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Revista Canavieiros - Outubro de 2008 1

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Conselho Editorial

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Editorial

Revista Canavieiros - Outubro de 2008

Novas tecnologias àdisposição dos canavicultores

Outubro foi um mês de novidades para oscanavicultores brasileiros: a Canaoeste,em parceria com o CTC, está mapeando e

disponibilizando o projeto Carta de Solos e Ambi-entes de Produção aos seus fornecedores e o CTClançou três novas variedades de cana-de-açúcar.

A reportagem de capa deste mês traz a novatecnologia adotada pela Canaoeste desde maiopara permitir ao produtor elevar a produtividade ereduzir os custos com insumos e energia, além dereforçar a sustentabilidade da cultura. Essa novaferramenta, chamada de Carta de Solos e Ambien-tes de Produção permitirá ao produtor prever suareal possibilidade de ganho de acordo com o seuambiente de produção e alocação de variedadesadequadas.

O entrevistado de outubro é o analista da TBCInvestimentos e que atua com mercados futurosde commodities, André Paloschi, que explica osefeitos da crise dos Estados Unidos. A crise, quecomeçou no mercado imobiliário norte-americano,se espalhou pelo mundo e seus reflexos já são sen-tidos no Brasil. Por aqui, os primeiros sinais forama falta de crédito para produção e exportação e,como conseqüência, o aumento nas taxas para es-sas operações. Diante desse cenário, o produtordeve agir com cautela e acompanhar com atençãoas alterações no horizonte macroeconômico.

Na editoria Ponto de Vista, temos dois artigos:de Edivaldo Del Grande, presidente do SistemaOcesp/Sescoop-SP, que aborda a questão das com-modities, dos fertilizantes e cooperativas e do dire-tor adjunto da Canaoeste, José Mário Paro, quediscorre sobre suas experiências como produtorrural, com o artigo intitulado “Minha 42ª safra”.

O “Notícias Copercana” traz dois eventos. Oprimeiro é a realização da terceira reunião técnicapara produtores e parceiros da cooperativa no Pro-jeto Amendoim. Desde a safra 2006/2007 a Coper-cana, em parceria com 42 produtores de amendo-im, implantou um sistema que visa melhorar a qua-lidade do produto produzido pelos cooperados.O segundo evento é o Syngenta Adventure Cana,que tem como objetivo promover de forma itine-rante o portfólio de produtos da Syngenta. Numambiente high-tech, os cooperados puderam as-sistir à projeção de filmes que apresentaram os

Novas tecnologias àdisposição dos canavicultores

produtos da Syngenta dirigidos à proteção de cul-tivo da cana.

Por suas vez, a Canaoeste apresenta a Circu-lar do Consecana do mês de setembro e a Semanada Criança do Netto Campello Hospital e Materni-dade. Continuando em seu caminho inovador, oti-mizando o espaço da Brinquedoteca, o NettoCampello desenvolveu atividades extras em co-memoração ao Dia das Crianças.

No destaque, para provar que é possível a plan-tação de leguminosas em meio a cana-de-açúcar,José Luís Balardin, cooperado da região de Barri-nha, iniciou uma experiência pioneira em agostodeste ano, em 2 hectares da Fazenda São José –de propriedade de sua família: o consórcio de cana-de-açúcar com feijão.

Em Novas Tecnologias está o CTC Cana Showrealizado pelo Centro de Tecnologia Canavieirano dia 14 de outubro em Ribeirão Preto, que mos-trou aos produtores e autoridades presentes olançamento da quarta geração de variedades decana-de-açúcar, denominadas CTC16, CTC17 eCTC18. Frutos de anos de pesquisas e desenvol-vimento, as novas variedades prometem avançosem relação ao teor de sacarose, produtividade,resistência a doenças e favorecem a colheita me-canizada. Além disso, apresentam capacidade deadaptação a diferentes regiões que produzemcana-de-açúcar no Brasil.

A Canavieiros também traz a participação detécnicos, pesquisadores e agrônomos renomados.Confira as Informações Setoriais do assessor téc-nico da Canaoeste, Oswaldo Alonso; o Pragas eDoenças sobre Nematóides, com artigo de LeilaLuci Dinardo Miranda, diretora do Núcleo de Pes-quisa e Desenvolvimento e pesquisadora do Cen-tro de Cana IAC/APTA. Ainda temos o Dr. Julia-no Bortoloti, com três assuntos sobre legislação:prorrogação da comunicação de matas ciliares;entrega do ADA 2008, que foi prorrogada até odia 30 de novembro e zoneamento agroambientalda cana no Estado de São Paulo. Encontre tam-bém outras reportagens interessantes nas seçõesCulturas de Rotação, Dicas de Português, Agen-da de Eventos, Classificados e muito mais.

Boa Leitura.

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Minha 42ª safra

José Mário ParoDiretor Adjunto daCanaoeste

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Balancete Mensal

- Alegria no hospital é possível?No Netto Campello é!

Carta de solos eambientes deprodução:Tecnologia para elevar aprodutividade, reduzircustos e reforçar asustentabilidade

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- Copercana realiza 3ª ReuniãoTécnica de Amendoim- Syngenta Adventure Cana apresentashow de tecnologia em Sertãozinho

CONSECANA

REPERCUTIU

INFORMAÇÕESSETORIAIS

PRAGAS EDOENÇAS

CULTURAS DEROTAÇÃO

LEGISLAÇÃO

NOVASTECNOLOGIAS

CULTURA

AGENDE-SE

CLASSIFICADOS

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Cristiane Barão – MTb 31.814

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Rafael H. Mermejo

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311 - Ramal: 2008

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Ana Carolina Paro, Carla Rossini,Daniel Pelanda, Eduardo Saran,

Janaina Bisson, Letícia Pignata,Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:10.500 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associa-

dos e fornecedores do SistemaCopercana, Canaoeste e Cocred. As

matérias assinadas são de responsabilida-de dos autores. A reprodução parcialdesta revista é autorizada, desde que

citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

www.revistacanavieiros.com.brrevistacanavieiros@revistacanavieiros.com.br

Ponto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vista

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Analista da TBCInvestimentos

Cautela e atenção diante dacrise

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

André Paloschi

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Novas TNovas TNovas TNovas TNovas Tecnologiasecnologiasecnologiasecnologiasecnologias

CTC lança mais três variedades de cana-de-açúcarCultivares apresentam avanços em relação aoteor de sacarose, produtividade, resistência a do-enças e favorecem a colheita mecanizada

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Cautela e atenção diante da crise

André PaloschiAnalista da TBC Investimentos e que atua com mercados futurosde commodities.

Entrevista

Cristiane Barão

André Paloschi

Cautela e atenção diante da crise

Acrise que começou no merca-do imobiliário norte-americanose espalhou pelo mundo e seus

reflexos já são sentidos no Brasil. Por aqui,os primeiros sinais foram a falta de crédi-to para produção e exportação e, comoconseqüência, o aumento nas taxas paraessas operações. Diante desse cenário,o produtor deve agir com cautela e acom-

panhar com atenção as alterações no ho-rizonte macroeconômico. Esse é o con-selho de André Paloschi, analista da TBCInvestimentos e que atua com mercadosfuturos de commodities.

Paloschi traça prováveis cenáriospara o agronegócio e alerta que o pro-dutor, nesse momento, não deve dar o

passo além da perna e que também nãopode reduzir investimentos em tecnolo-gia. “(O produtor) Deve plantar somen-te o que der para plantar. A economia emtecnologia neste momento é um “tiro nopé”, pois não se pode dar ao luxo de teruma má produtividade neste momento”,diz. A seguir, a entrevista que ele conce-deu à Canavieiros por e-mail.

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Entrevista

“"A médio prazo a economia brasileira vaicrescer menos, afetando setores que até

então não estavam expostos à crise inicial,como a agricultura, o terceiro setor e

assim por diante"

Canavieiros: Objetivamente,como começou a crise nos EstadosUnidos e como ela contaminou osdemais mercados?

André Paloschi - A crise teve ori-gem no mercado imobiliário. Com ex-cesso de dinheiro em caixa, os ban-cos ofereceram crédito para compra-dores de imóveis com histórico de cré-dito ruim (segmento subprime). Fatu-rando com os altos juros cobradospara compensar a falta de garantia dosmutuários, muitas corretoras entraramno mercado de hipotecas imobiliári-as, assim como grandescompanhias hipotecáriasusaram o dinheiro de in-vestidores para ampliarempréstimos e os “empa-cotaram” por meio de umprocesso chamado de se-curitização, que permiteque as hipotecas sejamagrupadas e transforma-das em papéis negociados. Assim,bancos de investimentos americanosvenderam os papéis hipotecárioscom suas bandeiras, espalhando orisco por todo o mercado internacio-nal. Nesse período, muitos mutuári-os refinanciaram seus imóveis paracontinuar consumindo. O juro ameri-cano começou a subir, o que elevouo valor das dívidas e provocou umadisparada da inadimplência e a der-rubada de toda cadeia. A esse cho-que inicial, somaram-se efeitos se-cundários, enquanto a falta de capi-tal obrigava os bancos a recuarem,provocando declínio maior nos pre-ços dos ativos e, em decorrência,mais prejuízos, e assim por diante. Umcírculo virtuoso de “desalavanca-gem” por todo o mundo.

Canavieiros: O governo brasilei-ro de certa forma reconheceu que opaís não está ileso à crise. Quais asconseqüências imediatas e a médioe longo prazo?

Paloschi - Já estamos sentindo afalta de crédito no Brasil. Grandes em-presas que vendem seus produtos comprazo estendido e precisam de dinhei-ro de outras instituições para honrarseus compromissos de curto prazo, jánão podem contar com este tipo de fi-

nanciamento, ou quando podem, oscustos estão elevados. Tivemos tam-bém, grandes empresas que estavamexpostas perante o dólar, além do ne-cessário, que, com a valorização dodólar no Brasil, tiveram grandes preju-ízos no curto prazo, o que certamenteafetará nos seus investimentos futu-ros. Sendo assim, a médio prazo, a eco-nomia brasileira vai crescer menos, afe-tando setores que até então não esta-vam expostos à crise inicial, como aagricultura, o terceiro setor e assim pordiante. No longo prazo, tudo vai de-

pender de o quanto esta crise se es-tenderá, mas acredito que se o Brasilse sair bem da “tempestade” podere-mos ver o país se consolidando peran-te outras nações, o que poderá trazergrandes benefícios no futuro.

Canavieiros: Alguns especialistasdizem que essa crise é pior do que ade outubro de 1929, quando ocor-reu a quebra da Bolsa de Nova York.

Você concorda com isso?Paloschi - Ainda é cedo para di-

zermos até que ponto esta crise vairepetir 1929, até porque hoje a eco-nomia é bastante diferente do que eraem 1929, o que pode distorcer essarelação. A crise de 29 começou comum crash no sistema financeiro. Osbancos barraram o crédito aos clien-tes e entre os próprios bancos, ge-rando incertezas no mercado e levan-do o mundo a uma recessão. Acredi-to que o mundo hoje está mais inte-rado e preparado para dar respostas

mais rápidas a uma pos-sível recessão do que há90 anos.

Canavieiros: O setorprodutivo já sente o re-flexo da escassez de cré-dito para produção e ex-portação. Quais serão asconseqüências disso?

Paloschi - Quem depende de cré-dito para produzir, provavelmente di-minuirá sua produção ou cancelarásuas atividades, o mesmo está aconte-cendo com os exportadores. É uma si-tuação complicada, pois além do cré-dito reduzido, o que está disponívelestá muito caro, o que pode inviabili-zar a operação. O setor certamente sen-tirá isso de uma maneira dolorida e adesaceleração será iminente.

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Entrevista

“"Além do crédito

reduzido, o que estádisponível está muito

caro, o que podeinviabilizar a operação.

O setor certamentesentirá isso"

Canavieiros: Em 2004, o produ-tor plantou com o dólar alto e vendeucom o dólar baixo e isso provocou apior crise das últimas décadas. O ce-nário hoje é parecido, já que o paísestá plantando a nova safra com odólar nas alturas. Vem uma nova cri-se por aí?

Paloschi - Podemos ver esse ce-nário novamente, o que, aliás, achobem provável, mas fazendo uma ava-liação simples, te-mos dois cenários:o primeiro é a criseamericana permane-cer por um longoperíodo, o que pro-vavelmente poderiadeixar o dólar des-valorizado com opassar dos meses e,em conjunto, ospreços das commo-dities permanecerem em um movimen-to de preços descendentes, tendouma combinação trágica para nossosprodutores. De outro lado, podemosver o câmbio cair até a comercializa-ção, mas com o mundo mais calmo, opreço em dólar poderá voltar a subir,o que de certa forma iria ba-lancear a perdas por conta docâmbio.

Canavieiros: No caso do açú-car, soja e milho, quais são as pers-pectivas?

Paloschi - O preço de todos es-tes produtos vai depender de comoo mundo se comportará com toda estacrise. Atualmente, é consenso que oconsumo desses produtos deve di-minuir. A grande dúvida é se essa di-minuição será branda ou acentuada.Isso é que irá ditar os preços para o

ano que vem, mes-mo que a produ-ção mundial doaçúcar diminua napróxima safra, queo milho e soja pas-sem o ano com es-toques ajustados,a demanda vai di-tar os preços futu-ros, e quem irá di-tar a demanda será

a robustez ou fraqueza da economiacomo um todo.

Canavieiros: O que o produtorde matéria-prima deve fazer nessemomento?

Paloschi - Deve plan-tar somente o que der paraplantar com crédito dispo-

nível com taxas de juros ba-ratas ou com recursos próprios,

sem esquecer que a economia em tec-nologia neste momento é um “tiro nopé”, pois não se pode dar ao luxo deter uma má produtividade neste mo-mento. Um pouco de cautela e aten-ção aos fatores macroeconômicosnão farão mal a ninguém.

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Commodities, fertilizantes ecooperativas

Ponto de Vista

Commodities, fertilizantes ecooperativasEdivaldo Del Grande*

Há poucas semanas, a quedados preços das commodities,em especial as agrícolas, nos

mercados mundiais, provocou umaonda de preocupações entre produ-tores brasileiros, que já enfrentampesados custos de produção, puxa-dos pelos altos preços dos fertilizan-tes e outros insumos.

Em relação às commodities, já hou-

ve uma reacomodação. É normal as co-tações alternarem altas e baixas, de-pendendo das expectativas de safrasnos Estados Unidos e Europa, ou seja,da oferta e da demanda. O cenáriomundial é de grande necessidade degrãos, transformados agora em fontealternativa de bioenergia. A tendênciaé os preços continuarem em alta.

Para os produtores, além das in-

termináveis negociações com o gover-no em torno das dívidas do setor e daquestão do seguro de safra, o que maispesa na decisão de investir é o custodas sementes e, acima de tudo, dosfertilizantes. De acordo com o minis-tro da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa), Reinhold Stephanes,os fertilizantes representam entre 30%e 50% dos custos de produção, de-pendendo da distância dos portos.

O Brasil é o país que mais depende

da importação de adubos. Vêm do ex-

terior em torno de 70% dos produtosque consome – 90% do potássio, 50%do fósforo e 65% do nitrogênio. Paraefeito de comparação, outros grandespaíses produtores têm uma dependên-cia externa muito menor – de 10% a20% – ou são auto-suficientes. Ste-phanes alerta que, diante da falta deinvestimentos no passado para redu-zir essa dependência, não há comomudar a situação a curto prazo.

O Brasil mantém negociações com

fornecedores estrangeiros, como aArgentina (potássio) e Egito (fósfo-ro), além de outros países do Norteda África. Stephanes disse que oMapa estimula as cooperativas agrí-colas a agirem em bloco na importa-ção e na mistura dos três produtos,uma saída para a redução de custos.A auto-suficiência, segundo o minis-tro, somente será possível daqui acinco ou dez anos.

A Ocesp (Organização das Coo-

perativas do Estado de São Paulo),com 123 cooperativas agropecuáriasfiliadas, desenvolve um trabalho deincentivo à formação de centrais decompras de insumos, o que tambémpode contribuir para a redução decustos. De acordo com levantamentoda Organização, das 123 filiadas, 63já trabalham com revenda própria deinsumos, beneficiando milhares de

produtores coope-rados.

O exemplo

mais emblemáticodas vantagens daação das coopera-tivas nesse setor éo da Central Coo-perfértil, tambémfiliada à Ocesp. Éresultado daunião de três po-derosas coopera-

tivas paulistas para a área de impor-tação e produção de fertilizandes – aCarol, de Orlândia, a Coopercana, deSertãozinho, e a Coopercitrus, de Be-bedouro. A Cooperfértil importou, em2007, 40% dos insumos que utiliza.Neste ano, esse percentual deve atin-gir 60%. Como balizadora de preçospara o mercado, por operar sem qual-quer tipo de especulação, a coopera-tiva consegue atingir seu objetivo fi-nal, que é a redução de custos paraos produtores, ampliando a capaci-dade de plantio.

Bons exemplos da ação das coo-

perativas nesse setor não faltam emoutros estados, em especial no Para-ná. A força do cooperativismo paratornar o agronegócio brasileiro cadavez mais competitivo foi reconhecidapelo ministro Stephanes. É um estí-mulo para todos nós.

*Edivaldo Del Grande é

presidente do Sistema Ocesp/Sescoop-SP

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Minha 42ª safraMinha 42ª safra

Ponto de Vista

José Mario ParoDiretor Adjunto da Canaoeste

Quando tinha dois anos de ida-de, meu avô adquiriu um pe-queno engenho de aguarden-

te. De lá para cá, a cana-de-açúcar pas-sou a fazer parte de minha vida. Em ja-neiro de 1967, iniciei minhas atividadesprofissionais no setor, de sorte que apresente safra (08/09) é a 42ª de queparticipo.

Como esperado, ao longo destepercurso presenciei e vivi momentosbons e ruins, mas esta safra está sendoparticularmente difícil. A conjunção defatores adversos, como a quebra daprodutividade agrícola, a redução daquantidade de açúcar por tonelada decana, os baixos preços vigentes e acontaminação geral da economia pelacrise mundial, que ora vivemos, confi-guram um quadro de quase impasse,sem soluções fáceis a curto prazo.

A produção de etanol, ao mesmotempo em que está criando janelas deoportunidades, trouxe também umacomplexidade até então desconhecidaaos negócios. As carências começam aficar evidentes: escalas de produçãonem sempre satisfatórias, capitalizaçãoinadequada na maioria das empresas dacadeia produtiva, questões de logísti-ca ainda não resolvidas, dificuldades ediferenças tarifárias nas diversas regi-ões produtoras do País, capacitaçãoinadequada da mão-de-obra, etc, sãopartes das atuais dificuldades.

Uma conseqüência lógica dessa si-tuação geral será a forte concentraçãoque se vislumbra para a atividade. His-toricamente, o setor tem convivido comperíodos de expansão, seguidos poroutros de contração e, por tudo o quese tem observado, a temporada de aqui-sições e fusões, que se avizinha, pro-mete ser movimentada.

Para nós, produtores independen-tes de cana-de-açúcar, a situação é ain-da mais difícil e complicada por sermoso elo mais fraco de toda essa cadeia

produtiva. Sendo essa nossa segundasafra deficitária consecutiva e acres-centando-se aqui as restrições ambien-tais vigentes e a rigidez das normas tra-balhistas, tem-se uma percepção clarado tamanho do problema.

Em minhas andanças pelos Estadosde São Paulo e Minas Gerais, tenhosentido os produtores descapitalizados,fragilizados, em boa parte incapacita-dos de sustentar seu negócio em ní-veis mínimos de eficiência e, por issomesmo, desmotivados.

A primeira questão que se colocaneste momento resume-se em sabercomo nós, produtores, faremos paraatravessar essa crise, que passará comooutras tantas já passaram.

A resposta não é fácil, mas passanecessariamente por aumento de efici-ência, tomando-se aqui o conceito deeficiência num sentido bastante amploe é certo que muitos de nós deixarão aatividade. A segunda questão trata dasustentabilidade econômica de nossonegócio.

Para melhor explicitar meu raciocí-nio, tomo a liberdade de propor àque-les que continuarão produzindo cana eque estejam lendo este artigo, um ro-teiro básico de ação:

1 - avaliar o grau de satisfação paracom as indústrias às quais vendem suamatéria-prima, bem como verificar seexistem outras alternativas de comerci-alização;

2 - avaliar se a região onde atuamnão está congestionada, com preços deterras, arrendamentos, mão-de-obra,etc, acima de limites aceitáveis para umaatividade minimamente lucrativa;

3 - avaliar a possibilidade de acom-panhar a expansão do setor para asnovas fronteiras da cana-de-açúcar,onde se possa atingir economia de es-

cala com mais facilidade e onde se te-nha segurança mínima de sustentabili-dade na atividade;

4 - buscar uma alternativa de recei-ta. O cultivo de grãos desponta comouma das opções mais viáveis. Definiti-vamente, é prudente não depender ex-clusivamente das receitas da cana-de-açúcar.

Por outro lado, também as entida-des representativas, cooperativas ebancos cooperativos dos produtoresde cana-de-açúcar não passarão imu-nes pela crise, como é óbvio. Precisa-rão se ajustar aos novos tempos. Deminha parte, gostaria de vê-las cami-nhando, igualmente, para as novas fron-teiras da cana, onde têm papel essenci-al a ser desempenhado em apoio aosseus associados.

E para que não se pense que estouaqui pregando o fim dos tempos, tal qualum profeta do apocalipse, julgo impor-tante afirmar que minha família continua-rá plantando cana-de-açúcar e grãos.

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Revista Canavieiros - Outubro de 20081010101010

Copercana realiza 3ª reuniãotécnica de amendoimCopercana realiza 3ª reuniãotécnica de amendoim

NotíciasCopercana

Edgard Matrangolo JúniorEncarregado Técnico de Projetos

Evento reuniu produtores e parceiros do projeto, desenvolvido desde a safra 2006/07, que visaelevar a qualidade do grão

ACopercana realizou no dia 10de outubro, no auditório da Ca-naoeste, a 3ª Reunião Técnica

para produtores e parceiros da coope-rativa no Projeto Amendoim. Desde asafra 2006/2007 a Copercana, em parce-ria com 42 produtores de amendoim,implantou um sistema que visa melho-rar a qualidade do produto produzidopelos cooperados.

Para obter sucesso com o proje-to, todo ano a cooperativa realizauma reunião com os seus parceirospara esclarecer o andamento do mer-cado do grão e apresentar as expec-tativas para a nova safra.

Neste ano, aconteceu a reuniãopela terceira vez e foram proferidaspalestras pelos professores daUnesp de Jaboticabal, Modesto Bar-reto, Odair Aparecido Fernandes eRouverson Pereira da Silva. Tambémforam concedidos espaços técnicospara as empresas Kimberlit e Miac.

O professor Modesto, que tam-bém é consultor no Projeto Amendo-im da Copercana, apresentou o re-sultado dos experimentos na área dedoenças que foram realizados na sa-fra passada e também falou sobre os

que serão feitos nesta próxima safra.O trabalho desenvolvido pelo

professor Modesto, juntamente coma equipe do Departamento Técnicode Grãos da Copercana, tem sidomuito importante na orientação e re-comendação aos produtores para ocontrole das doenças do amendoim.

O professor Odair fez uma apre-sentação sobre as pragas que atacama cultura e afirmou que a partir destasafra iniciará, junto ao Departamen-to Técnico, experimentos visandobuscar resultados para orientar osprodutores quanto aos melhores pro-dutos e modos de aplicação para ocontrole das pragas.

O professor Rouverson apresen-tou resultados dos trabalhos quevem desenvolvendo nas etapas dearranquio e colheita, mostrando da-dos em que as perdas chegam a 40%.Demonstrou também o método quedesenvolveu para que os produto-res possam quantificar as perdas desuas lavouras.

Para finalizar, o gerente da Uni-dade de Grãos da Copercana, Augus-to Strini Paixão, fez uma explanaçãosobre o mercado atual e perspecti-

vas para o futuro, salientando queos produtores devem se conscienti-zar da necessidade de conduzir suaslavouras visando à redução dos cus-tos e aumento da produtividade, ouseja, produzir com qualidade. Enfati-zou que o objetivo do Projeto Amen-doim é o recebimento de grãos paraexportação e que os compradores,além das necessidades citadas ante-riormente, querem saber a rastreabi-lidade do produto que estão com-prando para obter um produto dequalidade e seguro. “Eles queremainda um produto que seja produzi-do de maneira sustentável, para quetenham um fornecimento duradouroe não ocasional”, finalizou Augusto.

O evento também contou com aparticipação do presidente da Coper-cana e Cocred, Antonio Eduardo To-nielo, e do diretor da cooperativa, Pe-dro Esrael Bighetti. No final, os pro-dutores participaram de um almoçooferecido pela Copercana.

Augusto Paixão - gerente da Unidade degrãos da Copercana

Produtores que participam do projetoAmendoim da Copercana

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NotíciasCopercana

Syngenta Adventure Canaapresenta show de tecnologiaem Sertãozinho

Syngenta Adventure Canaapresenta show de tecnologiaem SertãozinhoCarla Rossini

Evento demonstrou através de multimídia, informação aos produtores sobre o portfólio da empresa

Sertãozinho é uma das principaiscidades produtoras de cana-de-açúcar do Brasil, motivo pelo

qual foi palco, no dia 10 de outubro, doSyngenta Adventure Cana.

O objetivo da Syngenta é promo-ver um evento itinerante para difundiro portfólio de produtos de forma ino-vadora e descontraída. Num ambientehigh-tech, os cooperados puderam as-sistir à projeção de filmes que apresen-taram os produtos da Syngenta dirigi-dos à proteção de cultivo da cana.

Os roteiros reproduzem o ambienterural e os trabalhadores são represen-tados por personagens animados quemostram de forma interativa o mecanis-mo de atuação dos herbicidas DualGold, Callisto e o inseticida Actara. Comessas apresentações, os cooperadosconheceram as soluções da Syngentapara superar os problemas que podemsurgir nas lavouras.

A exposição incluiu tendas inflá-veis em formato de semicírculos queproporcionaram aos participantes umaviagem inusitada, interativa e de co-nhecimento sobre os principais desa-fios na produção da cana. Dessa for-ma, os visitantes compreenderam a im-portância das soluções apresentadas

pela Syngenta aos problemas corri-queiros do campo.

O espaço em que as tendas foramdispostas ocupou uma área média dequatro mil metros quadrados, o equi-valente à área de um campo de futebol.No interior das tendas, houve exibiçãode um show de imagens, sons e luzescriados para provocar experiências sen-soriais aos visitantes.

“A programação da Syngenta trou-xe informação e também entretenimen-to aos produtores rurais, assim, elesconheceram mais sobre as soluções etecnologias da empresa”, afirmou Fre-derico José Dalmaso, gerente comer-cial da Copercana.

SOBRE OS PRODUTOS:

• Dual Gold: herbicida de ação pré-emergente, seletivo à cana (soca e plan-ta) e altamente eficaz contra as gramí-neas de difícil controle, tais como ocapim-braquiária, o capim-colonião, ocapim-colchão e o capim-pé-de-galinha.Ação eficaz também em condições dechuvas intensas.

• Callisto: herbicida de ação pós-emergente, seletivo e de alta eficáciano controle das cordas-de-viola e docapim-colchão, que escapam da apli-cação dos herbicidas pré-emergentes -principalmente daquela feita na épocaseca. O produto não causa redução deporte nem queima da cana. Ele apre-senta os melhores resultados em apli-cação na época úmida, tanto na canasoca como na cana planta.

Tendas infláveis em formato desemicírculos que proporciona-

ram aos participantes umaviagem inusitada

Interior das tentas onde foramrealizadas as apresentações dosprodutos para cana-de-açúcar

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NotíciasCopercana

Consecana

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante omês de SETEMBRO de 2008. O preço médio do kg de ATR para o mês de SETEMBRO, referente à Safra 2008/2009, é deR$ 0,2510.

O preço de faturamentodo açúcar no mercado inter-no e externo e os preços doetanol anidro e hidratado,destinados aos mercados in-terno e externo, levantadospela ESALQ/CEPEA, nosmeses de ABRIL a SETEM-BRO e acumulados até SE-TEMBRO, são apresenta-dos a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) e os do etanol anidro e hidratado destinado à industria (AAI e AHI),incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado,carburante (AAC e AHC)destinados ao mercado ex-terno (AAE e AHE), são lí-quidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos mé-dios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidosnos meses de ABRIL a SE-TEMBRO e acumuladosaté SETEMBRO, calcula-dos com base nas informa-ções contidas na Circular 01/07, são os seguintes:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 09/08DATA: 30 de Setembro de 2008

NotíciasCanaoeste

• Actara 250 WG: inseticida inova-dor, seletivo e eficiente no controle de ci-garrinha e cupim, que oferece o efeito VPQ– vigor, produtividade e qualidade. Ele éabsorvido pelas raízes e folhas, espalhan-do-se por toda planta. As raízes se desen-volvem criando um excelente sistema ra-dicular, o colmo aumenta o diâmetro e ocomprimento e as folhas crescem saudá-veis e maiores. Por causa dessas caracte-rísticas, Actara garante o aumento de pro-dução em termos de toneladas de colmopor hectare e açúcar total recuperável. Diretores da Copercana, Syngenta e produtores rurais participaram do evento em Sertãozinho

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CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES:

NotíciasCanaoeste

Alegria no hospital é possível?No Netto Campello é!Alegria no hospital é possível?No Netto Campello é!

A hospitalização da criança aconduz à uma situação de con-fronto. Confronto com o esta-

do de desamparo, originando reaçõesdiversas, tais como regressão, depres-são, fobias e transtornos de comporta-mento em geral.

Ela se vê afastada do cotidiano, fi-cando em posição de passividade edesconforto, o que geralmente, aosolhos dos adultos, parece incompreen-sível. A internação infantil, não traz sóa figura da criança ao hospital, traz amãe. Figura de apoio e carinho que, di-ante da hospitalização, pode tambémvivenciar medos, ansiedades e deixarde apoiar efetivamente o filho.

São por esses motivos que o NettoCampello Hospital & Maternidade con-sidera que, humanizar o ambiente dacriança hospitalizada para minimizar ossofrimentos a ela causados é uma ati-tude essencial na redução das dificul-dades emocionais produzidas pela do-ença e hospitalização.

Continuando em seu caminho ino-vador, otimizando o espaço da Brinque-doteca, o Netto Campello desenvolveuatividades extras em comemoração aoDia das Crianças - 12 de outubro. Paranós, não foi apenas um dia de brinca-deiras especiais, mas sim, uma semanadedicada aos nossos pequenos e maisqueridos clientes.

Através de atividades artísticas,recreativas e festivas, com incentivo dadireção do hospital e colaboração dasestagiárias do Curso de Pedagogia daFasert - Anhanguera Educacional, acriançada nem percebereu a internação.Houve infusão de alegria todo dia!

Foram realizadas atividades commateriais recicláveis, conhecidos e des-conhecidos das crianças, que se trans-

Cíntia Sicchieri TonioloTerapeuta Ocupacional do Netto Campello

formaram em objetos de decoração ebrinquedos. As mães não ficaram defora e tiveram atividades programadascom os filhos relembrando os docesanos da infância.

Também foi realizado um carnavalfora de época, com trio elétrico e tudo!É claro que não com dimensões adul-tas e resguardando-se ao ambiente

hospitalar (redução de ruídos). As cri-anças tiveram a oportunidade de mon-tar um “carro de som” e desfilaram comfantasias confeccionadas por elas pró-prias. A satisfação foi superior as nos-sas espectativas. O Netto Campello setornou por várias horas a extensão dosambientes domésticos e escolares edeixou lembranças positivas para es-tes pacientes tão diferenciados.

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NotíciasCocredBalancete MensalBalancete MensalCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE - AGOSTO/2008

Valores em Reais

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Carta de solos eambientes de produção:Tecnologia para elevar a produtividade,

reduzir custos e reforçar a sustentabilidade

Reportagem de Capa

Carta de solos eambientes de produção:Tecnologia para elevar a produtividade,

reduzir custos e reforçar a sustentabilidade

Projeto é desenvolvido pela Canaoeste em parceria com o CTC desde maio e em cinco anostodos os fornecedores terão suas propriedades classificadas

Aclassificação dos solos comcana-de-açúcar é a nova tec-nologia adotada pela Canao-

este desde maio para permitir ao pro-dutor elevar a produtividade e reduziros custos com insumos e energia, alémde reforçar a sustentabilidade da cul-tura. Essa nova ferramenta, chamadade Carta de Solos e Ambientes de Pro-dução, é desenvolvida em parceria como CTC (Centro de Tecnologia Canavi-eira) e permitirá ao produtor prever suareal possibilidade de ganho de acor-do com o seu ambiente de produção ealocação de variedades adequadas.

De acordo com o presidente daCanaoeste, Manoel Ortolan, a previ-são é que em cinco anos todos osassociados estarão com suas áreasclassificadas. “Esse é um dos maisimportantes e amplos projetos em quea Canaoeste está investindo parapossibilitar que o fornecedor ampliea produtividade em sua propriedade.O projeto vai identificar e delimitar di-ferentes tipos de solos dentro de cada

Da Redação

propriedade paraque o produtor,com bases nessasinformações, possaescolher as varie-dades mais ade-quadas e melhoraro processo de ma-nejo”, afirmou.

Segundo o ge-rente do Departa-mento Técnico daCanaoeste, Gustavode Almeida Noguei-ra, para o desenvol-vimento do projeto

foram contratados novos agrônomos,que foram treinados e capacitadospara realizar os levantamentos de cam-po e toda equipe técnica da Canaoes-te vem sendo capacitada para o usointensificado desta nova ferramenta.

O CTC, desde o início da décadade 80, vem trabalhando no mapeamen-to dos solos cultivados com cana-de-açúcar, possuindo uma metodologia deLevantamento de Solos específica paraa cultura da cana. Nesse sistema ossolos são classificados, de acordo comsuas características morfológicas, quí-micas e físicas, em diferentes unida-des de mapeamento (tipos de solos).

Em cinco anos o CTC pretende ma-pear toda a área de suas associadas, quehoje somam 177 e compreendem umaárea de 3 milhões de hectares. “Já temos20% do projeto realizado e estamos es-perando a reforma dos canaviais parafazer a análise do solo. A Carta de Solose Ambientes de Produção permitirá me-lhoramentos em vários aspectos dos ca-

naviais. Faremos a alocação das varieda-des e melhoraremos todo o processo demanejo da cana, desde o plantio à colhei-ta”, afirmou o diretor superintendente doCTC, Nilson Zaranelo Boeta.

De acordo com Gustavo de AlmeidaNogueira e o agrônomo da Copercana,Danilo Saulle, a Carta de Solos tem dife-rentes aplicações dentro da cultura dacana-de-açúcar, sendo as principais:

· Manejo de variedades;· Preparo e conservação de solos;· Planejamento de adubação;· Planejamento da época de plantio;· Planejamento da época de colheita e· Sistematização de talhões.

Visando facilitar o manejo de vari-edades, os diferentes tipos de solossão agrupados em cinco níveis deprodutividade, conceituados comoAmbientes de Produção. O conceitoAmbiente de Produção foi desenvol-vido pelo CTC através de estudos re-lacionando banco de dados de produ-tividade, em áreas comerciais, com di-ferentes tipos de solos em várias sa-fras. Com o elevado número de varie-dades existentes atualmente e pers-pectivas de lançamentos de novas nospróximos anos, o mapeamento dossolos se faz necessário para que setenha sucesso e ganho de produtivi-dade das atuais e das futuras novasvariedades nos diferentes tipos desolos, evitando assim que ocorram er-ros nas suas alocações. Pesquisas re-alizadas pelo Centro de TecnologiaCanavieira demonstraram que uma va-riedade plantada num solo inadequa-do para ela pode gerar até 20% de per-da de produtividade.

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Reportagem de Capa

Considerações técnicas da carta de solos eambientes de produção

Classificação dos solos – O levan-tamento de solos é a caracterizaçãomorfológica, física, química e geográfi-ca dos solos de uma área e pode serutilizado para diversos fins. Os solossão classificados após a descrição dacor e textura, estrutura e consistência,análise química dos elementos em trêscamadas do solo.

Do ponto de vista agronômico, aprimeira camada é a mais importante, poisnela se concentra a maioria das raízes eonde é realizada a maioria das operaçõesde preparo de solo, aplicação de fertili-zantes e corretivos. Entre as caracterís-ticas do solo, algumas são facilmente

Gustavo de Almeida Nogueira, gerente do Departamento Técnico da CanaoesteDanilo Saulle, agrônomo da Copercana

Diferenciação de solos na paisagem- Fonte CTC

perceptíveis como a cor e textura. Ou-tras, como estruturas e consistência, sãomais difíceis de diferenciar.

A finalidade de qualquer classifica-ção é a ordenação de conhecimentoscom relação a um objetivo, visando fa-cilitar a memorização de todas as suaspropriedades, de maneira fácil e preci-sa. Quanto maior o número de caracte-rísticas essenciais que se conhece deuma unidade, melhor definida ela esta-rá. Dentro desse conceito, a classifica-ção de solos visa ordenar os diferen-tes tipos de solos, diferenciá-los napaisagem e enquadrá-los nos Ambien-tes de Produção.

Cartas de Solos deAmbientes de Produção

A carta de solos é o produto finaldo levantamento pedológico. Compõe-se de um mapa da distribuição espacialdos solos e de um memorial descritivo(relatório contendo todas as informa-ções técnicas dos solos).

As áreas mapeadas são agrupadasem cinco ambientes de produção decana-de-açúcar (A, B, C, D e E) consi-derando-se o potencial de produção decada uma deles (Joaquim et al., 1994).Os Ambientes são definidos pela inte-ração de dois fatores: tipo de solo eprodutividade das variedades de cana-de-açúcar.

Os Ambientes de Produção visam separar asáreas em diferentes potenciais de produção decana-de-açúcar (A, B, C, D e E). Fonte: CTC

A definição de Ambiente de Produ-ção é baseada em um conjunto de fato-res relacionados à produção, a exem-plo do clima e manejo, mas o solo mere-ce destaque por ser a base de susten-tação da produção agrícola.

Etapas de execução do projeto:1. Elaborar e enviar os mapas dos

associados ao CTC.2 . Interpretação de aspectos fisiográficos:· Imagens de satélites;· Relevo e· Geologia.3 . Trabalho de campo:· Coleta de amostras de solo em três

profundidades (0 a 25 cm, 25 a 50 cm e de

80 a 100 cm) em pontos georreferenciados;· Delimitação dos tipos de solo e· Descrições de informações gerais.4. Envio das amostras ao laborató-

rio de Análise de Solo.5 . Determinação e interpretação

dos dados analíticos (análises químicae física de todas as amostras)

6 . Retorno ao campo com os resul-tados das análises para classificar osolo até o nível de grande grupo paraenquadramento nos diversos ambien-tes de produção de cana-de-açúcar.

7 . Elaboração da Carta de Solos eRelatórios.

8 . Mapas de Ambientes de Pro-dução.

Gustavo de A. Nogueira

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Repercutiu

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“Há os que apelam para umargumento sem pé nem cabeça: os

canaviais no Brasil estariam invadin-do a Amazônia. Quem fala umabobagem dessas não conhece o

Brasil”Luís Inácio Lula da Silva,

presidente do Brasil

“Em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul foram identifi-cados 210 empreendimentos com capacidade instalada potencial de 14.800MW até 2015. Deste montante, serão exportados 10.200 MW para o sistemaelétrico nacional, o equivalente a uma usina do porte de Itaipu.”

Marcos Yank, presidente da UNICA, sobre o potencial crescente de gera-ção de bioeletricidade, energia elétrica produzida a partir de biomassa deorigem vegetal.

“O problema é que ninguém leu.Eu disse isso ao ministro Mincquando ele mandou o decreto ao

presidente: você não leu o decreto, opresidente não leu o decreto. Nin-

guém leu o decreto”.Reinhold Stephanes – Ministro

da Agricultura sobre um decreto quepenaliza produtores rurais que

desrespeitam leis de proteçãoambiental.

“Ficaremos mais confortáveis se houver um restabelecimento de linhas decrédito internacionais, se voltar a haver bancos lá fora com linhas de créditoem dólares para os nossos bancos. Mas, enquanto isso, o governo brasileirotem tomado medidas no sentido de avaliar o problema de crédito, de liquidez”.

Guido Mantega, ministro da Fazenda sobre a tentativa do governo fede-ral usar os bancos oficiais para minimizar os efeitos da crise internacionalsobre a economia brasileira

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Destaque

Cooperado testa o“feijão doce”

Estava cansado de ouvir dizerque as plantações de cana roubam o espaço da produção de

outros alimentos!”. Foi com essa fraseque o cooperado José Luís Balardinrecebeu a reportagem da Canavieirosem sua propriedade.

Para provar que é possível a plan-tação de leguminosas em meio a cana-de-açúcar, Balardin iniciou uma experi-ência pioneira em agosto deste ano, em2 hectares da Fazenda São José – depropriedade de sua família: o consór-cio de cana-de-açúcar com feijão.

O feijão carioca, da variedade IACAlvorada, foi plantado na entrelinha dacana. Com ciclo de 90 dias, a colheitaestá prevista para início de novembro.O cooperado também plantou tremo-ço, feijão guandú anão, crotalária, mu-cuna anã e nabo forrageiro, tudo emmeio às entrelinhas da cana-de-açúcar.

“Estamos em fase de experimento,mas, com certeza vamos obter sucesso e,assim, o exemplo da Fazenda São Josépoderá combater as críticas internacionaisde que a cana destinada à fabricação deetanol rouba as áreas em que poderiamser cultivados alimentos”, afirma Balardin.

No início, a intenção do cooperadoera apenas cultivar plantas que funcio-nassem como adubo verde e acrescen-tassem nitrogênio ao solo dos seus 174hectares de canaviais. “Mas depois, com

Experimento está sendo realizado na Fazenda São José (arredores de Barrinha)e conta com a parceira do Apta-IAC

Carla Rossini

a parceria do Apta – IAC percebemosque a experiência poderia ser bem maisampla e bem sucedida”, conta Baladin. Ofeijão será colhido manualmente e as de-mais culturas, que fixam o nitrogênio nosolo, serão arrancadas e deixadas no solo.

Segundo o pesquisador DenizartBolonhezi, da Agência Paulista de Tec-nologia dos Agronegócios (Apta) deRibeirão Preto, o projeto Apta-IAC “Fei-jão Doce”, como foi batizado, vai anali-sar o desempenho das lavouras e for-necerá dados para os canavicultoresque desejem iniciar a produção em con-sórcio em suas propriedades. “A meta

é transformar essa região que já é pro-dutora de cana, também produtora dealimentos”, afirma o pesquisador.

O canavial onde o experimento estásendo realizado está em seu terceiroano de vida. O feijão foi plantado emárea irrigada, no sistema de plantio di-reto – que dispensa técnicas de revol-vimento do solo. Na propriedade dafamília Balardin, a cana é colhida cruahá mais de 13 anos. Assim, a palha quefica no solo favorece a umidade.

Para plantar a leguminosa, foi usadauma plantadeira comum, apenas adap-tada. Balardin aponta entre os váriosbenefícios que esse tipo de cultivo podetrazer a absorção de mão-de-obra naentressafra. “O canavicultor vai empre-gar mais gente durante a entressafra,gerando empregos e renda nas regiõesonde o plantio de cana com outras cul-turas for implantado”, afirma.

Além do feijão outras leguminosas foram plantadas como: tremoço,feijão guandú anão, crotalária, mucuna anã e nabo forrageiro

Odair Cardoso Campos, José Luís Balardin e Maria Clementina Guidi Balardin

Raizes dasleguminosas

que fixamnitrogênio no

solo

Plantação de feijão carioca - IACAlvorada em meio a cana-de-açúcar

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Mapa 1: Água Disponível no Soloentre 15 a 17 de SETEMBRO de 2008.

CHUVAS DE SETEMBROe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE SETEMBROe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

As chuvas que ocorreram durante o mês de SETEMBRO de 2008 são apresentadas a seguir.

Nota-se que, a média mensaldas observações das chuvas queocorreram durante este mês deSETEMBRO e em todos os locais observados na região de abrangência da CANAOESTE, “ficaram” aquém das respectivasmédias históricas.

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ÁGUA, usar sem abusar !Protejam e preservem as

nascentes e cursos d’água.

ÁGUA, usar sem abusar !Protejam e preservem as

nascentes e cursos d’água.Revista Canavieiros - Outubro de 2008

O Mapa 1, ao lado, mostra que oíndice de Água Disponível no Solo,

no período de 15 a 17 de SETEMBRO,apresentava-se como baixo a crítico

em quase toda região sucroenergéticado Estado de São Paulo, com exceção

de uma pequena área entre Assis ePresidente Prudente.

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Revista Canavieiros - Outubro de 2008 2727272727

Informações Setoriais

Mapa 2: Água Disponível no Solo, ao final de SETEMBRO de 2007.

Mapa 3: Água Disponível no Solo, ao final de SETEMBRO de 2008.

O Mapa 2 acima, mostra que ao final de SETEMBRO de 2007, com pequenasexceções, o índice de Água Disponível no Solo encontrava-se baixo a crítico emtoda área canavieira do Estado. Situação um pouco diferente e também notadasnos meses de julho e agosto, foi observada ao final deste mês de SETEMBRO de2008, quando mostrou que aquele índice apresentava-se como médio a alto na faixaSul e Sudoeste e de baixo a crítico na Região Central, Norte e Noroeste do estado deSão Paulo (vide Mapa 3), permitindo quase que se recuperar de menores quantida-des e qualidade da cana processadas, como verificadas no período de outono(abril-junho) desta safra, dada maiores umidades do solo naquele período.

Revista Canavieiros - Setembro de 2008 2727272727

Para subsidiar planejamentos de atividades futu-ras, a CANAOESTE resume o prognóstico climáticode consenso entre INMET-Instituto Nacional de Me-teorologia e INPE-Instituto Nacional de PesquisasEspaciais para os meses de outubro a dezembro.

O monitoramento das temperaturas da superfície domar (TSM), ao longo da faixa equatorial do Oceano Pa-cífico, mostra que este parâmetro encontra-se em ligeiraelevação, mas sem manifestação do Fenômeno El Niño,indicando neutralidade climática para os meses de pri-mavera (setembro/outubro a final de dezembro). Logo,para as áreas sucroenergéticas da Região Centro Oeste,Sudeste e faixa norte do Paraná, tem-se que :

· A temperatura média ficará entre próxima a ligeira-mente acima da normalidade climática;

· Quanto às chuvas, prevêm-se que serão próxi-mas das respectivas médias históricas;

· Como referência, as médias históricas das chu-vas, pelo Centro Apta-IAC - Ribeirão Preto e municí-pios próximos são próximos de 125mm em outubro,170mm em novembro e de 270mm em dezembro.

· A previsão elaborada pela SOMAR Meteorologiae interpretadas especificamente para a região de abran-gência da CANAOESTE, também mostra que as tem-peraturas médias e as chuvas serão próximas dasmédias históricas nos meses de outubro a dezembro.

Face a estas previsões, a CANAOESTE recomen-da aos seus Associados que fiquem atentos às con-dições de umidade do solo durante as operações decolheita (carregamento) e transporte da cana, visan-do evitar ou, pelo menos, atenuar pisoteios sobre assoqueiras.

Persistindo dúvidas quanto às operações de co-lheita e as de cultivos mecânicos e químicos (herbici-das para os matocontroles), consultem os TécnicosCANAOESTE mais próximos.

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Revista Canavieiros - Outubro de 20082828282828

NematóidesPragas e Doenças

NematóidesProfª. Leila Luci Dinardo-MirandaDiretora do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento e pesquisadora do Centro de Cana IAC/APTA

Nas condições brasileiras, trêsespécies de nematóides sãoeconomicamente importantes

para a cana-de-açúcar, em função dosdanos que causam à cultura: Meloido-gyne javanica, M. incognita e Praty-lenchus zeae. Em muitos canaviaispouco desenvolvidos e com baixa pro-dução, são encontradas altas popula-ções de pelo menos uma delas.

A espécie P. brachyurus é muito fre-qüente em canaviais paulistas, ocorren-do em cerca de 35% das amostras cole-tadas em áreas com suspeita de pro-blemas nematológicos, mas ainda nãotem sua patogenicidade devidamenteavaliada, razão pela qual é alvo de umasérie de pesquisas em andamento noInstituto Agronômico (IAC).

O ataque dos nematóides à cana-de-açúcar restringe-se às raízes, deonde extraem nutrientes para o cresci-mento e desenvolvimento. Além dodano causado pela utilização de nutri-entes da planta, estes parasitos inje-tam toxinas no sistema radicular, re-sultando em deformações nas raízes,como as galhas provocadas por Me-loidogyne, e extensas áreas necrosa-das, quando os nematóides presentessão Pratylenchus.

Em conseqüência do ataque denematóides, as raízes se tornam pou-co desenvolvidas, pobres em radice-las, deficientes e impossibilitadas dedesempenhar normalmente suas fun-ções. Os prejuízos à parte aérea sãoreflexos de um sistema radicular de-bilitado, incapaz de absorver água enutrientes necessários para o bomdesenvolvimento das plantas, que,em conseqüência, tornam-se meno-res, raquíticas, cloróticas, com sinto-mas de “fome de minerais”, murchasnas horas mais quentes do dia e me-nos produtivas. Em condições decampo, são verificadas reboleiras deplantas menores e cloróticas entreoutras de porte e coloração aparen-temente normais.

A grandeza dosdanos causados pornematóides é clara-mente quantificadaem ensaios nosquais se faz a apli-cação de nematici-das químicos. As-sim, em um estudocom diversas varie-dades em camposaltamente infesta-dos por M. javani-ca, o uso de nemati-cidas resultou emacréscimos de pro-dutividade da ordemde 15 % suscetíveis (Dinardo-Mirandaet al., 1995). No entanto, experimentosanteriores demonstraram que tais incre-mentos de produtividade podem atin-gir a média de 30 %.Também em áreasinfestadas por M. incognita, a reduçãodas populações do nematóide, pelo em-prego de produtos químicos, resultouem aumentos médios de produtividadeda ordem de 40 % (Garcia et al., 1997).

Em relação a P. zeae, ensaio em cam-po revelou que a aplicação de nemati-cidas no plantio de diversas varieda-des contribuiu para incrementos deprodutividade altamente significativos,atingindo valores de até 40t/ha (Dinar-do-Miranda et al., 1996; 1998), compro-vando a patogenicidade de P. zeae àcana-de-açúcar.

A avaliação criteriosa de dados ex-perimentais e de outros obtidos em áre-as comerciais revelou que os danoscausados pelos nematóides variam emfunção da espécie ou espécies presen-tes na área, dos seus níveis populacio-nais e da variedade cultivada. Em mé-dia, M. javanica e P. zeae causam cercade 20 a 30% de redução de produtivi-dade, em variedades suscetíveis. M.incognita pode ocasionar perdas mai-ores, ao redor de 40 %. Em casos devariedades muito suscetíveis e níveispopulacionais muito altos, as perdas

provocadas por nematóides podemchegar a até 50 % da produtividade.

Dada a ausência de variedades co-merciais resistentes a uma ou a maisespécie de nematóides, o manejo deáreas infestadas, atualmente, tem sebaseado principalmente no uso de ne-maticidas químicos aplicados no plan-tio e/ou nas soqueiras.

Dois nematicidas são usados co-mercialmente em cana-de-açúcar: aldi-carb (Temik 150G) e carbofuran (Fura-dan 50G ou 100G ou 350SC). No plan-tio, são aplicados no sulco, sobre ostoletes, imediatamente antes da cober-tura deles. Nas soqueiras, geralmentesão aplicados ao lado da linha de canaou sobre elas.

A aplicação de nematicidas no plan-tio em áreas infestadas resulta em sig-nificativos incrementos de produtivi-dade. Outro exemplo pode ser visto emexperimento conduzido por Dinardo-Miranda et al. (2002), em Piracicaba, SP,em área infestada pelas três espéciesmais importantes: M. javanica, M. in-cognita e P. zeae. Nesse ensaio, as va-riedades IAC86-2480, IAC87-3184,IAC87-3396, IAC91-3186, IAC91-5155,SP83-2847 e SP87-365 foram plantadascom ou sem a aplicação do nematicidaaldicarb 150G 12kg/ha. Verificou-se, porocasião da colheita, que o nematicida

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contribuiu para incrementos de produ-tividade variando de 17,3t/ha, para avariedade IAC86-2480 até 38,1t/ha, paraa IAC91-5155, sendo em média de 28,2t/ha ou 34%.

Em cana soca, os incrementos deprodutividade obtidos em função dotratamento nematicida são menores,mas também economicamente vantajo-sos em muitas situações. Um dos exem-plos está nos dados do ensaio de Di-nardo-Miranda e Garcia (2002), no quala aplicação de carbofuran 100G 22,7kg/ha ou aldicarb 150G 10kg/ha, em so-queira da variedade RB835113, infesta-da por P. zeae, reduziram significativa-mente as populações do nematóide econtribuíram para incrementos de pro-dutividade, em relação à testemunha,da ordem de 11,6 a 16,7 t/ha.

O período ocorrente entre o cortedo canavial e a aplicação dos nematici-das em soqueiras exerce grande influ-ência sobre os incrementos de produ-tividade decorrentes do uso dessesprodutos. Assim, no ensaio anterior-mente citado (Dinardo-Miranda e Gar-cia, 2002), conduzido em área colhidaem agosto, os maiores incrementos deprodutividade foram obtidos quandoos produtos foram aplicados aos 40 e60 dias depois da colheita, enquantoos menores, em aplicações feitas aos20 dias depois do corte. Esses dadossugerem que, para um canavial colhidono período seco da safra, a aplicaçãotardia de nematicidas (aos 40 ou 60 diasdepois do corte) é mais adequada por-que, provavelmente, uma maior quan-tidade dos produtos torna-se disponí-vel no solo e na planta, na primavera/verão, período em que as populaçõesdos nematóides se elevam, favorecidaspelas temperaturas mais altas e chuvas

abundantes. É provável que parte dosprodutos aplicados em agosto (primei-ra aplicação), período ainda seco, sedecomponha antes da época em queseriam mais úteis, ou seja, época chu-vosa. Por outro lado, em canaviais co-lhidos no final da safra, período de chu-vas abundantes e temperaturas eleva-das, no qual há crescimento pleno deraízes e das populações de nematóides,aplicações de nematicidas feitas imedi-atamente após o corte resultam em mai-ores incrementos de produtividade doque aquelas mais tardias, por reduzi-rem o período em que altas populaçõesde nematóides parasitam as raízes, cau-sando danos à cultura.

Deve-se salientar, no entanto, quea decisão sobre o tratamento químicoem soqueira deve considerar, além dainfestação na área (nível populacionalde nematóides) e o período entre a co-lheita e a aplicação do nematicida, opotencial produtivo da cultura. Áreasnas quais se espera baixa produtivida-de, em função de falhas na brotação dasoca, mato, etc, não devem ser trata-das, mesmo se as populações de ne-matóides forem elevadas, pois os in-crementos de produtividade obtidospodem ser inferiores (em função dabaixa produtividade) aos custos deaplicação dos nematicidas.

Como medidas auxiliares no mane-jo de áreas com problemas de nematói-des pode-se citar a torta de filtro nosulco de plantio e o plantio de Crotala-ria em áreas de reforma. Embora essasmedidas não interfiram, de uma manei-ra geral, nas populações de nematói-des na área, pelo menos nas doses (tor-ta de filtro) e período de cultivo (Crota-laria), empregados em nossas condi-ções, elas contribuem para um melhor

desenvolvimento da cultura, sendoportanto bastante indicadas para áre-as com infestações médias ou altas denematóides.

Exemplos do uso dessas medidaspodem ser encontrados em Dinardo-Miranda et al (2003), que avaliaram oefeito de torta de filtro, aplicada isola-damente ou em associação com os ne-maticidas, no plantio da cana-de-açú-car, em áreas infestadas por nematói-des. A torta não apresentou efeito ne-maticida consistente, mas contribuiupara incrementos médios de produtivi-dade de 20t/ha. Os nematicidas contri-buíram para incrementos de produtivi-dade variando de 14,2 a 25,5t/ha e autilização simultânea de torta de filtro enematicidas resultou em incrementosmédios de até 40t/ha.

O efeito do cultivo de Crotalaria jun-cea, por cinco meses com incorporação,em área de reforma do canavial, sobreas populações de nematóides e a pro-dutividade da cana-de-açúcar, plantadaem seguida, com ou sem nematicidas,foi avaliado em ensaio em campo con-duzido por Gil e Dinardo-Miranda (2005).Os autores não observaram diferençaentre as populações de M. javanica nasraízes de cana-de-açúcar, cultivada emárea com ou sem rotação com C. jun-cea, mas as populações de P. zeae fo-ram significativamente maiores nas áre-as cultivadas após o plantio dessa le-guminosa. Apesar disso, a rotação comC. juncea contribuiu para incrementara produtividade da cana em 20,8t/ha,fato atribuído aos benefícios da adu-bação verde. Tanto em áreas com ousem rotação com crotalaria, carbofuran100G a 21kg/ha reduziu as populaçõesde nematóides e incrementou a produ-tividade em 12,1t/ha.

Pragas e Doenças

Raizes de cana-de-açúcar infectadas pornematóides do gênero Meloidogyne.

Raízes de cana-de-açúcar atacadas por nematóidesdo gênero Pratylenchus

Estágio inicial Estágio final

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Para que medidas de controle oumanejo possam ser adequadamenteutilizadas é imprescindível conduzirum levantamento nematológico, coma finalidade de identificar quais as áre-as com problemas de nematóides. Olevantamento inclui a coleta de amos-tras de raízes e de solo e envio paraanálise em laboratório.

A coleta de amostras deve ser fei-ta sempre em época chuvosa, sendocada amostra composta por raízes esolo da rizosfera de pelo menos 10touceiras de cana por talhão homo-gêneo de até 10 ha. Considera-se ta-lhão homogêneo aquele cultivadocom a mesma variedade, mesma datade plantio, recebendo os mesmos tra-tos culturais, etc. É recomendável quetalhões maiores que 10 ha sejam sub-divididos, a fim de que cada amostrarepresente área não superior a 10 ha.O levantamento pode ser efetuadotanto em cana planta como em so-queiras. Em áreas a serem reformadas,pode ser feito de dezembro a feverei-ro, antes do último corte, adotando-se o mesmo critério citado anterior-mente. Quando as soqueiras já foramdestruídas e as áreas se encontrampreparadas para o plantio da cana, olevantamento pode ser efetuado uti-lizando-se raízes e solo da rizosferade uma variedade suscetível, como a‘SP80-1842’, por exemplo, plantada aoacaso, em aproximadamente 10 covaspor talhão homogêneo. O plantio des-ta variedade, conhecida como isca,deve ser feito o mais breve possível(entre setembro e dezembro), de modoque a planta possa vegetar e se de-senvolver por um período superior a60 dias. Antes do plantio da culturadefinitiva na área, as “iscas” devemser arrancadas para compor a amos-tra a ser analisada.

Durante a coleta em campo, asamostras devem ser mantidas na som-bra, de preferência em caixas de iso-por. A remessa ao laboratório deveser feita o mais rapidamente possí-vel, porém, se for necessário aguar-dar alguns dias (4 a 5) para o enviodas amostras ao laboratório, elas po-dem ser mantidas em sala fresca, lon-ge da luz direta do sol.

É importante que o laboratórioidentifique as espécies de nematói-des e os níveis populacionais ocor-rentes nas áreas. Embora alguns la-boratórios identifiquem e contem osnematóides presentes nas amostras,pouquíssimos interpretam os dadosobservados. A interpretação dos da-dos consiste em definir se as popula-ções encontradas na área são baixasou altas, o que implica em estabele-cer se há ou não necessidade de ado-tar medidas de controle na área amos-trada. Um dos laboratórios que faztal interpretação é o DMLab, em Ri-beirão Preto (16 3919 1018).

LITERATURA CITADA

DINARDO-MIRANDA, L.L. & V.GARCIA. 2002. Efeito da época deaplicação de nematicidas em soquei-ra de cana-de-açúcar. NematologiaBrasileira, 26 (1): 30-33.

DINARDO-MIRANDA, L.L.; C.C.MENEGATTI; V. GARCIA; S.F. SILVA& M. ODORISI. 1998. Reação de vari-edades de cana-de-açúcar a Pratylen-chus zeae. STAB - Açúcar, Álcool eSubprodutos, 17(2):39-41.

DINARDO-MIRANDA, L.L.; J.L.MORELLI; M.G.A. LANDELL & M.A.

SILVA. 1996. Comportamento de ge-nótipos de cana-de-açúcar em relaçãoa Pratylenchus zeae. NematologiaBrasileira, 20(2):52-58.

DINARDO-MIRANDA, L.L.; W.R.T.NOVARETTI; J.L. MORELLI & E.J.NELLI. Comportamento de variedadesde cana-de-açúcar em relação a Me-loidogyne javanica, em condições decampo. Nematologia Brasileira, v. 19,p. 60-66, 1995.

DINARDO-MIRANDA, L.L.; M.A.GIL; A.L. COELHO; V. GARCIA & C.C.MENEGATTI. Efeito da torta de filtroe de nematicidas sobre as infestaçõesde nematóides e a produtividade dacana-de-açúcar. Nematologia Brasi-leira, v.27, p.61-67, 2003.

GARCIA, V.; S.F. SILVA & L.L. DI-NARDO-MIRANDA. Comportamentode variedades de cana-de-açúcar emrelação a Meloidogyne incognita. Re-vista Nacional do Álcool e Açúcar, v.17, n. 87, p. 14-19, 1997.

GIL, M.A. & L.L. DINARDO-MI-RANDA. Efeito da rotação com Cro-talaria juncea na produtividade dacana-de-açúcar, tratada ou não comnematicidas no plantio. NematologiaBrasileira, v.29, 2005 (no prelo).

Canavial afetado por nematóide

Pragas e Doenças

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Conab estima safra de grãosentre 142 e 144,5 milhões/ton

Culturas de Rotação

Conab estima safra de grãosentre 142 e 144,5 milhões/ton

Da Redação

O primeiro levantamento dasafra 2008/09 de grãos, divulgado pela Conab, demonstra

que a área plantada no Brasil cresceráentre 1,2% a 2,7% em relação ao perío-do anterior, ou seja, as lavouras vãoocupar entre 47,9 e 48,6 milhões de hec-tares. A estimativa é que a produção degrãos fique entre 142,03 a 144,55 mi-lhões de toneladas. Na atual safra, opaís colheu 143,8 milhões de toneladas.

O estudo também aponta duas cul-turas como as apostas dos produto-res neste início de plantio. O feijão pri-meira safra deve ter um crescimentode área variando entre 8,6% e 11,6% ea colheita deverá ficar entre 1,39 e 1,43milhão de toneladas. Já as terras des-tinadas à soja devem aumentar entre1,3% e 3,2%, ocupando entre 21,59 e22,00 milhões de hectares. A produ-ção deve ficar em 60,1 milhões e 61,3milhões/ton.

Em São Paulo, a soja deve ocuparuma área entre 541,8 e 557,6 mil hecta-res, um crescimento entre 3 e 6%.A pro-dução paulista de soja está estimadaentre 1,468 e 1,511 milhão de tonela-das. Na atual safra foram colhidas 1,446milhão de toneladas.

Ciclo 2008/09 terá expansão de área entre 1,2% e 2,7%

A produção de amendoim deverácrescer entre 2,9% e 3,1% em relação àsafra passada. O país deve colher en-tre 295,6 e 296,2 mil toneladas em umaárea que deve ficar entre 115,4 e115,6 mil hectares. A expansãode área em relação ao ciclo an-terior é pequena, entre 0,2 e0,4%. No Estado de SãoPaulo, maior produtor naci-onal, a área cultivadapermaneceu amesma_81,3 milhectares_ e a produção está estimadaem 228,8 mil toneladas, contra 236,4 miltoneladas na safra passada.

Fechamento da safra 2007/08: dos143,87 milhões de toneladas colhidas,o milho foi o grande destaque. Comduas colheitas no ano, o milho partici-pou com 58,59 milhões de t, ou 14%(7,21 milhões t) a mais que na safrapassada.

Já a soja cresceu 2,8%, o equiva-lente a 1,66 milhões de t. Foram colhi-das 60,02 milhões de toneladas. Estaprodução deveu-se ao aumento da áreaplantada, motivado pelos bons preçosdo produto e pela expectativa futurade mercado no momento da implanta-

ção dacultura, aliados às boas condições cli-máticas ocorridas durante todo o cicloda lavoura, para a maioria dos Estadosprodutores e pelo alto nível tecnológi-co usado, principalmente, no combateàs pragas e às doenças como a ferru-gem asiática.

No que se refere à área semeada, opaís saiu de 46,21 milhões para 47,36 mi-lhões de hectares. A região Centro-Sulresponde por 79% do total. O milho e asoja são também as culturas que maisse beneficiaram com a ampliação dasterras cultivadas, com 14,71 e 21,33 mi-lhões de hectares, respectivamente.

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Prorrogação da comunicaçãode matas ciliares

Legislação

No dia 1º de Outubro de 2008 foipublicada Diário Oficial doEstado (Poder Executivo, Se-

ção I) a Resolução SMA nº 71, de 29 desetembro de 2008, que altera a Resolu-ção SMA nº 42, de 26 de setembro de2007, prorrogando o prazo para que osproprietários rurais comuniquem à Se-cretaria Estadual do Meio Ambiente(SMA) as áreas de preservação perma-nente em seus imóveis.

De acordo com a resolução anteri-or (Res. SMA 42/2007), os proprietári-

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Prorrogação da comunicaçãode matas ciliares

os e/ou posseiros com imóveis entre500 e 2.000 hectares teriam prazo até 30de setembro deste ano para comunicaras áreas de preservação permanente àSMA. Já para as propriedades meno-res, com área entre 200 e 500 ha., o pra-zo seria até 30 de setembro de 2009.

Com a novel resolução (Res. SMA71/2008), fixou-se o prazo até 30 deabril de 2009 para os proprietários e/ou posseiros com área de 1000 a 2000hectares comunicarem suas áreas depreservação permanente, enquanto

que para aspropriedadesou posses ru-rais com áreainferior a 1000hectares, ficouestabelecidoque a Secreta-ria do MeioAmbiente defi-nirá, no prazode 60 dias, onovo crono-grama a ser observado.

Entrega do ADA 2008 foi prorrogadaaté o dia 30 de novembro

Conforme apurado, a entrega doADA 2008 - Exercício 2008, foiprorrogada até o dia 30 de novembro

de 2008 (fonte: www.ibama.gov.br/adaweb/).

Como já afirmado em outras edi-ções, o ADA (Ato Declaratório Ambi-ental) é uma declaração da situaçãoambiental da propriedade rural, ondeserá informado OBRIGATORIAMEN-TE ao IBAMA (Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Natu-rais Renováveis) as áreas de preserva-ção permanente, reserva legal e outrasáreas de proteção ambiental (área dereserva particular do patrimônio natu-

Entrega do ADA 2008 foi prorrogadaaté o dia 30 de novembro

ral, área de declarado interesse ecoló-gico, área com plano de manejo flores-tal, área com reflorestamento), casoexistam no imóvel rural e desde quedeclaradas no DIAT (Distribuição daÁrea do Imóvel Rural), entregue quan-do do preenchimento da DITR (Decla-ração do Imposto Territorial Rural). Taldeclaração possibilita a redução dopagamento do ITR (Imposto TerritorialRural) em até 100% de seu valor.

Ressaltamos, ainda, que o envio doADA a partir do exercício 2007 é feito pormeio eletrônico, via internet (ADAweb), atra-vés do site www.ibama.gov.br/adaweb/.

No preenchimento eletrônico doADA ou em caso de retificação, deve-se observar fielmente o que foi decla-rado no formulário do DITR, protoco-lizado perante a Secretaria da ReceitaFederal, pois as informações ali conti-das devem guardar relação com as queforem prestadas no ADA, tendo emvista que, visando um maior controleadministrativo das propriedades ru-rais, o IBAMA começou a cruzar suasinformações com a Receita Federal e oINCRA (Instituto Nacional de Coloni-zação e Reforma Agrária), responsá-veis pelo controle e recolhimento anu-al do ITR.

Zoneamento Agroambiental dacana no estado de São Paulo

Com a expansão do setor sucroalcooleiro em todo país,inclusive no Estado de São

Paulo, muito tem se falado do impac-to sócio-ambiental que tal expansãopoderá causar e, visando equacionaresta questão, foi apresentado pelogovernador José Serra, no dia 18 desetembro de 2008, o mapa de zonea-mento agroambiental para o desen-

Zoneamento Agroambiental dacana no estado de São Paulo

volvimento sustentável da cana noEstado de São Paulo, elaborado pelaSecretaria do Meio Ambiente e pelaSecretaria da Agricultura e Abaste-cimento, através de resolução con-junta, zoneamento este que alterarásobremaneira os procedimentos delicenciamento ambiental dos empre-endimentos do setor e a gestão dasáreas agricultáveis.

Trata-se do primeiro zoneamentofeito por um Estado da federação, ondese utilizou de parâmetros hidrográfi-cos, físicos, topográficos, climáticos,dentre outros, visando estabelecer cri-térios para se nortear o desenvolvimen-to da cultura da cana-de-açúcar, esti-mulando a produção sustentável doetanol, respeitando os recursos natu-rais e controlando a poluição. Para tan-

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Legislaçãoto, as áreas foram classificadas em ade-quadas, adequadas com limitações am-bientais, adequadas com restriçõesambientais e inadequadas, onde foramestabelecidas regras para o licencia-mento de novas unidades industriais,assim como áreas aptas ao plantio dacultura.

Pelo zoneamento, representadoatravés de um mapa, identificou-se asáreas pelas cores verde escuro (ade-quada); verde-claro (adequada, com li-mitações ambientais); amarelo (ade-quada, com restrições ambientais) evermelho (inadequado), essas estan-do concentradas na faixa litorânea, nasgrandes unidades de conservação doEstado e, ainda, nas áreas com topo-grafia acidentada.

Para a feitura do zoneamento agro-ambiental, foi considerado pelo gover-no do Estado de São Paulo diversosoutros fatores, além dos climáticos, tipode solo, etc., tais como a vulnerabilidadedas águas subterrâneas, a disponibili-

dade de águas superficiais, a bi-odiversidade presente na área,às unidades de conservação, adeclividade e a qualidade do ar.

Nele, pode-se constatar queo Estado conta com aproxima-damente 19 milhões de hecta-res de terras agricultáveis, dosquais 9 milhões são de pasta-gens e quase 4 milhões de cana,e, segundo estimativas basea-das nos pedidos de licença paranovas unidades, até 2010 a áreada cultura poderá chegar a 6,2milhões de hectares.

Uma grande preocupação que o zo-neamento traz, porém, é a falta de regrasclaras para os fornecedores independen-tes de cana, que poderão encontrar difi-culdades por conta desta omissão.

Uma das conseqüências deste zo-neamento será um maior controle naexpedição de licenças para instalaçãode unidades novas, assim como a rea-

dequação das licenças já expedidas àsunidades industriais, quando de suarenovação. Outro aspecto importante,reside no fato de que tal zoneamentoservirá como ferramenta contra tenta-tivas externas de se impor barreiras ta-rifárias à exportação brasileira, além deservir como diretriz para o desenvolvi-mento sustentável da cana-de-açúcarno Estado.

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CTC lança mais trêsvariedades de cana-de-açúcar

Novas Tecnologias

CTC lança mais trêsvariedades de cana-de-açúcarCarla Rossini

Cultivares apresentam avanços em relação ao teor de sacarose, produtividade, resistência adoenças e favorecem a colheita mecanizada

O CTC Cana Show realizado peloCentro de Tecnologia Canavi-eira no dia 14 de outubro em

Ribeirão Preto mostrou aos produto-res e autoridades presentes o lança-mento da quarta geração de varieda-des de cana-de-açúcar, denominadasCTC16, CTC17 e CTC18.

Frutos de anos de pesquisas e de-senvolvimento, as novas variedadesprometem avanços em relação ao teorde sacarose, produtividade, resistên-cia a doenças e favorecem a colheitamecanizada. Além disso, apresentamcapacidade de adaptação a diferentesregiões que produzem cana-de-açúcarno Brasil. “Uma outra característicamarcante nessas variedades é a preco-cidade aliada a um alto teor de sacaro-se. Com a antecipação da safra, elasvão cobrir uma lacuna que existe hojeno setor”, explica Nilson Boeta, diretorsuperintendente do CTC.

O diretor de pesquisa e desenvol-vimento do CTC, Tadeu Andrade, ex-plica que as três variedades foram de-senvolvidas com base em diversascombinações entre solo e clima encon-tradas nos diferentes ambientes de pro-dução do Brasil. “Nos últimos quatroanos aconteceram pelo menos 50 en-saios em 24 usinas. Ao final obtivemosexcelentes cultivares, capazes de impul-sionar a produtividade em todas as áre-as de cana-de-açúcar”, afirma.

Tadeu também esclareceu que épossível obter ganhos de produtivida-de com os novos cultivares, principal-mente se os produtores souberem ex-plorar bem o perfil desses materiais,associando-os, por exemplo, ao mape-amento que o CTC está realizando paraas suas associadas denominado Cartade Solos e Ambientes de produção.“Uma variedade pode ser plantada emdiversas regiões, mas em momentos di-ferentes. O uso da variedade corretapode aumentar a produtividade em até20%”, esclarece Andrade.

Para o presidente da Canaoeste, Ma-noel Ortolan, a geração de novas tecno-logias é essencial para acompanhar odesenvolvimento do setor e permitir queo Brasil continue sendo uma potênciaem se tratando de cana-de-açúcar. “Es-sas pesquisas e lançamentos ajudam osprodutores a escolher que tipo de varie-dade irá proporcionar uma produtivida-de mais alta e, consequentemente, au-mentar seus lucros”, diz Ortolan.

As novas variedades já estão dis-poníveis aos 177 associados ao CTC.A Canaoeste, através de experimentosna Fazenda Santa Rita, já plantou asnovas variedades e deve disponibili-zá-las o mais rápido possível aos pro-dutores de cana.

O CTC possui unidades regionaise pólos de seleção varietal instalados

em pontos estratégicos da produçãonacional de açúcar, etanol e energia, nasregiões Nordeste, Sudeste, Sul e Cen-tro-Oeste. As empresas associadas aocentro respondem por 60% da canamoída no Brasil.

VARIEDADESA CTC16 apresenta alto teor de sa-

carose, produtividade e rápido fecha-mento. As soqueiras mostraram boabrotação e longevidade na colheitamecanizada de cana crua. De PUI (Perí-odo Útil de Industrialização) longo ealto teor de fibra, é recomendada paracultivo na maior parte da safra. Adap-ta-se a ambientes com alto potencial

Nilson Boeta

Tadeu Andrade

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Novas Tecnologias

de produção e também no sistema canade ano. É resistente à ferrugem, ao car-vão, à escaldadura e ao amarelecimen-to, além de responder bem aos matura-dores químicos.

A CTC17 se destaca quanto à pre-cocidade e ao alto teor de sacarose. Re-comendada preferencialmente para co-lheita no início da safra, apresenta bom

Novos projetos para aumentar aprodutividade e a rentabilidade da cana-de-açúcar no Brasil foram apontadospelo CTC durante o lançamento daquarta geração de variedades.

Um dos mais importantes é a inaugu-ração para fevereiro de 2009, em Piracica-

Novos projetosba – sede do CTC -, de uma nova “biofá-brica” de mudas, um projeto de alta tecno-logia que ampliará a produção atual de600 mil para 5 milhões de mudas por ano.

O orçamento anual do CTC corres-ponde a R$ 40 milhões, motivo pelo qualo CTC não diminuiu seus investimen-

tos, mesmo com a remuneração maisbaixa recebida pelas empresas do setornas últimas duas safras. “Apesar dacrise, os associados sabem da impor-tância desse investimento e mantive-ram as contribuições”, diz diretor su-perintendente do CTC, Nilson Boeta.

desempenho em solos arenosos e am-bientes de baixo potencial produtivo.Mostrou-se estável em ambientes res-tritivos. Com teor de fibra médio, é re-sistente ao mosaico, à escaldadura eao amarelecimento e responde bem amaturadores químicos.

A CTC18 possui alta produtivi-dade em todos os cortes, inclusive

em regiões de déficit hídrico, com boatolerância à seca. Possui bom perfi-lhamento, brotação e longevidade desoqueira, inclusive na colheita meca-nizada de cana crua. Recomendadapara colheita até o meio da safra, contacom alto teor de fibra. É resistente àferrugem, à escaldadura, ao mosaicoe ao amarelecimento e também res-ponde bem a maturadores químicos.

Características CTC 16PRODUTIVIDADE Cana-planta Alta Cana-soca AltaExigência em fertilidade do solo MédiaBrotação de soqueira ExcelentePerfilhamento AltoFechamento nas entrelinhas ExcelenteTombamento PoucoFlorescimento PoucoIsoporização RaroTeor máximo pol AltoTeor fibra % cana AltoSensibilidade a herbicidas Não

REAÇÃO ÀS DOENÇAS E PRAGASFerrugem ResistenteCarvão ResistenteEscaldadura ResistenteMosaico IntermediáriaAmarelecimento NãoReação à broca dos colmos Intermediária

Características CTC 17PRODUTIVIDADE Cana-planta Alta Cana-soca AltaExigência em fertilidade do solo BaixaBrotação de soqueira BoaPerfilhamento Médio/AltoFechamento nas entrelinhas BomTombamento MédioFlorescimento RaroIsoporização PoucaTeor máximo pol AltoTeor fibra % cana MédioSensibilidade a herbicidas Não

REAÇÃO ÀS DOENÇAS E PRAGASFerrugem Mod. Resist.Carvão IntermediáriaEscaldadura ResistenteMosaico ResistenteAmarelecimento NãoReação à broca dos colmos Intermediária

Características CTC 18PRODUTIVIDADE Cana-planta Muito Alta Cana-soca Muito AltaExigência em fertilidade do solo MédiaBrotação de soqueira ExcelentePerfilhamento AltoFechamento nas entrelinhas BomTombamento PoucoFlorescimento MédioIsoporização MédioTeor máximo pol MédioTeor fibra % cana AltoSensibilidade a herbicidas Não

REAÇÃO ÀS DOENÇAS E PRAGASFerrugem ResistenteCarvão IntermediáriaEscaldadura ResistenteMosaico ResistenteAmarelecimento NãoReação à broca dos colmos Intermediária

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BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”“Cultivo de Pinhão-Manso para

Produção de Biodiesel”

Prof. Nagashi TominagaProf. Jorge Kakida

Prof. Eduardo Kenji Yasuda

A Biblioteca da Canaoeste disponibiliza aos seus as-

sociados o Curso “Cultivo depinhão-manso para produçãode biodiesel”, dirigido pela EngªAgrônoma Patrícia Resende,

Mestra em Genética e Melhoramento de Plantas,você receberá informações do professor NagashiTominaga, especialista no cultivo de pinhão-man-so, Gerente Geral da NNE MINAS Agro FlorestalLtda. (Janaúba-MG) e dos Engenheiros Agrôno-mos Jorge Kakida e Eduardo Kenji Yasuda.

Além do livro também está disponível umDVD sobre o assunto.

“Estudos Integrados em Ecossistemas”“Estação Ecológica de JATAÍ”

José Eduardo dos SantosJosé Salatiel Rodrigues Pires

Há poucas diretrizes téc- nicas e éticas para um con-

senso em estabelecer qual a me-lhor política para enfrentar osproblemas ambientais não per-

cebidos pela sociedade, como a perda de biodiver-sidade decorrente dos tipos de uso e ocupação dosolo no âmbito de uma Unidade de Conservação edo seu entorno imediato. Provavelmente, um dosprincipais motivos é a insuficiência do conheci-mento a respeito do sistema ambiental em questão.Este livro resulta do resgate dos trabalhos depesquisa sobre o patrimônio natural e culturalda Estação Ecológica de Jataí, desenvolvidos combase em um processo de avaliação, a longo pra-zo, desta Unidade de Conservação e do seu âm-bito imediato, representado pelo município deLuiz Antônio, SP, onde a mesma está inserida.O conteúdo da obra contempla o conhecimentoecológico e suas interfaces com as dimensõessócio-econômica e cultural da questão ambien-tal, como uma estratégia para integrar as basescientíficas para compreensão dos ecossistemasaquáticos, terrestres e inundáveis contidos naEstação Ecológica de Jataí, na perspectiva domanejo e planejamento ambiental desta Unidadede Conservação.

Os interessados em conhecer as sugestões deleitura da Revista Canavieiros podem procurar aBiblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,

nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone(16)3946-3300 - Ramal 2016

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em

Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

1) Pedro disse contente:- Eu “REQUIS” meu passaporte ontem!

O que aconteceu com o passaporte de Pedro? Prezado amigo leitor o verbo requerer é irregular. Não sig-

nifica “”querer de novo””, e sim pedir, solicitar, por meio derequerimento, encaminhar(petição) à autoridade ou pessoa em condições de con-ceder o que se pede, pedir em juízo.

Portanto, a conjugação do verbo requerer só será idêntica a do verbo quererno Presente do Indicativo e seus derivados, menos a uma pessoa, pois o corretoé REQUEIRO.

Os outros tempos têm conjugação regular, como qualquer outro verbo (regu-lar) terminado em ER.

Como falamos “eu vendi”, deveremos falar “eu requeri”.O correto é: Eu requeri meu passaporte ontem!Agora sim, Pedro! E Boa Viagem!

2) - Eu só “COMPITO” se todos participarem da corrida, disse Maria.Prezado amigo leitor, você diria essa frase sem titubear?Claro que sim!!!Pois bem, a frase está correta.A forma do verbo competir, na primeira pessoa do singular do presente do

indicativo, indica ação continuada.Dica: verbo competir conjugado no Presente do IndicativoEu compito, Tu competes, Ele compete, Nós competimos, Vós competis, Eles

competem.

3) Todos disseram:- Que eles “SEJEM” felizes!!!Com certeza, não serão “”para sempre e nem felizes”” com o Português assim.Prezado amigo leitor, não existe seje, sejem.O correto é seja, sejam.Que eles sejam felizes! E para sempre!

PARA VOCÊ PENSAR:

"Somos donos de nossos atos,Mas não somos donos de nossos sentimentos;Somos culpados pelo que fazemos,Mas não somos culpados pelo que sentimos;Podemos prometer atos,Não podemos prometer sentimentos...Atos são pássaros engaioladosSentimentos são pássaros em vôo".

Rubem Alves

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Revista Canavieiros - Outubro de 2008 3737373737

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Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro de de de de de 20082008200820082008

Revista Canavieiros - Agosto de 2008 3737373737

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RENOVÁVEISData: 05 a 07/11/2008Horário: Das 14h às 20hsLocal: Centro de Exposições ImigrantesRodovia dos Imigrantes Km 1,5São Paulo - SPTemática: Em todos os lugares do mundo o sentimento é o mesmo. O

mundo precisa de outras fontes de energia. As existentes, além de seremfinitas, poluem em demasia o meio ambiente e estão contribuindo deforma acelerada para a deterioração do planeta. São muitos os cientistasque apontam que o mundo deve se dirigir para os índices de contamina-ção dos anos de mil novecentos e cinqüenta, impondo assim um grandeesforço para a humanidade. Desta forma as energias limpas e renováveisestarão nas mesas de decisões nos próximos trinta anos, com grandeimportância e credibilidade.

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com ênfase na área de coleta de sêmen e reprodutores;Vagas por curso: apenas 20 alunos.Objetivos: Preparar adequadamente criadores, gerentes de fazenda,

estudantes e profissionais ligados ao setor para o gerenciamento efi-caz de propriedades pecuárias; Desenvolver competências na área deliderança e motivação de equipes de trabalho; Determinar a importân-cia dos controles e do estabelecimento de metas e índices adequa-dos; Atualizar conceitos em formação e manejo de pastagens; Estabe-lecer conceitos e determinar estratégias direcionadas à nutrição debovinos de corte e de leite.

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Revista Canavieiros - Outubro de 20083838383838

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