurídicas tributárias) independe da capacidade civil das pessoas naturais, e o inciso II arremata que é irrelevante – para os fins da tributação – achar-se a pessoa natural sujeita a medi-das que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais ou da administração direta de seus bens ou negócios. Quanto às pessoas ju-rídicas, basta se apresentarem como uma uni-dade econômica ou profissional, independen-temente da forma societária e da constituição jurídica exigida pelas leis civis e comerciais.

De ver, porém, que o artigo dispõe sobre exceções, casos extremos, situações que exi-gem regulação, sob pena de recaírem no vazio em termos de legislação tributária, obrigando à resolução dos casos a partir de princípios e institutos ortodoxos do direito (nem sem-pre adequados ao colorido inusitado das si-tuações fiscais). Ao cabo, como relembrava Amílcar de Araújo Falcão, os fatos geradores dos impostos são fatos econômicos revelado-res de capacidade contributiva, aos quais a lei atribuiu relevância jurídica para o fim de instaurarem obrigações fiscais.

Veja-se que o direito tributário não des-preza – tirantes as patologias fiscais exigen-tes de tratamentos que excluem as normas e princípios de direito privado – os institutos e formas do direito civil e do direito comercial. exemplos, temos vários. De sublinhar apenas dois, sobremodo representativos. O art. 134, VII diz que somente no caso de sociedades de pessoas os sócios são responsáveis pelas dívidas da pessoa jurídica. Respeita-se, as-sim, a forma societária. Nas sociedades ditas de capital, as anônimas, por exemplo, bem como nas mistas, caso das sociedades por cotas de responsabilidade limitada, os sócios só respondem se forem diretores, gerentes ou representantes e tiverem agido com infração de lei, contrato ou estatuto social. Prevalece o brocardo latino societas distat a singulis, quer no direito societário, quer no direito tributário. e o art. 117 prestigia a teoria das condições dos atos jurídicos para dizer que o fato gerador, sendo negócio jurídico sujei-tado à condição suspensiva, somente ocorre após o implemento da condição, quando en-tão o ato jurídico bilateral estará perfeito e acabado. Demonstrando, ademais, respeito pelos institutos de direito privado, o CTN prevê a responsabilidade dos representan-tes legais dos incapazes: os pais pelos filhos menores, os curadores pelos curatelados, os tutores pelos tutelados etc. Compreenda-se, assim, a excepcionalidade do art. 126.

A TRIbUTAçÃO DOS ATOS IlícITOS

O fato gerador dos tributos é sempre um fato lícito. A) são tributáveis os fatos lícitos, embora realizados ilicitamente; B) não po-dem ser tributados os fatos ilícitos, como o rufianismo, o jogo do bicho ou o tráfico de drogas.

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O seu respeitofaz toda a diferença. Flávio Renegado

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As diferenças de cor da pele, religião, orientação sexual, gênero, condição socioeconômica, assim como as deficiências e tantos outros fatores são, todos os dias e no mundo todo, usados para discriminar e inferiorizar pessoas. Já passou da hora de mudarmos de atitude.

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artigo

SEguRANçA dA INFORMAçÃO glObAlIzAdA: ANtIgAS AMEAçAS E NOvOS dESAFIOSEDGlEI SAlEScOORDEnADOR DA ÁREA DE TEcnOlOGIA DA InFORMAçÃODA FEcOMéRcIO MG

As empresas têm seguido uma tendência global de investimento em tecnologia e, com isso, estão permanecendo mais conectadas às redes públicas e privadas. Com maior apara-to tecnológico, mas sem o planejamento ade-quado, as vulnerabilidades ou brechas graves de segurança podem surgir, viabilizando um ataque cibernético e um possível transtorno às companhias: sequestro de dados, extorsão, roubo de informações ou até mesmo a retira-da permanente da empresa de seu nicho de mercado estão entre os riscos. O incremento da tecnologia da informação das empresas, com maior conectividade em várias redes de dados como a sem fio e vários computadores interligados em uma rede pública (a internet que utilizamos), pode ser um estopim pronto a ser aceso por algum criminoso cibernético ou hacker aventureiro. Dessa forma, é pre-ciso ter cautela, pois o nosso Planeta hoje é um emaranhado de redes digitais com um vo-lume absurdo de dados que estão trafegando entre cidades, estados e países, e essas in-formações muitas vezes não estão protegidas ou criptografadas, podendo ser extraídas ou sequestradas facilmente.

existe uma verdadeira guerra digital em todo o mundo e grandes empresas de segu-rança da informação possuem formas de identificar, em tempo real, ataques cibernéti-cos com origem e alvo. Você pode se espantar com o grande número de tentativas de inva-são que podem ter se iniciado apenas no perí-odo em que você lê este parágrafo. Vários ór-gãos públicos brasileiros e algumas empresas estão sendo alvos de ataques direcionados, avançados e persistentes, executados por cri-minosos cibernéticos. Ocorrências assim são bastante estudadas pelos especialistas de se-gurança da informação há algum tempo, pois tais ameaças modernas estão cada vez mais perigosas e podem muitas vezes ser patroci-nadas por alguém com interesses escusos.

“nOSSO PlAnETA hOJE é UM EMARAnhADO DE REDES DIGITAIS (...) E ESSAS InFORMAçõES MUITAS vEzES nÃO ESTÃO PROTEGIDAS, PODEnDO SER ExTRAíDAS OU SEqUESTRADAS FAcIlMEnTE.”

São considerados ataques direcionados porque os autores utilizam engenharia social para conhecer o alvo com pesquisas na internet e em jornais, conhecendo seus funcionários, fazendo visitas presenciais à vitima e outros recursos para coletarem informações que pos-sibilitem conhecer algum aspecto ou vulne-rabilidade da empresa ou de seu sistema. Os atacantes utilizam-se de várias tecnologias e formas de acesso à rede do alvo, como e-mails infectados com programas espiões, aproveitan-do-se de senhas pouco complexas ou enviando vírus a vários computadores, acessando-os por redes sem fio com nenhuma ou pouca proteção.

essas investidas são persistentes porque po-dem demandar um tempo médio de seis meses a alguns anos até que o alvo tenha seus dados e informações acessados e subtraídos. Um grave

problema é que muitos desses ataques ciberné-ticos estão sendo realizados seguidos por crime de extorsão, onde todo o conteúdo da empresa ou entidade é criptografado e o próprio dono da informação perde o total acesso; nesse caso, criminosos solicitam um resgate financeiro para liberar os dados por meio de uma senha.

O mais preocupante é a falta de investi-mento de muitos empresários em segurança da informação, visto que os incrementos em tecnologia estão cada vez mais crescentes. Mais da metade das organizações brasileiras já tiveram seus dados furtados ou acessados, e uma pequena parcela não consegue rastrear essas ameaças, pois não possuem tecnologia adequada, conhecimento e não realizam trei-namento ou conscientização de seus funcio-nários para evitarem e prevenirem alguns in-cidentes de segurança.

essas ameaças, quase invisíveis, são difíceis de ser identificadas, mas podem e devem ser prevenidas. entendemos que não existe “segu-rança da informação 100%”. Apesar disso, po-demos dificultar bastante o acesso ao bem mais precioso das empresas, que é a informação. Por isso, sugerimos que os gestores consultem um especialista na área para proteger o seu negócio com eficiência.

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o voto é obrigatório e aConteCerá exClusivamente pela internet

O Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG) convoca todos os profissionais da contabilidade do estado para participar do processo eleitoral de renovação de um terço dos membros que compõem o seu plenário. Duas chapas concorrem às eleições, que acontecem exclusivamente pela internet, das 8h de 17 de novembro às 18h de 18 de no-vembro.

O voto é secreto, obrigatório, direto e pes-soal e será exercido por contador e técnico em contabilidade na jurisdição do CRC de seu re-gistro definitivo ou provisório. Só poderá votar o profissional que estiver em situação regular perante o Conselho até dez dias antes da data de início da eleição, quanto a débitos de qual-quer natureza. Dessa forma, os profissionais com dívida devem quitá-la ou negociá-la e pa-

A sexta edição do encontro de Integração dos Contabilistas do estado de Minas Gerais (eicon/MG) foi um sucesso. ela aconteceu en-tre os dias 25 e 27 de setembro, no Sesc Ven-da Nova, em Belo Horizonte. Foram mais de 430 inscrições para o evento, promovido pela Federação dos Contabilistas de Minas Gerais (Fecon-MG), com o apoio de empresas parcei-ras e de todos os Sindicatos filiados.

Os participantes estavam muito animados e puderam compartilhar bons momentos com seus amigos, familiares e colegas de profissão. A cerimônia de abertura contou com uma bela execução do Hino Nacional Brasileiro com saxofone e a apresentação do Bloco Oficina Tambolelê, além do desfile dos participantes representando suas cidades. O segundo dia foi recheado de atrações: corrida rústica, prática e esportes, aula de zumba, oficina de custo-mização de camisas, momento beleza, quick

CRCMg pROMOvE ElEIçõESEM NOvEMbRO

vI ENCONtRO dE INtEgRAçÃO dOS CONtAbIlIStAS dE MINAS gERAIS

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gar a primeira parcela até o dia 6 de novembro deste ano, ou seja, essa será a data de corte. Mesmo que o profissional negocie o débito após essa data, ele não poderá votar e deverá justificar a ausência ao pleito.

Confira no portal do Conselho (www.crcmg.org.br) a relação das chapas que concorrem às

massage, espaço kids, teatro e jantar dançan-te. Já no último dia foi anunciada a decisão do campeonato de futsal e houve a premiação dos

eleições. Para votar, acesse: www.eleicaocrc.com.br. O profissional que deixar de votar terá o prazo de 30 dias para apresentar, no sistema informatizado de votação, a justificativa de sua falta. Caso contrário, o CRCMG aplicará pena de multa nos termos da Resolução CFC n.º 1.481/2015.

vencedores em todas as categorias. O VI eicon proporcionou momentos de diversão e integra-ção, com programação para todos.

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Pelo sexto ano, o Eicon/MG reúne profissionais contábeis, estudantes, familiares e amigos

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A MAIOR LIQUIDAÇÃO DO ANO!

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DébORA FRAncA

A nova tendência de consumo no turismo, em que o visitante quer aprender e desfrutar ao má-ximo a cultura local do destino escolhido foi um dos destaques da 3ª Semana do Turismo, inicia-tiva do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, realizada entre os dias 28 de setembro e 2 de outubro. O evento reuniu profissionais de referência nacional e internacional para discutir temas como o desenvolvimento e a inclusão no setor turístico em Minas Gerais.

“Vivemos, hoje, a sociedade dos sonhos, em que o turista está em busca não apenas de hos-pedagem e alimentação de qualidade, mas, prin-cipalmente, de experiências”, afirma o professor da Universidade do Algarve, em Portugal, e vice--diretor do primeiro Programa de Doutorado em Turismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa pela mesma universidade, Júlio Cos-ta, ressaltando que esse comportamento demanda novos paradigmas de gestão aos profissionais do setor. ele apresentou a palestra “Desafios e opor-tunidades para os destinos turísticos no século 21”.

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tENdêNCIAS pARA pOtENCIAlIzAR O tuRISMO EM MINAS gERAISterCeira ediÇão da semana do turismo abordou temas Como desenvolvimento, teCnologia, indiCadores e inClusão

Outros dois painéis debateram a influência do turismo de experiência para o desenvolvimento e a inclusão da atividade no Brasil, e sua aborda-gem diante do uso de tecnologias como ferramen-tas de gestão para a obtenção de indicadores. O novo público, durante as viagens, usa cada vez mais a internet para obter informações e realizar compras.

Segundo o assessor técnico de Gestão, Co-mércio e Turismo do Senac, André Carvalho, há um alinhamento dos cenários nacional e interna-cional em relação às oportunidades advindas des-se novo perfil turístico. “A condição do câmbio tem originado não apenas um movimento inter-no, para que o brasileiro redescubra o seu país, como também a atração do turista internacional, ainda mais interessado em experiências únicas e autênticas, que agreguem valor para sua vida”, diz Carvalho.

Já o assessor especial do Ministério do Turis-mo, Ítalo Mendes, compartilhou suas experiên-cias sobre as ações voltadas ao desenvolvimento

A nova representação de consumo turístico foi um dos destaques do evento

Júlio Costa e Ítalo Mendes, palestrantes da abertura magna do evento

lEIA MAIS

Mais de 300 pessoas participaram da Programação Magna da Semana do Turismo, em belo horizonte. no interior, o evento aconteceu simultaneamente em 42 unidades do Sesc e do Senac, com a participação de 3.765 visitantes, e em sindicatos representados pela entida-de em Minas Gerais.

na página 7 do caderno do Senac, leia uma entrevista com o PhD em Administração (Es-tratégia e comportamento Organizacional), consultor na área de turismo e professor da Uni-versidade do Algarve (Portugal), Júlio costa Mendes, que participou de uma edição especial do Webinar, outro destaque da programação da 3ª Semana do Turismo. veja também no ca-derno do Sesc questões pertinentes ao cenário atual e ao futuro do Turismo que foram leva-das ao interior de Minas Gerais, por meio do evento. Os painéis foram realizados em Araxá, Montes claros e Poços de caldas.

turístico no ponto de vista da gestão e promoção da atividade. ele destacou a importância do turis-mo para a economia do país e que, atualmente, o setor representa 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o equivalente a R$182 bilhões, e gera 3,14 milhões de empregos diretos. “O de-senvolvimento da atividade propicia a atração de novos investimentos privados e públicos em in-fraestrutura e a diversificação e o fortalecimento da matriz econômica local, ou seja, mais emprego e renda para as regiões.”

Outro destaque da palestra foi a importância da atividade para a valorização do patrimônio na-tural e cultural brasileiro, por meio do estímulo ao conhecimento e à preservação dos mesmos.

Segundo Mendes, o turismo é uma ferramenta de desenvolvimento humano, tolerância e inclu-são. Dessa forma, “é necessário resgatar os valo-res que transformaram a atividade em agenda de políticas públicas, no final dos anos 50, a fim de promover ações inclusivas e alinhadas ao desen-volvimento sustentável”, destaca.

De acordo com Costa, é necessário reunir po-der público, privado, acadêmico e a sociedade para traçar estratégias de melhoria da capacidade de criar novas experiências e buscar por padrões de excelência para desenvolver a atividade. “O maior desafio desse novo cenário é transformar recursos já existentes em produtos turísticos, e esses em experiências para aumentar a competiti-vidade”, ressalta.

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Jurídico

FECOMÉRCIO Mg lANçA CONSElhO dE ASSuNtOS tRIbutÁRIOS

Um bom planejamento tributário é primordial para a sobrevivência de qualquer negócio. espe-cialmente neste momento delicado da economia brasileira, em que têm sido feitos recorrentes ajustes fiscais, os empresários têm que redobrar a atenção nos impostos e contribuições de origem federal, estadual e municipal, cobrados de acordo com o tipo de atividade. Para auxiliar o empresa-riado nessa tarefa, a Fecomércio MG lançou, em setembro, o Conselho de Assuntos Tributários.

O grupo, composto por representantes de cin-co setores do comércio – Varejista, Atacadista, Agentes Autônomos, Turismo e Hospitalidade e Comércio Armazenador –, além de outras entida-des representativas, como Sesc, Senac e Sebrae Minas, é presidido pelo Doutrinador Tributarista Sacha Calmon e tem como vice-presidente o dire-tor da Fecomércio MG Glenn Andrade.

O Conselho atua com o objetivo de subsi-diar as ações políticas e técnicas da Federação, potencializando sua atuação na área tributária e, consequentemente, auxiliando o empresário a reduzir os custos da companhia. “Com essa iniciativa, traremos excelência ao trabalho de apoio aos empresários, defendendo um dos pon-tos mais importantes para a sobrevivência de um negócio: a área tributária”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sin-dicatos, Lázaro Luiz gonzaga, que destaca ainda a relevância da atuação do Conselho para o tra-balho de representação dos empresários. “Temos recebido um número crescente de demandas nes-se sentido, que estão interferindo no crescimento das empresas. Por isso, estamos atuando em di-versas frentes no acompanhamento da legislação tributária, junto aos poderes executivo e legisla-

tivo Federal, dos municípios e do estado de Mi-nas Gerais, bem como nos órgãos de julgamento administrativo tributário”, explica.

Com 50 anos de carreira, Sacha Calmon é referência nacional no âmbito tributário e no grupo especializado da Fecomércio SP. em sua apresentação na solenidade de lançamento do Conselho, realizada na Fecomércio MG no dia 22 de setembro de 2015, o especialista discorreu sobre o cenário político-econômico atual e des-tacou a importância da criação do grupo para o suporte aos empresários. “Nesse momento tão crucial, atuar junto a uma entidade de classe sig-nifica cooperar para a resolução dos problemas que a afetam. Terei a missão de interagir e auxi-liar a tomada de decisões da diretoria da Feco-mércio MG”, analisa Calmon.

Lembrando que, além da atuação no Conse-lho de Assuntos Tributários, o departamento Ju-rídico da Fecomércio MG disponibiliza aos seus representados assistência para sanar dúvidas sobre tributos e contribuições, além de repassar informações referentes a novas legislações.

Da esquerda para a direita: o presidente do Conselho, Sacha Calmon; o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga; e o vice-presidente do Conselho, Glenn Andrade

objetivo é subsidiar as aÇões polítiCas e téCniCas da federaÇão, potenCializando a atuaÇão na área tributária

Acompanhe notícias sobre tributação e outros assuntos jurídicos por meio do portal www.fecomerciomg.org.br. entre em contato com o departamento Jurídico pelo telefone 3270-3330.

SAIbA MAIS

A Fecomércio MG participou do “III Con-gresso Nacional de Direito Sindical da OAB Federal”, realizado nos dias 10 e 11 de se-tembro, no MixGarden e no Minascentro, em Belo Horizonte. O evento, promovido pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Seccional Mineira por meio da Comissão especial de Direito Sindi-cal, contou com mais de dois mil participan-tes. Marcaram presença ministros das cortes superiores, desembargadores, juízes, procu-

FEcOMéRcIO MG PARTIcIPA DO III cOnGRESSO MInEIRO SInDIcAlradores, promotores, advogados, líderes po-líticos e sindicais, professores, pesquisado-res e estudantes.

Na oportunidade, foram proferidas palestras sobre direito público e privado, tendo como discussão temas de relevância para a advoca-cia, dirigentes sindicais e sociedade, como di-reito de greve, dissídio coletivo, assédio moral, terceirização, sustentabilidade das entidades sindicais e contratações temporárias. De acor-do com a assessora jurídica da Presidência da

Fecomércio MG, Tacianny Machado, as parti-cipações em congressos como esse são impor-tantes para fomentar o conhecimento dos pro-fissionais e qualificar a prestação de serviços para os empresários do setor terciário de Minas Gerais. “No evento foi possível presenciar uma pluralidade de assuntos afetos ao direito do trabalho e sindical, o que é importante, pois, a cada ano percebemos o quanto as relações sin-dicais vêm ocupando espaço no cenário jurídi-co contemporâneo”, conta.

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CONSELHO DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOSPresidido pelo renomado Doutrinador Tributarista Sacha Calmon Navarro Coelho, o grupo de discussão tem o objetivo de potencializar a ação da Fecomércio MG na defesa de um dos pontos mais importantes para a sobrevivência de um negócio: a área tributária.

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economia

A IMpORtâNCIA dOS INdICAdORES pARA A gEStÃO EMpRESARIAl

ElISA cASTROESTATíSTIcA DA FEcOMéRcIO MG

Diante do cenário econômico atual, a luta pela sobrevivência dos negócios leva gestores e empresários a buscar mecanismos que permi-tam fortalecer as organizações para enfrentar os obstáculos comerciais que o futuro aponta. As empresas vencedoras são aquelas que con-seguem perceber os problemas e implantar as mudanças necessárias para continuar sobres-saindo no mercado e satisfazendo o consumi-dor. É preciso conhecer todos os processos in-ternos e externos, e não somente os que estão diretamente ligados à questão financeira.

Nesse sentido, os indicadores têm como tarefa básica expressar, da forma mais simples possível, a situação de determinado processo da empresa, e demonstra, com base em medidas, aquilo que está sendo feito ou que se pretende realizar. eles são como uma fotografia do presente e do passado da companhia e podem, também, prover informa-ções sobre os cenários futuros.

A construção de um indicador baseia-se, primeiramente, em sua contribuição na toma-da de decisões. Deve representar algo que é necessário para a rotina de gerenciamento. Os indicadores precisam demonstrar credibilida-de e devem ser gerados e analisados de forma criteriosa, resultando em dados relevantes em pouco tempo e baixo custo.

A alta tecnologia e velocidade dos negócios faz com que a informação seja algo cada vez mais mutável e, dessa forma, o tempo de men-

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“OS InDIcADORES POSSIbIlITAM UM TERMôMETRO DAS ETAPAS DO DESEnvOlvIMEnTO DE UM EMPREEnDIMEnTO, vIAbIlIzAnDO ESTAbElEcER InTERvERSõES cORRETAS E EM TEMPO hÁbIl.”

suração do indicador deve ser avaliado rigorosa-mente levando em conta a necessidade e o custo.

Construir um indicador e analisá-lo não é uma tarefa fácil, pois uma informação incor-reta pode levar a uma decisão errada. Ainda assim, é uma ação extremamente necessária e, aos poucos, é possível aprofundar as análises e gerenciar os indicadores de maneira otimizada.

A falta desses balizadores impossibilita a percepção de um problema e a intervenção fica prejudicada pela ausência de informações. As medidas externadas em cada etapa do processo dão à empresa a oportunidade de acompanhar o desempenho e aperfeiçoar as atividades que ne-cessitam de correções estruturais. John Young, presidente da Hewlett-Packard, nesse contexto, declarou: “Aquilo que você não pode medir não pode ser aperfeiçoado, e aquilo que é medido é feito”. (Revista eXAMe, 1999, p.105).

O resultado dos indicadores deve ser traduzi-do de forma que sua análise seja clara e de com-preensão de todos os envolvidos no processo. Normalmente são aferidos por medidas simples, como: percentuais, dados de contagem, medi-das de tendência central e variabilidade (média, mediana, percentis, desvio-padrão, amplitude, coeficiente de variação), entre outros. O resu-mo em tabelas e a utilização de recursos gráfi-cos deixam a análise do resultado mais atrativa, principalmente ao mostrar o comportamento do indicador ao longo do tempo de avaliação.

A necessidade de aprofundar as monitora-ções e as análises é gerada quando o empreen-dimento fica mais robusto. Podem ser incluídas na análise dos indicadores metodologias esta-tísticas não tão triviais, como testes de compa-ração, modelos de regressão e previsão, além de cálculo de índices multivariados, respeitan-do sempre as características dos dados e as pos-síveis restrições.

Os indicadores possibilitam um termômetro das etapas do desenvolvimento de um empre-endimento, viabilizando estabelecer interver-sões corretas e em tempo hábil, evitando que um pequeno problema se torne um grande peso para a empresa. Aprendendo sobre o passado e agindo com competência no presente, é possí-vel planejar e construir o futuro com sabedoria e conhecimento.

Banc

o de

imag

ens

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18 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 399

notas emPresariais

índices econÔmicos

COMO ATUALIzAR SUA DÍVIDA PeLO INPC: SeTeMBRO/2015

Mês/Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

JANeIRO 1,61389199 1,51565556 1,45576838 1,36736545 1,28899586 1,21376907 1,14980906 1,08239461

FeVeReIRO 1,60283244 1,50601705 1,44306937 1,35463191 1,28245534 1,20270419 1,14261061 1,06660880

MARÇO 1,59517560 1,50136283 1,43303810 1,34735618 1,27747319 1,19648248 1,13534440 1,05437801

ABRIL 1,58708149 1,49836610 1,42293526 1,33852194 1,27517787 1,18934640 1,12611030 1,03869374

MAIO 1,57698876 1,49017016 1,41262311 1,32895347 1,26706863 1,18237042 1,11739462 1,03137100

JUNHO 1,56199362 1,48128247 1,40657484 1,32142137 1,26013788 1,17824655 1,11073024 1,02126052

JULHO 1,54790766 1,47508710 1,40812378 1,31852063 1,25687001 1,17495667 1,10784983 1,01345690

AGOSTO 1,53898157 1,47170218 1,40911015 1,31852063 1,25148861 1,17648611 1,10641150 1,00761275

SeTeMBRO 1,53575648 1,47052576 1,41009722 1,31300600 1,24588214 1,17460674 1,10442353 1,00510000

OUTUBRO 1,53345629 1,46817668 1,40252360 1,30712394 1,23808223 1,17144384 1,09903825 1,00000000

NOVeMBRO 1,52582716 1,46466149 1,38973801 1,30295449 1,22935381 1,16434135 1,09487771 –

DezeMBRO 1,52005096 1,45926222 1,37556964 1,29556974 1,22275096 1,15808768 1,08910545 –

Fonte: IBGe - elaboração: Fecomércio MG | estudos econômicosComo atualizar:1) Por exemplo, uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em Janeiro de 2008. 2) Na tabela o fator de atualização referente a Janeiro/08 é 1,61389199.3) R$ 200,00 vezes 1,61389199 = R$ 322,77 que é o valor em 01/10/2015.

Fonte: FGV, IBGe, IPeADelaboração: Sistema Fecomércio MG | estudos econômicos

*Nova Poupança (MP 567/2012)elaboração: Sistema Fecomércio MG | estudos econômicos

qUInTA vAlEnTInA, empresa de sapatos com sede em São Paulo, irá inaugurar, até o final deste ano, 20 lojas em Minas Gerais. A marca possui atualmente nove franquea-das no estado, além de um Centro de Distribuição em Frutal, no Tri-ângulo Mineiro. O aporte inicial está estimado em aproximadamen-te R$ 25 mil, um investimento re-lativamente baixo devido ao mo-delo da empresa, sem lojas físicas com atendimento em domicílio.

A SkETch, grife mineira especia-lizada em roupas masculinas, pla-neja investir R$ 10 milhões em Minas Gerais com a mudança da fábrica instalada atualmente na Bahia. enquanto a alteração não se concretiza, a empresa irá investir outros R$ 3 milhões no seu Cen-tro de Distribuição localizado no bairro Pilar, na regional Barreiro de Belo Horizonte. Após a con-clusão do projeto, ele passará de 1.800 metros quadrados para três mil metros quadrados.

A sanduicheria x TUDO, de Belo Horizonte, pretende ampliar seu negócio e abrir uma segunda uni-dade na capital mineira em 2016. O novo investimento será pro-vavelmente no entorno de casas noturnas na região do Buritis, de Nova Lima, Vila da Serra ou da Região Metropolitana, justificado pelo público demandante dos seus serviços: jovens que saem de ma-drugada e procuram locais abertos para se alimentar. Será investido o valor de aproximadamente R$ 150 mil na filial.

POUPANÇA / TR / SALáRIO / SeLIC

2015

FeV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SeT OUT

POUPANÇA (*) 0,5882 0,5169 0,6302 0,6079 0,6159 0,6822 0,7317 0,6876 0,6930

TR 0,0168 0,1296 0,1074 0,1153 0,1813 0,2305 0,1867 0,1920 0,1790

SALáRIO MÍNIMO (R$) 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00

SeLIC (%) 0,8904 1,0195 0,9924 1,0624 1,0609 1,1026 1,1379 1,1010 –

ÍNDICeS De PReÇO %

ÍNDICeS%2014 2015

Acumulado12 meses (1)

OUT NOV Dez JAN FeV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SeT

IGP-DI (FGV) 0,59 1,14 0,38 0,67 0,53 1,21 0,92 0,40 0,68 0,58 0,40 1,42 9,29

INCC-DI (FGV) 0,17 0,44 0,08 0,92 0,31 0,62 0,46 0,95 1,84 0,55 0,59 0,22 7,37

IGP-M (FGV) 0,28 0,98 0,62 0,76 0,27 0,98 1,17 0,41 0,67 0,69 0,28 0,95 8,35

INPC (IBGe) 0,38 0,53 0,62 1,48 1,16 1,51 0,71 0,99 0,77 0,58 0,25 0,51 9,90

IPCA (IBGe) 0,42 0,51 0,78 1,24 1,22 1,32 0,71 0,74 0,79 0,62 0,22 0,54 9,49

IPCA (IPeAD) 0,41 0,77 0,59 2,23 0,57 1,25 0,55 1,06 0,94 0,68 0,53 0,52 10,57

GUIlhERME AlMEIDAEcOnOMISTA DA FEcOMéRcIO MG

A influência negativa do cenário político na economia foi a justificativa para mais uma agência de classificação de riscos rebaixar a nota de crédito soberana brasileira. Dessa vez, a responsável pela análise foi a Fitch Ratings, que moveu para o último nível o grau de in-vestimento do Brasil, passando de “BBB” para “BBB-” .

Além da crise política, o crescente endivi-

Causas e efeitos do rebaixamento do grau de investimento

damento público foi insumo para a tomada da decisão. Segundo a agência, o impacto da re-cessão econômica nas contas do governo está sendo maior do que o esperado e, embora a ad-ministração pública esteja trabalhando em me-didas de equilíbrio, com aumento de impostos e cortes de gastos, a elevada incerteza quanto à implementação das ações estabelece entraves para a retomada do desenvolvimento.

esse foi o segundo rebaixamento sofrido pelo país em pouco mais de um mês. em se-

tembro, a agência Standard & Poor’s havia con-siderado a classificação brasileira como “BB+”, grau especulativo. Os efeitos não são mais gra-ves apenas porque o Brasil ainda possui grau de investimento por duas agências. entretanto, com a perspectiva negativa pairando o cenário político e econômico, é possível que o rebaixa-mento venha a se concretizar no fim de 2016. Caso isso aconteça, uma fuga de capital estran-geiro poderá ocorrer, fazendo com que o inves-timento produtivo sofra uma maior retração.

giro econÔmico

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 399• 19

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20 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 399

negócios internacionais

Segundo o Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio exterior (MDIC), a balança comercial brasileira no mês de setembro de 2015 obteve um su-perávit de US$ 2,944 bilhões. Tal cifra é consequência das importações, que recu-aram mais do que as exportações. O total das vendas ao exterior foi de US$ 16,148 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 13,204 bilhões.

No acumulado de 12 meses (período de outubro/2014 a setembro/2015), as expor-tações alcançaram US$ 195,962 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 189,023 bilhões. esses valores levam a um saldo positivo na balança comercial de US$ 6,939 bilhões, o que representa um aumen-to de 51% em relação ao acumulado no período de outubro/2013 a setembro/2014 (US$ 3,386 bilhões).

fiQue Por dentro

bAlAnçA cOMERcIAl SETEMbRO/2015

vocÊ sabia?

Atendendo às diretrizes do Plano Nacio-nal de exportação, lançado pelo governo fe-deral em 24 de junho deste ano, foi criado o Comitê do Plano Nacional da Cultura expor-tadora (PNCe), e Minas Gerais foi escolhida para lançar o piloto do projeto.

O PNCe é constituído por diversas ins-tituições representativas, entre elas a Feco-mércio MG, o Serviço Nacional de Apren-dizagem Comercial (Senac em Minas), a Federação das Indústrias do estado de Mi-nas Gerais (Fiemg), o Instituto euvaldo Lodi (IeL), a Associação Comercial e empresarial de Minas (ACMinas), a Secretaria de estado de Desenvolvimento econômico, o Minis-tério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio exterior (MDIC), o Serviço Brasi-leiro de apoio às Micro e Pequenas empresas (Sebrae), os Correios e o Banco do Brasil.

A intenção desse comitê é integrar as ações das entidades participantes visando o acompanhamento das empresas cadastradas desde o primeiro passo até a exportação con-

cretizada, a fim de fomentar a cultura expor-tadora em Minas Gerais e ampliar a partici-pação do país no mercado internacional.

Para isso, é realizado um cadastro com as empresas que tiverem interesse por meio do preenchimento de um formulário, onde serão classificadas em uma das cinco etapas (sensi-bilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização).

Inicialmente serão selecionadas cerca de duas mil empresas de diversos portes e dos seguintes setores: agroindústria/agronegó-cios; biotecnologia e nanotecnologia; metal--mecânica; energias renováveis e sustentá-veis; moda; serviços; mineração, siderurgia e metalurgia.

Os interessados em aderir ao Plano podem solicitar à Central exportaminas da Secretaria de estado de Desenvolvimento econômico de Minas Gerais, pelo e-mail exportaçã[email protected], onde também poderão obter mais informações.

SISCOSERV3 de dezembro, das 13h às 17h,

na Fecomércio MG

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 399• 21

negócios internacionais

“FOMEnTAR A PARTIcIPAçÃO DE MIcRO E PEqUEnAS EMPRESAS nO qUE TAnGE AS vEnDAS AO ExTERIOR é UMA DAS SOlUçõES SUGERIDAS PARA O ATUAl cEnÁRIO.”

ExpORtAçõES bRASIlEIRAS:uM OlhAR SObRE A CRISE

embora tivesse o sétimo maior Produto In-terno Bruto (PIB) do mundo em 2014, o Bra-sil ocupou o 25° lugar no ranking mundial de países exportadores, correspondendo a apenas 1,2% das exportações mundiais, segundo o Mi-nistério de Desenvolvimento da Indústria e do Comércio exterior (MDIC). Além disso 71% das exportações brasileiras estavam concentra-das na região Sul e Sudeste do país e apenas 25 produtos eram responsáveis por 59% da pauta exportadora. esse fato demonstra a falta de evo-lução do comércio exterior brasileiro e aponta a necessidade urgente de mudanças, para que se promova dinamismo ao fluxo comercial brasi-leiro em transações internacionais.

Feco

mér

cio

MG

JUlIAnA PEIxOTO chAvES GOMESAnAlISTA DE nEGócIOS InTERnAcIOnAIS DA FEcOMéRcIO MG

leiras quanto às suas respectivas participações em âmbito mundial, como a unificação das in-formações do processo de comércio exterior por meio de um portal único, tendo em vista desbu-rocratizar os trâmites de importação e exporta-ção, com previsão de funcionamento para 2017.

Os financiamentos e as seguradoras de cré-dito também vêm aprimorando as opções de acesso aos empréstimos ofertados para Micro e Pequenas empresas, a fim de estimular a partici-pação das mesmas no mercado externo.

Mesmo com tais medidas sendo empregadas, o empresário brasileiro enfrenta alguns obstácu-los para exportar. O custo-Brasil e o baixo conhe-cimento nos trâmites de comércio exterior são al-guns exemplos que agem como empecilhos para esse processo. Sem mencionar o aspecto cultural: o vasto mercado doméstico brasileiro, na maioria das vezes, se mostra bem mais atrativo e de mais fácil articulação comercial, e por isso atende bem à demanda que poderia ser exportada.

Contudo, é valido ressaltar que, apesar das dificuldades que figuram como constantes no processo de exportação, contar com um bom pla-nejamento é uma premissa que contribui para via-bilizar qualquer empreendimento. e para os que intentam operacionalizar fora do país, não seria

diferente. esse ponto é um dos diferenciais entre o desempenho das grandes empresas comparado ao das pequenas no comércio exterior. Principal-mente com os altos custos tributários que enfren-tamos na atual conjuntura econômica, uma aná-lise completa possibilita ao empresário avaliar e encontrar boas oportunidades, especialmente em tempos de crise.

Diante de toda a conjuntura exposta e do arranjo econômico no qual o país se encontra, fomentar a participação de micro e pequenas empresas no que tange as vendas ao exterior é uma das soluções sugeridas para o atual cená-rio. Com a proposta de dinamizar o comércio exterior brasileiro, o governo instituiu o Plano Nacional da Cultura exportadora (PNCe), cujo objetivo é fomentar a cultura exportadora nos estados, acompanhando as empresas em todas as suas fases exportação.

Visando trabalhar de forma conjunta com outras instituições, o PNCe busca promover a mudança de visão sobre comércio exterior, para que o mesmo seja compreendido de fato como uma forma de as empresas explorarem mais suas potencialidades comerciais, ao passo que também se promova um melhor desempenho no âmbito internacional para a economia do país.

O governo, com o intuito de mudar esse cená-rio, tem estimulado as exportações como princi-pal alternativa em meio à crise e à alta do dólar. em junho deste ano, foi lançado o Plano Nacional de exportação, com o objetivo de aumentar a par-ticipação do país no comércio internacional.

Outras medidas vêm sendo adotadas para melhorar o desempenho das companhias brasi-

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NO PIB E NAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS (2014)

PIB3%Brasil (US$ 2.353 bilhões)7ª col.

97% Demais países(US$74.949 bilhões)

EXPORTAÇÕES1,2%Brasil (US$ 225 bilhões)25ª col.

98,8% Demais países (US$18.710 bilhões)

Fonte: MDIC, com dados do FMI e OMC

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Jurídico

7º SEMINÁRIO dE dIREItO dO tRAbAlhO dA FECOMÉRCIO Mg

JéSSIcA AnDRADE E DébORA FRAncA

A realidade econômica brasileira tem pro-movido profundas transformações nas relações trabalhistas, tornando-as mais delicadas e de-mandando diálogo entre entidades públicas e privadas. Nesse sentido, alterações nos regimes de benefícios sociais, a criação de medidas de flexibilização da jornada de trabalho e o papel das entidades sindicais na defesa dos interesses dos atores econômicos foram temas tratados na 7ª edição do Seminário de Direito do Trabalho da Fecomércio MG. O encontro, realizado no dia 15 de outubro de 2015, reuniu renomados profissionais do direito do trabalho nacional e internacional em uma discussão sobre os de-safios propostos pela crise e a experiência de países europeus no processo de retomada do crescimento.

A abertura do encontro foi feita pelo pre-sidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga; o Desembargador do Tribunal Regional do Tra-balho da 3ª região Márcio Flávio Vidigal, re-presentando a presidente do Tribunal, desem-bargadora Maria Laura Lima Franco de Faria; o tesoureiro da Ordem dos Advogados do Bra-sil – Seção Minas Gerais (OAB/MG), Antônio Fabrício de Matos Gonçalves; o professor e ad-vogado Davidson Malacco Ferreira; o diretor regional adjunto e técnico do Sesc, Luiz Neves, e a assessora jurídica da Presidência da Feco-mércio MG, Tacianny Mayara Silva Machado.

“As principais transformações no mercado de trabalho ocorridas na Itália devido à crise econômica”, foi tema do painel apresentado pela professora na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a ita-liana Francesca Columbu. ela demonstrou que a Itália apresenta uma alta taxa de desemprego, registrando índices acima de 12%. Para conter a crise, o atual governo adotou medidas que mudaram o paradigma do mercado de trabalho. “Uma das recentes ações foi o fim da estabili-dade no emprego, sendo a empresa livre tanto para contratar quanto para demitir, desde que haja pagamento de indenização ao trabalha-dor”, conta a especialista.

evento disCutiu, Com palestrantes internaCionais, o impaCto da Crise eConômiCa nas relaÇões trabalhistas

Com o tema “A crise econômica e os re-flexos no direito do trabalho: o papel das en-tidades sindicais”, o painel apresentado pelo professor do corpo docente do mestrado e do doutorado da Facoltà di Giurispudenza da Università di Roma II - Tor Vergata, o italiano giancarlo Perone, repercutiu o impacto do pa-norama econômico na representatividade dos sindicatos. Perone explicou que os mesmos devem ter uma postura de renovação para se aproximar das novas gerações, colaborando para o desenvolvimento sustentável e o fo-mento do mercado de trabalho. “Os sindicatos têm um importante papel diante desse cenário e devem assumir uma postura de protagonista das ações, especialmente nas ligadas à nego-ciação coletiva”, analisa.

A assessora jurídica da Presidência da Fe-comércio MG, Tacianny Machado, mediou o debate e reforçou a necessidade de os sindi-catos se atualizarem e se posicionarem. ela classificou a negociação coletiva como uma ferramenta que deve ser usada com exaus-tão nesse período. “Os sindicatos precisam se reinventar. A sociedade deve reconhecer o papel da instituição, que é dialogar e buscar o equilíbrio da relação entre empregador e em-pregado, zelando pela manutenção dos empre-gos”, ressaltou.

Doutor e mestre em direito do trabalho pela Universidade de São Paulo, Túlio de Oliveira Massoni apresentou o painel sobre a “Importân-cia da negociação coletiva e dos acordos coleti-vos em momento de crise econômica”. Relem-brou Massoni que a crise é uma “companheira histórica do direito do trabalho” e é essencial que as empresas tenham, neste momento, flexibili-dade interna e instrumentos para continuar no mercado. “A atuação dos Tribunais Superiores e do Ministério Público do Trabalho na interpre-tação das cláusulas pactuadas nas convenções e acordos coletivos de trabalho” foi o tema do painel apresentado pelo advogado e sócio do es-critório de advocacia Ferreira & Chagas, Davi-dson Malacco Ferreira. “A negociação coletiva precisa ser um processo de integração e inclu-são social, que legitima a relação de produção e não permite a renúncia de direitos”, destaca. Já o juiz do trabalho no Tribunal Regional do Tra-balho da 3ª Região, Cléber Lúcio de Almeida, ministrou a palestra magna “Por um Direito do Trabalho de Segunda Geração”. Almeida afirma que o direito do trabalho propõe a retomada do compromisso nas relações trabalhistas, por meio da humanidade. “Ser solidário no relacionamen-to entre empregados e empregadores remete à harmonia de interesses, que permite reconhecer, perceber e valorizar o outro.”

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O Seminário, realizado pela Fecomércio MG, reuniu renomados profissionais do direito do trabalho nacional e internacional

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 399• 23

Os renomados especialistas italianos Giancarlo Perone (1º à esq.) e Francesca Columbu (2ª à esq.) conduziram debates sobre a crise no contexto internacional

O encontro reuniu profissionais do direito do trabalho com atuação em âmbito nacional e internacional

Os advogados Marcelo Morais, Manuela Dantas, Sandra Pinto e Juliana Mattos

Os advogados Túlio Massoni, Davidson Malacco, Maria Cecília Máximo Teodoro, Thiago Magalhães e Eduardo Araújo

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O presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, realizou a abertura do Seminário

O Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª região, Márcio Flávio Vidigal, participou da abertura

A equipe jurídica da Fecomércio MG e participantes do Seminário: evento consolidou-se como referência em debates do direito do trabalho em Minas Gerais

Page 24: Ed.399 - NOV/DEZ/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

24 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 399

ObRIgAçõES SOCIAISE FISCAIS | NOvEMbRO 2015

ObRIgAçõES SOCIAIS E FISCAIS | dEzEMbRO 2015

PIS – DCT No mês de admissão

SALáRIOS Até o 5º dia útil

FGTS / GeFIP / CAGeD Até o dia 7

SPeD / CONTRIBUIÇõeS Até o 10° dia útil do mês, referente ao mês de agosto de 2015

DCTF – MeNSAL Até o 15° dia útil do mês, referente ao mês de agosto de 2015

ReTeNÇãO PIS/COFINS CSLLARTIGO 30 – LeI 10.833/03

Até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente

IR FONTe – SALáRIOS, AUTôNOMOS, ALUGUÉIS Até o último dia do 2º decêndio

INSS – SALáRIO Até o dia 20

SIMPLeS NACIONAL – ReCOLHIMeNTO Até o dia 20

COFINS / PIS / FATURAMeNTO Até o dia 25

CARNÊ LeãO / IRPJ eSTIMATIVA / TRIMeSTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SOCIAL eSTIMATIVA / TRIMeSTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SINDICAL PATRONAL No vencimento da guia

Âmbito federal

PIS – DCT No mês de admissão

SALáRIOS Até o 5º dia útil

FGTS / GeFIP / CAGeD Até o dia 7

SPeD/CONTRIBUIÇõeS Até o 10° dia útil do mês, referenteao mês de setembro de 2015

DCTF – MeNSAL Até o 15° dia útil do mês, referenteao mês de setembro de 2015

ReTeNÇãO PIS/COFINS CSLL ARTIGO 30 – LeI 10.833/03

Até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente

IR FONTe – SALáRIOS, AUTôNOMOS, ALUGUÉIS Até o último dia do 2º decêndio

INSS – SALáRIO Até o dia 20

SIMPLeS NACIONAL – ReCOLHIMeNTO Até o dia 20

CONFINS/PIS/FATURAMeNTO Até o dia 25

CARNÊ LeãO / IRPJ eSTIMATIVA / TRIMeSTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SOCIAL eSTIMATIVA/TRIMeSTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SINDICAL PATRONAL No vencimento da guia

Âmbito federal

Âmbito estadual

Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes Até o dia 09

Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST Até o dia 10

Indústrias sem prazo específico Até o dia 15

eFD Fiscal Até o dia 25

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DAPI

Âmbito municiPal

ISSImposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05 Ver legislação local

IPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

Des Declaração eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município

Ver legislação local

Âmbito estadual

Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos

Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes

Até o dia 09

Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST Até o dia 10

Indústrias sem prazo específico Até o dia 15

eFD Fiscal Até o dia 25

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DAPI

Âmbito municiPal

ISSImposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05Ver legislação local

IPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

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Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

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Jurídico

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Publicação do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais – sistema Fecomércio mg, sesc, senac e sindicatos

www.sescmg.com.br

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trabalHador do comércio é camPeão no sesc

belo Horizonte – novembro/dezembro de 2015 – edição 399

sesc no Parque reúne mais de 420 mil Pessoas em minas

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virada cultural de belo Horizonte: sesc amPlia sua ParticiPaçãoPág. 8

sesc saúde da mulHer: minas recebe nova unidade móvel

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artigo

Há 69 anos, por meio do Decreto-Lei 9.853 de 13 de setembro de 1946, era criado o Ser-viço Social do Comércio, com a finalidade de “planejar e executar medidas que contribuam para o bem-estar social e a melhoria da quali-dade de vida dos comerciários e suas famílias”.

Inicialmente focado em ações de saúde e assistência, no desenrolar do contexto social e político ao longo dos anos, o Sesc assumiu um papel expressivo como possibilidade de lazer, prática esportiva e turismo social e não hesitou em participar da construção e divulgação das ricas manifestações culturais do Brasil, além de propor ações educativas inovadoras.

No contexto sócio-político, paralelamen-te à consolidação do Sesc, a população viu a construção de uma nova capital federal. O país experimentou o parlamentarismo, atravessou um período marcante de governos militares e viu o petróleo se apresentar como a salvação para seu crescimento. O clamor pela redemo-cratização tomou as ruas por eleições diretas, em busca de mudanças e dias melhores.

O Brasil cresceu em termos populacionais. Na área de educação foi possível colocar mais gente nas escolas e trabalhar muito para manter as crianças estudando. Houve avanços também na área da saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), e a introdução e regula-

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mentação dos remédios genéricos no mercado. Contudo, a população mais carente de oportu-nidades necessita de alternativas por meio de instituições como o Sesc, que promovem o de-senvolvimento pessoal e a realização social.

No esporte, apesar de não ter um trabalho de base alinhando com a formação educacional das

“A populAção necessitA de AlternAtivAs por meio de instituições como o sesc, que promovem o desenvolvimento pessoAl e A reAlizAção sociAl.”

crianças e dos jovens, o Brasil viu seu futebol conquistar cinco campeonatos mundiais. Isso tal-vez por uma vocação natural do esporte no país e menos por um planejamento estratégico nesse campo. Basta analisar os resultados sucessivos a cada edição dos Jogos Olímpicos, o que demons-tra a ausência de políticas públicas no segmento.

Na área de Assistência, em 2003 o Gover-no Federal criou um dos mais emblemáticos de todos os programas vistos até então, o Fome Zero, que colocou o Brasil nas páginas dos jor-nais do mundo como um país preocupado com a erradicação da fome e da miséria por meio de ações de transferência e distribuição de renda. Porém, os indicadores sociais apresentam um panorama que nos revela ainda haver regiões com cenários desumanos nesse quesito.

No desenrolar desse processo histórico, o Sesc segue firme com sua missão de promover a qualidade de vida do comerciário, bem como preencher as lacunas sociais. Presente em todos os Estados da Federação, a instituição busca contribuir diariamente para uma nação melhor nas áreas de saúde, educação, esporte, cultura, lazer e assistência.

O Brasil e, em especial, Minas Gerais podem contar com o Sesc, que sempre será um parceiro nacional para a desenvolvimento social.

PACOTESSaídas de Belo Horizonte

Julho / Agosto / Setembro

PACOTESSaídas de Belo Horizonte

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Saídas de Belo Horizonte

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Saídas de Belo Horizonte

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Julho / Agosto / SetembroJulho / Agosto / Setembro

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Christiano senna

No Sesc, o esporte é coisa séria. Também divertida e saudável. Na Copa Sesc do Traba-lhador, os mineiros que trabalham diariamente no comércio de bens, serviços e turismo mos-tram que são campeões também nas quadras e nas piscinas. Até dezembro, as competições de futsal masculino, vôlei feminino, peteca e na-tação vão agitar as unidades em 17 cidades de todas as regiões de Minas Gerais e espantar o sedentarismo da vida dos participantes.

Entre os objetivos dos jogos estão a promoção do acesso ao esporte e a integração entre os cola-boradores, incentivando valores sociais como a cooperação, o companheirismo e a superação dos desafios individuais. Segundo o gerente de De-senvolvimento Físico-Esportivo do Sesc, Fabiano Ribeiro, todos esses fatores são baseados em um espírito de igualdade, respeito e confraternização.

Essas e outras questões motivam algumas equipes que acabaram se tornando tradicionais na Copa Sesc do Trabalhador, competição que, anteriormente, se chamava Copa do Comerci-ário. Um exemplo é o time da Eletromac, em Uberlândia, que já participou de mais de 20 edições. De acordo com Ederson Rodrigues, um dos integrantes do grupo, que disputa a modalidade futsal, a Copa já faz parte da vida dos trabalhadores e permite fazer mais amigos.

“Em todas as edições, temos a oportunidade de conhecer pessoas de outras empresas e fazer amigos. Isso é algo único”, afirma.

EsportE para todas as idadEsNão importa se é criança, jovem, adulto ou

idoso: o Sesc tem atividades e competições para todas as faixas etárias. Dessa forma, refor-ça o compromisso da instituição em proporcio-nar bem-estar e melhoria da qualidade de vida ao comerciário e seus dependentes.

A Copa Sesc, que também é realizada até dezembro, oferece às crianças e adolescentes, de sete a 17 anos, a oportunidade de participar de disputas de futsal, vôlei, basquete, handebol e natação. Por meio dessa iniciativa é possível proporcionar aos atletas momentos de coope-ração, trabalho em equipe e compreensão do esporte como um instrumento de educação. A participação é voltada para escolas, clubes, agremiações, projetos sociais, entre outros.

O Esporte Clube América Suburbano, de Belo Horizonte, é uma das equipes mais tradicionais,

que participou de todas as 28 edições da Copa Sesc, na disputa pelas medalhas do futsal. Segundo o responsável pelo grupo, Edgar Eustáquio Dantas, “a competição é muito importante para os jovens”.

Já a Copa Sesc Master proporciona aos par-ticipantes a oportunidade de adquirir hábitos de vida saudáveis e interagir socialmente durante as competições em diversos esportes, como bo-liche adaptado, buraco, dama, lancebol, volei-bol, sinuca, peteca, truco, tênis de mesa e nata-ção. Podem participar pessoas com mais de 55 anos e as inscrições de 2015 ainda serão abertas.

Copa Sesc do Trabalhador é realizada em todas as regiões do Estado. Na foto, a equipe Novo Mundo, de Paracatu, noroeste de Minas

Quem tem mais de 55 anos pode participar da Copa Sesc Master

Copa Sesc incentiva prática de esportes entre crianças e adolescentes

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SuceSSO nO traBalhO e naS quadraStrabalhadores do ComérCio mostram que também são bons nos esportes

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eSpantandO O SedentariSmOPara incentivar a prática de exercícios,

o Sesc busca proporcionar aos trabalhado-res do comércio de bens, serviços e turis-mo, seus dependentes e à sociedade aces-so a atividades que resultam em melhoria da qualidade de vida. São iniciativas que incentivam os participantes a aprender e

manter novos hábitos, descobrir seus limi-tes e conseguir superá-los.

Segundo uma pesquisa recente divul-gada pelo Ministério do Esporte, 45,9% dos brasileiros são sedentários, ou seja, não praticam nenhuma atividade física. Os principais motivos apontados para isso foram “falta de tempo”, “falta de motivação” e “preguiça”.

acesse sescmg.com.br e conheça mais sobre as atividades esportivas do sesc.

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Um Planeta sustentável exige mais cons-ciência. Por isso, o Sesc realizou, no mês de setembro, em comemoração ao Dia da Árvore (21), o plantio de mais de 500 mudas de di-versas espécies nativas da mata atlântica e do cerrado em Belo Horizonte, Ouro Preto, Ituiu-taba e Uberlândia.

A ação faz parte do Programa de Neutrali-zação de Carbono dos Eventos do Sesc em Mi-nas, que visa compensar emissões de gases do efeito estufa. “É muito mais do que o ato sim-bólico do plantio. É um momento de mudança de postura e conscientização de que as nossas atitudes afetam as gerações futuras”, afirmou Fabíola Cunha, analista ambiental do Sesc.

Força dos pEquEnos Se há um momento em que a educação am-

biental gera muitos frutos, é a infância. Por isso, o Sesc executa o projeto Educação Am-biental e Sustentabilidade em 20 unidades. A ideia é incentivar o uso consciente dos recursos naturais, propondo atitudes para a preservação. Nos dias 29 e 30 de setembro, foi a vez do Sesc Governador Valadares dar vida à atividade, com a participação de 506 alunos de seis es-colas públicas de Timóteo, no Vale do Aço. A programação lúdica e divertida teve plantio de mudas de girassol, oficina de reciclagem, in-tervenção teatral, contação de histórias e uma visita-guiada ao Centro de Educação Ambien-

tal da Aperam South America, conhecido como Oikós, uma área de preservação permanente.

SiStema FecOmérciO mG reFOrça açõeS dO livrO de Graça na praça

rua de direitOS: dia de cuidadOS eSpeciaiS para mOradOreS de rua

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maiS árvOreS, maiS cOnScientizaçãO e um FuturO melhOr

Cultivar o hábito da leitura é fundamental na formação da cidadania. Por isso, o Sis-tema Fecomércio MG, Sesc e Senac, que já realiza diversos projetos de incentivo à for-mação de leitores, apoia iniciativas como o Livro de Graça na Praça, que chegou em 2015 à 13ª edição. O evento, idealizado pelo escritor mineiro José Mauro da Costa, foi re-alizado no dia 13 de setembro, na Praça Du-que de Caxias, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte.

O Sesc agregou ainda mais diversão à ini-ciativa com uma edição do Livro ao Pé da Ár-vore e da Rua de Lazer. A programação contou também com aferição de pressão, spa das mãos e quick massage, serviços gratuitos oferecidos

pelo Senac. O resultado foi um dia repleto de novos conhecimentos para o público, como a assistente administrativa Rubia Braga. Ela re-servou o domingo para levar as duas filhas, Be-atriz e Elisa, de 10 e sete anos. As pequenas passaram boa parte da manhã desfrutando o mundo da leitura. “Eu estava lendo o livro “Ár-vore do Brasil” e vi que é do mesmo autor da obra que li recentemente na escola – ‘O Velho Xico’”, contou Beatriz, entusiasmada.

O projeto também propicia o encontro do público com escritores. Com diversos livros publicados, Neusa Sorrenti disse que se sente responsável ao escrever para as crianças e con-tribuir para a formação do leitor. “Acho fantás-tica a proposta desse evento”, afirmou.

Moradores de rua de Belo Horizonte rece-beram cuidados especiais no dia 30 de setem-bro durante o evento Rua de Direitos, que teve correalização do Sesc e apoio do Senac, inte-grados ao Sistema Fecomércio MG. Realizado no bairro Santa Tereza, na capital mineira, a ação fez parte do projeto Rua do Respeito, lan-çado em setembro pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Os moradores receberam assistência jurí-dica, cuidados de higiene pessoal, alimenta-ção saudável, atendimentos médico, psicoló-gico e odontológico, além de participarem de oficina de música, atividades físicas e conta-ção de histórias.

De acordo com a coordenadora de Trabalho Social do Sesc, Andréia Duarte Oliveira Costa, foi uma chance de resgate do respeito a esses morado-res. “Na área de assistência, o Sesc trabalha com o desenvolvimento social e busca a inclusão dessas pessoas. Apoiando esse evento, o Sistema Fecomér-cio MG contribui para um conjunto de ações que beneficiam as pessoas em trajetória de rua”, define.

O promotor de justiça da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos), Pau-lo César Vicente de Lima, explica que o pro-jeto Rua de Respeito promove o acesso desse público a direitos básicos de qualquer cidadão. “Muitos moradores estão morrendo nas ruas de Minas. Precisamos catalisar recursos e organizar projetos, porque nem sempre a política pública chega até essa população”, conclui o promotor.

Plantio de mudas envolveu crianças que participam do Projeto Habilidades de Estudo

Rúbia, com as filhas Beatriz e Elisa: diversão e conhecimento

Oficina de percussão Sesc Corpo Sonoro promoveu a convivência no evento Rua de Direitos

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A qualidade de vida e os negócios voltados para as pessoas com mais de 60 anos foram o destaque na Feira da Longevidade Ativa, reali-zada em Belo Horizonte, de 15 a 17 de outubro. O evento, apresentado pelo Sesc, teve apoio do Senac e da Fecomércio MG. Durante os três dias de exposição, dezenas de instituições públicas e privadas mostraram ideias sobre como promo-ver e manter um “Envelhecimento Ativo”.

O Sesc apresentou informações sobre sua atuação levando atividades de cultura, saúde, turismo, esporte e assistência. A programação incluiu shows especiais do Minas ao Luar, do Causos e Violas e do Sesc Chorinho e Samba na Praça, apresentação dos corais dos Grupos de Idosos e exposição e oficina do Sesc + Gru-pos: Voluntários. O Senac Móvel também este-

ve presente e ofereceu oficinas de gastronomia, serviços como quick massagem e spa das mãos e o sorteio de cursos.

A aposentada Elizabeth Laudares, 65 anos,

foi conhecer a feira junto com uma amiga. Ela aproveitou para testar a glicose, aferir a pressão e aprender bordado no estande do Sesc. Além disso, participou da oficina de gastronomia, oferecida pelo Senac, e descobriu como fazer pasta de ricota com talos de salsa e raspas de limão. “Eu amo cozinhar e hoje aprendi uma receita saudável. Esta feira está muito legal. Cheguei aqui às 15 horas e só vou embora de-pois do Minas ao Luar”, disse, empolgada.

Segundo o diretor de Administração e Fi-nanças do Sesc, Jairo Gonçalves Silva, “a Feira da Longevidade Ativa é uma iniciativa que vai ao encontro de uma das missões da instituição, de transformação social. Com essa ação, mos-tramos nosso trabalho, privilegiando a saúde e a possibilidade de viver mais e melhor”.

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O sucesso do Mesa Brasil em Minas Gerais chama a atenção: o Programa, que complementa milhões de refeições no Estado, oferece educa-ção nutricional e capacitação para instituições sociais e ainda combate o desperdício de alimen-tos, recebeu a visita do Departamento Nacional do Sesc, sediado no Rio de Janeiro, na última semana de setembro. Momento de apresentar o trabalho realizado e partilhar boas práticas.

Em seis dias, René Lopo Neto, nutricionista coordenador nacional do Mesa, visitou as três unidades fixas do Programa (Uberlândia, no Triângulo Mineiro; Montes Claros, no Norte

de Minas, e em Belo Horizonte), participou de reuniões técnicas, da coleta e entrega de ali-mentos e de oficinas. “Em Minas, vemos como muito forte a questão da ação educativa. Além disso, vi que as equipes são muito entrosadas. Esse comprometimento é muito importante de se replicar”, afirmou. “Estamos trabalhando, batalhando, sempre apoiados pela Diretoria Regional. O ponto principal da visita, além de reconhecimento, é a troca de experiências, vin-das de outros departamentos regionais”, con-clui Eliana das Graças, gerente de Assistência do Sesc em Minas.

Para oferecer oportunidade a pessoas com sofrimento mental e inseri-las no mercado de trabalho, o Sesc criou o Programa Aprendiz. No dia 30 de setembro, gestores participaram de um encontro de sensibilização com repre-sentantes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG), dos Centros de Convivência da Prefeitu-ra de Belo Horizonte e do Senac. A SRTE/MG apresentou o projeto de inclusão desse público e esclareceu dúvidas sobre o acolhimento das pessoas que sofrem desse tipo de transtorno. A ocasião marcou também a integração do labo-ratório Hermes Pardini ao projeto.

A auditora fiscal do Trabalho e coordenadora da Fiscalização de Inclusão de Pessoas com De-ficiência no Mercado de Trabalho em Minas Ge-

rais, Patrícia Siqueira, destacou o perfil inclusi-vo que as organizações precisam ter para aderir ao programa. “Selecionamos a dedo as empre-sas e instituições que vão participar do projeto e achamos que o Sesc se encaixou perfeitamente em todos os requisitos”, ressaltou.

O Gerente Geral de Desenvolvimento Hu-mano e OrganizacionaI, Silvano Aragão, cele-brou a chegada dos aprendizes. “Um dos objetos do Sesc é o trabalho de responsabilidade social. Ao mesmo tempo, fazendo este papel, estamos contribuindo para a vida dessas pessoas. Não queremos só cumprir cota, a gente quer que as pessoas venham para o Sesc agregar com o tra-balho delas em nossos processos, que sejam res-peitadas e tenham as mesmas oportunidades de crescimento de qualquer colaborador.”

René Lopo Neto, em visita à atividade Turminha do Mesa: ação educativa e entrosamento das equipes mineiras são destaque nacional

Elizabeth Laudares aproveitou os serviços do Sesc e do Senac na feira

Evento foi oportunidade para refletir sobre o preconceito

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ana Cláudia Gonçalves

Uma temporada de alegria, muita música e prestação de serviços à disposição do trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes, e também de toda a sociedade. Cin-co municípios mineiros desfrutaram de tudo que o Sesc promove, em um só dia, num só lugar. O Sesc no Parque trouxe tantas atrações que reuniu mais de 420 mil pessoas aos parques de Ipatin-ga, Uberaba, Belo Horizonte, Patos de Minas e Uberlândia. Além das atividades do Sesc nas áre-as de assistência, cultura, educação, saúde e lazer (esporte, recreação e turismo social), em todas as edições houve participação do Senac com corte de cabelo, spa das mãos, design de sobrancelha e quick massagem, entre outros serviços.

Ipatinga inaugurou a temporada no dia 17 de maio. Mais de 64 mil pessoas comparece-ram ao Parque Ipanema para aproveitar uma programação. O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga, Cláu-dio Marconi Tomaz, ressaltou a importância de receber o projeto pela primeira vez. “Ficamos felizes e satisfeitos em receber esse presente e não vamos esquecer nunca”, disse. O presiden-te do Sindicato do Comércio do Vale do Aço, José Maria Facundes, completou: “ficamos en-cantados com toda a estrutura”.

Em menos de um mês, o Sesc no Parque fez a alegria dos moradores de Uberaba. O Parque das Acácias reuniu mais de 56 mil pessoas, em 14 de junho. O presidente do Sindicato do Co-mércio Varejista de Uberaba, Marcelo Carneiro Árabe, apontou a importância do projeto como vitrine do Sesc. “O Sesc no Parque vem con-solidar o que a instituição faz todos os dias, ao longo do ano. A atuação dos colaboradores na divulgação mobilizou toda a cidade”, contou.

O evento chegou, em julho, a Belo Horizonte, onde o projeto já é conhecido, e registrou recorde de público desde o lançamento, em 2012: mais de 170 mil pessoas ocuparam o Parque Munici-pal Américo Renné Giannetti. O trabalhador do comércio Glauco Valério participou pela primeira

vez, acompanhado da esposa Ana Paula e do filho Miguel. “É uma ação importante e necessária. Es-sas possibilidades são maravilhosas para oferecer a oportunidade de o público usufruir de ativida-des gratuitas de qualidade e ao ar livre”, ressalta.

Em setembro, o Sesc no Parque estreou em Patos de Minas. Mais de 36 mil pessoas acom-panharam o projeto no Parque de Exposições Sebastião Alves do Nascimento. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista da cidade, Sebastião da Silva Andrade, avaliou positiva-mente a realização. “Foi um evento inesquecí-vel, que fortaleceu ainda mais as relações entre os parceiros e mostra que todos nós valoriza-mos o empresário e o trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo”, conclui.

O Sesc no Parque levou mais de 94 mil pessoas ao Parque do Sabiá, em Uberlândia, para encerrar a temporada, no último domin-

go de setembro. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista local, Osvaldo Ramiro Go-mes, afirmou a satisfação em receber o evento pela segunda vez – a primeira foi em 2014 – e repetir o sucesso. “A gente vê a mesma re-ceptividade do público e isso nos deixa muito satisfeitos, porque continuamos oferecendo serviços de qualidade”. Ele ressaltou o apoio e a integração dos sindicatos locais, destacan-do a presença dos presidentes do Sindicato do Comércio Varejista de Ituiutaba e de Uberaba, Vera Lúcia Freitas Luzia, e Marcelo Árabe. “Em cada evento realizado, encontramos no-vidades e nos surpreendemos. Tudo acontece como o programado por causa do compromisso do Sistema com o público. O Sesc é a alegria das pessoas”, constatou Vera Lúcia.

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SeSc nO parque reúne maiS de 420 mil peSSOaS em cincO municípiOS de minaSipatinGa, uberaba, belo horizonte, patos de minas e uberlândia reCeberam o projeto em 2015

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O trabalhador do comércio Glauco Valério levou a esposa Ana Paula e o filho Miguel

Estande do Senac foi um dos mais concorridos nos cinco municípiosCia. Sesc de Dança emocionou o público

Público lotou todas as edições do evento; shows com artistas de renome nacional integraram a programação

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Christiano senna

O Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac levou ao interior de Minas Gerais o debate so-bre questões pertinentes ao cenário atual e ao

futuro do setor de turismo. Empresários, tra-balhadores, estudantes e interessados partici-param dos painéis em Araxá, Montes Claros e Poços de Caldas que abordaram assuntos di-versos como gastronomia e desenvolvimento regional, durante a terceira edição da Semana do Turismo.

Em Montes Claros, o evento foi realizado no auditório do Senac e teve como tema “Tu-rismo e Desenvolvimento no Norte de Minas: estudos de caso sobre turismo comunitário”. Os palestrantes destacaram as potencialidades turísticas da região e os entraves para o desen-volvimento, além de apresentar e esclarecer o conceito de Turismo Comunitário, que incenti-va os moradores dos locais a promover ativida-des que atraiam turistas e renda.

Segundo a palestrante Damiana Campos, esse conceito propõe desenvolver o Norte de Minas a partir de comunidades tradicionais, em que as hospedagens são feitas nas próprias ca-

sas, junto com as famílias. “O que move esse tipo de turismo é a relação entre o visitante e visitado, e, também, os laços de solidariedade, geração de renda e de fortalecimento do núcleo familiar”, salienta.

Em Araxá e Poços de Caldas, as palestras foram realizadas nas unidades do Sesc, com abordagens sobre “Gastronomia, Turismo e Desenvolvimento Regional” e “Turismo social e desenvolvimento integrado”, respectivamen-te. O público se atentou para as oportunidades que podem fortalecer a economia das cidades.

A empresária do comércio Élida Pontes concluiu que: “Araxá é uma cidade com po-tencial turístico muito interessante e que pode ser desenvolvido com ações integradas entre os segmentos hoteleiro, gastronômico e o comér-cio, trazendo reflexos positivos para todos”. Saiba mais sobre a Semana do Turismo na página 15 do caderno da Fecomércio MG e na página 7 do caderno do Senac.

ana Cláudia Gonçalves

A frota de unidades móveis de saúde do Sesc recebeu um reforço em setembro: um ca-minhão novo, todo equipado para promoção da saúde feminina. A cerimônia que marcou a entrega das chaves contou com a presença da coordenadora do Sesc Saúde da Mulher do Departamento Nacional (DN) do Sesc, Rober-ta Vilhena e colaboradores da instituição liga-dos ao projeto.

O caminhão móvel é equipado com uma sala para realização de exames de mamografia

digital bilateral e um consultório médico com-pleto para realização de procedimentos de ci-topatologia oncológica (Papanicolau) e ultras-sonografias. Além disso, a estrutura é adaptada para portadores de necessidades especiais.

Minas é o segundo Estado a receber a nova unidade em 2015. A coordenadora, Roberta Vi-lhena, afirma a satisfação em participar de mais uma entrega. “Poder levar toda estrutura para cidades que não possuem acesso ao mamógra-fo, por exemplo, que é um equipamento caro, permite que as mulheres façam os exames pra-ticamente na porta de casa”, destacou.

CapaCitação no Hospital do CânCEr dE BarrEtos

Dando continuidade à implantação do pro-jeto, os colaboradores que vão atuar no consul-tório móvel participaram de uma capacitação no Instituto de Treinamento em Técnicas Mini-mamente Invasivas e Cirurgia Robótica (Ircad) - América Latina e no Hospital de Câncer de Barretos, em São Paulo.

O encontro foi em setembro e reuniu equipes do Sesc de 10 Estados. “Aprende-mos com profissionais renomados, referên-cias na área, e saímos de lá com experiên-

cias incríveis. O tratamento que os pacientes recebem mostra que o atendimento humani-zado é o que mais importa. Voltamos mais motivados a continuar nosso trabalho com amor”, contou a analista de projetos Marcia Ramos da Silva.

O coordenador das unidades móveis, João Paulo Fonseca Martins, completou: “estamos muito satisfeitos em poder inaugurar essa nova etapa e afirmar, com o nosso trabalho, a visão do Sesc de ser um agente de transfor-mação social”.

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minaS GeraiS deStaca a FOrça dO turiSmO

SeSc Saúde da mulher: minaS receBe nOva unidade móvel equipe que trabalhará no Caminhão itinerante passou por CapaCitação em são paulo

Entrega das chaves da nova unidade móvelEquipes de 10 Estados participaram do treinamento em instituições de referência

Em Araxá, Hans Eberhard Aichinger, coordenador de Gastronomia do Senac em Minas; e Eduardo Avellar, referência na culinária mineira contemporânea, participaram do debate

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cultura

SeSc amplia atuaçãO na virada cultural de BelO hOrizOnte

cOntaçãO de hiStóriaS cOntriBui cOm O enSinO daS eScOlaS mineiraS

ana paula raChid

Fomentar a cultura e promover, cada vez mais, o acesso democrático à arte é uma das missões do Sesc. Nesse sentido, fazer parte de eventos da cidade que compartilham esse objeti-vo tem se tornado frequente. É o caso da Virada Cultural de Belo Horizonte, que neste ano con-tou com a participação do Sesc, pela terceira vez consecutiva. A instituição promoveu 35 atrações nas áreas de música, teatro, cinema, artes visu-ais, dança, literatura e um público total de 72 mil pessoas conferiu a programação em 24 horas. Foram oferecidas atividades para todos os gos-tos e idades nos espaços internos do Sesc Palla-dium e no palco externo montado especialmente para o evento na rua Rio de Janeiro. Além disso, em 2015, a atuação do Sesc ampliou-se e contou com o Minas ao Luar na Praça da Pampulha, com o show da dupla Chitãozinho & Xororó e de Mauro Silva e Conjunto.

Para Milena Pedrosa, gerente do Sesc Palla-dium, é muito importante que o Sesc esteja inse-rido em eventos como a Virada, pois cria-se cada vez mais um vínculo com a cidade, um sentimen-to de pertencimento aos espaços e aos projetos da instituição. “Quando levamos nossa programação ao público, as pessoas sentem que o Sesc é delas e feito para elas. Oferecemos atividades de qualida-de para uma plateia diversa, que pôde usufruir de uma agenda cultural diferenciada”, avalia.

Exemplo dessa variedade foi a intervenção ar-tística Parquear, realizada por cinco artistas que percorreram diversos espaços do centro cultural e ruas do entorno equilibrando canos de bambu na cabeça. Cibele Gato, de 36 anos, trabalhadora do comércio de bens, serviços e turismo, participou das atrações da madrugada e assistiu à interven-ção. “A performance me passou uma mensagem de desapego material e contato com a natureza. O interessante da Virada é incentivar as pessoas a sair de casa e a valorizar a arte”, salienta.

Para encerrar a programação, o Sesc Palla-dium promoveu um encontro inédito entre os cantores Otto e Baby do Brasil. Eles apresen-taram um show contagiante que encantou toda a plateia, fazendo a rua Rio de Janeiro ficar pe-quena para tanta animação.

tradição E MEMÓrias

O Minas ao Luar, um dos projetos mais tradicionais do Sesc, levou para a Praça da Pampulha um público de cerca de 30 mil pessoas, que foi embalado pelas canções de Chitãozinho & Xororó e de Mauro Silva e Conjunto. A dupla sertaneja, com mais de 40 anos de carreira e 36 álbuns, apresentou seus grandes sucessos em uma noite inesquecível. Assim, o Sesc contribuiu ainda mais para a diversidade e democracia da Virada Cultural, que já faz parte do calendário oficial de even-tos da capital mineira.

Caroline melo

Desde abril de 2015, o Sesc apresenta em diversas escolas públicas mineiras o universo mágico das histórias infantis, dos contos po-pulares, das fábulas folclóricas e cantigas de

roda. O projeto Contação de Histórias surgiu para valorizar a literatura oral, trabalhar a ima-ginação dos alunos e, ao mesmo tempo, educar e ensinar por meio de grandes obras literárias.

As atividades são oferecidas nas unidades Sesc e em escolas adotadas para o público de seis a 12 anos. No primeiro semestre, acon-teceram 168 edições e mais de 22 mil atendi-mentos. Até dezembro, a expectativa é realizar mais 460 apresentações.

De acordo com a analista técnica social do Sesc, Juliana Martins, o Contação de Histórias valoriza, sobretudo, a literatura brasileira. “O projeto auxilia ainda na disseminação da lite-ratura oral, na formação de leitores, além do incentivo à leitura, contribuindo assim com os valores propostos pelo Sesc, como fortaleci-

mento, difusão e aperfeiçoamento da produção cultural”, afirma.

O projeto é implementado por 21 unidades do Sesc em Minas, além de três agências Sesc Serviços. São elas: Almenara, Araxá, Bom Despacho, Contagem/Betim, Desportivo, Flo-resta, Governador Valadares, Januária, Juiz de Fora, Montes Claros, Muriaé, Paracatu, Poços de Caldas, Santa Luzia, Santa Quitéria, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Tupinambás, Uberaba, Uberlândia, Venda Nova, Sesc Serviços em La-vras, Sesc Serviços em Patos de Minas e Sesc Serviços em Santos Dumont.

O projeto é realizado nas unidades Sesc e em escolas adotadas, para crianças e jovens entre seis e 12 anos

na 3ª edição do evento, o sesC realizou 35 atrações e apresentou uma novidade: a inserção do minas ao luar na proGramação

quer saber mais? acompanhe a programação do projeto na sua cidade pelo site www.sescmg.com.br.

Cerca de 30 mil pessoas cantaram sucessos de Chitãozinho & Xororó na Praça da Pampulha

A trabalhadora do comércio Cibele Gato: “A Virada faz com que as pessoas saiam de casa”

Palco montado pelo Sesc Palladium na rua Rio de Janeiro recebeu show antológico de Otto & Baby

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Celeiro de Criatividade para profissionais da moda

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entrevista: Que desenvolvimento Queremos para o turismo?

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desCubra o piCo da bandeira e desvende seus mistérios

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ampliação da faCuldade

unidades do senaC ofereCem novos

Cursos de graduação

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senaCbelo Horizonte – novembro – dezembro de 2015 – edição 399

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feComérCio informativo

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2 • FEcomércio inFormativo • Edição 399

artigo

Em vários momentos na nossa história em que a economia brasileira viveu situações de cri-se, o investimento em educação foi primordial. o país pôde superar as dificuldades e reencon-trar o caminho do desenvolvimento. Ao longo dos seus quase 70 anos de existência, o Senac sempre esteve entre os protagonistas da recu-peração do Brasil ao capacitar profissionais para o comércio de bens, serviços e turismo. Atual-mente, a instituição atende alunos em toda a sua trajetória de formação profissional, que começa no programa Jovem Aprendiz e se estende até a pós-graduação.

Na situação em que vivemos, não poderia ser diferente a relevância do Senac, assim como de todo o Sistema S, para enfrentar os desafios e recolocar o país nos rumos do desenvolvimento. Os recursos advindos das contribuições dos em-presários e trabalhadores são totalmente utiliza-dos para investir na oferta de qualidade de um vasto portfólio de cursos nos setores de beleza, gestão, comércio, hospitalidade, informática, moda, saúde, turismo e gastronomia, só para ci-tar alguns. Esses recursos nos permitem reali-zar, além dos cursos, todo um leque de ações, incluindo participação em eventos, pesquisas, palestras e debates, que aumentam a relevância de Minas gerais em diversos setores produtivos.

por exemplo, se hoje nosso Estado é reco-

nhecido internacionalmente pela sua gastrono-mia, muito se deve ao trabalho realizado pelo Senac na formação de profissionais para atuar em restaurantes, bares, hotéis e pousadas, entre outras ações que contemplam a cadeia produ-tiva do segmento. Há que se destacar também a qualificação de profissionais para os setores de moda, beleza e informática, que conseguem manter bons níveis de crescimento mesmo em cenários de crise.

Importante lembrar que o Senac é um dos mais importantes parceiros do governo federal em programas como o pronatec e, anteriormen-te, do governo estadual, por meio do programa de Educação Profissional (PEP), com a oferta de cursos profissionalizantes gratuitos para es-tudantes da rede pública. Em 2014, atendemos nada menos que 29.332 alunos em minas Gerais. Sem contar o programa Senac de gratuidade, de nossa própria iniciativa, do qual participaram aproximadamente 20.800 estudantes de janeiro a agosto deste ano, além de inúmeras ações ex-tensivas que contemplam também professores e público em geral.

Tudo isso é parte do grande esforço do Sis-tema Fecomércio Mg, Sesc, Senac e Sindicatos, com o respaldo e a confiança do empreendedor mineiro. Foi assim que o Senac pôde estar pre-sente, em 2014, em 556 municípios, alcançando

Educação profissional para voltar a crEscErluciano fagundesdiretor regional do senac

mais de 260 mil atendimentos. Esses novos alunos formados pelo Senac en-

tram no mercado de trabalho capacitados e com soluções inovadoras para retomarmos o cami-nho do desenvolvimento. A missão é difícil e, mais do que nunca, contamos com você, empre-sário do comércio de bens, serviços e turismo, para continuar nos apoiando, pois, com certeza, iremos superar juntos mais esse desafio.

“o senac sempre esteve entre os protagonistas da recuperação do Brasil ao capacitar profissionais para o comércio de Bens, serviços e turismo.”

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Cultura

uma vida dE pErspEctivas para talEntos da moda

o núcleo de criação e design do Se-nac (ncd) integra o Plug minas - centro de Formação e Experimentação digital do governo mineiro – e tem se firmado como berço para futuros profissionais da moda. No último processo seletivo realizado pelo plug, em agosto, a unidade do Senac especializada em moda, design e Beleza recebeu 217 novos alunos, de um total de 1.630 inscritos. Agora são 340 estudan-tes, divididos entre os cursos Técnico em moda, Figurinista, vitrinista, desenhista de moda, desenhista de Produtos Web e Organizador de Eventos. gratuitos, eles são destinados a jovens com idade entre 16 e 24 anos.

Segundo a diretora da unidade, Ju-liana Ribas, o mercado está saturado de profissionais que trabalham apenas com a criação, mas escasso de mão de obra qualificada para executá-la. “Esse é o di-

Mais de 200 estudantes do Núcleo de Criação e Design do Senac desenvolvem habilidades profissionais no espaço Plug Minas Ad

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ferencial da educação profissional ofere-cida pelo Senac e a proposta do Núcleo, sem deixar de exercitar a visão empreen-dedora”, diz.

os alunos do ncd têm a oportunida-de de contar com a expertise de um dos maiores nomes da moda brasileira, Ronal-do Fraga. Ex-aluno do Senac, o estilista é parceiro da instituição e se dedica a ofere-cer inovações extraclasse para os cursos da área. Ronaldo já promoveu palestras, exi-bição de vídeo comentado sobre coleção, discussão sobre seus trabalhos, propostas de processos criativos e treinamento para professores. O objetivo é qualificar ainda mais os estudantes para que atendam a real demanda do segmento, tornando-os dife-renciados para uma fácil absorção no mer-cado de trabalho.

desenHando o futuro Uma década depois, Kênia Mariane

Ayres, de 21 anos, voltou para o espaço

Aline BArBosA, dA rede ComuniCAção em que viveu por quatro anos, cheia de expectativas. Hoje, faz o curso desenhis-ta de Moda no Núcleo do Senac, no plug Minas - local que abrigava a antiga Fun-dação do Bem-Estar do menor (Febem) de Belo Horizonte. Ela se lembra do passado e conta, orgulhosa, como está desenhando o seu futuro. “desde criança gostava de costurar roupas para bonecas. Já fiz curso de Modelagem e de Costura em outra ins-tituição. Aqui quero me qualificar mais, busco uma formação bem completa”, co-mentou.

Nataly Santos Moura, 16 anos, se for-mará no curso Técnico em Moda no fim deste ano. Ela define sua vida em duas fa-ses: antes e depois de frequentar o Núcleo. “Sempre me interessei por moda e por pro-dução fotográfica para a área. O curso me surpreendeu, me descobri apaixonada pela área, encontrei novas possibilidades no se-tor, cresci como pessoa e tenho mais pers-pectiva”, ressaltou.

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em foCo

Quatro estrelas para ocurso de ciências contábeis

A Faculdade Senac Contagem ganhou, em setembro, mais uma certificação que atesta a qualidade dos cursos oferecidos pela institui-ção. dessa vez, o bacharelado em ciências Contábeis foi avaliado pelo guia do Estu-dante com quatro estrelas em uma escala cuja nota máxima é cinco. a colocação reflete não só a boa aceitação do curso, mas o posiciona entre os principais do país. O curso de Ad-ministração também foi qualificado como um dos melhores de Minas gerais, com três es-trelas. “É um índice que tem tradição no meio acadêmico e influência junto aos vestibulan-dos, por isso, é tão importante e gratificante estarmos representados nele”, disse o diretor da Faculdade Senac Contagem, paulo Henri-que de Sousa Leite.

O guia do Estudante é produzido pela Edi-tora Abril há mais de 25 anos e reúne informa-ções sobre instituições de ensino superior de todo Brasil, além de dicas sobre profissões e so-bre o mercado de trabalho. O ranking das me-lhores universidades é publicado anualmente.

o cursoO bacharelado em Ciências Contábeis é

ofertado pela Faculdade Senac Contagem desde o segundo semestre de 2009 e um dos seus diferenciais é a oportunidade que os alu-nos têm de aliar a teoria à prática da profissão, sem precisar sair do ambiente acadêmico. O Laboratório Contábil destina-se ao desenvol-vimento das rotinas da profissão em diversas áreas, como a empresarial e o escritório de contabilidade. por meio de práticas simuladas, os alunos realizam atividades pertinentes ao

segmento e aplicam toda a gama de conheci-mento adquirido ao longo do curso, que tem duração de quatro anos.

Ainda nesse laboratório são desenvolvidas diversas ações pelo Núcleo de Consultoria Contábil. Nos projetos, os futuros contadores oferecem orientações à comunidade por meio de consultorias fiscais, tributárias, contábeis, financeiras e de serviços, como declaração de imposto de renda, perícia contábil e auditoria externa. “O curso fomenta a formação cientí-fica do aluno, o que enrique muito o seu cur-rículo profissional, gerando um diferencial fantástico no mercado de trabalho”, afirma o diretor da Faculdade.

Outro destaque do curso é que os estudan-tes são preparados para o Exame de Suficiên-cia do Conselho Regional de Contabilidade, com 100% de aprovação na última edição.

“A excelente estrutura e o foco no aprendizado com total liberdade ao aluno de aplicar a teoria na prática, o que possibilita conhecer melhor a realidade da profissão, foram os diferenciais que chamaram a minha atenção na Faculdade Senac. Já no final do curso, posso dizer que o conhecimento adquirido é reflexo, também, do comprometimento dos professores e da coordenação, sempre presente e aberta a ouvir.”

Alunos e professores comemoram classificação do curso de Ciências Contábeis no Guia do Estudante da Editora Abril

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Francine da Silva Cunha,

Aluna do 8º período do curso de Ciências Contábeis

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FEcomércio inFormativo • Edição 399 • 5

Capa

Faculdade senac amplia opções de cursos e campi

Gestão de Recursos Humanos, Gestão Financeira e Processos Gerenciais integram, agora, a programação de cursos

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BAseAdo em pesquisA, novo portfólio ContemplA áreAs requisitAdAs pelo merCAdo de trABAlho

Segundo pesquisa realizada pelo Senac em Minas, 83% dos alunos egressos da gra-duação tecnológica em gastronomia ofereci-da pela instituição já atuam na área. desses, 67% chegaram ao mercado antes mesmo da formatura. A vocação empreendedora des-se público, apontada no levantamento, foi uma das apostas do Senac ao criar mais uma turma do curso, agora no período noturno. As aulas se iniciam em fevereiro de 2016: uma opção interessante para quem trabalha durante o dia e, no contraturno, investe no aprimoramento.

Além da nova turma, a Faculdade Senac tem, agora, mais três opções de graduação tecnológica, todas concentradas no eixo ges-tão e negócios: processos gerenciais, gestão de Recursos Humanos e gestão Financeira. “A ampliação do portfólio é um passo im-portante para o fortalecimento da instituição no segmento por meio da melhoria da com-petitividade e da visibilidade da Faculdade Senac”, destaca o consultor educacional do Senac, Bernardo Trindade.

A escolha dos cursos levou em conta a demanda do mercado, que busca profissio-nais com habilidades gerenciais, especial-mente com perfil de tecnólogo. as áreas em que o Senac já atuava também influenciaram na ampliação do portfólio. dados do Banco Mundial apontam que quem opta pela gra-

duação tecnológica supera em 20% as chan-ces de obter um emprego e reduz em 38% a possibilidade de ficar desempregado. isso porque esses são cursos mais direcionados aos aspectos práticos da profissão.

novos campiOs calouros poderão desfrutar da amplia-

ção da Faculdade Senac. Em Contagem, além do Campus Eldorado, que já oferta a gradu-ação tecnológica em gestão da Qualidade e os bacharelados em Administração e em

Ciências Contábeis, a boa nova é o Campus inconfidentes. no local, haverá turmas dos novos cursos, também ofertadas no Campus Venda Nova, em Belo Horizonte, com insta-lações modernas e sustentáveis.

Nos turnos matutino e noturno, a gradu-ação tecnológica em Hotelaria permanece disponível em Barbacena. O curso inclui práticas realizadas no Hotel Senac grogotó, referência em educação profissional no se-tor hoteleiro em Minas. Conheça o portfólio completo no www.mg.senac.br/faculdade.

Gastronomia noturno - 19h às 22h40Faculdade Senac Belo Horizonte - Campus Centro

noturno - 19h às 22h40 Faculdade Senac Contagem - Campus inconfidentes e Faculdade Senac Belo Horizonte - Campus Venda Nova

noturno - 19h às 22h40Faculdade Senac Contagem - Campus inconfidentes e Faculdade Senac Belo Horizonte - Campus Venda Nova

noturno - 19h às 22h40Faculdade Senac Contagem - Campus inconfidentes e Faculdade Senac Belo Horizonte - Campus Venda Nova

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Gestão Financeira

Processos GerenciaisGestão de Recursos Humanos

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fEnics: mais uma oportunidadEdE fazEr nEgócios

gastronomiaEm Evidência

futuros gEstorEs

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A tradicional Feira Nacional da Indús-tria, do Comércio e de Serviços de Montes claros (Fenics) proporcionou mais uma vez aos empresários da cidade e da região a possibilidade de fazer negócios em áre-as como beleza, saúde, turismo, educação e moda. Em sua 20ª edição, o evento foi realizado de 10 a 13 de setembro e teve a participação do Sistema Fecomércio Mg, Sesc e Senac.

certificação digital, Linhas de Finan-ciamento e assessorias Jurídica e Econô-mica foram alguns dos produtos e servi-ços apresentados pela Fecomércio Mg. O Senac ofereceu atendimentos gratuitos de quick massagem (foto), maquiagem e esté-tica, avaliação nutricional, todos realizados por alunos do Senac em Montes Claros, com orientação dos instrutores. Já o Sesc divulgou o programa Mesa Brasil e reali-zou a distribuição de cupcakes produzidos com casca de banana, dentro do conceito de aproveitamento integral dos alimentos.

Em outubro, o Senac esteve presente em dois importantes festivais gastronômicos da Zona da Mata mineira: o Sabores da Nos-sa Terra e o Sabores da Nossa Serra que aconteceram, respectivamente, na cidade de Lima duarte e no distrito de conceição do Ibitipoca. para os eventos, a instituição le-vou oficinas diversas que foram realizadas, gratuitamente, na carreta-escola de Turismo e Hospitalidade. As atividades foram con-duzidas por profissionais do Hotel Senac grogotó.

O Senac e a prefeitura de Uberlândia estão unidos no projeto Jovens gestores. Mais de 1.500 estudantes de 14 escolas serão atendi-dos. As ações do Senac vão apoiar a formação complementar dos alunos do Ensino Médio e auxiliá-los nas escolhas da carreira.

a finalidade é que os adolescentes estejam

Belo-horizontinos e visitantes se saciaram das delícias gastronômicas de norte a sul do país no Festival Fartura BH, promovido nos dias 3 e 4 de outubro. O Senac ofereceu pa-lestras e aulas práticas gratuitas. professores e instrutores do curso de graduação tecnológica em gastronomia da Faculdade Senac Belo Ho-rizonte participaram da programação e conta-ram com o apoio de 28 alunos. Eles tiveram a missão de auxiliar os chefs em suas atividades e puderam realizar intercâmbio com profissio-nais de todo o Brasil.

No Espaço Interativo Senac Norte – local para aulas práticas, os participantes colocaram a mão na massa. No Espaço Aulas Senac, os professores guilherme Aragão e Matheus Na-ranjo falaram sobre a escassez da mão de obra no setor de panificação e as possibilidades des-se mercado. O coordenador do curso, Leandro pena Catão, abordou a gastronomia como indu-tora do turismo e do desenvolvimento regional. Já o Espaço degustação recebeu a especialista da instituição em pesquisas gastronômicas, Vani pedrosa, que apresentou o tema primór-dios da Cozinha Mineira. No mesmo local, o público conheceu e degustou o cupcake de pa-çoquinha com merengue de quentão, do chef da instituição Renato Lobato.

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toprontos para descobrir o que querem construir para o futuro. “preparar esses jovens aos de-safios do mercado de trabalho é apoiá-los na busca de seus talentos, encontrando significa-do para o que fazem e o que querem fazer”, afirma a diretora do Senac em Uberlândia, Sandra Castro.

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ENTREVISTA

O entrevistado desta edição foi o convidado especial da Semana do Turismo, evento reali-zado pelo Sistema Fecomércio Mg, Sesc, Se-nac e Sindicatos (Leia matérias na página 15, no caderno da Fecomércio, e na página 7, no caderno do Sesc). Júlio costa mendes é Phd em administração (Estratégia e comporta-mento organizacional), consultor na área de turismo e professor da Universidade do Algar-ve (Portugal). ministra palestras sobre marke-ting, qualidade e competitividade dos destinos turísticos.

em que se baseia o desenvolvimento do turismo?

O desenvolvimento do turismo só é possí-vel com o envolvimento de pessoas e empre-sas que compõem o segmento – profissionais autônomos, agências de viagem, organizações públicas, privadas e não governamentais dos mais diversos ramos (transporte, hotelaria, gastronomia, entretenimento, segurança, entre outros). é preciso estar atento aos impactos ge-rados pelo turismo numa determinada região. Sabemos que o turismo de massa é prejudicial para a população local e que é necessário re-ver modelos atuais. Muitas vezes, as pessoas não se atentam a essas questões e só no futu-ro vão perceber as consequências negativas. É importante se perguntar: ‘que desenvolvimen-to queremos?’ Indicadores permitem avaliar o estágio de evolução do turismo num deter-minado local (infraestrutura, acesso, serviços, atrativos, aspectos ambientais...), detectar se as políticas de incentivo funcionam e quais as forças/fragilidades do destino. Também ser-vem de critério para orientar investimentos do governo em cada região. O turismo é um dos principais motores de crescimento do país.

tão importante quanto identificar oportu-nidades para empresários do setor é prepará--los para atuar num mercado competitivo e globalizado. mostre-nos o caminho das pe-dras.

O turismo deve ser alicerçado na inovação, cooperação mútua, qualificação e modernização das empresas turísticas. Os empresários preci-sam implantar em suas organizações princípios de gestão. A sociedade evoluiu e as organizações também necessitam evoluir, acompanhando a tecnologia e as mudanças de comportamento do consumidor turista. Há muitos desafios. nesse

turismo: desenvolvimentoe inclusão

Júlio Costa Mendes, consultor em turismo

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anisentido, o marketing e as estratégias de comu-

nicação são um grande diferencial. Ao divulgar nas mídias o seu produto turístico, é importante repassar aos potenciais clientes a real sensação que aquele local poderá instigá-los para que, quando chegarem ao seu destino, eles possam comprovar o que foi propagado pela empresa.

Se o seu produto é a natureza, o pantanal, por exemplo, você pode ver outras potenciali-dades da região, algo que ainda não foi explo-rado, como turismo cultural, entre outros. Isso é inovar. Em portugal, procuramos diferenciar pacotes para o destino sol e mar, acrescentando o turismo de patrimônio e o turismo cultural.

colaborador motivado é sinônimo de turis-ta bem atendido?

As boas práticas devem ser difundidas entre as empresas do setor. Empresários que promo-vem o bem-estar de seus colaboradores e ado-tam postura de líderes são os multiplicadores de uma cultura do acolhimento. afinal, o turista quer se sentir bem na rua, no lugar onde vai dor-mir, se alimentar e ter uma boa experiência do destino que escolheu. Os turistas se prendem às emoções, aos sentidos como visão, olfato e tato. Todas essas sensações fazem com que ele for-me uma imagem do local, que será transmitida a outras pessoas. Se ele compartilhar em seu ciclo social que a experiência ao Brasil foi fantástica, que ele foi bem acolhido e que vale a pena visi-tar esse país, imagine quantos potenciais turistas esse destino ganhou.

Há muitos turistas que chegam ao Brasil e são alvos da violência. essa imagem fica “mancha-da”. Há possiblidades de revertê-la?

Basta acontecer algum incidente para que o turista fique com a imagem “manchada” do seu destino. Apesar de não terem controle sobre to-dos os fatores, como segurança e infraestrutura local, que dependem da gestão pública, os em-presários acabam sendo penalizados. É por isso que a acolhida é tão importante. Como a falta de segurança é um impacto bastante negativo, ou-tros quesitos podem contrabalancear a imagem construída pelo turista - qualidade nos serviços prestados, excelente atendimento e bem-estar. Turista não compra planos de viagem, e sim ex-periências e novas histórias para incorporar à sua memória. Ele vai a um local com uma imagem pré-concebida e almeja que sua expectativa seja atendida e até superada. O turista está disponível para viver um sonho, ele quer descobrir lugares inusitados, vislumbrar cenas que fazem parte do

seu imaginário, quer abstrair-se de sua rotina, do seu dia a dia. Nesse sentido, os empresários têm um papel fundamental na oferta de qualidade da atividade turística.

e quanto à inclusão no turismo? No turismo, o maestro da orquestra é o go-

verno. E as demais entidades, associações, ins-tituições de ensino, organizações privadas e não governamentais precisam se posicionar para que o setor se consubstancie no país. Envolver--se com essa causa é cada vez mais necessário. O Sistema Fecomércio Mg, Sesc e Senac é um grande mediador desse movimento ao promover ações como a Semana do Turismo, que abordou o desenvolvimento e a inclusão. Não há como se pensar em inclusão social sem a oferta de estru-turas para as pessoas – tanto para as que vivem nos destinos turísticos quanto para os potenciais turistas. Infraestrutura adequada como rede de esgoto, de água, acessibilidade e qualidade de vida são quesitos essenciais. para isso, é preciso muito planejamento de todos os envolvidos.

No Brasil, ainda há muito po-tencial para crescimento do turismo nos diversos segmentos: sol e mar, ecoturis-mo, aventura, negócio, cultura, esportes e LgBT. Atualmente, o setor represen-ta 3,6% do Produto interno Bruto (PiB), empregando direta e indiretamente mais de 10 milhões de pessoas que, ao se qua-lificarem, contribuem significativamente para desenvolvimento do turismo. Fonte: Organização Mundial do Turismo.

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acesse:

www.mg.senac.br e conheça os cursos do Senac na área.

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8 • FEcomércio inFormativo • Edição 399

dica do dEScUBraminaS.com

Você sabia que o terceiro mais alto pico do Brasil está na divisa de Minas gerais com o Espírito Santo? É o pico da Bandei-ra, um destino que merece ser visitado não somente por suas belezas naturais, mas por conter um roteiro especial a ser descoberto. No trajeto rumo ao município de Alto Ca-paraó, há a opção de realizar uma traves-sia fascinante chamada Caminho da Luz, passeio que é comparado pelos viajantes ao famoso Caminho de Santiago de Compos-tela, na Espanha.

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O relevo é fortemente ondulado na região com altitudes variando de 997 a 2.890 metros

O lombo pode ser acompanhado porsaladas leves e saborosas

A caminhada tem início na cidade de Tombos e termina no pico da Bandeira. São cerca de 200 quilômetros percorridos em sete dias, passando por fazendas cente-nárias, matas, cachoeiras, santuários e anti-gas estações ferroviárias. Quem esteve por lá afirma que o percurso é carregado de um magnetismo fascinante, não só pela nature-za, como também pelas pessoas da região, sempre dispostas a oferecer uma água, uma orientação, ou um dedo de prosa.

O Circuito pico da Bandeira se destaca, ainda, pela beleza do parque Nacional do Caparaó, um dos ícones do montanhismo

no país. Com território de aproximadamente 31,8 mil hectares, o local dispõe de um amplo sistema de trilhas sinalizadas.

curiosidade conta a lenda que, por volta de 1859, dom

pedro II determinou que fosse colocada uma bandeira do Império no pico mais alto da Ser-ra do Caparaó. Acredita-se que a denominação “pico da Bandeira” se deva, portanto, a esse fato.

diCa do CHef

Que tal um toque de chef para o seu Natal? Surpreenda sua família com uma receita especial elaborada por Aroldo Carvalho Castanheira e Luiz Fernando dos Santos, orientadores de cursos de gastronomia do Senac em Tiradentes. Eles vão ensinar um segredo para deixar o lombo de porco mais suculento e com uma textura especial.

lomBo dE porco com coco

ingredientes:1 kg de lombo de porco1 colher de sopa de açúcar1 vidro de leite de coco1 e ¼ xícara de coco ralado4 colheres de óleo vegetalSupreme de lima (gomos de limasem a película)Sal1 pimentão verde picado em brunoise* 1 pimentão vermelho picado em brunoise*1 pimentão amarelo picado em brunoise**cortado em forma de cubos minúsculos

modo de preparo:Coloque o lombo e metade do leite de coco em

uma vasilha rasa, cubra com papel filme e deixe marinar na geladeira. aqueça o forno a 190° c. Em uma frigideira grande, coloque duas colheres de óleo vegetal ou manteiga e sele a carne previamente temperada com sal até dourar toda a superfície em fogo médio/alto. Asse por 20 a 25 minutos.

Em outra frigideira, coloque o restante do óleo vegetal e puxe os pimentões até ficarem macios (aproximadamente cinco minutos em fogo brando). Junte o leite de coco da marinada ao restante e redu-za em uma caçarola (panela de ferro ou alumínio)

o cEntro-oEstE minEiro E sEus atrativos

com o açúcar e o coco. Fatie o lombo, coloque o molho de coco na parte inferior do prato (aproxi-madamente uma colher), ponha uma fatia de lom-bo e regue com o molho de pimentões. por fim, enfeite com uma supreme de lima.

Sugestão: O lombo pode ser acompanhado por uma salada a seu gosto.

Josie menezes