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Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

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Váriasvariáveis

Conselho Editorial

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007 03

Editorial

Para tudo na vida o ser humano gos-ta de ter opções, de tomar decisões

que pode lhe acompanhar para o resto davida (como a profissão ou o casamento)ou nem tão importantes assim como, porexemplo, que tipo de carne será feita nodomingo.

Com a cana-de-açúcar não é diferente,sendo assim, a Revista Canavieiros trou-xe, nessa edição, uma matéria fazendo um‘raio-x’ das variedades de cana que estãonos campos e daquelas que estão por vir.

Tratando de variados assuntos, o en-trevistado desta edição, o novo diretor daUSP - Esalq (Escola Superior de Agricultura“Luiz de Queiroz”), Antônio Roque Dechen,fala de qual é a visão que a universidadetem do setor, além de comentar sobre o pró-prio mundo acadêmico.

Um produtor rural que gosta de variar emsua propriedade é o Sr. Carlos AugustoGomide Arruda, que além de plantar cana tam-bém possui uma bela produção de peixes.

O novo secretário da agricultura apare-ce mais uma vez em nossas páginas paratraçar um cenário do setor. E um dos mem-bros do Canatec, Cléber Moraes, aborda,

mais focado no segmento canavieiro, o mes-mo tema em seu artigo.

Em ‘Notícias Copercana’ encontraremosas opções que o Sítio Água Vermelha ofere-ce aos cooperados. Em ‘Notícias Canaoeste’mostramos a cobertura da variedade deeventos que o presidente Manoel Ortolanparticipou. Já em ‘Notícias Cocred’ várioscooperados que freqüentam a agência deSeverínia traçam o perfil da agricultura na-quela região.

Também nesta edição, a Canavieirostraz a descoberta de uma nova bactériaque poderá revolucionar o mercado defertilizantes para cana-de-açúcar, técni-cas para o arranquio e colheita do amen-doim, autorização de queima de cana, mu-danças no estatuto da terra, manejo docapim-branco e o relatório climático, fe-chando assim o leque de informaçõestécnicas e legislativa.

A variedade de produtos anunciadosnos ‘Classif icados’ e a variedade deeventos publicados no ‘Agende-se’ com-pletam a edição de número sete da nossarevista.

Bola Leitura!

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Cenário para 2007:boas safras e desafios

2020202020

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASDESTAQUES

Antes da Porteira

Notícias

Notícias

Cocred

Canaoeste

O cooperado João Prada foipioneiro na criação de Javalisno território nacional

Inaugura filial em Viradouro

Manoel Ortolan participa de encontroda WABCG

RAIO-X DASVARIEDADES DE CANA:

10

12

16

Notícias

Copercana e jumilrealizam dia de campo

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

AGENDE-SE

CULTURA

CLASSIFICADOS

REPERCUTIU

26

Revista Canavieiros - Janeiro de 200704

3 5

3 0

2 8

2 4

3 6

3 7

CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini Paixão

Clóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan

Manoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EQUIPE DE JORNALISMO:Carla Rossini – MTb 39.788

Cristiane Barão – MTb 31.814

Marino Guerra – MTb 39.180

REVISÃO GRAMATICAL:Igor Fernando Ardenghi

DIAGRAMAÇÃO:SPM Comunicação

FOTOS:Carla Rossini

Marino Guerra

CAPA:Ilustração Nilton Ferreira

COMERCIAL E PUBLICIDADE:Aline Rodrigues

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Aline Rodrigues, Artur Sandrin, Carla

Rossini, Daniel Pelanda,

Letícia Pignata, Marino Guerra, Roberta

Faria da Silva, Tatiana Sicchieri

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:6.000 exemplares

A Revista Canavieiros é distribuída

gratuitamente aos cooperados, associa-

dos e fornecedores do Sistema

Copercana, Canaoeste e Cocred. As

matérias assinadas são de responsabili-

dade dos autores. A reprodução parcial

desta revista é autorizada, desde que

citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP CEP: 14.170-680

Fone: (16) 3946 3311

Ponto de Vista

08

João Sampaio

05

ProdutividadeSustentável

Entrevista

Antônio Roque Dechen

passos que já foramdados e que ainda faltamdar no desenvolvimentogenético

3 8

NOVASTECNOLOGIAS

3 4

CULTURASDE ROTAÇÃO

PRAGAS EDOENÇAS

2 5

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05

Entrevista

Produtividade sustentável

Marino Guerra

Antônio Roque DechenDiretor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

O tamanho de sua barba brancapode ser comparado com a

contribuição através da transmissão deconhecimento que o professor, e agoradiretor da ESALQ, passou para diver-sos ex-acadêmicos e agora profissionaisem seus mais de 25 anos lecionando.

Migalhas desse conhecimento,Antônio Roque Dechen doou à Re-vista Canavieiros em uma entrevistana qual ele fala sobre desenvolvimen-to sustentável dentro da cultura decana-de-açúcar e também em assenta-mentos, além é claro de comentar o queprecisa ser melhorado dentro das uni-versidades, tanto na graduação comona pesquisa.

perfil

Tanto na área do agronegócio como na acadêmica, onovo diretor da ESALQ, Antônio Roque Dechen,enxerga o tão procurado crescimento sustentável

Eleito, pela Associação dos Engenhei-ros Agrônomos do Estado de São Paulo(Aeasp), Engenheiro Agrônomo do Ano em2006, Antonio Roque Dechen formou-sepela ESALQ no ano de 1973. De 1975 a 81foi pesquisador científico do InstitutoAgronômico de Campinas (IAC). É pro-fessor do departamento de Ciência do Solodesde 1981 lecionando a disciplina Nutri-ção Mineral de Plantas.

Na ESALQ ocupou posições de desta-que como a vice-diretoria da instituição,presidente da Comissão de Cultura e Ex-tensão Universitária, vice-presidente de pós-graduação, presidente da Comissão de Con-vênios, coordenador do curso de pós-gra-duação em Fisiologia e Bioquímica de Plan-tas, diretor da Estação Experimental

Agrozootécnica Hilgard Georgina VonPritzelwitz, presidente da Comissão dosesquicentenário do nascimento de Luiz deQueiroz e outros. Dechen também foi pre-sidente da Associação dos ex-alunos daEscola Superior de Agricultura “Luiz deQueiroz” (Adealq) nos períodos de 1984/85, 1987/88 e 1990/91 e também presiden-te da Fundação de Estudos Agrários “Luizde Queiroz” (Fealq), no período de 05 ja-neiro de 1998 até 04 de janeiro de 2007.

Na área de pesquisa publicou 10 li-vros, 71 artigos científicos e 33 capítulosde livros. Entre teses e dissertações, ori-entou 17 de mestrado, 16 de doutorado,além de participar de 239 bancas examina-doras. Participou de 127 eventos nacio-nais e 21 congressos internacionais.

Entre prêmios e homenagens re-cebeu, em 1992, o Prêmio FranzWilhelm Dafert na área de Fertilidadedo Solo. No ano seguinte recebeu aMedalha Fernando Costa, pela Asso-ciação dos Engenheiros Agrônomos doEstado de São Paulo (Aeasp). Em2001, recebeu a Medalha de MéritoCientífico e Tecnológico do Governodo Estado de São Paulo. Em 2005, re-cebeu as Medalhas do Mérito do Sis-tema Confea-Crea e a Científica Prof.Dr. Walter Radamés Accorsi, pelo Clu-be dos Escritores de Piracicaba. Foi,ainda, professor homenageado por 12turmas da ESALQ e paraninfo dosformandos da 89ª Turma de Engenhei-ros Agrônomos, em 1993, e da 91ªTurma, em 1995.

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

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06

Entrevista

REVISTA CANAVIEIROS: O Senhoré diretor da Fundação Agrisus, umaentidade que luta pelo desenvolvimen-to da agricultura sustentável ao mes-mo tempo que é membro do conselhosuperior para o agronegócio da Fiesp.Ao ver essas duas funções em seucurrículo, percebemos que o senhoré defensor do desenvolvimento doagronegócio de maneira sustentável.Tendo em vista essas características,como o senhor vê o crescimentodos canaviais de uma maneirasustentável?

ANTÔNIO ROQUE DECHEN:Primeiramente você colocou deuma forma muito interessanteessa interligação entre a cana-de-açúcar, a Agrisus, o conselho su-perior do agronegócio e asustentabilidade ambiental. Nocaso da cana, que se trata de umacultura de grandes dimensões, seulado sustentável começa a serquestionado nas regiões de decli-ve, pois lá ainda existe a queima-da, e com isso entra-se no proble-ma ambiental. Há uma necessida-de hoje, pelas exigências nacio-nais e internacionais, de se ter ummanejo sustentável, ou seja, que nãoprejudique o meio-ambiente. Saben-do disso, as unidades industriais es-tão ajustando os programas de ade-quações ambientais, através das de-finições das áreas de preservação que

estão sendo devidamente estudadas.

REVISTA CANAVIEIROS: Como opequeno e médio fornecedor de canavai se adequar a essa nova realidade dosetor?

ANTÔNIO ROQUE DECHEN:Esse é um grande problema, pois quan-do se fazem as leis, elas servem tantopara a grande propriedade como para

a pequena, e existem pequenas pro-priedades que quase toda a sua áreaacaba se enquadrando dentro daquiloque chamamos de área de preserva-ção e isso dificulta o aspecto da utili-zação econômica. Uma coisa que é im-portante se dizer é que as instituições

de pesquisa estão propondo estu-dos para se decidir o que é um pro-grama de adequação ambiental, ouseja, quando é que na margem do rioprecisa fechar 50 ou 100 metros emrelação com a declividade do terre-no em relação àquele rio, então é pre-ciso analisar se é uma declividadealta ou se é um nível plano, aí é sófazer os cálculos e encontrar o tama-nho certo da mata ciliar. O ministério

do meio-ambiente, a secretaria domeio-ambiente do estado de SãoPaulo, a própria secretaria da agri-cultura estão todos muito preo-cupados com essa sistemática deadequação ambiental das propri-edades agrícolas.

REVISTA CANAVIEIROS:Para a cultura canavieira, qual é ohorizonte que a pesquisa e o de-senvolvimento dentro do setorcanavieiro precisa alcançar?

ANTÔNIO ROQUE DECHEN:Eu considero que um grandeavanço seria a inserção de va-riedades mais resistentes às do-enças e também que apresentem

maior produtividade, na forma queo produtor alcance uma maior pro-dução em uma menor unidade deárea, esse seria dentro do campo dapesquisa o tema de maior relevân-cia para ser abordado.

REVISTA CANAVIEIROS: Umdos focos da sua administraçãoserá a valorização do ensino de gra-duação. Em que sentido os cursosde ciências agrárias precisam servalorizados?

ANTÔNIO ROQUE DECHEN: Oscursos de ciências agrárias precisamser valorizados no sentido de que oestudante receba uma formação par-celada, falo isso querendo dizer queele recebe o conhecimento por seg-mentos através das disciplinas queele vai cursando, se ele faz uma disci-plina de controle de plantas daninhas,depois ele vai fazer uma sobre a cul-tura da cana-de-açúcar e depois elefaz uma disciplina de genética em queele vê o melhoramento de cana, aí

“Esse é um grande pro-blema, pois quando se fa-zem as leis, elas servemtanto para a grande propri-edade como para a peque-na, e existem pequenas pro-priedades que quase toda asua área acaba se enqua-drando dentro daquilo quechamamos de área de pre-servação”

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

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ele faz adubação e ali ele vê comotrabalhar com fertilidade em cana,então há uma necessidade deintegração, de como o currículo pre-cisa ser formatado de forma que eletenha um agente ligante que leve oaluno a obter uma formação com-pleta de todo o processo produtivoda cana. E não é só o processo pro-dutivo, mas também como funci-ona o manejo da cultura que estáestudando. Outro segmento im-portante é você voltar à forma-ção do estudante para a deman-da, então a cultura da cana temcaracterísticas de crescimento emdecorrência do que está aconte-cendo com o açúcar e álcool, e élógico que a cultura que apresen-ta crescimento também vai de-mandar mais mão-de-obra espe-cializada nas ciências agrárias.

REVISTA CANAVIEIROS:Pode-se prever um relacionamen-to próximo entre a ESALQ e a cul-tura da cana-de-açúcar no seumandato?

ANTÔNIO ROQUE DECHEN:Com certeza, a ESALQ muitas ve-zes não mantém um vínculo diretocom a unidade, com a instituição declasse, ou seja, com o setor produti-vo de forma direta. Mas nós temosuma contribuição em termos datecnologia de produção de açúcar eálcool muito grande, a ESALQ foi pi-oneira nessa área e até hoje desen-volve diversas pesquisas sobre otema. Há uma necessidade de que seintensifique o campo da pesquisa,sabendo que se trata de uma culturacom a rentabilidade econômica quetem a cana, que se receba mais in-vestimento para a realização de maistrabalhos, mas sempre focados nosproblemas que a cultura está enfren-tando como os de hoje: genética eresistência às doenças.

REVISTA CANAVIEIROS: Muitosespecialistas do setor dizem que a cul-tura da cana-de-açúcar é uma das maisjustas em se tratando de divisão de ren-da, o senhor concorda com essa opinião?

ANTÔNIO ROQUE DECHEN: O

envolvimento da cultura da canaque vai desde os cortadores, ostransportadores, os funcionáriosdas unidades industriais, além é cla-ro de uma boa presença de fornece-dores independentes. Com isso,percebe-se que a cultura da canapossui uma demanda de mão-de-obra muito intensa.

REVISTA CANAVIEIROS: Comoo senhor vê a resistência por partedos assentamentos em cultivar cultu-ras altamente comerciais, e persisti-rem na cultura de subsistência?

ANTÔNIO ROQUE DECHEN: Euacredito que os assentamentos possuemduas características que os impedem detrabalhar com a agricultura comercial. Pri-meiro é o fato das dimensões da área dis-ponível, que em muitos casos não da parase pensar em encaixar uma forma de agri-cultura de escala, e, em segundo lugar, sãoas dificuldades que esses produtores en-contram em obter tecnologias que lhesgarantam uma produtividade competitiva.

REVISTA CANAVIEIROS: Qualé a diferença de sustentabilidadepara subsistência?

ANTÔNIO ROQUE DECHEN: Asustentabilidade é você manter as ca-racterísticas do solo, a qualidade do

solo e ter um processo contínuo deaumento de produção. A cultura desubsistência é o indivíduo ter umaárea pequena e plantar culturas ne-cessárias para a sua sobrevivência,mas com isso ele pode degradar osolo caso não tenha um manejo ade-quado ou adube corretamente, seisso acontece, ele procura outro lu-

gar onde será realizado o mesmoprocedimento.

REVISTA CANAVIEIROS: Emjaneiro, a Embrapa anunciou a des-coberta de uma bactéria que au-mentará o poder da cana-de-açú-car na fixação de nitrogênio quepoderá acarretar numa reduçãoexpressiva no consumo de fertili-zantes. Como o senhor vê essa des-coberta?

ANTÔNIO ROQUE DECHEN: Éuma notícia extremamente importante,porque se reporta a uma necessidadeque nós encontramos bactérias quefixem nitrogênio seja para a cana ououtra cultura, mas ela não vai fazer coma mesma eficiência das leguminosas,porque com as leguminosas já tem umaseleção de microorganismos que vão

realizar esse papel. Mas não podemosdeixar de valorizar a importância econô-mica dessa descoberta.

“Há uma necessidade deque se intensifique o cam-po da pesquisa, sabendoque se trata de uma culturacom a rentabilidade econô-mica que tem a cana, quese receba mais investimen-to para a realização demais trabalhos, mas semprefocados nos problemas quea cultura está enfrentandocomo os de hoje: genéticae resistência às doenças”.

Entrevista

07Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

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08

Ponto de Vista

Cenário para 2007:boas safras e desafios

* João Sampaio é secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Foi presidente daSociedade Rural Brasileira. É produtor de cana-de-açúcar no município de Barretos

* João Sampaio

Depois de duas safras consecutivas de frus-trações, principalmente para o setor de

grãos, parece que, novamente, retomamos o rumona superação das dificuldades. Com este panoramade otimismo, assumo a Secretaria de Agricultura eAbastecimento do Estado de São Paulo, missão a mimconfiada pelo Governador José Serra, de manter onosso estado no caminho certo e propulsor do tãoesperado crescimento econômico brasileiro.

Como maior plataforma agrícola do país, São Paulo,com sua infra-estrutura elogística, tem as condições ne-cessárias de melhorcompetitividade dos produtos,já que o chamado Custo Brasilé um pouco menos oneroso atodo o setor produtivo paulista.Esta compensação nos tem ga-rantido bons números. Regis-tramos, em 2006, um valor deprodução agropecuária de R$33bilhões, considerando os 3 prin-cipais produtos (cana, carnebovina e citros), tivemos umano excelente.

As perspectivas nãopoderiam ser melhores,principalmente para o se-tor sucroalcooleiro. A de-manda por etanol e os pre-ços do mercado internaci-onal garantem um cresci-mento sustentado e lucrativo. No estado de SãoPaulo, onde a área de ocupação da cultura seguenum crescimento ascendente, precisamos refletirsobre a agregação de valor ao produto e a diversi-ficação de culturas, ou melhor, diversificação dasfontes de renda na propriedade.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento deve

ter um papel fundamental na indução deintegrações entre culturas agrícolas e adoção denovas práticas de gestão da propriedade. Por exem-plo: atividade canavieira com alimentação para pe-cuária, o desenvolvimento de criação de peque-nos animais como ovinos, cuja vocação paulistaanda um pouco esquecida, em áreas não passí-veis de plantio, a integração com grãos buscandoa produção para biodiesel. A cana tem o seu es-paço, mas o uso do solo paulista passa pelaverticalização, processo irreversível na agricul-

tura moderna. A Secretariade Agricultura desempe-nhará o seu papel no fo-mento e transferência denovas tecnologias, quali-ficação do produtor graçasà capilaridade de nossasestruturas e pela excelên-cia das pesquisas aqui de-senvolvidas.

Focarmos nas vocaçõesregionais agrícolas e fazerum trabalho intenso de as-sistência técnica, principal-mente em algumas regiõescomo o Pontal doParanapanema, o sudoestepaulista e o Vale do Ribeira,que precisam de uma pre-sença maior dos nossostécnicos. Tudo isto em par-ceria com a iniciativa priva-

da e uma colocação especial sobre o apoio dadopelo setor canavieiro à Secretaria, principalmenteno que tange ao suporte para desenvolvimento denovas variedades de cana e na sua adaptação àsdiversas regiões do estado. Uma parceria exemplarque rendeu aos nossos centros de pesquisa decana, a possibilidade de colocar à disposição doprodutor todos os anos novas variedades de cana.

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

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09

Artigo

A partir de dezembro de 2.005 assistimos a um grandeaumento nos preços de açúcar no mercado inter-

nacional motivado por um déficit mundial de 1 milhão detoneladas vindo da safra 2005/2006 e uma grande expectati-va de como seria a safra européia de açúcar, uma vez que nasafra 2006/2007, mais precisamente em outubro de 2006, pas-saria a vigorar as novas normas para produção de açúcar naEuropa, resultado da ação junto a OMC (OrganizaçãoMundial de Comércio) promovida por Brasil, Austrália eTailândia. Estas circunstâncias geraram fortes reflexos nomercado interno, visto que quase 70% da produção de açú-car brasileiro é exportada.

De outro lado, assistia-se a uma forte demanda por veí-culos flex-fuel no mercado interno e, algo inesperado, umagrande demanda de álcool nos Estados Unidos motivadapor problemas com a utilização de MTBE na mistura com agasolina naquele país.

Somam-se a isso as fortes expectativas geradas com rela-ção à produção de combustíveis renováveis, os preços cres-centes do petróleo e o crescimento, mesmo pequeno, da eco-nomia brasileira que geraria aumento da demanda por álcool.

Começa a safra e algumas condições deste cenário inici-al vão se modificando:

• Aceleração da safra brasileira, diminuindo o déficit dasafra anterior;

• Países da Ásia recuperam a produção de açúcar, comoexemplo a Rússia;

• Preços do petróleo no mercado internacional caem;• O crescimento da economia brasileira é muito pequeno;• E.U.A. encontram equilíbrio no mercado de álcool;• E por fim, a safra européia é de aproximadamente 8

milhões de toneladas de açúcar.

A safra 2006/2007 passa a contar com um superávit de3,5 milhões de toneladas de açúcar.

De tudo isso, podemos tirar um recado que o mercado

Cenário positivopara o setor,mas para quemcrescer!

traz: Há espaço para aumentos das exportações brasileirasde açúcar no espaço aberto pela União Européia e de álcoolcomo combustível, entretanto, é necessário que os preçossejam mais realistas, pois, de outra forma, haverá espaço paraoutros produtores mundiais que se tornarão competitivosem níveis de preços mais elevados.

É óbvio que as unidades industriais desejam preços mai-ores e brigam por isso no mercado, mas o recado é que, tantoas usinas como os produtores de cana podem sim ganharmais dinheiro com a cana-de-açúcar, açúcar e álcool, mas nãoserá através de preços elevados dos produtos finais e porconseqüência do quilograma do ATR, mas sim através deganhos em escala de produção, com áreas maiores, com maisprodutividade e tecnologia.

É preciso olhar para o horizonte e ver onde estão sendoinstaladas as novas unidades industriais. Olhando para oque acontece nestas novas fronteiras, vemos custos de pro-dução menores, preços menores de terra, produção em esca-la, uma relação mais próxima das unidades industriais com osprodutores de cana, enfim, condições mais competitivas quepossibilitam que os fornecedores tenham lucro, mesmo compreços mais baixos do ATR.

Num cenário de expansão do setor, haverá momentos depreços mais altos, quando a demanda estiver à frente, mastambém momentos de baixa, contudo, produtores e unida-des industriais devem estar preparados para estas oscila-ções e esperando preços que permitam cobrir os custos deprodução e auferir resultados factíveis que representem ta-xas internas de retorno da ordem de 15% a 18% a.a. acima dainflação sem alavancagem financeira, com preços de ATR nafaixa de R$0,3400 a R$0,3500 por Kg (valores atuais).

Isso é um resultado maravilhoso, fantástico? Não,mas são excelentes resultados e o mundo todo está ana-lisando esta possibilidade de investimento. Enfim, o ce-nário é muito positivo, porém para aqueles que estejamdispostos a crescer e investir.

*Cleber Moraes

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

* Cleber Moraes - Consultor da M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda.Assessor de Planejamento e Controle da Canaoeste

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Copercana oferececarneiro e mudas aos seus cooperados

NotíciasCopercana

10

Marino Guerra

Serviços como a comerci-alização de mudas de árvo-

res frutíferas e plantas ornamentaise a comercialização tanto de matri-zes como do animal para o abate decarneiros da raça Santa Inês, sãooferecidos pela Copercana.

O ponto de comercialização des-ses dois tipos de produtos fica noSítio Água Vermelha, localizado pró-ximo à Unidade de Grãos, emSertãozinho.

O viveiro, que tem uma saída de300 mudas mensais, oferece umagrande variedade de espécies fru-

tíferas, perfeito para o produtor quedeseja montar um pomar em sua pro-priedade ou área de lazer.

Se quiser completar o jardim, aCopercana também oferece, paravenda, a muda de plantas ornamen-tais e também de cerca viva.

Outra atividade do Sítio é a cri-ação de carneiro da Raça Santa Inês,animal que vem tendo grande acei-tação no Brasil devido a sua rusti-cidade, produtividade e habilidadematerna nos diversos climas nacio-nais. Com uma média de 150 cabe-ças em seu rebanho, a Copercanaoferece matrizes de machos para re-produção e a venda do animal vivopara o abate.

Para quem quiser saber mais sobreo viveiro de mudas frutíferas ou doscarneiros Santa Inês basta entrar emcontato com Juliano no telefone (16)3946 4200.

Viveiro de mudas de árvores frutíferas no sítio Àgua Vermelha da Copercana

O cooperado que se interessar pode procurar pelo viveiro que oferece mais de 60 espéciesdiferentes de mudas, além de carneiros da raça Santa Inês

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

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NotíciasCanaoeste

12

No último dia 02, na capital,aconteceram às cerimônias de

transferência de cargo nas quais Joãode Almeida Sampaio Filho assumiu aSecretaria da Agricultura e Abasteci-mento no lugar de Alberto José MacedoFilho e Xico Graziano substituiu JoséGoldemberg na Secretaria de MeioAmbiente e Recursos Hídricos.

O evento contou com cerca de 400 lí-deres de todos os segmentos doagronegócio paulista, eles ouviram, de JoãoSampaio, o discurso que se resume em umtrabalho focado na qualidade e sanidadede toda a produção agrícola estadual.

Sampaio também garantiu a conti-nuidade e o fortalecimento dos pro-gramas tecnológicos implantados porDuarte Nogueira e Alberto José Ma-cedo Filho, secretários na gestão deGeraldo Alckmin.

Marino Guerra

João de Almeida Sampaio Filho assumiu a pasta da agricultura eXico Graziano a do meio ambiente

"É da Secretaria da Agricultura doEstado de São Paulo que saem as no-vas tecnologias, assistência técnica eextensão rural de qualidade, serviçosde defesa animal e vegetal, fiscalizaçãodos produtos utilizados na produção edos alimentos produzidos, atuamos di-reta e indiretamente na produção,comercialização e distribuição dos ali-mentos consumidos pela populaçãopaulista”, disse Sampaio em seu dis-curso de posse.

Na opinião do presidente daCanaoeste e Orplana, ManoelOrtolan, a escolha de Sampaio comonovo secretário da agricultura é a pro-va de que o bom trabalho terá umacontinuidade.

“O governador José Serra não po-deria ter escolhido um nome melhorpara estar à frente da secretaria da

Empossados os novos

agricultura. O João Sampaio é um lí-der que dedicou toda sua carreira paraa melhoria da agricultura”, disseOrtolan.

Economista e produtor rural nosestados de São Paulo, Mato Grosso eParaná, Sampaio esteve à frente de di-versas entidades ligadas aoagronegócio. Foi Presidente da Asso-ciação dos Produtores de Borracha doestado do Mato Grosso e vice-presi-dente da Associação paulista do setor.Ocupou também a presidência da Câ-mara Setorial Nacional de Borracha eda Comissão Nacional da Borracha daCNA (Confederação Nacional da Agri-cultura). Foi vice-presidente na Asso-ciação Comercial do Estado de SãoPaulo, Conselheiro da Associação Bra-sileira do Agronegócio de Ribeirão Pre-to e, desde 2002, ocupa a presidênciada Sociedade Rural Brasileira.

Meio Ambiente: O novosecretário do meio-ambiente tambémtomou posse com um discurso em quepretende focar suas ações em três áre-as distintas: lixo urbano, supressão devegetação natural e poluição.

Ortolan analisa a presença de XicoGraziano à frente da secretaria comouma abertura no canal de comunicaçãoentre agricultura e meio-ambiente.

“Não tenho dúvidas que as duas pas-tas vão trabalhar em conjunto com o obje-tivo de sempre evoluir na produtividaderural sem a degradação do meio ambiente.Os dois secretários (João Sampaio e XicoGraziano) possuem capacidades para de-senvolver um crescimento sustentávelque servirá de exemplo para o resto doBrasil”, afirmou Ortolan.

Autoridades presentes na cerimônia de posse naSecretaria da Agricultura e Abastecimento

secretários da agricultura e meio ambiente

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

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NotíciasCanaoeste

Revista Canavieiros - Janeiro de 200713

Cristiane Barão

Presidente da Orplana e Canaoeste integrou comitiva brasileira; tratado é inédito entre os países

Brasil, Flórida e BIDlançam Comissão Interamericana de Etanol

O Brasil, os Estados Unidos e oBID (Banco Interamericano de

Desenvolvimento) assinaram um trata-do que cria a Comissão Interamericanade Etanol, entidade privada e de repre-sentação hemisférica para promover ouso de biocombustíveis como alterna-tiva ao petróleo nas Américas.

O acordo foi assinado no dia 18 dedezembro, em Miami, Flórida, e é o pri-meiro tratado internacional comenvolvimento do setor privado entre osdois países – responsáveis por 80% daprodução mundial de etanol - com esseobjetivo. O ex-ministro RobertoRodrigues será co-diretor da entidade,juntamente com o governador da Flórida,Jeb Bush (irmão do presidente GeorgeW. Bush) e o presidente do BID, LuísAlberto Moreno.

O presidente da Orplana e daCanaoeste, Manoel Ortolan, integrou acomitiva brasileira. Também participaramo presidente da Única, Eduardo Carva-lho, o secretário de Produção eAgroenergia do Ministério da Agricul-tura, Lineu Costa Lima, o presidente daEmbrapa, Sílvio Crestana, o diretor daPetrobras, Silas Oliva, o empresárioMaurílio Biagi e o vice-presidente daAbag, Caio Carvalho, além de represen-tantes de sindicatos, pesquisadores elideranças do setor.

De acordo com os co-diretores, osprincipais objetivos da Comissão serãoestimular a criação de um mercado inter-nacional para os biocombustíveis, a am-pliação do uso da mistura de etanol nagasolina nas Américas, promover aintegração entre as iniciativas técnicase de pesquisa realizadas em todo o he-misfério relacionadas à produção e dis-tribuição do etanol, além de determinaras necessidades de investimento, tanto

em agricultura quan-to em infra-estruturapara que esses objeti-vos sejam alcança-dos.

A Comissão reali-zará uma série de se-minários para estimu-lar a discussão sobreas vantagens do usodo etanol, permitir ointercâmbio de infor-mações, o engajamento de governantes,legisladores e a realização de parceriascom governos locais e grupos interes-sados em ampliar o uso e a produçãopara exportação de biocombustíveis. Noplano operacional da entidade estão pre-vistos três eventos durante este ano epossivelmente um encontro no Brasil.

Os três líderes ressaltaram que a co-operação em torno do etanol servecomo um elemento integrador entre asAméricas, o que contribui para o cres-cimento econômico, respeitando o meioambiente. De acordo com Rodrigues,com a parceria firmada com o Estadoda Flórida e o estabelecimento de umfórum formal de cooperação entre acomissão, os países americanos se be-neficiarão da expansão do uso e da pro-dução do etanol.

O governador Jeb Bush destacouque a comissão poderá contribuir para aredução da dependência de petróleo dosEstados Unidos. Jeb disse ainda que,com a entidade, a Flórida poderá ter umagrande oportunidade de estar à frentena promoção de uma política energéticaque reforce a segurança nacional, esti-mule o desenvolvimento econômico,aumente o nível de proteção do meio-ambiente e promova o livre comércio nohemisfério.

A idéia de formar essa comissão sur-giu a partir da proposta que Jeb Bushenviou ao irmão, o presidente GeorgeW. Bush, em abril, quando sugeriu a im-plantação de um plano, a que chamoude "15 por 15", para injetar 15 bilhõesde galões de etanol (57 bilhões de li-tros) anuais no mercado até 2015, apro-ximadamente 10% da demanda nacio-nal atual de gasolina e o dobro do volu-me exigido pela legislação. Para tanto,seria necessário aumentar a produçãodoméstica e a importação.

De acordo com Ortolan, que repre-sentou os fornecedores independentesde cana brasileiros, o sucesso do álcoolnacional também depende da criação deum mercado mundial e, nesse sentido, ainiciativa da Comissão é muito positiva.

“A utilização em larga escala doetanol depende de ações coordenadasem relação a iniciativas em pesquisasque estejam em curso ou que, por ven-tura, venham a ocorrer em diferentespaíses e continentes, da difusão detecnologia e adoção de medidas como aadição de etanol à gasolina, já praticadapor algumas nações. Assim, a comissãorepresenta um esforço nesse sentido.Os produtores brasileiros só poderãose beneficiar de qualquer avanço queseja dado”, afirma.

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NotíciasCanaoeste

Cálculo do preço do ATR

Estaremos fazendo uma série deartigos explicando em cada eta-

pa como calcular o preço do ATR e datonelada de cana-de-açúcar. Seguire-mos a seguinte seqüência:

1- Como calcular o valor do ATR decada produto;

2- Calculando o Mix de Produção;3- Cálculo do Preço Médio do ATR.

Para calcular o preço do ATR de cada produto, precisamos:1- Converter os preços em R$/sc de açúcar para reais por tonelada de açúcar, dividindo o preço em R$/sc por 50,

encontraremos o preço por quilograma, e multiplicar por 1000 para chegarmos ao valor em tonelada;2- Uma vez encontrado o preço por tonelada (no caso, do álcool o preço já está em R$/m3), aplica-se o fator impostos (1);3- Uma vez que os preços tenham sido multiplicados pelo fator impostos, teremos encontrado os preços líquidos (livre

de impostos) recebidos pelas unidades industriais, podemos agora converter os preços de açúcar e álcool em preços deATR, multiplicando pelo fator de conversão (2);

4- Convertido o preço do produto em ATR, basta agora aplicar a participação do fornecedor e assim teremos o preço doATR para cada produto.

Dica: Como os fatores impostos, os fatores de conversão produto em ATR e a participação do fornecedor não semodificam durante a safra, podemos simplesmente criar um fator com estes números que aplicados aos preços, divulgadospelo CONSECANA-SP, para definirmos os preços de ATR de cada produto.

Abaixo seguem os valores destes fatores:

Açúcar M.I.: 0,46552901/1.000Açúcar M.E. Branco: 0,57808577/1.000Açúcar M.E. VHP: 0,58041441/1.000Álcool Anidro: 0,35182332/1.000Álcool Hidratado: 0,36716736/1.000Álcool Anidro Industrial: 0,31927966/1.000Álcool Hidratado Industrial: 0,33320438/1.000Álcool Anidro Exportação: 0,35182332/1.000

Álcool Hidratado Exportação: 0,36716736/1.000

14 Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

Posteriormente, estaremos esclare-cendo algumas questões relevantes nocálculo do preço da cana-de-açúcar:

4- Como são definidos os fatores deconversão de ATR em açúcar ou álcool;

5- Como são definidos os fatoresde dedução ou acréscimo de impostose também porque alguns produtos têmo ‘fator’ impostos maior que 100%;

6- E, por fim, a participação do for-necedor nos preços obtidos para osprodutos finais: açúcar e álcool.

Vamos ao primeiro tópico:1- Como calcular o valor do ATR de

cada produto

Vejamos o quadro abaixo:

(1) Apenas como esclarecimento, em alguns produtos os preçosjá são líquidos, como no caso de álcool anidro e hidratado para omercado interno e para a exportação. Em outros casos, existem incen-tivos fiscais que melhoram o preço do mercado, como, no caso, dosaçúcares de exportação, branco ou VHP. E, por fim, outros existemimpostos embutidos nos preços como no caso do açúcar brancopara o mercado interno e os álcoois industriais. A divulgação depreços é feita dessa forma, porque o mercado negocia preços nestasbases.

(2) Os fatores de conversão funcionam como as cotações dodólar em real: Se um dólar vale R$2,15, podemos facilmente converterum moeda na outra. Os fatores de conversão de ATR em açúcar eálcool têm o mesmo papel, ou seja, 1 Kg de açúcar branco vale 1,0495Kg de ATR; 1 litro de álcool anidro vale 1,7651 Kg de ATR, etc.

R$ 856,80 /ton x 82,111% / 1,0495 kg de ATR/ton x 59,50% = 398,87 = 0,3989R$ 748,00 /ton x 101,964% / 1,0495 kg de ATR/ton x 59,50% = 432,41 = 0,4324R$ 630,40 /ton x 101,964% / 1,0453 kg de ATR/ton x 59,50% = 365,89 = 0,3659R$ 924,00 /m3 x 100,000% / 1,7651 kg de ATR/m3 x 62,10% = 325,08 = 0,3251R$ 804,46 /m3 x 100,000% / 1,6913 kg de ATR/m3 x 62,10% = 395,37 = 0,2954R$ 1.038,00 /m3 x 90,750% / 1,7651 kg de ATR/m3 x 62,10% = 331,54 = 0,3315R$ 916,19 /m3 x 90,750% / 1,6913 kg de ATR/m3 x 62,10% = 305,28 = 0,3053R$ 1.032,18 /m3 x 100,000% / 1,7651 kg de ATR/m3 x 62,10% = 363,14 = 0,3631R$ 898,77 /m3 x 100,000% / 1,6913 kg de ATR/m3 x 62,10% = 330,00 = 0,3300

Açúcar M.I.Açúcar M.E. BrancoAçúcar M.E. VHPÁlcool AnidroÁlcool HidratadoÁlcool Anidro IndustrialÁlcool Hidratado IndustrialÁlcool Anidro ExportaçãoÁlcool Hidratado Exportação

R$ 42,84 /sc =R$ 31,52 /sc =R$ 37,40 /sc =

Produto Preços MédioFator

ImpostosFator de

Conversão

ParticipaçãoProdutor

(%)

Preço aoProdutor

R$/ton R$/kg

Cálculo dos preços de ATR por produto para Média Estado de São paulo

Cleber Moraes

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Revista Canavieiros - Janeiro de 200715

NotíciasCanaoeste

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 14/06DATA: 28 de dezembro de 2006

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue duranteo mês de DEZEMBRO de 2006.

O preço médio do kg de ATR para o mês de DEZEMBRO é de R$ 0,3531Os preços levantados pela ESALQ/CEPEA de faturamento do açúcar e do álcool, anidro e hidratado, destinados aos

mercados interno e externo, nos meses de MAIO a DEZEMBRO e acumulados até DEZEMBRO, são apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) e do álcool anidro e hidratado destinado à indústria (AAI e AHI)incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e VHP) e álcool anidro e hidratado,carburante e destinados ao mercado externo, são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg por produto, obtidos nos meses de MAIO a DEZEMBRO eacumulados até DEZEMBRO calculados com base nas informações contidas na Circular 03/05, são os seguintes:

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NotíciasCocred

Cocred,um braço direito para osagricultores da região deSeveríniaMarino Guerra

Há mais de quatro anos aCocred inaugurou uma agên-

cia, no município de Severínia, com oobjetivo de levar as vantagens docooperativismo de crédito, não só paraos produtores rurais da cidade, maspara toda a região.

Cooperativa de Crédito mostra sua flexibilidade deatendimento satisfazendo cooperados de diversasáreas da agricultura

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

Hoje, com 291 cooperados, a agên-cia é considerada como um braço direi-to para os produtores, não só deSeverínia, mas também dos seguintesmunicípios: Cajobi, Embauba, Olímpiae Monte Verde Paulista.

Confira agora alguns depoi-mentos dos produtores ruraissobre os serviços prestadospela Cocred:

Gilmar de Domingos, produtor de cana-de-açúcar no município de Severínia:

“Um dos diferenciais da Cocred está em seu ho-rário de atendimento que se encaixa com a ne-cessidades dos produtores rurais. As linhas de fi-nanciamento desenvolvidas pela cooperativa tam-bém atendem as necessidades de quem lida como campo”.

José Donizete Carminati Righetti, produtorde laranja e de mudas de seringueira, citrus eavocado (abacaxi tipo exportação) no municí-pio de Severínia:

“A Cocred é uma cooperativa que atende as nos-sas expectativas, ela tem atendido prontamentetodas as nossas as necessidades. Nas instituiçõesfinanceiras convencionais se paga taxas adminis-trativas muito elevadas e o horário é pouco ade-quado para a rotina de trabalho do agricultor. Bomatendimento, pequenas taxas e horário flexível.Esses são os fatores que me levam a ser um coo-perado da Cocred”.

Funcionários da Agência da Cocred de Severínia

O produtor de cana-de-açúcar, Gilmar de Domingos, ao ladodo gerente da agência de Severínia, Célio Recco

O produtor rural José Donizete Carminati Righetti, ladeadopor Célio e um de seus funcionários, na sua propriedadeem Severínia

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NotíciasCocred

17Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

Paulo César Berto, produtor de cana-de-açú-car no município de Embauba:

“Os benefícios que ela traz em termos de finan-ciamento e cobrança reduzida de taxas. Eu tam-bém uso muito os serviços prestados pelaCocred, dentre eles, o de pagamento dos meusfuncionários, onde todos recebem seus saláriosaqui na cooperativa”.

Vandrei Menésio, produtor de laranja e cana-de-açúcar no município de Cajobi:

“A Cocred trouxe para os agricultores da regiãode Severínia facilidades de financiamento paraaquisição de insumos agrícolas”.

Marcos Ademar Ducatti e Marco RogérioMartins Ducatti, produtores de cana-de-açú-car no município de Severínia:

“A Cocred tem muita importância para o produ-tor rural, isso devido ao seu atendimento que émuito bom e a cobrança de uma taxa mínima, oque gera uma economia de R$ 300 a R$ 500todo ano”.

Mário Peres e Suely de Lourdes CuestaPeres, produtores de cana-de-açúcar e comer-ciantes no município de Severínia:

“Devido ao seu atendimento e linha de financia-mento, quem é cooperado consegue facilidadesna hora de adquirir recursos para o investimentoem sua produção”.

Casal de produtores de cana, Mário Peres e Suely de LourdesCuesta Peres com o gerente da Cocred de Severínia

O gerente da agência de Severínia e o produtor de cana domunicípio de Embrauba, Paulo César Berto

O produtor de cana Marcos Ademar Ducatti e seu filho MarcoRogério Ducatti em sua propriedade

O produtor de laranja e cana do município de Cajobi, VandreiMenésio e o gerente da Cocredm de Severínia

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NotíciasCocred

Balanço Patrimonial

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Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana de Sertãozinho

BALANCETE MENSAL - novembro/2006Valores em Reais

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O desenvolvimento genético éuma necessidade para todo o

meio agropecuário, e com a cana-de-açú-car não poderia ser diferente. Os princi-pais centros de pesquisa iniciaram suasatividades para combater doenças queafetavam os canaviais, hoje o leque deobjetivos se estendeu, porém, todos seresumem na conquista do ganho de pro-dutividade, ou seja, açúcar por hectare.

Para se ter idéia de tudo o que já foi

Reportagem de Capa

20

conquistado, desde 1995, os três maiorescentros de desenvolvimento de novasvariedades de cana (o IAC – InstitutoAgronômico, a Ridesa – RedeInterinstitucional para o Desenvolvimen-to do Setor Sucroalcooleiro, e a Copersucar,que desde 2005 é denominado CTC –Centro de Tecnologia Canavieira), já lan-çaram 82 variedades diferentes.

Esse aumento no leque de varieda-des ocasionou um ganho qualitativo

em todas as épocas da safra. Segundodados da Copersucar, o aumento nopol% da cana colhida durante os me-ses de maio e junho entre os anos de88 a 90 comparando com os anos de2001 a 2003 foi de 2,6%. Já nos mesesde julho a setembro o ganho foi de4,5%. No final da safra, entre outubroe novembro, o ganho foi de 2,4%.

Outro fato da evolução ocasiona-da pelo aumento no número de varie-

Cristiane BarãoCristiane Barão

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

RAIO-X DASVARIEDADESDE CANA

RAIO-X DASVARIEDADESDE CANA

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dades comerciais disponíveis no mer-cado está na força de prevenção às gran-des epidemias que, se hoje atingir umadeterminada variedade, ocorrerá nomáximo de 15% do total do canavial.

Prova disso é a intenção de plan-tio para a safra 06/07, divulgada peloPrograma Cana do IAC em parceriacom o Grupo Fitotécnico de Cana-de-Açúcar, em que mostram que a varie-dade mais plantada na atual safra foi a

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147,97 hectares.

O estudo ainda mostrou as varie-dades plantadas conforme o ambientee a época do ano em que está planeja-da a colheita. A RB925211 foi a maisplantada para ambientes favoráveis, jáem ambientes médios a preferida foi aSP81-3250. Para ambientes desfavorá-veis e em final de safra a mais plantadafoi a SP84-2025, os produtores que de-sejam colher no meio da safra optaram

RB867515, com 12,21% da áreapesquisada. Outras variedades que tam-bém tiveram um alto índice de plantio fo-ram a SP-81-3250 com 8,87%, RB855453com 6,40% e a SP83-2847 com 5,11%.

Entre as variedades que receberãoprioridade em multiplicação, em primei-ro lugar aparece a RB966928 com 478,5hectares, também tiveram uma boa áreapara multiplicação as canas RB925211com 205,14 hectares e a RB935744 com

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

Variedades de cana cultivadas na fazenda Santa Rita

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Reportagem de Capa

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

pela IACSP94-4004 e para os que vãocolher no início a variedade predileta,foi a SP89-1115.

Receptividade dasNovas Variedades

Nos dois últimos anos, o CTC lan-çou nove variedades de cana diferentesnos quais oito podem ser plantadas emambientes de média produção, seis emambientes de alta e apenas uma em bai-xa produção. Com relação à época decorte, cinco das novas variedades po-dem ser colhidas no meio da safra, qua-tro no início e apenas três no final.

O pesquisador Arnaldo José Raisertraçou um cenário de como estão secomportando as nove variedadeslançadas de 2005 a 2006.

“As primeiras variedades CTC es-tão em desenvolvimento nas unidadesassociadas desde 1999 e foram reco-mendadas comercialmente a partir de2005. Já na safra passada foram utiliza-das em cerca de cinco mil hectares deplantio, área que deve estar triplicadaem 2007, de acordo com o censo nacio-nal de variedades CTC. Em algumasunidades, as variedades CTC já parti-ciparam em até 10% da formação doscanaviais. Quanto ao manejo adotado,a receptividade das variedades CTC 1,CTC 5, CTC 7 e CTC 9 foi altamentefavorável em função dos altos teoresde sacarose e da precocidade. Varieda-des como CTC 2, CTC 3, CTC 4 e CTC8, estão demonstrando altalongevidade e adaptação nas áreas decolheita mecanizada. As variedadesCTC 2 e CTC 4 são destaques em re-

giões mais quentes e secas. A CTC 2 eCTC 9 apresentam ótima estabilidadenas diversas regiões canavieiras doCentro-Sul, sendo que a CTC 2 é muitoprodutiva em solos de baixa fertilida-de. A CTC 6 aparece como excelenteopção tardia nos melhores ambientesde produção”, explicou Raiser.

Com quatro variedades lançadas em2005, o Centro de Cana do IAC já vê umprocesso de comercialização de mudasdistribuídas em quase todo o estado.

“As variedades liberadas em 2005(IACSP93-3046, IACSP94-2094,IACSP94-2101 e IACSP94-4004), fazemparte dos viveiros e das multiplicaçõesestratégicas das principais unidadesprodutoras, sendo que algumas se en-contram em crescente expansão em áre-

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Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

RB 867515: variedade mais plantada na safra 2006/2007

as comerciais, como é o caso daIACSP94-4004 na região do contra forteda Mantiqueira, IACSP93-3046 eIACSP94-2094 nas regiões norte, oeste enordeste de São Paulo, além de áreas decultivo no cerrado central do país e noestado do Mato Grosso, ou seja, dentrodas áreas de expansão da culturacanavieira. Quanto a IACSP94-2101, seuaproveitamento tem se dado em ambien-tes de produção mais favorável, A-B, prin-cipalmente em função de suas respostasaos atributos químicos e físicos do solo”,disse o pesquisador do Programa Canado IAC, Mauro Alexandre Xavier.

Tendências delançamento

As variedades que ainda não fo-ram lançadas deverão vir cada vez maiscom características que se adaptem anova realidade do setor. Como, por exem-plo, o seu bom rendimento em ambientesde produção que não são muito adapta-dos para a cana, o que acontece em algu-mas áreas de expansão.

Outro ponto é a questão do desen-volvimento de variedades de cana quese adaptem ao processo de plantio e co-lheita mecanizado, como explica o pes-quisador do IAC, Arnaldo José Raiser.

“O programa de melhoramento doCTC também direciona pesquisas paranovas regiões de expansão da cana-de-açúcar. No Centro-Oeste, em MinasGerais e no Oeste Paulista, por exem-plo, a cultura se desenvolve em ambi-entes com clima mais quente e seco,em solos de menor fertilidade e em áre-as mais propensas ao florescimento. Amecanização do plantio e da colheitasão práticas comuns, podendo haveragravantes como pragas e doençasespecíficas, nessas áreas. Otimizar omanejo agrícola das unidades associa-das requer, principalmente, variedadesmais estáveis, seguras e produtivasnesses ambientes de produção. Novoscultivares também devem apresentaraltos níveis de sacarose, boa maturaçãodurante toda a safra e potencial de res-posta a melhorias ambientais como, porexemplo, irrigação e utilização deinsumos. Após vários anos de pesqui-

sa e avaliações agronômicas e indus-triais, características como porte ereto,adaptabilidade ao corte mecanizado,menor florescimento, tolerância aoestresse hídrico, produtividade elongevidade, foram selecionadas nes-sas novas variedades CTC. Os associ-ados recebem mudas certificadas dasfuturas cultivares e o acompanhamen-to técnico no viveiros, garantindo asanidade das mudas requeridas paraplantios comerciais de alta qualidade”,explicou o pesquisador do CTC.

O programa Cana do IAC desen-volve suas variedades com o intuitode ganho na precocidade damaturação, como explica o pesquisa-dor Mauro Alexandre Xavier.

“O programa de melhoramento decana-de-açúcar do IAC irá liberar em2007 três novas variedades, são elas:IAC 91-1099, IACSP93-2060 eIACSP95-3028. Essa liberação contem-plará duas variedades com perfil dematuração precoce, IACSP93-2060 eIACSP95-3028, sendo que esta última

poderá contribuir inclusive para as sa-fras iniciadas em final de março e co-meço de abril, o que tem sido uma ne-cessidade constante nos últimosanos. Estas duas variedades são ori-ginadas de seleção regional de Ribei-rão Preto e Jaú respectivamente, po-rém adaptadas a outras regiões pro-dutoras de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil. São essas as novastecnologias para início de safra quepermite, neste caso, a antecipação deseu início. Quanto a IAC91-1099, temcomo característica principal o eleva-do potencial produtivo, sendo desta-que em toda a rede de experimentaçãodo PROCANA IAC. Essa variedade éresultado de um trabalho de seleçãoregional iniciado na região dePiracicaba no início da década de 90 e,posteriormente, validada em diversasregiões de abrangência do ProgramaCana IAC, o que permitiu o acúmulode um grande número de informaçõesquanto ao seu comportamento agro-industrial. A IAC91-1099 possui perfilde maturação que atende às safras deinverno e primavera”, disse Mauro.

Reportagem de Capa

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24 Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

Destaque

CANAVIAL PAULISTAcresceu 8% na última safra

Dados do Canasat mostram que a área ocupada pela cana foi de 3,6 milhões dehectares na safra 2006/2007.

Marino Guerra

Avocação do estado de SãoPaulo para a produção de

cana é algo que a cada safra se tor-na mais evidente. Em pesquisa rea-lizada pela redação da Revista Cana-vieiros, com base nos dados divul-gados pelo Canasat, notamos queo canavial paulista cresceu mais de600 mil hectares em quatro safras,passando de 3 milhões de hectarespara 3,6 milhões.

Na pesquisa, identificamos quea região de Orlândia é a que possui amaior extensão de cana-de-açúcar,com 330 mil hectares plantados naúltima safra, seguida da região de Ri-beirão Preto com 325 mil, Barretoscom 314 mil, Jaú com 252 mil eAraraquara com 239 mil.

Abrangendo doze municípios,onde estão instaladas seis unida-des industriais (MB, Vale do Rosá-rio, Alta Mogiana, Nuporanga,Buriti e Junqueira), 31% do canavi-al da região de Orlândia, ou seja, 105mil hectares ficam no município deMorro Agudo, sendo considerado

como o maior produtor de cana doBrasil pela Conab.

Mesmo contendo o maior cana-vial, a região de Orlândia fica atrásem número de unidades industriaisinstaladas se comparado com a re-gião de Ribeirão Preto, 17 no total.Isso se explica em decorrência dagrande maioria das unidades indus-triais localizadas na região de Ribei-rão Preto ficarem em áreas de divi-sas com outras regiões, ou seja, boaparte da matéria-prima processadapor essas empresas tem como ori-gem plantações localizadas em regi-ões vizinhas.

Dentre as cinco maiores regiõescom maior canavial, a que maiscresceu nas últimas quatro safrasé a de Barretos, que hoje abrigaonze unidades industriais (Conti-nental, Colorado, Guaíra, Mandú,Vertente, Guarani, Cruz Alta, SãoJosé, Vi rá lcool , Andrade ePitangueiras), registrando um au-mento de 34 mil hectares no totalde seu canavial.

Boa parte desse crescimento édecorrente da transformação decitricultores e pecuaristas em produ-tores de cana-de-açúcar, isso devi-do à melhor perspectiva em relaçãoà laranja e de novas técnicas de cria-ção de gado nas quais o objetivo é adiminuição da área ocupada pelos re-banhos.

No quesito expansão, na últimasafra, nenhuma região cresceuigual à de São José do Rio Preto,que entre a safra 2005/2006 e 2006/2007 aumentou seu canavial em41%, passando de 77 mil para 110mil hectares.

Esse aumento se deu basicamen-te devido a produção de três municí-pios: Guapiaçú, Icem e MonteAprazível, no qual a produção dematéria-prima vai para as moendasdas seguinte unidades industriais:Dalsa, Moreno, Vale do Rio Turvo,Santa Izabel e Sanagro.

Outros Estados: O Canasat ain-da avaliou a safra de outros cincosestados do centro-sul do Brasil, nosquais a área plantada foi de: 438 milhectares no Paraná (safra 2006/2007),297 mil hectares em Minas Gerais(safra 2005/2006), 215 mil hectares emGoiás (safra 2005/2006), 214 mil hec-tares no Mato Grosso e 182 mil hec-tares no Mato Grosso do Sul (safra2006/2007).

No estado do Paraná, o municí-pio com o maior canavial na últimasafra foi o de Rondon, com 17 milhectares plantados. Em seguida, apa-recem Jacarezinho (16 mil), Paranacity(15 mil), Tapejara (14 mil) e Colorado(13 mil). Com exceção ao município

Maiores Regiões Canavieiras doEstado de São Paulo (em mil hectares)

1º Orlândia 330,782º Ribeirão Preto 325,263º Barretos 314,884º Jaú 252,775º Araraquara 239,646º Jaboticabal 206,617º Catanduva 204,148º Assis 187,769º Piracicaba 164,8710º Araçatuba 146,35

Fonte: CANASAT

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25Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

Destaque

de Jacarezinho, que fica próximo dafronteira com São Paulo, as outrascidades estão localizadas no nortedo Paraná, mais precisamente nagrande região de Maringá.

Em Minas Gerais, a cidade deUberaba foi a que mais plantou canana safra 2005/2006, 27 mil hectares,seguida de Conceição das Alagoas(24 mil), Iturama (24 mil), Canápolis(18 mil) e Campo Florido (15 mil). Es-ses municípios são todos localiza-dos entre a fronteira com São Pauloe o Triângulo Mineiro.

O município de Santa Helena deGoiás é disparado o maior produtorgoiano de cana-de-açúcar, com umaárea plantada de 28 mil hectares emsua região (também conhecida comoregião de Rio Verde) estão localiza-das quatro unidades industriais

(Decal, Santa Helena, Vale do Verdãoe Goiasa), além de estar em desen-volvimento o projeto para mais qua-tro usinas.

Mais da metade dos 214 mil hec-

tares plantados na safra 2006/2007,no estado do Mato Grosso, foi naregião de Nova Olímpia, onde estãolocalizadas as unidades industriaisItamarity e Barrálcool, empresas que,juntas, consomem mais de 110 milhectares de cana-de-açúcar na pro-dução de açúcar, álcool e energiaelétrica.

Com 54 mil hectares de cana, con-tando com três unidades industriais(Santa Fé, Passa Tempo e Maracajú)e mais duas em projeto, a região deRio Brilhante é o destaque dentro dosetor sucroalcooleiro no Mato Gros-so do Sul, que inicia sua expansãocom outros centros de produçãocanavieira, como por exemplo:Aparecida do Taboado, Brasilândia,Nova Andradina e Naviraí.

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Antes da Porteira

TÁ NERVTÁ NERVTÁ NERVTÁ NERVTÁ NERVOSO?OSO?OSO?OSO?OSO?VVVVVai pescarai pescarai pescarai pescarai pescar...............Carla Rossini

Não faz muito tempo que amoda dos ‘pesque-pagues’

surgiu no Estado de São Paulo, maso fato é que eles se multiplicaramrapidamente de uma hora para ou-tra. Apaixonados por pesca e porpeixes, os brasileiros aderiram à pes-ca como esporte, lazer ou até comouma forma de relaxar. A moda viroumúsica de viola e brincadeira entreamigos, e quando alguém está ner-voso ou estressado, quase sempre

aparece à interrogação seguida daresposta: ‘Tá nervoso? Vai pescar...’

Para solucionar um problema daFazenda São José, que fica na cida-de de Severínia, interior de São Pau-lo, o proprietário Carlos AugustoGomide Arruda, resolveu montar um‘pesque-pague’ numa área de brejoda propriedade. Como a fazenda étoda plantada com cana-de-açúcar,Carlos conta que sempre tinha pro-

blemas quando chegava à hora dequeimar a cana. “Por mais cuidadosque tomávamos o fogo sempre aca-bava atingindo o brejo e causandoaborrecimentos”, afirma.

Foi a partir daí que, em 1994, afamília Gomide Arruda, elaborou umprojeto para piscicultura. “No come-ço tínhamos a intenção de montar umpesque-pague, mas como a burocra-cia do IBAMA (Instituto Brasileiro do

Produtor de cana consegue unir o útil ao agradável em sua propriedade e vira piscicultor

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

“Piau” pescado nafazenda São José“Piau” pescado nafazenda São José

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Antes da Porteira

Meio Ambiente e dos Recursos Natu-rais Renováveis) demorou três anospara liberar o projeto, quando elefoi aprovado, em 1997, resolvemoscriar e engordar os peixes para for-necer aos pesque-pagues”, conta opiscicultor.

Carlos afirma que, para começar adesenvolver o projeto, foi precisoplantar 4,5 mil árvores nativas e fazerquatro tanques com capacidade de umpeixe para cada metro quadrado. Apartir daí começam as técnicas paracriação e engorda dos peixes. “Com-pramos os alevinos ou peixes juvenis- com três meses de vida e pesando,mais ou menos, 50 gramas. Para queeles possam ser vendidos aos “pes-que-pagues”, é preciso engordá-losaté 1,5 quilos, o que acontece por vol-ta de um ano”, explica.

A conversão alimentar é de 1,6 qui-los de ração para cada quilo de peixeque está no tanque. Em dezembro,quando Carlos já tinha vendido quasetodos os peixes do ciclo, o estoqueestava baixo, mesmo assim, os qua-tro tanques ainda armazenavam 15 milpeixes das espécies Piau, Patinga,Tilápia, Pacu e Tambacu. O piscicul-tor produz, em média, 12 toneladaspor ano e em janeiro já começou umnovo ciclo de engorda.

Quando questionado se o negócio

é lucrativo, Carlos afirma que sim, des-de que se tenha escala de produção.“Para se dar bem no mercado é preciso

ter escala, quando aprodução é pequena,acabamos tendo aintermediação de quemfaz o transporte. Sou umpequeno produtor, oque não justifica ter umesquema de transportepróprio”, diz Carlos.

O produtor, quetambém é engenheiroagrônomo, aponta umasolução para esse pro-blema. “É preciso for-mar cooperativas de

produtores para atender a demanda domercado e baixar custos de produção.Numa ocasião passada, eu tentei unirum grupo de piscicultores para montaruma cooperativa, mas infelizmente al-guns desistiram do negócio e acabounão dando certo”, conta.

A principal renda da família deCarlos é a cana-de-açúcar. Eles tambémplantam laranja, mas a grande maioriadas plantações é a cana. Na FazendaSão José, os 108 alqueires são apenasocupados com a cana e uma pequenareserva aos tanques dos peixes. Coo-perado do sistema Copercana,Canaoeste e Cocred, Carlos aconselhaa mesma união dos produtores de canaaos produtores de peixes. “Nós traba-lhamos bastante para criar os nossospeixes, mas é preciso mais união entreos produtores para profissionalizaçãodo negócio”, finaliza Carlos.

Iberê Rodrigues Fernandes; Vicente Rodrigues Fernandes eJairo Rodrigues

Fernandes: proprietários do sítio e da fábrica de AçúcarMascavo do Capoteiro

Carlos Augusto Gomide Arruda: proprietário da fazenda São José com o Pacu quepesou 3,4 quilos

Sr. Guilherme, funcioná-rio da fazenda São José,responsável pelaalimentação dos peixes

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Chuvas de Dezembroe Prognósticos Climáticos

Informações setoriais

No quadro abaixo, estão anotadas as chuvas que ocorreram na região de abrangência da CANAOESTE durante o mêsde dezembro de 2006.

A média das observações dechuvas anotadas neste mês dedezembro “foi” superior à médiahistórica. Foram exceções: FCAVUNESP - Jaboticabal, Algodoei-ra Donegá - Dumont, onde as so-mas das chuvas foram inferioresàs respectivas médias; e,Barretos - IAC/CIAGRO, CFM -Pitangueiras, São Simão - IAC/CIAGRO e Usina Ibirá, quandoas chuvas “ficaram” próximas desuas médias; nos demais locais,as chuvas deste dezembro foram(e, em alguns locais) bem superi-ores às normais. Cabe, ainda,lembrar que a médias das chuvas,em dezembro de 2006, nos mes-mos locais, foram quase uma veze meia maior ao da média do mêsde dezembro do ano anterior.

Mapa 1: Água Disponível no Solo no período de 14 a 17 de dezembro de 2006.

O mapa 1 mostra que, em meados de dezembro, o índice de Água Disponívelno Solo encontrava-se entre bom e alto em toda a faixa leste, central, norte enoroeste do estado; enquanto que, este índice ainda se mostrava baixo ou crítico

Açúcar Guarani 313 223AgroClimatologia FCAV UNESP-Jaboticabal 221 255Algodoeira Donegá - Dumont 306 405Barretos - IAC/Ciiagro 178 188Central Energética Moreno 311 288CFM - Faz Três Barras - Pitangueiras 270 254Cia Energética Santa Elisa (Sede) 349 263E E Citricultura - Bebedouro 343 231Faz Santa Rita - Terra Roxa 532 269Franca - IAC/Ciiagro 488 248IAC-Centro Apta Cana-Ribeirão Preto 302 272São Simão - IAC/Ciiagro 250 239Usina da Pedra 302 254Usina Ibirá - Santa Rosa do Viterbo 268 249Usina Batatais 548 310Usina M B - Morro Agudo 415 237Usina São Francisco 318 237Médias das observações 347 260

Locais mm chuvas médias históricas

Engº AGRÔNOMOOSWALDO ALONSO

Consultor AgronômicoCANAOESTE

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Informações setoriais

Os mapas 2 (2005), 3 (2006) e tal qual até meados do mês, mostram semelhançanos baixos índices de Água Disponível de Água no Solo nos extremos Sul eSudoeste do estado. As demais regiões, no final de dezembro de 2006, apresenta-vam-se igual ou com maior índice de umidade do solo no mesmo período do anoanterior.

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de dezembro de 2005.

Mapa 3: Água Disponível no Solo ao final de outubro de 2006.

Com o fim de prestar subsídiosaos planejamentos de atividades

futuras, o Departamento Técnico daCANAOESTE resume o prognóstico cli-mático de consenso entre INMET - Insti-tuto Nacional de Meteorologia e INPE -Instituto Nacional de Pesquisas Espaciaispara a Região Centro Sul do Brasil, para osmeses de janeiro a março de 2007.

As condições para ocorrência do fe-nômeno “El Nino” mantém-se favoráveispara os próximos meses, porém commenor intensidade;

Ao longo da Região Centro Oeste,principalmente Goiás, e nos estados deMinas Gerais, Espírito Santo, Rio de Ja-neiro, faixas norte e nordeste do estadode São Paulo, chuvas mais freqüentes eintensas deverão ser ocasionadas pela in-fluência da Zona de Convergência doAtlântico Sul. Este fenômeno corres-ponde à “pressão” de massas quentes daRegião Amazônica sobre as frentes frias,provocando larga faixa de instabilidadeaté o Oceano Atlântico.

Ainda que de média a baixaconfiabilidade para a Região Centro Sul,os prognósticos de consenso INPE-INMET apontam que:

As temperaturas deverão se situarentre próximas a acima das médias histó-ricas nos estados das Regiões CentroOeste e Sul e dentro da normalidade cli-mática nos estados da Região Sudeste;

As chuvas previstas para o trimestrejaneiro a março poderão ser: dentro danormalidade climática para o estado de SãoPaulo (menos as faixas norte e nordeste,divisando com Minas Gerais) e estados daRegião Centro Oeste e Sul; e, nos demaisestados da Região Sudeste, entre próximaa acima das respectivas médias históricas.

Como exemplo para a região deabrangência da CANAOESTE, pelasmédias históricas anotadas pelo CentroApta - IAC - Ribeirão Preto, as chuvaspoderão somar 660mm (quase a metadedo ano todo) neste trimestre, ou ainda,270mm em janeiro, 220mm em feve-reiro e de 170mm em março.

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nas regiões canavieiras próximas de Campinas, Sorocaba, Assis e nos extremossul e sudoeste do estado de São Paulo.

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Lelislação

Estatuto da TerraAlteração nos artigos referentes aoarrendamento rural e a parceria agrícola,pecuária, agro-industrial e extrativa

a) necessidade do arrendatário ajustar previamentecom o arrendador, caso for iniciar outra cultura que nãopossa ser colhida antes do término do arrendamento, aforma de pagamento do uso da terra pelo prazo que ex-ceder ao contrato;

b) reitera o direito de preferência do arrendatário narenovação do arrendamento, devendo ser notificado ematé seis meses de antecedência de eventuais propos-tas, tudo registrado no competente Cartório de Regis-tro de Imóveis, salvo no caso de notificação extrajudicialdo arrendador pedindo a retomada do imóvel para usopróprio ou de seu descendente;

a) alteração dos índices de participação nos frutosda produção, passando a 20%, 25%, 30%, 40%, 50% e75%, dependendo da forma de contratação;

b) acrescenta a possibilidade de o proprietário co-brar do parceiro o valor dos fertilizantes e inseticidasfornecidos, no percentual que corresponder à partici-pação deste;

c) conceitua parceria rural, assim como enumera ositens necessários à sua ocorrência, que devem estar pre-sentes de forma isolada ou cumulada, tais como a parti-lha dos riscos de caso fortuito e força maior, dos frutos,produtos ou lucros havidos nas proporções que esti-pularem e variações de preços dos frutos obtidos;

d) cria a possibilidade das partes pré-fixarem, emquantidade ou volume, o montante da participação doproprietário, desde que, ao final do contrato, seja reali-zado o ajustamento do percentual pertencente a este,de acordo com a produção obtida, estabelecendo ainda,que eventual adiantamento do montante pré-fixado, nãodescaracteriza o contrato de parceria;

e) acrescenta uma ressalva de que o artigo 96, doEstatuto da Terra, não se aplica aos contratos de parce-

Foi publicada no dia 08/01/2007, no Diário Oficial da União, Seção 1, página 2/3, a Lei nº 11.443, de 05/01/2007,que dá nova redação aos artigos 95 e 96 do Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/1964), que tratam especificamente doscontratos de arrendamento rural e parceria agrícola, pecuária, agro-industrial e extrativa.

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

No tocante ao arrendamento rural, as mudanças mais significativas,sinteticamente, são:

c) regulamenta o direito de indenização dasbenfeitorias úteis, das necessárias e das voluptuárias,quando do término contratual;

d) cita as condições e cláusulas que obrigatoriamentedeverão constar do contrato, mormente remuneração,forma de pagamento, prazo mínimo de arrendamento elimite de vigência;

e) estabelece um teto para a remuneração do arren-damento (15% do valor cadastral do imóvel e, em casode exploração intensiva com arrendamento parcial, olimite passa a ser de 30%).

No que pertine aos contratos de parceria agrícola, pecuária, agro-industrial e extrativa,podemos discernir resumidamente as seguintes alterações, a saber:

ria agroindustrial, de aves e suínos, que serão regula-dos por lei específica.

Ainda deve ser informado que a alteração da redaçãodo inciso XIII, do artigo 95, do Estatuto da Terra, pro-posta pelo Projeto de Lei nº 46/2006 (nº 5.191/2005 naCâmara dos Deputados), que deu origem à lei e altera-ções acima citadas e que determinava que a “remunera-ção decorrente de arrendamento rural é considerada ren-da da atividade rural”, foi vetada pelo Executivo, depoisde ouvido o Ministério da Fazenda, que a considerouinconstitucional. Tal alteração pretendia que a remune-ração decorrente de arrendamento rural, que atualmenteé tributada pelo imposto de renda da pessoa física, sob aforma de carne-leão e ajuste anual, fosse tributada comoreceita da atividade rural, o que não foi aceito.

Aguardamos, com tais alterações, um prazo para ade-quação dos contratos agrários de arrendamento rural ede parceria, ficando o departamento jurídico daCANAOESTE, neste interregno, à disposição para osesclarecimentos que se fizerem necessários.

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Legislação

31Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

Queima de palhada cana-de-açúcar:obrigatoriedade de autorização para asafra 2007/2008.

Mais uma vez estamos prestes a iniciar outra safra

canavieira, razão pela qual novamen-te vimos alertar aos nossos associa-dos sobre a obrigatoriedade de ob-ter a autorização do órgão ambiental(Secretaria Estadual do Meio Ambi-ente) para se efetuar a queima depalha da cana-de-açúcar, procedi-mento obrigatório àqueles que nãoqueiram responder administrativa-mente e judicialmente (cível e crimi-nal) por esta omissão, inclusivecom pesadíssimas multas, razãopela qual a CANAOESTE, nova-mente este ano, irá proceder à ori-entação, elaboração, confecção eenvio da documentação necessá-ria à obtenção da Autorização deQueima Controlada de Palha daCana-de-Açúcar para os seus as-sociados, cujo prazo para proto-colo no órgão ambiental expiraráem 02 de abril.

Para tanto, pois sem au-torização não se poderá queimar,basta que os associados procu-rem os Técnicos, Agrônomos ouas Secretárias dos respectivos es-cri tórios regionais daCANAOESTE/COPERCANA ouda matriz, o quanto antes, para quepossam agendar o levantamento to-pográfico de sua lavoura, sem custoalgum, além de proceder ao referidolicenciamento.

Tudo isto se torna necessá-rio porque, em caso dedescumprimento ao que dispõe oDecreto Estadual nº 47.700/2003,regulamentador da Lei Estadual nº11.241/2002, o produtor de cana-de-

açúcar poderá ser autuado pela Po-lícia Ambiental em 30 (tr inta)UFESPs (Unidade Fiscal do Estadode São Paulo), aproximadamenteR$417,90 por hectare queimado semas observâncias legais, além de po-der, ainda, ser autuado pelos agen-tes fiscalizadores da CETESB (Com-panhia de Tecnologia e de Sanea-mento Ambiental) em valores quevariam de 5.001 a 10.000 UFESPs,aproximadamente R$71.164,23 a

R$142.300,00, independentementedo tamanho da área queimada.

Alheio a estas penalidadesadministrativas, o produtor de cana-de-açúcar que não observar o pres-crito na legislação poderá respon-der, ainda, uma ação cível, visandooutra indenização e a suspensão daqueima em sua propriedade, além deuma ação penal, que visa restringir

o seu direito de liberdade (pena dedetenção). Fica registrado, então,que para aquele produtor de canaque não cumprir os requisitos pres-critos na legislação de queima ou,mais gravemente, efetuar a queimasem a devida autorização, fica evi-dente que não lhe restará quase ne-nhuma possibilidade de defesa, tan-to administrativa (auto de infração)como judicial (cível e penal).

Logo, se torna evidente anecessidade do fornecedor decana-de-açúcar em buscar a devi-da autorização dentro do prazolegal (até 02 de abril), para poderutilizar-se do fogo como métododespalhador da cana-de-açúcardurante a safra 2007/2008, bastan-do, somente, que procure o maisrapidamente possível aCANAOESTE para a sua devidaorientação e, se porventura, per-sistir dúvidas a respeito do as-sunto, os Departamentos Jurídi-co e Técnico estarão à inteira dis-posição dos associados paraesclarecê-las.

Importante salientar, se-gundo informações da SecretariaEstadual do Meio Ambiente, que

o prazo para protocolo não será pror-rogado, razão pela qual deve o asso-ciado procurar a CANAOESTE omais rápido possível, ressaltandoque esta realizará o plano de quei-ma gratuitamente até o dia 20/02/2007, para aqueles que não tenhamrealizado o levantamento topográfi-co da propriedade e, 23/03/2007,para aqueles que já fizeram o refe-rido mapeamento.

Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

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Uma nova planta daninha vemchamando a atenção de pro-

dutores do Estado de São Paulo porseu alto grau de disseminação e pelaresistência a ação de herbicidas con-vencionais, se trata do Chlorispolydatyla, mais conhecida como ca-pim-cebola, capim-fino, capim-pendão,capim-pé-de-galinha ou capim-branco.

Essas plantas são perenes,reproduzidas por sementes e multipli-cadas a partir de curtos rizomas ou alas-tradas por estolões. Por liberarem com-postos alelopáticos, sua competiçãocom a cana-de-açúcar pode ir além deágua, luz e nutrientes, pois há também

Duro de Matar

Pragas e Doenças

O capim branco vem se transformando em um problema nos canaviais do estado devido aoseu alto grau de resistência à ação de herbicidas.

mecânico) que as plantas produzam se-mentes; aplicar o herbicida antes da pri-meira frutificação; rotacionar a cana-de-açúcar com outras culturas, como soja eamendoim; eliminar as plantasinfestantes nas beiras de cercas e estra-das. A palha da cana, remanescente so-bre o solo com a colheita mecanizadasem queima, também pode contribuirpara o manejo do Chloris, inibindo, pormeio de efeitos químicos, físicos e bio-lógicos, a emergência de novasplântulas”, explicou a pesquisadora.

Sobre qual o tipo e fórmula deherbicida que deve ser adotado nocaso de um controle químico, a Dra.Rúbia relatou um experimento queaconteceu na Unesp de Jaboticabal.

“Algumas constatações de cam-po nas áreas agrícolas da Fazenda deEnsino, Pesquisa e Extensão daUnesp, Jaboticabal-SP, permitem in-ferir que plantas adultas cominflorescência são bem controladasutilizando-se de 2,16 a 2,88 kg/ha deherbicida glyphosate (produto comer-cial Roundup Original) ou 1,44 kg/hade glyphosate associado a 0,72 kg/ha do mesmo herbicida em aplicaçãoseqüencial, 15 dias após a primeira. Aaplicação de 120 g/ha de quizalofop-p-tefuryl (produto comercial Panther120 CE) e 1,44 kg/ha de glyphosate,aplicado 15 dias após a aplicação dequizalofop-p-tefuryl, também resultaem controle satisfatório. Oglyphosate e o quizalofop-p-tefurylsão herbicidas sistêmicos, assim,para maior eficácia de controle, é de-sejável que as plantas a serem pulve-rizadas estejam em plena atividademetabólica. O fator metabólico daplanta é de grande importância, poisinfluenciará na absorção, trans-locação e ação dos herbicidas”, dis-se a professora.

Capim-branco: competição com a cana podeir além da água, luz e nutrientes

Marino Guerra

a possibilidade de interferência quí-mica, através da liberação de substân-cias fitotóxicas pelas raízes.

Ainda há muita dúvida sobre essetipo de planta, pois seu aparecimen-to, como daninha, é recente, e em con-seqüência disso poucas pesquisassobre sua matocompetição, ecologia,fisiologia e manejo foram publicados.

Segundo a especialista em biolo-gia e manejo de plantas daninhas doDepartamento de Fitossanidade daUnesp - Campus de Jaboticabal, Pro-fessora Doutora Núbia Maria Correia,a disseminação rápida do capim-bran-

co em decorrência desuas sementes possuirum peso reduzido epresença de pêlos emsuas superfícies, fazcom que a infestaçãoaumente ano a ano, sen-do necessário tomarmedidas de controle.

“A melhor estraté-gia de manejo deChloris está naintegração de méto-dos, como o corte deplantas adultas e apli-cação de herbicida narebrota quando estaatingir cerca de 30 cmde altura, isso permiteo melhor controle e usode doses menorescomparadas ao manejoquímico. Em função dafacilidade de dissemi-nação das sementes eperenização das plan-tas, medidas alternati-vas devem ser ado-tadas. Entre elas, impe-dir (por meio químico ou

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Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

Culturas de Rotação

A hora da verdade

O adubo pode ter sido aplicadocorretamente, ter escolhido a

variedade ideal, ter usado corretamen-te os defensivos e ter chovido o sufici-ente para desenvolver a lavoura damelhor forma possível, mas se o pro-dutor errar na hora de fazer o arranquioe a colheita do amendoim, todo o tra-balho anterior vai por água abaixo.

O primeiro segredo está na escolhado ponto ideal de maturação da vagempara se fazer o arranquio. Para escolhera época certa, o produtor precisa tomarmuito cuidado, pois não existe nenhumsintoma característico que permite tercerteza total da maturação da vagem.

Arrancar o grão antes da hora dei-xará o amendoim com sabor desagra-dável, suscetível ao ataque de insetose contaminação por aflatoxina, além dequeda na produtividade. E colher ogrão tardiamente ocasionará despen-camento das vagens durante os pro-cessos de arranquio e colheita.

Uma das formas usadas para deter-minar o ponto ideal do arranquio doamendoim é o método da “Raspagemda Casca”, que consiste nos seguintesprocedimentos: 1º) Arrancar manual-mente um metro linear em vários pon-tos da lavoura a ser analisada; 2º) Se-parar todas as vagens das plantas ar-rancadas, inclusive as vagens ainda emformação; 3º) Raspar as vagens comum canivete/faca retirando a parte ex-

Marino Guerra

Se errar no momento do arranquio e colheita do amendoim, o produtor desperdiçará todo o trabalhoque teve durante o desenvolvimento de sua lavoura

terna da casca; 4º) Separar as vagensde coloração escura das claras; 5º) Pe-sar e determinar a porcentagem de va-gens com coloração escura.

Além de saber escolher o amendoimna sua maturação certa, o produtor tam-bém precisa escolher o dia em que a umi-dade do solo esteja ideal para o serviço.

Tendo em vista a necessidade doaumento da produção, com o objetivode reduzir os custos, a mecanização doarranquio se desenvolveu bastante,fazendo com que a maioria das lavou-ras comerciais retire, mecanicamente, oamendoim da terra.

Antes de iniciar, é preciso analisara necessidade de roçar a rama, no casode variedades eretas. Outro ponto queé necessário ser analisado é se o plan-tio foi realizado de forma uniforme,pois se esse cuidado não foi tomado,o produtor poderá ter problemas naeficiência para arrancar o grão. Deixara lavoura limpa de plantas invasoras eprincipalmente arrancar com um nívelbaixo de desfolha, a fim de controlarpossíveis doenças, são outros aspec-tos relevantes.

No caso da arrancadora, é precisoajustar a largura e a profundidade decorte, manter as lâminas sempre afia-das, avaliar constantemente a altura deregulagem das “rodas de chaco-alhação”, deixar a velocidade do trator

compatível com a velocidade da estei-ra e alinhar o trator em relação às linhasdo amendoim.

Logo após a vagem arrancada, vemo processo de secagem, que consistena redução de sua umidade a níveis me-nores que 10%, normalmente, quando saida terra, a umidade é de 35% a 45%.

Sem a interferência de secadores, oamendoim teria que ficar no tempo deseis a sete dias, caso ocorresse algumaprecipitação o grão demoraria mais tem-po para ser colhido.

Cooperativas que investiram no sis-tema de secagem do grão, principalmen-te para valorizar o produto de seus co-operados diminuindo assim o risco decontaminação por aflatoxina, recebemo produto com cerca de 18% a 15% deumidade, depois de ter passado de doisa três dias de secagem natural.

Como o arranquio, a maioria das plan-tações comerciais realiza a colheita me-canizada, na qual consiste na separa-ção das vagens e ramas com utilizaçãode colheitadeiras. Mesmo demonstran-do o processo mais simples dentro doprocedimento de colheita, é preciso to-mar pelo menos três cuidados básicos:1º) Retirar o máximo de vagens perfeitaspor planta; 2º) Evitar danificação mecâ-nica das vagens; 3º) Remover a terra,restos de plantas e outros materiais queacompanham as vagens.

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Bactéria que teve o gene decifrado

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Depois de cinco anos de pes-quisas, os cientistas finaliza-

ram o sequênciamento do código ge-nético da bactéria Gluconacetobacterdiazotrophicus, uma das bactérias res-ponsáveis pela fixação biológica de ni-trogênio da cana-de-açúcar. Com osgenes decifrados, o potencial de gera-ção de nitrogênio da bactéria poderáser aumentado, estimulando o seu fun-cionamento como adubo natural.

De acordo com o pesquisador daEmbrapa Agrobiologia, José Ivo Baldani,a expectativa é de que, dentro de cincoanos, seja colocado no mercado uminoculante feito com esta bactéria paracana-de-açúcar. Com o conhecimento doDNA da gluconacetobacter, a idéia étorná-la ainda mais benéfica, através dealterações especificas no genoma.

Essas bactérias, na forma deinoculante, seriam aplicadas nas mudasmicropropagadas (mudas produzidas emlaboratório em que se obtêm plantas idên-ticas à “planta mãe”- clonadas) antes deelas serem plantadas no solo. Como a

Decifrado o DNAde bactéria presente na cana

Novas Tecnologias

Inoculante, a ser colocado no mercado em cinco anos, pode-rá reduzir custos com fertilizantes

as plantas. A bactéria produz aindahormônios vegetais e aumenta o siste-ma radicular (raízes), ampliando a ab-sorção de nutrientes do solo.

Denominado Riogene, o projeto foiiniciado em 2001 e contou com a partici-pação da Embrapa Agrobiologia e umpool de universidades. Foram investi-dos cerca de R$ 5 milhões na pesquisa.

Cristiane Barão

bactéria é totalmente dependente da plan-ta para sobreviver, ela não se espalha parao meio ambiente, não havendo assim ris-co ambiental no processo.

Com isso, poderá haver redução deaté 30 % da quantidade de fertilizantesnitrogenados aplicados em toda áreade cana-de-açúcar no Brasil. Segundoa Embrapa, com o inoculante, a econo-mia estimada poderá chegar a R$ 59milhões anuais somente nesta cultura.Além disso, a diminuição de adubosquímicos trará benefícios ao meio am-biente, segundo a Embrapa.

A Gluconacetobacter diazo-trophicus foi isolada pela primeira vezpor pesquisadores da EmbrapaAgrobiologia em 1988. Presente em cul-turas como a cana-de-açúcar, batata-doce, abacaxi e capim elefante, a bacté-ria é essencial para o crescimento des-tas espécies vegetais porque é uma dasprincipais responsáveis pelo processodenominado “fixação biológica de ni-trogênio” (FBN), em que o elemento éretirado da atmosfera e transferido para

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

Outras pesquisassobre a cana

Uma característica muito especial dacultura da cana é possuir um sistema defixação biológica de nitrogênio (FBN) al-tamente eficiente, razão pela qual conse-gue crescer e produzir bem em solos ex-tremamente pobres em nitrogênio (N).

As pesquisas sobre FBN em cana-de-açúcar na Embrapa Agrobiologia, seintensificaram a partir da década de oi-tenta. Desde então o Centro de Pesqui-sas vem recebendo financiamento paraestes estudos.

Segundo o diretor da Embrapa, JoséGeraldo Eugênio, o que se espera com es-tas pesquisas é uma redução de pelo me-nos 15% do fertilizante nitrogenado apli-cado na cultura, contribuindo desta formapara a economia de recursos e para a pre-servação do meio ambiente.

O suporte para estas pesquisas foi aidentificação de várias espécies de bacté-rias fixadoras de nitrogênio que vivem as-sociadas à cultura da cana. Dentre estasbactérias, além da Gluconacetobacterdiazotrophicus, que já teve o gene decifra-do, há também a Herbaspirillumseropedicae e H. rubrisubalbicans. To-dos isolados nos laboratórios da Embrapaem Seropédica, no Rio de Janeiro.

José Ivo Baldani, pesquisadorda Embrapa

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Revista Canavieiros - Setembro de 200635

Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-se

Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro de de de de de 20062006200620062006

Curso de Especialização em Manejo do SoloData: de 02 de fevereiro de 2007 até 12 de dezembro de 2007

Local: Departamento de Solos da ESALQ/USPTemática: Voltado para profissionais graduados em engenharia agronômica ou em outras áreas correlatas o curso tem o

seguinte programa: 1. Solos brasileiros: materiais de origem, classificação e características gerais. 2. Manejo físico ecompactação do solo 3. Sensoriamento remoto/ Planejamento e Uso da terra. 4. Sistemas de preparo / Conservação dos solos.

5. Reações da matéria orgânica e dos nutrientes das plantas nos solos. 6. Avaliação da fertilidade do solo. 7. Principaisorganismos do solo e suas interações com as plantas cultivadas. 8. Funções e sintomas de deficiência e toxicidade dos

nutrientes das plantas. 9. Recuperação de solos degradados química e/ou fisicamente 10. Sistemas de aplicação de corretivose fertilizantes. 11. Calagem e adubação de culturas de interesse econômico. 12. Manejo do solo sob plantio direto.

Maiores Informações: (19) 3417 6604 ou pelo e-mail [email protected]

Mega Evento Massey Ferguson/CopercanaData: 08 e 09 de fevereiro de 2007

Local: Unidade de Grãos da Copercana – Sertãozinho-SPTemática: Evento onde serão expostos a linha de tratores Massey Ferguson aos cooperados da Copercana.

Maiores Informações: (16) 3946 4200

XXX Congresso Paulista de FitopatologiaData: 13 a 15 de fevereiro de 2007

Local: Unesp – Campus de JaboticabalTemática: A Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias sediará entre os dias 13 e 15 de fevereiro de 2006 o XXX

Congresso Paulista de Fitopatologia. O Congresso Paulista de Fitopatologia em sua 30ª reunião é um dos mais tradicionaiseventos técnico-científicos dessa especialidade, tanto no âmbito estadual quanto nacional. É um dos mais esperados eventos

para apresentação e discussão de resultados de pesquisas inéditas nos diversos ramos da fitopatologia.Maiores Informações: (16) 3202 4275 ou pelo e-mail [email protected]

Encontro Mao Shou Tao Agrícola 2007Data: 14 e 15 de fevereiro de 2007

Local: Fazenda Boa Fé do Grupo Mao Shou Tao- Conquista-MGTemática: O MA SHOU TAO AGRÍCOLA 2007 é dividido em dois eventos. O Encontro Técnico de Milho e Soja, que

acontecerá no período da manhã e oferecerá ao participante a oportunidade de absorver conhecimento apresentado naprática e, no período da tarde, grandes possibilidades de negócios, a Exposição de Tecnologia Agrícola. Por isso, é possívelafirmar que trata-se de um evento de referência internacional, tanto para empresários rurais como para formadores

de opinião de todo o Brasil.Maiores Informações: (34) 3318 1500 ou pelo e-mail [email protected]

Plano de Eliminação Gradativa da Queima da Palha de Cana-de-AçúcarData: 20 de fevereiro (último dia para o agendamento de visitas dos topógrafos)

Local: Escritórios da CANAOESTETemática: Elaboração dos obrigatórios requerimentos de autorização de queima controlada da palha da cana-de-açúcar para

os fornecedores associados da CanaeosteMaiores Informações: (16) 3946 3300

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Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção deesclarecer, de maneira didática,algumas dúvidas a respeito doportuguês

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Advogadae Prof.ª de Português e Inglês

Mestra—USP/RP,Especialista em Língua

Portuguesa, MBA em Direito eGestão Educacional,

Escreveu a GramáticaPortuguês Sem Segredos

(Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

RENATA CARONE SBORGIA

ATUALIZAÇÃO EM PRODUÇÃODE CANA-DE-AÇÚCAR

Nesta obra, foram reunidas infor-mações e experiências de váriosautores nas quais buscam tornarmais acessível às informações bá-sicas e aplicadas à cultura da cana-de-açúcar.

São 27 capítulos escritos por pro-fessores, pesquisadores, técnicosrenomados que aceitaram o desafiode compartilhar suas experiênciascom os leitores. O livro aborda di-versos aspectos da planta, taiscomo: morfológico, fisiológico, doseu melhoramento, do seu planeja-mento agrícola e varietal, da produ-ção de mudas, da implantação, domanejo da cultura (calagem, aduba-ção, fitossanidade), da busca pormaior produtividade, da viabilidadedo uso de tecnologias avançadas(maturadores, reguladores vegetais,micronutrientes, aplicação de pro-dutos fitossanitários e irrigação, edas estratégias visando melhorar aqualidade da matéria-prima e da co-lheita, sem deixar de abordar boaspráticas ligadas ao manejoambiental da agroindústriacanavieira (uso da vinhaça, manejode solo, produção de plásticobiodegradável) e de termos usuaisdo setor envolvendo também aspec-tos do pagamento da cana-de-açú-car e das perspectivas ligadas aosetor sucroalcooleiro.

Os interessados em conhecer assugestões de leitura da RevistaCanavieiros, podem procurar a

Biblioteca da Canaoeste emSertãozinho – Rua Augusto Zanini,nº 1461 ou pelo telefone (16) 3946

3300 Ramal 2016.

1) Você quer que eu FAÇO tal coisa?ou

Você quer que eu PEGO tal coisa?

...com o Português conjugado de forma incorreta nada será feito...

Prezado amigo leitor, vamos lembrar do IMPERATIVO AFIRMATIVO dosVerbos FAZER e PEGAR?

Imperativo Afirmativo – FAZER (verbo Irregular)

Faz/ Faze tuFaça vocêFaçamos nósFazei vósFaçam vocês

Obs.: Faz/ Faze - Há duas formas do mesmo valor com o TU

Imperativo Afirmativo – PEGAR (verbo Regular)

Pega tuPegue vocêPeguemos nósPegai vósPeguem vocês

O correto é: Você quer que eu FAÇA tal coisa? ou Você quer que eu PEGUE tal coisa?

2) Pedro disse de SOPETÃO a notícia?

Todos levaram um susto... principalmente aLíngua Portuguesa!!!

Pedro, o correto é SUPETÃO.Dica: Supetão é da mesma família de SÚBI-

TO (com U).Supetão significa “de súbito”, de repente,

inesperadamente...

PARA VOCÊ PENSAR:

Provérbio camoniano:“No mundo não tem boa sorte, senão quem

teve por boa a que tem” Camões

Revista Canavieiros - Janeiro de 2007

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Repercutiu

“O modelo atual é uma posição reativa que já se esgotou. Temos de caminhar parauma fórmula para que o governo seja mais pró-reativo.”

Luís Carlos Guedes Pinto, ministro da Agricultura, sobre a reforma na políticaagrícola que deve ocorrer no segundo mandato do governo Lula

“São Paulo pode começar a cobrar royalties sobre a produção de álcool.”Notícia divulgada a partir do blog do prefeito do Rio, César Maia, que partici-

pou do encontro dos governadores do sudeste. A informação foi negada pela asses-soria do governador José Serra, mas provocou polêmicas no setor.

“Não faria sentido exigir royalties pela produção de álcool sob alegação de que hádegradação das condições de produção, como está (ou esteve) escrito no blog do pre-feito César Maia. Fosse assim, prefeitos e governadores já estariam arrancando royaltiesde qualquer vaso de samambaia ou, até mesmo, de matagal nascido em roça abando-nada”.

Celso Ming, jornalista do Grupo Estado em artigo escrito sobre o boato divulga-do pelo prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, no qual informava uma possível

intenção do governador José Serra em cobrar royalties pela produção de álcool.

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Compro urgente: Caminhões traçados, anoacima de 81, pago à vista dependendo do estado deconservação até o dia 10/02/2007. Em caso deinteresse entrar em contato com Dr. Pablo – Fone:(65) 9975-8148 ou e-mail: [email protected] ler este assunto e souber de alguém interessa-do em vender, entrar em contato, pois terá comissãoassegurada. Grato pela atenção.

Compro: Caminhão traçado pronto para traba-lhar ou em situação de fazer alguns reparos, qual-quer negócio entrar em contato com o Sr. JoãoGazoti - Fone: (18) 9749-5042, (18) 9749-5707,(18) 3704-2920 ou e-mail: [email protected]

Troco: Cavalo Mecânico Scânia 86 H trucado,por caminhão traçado para plantio de cana. Interes-sados favor entrar em contato com Sr. Márcio Satorion– Fone: (18) 9727-9974, (18) 8129-3687, (18) 3871-3402 ou e-mail: [email protected]

Vendo: Pick-up Strada 2004, prata, 1.3 Fire,A.C.D.H., impecável. Falar com Leonardo Corbo– Sertãozinho/SP – Fone: (16) 3942-8034 / 8113-2335 ou e-mail: [email protected]

Vendo: Kart Cross, Motor Yamaha, 135Cilindradas, funcionando. Falar com Rodrigo deAntônio – Sertãozinho/SP Fone: (16) 3942-6855

Vendo: Caminhão Dodge Traçado, ano 85,com carroceria de cana, por apenas R$40.000,00 –negócio em particular.

Caminhão traçado com carroceria de cana, ano85, pronto para trabalhar, preço: R$ 40.000,00.Ambos se encontram em Penápolis, onde moro –em caso de interesse, entrar em contato com Sr.Hugo –Fone: (18) 9776-0358 ou e-mail: [email protected]

Vendo: Caminhão 2422 - Pronto para traba-lhar, ano 98, motor Cummins, pneus semi-novos,cor branca, no chassi, gabine leito, R$85.000,00Em caso de interesse, entrar em contato com o Sr.Celso Rosa -Fone: (45) 9107-4120 ou email:[email protected]

Vendo: Caminhão Traçado 2213, ano 81, todomodificado com um cardã, bom de motor, prontopara trabalhar. Em caso de interesse, entrar em con-tato com o Sr. Silvio Borghi – Fone: (016) 3664-1535 / 8141-3813 ou email:[email protected]

Vendo: Caminhão MB 2314, ano 1991, emótimo estado de conservação, R$90.000,00.

Retroescavadeira, modelo Case 580-H, ano 1980,em ótimo estado e trabalhando, tenho fotos – Preço:R$ 30,000,00. Em caso de interesse, entrar emcontato com o Sr. Belei - Fone: (14) 8116-9030 ouemail: [email protected]

Vendo: Caminhão traçado Dodge, ano 85, comcarroceria de cana, motor e câmbio na garantia, bomde funilaria e pintura R$42.000,00 - Em caso deinteresse, entrar em contato com o Sr. Alexandre –Fone: (14) 9714-0056 (Jaú/SP) ou email:[email protected]

Vendo: 01 Caminhão Scania 124 360cv, 6x4,ano 2000, com carroceria canavieira e 01 caminhãoScania 113 360cv, 6x4, ano 1997/98, com carroceriacanavieira - Preço a combinar. Em caso de interesse,entrar em contato com o Sr. Edgar Cavalini ouPirilampo – Fone: (18) 3282-3853 / 3282-1874 /9722-3201 ouemail: [email protected]

Vendo: Caminhão traçado VW 24-250, ano99, com gaiola para cana preta e plantio. O cami-nhão está bem conservado, bom de mecânica/pneuse está trabalhando. Em caso de interesse, entrar emcontato com Sr. Dias – Fone: (19) 8161-6509 –Preço R$105.000,00 oue-mail: [email protected]

Vendo: Caminhão Irrigadeira, Pipa D, 190006X2, com tanque de água para 10.000 litros, únicodono. Preço de ocasião: R$39.990,00 - não aceitocontra oferta.

Caminhão CHEVROLET D-19000 6X2, ano87/87, com tanque de água para 10.000 litros, úni-co dono, sempre foi irrigadeira desde zero, veículonovo. Em caso de interesse, entrar em contato como Sr. Airtom - Fone: (19) 9716-6201 ou 3541-4893ou email: [email protected]

Vendo: Caminhão traçado VW 24220, ano1996 no chassi, revisado e com garantia,R$82.000,00.

Em caso de interesse, entrar em contato com oSr. Alexandre - Fone: (14) 9714-0056 ou email:[email protected]

Vendo: Caminhão traçado MB 2220, ano 1987,com gaiola.

Caminhão Traçado MB 2325, ano 1992, todorevisado, raridade, pronto para trabalhar. Em casode interesse, entrar em contato com o Sr. Assis -Fone: (16) 9187-1897 ou email: [email protected]

Vendo: Carregadeira de cana Motocana S800,cabinada num trator Valmet 885 4x2, os dois ano99. Tenho outras maquinas. Em caso de interesse,entrar em contato com o Sr. Paulo Afonso Duarte -Fone: (44) 9118-8057 ou email:[email protected]

Vendo: MB L 2213 Traçado, turbinado, hi-dráulico, freio a ar no truck, 4.80. Foram gastosR$8.000,00 na Mercedes nos dois diferenciais e na

caixinha, motor, pneus e cambio ok, ano e modelo76 no chassi. Em caso de interesse, entrar em con-tato com o Sr. Fabio - Fone: (16) 9796-9290 ou9102-0061 ou email: [email protected]

Vendo: Plantadeira – Jumil 2S, 4 Linhas me-cânicas, nova, muito conservada, com 4 discos,possuo a nota de compra (R$ 3.500,00) – Cássiados coqueiros. Em caso de interesse, entrar em con-tato com o Sra. Vera Lúcia - Fone: (16) 9796-1178ou email: [email protected]

Vendo: 1 Reboque canavieiro, 7,5 metros, Canainteira, ano 1985 – Chassis laterais revisados, sempneus – Preço: R$ 27.000,00. Em caso de interes-se, entrar em contato com o Sr. Marcos Eleotério –Fone: (18) 3421-7338 ou email:[email protected]

Vendo: Valtra Mega 855, 150cv, ano 98,cabinado com ar, motor Valtra, suspensão dianteira,revisado – Preço: R$ 70.000,00. Há fotos e maisofertas no site www.zpttratores.ubbi.com.br. Em casode interesse, entrar em contato com o Sr. José PauloPrado - Fone: (19) 3541-5318, (19) 9758-4054 ouemail: [email protected]

Vendo: 40 Alqueires com cana, indo para o 3ºcorte. 110 alqueires de arrendamento de cana – Olocal fica em média 6 km da Decasa-SP (no municí-pio de Caiua). Em caso de interesse, entrar emcontato com o Sr. David - Fone: (18) 9128-6555 ouemail: [email protected]

Vendo: Plantadeira PST2 tatu, ano98, 7 li-nhas, plantio direto, em ótimo estado de conserva-ção, preço a combinar.

Em caso de interesse, entrar em contato com oSr. José Luiz – Fone: (18) 9733-8510 ou email:[email protected]

Vendo: Mercedes Bens 2217, ano 87,canavieiro, em ótimo estado – Preço: R$ 90.000,00com carroceria e R$ 80.000,00 no chassi, aos inte-ressados envio fotos por e-mail. Em caso de interes-se, entrar em contato com o Sr. Carlos Soares deSouza - Fone: (18) 3991-1943, (18) 3282-4305,(18) 9709-6081 ouemail: [email protected]

Vendo: Terrenos para uso residencial, com valorfinanciado no local; Jardim Ouro Verde – Cruz dasPosses – Contato Tel: (16) 3949-1996 José Márioou (16) 3945-7390 Antônio.

Vendo: Santana, ano 96/96, vermelhoperolizado, completo. Tratar com Silvio – 16 3942-8160 – Sertãozinho/SP

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