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Revista Canavieiros - Março de 2007

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Revista Canavieiros - Março de 2007

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Revista Canavieiros - Março de 2007

MOMENTO CRUCIALPARA INVESTIMENTOMOMENTO CRUCIALPARA INVESTIMENTO

Conselho Editorial

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Em sua 9ª edição, a Revista Canavieirosaborda as boas perspectivas do setor e

a recuperação dos preços da cana que estãoestimulando os investimentos na compra demáquinas e implementos por parte dos pe-quenos e médios produtores independen-tes. De acordo com o presidente daCanaoeste, Manoel Ortolan, os fornecedo-res precisam investir pelo menos na partebásica _ plantio e cultivo_ como forma deaumentar a eficiência e rentabilidade da ati-vidade. A reportagem traz informações im-portantes sobre a venda de máquinas e equi-pamentos que estão aquecidas desde o anopassado.

O entrevistado deste mês é o presidente daFAESP, do Conselho Deliberativo do Sebrae/SP e 1º Vice-Presidente da CNA, FábioMeirelles que afirma que "o Brasil tem cres-cido menos que a economia mundial. Em2006, o PIB brasileiro cresceu 2,9%, enquan-to a economia mundial cresceu 3,9%. Dospaíses apontados como futuras potencias,o Brasil é que tem apresentado o pior de-sempenho. Países como Austrália e NovaZelândia, com economia fortemente basea-da na agropecuária, mostram que o Brasilpode se desenvolver muito mais alicerçadono setor primário". Dr. Fábio concedeu en-trevista exclusiva a Revista Canavieiros.

O artigo publicado no "Ponto de Vista" é dodeputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP)que também é membro da Frente Nacionaldo Cooperativismo. Arnaldo Jardim escre-veu seu artigo enaltecendo os benefícios do"verdadeiro cooperativismo", por acreditarno seu potencial de transformar sonhos emrealidade e alterar um círculo vicioso de de-semprego, falta de oportunidades e perpe-tuação da pobreza.

Os principais fatos que aconteceram no sis-tema Copercana, Canaoeste e Cocred no mêsde março foram apresentados entre as pági-

nas 10 e 18. Nas páginas da Copercana, aedição de fevereiro traz o crescimento daCopercana Seguros. Líder no mercado na ci-dade de Sertãozinho, a corretora amplia ne-gócios e filiais. A Canaoeste traz a participa-ção do seu presidente, Manoel Ortolan no 7ºEncontro Regional de Produtores de Canarealizado pela Orplana durante a Feicana emAraçatuba. Destaque também para o ciclo dereuniões técnicas abordando planejamentoe crescimento. A Cocred, por sua vez, traz asinformações sobre a Assembléia Geral Ordi-nária que foi realizada no dia 19 de março econtou com a presença de cooperados detoda a região. Parceira do programa "JovemAprendiz Rural", a Cocred investe em res-ponsabilidade social porque acredita no de-senvolvimento e profissionalização de jovenspara formação de cidadãos.

Nas reportagens técnicas, a Canavieiros trazinformações sobre o plantio direto de sojasobre palha da cana-de-açúcar colhida me-canicamente crua. O engenheiro agrônomoda Canaoeste, Marcelo de Felício, autor dareportagem também descreve o início do plan-tio na Agropecuária CFM Ltda e as experiên-cias obtidas com a nova técnica de plantio. Aparte técnica da revista também traz as Infor-mações Setoriais, do assessor agronômicoOswaldo Alonso. O advogado da Canaoeste,Juliano Bortoloti discorre sobre o ADA (AtoDeclaratório Ambiental). Enfim, matérias deconteúdo específico para que os produtoresrurais possam se manter bem informados.

Uma criação muito curiosa faz parte do "An-tes da Porteira" desta edição: a criação deserpentes! Desde 1996, o produtor de cana-de-açúcar trabalha com a comercializaçãode toxinas. Mas a paixão pelo negócio já étão grande, que agora a criação já virouhobby e as "bichinhas" são tratadas comoanimais de estimação. Vale a pena conferir!

Boa leitura!

Editorial

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IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

Antes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da Porteira

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

O mundo das cobras

Antonio Eduardo Tonielo é reeleito pre-sidente da Cocred

Canaoeste realiza ciclo de reuniõesabordando planejamento e crescimento

Pequenos produtoresinvestem emTecnologia

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana Seguros amplia produtos efiliais

LEGISLAÇÃO

REPERCUTIU

INFORMAÇÕESSETORIAIS

CULTURAS DEROTAÇÃO

PRAGAS EDOENÇAS

AGENDE-SE

CULTURA

CLASSIFICADOS

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EQUIPE DE JORNALISMO:Carla Rossini – MTb 39.788

Cristiane Barão – MTb 31.814

PROJETO GRÁFICO EDIAGRAMAÇÃO:

Rafael Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

COLABORAÇÃO:DMB Máquinas e Equipamentos

Agrícolas Ltda

COMERCIAL E PUBLICIDADE:Daniella Felício

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Artur Sandrin, Carla Rossini, DaniellaFelicio, Daniel Pelanda, Letícia Pignata,Rafael Mermejo, Roberta Faria da Silva,

Tatiana Sicchieri.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:6.500 exemplares

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assina-das são de responsabilidade dos autores.

A reprodução parcial desta revista éautorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

Ponto de VistaPonto de VistaPonto de VistaPonto de VistaPonto de Vista

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Deputado federal (PPS-SP) e Membro da FrenteNacional doCooperativismo

Arnaldo Jardim

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Presidente da FAESP,Presidente do ConselhoDeliberativo do Sebrae/SPe 1º Vice-Presidente daCNA.

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Fábio Meirelles

Bons preços praticadosna safra passadaalavancam venda demáquinas e equipamentos

Produtor rural concilia na mesma propriedade, lavourade cana-de-açúcar a um serpentário com mais de mil cobras

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Fábio MeirellesPresidente da FAESP, Presidente do Conselho Deliberativodo Sebrae/SP e 1º Vice-Presidente da CNA.

Entrevista

Ousadia e visão de futuro

A agricultura energética vem ga-nhando destaque nos últi-

mos anos, sendo considerada o novomotor propulsor da agricultura. Deve-se salientar que não há riscos dedesequilíbrios e do estabelecimento dodilema produção de alimentos oubiocombustíveis, desde que estejamosamparados por uma política de longode prazo, que promova as duas ativi-dades simultaneamente.

O Brasil tem crescido menos que aeconomia mundial e tem uma dívida so-cial para resgatar, e uma das alternati-vas para isso é acompanhar a evoluçãodo conhecimento tecnológico no âmbi-to de um plano de desenvolvimento

Carla Rossini

nacional, contemplando as oportunida-des do cenário global e as necessida-des da nação brasileira, a fim de garan-tir as condições de sustentabilidadesocial, econômica e ambiental.

A agricultura brasileira ocupa ape-nas 7% do território brasileiro, dispon-do de mais 120 milhões de hectares ap-tos para introduzir no processo produ-tivo sem ter que exercer nenhuma pres-são sobre o meio ambiente. Temos to-das as possibilidades de produzir ali-mentos e biocombustíveis tanto para omercado interno quanto para o externo,com custos extremamente competitivos.

O Brasil tem todas as condiçõespara desenvolver ainda mais a sua

agropecuária, assumindo um papel deliderança mundial na produção e na ex-portação de alimentos, fibras ebiocombustíveis. Para tanto, algunsimportantes ajustes na política econô-mica e agrícola são necessários paraque o País realmente possa usufruirdesse potencial. É preciso ter ousadiae visão de futuro, investimento e pla-nejamento em consonância com aspotencialidades brasileiras.

O texto acima é do presidente daFAESP, do Conselho Deliberativo doSebrae/SP e 1º Vice-Presidente da CNA,Fábio Meirelles que concedeu entre-vista a Revista Canavieiros. Segue aíntegra da entrevista:

Fábio Meirelles é um dos mais importan-tes líderes rurais que surgiu no Brasil nosúltimos 50 anos e seu trabalho já beneficioutoda a agricultura nacional. Seu curriculumé enriquecido por funções representativas deeleição, cargos públicos, atividades políti-cas, empresariais, condecorações, títulos decidadão, comendas, troféus, medalhas, obraspublicadas, missões no exterior, palestras emcongressos.

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais,exerceu os cargos de Presidente do BancoNacional de Crédito Cooperativo - BNCC,Presidente do Instituto do Café do Estado deSão Paulo e Diretor do BADESP. ChefiouDelegação de empresários brasileiros juntoà OIT. Inúmeras conferências e participa-ções nacionais e internacionais.

Eleito Deputado Federal por São Paulo,em 1990, integrou as Comissões de Agricul-tura e Política Rural; Economia, Indústria eComércio; Defesa Nacional; Constituição eJustiça e Orçamento.

Iniciou sua participação na liderança dosetor agropecuário nos idos de 1948, na an-tiga FARESP, fundada há mais de 60 anospor Íris Meinberg e presidida sucessivamen-te por Clóvis Salles Santos, Luiz EmanuelBianchi, Odilo Antunes Siqueira e, desde

Perfil

1975 por Fábio Meirelles, já com a denomi-nação de FAESP -Federação da Agricultu-ra do Estado de São Paulo.

Acumula, ainda, a 1º Vice-Presidência daCNA- Confederação da Agricultura e Pecu-ária do Brasil, órgão sediado em Brasília ea Presidência do Conselho Administrativodo SENAR/SP - Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural em São Paulo, desde 1993.É, ainda, o Presidente do ConselhoDeliberativo do SEBRAE/SP.

Eficiente administrador rural, FábioMeirelles com seu trabalho tornou-se pro-prietário de várias fazendas no Estado deSão Paulo, onde produz café, milho, semen-tes, soja, com altos níveis se produtividade.É ainda criador de gado de corte, de leite ede cavalos, não se descuidando em todasfazendas da defesa ambiental. Há mais dequarenta anos desbravou e desenvolve ativi-dade agropecuária no Altiplano Central, noúnico ponto do Estado de Minas Gerais quetoca no Distrito Federal. Foi agraciado comuma centena de títulos de cidadania de mu-nicípios do estado de São Paulo e de outrosEstados brasileiros.

Natural de Cajuru, interior paulista, é ca-sado com a professora Ivelle, tem sete filhose quatorze netos.

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Entrevista

Revista Canavieiros: Como tem sidoo desempenho da agropecuária brasi-leira?

Fábio Meirelles: A agropecuária per-deu renda em três safras sucessivamen-te. A renda da agropecuária caiu de R$153 bilhões em 2005 para R$ 148 bilhõesem 2006, representando uma redução de3%. Contribuíram para este resultado aausência de uma política ampla de ga-rantia da produção e sustentação da ren-da, ou mesmo de amortecimento dosdesajustes da política macroeconômica.Entre as medidas emergenciais para re-verter este quadro está a implementaçãode um modelo de gestão compartilhadado seguro rural, com ampla cobertura deculturas e regiões, a exemplo do modeloadotado por Espanha e Estados Unidos.

Revista Canavieiros: Qual é o pa-pel que a agricultura paulista desem-penha para o desenvolvimento da agri-cultura nacional?

Fábio Meirelles: A agriculturapaulista desempenha um importante edecisivo papel, pois algumas das cadei-as de produção mais dinâmicas e inten-sivas na utilização de mão-de-obra es-tão presentes no Estado, a exemplo dalaranja, cana-de-açúcar, carne bovina,leite, café, milho e ovos. Além de dinâmi-ca, diversificada e pioneira na adoção denovas tecnologias, a agricultura paulistaé precursora no desenvolvimento dosbiocombustíveis: novo direcionador decrescimento e de investimentos na agri-cultura brasileira. Cabe mencionar tam-bém que há uma sólida agroindústria noEstado, voltada tanto para acomercialização externa, quanto interna,fortemente ligada a outras regiões im-portantes da agricultura nacional. Portudo isso, a agricultura paulista exerceum papel fundamental na manutençãodo equilíbrio e diversificação da econo-mia agrícola nacional, bem como naindução à utilização de novastecnologias nas demais regiões do País.

Revista Canavieiros: Para o ano de2007, quais são as perspectivas? Quaisserão os maiores desafios que os agri-cultores devem enfrentar ao longo des-se ano?

Fábio Meirelles: O ano de 2007 temtudo para trazer um pouco mais de alentoaos agricultores e pecuaristas brasileiros.

A perspectiva favorável de elevação darentabilidade agrícola é devida à conjun-ção de dois fatores: primeiro, a elevaçãodos preços de importantes commoditiese, segundo, a redução dos custos de pro-dução. Todavia, mesmo que as perspec-tivas mais otimistas se materializem, aagropecuária não voltará, em curto prazo,a demonstrar o mesmo ritmo de cresci-mento apresentado até o início do gover-no Lula, uma vez que os produtores terãode recuperar renda. Nesse sentido, 2007ainda será um ano de ajuste no setor, queainda não se readaptou ao novo patamardo câmbio, mas, com certeza, ventos bemmelhores sopram em favor daagropecuária neste ano.

Revista Canavieiros: O cenário po-lítico que se apresenta deve ajudar aagricultura?

Fábio Meirelles: O cenário políticoapresenta-se bastante instável e marca-do por negociações políticas, uma vez quea Câmara Federal, que teve sua imagemfortemente maculada na legislatura pas-sada, foi recentemente empossada e agestão da Pasta da Agricultura a serimplementada pelo novo Ministro daAgricultura ainda é uma incógnita. Dian-te do que a agricultura brasileira repre-senta para País e das dificuldades a quefoi exposta nos últimos anos, era de seesperar políticas públicas que fortaleces-sem o setor. No entanto, teremos umadefinição mais clara do cenário políticonos próximos 60 dias, mas fica a expecta-tiva que a grandeza da agricultura e o in-teresse nacional se sobrepujem às ques-tões político-partidárias ou ideológicas.

Revista Canavieiros: Como o se-nhor vê o PAC (Programa de Acelera-ção do Crescimento) anunciado recen-temente pelo presiden-te Lula?

Fábio Meirelles: OPAC é um programa quevisa promover a acelera-ção do crescimento pormeio da desoneração eincentivo à iniciativa pri-vada, aumento dos in-vestimentos públicos eaperfeiçoamento da po-lítica fiscal. O pacote épositivo, pois se preocu-pa com um dos principais

gargalos do Brasil, a deficiência de infra-estrutura. Todavia, entendemos que areformulação das políticas públicas vol-tadas ao setor agropecuário deve ser tam-bém objeto das medidas propostas.Priorizar o setor agropecuário nos pro-gramas de estímulo ao crescimentopotencializaria os benefícios dos investi-mentos em infra-estrutura e irradiaria o de-senvolvimento em segmentos econômi-cos interligados, notadamente, no interi-or do Brasil.

Revista Canavieiros: Quais serãoas principais atividades que o SistemaFaesp-Senar estará desenvolvendo em2007?

Fábio Meirelles: Serão inúmeras asatividades, mas podemos dizer que aFAESP se fará presente em todos os mo-mentos em que se fizerem necessáriospara representar e defender os interessesda classe produtora rural junto aos pode-res públicos federal, estadual e munici-pal, que diretamente ou indiretamentepossam fomentar medidas de apoio asustentabilidade do agronegócio e amelhoria de vida no meio rural. Tambémcoordenaremos e elaboraremos estudosdos mais diversos assuntos com vistas asubsidiar e promover, junto aos setorespúblico e privado, a implantação de açõesem benefício das atividadesagropecuárias e do produtor rural paulistae ainda estaremos levando até o produtorrural todas as informações referentes asobrigações tributárias, previdenciárias,técnicas, trabalhistas e sociais.

Continuaremos cuidando do aprimo-ramento do segmento dos leiloeiros ru-rais, da defesa agropecuária e fito sani-tária, realizando campanhas para vaci-nação dos rebanhos e erradicação de do-enças, da defesa do meio ambiente, além

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Entrevista

de celebrar convênios com os poderesmunicipal, estadual e federal e realizarparcerias para a realização de ações quevisem o incremento do setor. Tambémpromoveremos, quando couber, a solu-ção por meios conciliatórios, dosdissídios ou litígios concernentes às ati-vidades compreendidas em nosso âmbi-to de representação.

Neste ano, estamos implantando aAtuação Estratégica 2007- 2010 para oSistema FAESP-SENAR-AR/SP, que temcomo seu grande objetivo “manter ohomem no campo, contribuindo com seudesenvolvimento e prosperida-de”. Esta ação foi aprovada emAssembléia Geral, ocasião em foientregue um questionário queteve o objetivo de identificar elevantar as forças, oportunida-des e adequações necessáriasàs entidades do Sistema FAESP-SENAR/Sindicatos. Depois detabuladas as respostas recebi-das foram identificadas as dire-trizes estratégicas para a FAESPe SENAR-AR/SP, tomando-se por baseas referidas informações recebidas detoda a rede sindical.

No momento, as diretrizes propostasestão sendo objeto de discussão e vali-dação junto às bases sindicais, por meiodas oficinas participativas regionais.

No total de cursos das áreas de For-mação Profissional e Promoção Social, oSENAR-AR/SP já contabiliza mais de ummilhão de atendimentos. Em 2007, a atu-ação da instituição continuará marcante,por intermédio de seus 300 cursos deFormação Profissional, como: Proleite,Jovem Aprendiz, Empresário Rural, Tu-rismo Rural, Olericultura Orgânica,Ovinocultura, Cana Limpa, entre outros.

Na área da promoção social, oSENAR-AR/SP contabiliza 100 cursos,entre eles o Programa Promovendo a Saú-de no Campo, de medicina preventiva, oPrograma de Alfabetização para Trabalha-dores Sem Escolaridade, oriundos dazona rural, Ciranda de Esporte e LazerRural, Mutirões da Cidadania no Campo.

Revista Canavieiros: O que é o pro-grama Cana Limpa e qual a sua impor-tância para a cadeia produtiva dacana-de-açúcar?

Fábio Meirelles: O Programa CanaLimpa do SENAR-AR/SP visa capacitar

os trabalhadores rurais de todo o setorsucroalcooleiro desde o plantio à colhei-ta, do transporte da matéria prima à fa-bricação do açúcar e álcool. Inicialmen-te, os treinamentos estão sendo desen-volvidos com os profissionais da colhei-ta da cana-de-açúcar. O Programa CanaLimpa, diante do seu grande sucesso, jáestá sendo adotado por outros estadosbrasileiros, como Rio de Janeiro, MatoGrosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas. Ediversos outros estados da federaçãosolicitaram os materiais didáticos paraaperfeiçoamento de seus técnicos.

Segundo avaliação da instituição, en-tre os principais resultados aferidos parao trabalhador estão à melhoria da auto-estima, a valorização como pessoa quepassa a se sentir como um elo funda-mental de um segmento importante paraa economia do País. A conseqüência dis-so é que o cortador de cana ganha umnovo status, se valoriza, passa ser umprofissional do corte. Se do ponto devista do trabalhador, uma maiorconscientização produz bons frutos, omesmo acontece em relação às usinas,que têm diminuído o número de aciden-tes de trabalho, porque os profissionaisficam mais atentos sobre a necessidadedo uso dos equipamentos especiais. Oaumento da lucratividade também é ex-pressivo, pois os cortadores aprendemo ponto certo do corte, não deixando nocampo, muitas vezes, a parte nobre daplanta.

Revista Canavieiros: Como o senhorvê a expansão do setor canavieiro?

Fábio Meirelles: A expansão é positi-va, resultante do investimento em pes-quisa e tecnologia, da dedicação e do tra-balho do setor, ao longo dos anos, naprodução de açúcar e álcool de qualida-de, a baixos custos, culminando no pro-grama de energia renovável mais bem

"O Brasil tem crescido menos que a econo-mia mundial. Em 2006, o PIB brasileiro

cresceu 2,9%, enquanto a economia mundialcresceu 3,9%. Dos países apontados como

futuras potencias, o Brasil é que tem apresen-tado o pior desempenho. Países como Austrá-lia e Nova Zelândia, com economia fortemen-te baseada na agropecuária, mostram que o

Brasil pode se desenvolver muito maisalicerçado no setor primário".

sucedido do mundo. Ou seja, a expansãodo setor é uma conseqüência do sucessoalcançado, e só pode ser enaltecida. Poroutro lado, faz-se necessário monitorar odesenvolvimento da cultura e impedir quealguns riscos comprometam o seu ciclode expansão. Para tanto, algumas medi-das de apoio e fomento devem seradotadas, tais como: o incentivo à rota-ção de culturas e uma adequada alocaçãoespacial das novas lavouras e usinas, bemcomo a um melhor acompanhamento daquestão ambiental e social, até porqueessa atividade hoje é muito visada e o

Brasil, atualmente, enfrentacompetidores que procuramflancos abertos para minar onosso potencial de expansão ecompetição internacional.

Revista Canavieiros: Oque deve ser feito pelo poderpúblico para incentivar a ge-ração de renda e empregos nocampo?

Fábio Meirelles: É impres-cindível o estabelecimento de uma polí-tica agrícola plurianual, que mitigue osefeitos das políticas macroeconômicase que assegure produção e renda aosprodutores. Um dos programas mais im-portantes é o do seguro rural, que atual-mente carece de ajustes e de recursospara garantir renda e não apenas indeni-zação contra sinistros. Outras açõesprioritárias seriam:

a) manter a tranqüilidade e a paz nocampo;

b) investir em extensão rural, defe-sa agropecuária, pesquisa e desenvol-vimento de novas tecnologias;

c) rever a incidência tributária sobo setor produtivo;

d) investir e incentivar investimen-tos nas áreas de infra-estrutura de trans-porte e logística de apoio à atividadeagropecuária;

e) consolidar a agropecuária, inse-rindo os micro e pequenos produtoresrurais no mercado;

f) praticar juros reais compatíveiscom a atividade agropecuária e

g) não permitir que abruptas osci-lações do câmbio afetem a produção. Ageração de emprego e renda no campodepende de um cenário favorável aos in-vestimentos, o que passa pela atenção atodos esses pontos citados.

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Ponto de Vista

Sempre enalteço os benefícios do "verda-deiro cooperativismo", por acreditar no

seu potencial de transformar sonhos em reali-dade e alterar um círculo vicioso de desempre-go, falta de oportunidades e perpetuação dapobreza. Uma certeza, resultado da experiênciana elaboração de uma lei estadual (nº 12.226/06), que estabeleceu os alicerces para auxiliaro pleno funcionamento do setor e sua neces-sária expansão, além de disseminar os verda-deiros princípios que regem o cooperativismo.Um desafio e tanto, dada à incompreensão, porparte dos órgãos públicos, somada ao usoindevido da denominação "cooperativismo"por empresas de fachada, que muito deturpa-ram seu papel social e econômico.

Agora, o desafio é lutar por uma nova le-gislação federal, pois a atual, já ultrapassada,acaba por engessar seu crescimento e abre bre-chas importantes de intervencionismo por par-te do governo, haja vista o projeto de lei nº7009/06, apresentado pelo Executivo.

Diante disso, ingressei na Freencoop Na-cional e participei do lançamento da Agendado Legislativo promovida em conjunto com aOrganização das Cooperativas Brasileiras(OCB) que trata das principais reivindicaçõesdos treze ramos de atividade do setor, no sen-tido de solucionarmos arcabouços jurídicosque dão margens a interpretações equivoca-das dos princípios que regem o cooperativismo.

Primeiramente, precisamos de uma nova leicooperativista para dar o adequado tratamentoao Ato Cooperativo, seja no âmbito tributário/fiscal, na participação em licitações públicas enas relações de trabalho. A definição do AtoCooperativo é de suma importância, pois para oFisco o ato cooperativo apenas existe entre oassociado e a cooperativa e entre esta com oassociado, em caso de uma simples contrataçãoda cooperativa com terceiros, acreditam queestas deveriam contribuir com PIS/Cofins e ISS.

Outro ponto que merece ser destacado, doponto de vista previdenciário, foi à instituiçãoda contribuição de 15%, a cargo do tomadorde serviços, sobre o total da nota fiscal ou fa-tura de serviços emitida pela cooperativa. É

sabido, que a nota fiscal de serviços emitidapela cooperativa de trabalho, por exemplo, en-globa outros valores além da remuneração docooperado, sendo assim, essa prática pode nãoapenas inviabilizar a contratação de cooperati-vas, como também acarretar multas indevidas.

No caso das cooperativas de produção, paraequilibrar o sistema de custeio da seguridadesocial, o INSS determinou que estas devem re-colher a "cota patronal" de 20%, numa equipa-ração equivocada com as empresas em geral,mesmo que estas não pratiquem as mesmas ati-vidades. Neste caso, diante do cunho socialdessas cooperativas, poderíamos estender aisenção da cota patronal, a exemplo do que acon-tece com as entidades filantrópicas.

No campo, precisamos lutar pela regulamen-tação das atividades das cooperativas de eletrifi-cação rural, adequando o seu caráter de prestadorade serviço público de energia elétrica com os inte-resses e investimentos dos cooperados, além dareativação do fundo de estabilidade do segurosocial para as cooperativas agrícolas.

Em meio aos juros estratosféricos pratica-dos pelo mercado, a regulamentação do siste-ma nacional de crédito cooperativo é uma alter-nativa exeqüível de linhas de créditos mais aces-síveis à população. Assim como, a criação deprogramas de fomento de cooperativashabitacionais poderia mitigar a ausência de po-líticas públicas de combate ao crescente déficitde moradias. Na área da saúde, existe também anecessidade de uma lei específica para as em-presas de assistência médica domiciliar.

Em suma, estes são alguns pontos quetangem meu compromisso com a defesae o crescimento do cooperativismo noBrasil. Sei da dificuldade de implementartodos estes pontos, pois muitos delesestão em discussão há anos no Con-gresso Nacional, mas tenho o respaldodos mais de 7,6 mil cooperativasregistradas na OCB, com mais de 7,3 mi-lhões de associados, presen-tes em mais de 1,7 mil municí-pios e que movimentam 6%do PIB brasileiro.

Arnaldo JardimDeputado federal (PPS-SP) e Membro da Frente Nacional do Cooperativismo

e-mail: [email protected] - site: www.arnaldojardim.com.br

Os desafios docooperativismo

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Novos cálculos evelhos problemasO IBGE mudou a forma de calcular o

PIB (Produto Interno Bruto) e, des-sa forma, revisou os números do crescimentoda economia brasileira a partir de 2000. O go-verno alega que a nova fórmula leva em consi-deração fatores que antes ficavam fora da con-ta, como pesquisas com indicadores da indús-tria, comércio, serviços e do orçamento famili-ar. Os novos resulta-dos apontam que, de2003 a 2005, o cresci-mento médio da eco-nomia foi um poucoalém do divulgadoaté então: de 2,5%passou para 2,8%.

Os cálculos refe-rentes a 2006 aindanão foram divulga-dos, mas o númerodeve ser levementemaior do divulgadopelo próprio IBGE háalgumas semanas, de2,9%. Com a nova fór-mula de cálculo, ocrescimento de 2,3%em 2005, que colocou o Brasil numa situação deinferioridade perante os demais países da Amé-rica Latina, chegou a 2,9%. Não muda muita coi-sa, mas deixa o governo menos longe da meta decrescimento próxima dos 4,5% e cria no país asensação do "menos pior", apesar dessa expres-são soar estranho aos ouvidos: o crescimentomelhorou um pouco, apesar de continuar pífio.

A atividade agropecuária, apesar das cri-ses, ainda resiste. De 2000 a 2004, o cresci-mento foi de 90%, passando de R$ 60,7 bi-lhões para R$ 115,2 bilhões, com destaque paraa agricultura. No entanto, a participação noPIB que era de 7,4% em 2003 caiu para 5,6%em 2005. E os preços dos produtos, que em2003 tiveram um crescimento de 21,8%, caíram10% em 2005 e esse dado se refere à perda derenda no campo e o prejuízo para os agriculto-res. Assim, apesar da atualização na fórmula

de cálculo e a revisão para cima nos númerosdo PIB a partir de 2001, os problemas continu-am os mesmos ou até pioraram. Governo e so-ciedade devem prestar atenção nos detalhesdos números divulgados pelo IBGE. A taxa deinvestimentos, por exemplo, caiu de 20,6% para16,3% do PIB em 2005. E investimentos são ofermento para fazer a economia crescer. E os

motivos para essaanemia crônica jásão velhos conheci-dos, carga tributáriaalta, câmbio desfa-vorável, falta de in-vestimentos eminfra-estrutura e me-canismos de estímu-lo ao setor produti-vo.

Apesar do diag-nóstico conhecido,não conseguimosatacar as causas dobaixo crescimento. Aatividade produtivaaté pode resistir bra-vamente e crescer,

mas vai perder ritmo e fôlego ao longo do tem-po e das safras. O bom resultado do setor, ex-presso pelos recordes na balança comercial doagronegócio, é puxado pelo excelente desem-penho do setor sucroalcooleiro, por exemplo,que está em seu melhor momento, mas que de-pende também de investimentos em infra-es-trutura como as demais cadeias.

O Programa de Aceleração do Crescimento,anunciado há dois meses, ainda não começoua ser discutido no Congresso e o governo ain-da enfrenta o processo de definição de nomespara ministérios importantes e estratégicos,mesmo depois de cinco meses do resultado daseleições. Isso demonstra que o país precisa termais agilidade para começar a resolver proble-mas crônicos e antigos. Caso contrário, o setorprodutivo pode perder totalmente o fôlego echegar ao último suspiro.

*presidente da Canaoeste(Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo)

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan*

Artigo

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Copercana Segurosamplia produtos e filiais

NotíciasCopercana

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Em 2001, a Copercana decidiuaumentar a gama de serviços

que oferecia aos seus cooperados. Oobjetivo era criar uma empresa que ofe-recesse todos os tipos de seguros econseguisse atender as necessidadesdos cooperados e futuros clientes.Assim surgiu a Copercana Corretora deSeguros, que hoje disponibiliza váriasmodalidades de seguros aos seus cli-entes. E de lá para cá, o resultado setraz em números: o crescimento médiodo volume de negócios é de 47% aoano.

Para oferecer as melhores soluçõesem apólices e o melhor serviço deconsultoria nas modalidades de segu-ros, a Copercana Seguros conta comuma equipe de profissionais altamenteespecializada, segmentada em ramos."Aqui, o cliente consegue obter pre-ços accessíveis e condições de paga-mento diferenciadas. Tenho certeza queele sai satisfeito", afirma a encarregadada Copercana Seguros, Maria EuláliaMartelo.

Além da matriz em Sertãozinho, aCopercana Seguros possui filiais emPontal, Pitangueiras, Morro Agudo eViradouro. Mas o objetivo é ampliar oatendimento. Segundo o gerente Pau-lo Calixto, até o final de 2008, sete no-vas filiais entrarão em funcionamento."Temos que expandir nosso atendimen-to para as cidades de abrangência daCopercana e, assim, atender todos osnossos cooperados", explica Paulo. Ascidades escolhidas são: Batatais,Uberaba, Ribeirão Preto, Serrana,Severínia, Barretos e Frutal.

No caso de sinistro, a CopercanaSeguros está sempre em busca de sim-

Líder no mercado em Sertãozinho, a Copercana Seguros cresceem média 47% ao ano em volume de negócios

plificar as operações e eli-minar burocracias. "Pro-curamos atender o maisrápido possível o clientepara deixá-lo numa situa-ção mais confortável",explica Eulália. Foi assimque a Copercana Segu-ros ganhou a totalconfiabilidade daBortolot Sistemas Elétri-cos Ltda que é cliente doSeguro Empresarial, Se-guro Frota e Seguro deVida em grupo. "Façoquestão de destacar oexcelente atendimento eos bons preços e condi-ções de pagamento quea Copercana Seguros pratica. A confi-ança é tamanha que não nos preocu-pamos quem será a seguradora. Temostotal confiança na corretora", explicaDevanir Bortolot, proprietário daBortolot Sistemas Elétricos.

Ele conta que quando precisouacionar o seguro foi sempre muito bematendido, sem burocracia e com muitaagilidade. "Um dos nossos veículosse acidentou em Minas Gerais. O localera de difícil acesso e com poucos re-cursos. Liguei para a Copercana Se-guros e fiquei surpreso quando sou-be que em pouco tempo já estava tudoresolvido. A cobertura foi total e nãodemorei para ser ressarcido. É essaagilidade e segurança que o clienteprocura", finaliza Devanir.

Veja porque a Copercana Seguroscresce em média 47% ao ano:

» Seguro Auto Copercana: existepara dar tranqüilidade e segurança aos

Carla Rossini

clientes. Com as melhores taxas do mer-cado, a Copercana Seguros oferececobertura a automóveis nacionais eimportados, além de assistência comprofissionais especializados queagilizam os procedimentos necessári-os com menor burocracia na liquida-ção de sinistros. A Copercana Segurostambém oferece cobertura para cami-nhões em geral com descontos especi-ais para caminhões canavieiros.

» Seguro de Vida Individual: ga-rante assistência para a família do se-gurado em caso de falecimento e o am-paro aos seus beneficiários.

» Seguro Residencial: protege seupatrimônio contra incidentes das maisdiversas naturezas e origens, comovendavais, inundações, incêndios, rai-os, explosões, danos elétricos e rou-bos.

» Seguro de Equipamentos Agrí-colas: quem trabalha no campo, sabe o

Devanir Bortolot(proprietário da Bortolot

Sistemas Elétricos)

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Revista Canavieiros - Março de 2007

NotíciasCopercana

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valor de uma boa colheita. E para co-lher bons resultados, é preciso equipa-mentos eficientes, que estejam sempreprontos a atender as necessidades.Com o Seguro de Equipamentos Agrí-colas, o cliente conta com especialis-tas na área de sinistro e a garantia dereposição rápida do bem para agilizar otrabalho na lavoura.

» Seguro de Vida Fazenda: o em-presário pode fazer um seguro de vidadiferenciado, que abrange os seus fun-cionários de vários níveis. Por ser umseguro coletivo, tem custo reduzido.Em caso de falecimento do titular, seusbeneficiários estarão amparados.

» Seguro Multi-Risco Rural: sejaqual for o tamanho da propriedade, elacabe no plano de Seguro Multi-RiscoRural. Casa, gado, entre outros, esta-rão protegidos. A Copercana Segurosoferece cobertura total.

» Seguro Colheita Garantida: não

há como controlar fenômenos da nature-za, mas existe uma maneira de garantir quea lavoura trará bons resultados: o SeguroColheita Garantida. A Copercana Segurosse compromete em garantir a rentabilidadeda produção de acordo com o valor con-tratado com a seguradora.

» Seguro Incêndio Canavial: uma con-quista alcançada com muito trabalho nãodeve se perder do dia para a noite. Masisso pode acontecer com o canavial. Pen-sando nisso, a Copercana Seguros ofere-ce um plano que protege sua lavoura con-tra incêndios de qualquer natureza. O Se-guro Incêndio Canavial cobre a área segu-rada, indenizando os custeios dos cortesda área declarada pelo produtor.

» Seguro Frota Copercana: ele existepara proteger a frota da sua empresa. Nãoimporta a composição que ela tiver: auto-móveis, caminhões, motos, rebocadores,etc. O preço é bastante acessível. ***Des-contos especiais para caminhões exclu-sivamente canavieiros.

» Seguro de Vida em Grupo: aempresa que tem Seguro de Vida emGrupo possibilita ao funcionário aoportunidade de garantir amparo àsua família por um valor diferencia-do. Assim, os familiares do segura-do têm condições de se recuperarde um momento delicado, garantin-do inclusive assistência funeral. Oempresário pode optar pelos pa-drões: Capital escalonado; Capitalfixo e Múltiplo salarial.

» Seguro Copercana Empresa-rial: ser empresário é ter uma sériede atividades para gerenciar. E paraisso, é preciso a tranqüilidade que oSeguro Copercana Empresarial ofe-rece com uma série de produtos ex-clusivamente para atender às neces-sidades da empresa, seja ela umamicroempresa ou uma multinacional.O empresário pode assegurar o seupatrimônio contra fenômenos da na-tureza, lucros cessantes, roubos eresponsabilidade civil.

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Canaoeste realiza ciclo dereuniões abordandoplanejamento e crescimento

NotíciasCanaoeste

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No final do mês de fevereiro einício do mês de março, os

gerentes do Departamento Técnico daCanaoeste, Gustavo de Almeida No-gueira e Cléber Moraes, realizaram umciclo de palestras técnicas com o obje-tivo de discutir com os associados,questões relacionadas ao planejamen-to de plantio e à expansão do setorsucroalcooleiro.

As palestras foram ministradas nosmunicípios de Severínia, Barretos, Coli-na, Morro Agudo, Viradouro,Pitangueiras, Bebedouro, Cravinhos,Pontal e Sertãozinho. Sempre contandocom a presença dos associados das ci-dades e de suas regiões.

Nas palestras ministradas pelo con-sultor agronômico, Cléber Moraes, ofoco principal foi apresentar aos pro-dutores rurais a grande oportunidadede crescimento que vive o setorsucroalcooleiro, que consiste no acom-panhamento dos fornecedores de canaem direção as novas unidades indus-

triais que estão sen-do construídas.

Já o engenheiroagrônomo GustavoNogueira, falou so-bre a importância fi-nanceira do planeja-mento no plantio decana. Na palestra, elefalou sobre o estudoprévio das varieda-des que melhor seadaptam aos diferen-tes ambientes deprodução, dando umdestaque ao manejo da cana-de-açú-car como um dos principais intens den-tro do planejamento agrícola.

Durante as reuniões, os associadosda Canaoeste também tiveram a oportu-nidade de ouvir técnicos da área agríco-la de diversas unidades industriais daárea de abrangência da associação. Tam-bém foi apresentado um panorama atualda estrutura do Hospital Netto Campello

pelo seu administrador, Marcos LopesFernandes. As reuniões também conta-ram com o apoio da DuPont e FMC

“A participação do fornecedor nasreuniões técnicas é de fundamentalimportância para que ele se mantenhaatualizado sobre as oportunidades queestão surgindo dentro da atividadecanavieira”, afirmou o presidente daCanaoeste, Manoel Ortolan.

Gustavo Nogueira (Canaoeste), José CristovãoMomesso (Cia Energética São José) e Carlos (FMC)

ColinaBebedouro

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NotíciasCanaoeste

Produtores participam deencontro na Feicana

Evento reuniu cerca de 300 participantesCristiane Barão

O 7º Encontro Regional de Pro-dutores de Cana realizado pela

Orplana (Organização dos Plantadoresde Cana da Região Centro-Sul do Bra-sil) no último dia 8 contou com cerca de300 participantes. O evento fez parte daprogramação da Feicana, realizada emAraçatuba entre os dias 6 e 8 de março.

De acordo com o presidente da or-ganização e da Canaoeste, ManoelOrtolan, o objetivo desses encontros éoferecer aos fornecedores vinculados àsassociações filiadas informações e sub-sídios necessários para o aperfeiçoa-mento da atividade e para o fortaleci-mento dos produtores dentro doagronegócio da cana.

Segundo Ortolan, as perspectivastambém são positivas para os produtoresde cana, desde que estejam preparados eorganizados para enfrentar as exigênciase as condições de um mercado cada vezmais profissionalizado e exigente. “O ca-minho mais viável e seguro para os forne-cedores é integrar as associações e coo-perativas, porque elas têm os instrumen-tos para o fortalecimento do produtor, paradefender seus interesses e garantir umaboa produção, comercialização e inclusãono mercado”, ressaltou.

O encontrou contou com doispalestrantes. O primeiro foi o vice-presi-

dente de operações daDedini, José LuizOlivério, que abordou aevolução do setor daagroindústria da cana-de-açúcar. De acordocom Olivério, hoje estãoem operação 357 usinas,número que chegará a455 em 2010. “Atualmen-te, 43 usinas estão emfase de montagem, 55 emfase de projeto e há 189em estudos. Das que es-tão em fase de projeto, amaior parte já está apro-vada e já começou a par-te agrícola”, disse.

Segundo ele, a produção brasileirade álcool poderá crescer também a par-tir da utilização do bagaço e da palha,que representam 2/3 da energia que podeser gerada pela cana. Um terço restantecorresponde ao caldo. Segundo ele, umatonelada de cana limpa corresponde a1,2 barris de petróleo em potencial deenergia. “Perdemos 500 mil barris por diaem termos de energia com a não-utiliza-ção da palha e do bagaço”, diz.

O segundo palestrante foi CláudioPiquet, da trading Glencore, sobre omercado internacional de açúcar e álco-ol. De acordo com ele, há dúvidas se o

Brasil irá exportar este ano o mesmovolume de álcool do ano passado, cercade 3 bilhões de litros, já que os EstadosUnidos, que são os nossos maiorescompradores, devem aumentar a produ-ção de etanol a partir do milho.

Segundo ele, a uniformização dasalíquotas de ICMS sobre o álcoolhidratado, que hoje variam de 12% a 30%entre os Estados, poderia impulsionar omercado interno, já aquecido pelos car-ros flexíveis. Em relação ao açúcar, devehaver aumento na produção mundial.Piquet não acredita que o preço do açú-car tenha grande expansão a curto prazo.

Produtores de cana e profissionais da imprensa lotaram o pavilhão onde foi realizado o encontro

Manoel Ortolan coordenou ostrabalhos durante o evento

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NotíciasCanaoeste

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CIRCULAR Nº. 17/06DATA: 28 de fevereiro de 2007

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito do ajuste parcial da safra 2006/2007.O preço médio do kg de ATR para o mês de FEVEREIRO é de R$ 0,3471.

Os preços levantados pela ESALQ/CEPEA de faturamento do açúcar e do álcool, anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, nos meses de MAIO de 2006 a FEVEREIRO de 2007 e acumulados até FEVEREIRO, sãoapresentados a seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) e os do álcool anidro e hidratado destinado à industria (AAI e AHI),incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e VHP) e do álcool anidro e hidratado,carburante e destinados ao mercado externo, são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de MAIO de 2006 a FEVEREIRO de2007 e acumulados até FEVEREIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 03/05, são os seguintes:

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NotíciasCanaoeste

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MetodologiaConsecana

* Cléber Moraes - Consultor da M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda.Assessor de Planejamento e Controle da Canaoeste

*Cléber Moraes*Cléber Moraes

Revista Canavieiros - Março de 2007

Na edição janeiro e fevereiro de 2.007,propusemo-nos a fazer uma série de arti-

gos sobre a metodologia CONSECANA. Nestasduas edições explicamos:

1-) Como calcular o valor do ATR de cada produto;2-) Calcular o Mix de Produção;3-) Calcular o Preço Médio do ATR.

Para fazer estes cálculos utilizamos os fatores de conversão de ATR em açúcar ouálcool. Os fatores de conversão são os seguintes:

· São necessário 1,0495 Kg de ATR para produzir-se 1 Kg de Açúcar Branco;· São necessário 1,0453 Kg de ATR para produzir-se 1 por Kg de Açúcar VHP;· São necessário 1,7651 Kg de ATR para produzir-se 1 litros de Álcool Anidro;· São necessário 1,6913 Kg de ATR para produzir-se 1 litros de Álcool Hidratado.

Mas “Como são definidos os fatores de conversão de ATR em açúcar ou álcool”:

1-) Fatores do Açúcar:Em 0,95 Kg de sacarose (açúcar puro) temos 1 Kg de ATR. O açúcar branco

vendido no supermercado contém 99,7% de açúcar e 0,3% de impurezas. Assim emum saco de 100 Kg de açúcar branco temos 99,7 Kg de sacarose (ou açúcar puro). Sedividirmos 99,7 Kg de sacarose por 0,95, teremos 104,95 Kg de ATR em 100 Kg deaçúcar branco ou 1,0495 Kg de ATR por Kg de açúcar branco.

No caso do açúcar VHP temos 99,3% de sacarose e 0,7% de impurezas, assimtemos 1,0453 Kg de ATR por Kg de açúcar VHP.

2-) Fatores do álcool:A levedura é um microorganismo colocado junto ao mosto que é a mistura de

caldo de cana e melaço que sobrou da fábrica de açúcar. A levedura utiliza o ATR parase multiplicar, crescer e produzir novas células e para transformá-lo em álcool.

Se a levedura utilizasse o ATR apenas para produzir álcool 1 Kg de ATR produziria0,6503 litros de Álcool Anidro ou 0,6786 litros de álcool hidratado, mas, como parte doATR é utilizado para a própria multiplicação da levedura, 12% do ATR vira levedura.

Depois de ter transformado o ATR em álcool perdendo 12% deste ATR, a leve-dura é separada do que chamamos vinho, isto é, o açúcar do caldo da cana e do melaçojá transformado em álcool misturado à água, que será destilado. Na destilação, quesepara o álcool do resto (vinhaça) ocorre uma perda de 1% que vai junto com avinhaça.

Assim temos:1 Kg de ATR = 0,6503 x (1 - 0,12) x (1 – 0,01) = 0,5665 litros de álcool anidro por

Kg de ATR ou 1,7651 Kg de ATR por litro de álcool anidro.

1 Kg de ATR = 0,6786 x (1 - 0,12) x (1 – 0,01) = 0,5913 litros de álcool hidratadopor Kg de ATR ou 1,6913 Kg de ATR por litro de álcool hidratado.

Como já dissemos, os fatores de conversão funcionam como as cotações do dólarem real: Se um dólar vale R$ 2,15, podemos facilmente converter um moeda na outra.Os fatores de conversão de ATR em açúcar e álcool tem o mesmo papel, ou seja, 1 Kgde açúcar branco vale 1,0495 Kg de ATR; 1 Kg de açúcar VHP vale 1,0453 Kg deATR; 1 litro de álcool anidro vale 1,7651 Kg de ATR e 1 litro de álcool hidratado vale1,6913 Kg de ATR.

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Antonio Eduardo Tonielo éreeleito presidente da CocredCarla Rossini

Cooperativa de crédito distribuiu mais de 21 milhões em sobras aos cooperados

No último dia 19 de março, coma presença de 236 coopera-

dos foi realizada a AGO (AssembléiaGeral Ordinária) da Cocred no CredClube, em Sertãozinho.

Durante o evento foram discuti-das e deliberadas as seguintes or-dens: prestação de contas da dire-toria relativa ao exercício de 2006,destinação das sobras líquidas, elei-ção da diretoria (mandato 2007 a2011) e dos membros do conselhofiscal (mandato 2007 a 2008).

A chapa presidida por AntonioEduardo Tonielo foi reeleita. Tonieloterá como companheiros de direto-ria os cooperados Manoel Ortolan,Francisco César Urenha, PedroEsrael Bighetti e João Nilson Ma-gro. Além deles mais seis membrosfarão parte do conselho fiscal: trêsefetivos que são Fernando dos ReisFilho; José Mário Paro e João LuizBalieiro e três suplentes que sãoLuiz Alberto Consoli; Daniel Annibale Nilson Armando Sicchieri.

Os destaques da assembléia fo-ram os números referente ao cresci-mento da cooperativa de crédito que

NotíciasCocred

José Oswaldo Galvão Junqueira, Márcio Meloni, Francisco C. Urenha, Dr. ClóvisVanzella, Antônio Eduardo Tonielo, Mário Baggio, Manoel Ortolan e Ismael Perina

Cooperados de toda regiãoprestigiaram a Assembléia

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foi pioneira na obtenção dacertificação ISO 9001 e cresceu1200% nos últimos dez anos. Opatrimônio líquido da Cocred que erade R$ 97.659.679,81 em 2005, passoua ser R$ 118.747.555,87 no final de2006, representando um crescimen-to de 21,59% em relação ao exercí-cio anterior. O Capital Social tambémaumentou passando de R$41.011.770,71 em 2005 para R$

46.413.842,01em 2006 o querepresenta umcrescimento de13% em relaçãoao exercício de2005.

As sobrasacumuladas du-rante o exercí-cio foram dis-tribuídas con-forme o estatu-to da cooperati-va e totalizaram

mais de R$ 21 milhões aos coopera-dos. "É motivo de muito orgulho serpresidente de uma cooperativa quenasceu pequena e cresceu muito atéproporcionar esses números surpre-endentes aos cooperados", desta-cou Tonielo. Ele ainda lembrou queapenas os correntistas de coopera-tivas de crédito recebem sobras."Qualquer cooperado que estives-se movimentando seu dinheiro numbanco tradicional não estaria hojerecebendo sobras de retorno. Aquio lucro é do cooperado e não dobanqueiro", finalizou.

Já o presidente da Cocecrer (co-operativa Central de Crédito Ruraldo Estado de São Paulo), JoséOswaldo Galvão Junqueira(Maninho) lembrou que nocooperat ivismo a decisão dadestinação do dinheiro é do própriocooperado. "É por isso que deve-mos apoiar o cooperativismo paraque ele se torne cada dia mais for-te". Maninho também cumprimentou

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NotíciasCocred

Cocred é parceira doprograma “JovemAprendiz Rural”Carla Rossini

Responsabilidade Social: esse éo motivo que levou a Cocred

se tornar parceira do Programa “Jovem

Aprendiz Rural” de Batatais. Além daCocred, são parceiros do projeto o Sin-dicato Rural de Batatais, o Senar (Servi-

ço Nacional de Aprendiza-gem Rural) e a PrefeituraMunicipal de Batatais.

O Programa de aprendi-zagem rural foi desenvolvi-do pelo Senar e tem comoobjetivo fundamental, pro-porcionar ao jovem apren-diz a educação profissionalbásica e genérica ao traba-lho, em todas as atividadesprodutivas do meio rural.

O programa possibilitaa formação técnico-profis-sional de adolescentes e

jovens com idade entre 14 e 17 anos,ampliando as possibilidades de inser-ção no mercado de trabalho e torna maispromissor o futuro da nova geração.Também propicia aos aprendizes achance de terem sua primeira experiên-cia como trabalhadores, a partir do con-trato especial de trabalho firmado comas empresas parceiras.

A Cocred, que possui agência emBatatais, incentiva e se tornou parceirado projeto porque acredita no desen-volvimento desses jovens. “Acreditoque esse programa vai ajudar muito nodesenvolvimento da cidade porqueprofissionaliza cidadãos. A Cocred sesente honrada em ser parceira do Proje-to Jovem Aprendiz Rural”, explicaMárcio Meloni, gerente geral da Cocred.

Antônio Eduardo Tonielo apresentou os bons resultados obtidos pela Cocred em 2006

a diretoria pelo brilhantismo quevem desempenhando frente aCocred. "Fiz questão de estar aquihoje para cumprimentá-los por es-ses resultados magníficos", decla-rou.

Perspectivas para 2007

Para 2007 estão previstas inau-gurações de mais quatro agências:Frutal, Uberaba, Campo Florido e Ri-beirão Preto. Ainda estão previstasas reestruturações e padronizaçõesdas agências de Severínia eBarretos. "A meta é estar cada vezmais próximo do cooperado paramelhor atendê-lo", disse MárcioMeloni, gerente geral da Cocred.

A Cocred também prevê a insta-lação de terminais de auto-atendi-mento em todas as agências; implan-tação de sistema de Gestão de Ris-co com o objetivo de dar mais segu-rança ao cooperado; implantação da

Ouvidoria para estreitar relaciona-mento entre cooperado e cooperati-

va; carteira de produtos ampliada,entre outros benefícios.

Galpão recentemente inaugurado onde será realizado o projeto

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BalanceteCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade SertãozinhoBALANCETE MENSAL JANEIRO/2007 valores em Reais

NotíciasCocred

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Reportagem de Capa

A importância de seinvestir em tecnologiaA importância de seinvestir em tecnologia

Revista Canavieiros - Março de 2007

As boas perspectivas do se-tor e a recuperação dos

preços da cana devem estimular os

investimentos na compra de máqui-nas e implementos por parte dos pe-quenos e médios produtores inde-

pendentes. De acordo com o presi-dente da Canaoeste , ManoelOrtolan, os fornecedores precisam

Cristiane Barão

Bons preços praticados na safra passada alavancam venda de máquinas e equipamentos

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Reportagem de Capa

Revista Canavieiros - Março de 2007

investir pelo menos na parte básica_ plantio e cultivo_ como forma deaumentar a eficiência e rentabilida-de da atividade.

"Os produtores devem aprovei-tar esse bom momento para investirna atividade, comprar equipamentosnovos, atualizar os que já têm. Pre-cisamos buscar ficar mais indepen-dentes", afirma o presidente. Segun-

do ele, com máquinas e implementospróprios, os produtores têm condi-ções de maximizar o trabalho, já quenão dependem de máquinas e equi-pamentos terceirizados.

"Os fornecedores muitas vezesdeixam de fazer as intervenções nalavoura no tempo adequado porquenão encontram o equipamento queprecisam no mercado naquele mo-mento para contratar. Nisso, podemperder produtividade", af i rmaOrtolan.

O produtor Marcelo Baccegatambém acredita que o momento sejaapropriado para o investimento emequipamentos. Ele resolveu financi-ar a compra de um trator, coisa queem outros anos, quando o preço dacana estava baixo, achava arrisca-do. "A safra passada foi bem melhor,o que nos deu condições de inves-tir", disse.

Segundo ele, a intenção agora épar t i r para a compra deimplementos, como adubadeira decana e grades para o preparo dosolo. "O fornecedor hoje tem deprocurar produzir mais, pensandoem ganhar eficiência para reduzir ocusto de produção", disse. Seu pri-mo Ângelo Roberto Bachega tam-bém investiu em equipamentos noano passado, aproveitando a altano preço da cana e boas condiçõesde financiamento.

Ele acredita que o preço da canadeverá ficar abaixo dos níveis do anopassado, mas mesmo assim os pro-dutores deverão ter bons anos pelafrente, o que os estimulará a fazerinvestimentos. "O preço pode cairum pouco, mas não vamos voltar aopassado de crise", afirma Ângelo.

Os fabricantes também estão oti-mistas. De acordo com o gerente demarketing da DMB, Auro PereiraPardinho, os produtores também es-tão aproveitando para atualizar osequipamentos. Segundo ele, as ven-das de máquinas e implementos uti-lizados no plantio e cultivo estão

aquecidas desde o ano passado. "Atendência é que as vendas se man-tenham ascendentes", dissePardinho.

Em relação à comercialização decarregadoras, a participação dos for-necedores independentes tambémcresceu consideravelmente nos úl-timos anos. De acordo com o geren-te comercial da Santal , EdsonStefani, há dois anos os fornecedo-res representavam 40% dos compra-dores desses equipamentos,percentual que em 2006 beirou os55%.

De acordo com Stefani , o"boom" de usinas em novas fron-teiras irá favorecer a mecanização."Hoje nós temos res t r içõesambientais e também falta de mão-de-obra nessas novas áreas. Comoas novas usinas deverão estar ba-seadas em cana de fornecedor, es-ses produtores terão de investir namecanização", afirma.

Segundo o gerente comercial daSantal, fornecedores independentesde grande porte já começaram a in-vestir em máquinas de valor agrega-do maior, como colhedoras eplantadoras. É o caso de um grupode fornecedores da região oeste deSão Paulo e do Triângulo Mineiro."Com a mecanização, o produtor ga-nha eficiência, produtividade e oscustos diminuem. Mesmo que o va-lor oferecido pela cana não apresen-te grandes saltos, a redução noscustos de produção garantirá que oprodutor eleve o rendimento."

De acordo com o presidente daCanaoeste, a maioria dos produto-res não tem condições de adquirirequipamentos de valor agregadomaior e a organização de consórci-os ou condomínios de fornecedorespode ser uma saída. "As cooperati-vas e associações terão de ser umagente facilitador para o produtorter acesso a esses equipamentos.Isso reforça a necessidade de o pro-dutor estar organizado e vinculadoa uma associação", disse.

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Revista Canavieiros - Março de 2007

Legislação

ADA - necessidade desua declaração anual apartir de 2007.

Inicialmente, cumpre informar queo ADA (Ato Declaratório

Ambiental) é uma declaração da situa-ção ambiental da propriedade rural,onde será informada as áreas de preser-vação permanente, reserva legal e ou-tras áreas de proteção ambiental (áreade reserva particular do patrimônio na-tural, área de declarado interesse ecoló-gico, área com plano de manejo flores-tal, área com reflorestamento), caso exis-tam no imóvel rural e desde que declara-das no DIAT (Distribuição da Área doImóvel Rural), entregue quando do pre-enchimento da DITR (Declaração do Im-porto Territorial Rural). Tal declaraçãopossibilita a redução do pagamento doITR (Imposto Territorial Rural) em até100% de seu valor.

Até o exercício 2006, a entrega doADA em qualquer das unidades doIBAMA (Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos NaturaisRenováveis) ou o seu envio eletrôni-co se dava apenas uma única vez e,mais de uma, quando havia a necessi-dade de retificar os danos anteriormen-te informados, porém, a partir da pu-blicação da Instrução NormativaIBAMA nº 96, de 30 de março de 2006(§1º e §2º, do art. 9º), tornou-se obri-gatória a entrega do ADA (AtoDeclaratório Ambiental) perante oIBAMA (InstitutoBrasileiro do MeioAmbiente e dos Re-cursos NaturaisRenováveis), prazoeste que expirará em31 de março de 2007.

Ressaltamos, ain-da, que o envio doADA a partir do exer-cício 2007, que expira-rá em 31.03.2007, seráfeito por meio eletrô-nico, via internet

(ADAweb), através do sitewww.ibama.gov.br/adaweb/.

Porém, para possibilitar o adequa-do preenchimento do ADA, vamos nosater apenas a elucidar o que é área depreservação permanente e de reservalegal, pois são as mais comuns em nos-sa região. Dessa forma, temos que áreade preservação permanente é aquelasituada às margens de mananciaisd’água (rios, riachos, lagos, represas,nascentes, etc.), no topo de morroscom mais de 1800 (mil e oitocentos)metros de altura, matas fixadoras dedunas e em locais com inclinação su-perior a 45º (quarenta e cinco graus).Já quanto a reserva florestal legal, estase caracteriza pela existência na pro-priedade de 20% (vinte por cento) demata nativa, averbada à margem damatrícula do imóvel no Cartório deRegistro de Imóveis, onde há restri-ção de uso. A restrição é de que nãopode sofrer corte raso (desmatamento)e sua utilização depende de autoriza-ção do IBAMA.

Pois bem, referida explicação se faznecessária porque referidas áreasambientais são isentas da tributação doITR (Imposto Territorial Rural), desdeque devidamente informadas no ADA(www.ibama.gov.br/adaweb).

No preen-chimento ele-trônico do ADAou em caso der e t i f i c a ç ã o ,deve-se obser-var fielmente oque foi decla-rado no formu-lário do DITR,protocolizadoperante a Secre-taria da ReceitaFederal, pois asinformações alicontidas devem guardar relação comas que forem prestadas no ADA, ten-do em vista que, visando um maior con-trole administrativo das propriedadesrurais, o IBAMA começou a cruzarsuas informações com a Receita Fede-ral e o INCRA – Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária, respon-sáveis pelo controle e recolhimentoanual do ITR.

Por fim, há que se enaltecer que,segundo a Instrução Normativa 96/2006 (art. 9º, §2º), no Ato DeclaratórioAmbiental deverão constar, informa-ções referentes às áreas utilizadas emcada tipo de atividade, à captação deágua para irrigação e à quantidade uti-lizada anualmente de fertilizantes, de-

fensivos e demaisprodutos químicos.Também, segundo amesma instruçãonormativa, as infor-mações constantesno Ato DeclaratórioAmbiental substitui-rão o Relatório deAtividades para es-sas atividades (art.9º, §3º).

Juliano BortolotiAdvogado

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Queima de Palha de Cana-de-Açúcar - última chamada para

obtenção da autorização.

Como todos sabem, o prazo para protocolo do pedido de autorizaçãopara queima de palha de cana-de-açúcar, vencerá no dia 02 de abril

de 2007 e, segundo informações da Secretaria do Meio Ambiente, não seráprorrogado, razão pela qual deve o associado procurar a CANAOESTE omais rápido possível, na matriz em Sertãozinho ou em uma de suas filiais,para realizar o procedimento visando a autorização de queima, pois, semesta, não será possível utilizar-se do fogo como pratica agrícola de despalhada cana-de-açúcar.

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Repercutiu

"Isso não vai acontecer. A lei vai até 2009"Do presidente americano George W. Bush, referindo-se à

recente renovação pelo Congresso dos EUA da legislação queestipula a tarifa norte-americana de importação do etanol brasi-leiro, que é de US$ 0,54 (cerca de R$ 1,13) por galão.

"A visita de Bush é marketing para o etanol"Do governador de São Paulo, José Serra, se referindo a

visita do presidente americano George W. Bush ao Brasil.Segundo Serra, a atual taxação que o biocombustível sofre aoentrar nos Estados Unidos supera o valor do litro do álcool.

"Não acho que um paísvá abrir mão das coisas queprotegem seu comércioporque um outro estápedindo... é um processo deconvencimento, de muitaconversa e vai chegar um diaque essa conversa vaiamadurecer e chegar numdenominador comum que vaipermitir um acordo".

Do presidente Lula sereferindo a declaração dopresidente americano.

Foto: Agência Brasil

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O mundo dascobrasProdutor rural concilia na mesma propriedade, lavourade cana-de-açúcar a um serpentário com mais de mil cobras

Antes da Porteira

Quem dirige pelas estreitas estradas de terra, em meio aos

canaviais da Fazenda Boa Esperan-ça, no município de Taquaral, nãoimagina que surpresa pode encon-trar. Além da casa do proprietário dafazenda, Márcio Scalon Maryama, ovisitante também se depara com overdadeiro “mundo das cobras”. Ecomo ali o mundo pertence a elas,por quê não criar os bichinhos deestimação no jardim?

Acredite quem quiser, as mais“queridas” estão ali mesmo, no jar-

dim. Um casal de corais, umacaninana, uma boipeva, um casal deurutus cruzeiro, jararacas, casca-véis... é de perder as contas. Maisalguns passos e lá está a maior con-centração: um criatório com mais demil serpentes. Assustadoras, porémtranqüilas, elas são responsáveispelos botes que podem salvar vidas.

Márcio fundou o Insti tutoSanmaru em 1999, mas desde 1996 já

trabalhava com venda de to-xinas. O objetivo sempre foi àcomercialização e exportaçãodo veneno das serpentes.“No início, comprava o vene-no de criadores e apenascomercializava. Depois, oproduto começou a faltar nomercado. Foi assim que resol-vi criar cobras para extraçãodo veneno”, conta o japonêsque até então era apenas umprodutor rural.

O comércio começou acrescer e o agricul-tor tomou gosto pe-las serpentes quehoje são t ratadascom cuidado, paci-ência e dedicação.Além da extração evenda do veneno, oInstituto Sanmarutambém contribuipara a preservaçãodas espécies e mi-nistra aulas de edu-cação ambiental comvisitas monitoradas,exposições e cursos.

“É por isso quecrio as sucuris”, ex-plica Márcio. “Quan-

do chega uma turminha parao curso, as crianças logoperguntam: tio, cadê asucuri?”, completa o cria-dor.

O cuidado com as co-bras

No Sanmaru, os bebêsdas jibóias são hóspedes dehonra. Quando chega um vi-sitante, Denise, esposa do

Márcio e que ajuda na lida com as ser-pentes, faz questão de explicar que asjibóias não são venenosas. “Criamosas jibóias para vender a pet shop. Mui-tas pessoas criam jibóias como ani-mais de estimação”, explica.

Em cima das baias das serpentes,um outro berçário também chama a aten-ção de quem passa pelo corredor docriatório. São os ratos vindos de labo-ratórios que ali se reproduzem para ser-vir de alimento às cobras. É do cuida-do com esses animais que vai depen-der a saúde das serpentes e, por con-seqüência, a qualidade do veneno.

As cobras não comem muito (seisratos por mês), mas todo o cuidado épouco na hora de extrair o veneno do

Carla Rossini

Revista Canavieiros - Março de 2007

Márcio e Denise com o casal de Corais:criação já virou hobby

Cascável: veneno valioso no exterior

Camundongos para aalimentação das serpentes

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Antes da Porteira

animal porque a quantidade deve serrespeitada para não ultrapassar a ca-pacidade do réptil.Márcio conta quemuitos criadores aca-bam matando a ser-pente porque a reti-rada do venenotraumatiza e o animalchega ao extremo. “Épreciso respeitar o li-mite da cobra e nãosubmetê-la a mais queuma extração pormês”, comenta. Ge-ralmente, um animalde porte bom produz1 grama de venenopor mês.

Como as cobras são frágeis, os cui-dados não são poucos. Caso o ani-

mal não esteja bem, ele é reti-rado imediatamente da baia evai direto ao laboratório. Lá, elefica de quarentena e recebeacompanhamento constante. Éali que ficam também os rép-teis doados por pessoas queos encontram em locais nãoapropriados ou levados pelaPolícia Florestal.

Comercialização do veneno

Registrado no IBAMA(Instituto Brasileiro do Meio Ambi-ente e dos Recursos Naturais

Renováveis), o Sanmaru ou melhor,o mundo das cobras, como é conhe-cido, tem comércio garantido. “Ex-

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Sucurí de 3,5 metros desperta curiosidadenos visitantes

Jibóias para venda a Pet Shop

Apesar da Jibóia não ser venenosa sua mordida pode trazer transtornos

porto para os Estados Unidos e paí-ses europeus, mas para entrar no ne-gócio não é fácil. É preciso ter muitocontato”, explica Márcio.

Ele alerta que o negócio é de riscoe o veneno pode ser fatal caso venhaa acontecer algum acidente. A pessoaque vai efetuar a extração deve estardevidamente treinada e preparada.Além disso, o mercado é cheio deatravessadores. “Há criadores quenão conseguem colocar o produto nomercado. A atividade é envolvida porum comércio muito fechado”, comple-ta Márcio.

O preço do venenono mercado externopode atingir valoresabsurdos. Márcioconta que 1 grama deveneno de coral podechegar a ser vendidopor 7 mil dólares. “Éum veneno muitocaro, mas para conse-guir 1 grama de vene-no de coral é precisomais ou menos 250 co-bras dessa espécie”,conta o criador.

É assim, enfrentando as dificul-dades e adquirindo conhecimentospara ampliar os negócios, que Márcioe Denise vão se transformando emverdadeiras “feras”, ou melhor, “co-bras” quando o assunto é a criaçãode serpentes. “Vivemos assim, o diatodo com as cobras na cabeça”, brin-ca Denise.

Caninana: animal deestimação para Denise

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CHUVAS DE FEVEREIROe Prognósticos Climáticos

Informações setoriais

No quadro abaixo, estão anotadas as chuvas que ocorreram na região de abrangência da CANAOESTEdurante o mês de fevereiro de 2007.

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoConsultor Agronômico Canaoeste

Pode-se dizer que as chuvas que ocorreram na Central Energética Moreno, EE Citricultura-Bebedouro, FazendaSanta Rita e Usina Ibirá pouco diferiram das respectivas médias históricas; enquanto que nos demais locais e médiadas observações das chuvas anotadas neste mês de fevereiro, ficaram aquém das normais climáticas. Entretanto, "acaixa d'água do solo" estava "cheia" neste início de fevereiro.

O mapa (1) ao lado mostra que oíndice de Água Disponível no Solo,em meados de fevereiro e em quasetoda área canavieira do Estado deSão Paulo, já se encontrava entre

médio a limitante. As exceções,alguns pontos em azul, foram poucose isolados. Por outro lado, observou-se grande luminosidade, que somada

à alta umidade do solo existente noinício do mês (chuvas de janeiro),deve ter compensado o efeito da

baixa insolação ocorrida em janeiro.

Mapa 1: Água Disponível no Solo no período de 15 a 18 de fevereiro de 2007.

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Informações setoriais

Com o fim de prestar subsídios aos planejamentos de ati-vidades futuras, o DepartamentoTécnico da CANAOESTE resumeo prognóstico climático de con-senso entre INMET-Instituto Na-cional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de PesquisasEspaciais para a Região CentroSul do Brasil, para os meses deabril e maio.

- O fenômeno "El Nino" per-deu força e, praticamente, a par-tir de março não se observa seuefeito;

- Os prognósticos de consen-so INPE-INMET apontam que:

- As temperaturas poderão "fi-car" acima das médias históricasnas Regiões Sudeste (ES, MG, RJe SP) e Centro Oeste (GO, MS eMT), enquanto que para a RegiãoSul (PR, RS e SC) deverão ser pró-ximas das normais climáticas;

- Em todos os estados da Re-gião Centro Sul, as chuvas pre-vistas para os meses de abril emaio serão próximas das médiashistóricas;

- Em função destes prognós-ticos e em toda sua região deabrangência, a CANAOESTE re-comenda atenção ao período se-guro de plantio. Ou seja e sendobem claro, evitar plantios de canade ano e meio após meados deabril, em áreas com preparo con-vencional do solo e sem irriga-ção.

Exemplificando, para a regiãode abrangência da CANAOESTE,as médias históricas (CentroApta - IAC - Ribeirão Preto), sãode 75mm em abril e de 55mm emmaio.

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de fevereiro de 2006.

Mapa 3: Água Disponível no Solo ao final de fevereiro de 2007.

Os mapas 1 e 3, entre meados e final de fevereiro de 2007, mostram que houve gradativaredução do Índice de Água Disponível no Solo até o final do mês, destacando-se as regiõesNordeste e Oeste do Estado. Situação esta inversa ao que foi observado entre os meses dejaneiro e fevereiro de 2006. Em janeiro do ano passado a estiagem foi prolongada, vindo achover praticamente na última semana daquele mês e as chuvas de fevereiro de 2006 foramquase o dobro das observadas em fevereiro deste ano.

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Plantio direto de soja sobrepalha de Cana-de-Açucarcolhida mecanicamente cruaMarcelo de Felício. - Engenheiro Agrônomo da Canaoeste

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Cultura de Rotação

Desenvolvimento da soja sobre apalha de cana

O plantio dire-to é visto

como um sistema deexploração agrope-cuária que envolve arotação de culturas,correção da fertilida-de do solo, mobili-zação do solo na linhade semeadura, contro-le da erosão por meioda manutenção da pa-lha na superfície,descompactação dosolo pela ação dasraízes das plantas e di-minuição da popula-ção de plantas dani-nhas pela decomposição da palha.Além disso, apresenta inúmeras van-tagens de ordem econômica eambiental, dando sustentabilidade àagricultura e segurança na produçãode alimentos.

Hoje, no Estado de São Paulo, se-gundo dados do CANASAT(mapeamento da cana via imagens desatélite), são cultivados aproximada-mente 3,7 milhões de ha com a culturada cana-de-açúcar. Nessas áreas, apóso quinto ou sexto corte, é necessária arenovação do canavial, podendo serutilizado o plantio da cultura de sojaou outros tipos de grãos, dependendoda região.

De acordo com o CANASAT,estima-se que essas áreas possí-veis de renovação situam-se em307 mil hectares. Para realizar ocultivo de grãos, os agricultoresutilizam o sistema de plantio con-vencional, aumentando os cus-tos e diminuindo o lucro. Comoos gastos com tratos culturaissão bastante altos e há necessi-

dade de melhorar a produtividade, umasolução encontrada pelos agricultoresé tentar implantar o sistema de plantiodireto na palhada. Assim, é possívelencontrar uma quantidade entre 12 a15 ton/ha de palha, formando uma óti-ma cobertura de matéria orgânica nasuperfície do solo, excelente para oplantio direto de soja.

A natureza continua vencendo. Apalha, a resteva, o resíduo das cultu-ras anteriores, que antes deveriam de-socupar a área rapidamente para quese conseguisse o preparo do solo omais rápido possível, hoje estão comas honras da casa e recebendo home-nagens.

É a consagraçãoindiscutível das virtu-des que nos oferece apalha, fazendo comque se chame de plan-tio na palha, o que an-tes era conhecidocomo plantio direto. Oagricultor é o principalresponsável peloaperfeiçoamento des-se sistema de produ-ção de grãos. Razões?Existem muitas! Prote-gendo o solo, a ero-são é eliminada. Napermanência da águaque deixou de causar

erosão, é garantido o adubo. Na cober-tura verde, seca ou morta, diminui a po-pulação de plantas daninhas. Aumen-tou a fertilidade e a produtividade nalavoura.

Na realidade, são inúmeros os fa-tores somados que confirmam o plan-tio direto na palha como uma excelenteaplicação, que tem oferecido extraor-dinários retornos aos que nele investi-ram. Quem planta na palha está fazen-do a sua parte, mesmo enfrentando si-tuações adversas quanto ao clima,mercado e política agrícola.

Essa técnica é uma fórmula eficien-te para conseguir as mais altas produti-vidades, conciliando os interesses eco-nômicos com o trabalho da natureza.

Palha, após a colheitamecanizada da cana

Plantio de soja convencional, sem a proteçãoda palha, destaque da erosão

A palha

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Culturas de Rotação

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LEGISLAÇÃO AMBIENTALSegundo o decreto nº 47.700, de 11 de março de 2003, que regulamenta a lei

10.547/2000, alterada pela lei 11.241/2002, as queimadas de cana-de-açúcar comométodo despalhador deverão ser eliminadas de forma gradativa, não podendoesta redução ser inferior a 25% a cada período de cinco anos, em cada proprieda-de ou unidade agroindustrial.

A área inicial que é proibida a utilização do fogo, já a partir de 2001, é de 25%nas áreas mecanizáveis (áreas com declividade inferior a 12%) e de 13,35% nasáreas não mecanizáveis (áreas com declividade igual ou superior a 12%). Já paraaquelas propriedades com área inferior a 150 ha e/ou nas áreas não mecanizáveis,o uso do fogo vigerá a partir de 2011, com uma taxa de 10% inicialmente nas áreasmecanizáveis e 2031 nas áreas não mecanizáveis. Para as áreas mecanizáveis, aeliminação total da queima deverá ocorrer em 2021.

Sobre o início do Plantio naAgropecuária CFM Ltda

O plantio direto teve início no anode 2000, na Fazenda Três Barras, depropriedade da Agropecuária CFMLtda, localizada no município dePitangueiras, em parceria com o as-sociado da Canaoeste, Nicola deFelício Neto.

As dificuldades eram muitas noinício dos trabalhos, pois não existia

posição definida a respeito dos be-nefícios obtidos com o manejo dapalha. Tínhamos certeza de que o sis-tema só alcançaria o sucesso se le-vássemos em consideração comoprincipais aspectos a cobertura dosolo e a utilização da palha. O “col-chão” de palha retém umidade nosolo e esse é um fator importantíssi-mo para a vida da planta.

Outra surpresa agradável que apalha proporciona é a possibilidadedo controle das plantas daninhas e,a partir disso, com a utilização dapalha, o sistema torna-se mais atra-ente e econômico.

O íntimo relacionamento com onosso pedaço de terra, propiciado pelouso de uma técnica como o plantio di-reto, fez ver que, na trilha convencio-nal proposta, modelada e induzida, nãochegaríamos a lugar seguro. Então,descobrimos a palha, que tantas vezesqueimamos e, também, que o maiorpatrimônio do produtor é o solo.

No começo, não havia máquinasapropriadas, nem herbicidas eficien-tes, informações técnicas ou pesqui-sas em andamento. Os pioneiros eramchamados de malucos. Mas quandoos resultados foram mensurados,percebeu-se o avanço. Era como seantes víssemos a agricultura em pre-to e branco e, depois do plantio dire-to, passássemos a ver colorido.

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Culturas de Rotação

Após escolher ás áreas definidas para a reforma do canavial, o primeiro passoé fazer uma análise de solo do local para identificar a necessidade de se fazeraplicação da calagem e gessagem, nas suas respectivas dosagens corretas, e quala melhor fórmula de adubo para realizar o plantio da soja.

Para fazer a dessecação é preciso esperar que o canavial rebrote e os pefilhosatinjam uma média entre 60 a 70 cm de altura. Assim, é possível conseguir melhoreficiência do produto e também evitar rebrotes após a dessecação.

Àrea de cana sendo dessecada Àrea 25 dias após a dessecação

Plantio de soja, sobre a palha de cana Desenvolvimento inicial da soja

Soja em pleno desenvolvimento na palhada de cana-de-açúcar

Neste tipo de sistema, como acultura principal é a cana-de-açú-car, é preciso escolher variedadesde soja precoces e médias para evi-tar o plantio de cana tardio e, des-sa forma, afastar a possibilidade decondições climáticas desfavoráveisao desenvolvimento do canavial,prejudicando a sua produtividade.

Ao longo dos anos testamosmuitas variedades de soja nestetipo de sistema e a que mais se adap-tou foi a M-Soy 6101, desenvolvi-da pela Monsanto e consideradauma variedade de soja super pre-coce, com um período médio de 105dias entre o plantio e a colhedita,podendo chegar a uma produtivi-dade média de até 58 sc/ha.

A variedade Conquista tambémé uma excelente opção, atingindouma média de 130 dias, podendochegar a uma produção média de 60sc/há. Outra variedade que tem sedestacado bastante é a variedadeVencedora , desenvolv ida pe laEmbrapa Soja, uma variedade de ci-clo tardio, chegando até aos 135dias e podendo atingir uma excep-cional produtividade de até 72 sc/há.

No que diz a respeito às pragas edoenças, é preciso ficar alerta ao ata-que de lagartas cortadeiras (Anticarsiagemmatalis, Pseudoplusia includense Spodoptra frugiperda) na fase inici-al do desenvolvimento da cultura desoja, já que a elevada quantidade dematéria orgânica (palha) acaba forman-do um ótimo habitat ao desenvolvi-mento destas pragas.

Soja pronta para ser colhida

Correção do Solo,Dessecação e Plantio

Variedades,Colheita eResultados

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Culturas de Rotação

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Outro aspecto importante tambémsão as doenças de final de ciclo, co-nhecidas com DFC, destacando a fer-rugem asiática causada pelo fungo

Plantio da Cana e ConclusãoAo longo do desenvolvimento des-

se trabalho, foi possível verificar gran-des resultados positivos na cultura dasoja e também resultados de extrema im-portância na cultura da cana-de-açúcar.

Na cultura da soja percebemos quetemos uma diminuição muito grande nocusto de produção por hectare. Em com-paração com o plantio convencional, aredução é de, em média, 24%.

Já na cultura da cana-de-açúcar, osbenefícios são ainda maiores: aumentode 15% a 16% na produtividade no pri-meiro corte da cana (cana de ano e meio)em comparação à reforma do canavialno sistema do plantio convencional;aumento da longevidade do canavial;redução do custo de implantação na or-dem de 10% a 12% por não ser precisofazer o preparo do solo no sistema con-vencional, que consiste em gradagens,arações e subsolagens. Neste últimoitem, o preparo de solo é feito levandoem consideração o nível de compactaçãodo terreno, por meio de levantamentosa campo. Faz-se apenas a subsolagemnos terrenos em que for detectada ne-cessidade de descompactação.

Área após a colheita da soja

Descompactação do solo, para o plantio da cana

Área já sulcada, destacando-se a Banqueta

Área de cana,concluído o plantio

Phakopsora pachyrhizi. Nenhumadas variedades citadas acima está li-vre das DFC, o que indica a necessi-dade de duas a três aplicações defungicida, dependendo da severida-de do ataque da doença na cultura.

Colheita da soja

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Pragas e Doenças

Considerações sobrepragas de soloLeila L. Dinardo MirandaCentro Apta Cana-de-açúcar - Instituto Agronômico

Muitos são os insetos que causamdano econômico à cana-de-açú-

car. Entre eles, a broca Diatraea saccharalisainda é considerada por muitos a mais im-portante praga da cultura, estando presen-te em todos os canaviais do país. Além dela,a cigarrinha das raízes, Mahanarvafimbriolata, vem merecendo atenção espe-cial por causar drásticas reduções de pro-dutividade de colmos e de açúcar, princi-palmente em regiões que concentram gran-des áreas de colheita de cana crua. Outrogrupo de insetos, conhecidos como pragasde solo, também causa danos importantes acanaviais de todo o país e é representadopelos cupins, Migdolus fryanus eSphenophorus levis. Sobre essas pragasserão feitas algumas considerações a seguir.

Os cupins são insetos sociais, que vi-vem em colônias com diversas castas. Mui-tas espécies são encontradas em canaviais epodem ser divididas em dois grupos peloshábitos de construir suas colônias. Os maisimportantes são os cupins subterrâneos,cujas colônias se distribuem em galerias nosolo, sob rochas, no interior das raízes, etc.Alimentam-se de material lenhoso em vári-as fases de decomposição e das partes vi-vas das plantas, tais como raízes, toletes eentrenós basais da cana-de-açúcar. Nestegrupo estão as espécies de Heterotermes,Procornitermes, Nasutitermes,Neocapritermes, Syntermes e outros. Ooutro grupo contempla os cupins demontículos, cuja espécie mais comum emcanaviais é a Cornitermes cumulans. Estesinsetos constroem ninhos acima do solo esão considerados de menor importânciaporque alimentam-se basicamente de mate-rial vegetal morto e raramente são encon-trados atacando tecidos vivos.

Quando atacam a cana-de-açúcar noplantio, os cupins destroem os toletes etambém as gemas e, conseqüentemente,ocorrem falhas na brotação. Sob infestaçõesseveras, os cupins podem destruir o interi-or dos entrenós basais, provocando mortede perfilhos (“coração morto”), quando es-ses ainda são jovens ou quebra de colmosadultos. Em decorrência do ataque de cu-pins, há severas reduções de produtivida-de. Em cana soca, os danos se acentuamcom falhas na brotação da soqueira, baixaprodutividade e redução na longevidade docanavial.

A espécie mais comum do gênero

Migdolus em cana-de-açúcar é M. fryanus.Este inseto é de hábito subterrâneo, sendoencontrado tanto em solos arenosos quan-to em argilosos. Os machos são ativos evoam enquanto as fêmeas possuem as asasatrofiadas e, portanto, não voam. Após oacasalamento, as fêmeas entram no solocolocando os ovos em diversas profundi-dades. As larvas recém eclodidas possivel-mente alimentam-se apenas de matéria or-gânica, enquanto os estágios mais avança-dos nutrem-se das raízes e rizomas da cana.Os maiores danos à cana-de-açúcar são, por-tanto, causados pelas larvas que destroemas raízes e rizomas das plantas em qualqueridade. Em conseqüência do ataque deMigdolus ocorrem morte de colmos, comredução significativa de produtividade e dalongevidade do canavial. Em áreas atacadassão comuns canais ou galerias no solo, fei-tos durante a movimentação das larvas.Acredita-se que essas galerias são posteri-ormente utilizadas pelos adultos para atin-gir a superfície, durante as revoadas.

O besouro Sphenophorus levis, conhe-cido como gorgulho da cana-de-açúcar, devemerecer atenção especial dos produtores.Até alguns anos atrás, está espécie estavarestrita à região de Piracicaba, mas nos últi-mos anos sua ocorrência já foi registradaem mais de 50 municípios no Estado de SãoPaulo, na região de Jaú, Assis, Araraquara eoutras. Os adultos desta praga medem de12 a 15mm de comprimento, são marronsescuros com manchas pretas sobre o dorsoe com a face ventral preta. Após oacasalamento, as fêmeas perfuram os teci-dos sadios do rizoma, com as mandíbulaspresentes no ápice do rostro ou bico e aí, nabase das brotações, abaixo do nível do solo,inserem os ovos. As larvas são branco lei-tosas, com a cabeça castanho-avermelhadae ápodas, e escavam galerias no interior dorizoma, ao se alimentarem. Estas galeriaspermanecem cheias de serragem fina, carac-terística do ataque da praga. A pupa é inici-almente branco leitosa, tornando-se casta-nho-clara e com manchas dorsais à medidaem que se desenvolve. Os adultos perma-necem no solo, sob torrões e restos vege-tais ou entre os perfilhos. Os danos, por-tanto são causados pelas larvas que, bro-queiam os rizomas. Em conseqüência dasgalerias abertas na base dos colmos, ocorreamarelecimento de folhas, seguido pelosecamento e morte de perfilhos, que po-dem ser facilmente destacados da touceira.

Sob infestações severas, as touceiras mor-rem e são observadas muitas falhas narebrota, favorecendo altas populações deplantas daninhas. Estes sintomas são maisfacilmente visualizados na época seca doano, quando são encontradas as maiorespopulações de larvas.

Outros insetos de solo, tais como pãode galinha, larva arame e percevejo casta-nho são também comuns em canaviais, masnão há estudos sobre os danos que causam.De uma maneira geral, considera-se que nãotêm importância econômica, na maioria dassituações, embora, em certos casos, sejamencontrados em populações tão elevadasque esse pressuposto pode não ser correto.

Embora possam ocorram durante todoo ciclo da cultura, as populações dessas pra-gas de solo são mais elevadas nas épocassecas do ano, razão pela qual os levanta-mentos populacionais devem ser feitos nessaocasião (maio a outubro). O ideal é fazer 2pontos de amostragem por ha. Em cadaponto, faz-se uma pequena cova de 50 X50cm e 30cm de profundidade, na linha decana, verificando a ocorrência de cupins,Migdolus e outras pragas de solo. Para cu-pins, deve-se atribuir nota em função donúmero de indivíduos presentes (0 = semcupins; 1 = 1 a 10 indivíduos; 2 = 11 a 100indivíduos; 3 = mais de 100 indivíduos).Os soldados devem ser coletados, coloca-dos em vidros com álcool 70% ou formolpara identificação da(s) espécie(s)presente(s). É importante identificar as es-pécies de cupins ocorrentes, pois há aque-las mais daninhas à cana-de-açúcar que ou-tras. O número de indivíduos de Migdolus,S. levis e outras pragas também devem seranotados, bem como a ocorrência de danosnas touceiras. Para ocorrência de danos nastouceiras, recomenda-se contar o númerototal de rizomas e o número de rizomasdanificados. Esses dados devem ser anota-dos em ficha apropriada.

Em função das espécies e populaçõesde pragas de solo identificadas, recomenda-se o uso ou não medidas de controle. Paraáreas com problemas de pragas de solo, omais indicado é se fazer à destruição mecâ-nica da soqueira, na época seca do ano, jus-tamente porque nessa época as populaçõesde pragas são mais elevadas e utilizar inse-ticidas no plantio. Nessas áreas não se re-comenda a destruição química da soca.

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Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-seAbril Abril Abril Abril Abril de de de de de 20072007200720072007

AGRISHOW RIBEIRÃO PRETO 2007Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em AçãoData: 30 de abril a 05 de maioLocal: Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro Leste/Centro de Cana – Ribeirão

Preto-SPTemática: A Agrishow é considerada uma feira agrícola dinâmica, com demonstrações de máquinas, equipamentos e

implementos agrícolas em ação. Nesse evento, o produtor rural tem a oportunidade da avaliar o desempenho dos equipamen-tos em condições reais de operação.

Maiores Informações: (11) 5591 6337 ou (11) 5591 6324

III SIMPÓSIO DE PLANTIO DIRETOData: 02 a 04 de abrilLocal: Anfiteatro do Pavilhão de Engenharia da Esalq/USP, em Piracicaba-SPTemática: Atualização de conhecimentos e discussão de problemas emergenciais em plantio diretoMaiores Informações: www.fealq.org.br

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Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneiraEsta coluna tem a intenção de maneiraEsta coluna tem a intenção de maneiraEsta coluna tem a intenção de maneiraEsta coluna tem a intenção de maneiradidática, esclarecer algumas dúvidas adidática, esclarecer algumas dúvidas adidática, esclarecer algumas dúvidas adidática, esclarecer algumas dúvidas adidática, esclarecer algumas dúvidas arespeito do portuguêsrespeito do portuguêsrespeito do portuguêsrespeito do portuguêsrespeito do português

As operações de plantio, sejam mecani-zadas ou não, envolvem - além da co-

locação dos órgãos de desenvolvimentovegetativo em condições idéias, permitidaspelas condições edafoclimáticas da área co-mercial - a correta quantificação eposicionamento do fertilizante que ficará dis-ponível durante o desenvolvimento do ci-clo fenológico da cultura e a adequada apli-cação de agroquímicos para combater oucontrolar as pragas de solo.

A obra "Plantio de Cana-de-Açúcar: Estadoda Arte" dos autores Tomaz CaetanoCannavam Ripoli; Marco Lorenzzo CunaliRipoli; Dumas Vicenti Casagrandi e BernardoYasuhiro Ide, apresenta de maneira sintéti-ca, mas, sem perda do fundamental, o atualestádio de conhecimento existente a respei-to do plantio de cana-de-açúcar e demaisquestões intrinsecamente a ele associadas.Não se teve a pretensão de esgotar o assun-to, mas tão somente, como o próprio títulose apresenta, reunir o atual Estado da Artedesta fase do processo de produção da cana-de-açúcar, na região Centro-Sul do Brasil.

Em breve, uma nova edição revisada da obra"Plantio de Cana-de-Açúcar: Estado da Arte"estará sendo disponibilizada inclusive comversão em espanhol.

Os interessados em conhecer as suges-tões de leitura da Revista Canavieiros po-dem procurar a Biblioteca da Canaoeste, naRua Augusto Zanini, nº 1461 em Sertãozinho,ou pelo telefone (16) 3946-3300 - Ramal2016.

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

1) Prezado leitor, aqui estão algumas “pérolas” colecionadas por mim,lendo,ouvindo...enfim dito e/ou escrito precisamos prestar muita atenção com a nossaquerida Língua Portuguesa. Alguns exemplos entre aspas:

a) “O EUNINHO” já provocou secas e enchentes calamitosas... Também provocou no Português!!! O correto é EL NIÑO.

b)“A situação tendia piorar: os madeireiros da Amazônia destroem a MataAtlântica da região...”

Assim, destroem a Língua Portuguesa também... Quanta redundância na frase... típica frase mal redigida.

c) “O que é de interesse de todos nem sempre interessa a ninguém individu-almente”

Estou tentando entender o “tal interesse...”!!!

d) “O grande problema do Rio Amazonas é a pesca de peixes.” Acredito que seja difícil pensar na frase acima em “pesca de pássaros”....“É um problema de muita gravidez”Com certeza.Use sempre camisinha para não ter problemas....O correto é gravidade.

e) Vamos mostrar que somos “semelhantemente iguais uns aos outros”Tem lugar para acrescentar à frase acima “com algumas diferenças básicas”???

f) ... menos desmatamentos, mais “florestas arborizadas”Fantástico!!! Florestas não arborizadas basta o Saara!!!Olha a redundância....

g)A “concentização” é um fato “esperansoso” para todo o território nacional””Por favor!!!! CONSCIENTIZAÇÃO e ESPERANÇOSO. Haja coração, meu Deus!!!

2) Maria disse:— “ADINHE” o que eu fiz ontem?O suspense continuará junto com a curiosidade

e o Português escrito de forma incorreta...A palavra adivinhe é da mesma família de divino.De acordo com a origem do vocábulo, adivinhar

é dom divino.

Advogadae Prof.ª de Português e Inglês

Mestra—USP/RP,Especialista em Língua

Portuguesa, Consultora dePortuguês, MBA em Direito e

Gestão Educacional,Escreveu a Gramática

Português Sem Segredos(Ed. Madras)

com Miriam M. Grisolia

RENATA CARONE SBORGIA

PLANTIO DE CANA-DE-AÇÚCAR:ESTADO DA ARTE

“Não existe o esquecimento total: as pegadas impressasna alma são indestrutíveis” - Ralph Waldo Emerson

“A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimentoenvolvido. Não está na vitória propriamente dita.”

Mahatma Gandhi

“Transportai um punhado de terra todos os dias efareis uma montanha.” - Confúcio

PARA VOCÊ PENSAR:

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