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Administrarcom maestria para crescer deforma sustentável

Conselho Editorial

Revista Canavieiros - Outubro de 2006 03

Editorial

Em sua quarta edição, a RevistaCanavieiros aborda o biodiesel para

o pequeno e médio produtor de cana que pro-duz amendoim e soja como rotação. A repor-tagem traz as opiniões do diretor-presidenteda Biocapital Consultoria Empresarial, RobertoEngels e do presidente da Orplana eCanaoeste, Manoel Ortolan, sugerindo aogoverno federal que crie formas de estimulara participação dos pequenos e médios produ-tores no sistema de produção de biodiesel.

Nas páginas 5 e 6, a Canavieiros traz, naintegra, a entrevista com o diretor-executivoda JOB – Economia e Planejamento, Júlio MariaMartins Borges, que fala sobre as perspecti-vas do maior crescimento sustentável que osetor sucroalcooleiro passará até 2015. Júlioafirma a importância para o setor em adminis-trar com maestria os riscos de mercado, alémde buscar constantemente a melhoria de suamão-de-obra com o objetivo de acompanharas exigências do aumento da demanda.

O presidente da Orplana e Canaoeste,Manoel Ortolan, expõe sua opinião sobre o Bol-sa Família, programa social do governo fede-ral. Segundo ele, o Bolsa Família foi transfor-mado em um poderoso instrumento de propa-ganda do governo e reduzido a um simples pro-jeto de subsistência para 11,1 milhões de famí-lias carentes. Também dentro da editoria “Pon-to de Vista”, um artigo do vice-presidente daFiesp, coordenador do Comitê da Cadeia Pro-dutiva do Agronegócio da entidade e membrodo Conselho Universitário da Universidade deSão Paulo, João Guilherme Sabino Ometto, quefala sobre investimentos agrícolas.

Os principais fatos que aconteceram nosistema Copercana/Canaoeste/Cocred no mêsde outubro são apresentados em seis pági-nas. Nas páginas da Copercana é apresentan-do o projeto GranDiesel, uma parceria do Su-permercado Copercana e da Granol, que trans-

forma óleo usado em frituras em biodiesel. Naspáginas da Canaoeste, destacamos a inaugu-ração da nova maternidade do Hospital NettoCampello. A Cocred apresenta, em suas pági-nas, serviços e produtos que estão à disposi-ção dos cooperados.

Representação política. A matéria de des-taque aborda a representatividade política daregião de Ribeirão Preto após a eleição. A am-pliação da bancada do agronegócio na CâmaraFederal, principalmente no setor sucro-alcooleiro, com as eleições de Duarte Noguei-ra (ex-secretário estadual de Agricultura),Arnaldo Jardim (coordenador das Frentes Par-lamentares pela Habitação, Cooperativismo eda Energia Limpa e Renovável) e com a reelei-ção de Mendes Thame (presidente daAMCESP - Associação de Apoio aos Municí-pios Canavieiros do Estado de São Paulo) àCâmara Federal.

Uma criação muito delicada faz parte doAntes da Porteira desta edição. Acoturnicultura, ou criação de codornas é ohobby de uma cooperada. Apaixonada pelaspequenas aves desde criança, ela investiu naprodução e industrialização dos ovos. Naeditoria Culturas de Rotação, orientação aosprodutores na hora de fazer a reforma do ca-navial. A matéria sobre Pragas e Doenças in-forma sobre o controle biológico daCigarrinha-da-Raiz.

Plantio Mecanizado: “A Bola da Vez”, é otema da reportagem sobre Novas Tecnologiasque apresenta características dos novosimplementos para o produtor se orientar na horada escolha.

Essas informações e muito mais estão dis-tribuídas nas 40 páginas da quarta edição daRevista Canavieiros.

Boa leitura.

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2020202020

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASDESTAQUES

Antes da Porteira

Notícias

Notícias

Cocred

Canaoeste

Produtora de cana-de-açúcarinveste na criação de codornas

Atendimento diferenciado aoscooperados

Hospital Netto Campello inauguranova maternidade

BIODIESEL:É UM BOM NEGÓCIOINVESTIR?

10

14

16

Notícias

CopercanaSupermercado Copercana e Granoljuntos em prol do meio ambiente

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

PRAGAS EDOENÇAS

AGENDE-SE

CULTURA

CLASSIFICADOS

REPERCUTIU

26

Revista Canavieiros - Outubro de 200604

3 5

3 1

3 0

2 8

2 4

3 6

3 7

CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini Paixão

Clóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan

Manoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EQUIPE DE JORNALISMO:Carla Rossini – MTb 39.788

Cristiane Barão – MTb 31.814

Marino Guerra – MTb 39.180

REVISÃO GRAMATICAL:Igor Fernando Ardenghi

DIAGRAMAÇÃO:SPM Comunicação

FOTOS:Carla Rossini

Marino Guerra

CAPA:Carla Rossini

COMERCIAL E PUBLICIDADE:Aline Rodrigues

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Aline Rodrigues, Artur Sandrin, Carla

Rossini, Daniel Pelanda,

Letícia Pignata, Marino Guerra, Roberta

Faria da Silva, Tatiana Sicchieri

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:6.000 exemplares

A Revista Canavieiros é distribuída

gratuitamente aos cooperados, associa-

dos e fornecedores do Sistema

Copercana, Canaoeste e Cocred. As

matérias assinadas são de responsabili-

dade dos autores. A reprodução parcial

desta revista é autorizada, desde que

citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP CEP: 14.170-680

Fone: (16) 3946 3311

Ponto de Vista

08

O Bolsa Família e oBolso das Famílias

Manoel Carlosde Azevedo Ortolan

05

Crescimento par toda acadeia produtiva

Entrevista

Julio M. Martins Borges

Uma nova opçãode investimentopara o produtorde cana

EVENTOS3 4

3 8

NOVASTECNOLOGIAS

3 2

CULTURASDE ROTAÇÃO

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Revista Canavieiros - Outubro de 2006 05

Entrevista

Crescimento

Marino Guerra

Julio Maria Martins Borgesdiretor-executivo da JOB - Economia e Planejamento

É essa visão que um dos gurusdo setor sucroalcooleiro, o

economista Julio Maria Martins Borges,tem sobre as perspectivas do maiorcrescimento sustentável que o setorpassará até 2015.

Com um currículo que lhe dá gaba-rito de ser um dos maiores analistas doagronegócio brasileiro, Júlio acreditaque o fornecedor de cana terá uma par-ticipação ativa nessa expansão. Aocontrário do que muitos pensam, o pro-fessor do Departamento de Economiada USP enxerga que, em decorrênciado valor da cana-de-açúcar variar con-forme os preços de açúcar e álcool nomercado, os industriais vão acabar op-tando em receber a matéria-prima deprodutores independentes em virtudeda divisão do risco de mercado.

O diretor-executivo da JOB - Eco-nomia e Planejamento, também apre-senta, com números, o tamanho do cres-cimento do setor e comenta sobre osobstáculos que ele passará para queessa expansão seja bem sucedida.

perfil

para toda cadeia produtiva

Julio Maria Martins Borges, diretor-executivo daJOB – Economia e Planejamento, atuou como econo-mista na assessoria de planejamento e controle da Uni-versidade de Brasília e na Hidroservice Engenharia emSão Paulo. Além disso, foi economista, por sete anos,do Grupo Copersucar e responsável pela Assessoriada Diretoria do mesmo grupo durante treze anos. Pos-sui larga experiência profissional em análises e estudoseconômicos relacionados à agroindústria canavieira eenergia, bem como em avaliação da política econômica

do governo e seu impacto nos resultadosdos negócios.

Atuou como membro do Conselho Con-sultivo de Tecnologia do Centro de Tecnologiada Copersucar-CTC, representando a dire-toria desta empresa. É membro da CâmaraConsultiva de Açúcar e Álcool da Bolsa deMercadorias e Futuros (Bm&f) e árbitro doJuízo Arbitral da mesma instituição.

É graduado em Economia e pós-graduado em Planejamento Econômicoe Social na Universidade de Brasília.Tem mestrado em Economia pelo Ins-tituto de Pesquisas Econômicas (IPE)da Universidade de São Paulo (USP).Como professor do Departamento deEconomia da USP elaborou diversostrabalhos acadêmicos publicados noBrasil e no exterior.

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Revista Canavieiros - Outubro de 200606

Entrevista

CANAVIEIROS: Algumas previ-sões referentes à produção de cana, açú-car e álcool, apontam que nos próximosdez ou quinze anos teremos que dobraro volume produzido atualmente. O se-nhor confirma essas previsões?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: Daqui a dez anos o setordeve dobrar sua produção em relaçãoaos números da safra 05/06.

CANAVIEIROS: Quais seriam osmotivos desse aumento?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: Os motivos que vão levar aesse crescimento é a crescente deman-da de açúcar e álcool combustível tantono mercado interno como no externo

CANAVIEIROS: Dentre os produ-tos derivados da cana-de-açúcar, qualé o mais consumido e qual será o quedeve alavancar a produção?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: O segmento dinâmico domercado será o álcool, mas o açúcartambém deverá crescer, só que com ta-xas bem menores.

CANAVIEIROS: Como o setor devese preparar para conseguir alcançaressa produção?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: Para acompanhar o aumen-to na demanda, a cadeia produtiva deaçúcar e álcool terá que investir paraaumentar a capacidade instalada e bus-car alcançar a máxima eficiência técni-ca e econômica. Desta forma, irá garan-tir a competitividade de que necessita.

CANAVIEIROS: Quais serão osprincipais desafios?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: É muito importante que osetor saiba administrar com maestria osriscos de mercado, além de buscarconstantemente a melhoria de sua mão-de-obra com o objetivo de acompanharas exigências do aumento na demanda.

CANAVIEIROS: Quantas unidadesindustriais serão necessárias para aten-der a demanda por álcool e açúcar?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: Além dos 90 projetos queestão em andamento, o Brasil deveráconstruir mais 60 unidades industriais,totalizando 150 novas usinas e destila-rias até 2015.

CANAVIEIROS: Na sua opiniãoquais são os obstáculos do setor quepodem atrapalhar essa projeção decrescimento?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: Como disse na resposta aci-ma, o setor precisa saber administraros riscos a que qualquer mercado estásujeito. Pode inviabilizar os investimen-tos previstos, por exemplo, uma quedasustentada no médio prazo do preçodo açúcar, em decorrência de um au-mento na oferta mundial ou até mesmouma queda na demanda por álcool, ten-do em vista uma redução no preço mun-dial do petróleo ou até mesmo a entra-da de um novo e mais interessante com-bustível alternativo.

CANAVIEIROS: Em valores,qual é o investimento total que o se-tor terá que fazer para conseguircumprir a produção?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: Para a construção das 150novas unidades industriais, tanto naparte agrícola como na industrial, teráque ser feito um investimento por vol-ta de R$ 70 bilhões. Isso sem levar emconsideração os investimentos emmelhorias tecnológicas nas unidadesque já estão funcionando.

CANAVIEIROS: Em se tratandode mercado externo, o Brasil serácapaz de atender o crescimento da de-manda mundial?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: No caso do açúcar, o Brasiljá tem e terá para os próximos dez anoscapacidade para atender a demandaexterna. Já no caso do álcool, o Brasilpoderá atender essa demanda na medi-da em que aconteçam excedentes ex-portáveis, ou seja, a prioridade do ál-cool seria o mercado interno. De acor-do com nosso cenário de previsão dedemanda de combustíveis, o Brasil po-deria exportar no máximo cerca de 10bilhões de litros por ano.

CANAVIEIROS: Existe algumapossibilidade do fornecedor de canadesaparecer da cadeia produtiva casoas Unidades Industriais forem contro-ladas por grandes grupos?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: Nenhuma possibilidade. Oprodutor independente completa asnecessidades de investimento dasunidades industriais a partir do mo-mento em que reduz a necessidadede maiores investimentos na lavourae reduz o risco do negócio na implan-tação de novas unidades industriais,pois os riscos de mercado são, emcerta medida, repassados ao forne-cedor de cana. Ao contrário, eu vejoo fornecedor de cana com grandeschances de virar produtor de açúcare álcool, como já está acontecendoem alguns casos.

CANAVIEIROS: Como os produ-tores de cana independentes podemaproveitar esse bom momento e ficarcom uma boa fatia desse mercado?

JÚLIO MARIA MARTINSBORGES: Através de um movimen-to organizado, conjunto e solidário.Seja como parceiro de usinas, acom-panhando a expansão através de no-vos projetos, seja através de coope-rativas e associações, buscando aconstrução de unidades industriaisde sua propriedade.

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Revista Canavieiros - Outubro de 200608

Ponto de Vista

O Bolsa Famíliae o Bolso das Famílias

*presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste doEstado de São Paulo)

*Manoel Carlosde Azevedo Ortolan

Travestido de um programa de transferência de renda, o Bolsa Família foi transfor-

mado em um poderoso instrumento de propa-ganda do governo e reduzido a um simples pro-jeto de subsistência para 11,1 milhões de famíli-as carentes. Está muito longe de se tornar umaeficiente ação de distribuição de renda e de in-centivo à melhoria das condições de vida dosseus beneficiados.

Vejamos. Os programas de concessão debolsas são muito comuns em entidades e empre-sas que têm a preocupação de incentivar seusfuncionários e colaboradores a ingressar em uni-versidades ou cursos de especi-alização. E, ao final, os dois ladossão beneficiados: ganha a empre-sa, que poderá contar com mão-de-obra qualificada, e também obolsista, que poderá melhorar suaatuação profissional, agregandovalor à sua atividade e melhoran-do sua remuneração.

Já no Bolsa Família, a únicafinalidade é transferir o benefício,que varia de R$ 15 a R$ 95,00 pormês, sem que haja, por outro lado,uma ação efetiva do governo paraestimular o empreendedorismo, o crescimentoeconômico e a geração de postos de trabalhopara oferecer oportunidades para essas famílias.O Bolsa Família deveria ser um programaemergencial, com início e fim definidos, como sãoas ações que buscam assistir às pessoas em si-tuação de risco. Uma vez superada essa condi-ção extrema, os beneficiados são desligados doprograma que, gradativamente, deixa de existir.

A realidade é que há uma carga exagerada depropaganda sobre o programa e o grande bene-ficiado acaba sendo o governo, às vésperas daseleições. O Bolsa Família unificou os programasde transferência de renda criados a partir de 2001,que eram o Bolsa Escola (junho de 2001), o BolsaAlimentação (setembro de 2001), o Auxílio Gás

(fevereiro de 2002) e o Cartão Alimentação (feve-reiro de 2003).Até dezembro o governo irá desem-bolsar R$ 8,3 bilhões para manter o programa e,para isso, terá de cortar investimentos em outrasáreas também importantes.

Ninguém é contra programas de transferênciade renda para famílias em situação de risco, masalém de oferecer o peixe, o governo deve ensinara pescar. O mais coerente seria a implantação deprojetos voltados ao bolso das famílias. E comoisso seria possível? Por meio do empenho do go-verno em investir nos setores estratégicos para opaís, como infra-estrutura, saúde, educação e no

estímulo ao setor produtivo, ga-rantindo a participação dos pe-quenos e médios produtores eempreendedores.

Além de promover o desen-volvimento econômico e a gera-ção de renda, é preciso garantirque ela seja distribuída. O setorsucroalcooleiro, por exemplo, éuma das cadeias produtivas commelhores horizontes, mas seucrescimento precisa ser equiva-lente para todos os seus elos. NoPrograma Nacional para a Produ-

ção de Biodiesel, também é necessário que hajaestímulos para que os pequenos e médios produ-tores de cana possam participar e, dessa forma,garantir que a renda seja distribuída. De nada adi-anta crescer, se a renda fica concentrada nas mãosde poucos.

A distribuição de renda é bem diferente dadistribuição de benesses, que acaba ocorrendoquando a única intenção do governo é se benefi-ciar de programas que não oferecem oportunida-des para as pessoas melhorarem sua condição devida. O Bolsa Família criou uma legião de depen-dentes do governo, que preferiu recorrer aoassistencialismo a buscar meios para promover odesenvolvimento e a geração de emprego e a efe-tiva distribuição de renda.

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Revista Canavieiros - Outubro de 2006 09

Artigo

A Organização das Nações Unidas para a Alimen-tação e a Agricultura (FAO), de modo muito perti-

nente, está defendendo um novo modelo de coopera-ção público-privada para a produção rural, bem como aadoção de políticas governamentais em apoio ao setor.Em 2006, “Investir na Agricultura para Garantir a Seguran-ça Alimentar” foi o tema do Dia Mundial da Alimentação,celebrado pela entidade em 16 de outubro, data de suafundação, em 1945. Reflexão sobre o assunto e estímulo àsmedidas sugeridas por esse importante organismo multila-teral seriam passos importantes na luta contra a fome.

A FAO alerta que continua sendo reduzida a ajudainternacional à agricultura. Isto é muito preocupante! Ovalor recuou de US$ 9 bilhões, no início dos anos 80,para menos de US$ 5 bilhões, na virada do século.Contraponto: 854 milhões de pessoas em todo o mundocontinuam subnutridas. Assim, o investimento na pro-dução rural é imprescindível para reverter o quadro. Oconteúdo desta afirmação, embora seja o mais claro exem-plo do óbvio ululante, infelizmente não se tem traduzidoem ações concretas e políticas públicas capazes de fa-zer frente à dimensão do desafio.

Nesse sentido, a primeira e urgente lição de casa éidentificar os gargalos a serem superados nos paísessubdesenvolvidos e nos emergentes, dentre eles o Bra-sil. No que diz respeito diretamente à produção, os prin-cipais problemas, que fogem ao controle dos produto-res e exigem políticas públicas adequadas, são os se-guintes: falta de crédito, posse insegura de terra, baixospreços e relações de negócios pouco desenvolvidas.Estas dificuldades, em maior ou menor escala, atingempequenos, médios e grandes produtores. No entanto,há um obstáculo igualmente grave para todos. Trata-seda debilidade da infra-estrutura, como a falta de boasestradas, ferrovias, armazenamento e logística. A essesdiagnósticos da FAO, creio ser importante acrescentar

InvestimentosAgrícolas

a carência de pesquisa e inovação e/ou a dificuldade deacesso dos produtores aos avanços do conhecimento.

Dentre as soluções apontadas pela FAO, está o adven-to de um moderno modelo de cooperação entre os setorespublico e privado para o desenvolvimento rural. Tal pro-cesso inclui novas formas de ampliar a sinergia entre pro-dutores e toda a cadeia do agronegócio, estabelecimento eexecução de padrões e classificações, melhoria do clima doinvestimento (olha os juros altos aí, gente...) em prol daagricultura e avanços da infra-estrutura no campo, incluin-do água, estradas, comunicações e energia.

Apesar da premência de se produzir mais alimentos,o setor público, em expressiva parcela do mundo em de-senvolvimento, tem sido pouco ágil em responder àsmudanças e demandas do setor rural suscitadas pelaglobalização. Prova inconteste destas distorções encon-tra-se em informação do Bando Mundial (Bird), de queapenas 4% de toda a riqueza produzida no Planeta sãogerados pelas atividades agropecuárias, embora estasempreguem 43% da população economicamente ativa. OBird também informa que os governos dos países de-senvolvidos destinam US$ 330 bilhões por ano em sub-sídios à agropecuária, atropelando, dessa forma, acompetitividade do setor nas nações emergentes e sub-desenvolvidas. Esta questão, que tem pontuado a Ro-dada Doha, é outro item a ser superado na agenda domundo contra a fome.

Dados de outro estudo da FAO, relativo ao perío-do compreendido entre 1990 e 2002, evidenciam que,em numerosos países, a dificuldade de acesso aos ali-mentos agravou-se, em especial na América Central e,de maneira grave, na África subsahariana, onde háquase 50 milhões de desnutridos, ou cerca de 55% dapopulação. A boa notícia é que, nos mesmos 10 anos,o quadro melhorou em nosso país, com a queda deocorrência da desnutrição de 12% para 9% dos habi-tantes. Em termos nominais, contudo, estamos falan-do de um contingente de 17 milhões de brasileiros, oequivalente a toda a população do Chile. Ou seja, nãohá tempo a perder!

*João Guilherme Sabino Ometto

*João Guilherme Sabino Ometto, engenheiro (EESC/USP), é vice-presidente daFiesp, coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva do Agronegócio da entidade e

membro do Conselho Universitário da Universidade de São Paulo.

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Supermercado Copercanae Granol juntos em prol do meio ambiente

NotíciasCopercana

Revista Canavieiros - Outubro de 200610

Carla Rossini

A Granol, empresa que é capazde esmagar 1,9 milhão de to-

neladas de grãos e refinar 250 mil tone-ladas de óleo bruto por ano, lançou,junto aos Supermercados Copercana,o projeto GranDiesel, que consiste emtransformar o óleo usado para friturasem biodiesel, combustível que podeabastecer ônibus, caminhões, barcos egeradores de eletricidade.

Esse projeto contribuirá significa-tivamente para a diminuição da polui-ção, além de gerar combustíveis, con-tribuir para o desenvolvimento da agri-cultura, criar empregos e diminuir a de-pendência brasileira de petróleo impor-tado, pois o biodiesel é 100% renovávele 100% natural.

Através da parceria, o Super-mercado Copercana instalou um‘ponto’ para troca de óleo usadopelo novo, ou um pano de limpeza.Para participar, os clientes devemlevar duas garrafas pet de dois li-tros de óleo usado e trocar por umalata de 900ml de óleo refinado desoja, produzido pela Granol. Cadagarrafa pet de 2 litros também podeser trocada por um pano de limpe-za, fabricado através de um proces-so de alta tecnologia que recuperaas fibras que seriam desperdiçadasno beneficiamento tradicional doalgodão.

De acordo com o gerente comercialdo Supermercado Copercana, LuísRicardo Meloni, o projeto é da Granol,o supermercado é o parceiro. “Como obiodiesel está em evidência, nós acei-tamos a proposta, que é uma boa op-ção para ajudar na conservação do meioambiente, além de ser um benefício aosnossos consumidores”, disse.

Ricardo diz que o projeto vem sen-do realizado há quase um ano.“Estamos realizando esse projeto háum bom tempo e a aceitação dos cli-entes é muito boa. Começamos com500 litros, hoje estamos arrecadandouma média de 2 mil litros por mês. In-

vestimos na divulgação através decartazes, faixas, publicamos no jor-nal de ofertas, tudo para incentivaros consumidores a participarem doprojeto”, afirma.

Ele ressaltou também o retorno eco-nômico do projeto para os participan-tes. “Hoje, a população tem uma alter-

nativa para economizar nas suas com-pras já que deixa de jogar fora o óleoque usou para trocar por um novo. Ébenefício para os clientes e para o meioambiente”, afirmou. O gerente tambémressaltou a importância da participaçãode pastelarias, bares e restaurantes que

utilizam bastante óleo e podem se bene-ficiar com o projeto. “Estamos dispostosa prestar esse serviço independente daquantidade, trocamos os produtos semburocracia. A matriz e as filiais de nossossupermercados (Pontal, Pitangueiras eSerrana) comemoram com sucesso essefantástico projeto da Granol que vemdando certo”, acrescenta.

Luís Ricardo Meloni, gerente comercial da Copercana,comenta o sucesso do projeto GranDiesel

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NotíciasCopercana

No mês de outubro os coopera-dos da Copercana passam a

contar com mais um produto nas lojasde ferragens: as sementes forrageiras.O intuito é oferecer aos cooperadospecuaristas opções de sementes paraformação de pastagens.

No início do mês, a Copercana

Copercanainicia comercialização de sementes forrageirasCarla Rossini

Revista Canavieiros - Outubro de 2006 11

O objetivo é atender os cooperados que lidam com pastagens

reuniu os gerentes e vendedores daslojas de ferragens para um treina-mento sobre como orientar o coope-rado na hora de escolher a forrageira.“Estamos capacitando os nossosfuncionários para que eles possamatender e orientar os cooperados nahora da compra”, explicou o gerente

comercial da Copercana, LuísRicardo Meloni.

Sempre atendendo as solicitaçõesdos cooperados, as lojas de ferragensda Copercana possuem uma comple-ta linha de produtos e equipamentospara facilitar os anseios dos produ-tores rurais.

A utilização de pastagens comofonte de volumoso é sem dúvida aforma mais barata de alimentar o re-banho. Um pasto bem manejado éuma fonte de alimento excelente e,para algumas categorias animais, dis-pensa o uso de concentrado.

O pastejo rotacionado é uma dastecnologias que contribuem paramelhorar a exploração do potencialdas pastagens tropicais. Neste sis-tema a área total é dividi-da em vários piquetes e oslotes pastejam um a um,deixando o restante daárea em descanso. O perí-odo de pastejo em cada pi-quete deve variar de 1 ano máximo 7 dias, e o perí-odo de descanso, depen-dendo da espécie for-rageira e da época do ano,de 28 a 45 dias.

Como vantagens, alémde conseguir uma maiortaxa de lotação, fornece aosanimais uma forragem demelhor qualidade. A taxa de lotação éaumentada porque a eficiência de co-lheita do capim pelos animais é me-lhorada, dada a uniformidade do

Pastejo RotacionadoNelson Bernardi Júnior - Veterinário da Copercana

pastejo. Além disso, como as áreas ficamem descanso por um certo período, nãohá pisoteio nem consumo da brotação,aumentando sensivelmente a produçãode massa. Consegue-se um aumento emtorno de 25% na taxa de lotação.

O período de descanso varia emfunção da espécie forrageira e daépoca do ano. A tabela abaixo forne-ce estas informações para algumasespécies:

O período de pastejo deve variarde 1 a 7 dias, no máximo, sendo idealnão trabalhar com mais de 5 dias. Estevalor deve ser definido pelo ritmo de

crescimento do capim, devendoser de 1 dia num sistema intensivocom altos níveis de adubação, emaiores quando o sistema é maisextensivo. A qualidade e disponi-bilidade de mão de obra que irá ma-nejar o sistema também devem serlevadas em conta. Quanto menoro período de pastejo, melhor aotimização do sistema, porém umadedicação maior é exigida da pes-soa responsável.

O investimento emcercas para efetuar estadivisão também é um fa-tor importante. O uso decerca elétrica é uma alter-nativa barata e eficaz. Oseu custo gira em tornode um terço do custo deuma cerca convencional.Muitos pecuaristas nãoacreditam na sua funcio-nalidade, mas isto sedeve a uma instalação er-rada do sistema. Com ainstalação adequada ebem dimensionada, os re-sultados são excelentes.

Para saber mais sobre o usodesta tecnologia, consulte o De-partamento de Veterinária daCopercana.

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NotíciasCanaoeste

Revista Canavieiros - Outubro de 200612

O presidente da Canaoeste e daOrplana, Manoel Carlos de

Azevedo Ortolan, abordará as perspec-tivas para o setor sucroalcooleiro bra-sileiro durante a 26ª sessão do Conse-lho da WABCG (Associação Mundialdos Produtores de Cana e BeterrabaAçucareira) e o 17º Encontro informalda ISO (Organização Mundial do Açú-car, da sigla em inglês), de 16 a 20 denovembro, na Alemanha e na Inglaterra.

Os encontros são promovidos emconjunto pelas duas entidades. De 16a 19 de novembro, as reuniões aconte-cerão em Hannover, na Alemanha, eterão como tema “Como a pesquisapoderá mudar a agricultura de ama-nhã?”. Já no dia 20, o encontro será emLondres, onde acontece a participaçãode Ortolan, às 16 horas, com o tema“Brasil: fornecedor mundial de açúcare etanol?”, dentro do painel “Quais osprincipais players do mercado mundialde amanhã?”, que também terá a parti-

Cristiane Barão

Presidente da Canaoeste e Orplana será palestrante emencontro da WABCG/ ISO

cipação de representantes da Austrá-lia e da África.

“O Brasil é o maior produtor e expor-tador de açúcar e tem todas as condi-ções para se firmar como um grande for-necedor de etanol e, por isso, há um gran-de interesse por parte dos demais paí-ses produtores em saber como se dará ocrescimento da produção brasileira e emque intensidade”, afirma Ortolan.

Segundo ele, por ser o principalplayer no mercado internacional, oBrasil acaba se tornando um re-ferencial para os demais países. “Coma reforma do regime do açúcar na Eu-ropa, que prevê a retirada dos subsí-dios europeus para a produção e ex-portação, o Brasil poderá ampliar suaparticipação no mercado mundial,que hoje já é de 40%. Além dessesencontros proporcionarem a troca deexperiências e informações, permitemtambém que os países tenham uma

Ortolanabordará perspectivas em Londres

visão estratégica sobre o mercadopara seus produtos”, disse.

Em sua exposição, Ortolan falarásobre o crescimento na produção decana, açúcar e álcool até 2010, os in-vestimentos já anunciados para a ins-talação de novas unidades de produ-ção, além da participação dos produto-res independentes no processo de ex-pansão do setor.

A última reunião da WABCG ocor-reu em Ribeirão Preto, em julho do anopassado, a convite da Orplana, que sefiliou à entidade em 2004. Foi a primeiravez que a entidade realizou uma ses-são do seu conselho no Brasil. Funda-da em 1981, a WABCG reúne represen-tantes de associações de produtoresde mais de 30 países.

É o único fórum internacional quepermite aos produtores de cana e be-terraba açucareira se reunirem para dis-cutir as dificuldades e a troca de expe-riências e soluções. O conselho daWABCG é formado por representantesde todas as organizações de produto-res filiados. Eles se reúnem uma vez porano, e a cada três anos realizam a Con-ferência Mundial dos Produtores deCana e Beterraba Açucareira.

Participantes da reunião da WABCG realizada em Ribeirão Preto, em julho de 2005

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NotíciasCanaoeste

Revista Canavieiros - Outubro de 200614

Carla Rossini

Hospital Netto Campelloinaugura nova maternidade

A chegada do bebê em perfeitascondições é um sonho que

durante nove meses acompanha as fu-turas mamães. Todas querem o que háde melhor e mais confortável para a novapessoinha que fará parte de suas vidas.

Pensando no bem-estar das mulhe-res e na segurança aos recém-nascidos,o Hospital Netto Campello inaugurou,no dia 20 de setembro, a sua nova ma-ternidade. Através do atendimento al-tamente especializado, tecnológico ehumano, as novas instalações contri-buem para o aprimoramento profissio-nal e a melhoria da qualidade de vida.

Quartos confortáveis, salas de par-to (com mesas e cadeiras especiais),além dos berçários que contém a mais

Nova infra-estrutura oferece à mulher e ao recém-nascido o que há demais moderno e eficiente na área médico-hospitalar

UTI NEO NATAL E PEDIÁTRICA UTI MÓVEL

moderna tecnologiaaplicada em equipa-mentos e instala-ções, tudo aliado auma equipe de gine-cologistas, obste-tras, pediatras e en-fermeiros capacita-dos para prestar umatendimento de qua-lidade e excelência.

“O nosso berçá-rio foi construído no mesmo andar doquarto da mãe. Uma das opções doberçário é o alojamento conjunto, quetem a finalidade de manter o recém-nascido o mais próximo possível dospais”, afirma o presidente do hospi-tal, Manoel Ortolan. Ele ainda com-

átrica contando com o apoio de exa-mes complementares, laboratoriais e ra-diológicos. Num ambiente tranqüilo,afastado de ruídos e fontes de luz, to-dos os leitos possuem monitoramentocompleto e individual, por meio demonitores cardíacos, monitores de sa-turação de oxigênio, pressão não-invasiva e aparelhos de ventilação.

A amamentação é estimulada, comoforma de proteção contra infecções e

regurgitações alimenta-res, evitando alteraçõesrespiratórias. A presençadiária dos pais e avós éestimulada, fundamentalpara o fortalecimento dobebê, que ganha pesomais rápido e fica menostempo internado. Os pro-fissionais do setor incen-tivam o aconchego docolo materno, em que orecém-nascido recebe ca-

lor, amor e está perto do peito. O mé-todo ‘Mãe Canguru’ tem favorecido odesenvolvimento das crianças que es-tão prontas para deixar a incubadora.

pleta, “isso com a disponibilidadede uma adequada supervisão médi-ca e de enfermagem, favorecendo eincentivando o aleitamento mater-no e, assim, fortalecendo o vínculofamiliar desde o início da vida dobebê”, acrescenta.

Projetada dentro dos mais rígidoscritérios de humanização, a Unidade deTerapia Intensiva Neo Natal e Pediátricado Hospital Netto Campello promove oatendimento especializado voltado paraas crianças e seus familiares.

Seu corpo clínico é formado poruma equipe multidisciplinar com 8 es-pecialistas em UTI Neo Natal e Pedi-

Atendendo todos os associadosde Sertãozinho e região, a UTI Móveldo H.N.C. é o meio mais eficaz de re-moção de pacientes. Ela é equipadacom os mais modernos equipamen-tos médicos de monitoração, susten-tação e tratamento, entre eles, monitorcardíaco, desfibrilador com placasmulti-função, kit para pequenas cirur-gias e ‘intubação’, tudo isso paragarantir a segurança dos pacientes.

Maternidade

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NotíciasCanaoeste

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 10/06DATA: 29 de setembro de 2006

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue duranteo mês de SETEMBRO de 2006. O preço médio do kg de ATR para o mês de SETEMBRO é de R$ 0,3733

Os preços levantados pela ESALQ/CEPEA de faturamento do açúcar e do álcool, anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, nos meses de MAIO a SETEMBRO e acumulados até SETEMBRO, são apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) e os do álcool anidro e hidratado destinado à industria (AAI e AHI),incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e VHP) e do álcool anidro e hidratado,carburante e destinados ao mercado externo, são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de MAIO a SETEMBRO eacumulados até SETEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 03/05, são os seguintes:

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Revista Canavieiros - Outubro de 200616

NotíciasCocred

Cocred:atendimento diferenciado aos cooperadosCarla Rossini

Quando a Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana

de Sertãozinho foi fundada, na décadade 60, ninguém podia imaginar o quantoela seria importante para facilitar a vidados produtores rurais da região. Com opassar dos anos, a Cocred foi crescen-do e se solidificando, e hoje é a únicacooperativa de crédito que possui acertificação de qualidade ISO 9001.

“A Cocred vem buscando o aper-feiçoamento nos seus serviços e pro-dutos para garantir um atendimento di-ferenciado aos seus cooperados”, afir-ma o gerente geral da Cocred, MarcioFernando Meloni.

Toda sua estrutura está voltada alevar segurança, comodidade e satis-fação aos seus mais de 4 mil coopera-dos, tudo isso com os produtos e ser-viços que oferece, sempre com as con-

Cooperativa de crédito apresenta seus produtos e serviços aos cooperados

dições mais vantajosas aoscorrentistas. Veja:

Aplicações Financeiras

• SUPERAPLIC É uma modalidade de aplicação que

proporciona um retorno acima da médiado mercado, graças a um sistema exclu-sivo desenvolvido pela COCRED, em queo aplicador recebe remuneração acimada variação do CDI e tem liquidez diáriaapós carência de trinta dias.

• RDCÉ uma modalidade de operação

compromissada, que rende umpercentual da taxa DI. Caracteriza-secomo uma aplicação de renda fixa, queacompanha as taxas de juros do merca-do financeiro no qual a COCRED assu-me o compromisso de pagar a rentabili-dade contratada. No início da opera-

ção, você conhece a rentabilidade doseu investimento, definida de acordocom o prazo e taxa escolhida.

Conta Corrente

Ter conta corrente na Cocred é dife-rente de ter uma em outro banco. O coo-perado pode fazer todo tipo de movi-mentação bancária, como depósitos,saques, remessa de valores por meio deDOC, TED, DEC, ter talões de cheques,conta garantida e limite de cheque espe-cial, cartão de crédito e débito.

Tudo isto sem tarifa de cadastro,talões de cheques, extrato, cheque emformulário contínuo, abertura de crédi-to e lançamento de conta corrente. Alémde não pagar tarifas, ao contrário, ga-nhar com isso. Venha conhecer.

Custódia de chequespré-datados

O cliente da Cocred pode manteruma carteira de cheques pré-datados,com a emissão de borderô de cobrança.A Cocred faz a cobrança para o clientenas datas de vencimento e ainda trans-forma a carteira, ou parte dela, em des-conto, antecipando o valor a receber.

Cobrança Simples

A Cocred também disponibiliza umacarteira de cobrança simples (duplica-tas, faturas, notas promissórias etc.), pormeio de boletos compensáveis em todoo território nacional, com tarifas quecobrem apenas os custos. A carteira tam-bém pode ser utilizada como desconto,antecipando o valor a receber.

Desconto de recebíveis

Na Cocred o cliente pode contarcom descontos de recebíveis, uma li-

Joana Marisa Sanches Perticarrari: correntista da Cocred há mais de dez anos

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nha de crédito que converte em espé-cie os títulos de transações comerci-ais, como cheque pré-datado, duplica-ta e nota promissória rural, para pesso-as físicas, jurídicas e produtores dosetor agropecuário.

Financiamentos

Não é preciso esperar para realizarseus sonhos, pois a Cocred financiaveículos novos e usados, aparelhoseletroeletrônicos e equipamentos deinformática. Disponibilizando uma linhade crédito pessoal que não exige com-provação do direcionamento do recur-so e o capital de giro, uma modalidadede crédito que atende às necessidadesemergenciais do cooperado.

Financiamento de cus-teio, investimento ecomercialização

São modalidades de crédito desti-nadas a favorecer o oportuno e ade-quado custeio da produção e acomercialização de produtosagropecuários. Incentivar a introduçãode métodos racionais no sistema deprodução, visando o aumento da pro-dutividade, a melhoria do padrão devida das populações rurais e a adequa-da defesa do solo, estimular os investi-mentos rurais, inclusive paraarmazenamento, beneficiamento e in-dustrialização dos produtosagropecuários, quando efetuado peloprodutor na sua propriedade rural porsuas cooperativas ou por pessoa jurí-dica equiparada aos produtores, favo-recer o setor rural, notadamente no quese refere a pequenos e médios produ-tores, dividindo-se em:

• CusteioCrédito destinado a cobrir despe-

sas normais dos ciclos produtivos;

• InvestimentoCrédito destinado à aplicação em

bens ou serviços cujo desfrute se es-tenda por vários períodos de produção;

• ComercializaçãoCrédito destinado a cobrir despe-

sas próprias da fase posterior à coletado produto, ou converter, em espécie,os títulos oriundos de sua venda ouentrega pelos produtores ou suas coo-perativas.

Linhas de Crédito /Finame

A Cocred oferece, aos seus coope-rados, linhas de crédito do BNDES, quefinanciam a compra de máquinas e equi-pamentos e demais investimentos paraas mais diversas fases da produção.Melhores informações com seu geren-te Cocred.

OuroVerde Card

Em parceria com a Copercana, aCocred lançou seu cartão múltiplo e decrédito, o OuroVerde Card, que veio parafacilitar e modernizar ainda mais as tran-sações bancárias e comerciais do usuá-rio, correntista ou não, da Cocred.

Lançado com a bandeira Cabal, oOuroVerde Card dá uma série de vanta-gens ao usuário, abrindo todas as opor-tunidades para os melhores negócios.O usuário do cartão não paga anuida-

NotíciasCocred

de, tem até 40 dias para pagar a faturasem juros, financia suas compras comas melhores taxas, faz saque no Banco24 Horas, tem fatura simplificada, cen-tral de atendimento e quatro opções devencimento no mês.

O OuroVerde Card múltiplo é paratodo correntista da Cocred e, além dasvantagens da versão de crédito, podeser usado para todo tipo de movimen-tação bancária. E para sua comodida-de, o OuroVerde Card é aceito nos es-tabelecimentos credenciados, nos de-partamentos Copercana e onde houvera bandeira Cabal.

Seguro

Cliente Cocred é cliente tranqüilo.São treze seguros diferentes à disposi-ção dos correntistas: residencial, auto-móvel, auto-frota, vida individual, vidaem grupo, canavial, multi-risco rural,colheita garantida de soja e milho, equi-pamentos agrícolas, fazendas, empre-sarial/comércio e serviços. Todos con-tratados com as mais conceituadas se-guradoras do mercado e em parceiracom a Copercana Seguros.

Posto de Atendimento ao Cooperado da Cocred, em Sertãozinho

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NotíciasCocred

BalançoPatrimonial

BALANCETE MENSAL - AGOSTO/2006Valores em Reais

Revista Canavieiros - Outubro de 200618

Márcio Meloni*

Nos últimos tempos, uma das principais pautas publicadas pelos cadernos de econo-

mia dos principais jornais brasileiros é, sem dúvi-da, a quebra de recordes consecutivos de lucrodos bancos comerciais.

A primeira sensação que se tem é a de que es-sas instituições financeiras estão aproveitando apolítica monetária atual, que mantém a taxa de jurosalta com o objetivo de conter a inflação, para obterlucros nunca antes imaginados na comercializaçãode seu produto, o dinheiro.

Mas um estudo publicado pela Anefac (Associ-ação Nacional dos Executivos de Finanças, Admi-nistração e Contabilidade) mostra que a cobrança detarifas por serviços bancários representa 14% dasreceitas do sistema financeiro, em 2002 esse valorera de 9%.

Segundo o mesmo levantamento, entre 2000 e2005, as receitas com a prestação de serviços ban-cários avançaram 122,04% frente a um crescimentode 48,59% da despesa com pessoal e 50,6% da in-flação do período.

Para justificar os altos números apresentadospela Anefac, a Febraban (Federação Brasileira deBancos) declarou que as tarifas bancárias são ajusta contraposição para serviços prestados a umcliente ou usuário do sistema financeiro e com-parou os valores cobrados com as taxas referen-tes ao uso de energia elétrica, saneamento bási-co e transporte.

Essas informações mostram a grande diferençade filosofia que há entre o cooperativismo de crédi-to e o sistema bancário comercial, em que a cobran-ça mínima de tarifas referentes aos serviços bancá-rios é uma dos grandes benefícios dos cooperadosque trabalham com a instituição financeira e deixaevidente que só escolhe pelo pagamento abusivodas tarifas, tendo a opção de trabalhar com umacooperativa de crédito, quem realmente esteja dis-posto a contribuir com os recordes consecutivosde lucro dos bancos comerciais.

*Gerente Geral da Cocred, presidente da CredCopercana e diretor do ramo de crédito daOCESP.

PORQUE AINDAPAGAR TARIFASABUSIVAS?

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Já utilizado em larga escala em paí-ses da Europa, o biodiesel deve

tomar impulso no Brasil com a proximi-dade do prazo em que a sua mistura aodiesel mineral passará a ser obrigató-ria. A partir de janeiro de 2008, todo oóleo diesel comercializado nos postosdeverá ter adição mínima de 2% de

Reportagem de Capa

Revista Canavieiros - Outubro de 200620

BIODIESEL:É UM BOM NEGÓCIOINVESTIR?

biodiesel, chamado de B2, passando a5% em 2013.

O biodiesel é o resultado de umareação química que resulta da misturade óleos vegetais (soja, girassol,mamona, palma, amendoim) ou gordu-ra animal com um álcool. Dessa combi-

nação também resultam a glicerina e ofarelo de oleaginosas, que pode serusado na alimentação animal.

Sua mistura ao diesel fóssil reduz aemissão de poluentes, sem prejuízo aorendimento do veículo. Além da ques-tão ambiental, há a vantagem econô-

Cristiane Barão

BIODIESEL:É UM BOM NEGÓCIOINVESTIR?Cristiane Barão

Biodiesel pode se tornar uma nova fonte de renda aos produtores de cana, amendoim e soja

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mica: com a mistura, o Brasil pode-ria reduzir a importação do dieselmineral. Hoje, o Brasil importa 10%do diesel que utiliza e o consumoanual do combustível chega a 38,2bilhões de litros.

O uso comercial do B2 cria um

Revista Canavieiros - Outubro de 2006 21

mercado potencial para a co-mercialização de 800 milhões de litrosde biodiesel por ano, enquanto que,para o B-5, a demanda mínima estima-da pelo governo é de 2 bilhões de li-tros. Para atingir essa produção, o go-verno federal criou incentivos para aparticipação de agricultores familiaresna produção de matérias-primas comoforma de inclusão social. No entanto,a produção ainda é pequena, de cercade 100 milhões de litros/ano.

Diante dessas perspectivas, obiodiesel é um bom investimento parao pequeno e médio produtor de canaque produz amendoim como rotação?Na opinião do diretor-presidente daBiocapital Consultoria Empresarial,Roberto Engels, a curto e médio prazo,a produção de biodiesel pode ser umbom negócio para esses produtores.

No entanto, a longo prazo ele acre-dita que existirão culturas mais especí-ficas para o biodiesel, com custo de pro-dução menor que o de óleos que tam-bém podem ser destinados ao consu-mo humano, como é o caso dos deriva-dos do amendoim e da soja, por exem-plo. Para Engels, a formação de coope-rativas de produtores facilita o proces-so de venda dos grãos para as esmaga-doras, além de reduzir os custos.

A Biocapital possui uma unidadede produção de biodiesel emCharqueada, na região de Piracicaba,com produção anual de 60 mil tonela-das por ano. A indústria possui um pro-cesso flexível que permite utilizar comomatéria-prima qualquer óleo vegetal ougordura animal. “Até 2008, a intençãoda Biocapital é expandir a produçãopara 300 mil toneladas/ano”, diz. Emabril, a indústria assinou um protoco-lo de intenções com secretarias do go-verno do Estado para promover o plan-tio de oleaginosas para a produção debiodiesel em assentamentos paulistas.

Segundo Engels, existem váriosprojetos para a instalação de unidadesprodutoras em andamento, mas sãopoucas as plantas que iniciaram o pro-cesso de obtenção de licença ambiental.

Além da Biocapital, haverá uma outraplanta em Lins, da Bertin. Outros proje-tos em andamento incluem a Fertibom,em Catanduva, a Granol em Campinas ea Ponte di Ferro, em Taubaté.

O presidente da Canaoeste, ManoelOrtolan, também acredita que obiodiesel seja uma alternativa que seabre para os produtores de cana, queplantam soja e amendoim em rotação,desde que haja uma política de gover-no que estabeleça mecanismos paraassegurar a participação dos pequenose médios produtores.

Ele acredita que os investimentosem plantas para a produção de biodieseldeverão tomar fôlego depois que ogoverno federal definir, de maneira maisclara, uma política de desoneração tri-butária que contemple todas as regi-ões do país.

É que para o biodiesel produzido apartir da mamona, palma ou, então, pelaagricultura familiar nas regiões Norte,Nordeste ou em ambientes Semi-Ári-do, há incentivos tributários. Já paraoutras partes do Brasil, como no Sul,Sudeste e Centro-Oeste, a produção debiodiesel está submetida a uma cargafiscal idêntica à do diesel mineral, o quedesestimula os investimentos nobiocombustível.

“O governo federal deveria criarformas de estimular também a partici-pação dos pequenos e médios pro-dutores no sistema de produção debiodiesel, como ocorreu durante a im-plantação do Proálcool”, afirmaOrtolan. Ele se refere à regra que es-tabelecia que 40% de toda a cana pro-cessada pela usina deveriam serfornecidas por pequenos e médiosprodutores.

“O biodiesel deve ser um projetointegrado, baseado na instalação depequenas e médias indústrias e que,ao redor delas, estejam os pequenose médios produtores de matéria-pri-ma, organizados em associações oucooperativas para produção em es-cala”, ressalta.

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Reportagem de Capa

Vista aérea da Unidade de Produção de Biodiesel, em Charqueada - SP

O potencial para a produção debiodiesel é grande. Ortolan observaque um sexto das áreas ocupadas comcana estará em reforma e, assim, há umaárea potencial (cerca de 1 milhão de hec-tares) para o cultivo de oleaginosas que

A utilizaçãoA utilizaçãoA utilizaçãoA utilizaçãoA utilização em outros paísesem outros paísesem outros paísesem outros paísesem outros países

O grupo PSA Peugeot Citroën di-vulgou no último dia 6, em RibeirãoPreto, os resultados da primeira fasede testes, realizada no País, com umPeugeot 206 e um Citroën XsaraPicasso, que rodaram um total dequase 200 mil quilômetros com o B-30, mistura de 30% de biodiesel de

soja e 70% de diesel de petróleo.Os carros, enviados para a Fran-

ça, no último mês de junho, foramdesmontados pelos engenheiros daPeugeot Citroën, que concluíram quenão é necessária adaptação algumanos motores e peças para que os ve-ículos rodem com a mistura.

Com os resultados da primeirafase de testes com o biodiesel brasi-leiro, a montadora anunciou a segun-da fase, que envolverá biodiesel fei-to a partir de outras oleaginosas eque abastecerão seis carros novos:um Peugeot 206, um Citroën XsaraPicasso, dois Peugeot Partner e doisCitroën Berlingo. Além do B-30 desoja, será usado o B-30 de palma(dendê) e um B-30 misto, com um 25%de mamona e 75% de soja.

O biodiesel usado nos testes éproduzido no Laboratório de Desen-volvimento de Tecnologias Limpas(Ladetel), da USP de Ribeirão Preto,coordenado pelo professor MiguelDabdoub. Ele coordenou a pesquisaque permite a produção de biodiesel(com álcool de cana) com alta efici-ência. Os demais países utilizam ometanol, altamente tóxico e derivadodo petróleo.

poderão ser destinadas à produção debiodiesel. No entanto, ele acredita que,para o investimento ser seguro, é preci-so ficar de olho nos rumos que o go-verno dará ao programa para produçãode uso de biodiesel.

O biodiesel já é utilizado comercial-mente nos Estados Unidos e em paísesda União Européia. A Alemanha é res-ponsável por mais da metade da produ-ção européia de combustíveis e já contacom centenas de postos que vendem obiodiesel puro (B100), com plena garan-tia dos fabricantes de veículos.

O total produzido na Europa já ul-trapassa 1 bilhão de litros por ano, ten-

do crescido à taxa anual de 30% entre1998 e 2002. Em 2010, de acordo com adiretiva 30 do Parlamento Europeu, demaio de 2003, o percentual de com-bustíveis renováveis consumidos de-verá ser de 5,75%. Entretanto, o con-tinente tem restrições quanto à áreade cultivo disponível para oleagino-sas e a capacidade industrial, o queabre oportunidades ao Brasil para ex-portar seu combustível.

Testes comB30

Miguel Dabdoub, coordenadordo Ladetel da USP de Ribeirão Preto

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Destaque

Região ampliarepresentatividade política

A região de Ribeirão Preto conseguiu elevar sua representatividade política, elegendotrês deputados federais e três estaduais. Para a Câmara Federal foram eleitos: DuarteNogueira (PSDB), Antonio Palocci (PT) e Arnaldo Jardim (PPS) e para a AssembléiaLegislativa, Rafael Silva (PDT) e Baleia Rossi (PMDB) foram reeleitos, enquanto DarcyVera (PFL) foi eleita para o primeiro mandato.

Cristiane Barão

Antes, a região contava apenascom um deputado federal,

Corauci Sobrinho, que disputou umacadeira de deputado estadual, mas nãoconseguiu se eleger. Como estaduais,a região contava com Baleia Rossi,Rafael Silva, Adilson Barroso, DuarteNogueira e Arnaldo Jardim, estes doisúltimos agora irão para a Câmara dosDeputados. Adilson Barroso, que foieleito em 2002 pelo PRONA, ficou comosuplente do seu novo partido, o PSC.

Em Ribeirão Preto, maior colégioeleitoral da região, com 370 mil eleito-res, houve surpresa em relação às vo-tações de Darcy Vera, FernandoChiarelli e Antonio Palocci. Darcy Vera

saiu de Ribeirão praticamente eleita,com 98.403 dos 140.702 votos que re-cebeu, foi a mulher mais bem votadado Estado.

Outra surpresa foi FernandoChiarelli, segundo candidato a deputa-do federal mais votado, com 34.461,atrás de Duarte Nogueira, que somou41.653 votos em Ribeirão Preto. Chiarellirecebeu mais votos do que AntonioPalocci, que foi prefeito de RibeirãoPreto por duas vezes e ministro da Fa-zenda do governo Lula, afastado porcausa da quebra ilegal do sigilo bancá-rio do caseiro Francenildo Costa. Foieleito com 152.246 votos, dos quais16.187 foram de Ribeirão Preto.

Nas demaisregiões

Bancada doagronegócio

navieira, mas grande parte foi eleita.Isso demonstrou a coesão dos produ-tores de cana em torno de candidatosidentificados com o setor e que, certa-

mente, farão um grande trabalho emfavor do agronegócio”, disse o presi-dente da Canaoeste e da Orplana,Manoel Carlos de Azevedo Ortolan.

Duarte Nogueira

A região também ampliou a banca-da de parlamentares ligados aoagronegócio na Câmara Federal, prin-cipalmente o setor sucroalcooleiro, comas eleições de Duarte Nogueira (ex-se-cretário estadual de Agricultura),Arnaldo Jardim (coordenador das Fren-tes Parlamentares pela Habitação,Cooperativismo e da Energia Limpa eRenovável) e com a reeleição de Men-des Thame (presidente da AMCESP -Associação de Apoio aos MunicípiosCanavieiros do Estado de São Paulo) àCâmara Federal.

“Não conseguimos eleger todosos candidatos que têm ligações es-treitas principalmente com a classe ca-

Araraquara elegeu o ex-prefeitoRoberto Massafera (PSDB) para aAssembléia Legislativa e reelegeuDimas Ramalho (PPS) como deputa-do federal. São Carlos e Pirasunungareelegeram os deputados federaisLobbe Neto (PSDB) e NelsonMarquezelli (PTB), respectivamente,enquanto Barretos terá Uebe Rezek(PMDB) na Assembléia Legislativa.Franca conseguiu reeleger dois de-putados estaduais: Roberto Engler(PSDB) e Gilson de Souza (PFL), eelegeu Dr. Ubiali (PSB) como depu-tado federal.

Arnaldo Jardim Mendes Thame

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Destaque

FIESPcria Conselho Superior do Agronegócio

Revista Canavieiros - Outubro de 2006 25

A Fiesp (Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo)

instalou, no último dia 09, o ConselhoSuperior do Agronegócio, tendo comoprimeiro presidente o ex-ministroRoberto Rodrigues.

O conselho é formado por 60 repre-sentantes de todas as cadeias produti-vas, desde o elo primário da produçãoaté a ponta das gôndolas. Seu objetivoé incentivar a maior integração de todaa cadeia produtiva, acompanhando des-de a matéria-prima até o produto finalnos supermercados, ou seja, desde osprodutores até o consumidor final.

“Assumo o conselho com um con-ceito que sempre defendi, de que a agri-cultura é o motor do desenvolvimentodo país. Espero que agora este motorseja aquecido”, completou o ex-minis-tro, durante a solenidade de posse. Se-gundo ele, o Brasil é o país que reúnetodas as condições de conduzir a tran-sição entre a civilização do petróleo paraa da agroenergia e de se consolidar comoo celeiro do mundo, graças ao seu po-tencial na produção de alimentos.

De acordo com Rodrigues, as açõesque visam ao desenvolvimento do se-tor de alimentos e energia no Brasilserão prioridades e ressaltou tambémque, apesar da excelência brasileira naprodução de etanol, ainda falta inves-timento na área.

“Os países desenvolvidos perce-beram o quão viável é a produção deenergia alternativa e já começaram arealizar investimentos no setor. Se nãoabrirmos os olhos, seremos facilmenteultrapassados”, disse Rodrigues.

A Orplana foi convidada a fazerparte do conselho, dada a sua impor-tância na cadeia produtiva doagronegócio sucroalcooleiro. A orga-nização congrega hoje 24 associações

de produtores independentes de SãoPaulo, Minas Gerais e Mato Grosso.

“A participação da Orplana noConselho Superior do Agronegócio éde grande importância para a organi-zação porque será mais um foro paradiscutirmos nossas prioridades e dar-mos a nossa contribuição aoagronegócio como um todo. Só temosde agradecer e saudar a iniciativa daFiesp e do IRS (Instituto RobertoSimonsen)”, afirmou o presidente daorganização, Manoel Carlos de Azeve-do Ortolan.

Durante a posse do ex-ministro, opresidente da Fiesp, Paulo Skaf, adi-antou que o Comitê de Agronegócioda entidade (Agroindústria e Alimen-tação) será transformado em Departa-mento. “Caberá ao Conselho trabalharnas estratégias e ao Departamento, nas

ações”, disse. “Acredito que o cresci-mento econômico só será alcançadocom uma indústria e uma agriculturadesenvolvidas”, concluiu.

Cristiane Barão

Produtores de cana também fazem parte do órgão

Paulo Skaf,presidente da Fiesp

Roberto Rodrigues,primeiro presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp

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Revista Canavieiros - Outubro de 200626

Antes da Porteira

Codornas dividem espaçoCodornas dividem espaçoCodornas dividem espaçoCodornas dividem espaçoCodornas dividem espaçocom a cana na Fazenda Santa MariaCarla Rossini

A criação de codornas não é umaprática muito comum na vida

dos produtores de cana-de-açúcar, prin-cipalmente na região de abrangência dosistema Copercana, Canaoeste e Cocred.Mas, a cooperada Silvia Maria ConsoniCrosta, que desde criança é apaixonadapor aves, resolveu investir na criaçãodessas pequenas aves.

Proprietária da Fazenda Santa Ma-ria, no município de São Simão, Silvia

conta que iniciou sua criação há oitoanos, com o objetivo de dar mais “vida”à propriedade. “Como a fazenda estavacompletamente ocupada com a cana,resolvi começar uma criação de avespara dar vida às minhas terras”, afirmasorridente a agricultora.

Ela começou a criação com três milcodornas, logo percebeu que a ativida-de, além de prazerosa, podia render bonsresultados, principalmente na produção

de ovos. Hoje, Silvia cria 25 mil aves queproduzem 10,5 mil ovos por dia. Depoisde processados, a produção diária é de150 quilos dos ovinhos que são vendi-dos em conserva.

Nos últimos anos, o consumo deovos de codorna tem crescido bastan-te, e o Estado de São Paulo tem sidodestaque na produção. Segundo dadosdo IBGE – Instituto Brasileiro de Eco-nomia e Estatística, em 2002 foram

Silvia segura umadas pequenas aves

de sua criação

A coturnicultura, ou criação de codornas, virou hobby na vida da cooperada, que investena produção e comercialização de seus ovos

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Revista Canavieiros - Outubro de 2006 27

Antes da Porteira

produzidas 92,5 milhões de dúzias deovos de codorna com 5.572.068 avesno Estado.

A coturnicultura é a segunda ren-da da família Consoni Crosta. Silvia eos filhos, Rogério e Ricardo, plantam acana-de-açúcar como principal fonte derenda. Cooperados há mais de dez anos,eles utilizam os serviços oferecidospela Copercana para dar suporte na la-voura, e como tudo na Fazenda SantaMaria é harmonioso, os agricultores jáderam um jeitinho de unir o útil ao agra-dável. Rogério conta que aproveita ascascas dos ovos processados e o es-terco produzido pelas aves junto compalha de amendoim para fazer um com-posto que serve como adubo nas la-vouras de cana. “No ano passado, pro-duzimos cem toneladas desse compos-to que adubou 17 hectares de cana”,afirma Rogério.

Mas nem tudo é festa para os cri-adores. Silvia conta que se sente pre-judicada com a concorrência desle-al. “Nem todos os criadores seguemas normas do SISP e isso dificultana comercialização, já que algunsconseguem preços melhores”, diz.

Quem faz parte do SISP – Serviçode Inspeção do Estado de São Paulorecebe periodicamente a visita de umfiscal o qual supervisiona todos osprocedimentos que estão sendoefetuados de acordo com as exigên-cias do Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento. “E tudo issotem um custo alto já que visamos àsboas práticas de fabricação”, conta.

AS CODORNAS

Para manter a produção, Silviapossui oito pessoas empregadas ecapacitadas, entre elas, uma médicaveterinária que cuida do manejo dasaves e supervisão do produto final,ou seja, os ovos em conserva. A cozi-nha atende a todas as exigências dalegislação e por isso, ela consegueum produto diferenciado e com maisqualidade para o consumidor final.

As codornas são de origem euro-péia e asiática, tendo sido levadaspara o Japão por volta de 1900 ondeforam realizados vários cruzamentos,e que resultaram na Coturnixjaponica, que é a codorna doméstica

que conhecemos. No Brasil, a cria-ção para produção de car-ne e ovos teve início em

1910, pelos japoneses e chi-neses, e estima-se que hoje o

número dessas aves esteja emtorno de seis milhões.

“As aves são delicadas e pre-cisam do manejo adequado. É

preciso ter muita cautela com

a temperatura e a luz que deve serintroduzida durante 17 horas pordia”, afirma a veterinária MarlenePontoglio Andreo.

As codorninhas da FazendaSanta Maria são compradas comapenas 1 dia de vida das incuba-doras de Mogi das Cruzes. Na fa-zenda, elas recebem os cuidadosnecessários para se desenvolve-rem e com 45 dias começam a bo-tar. Com um ciclo de vida de apro-ximadamente 12 meses, as aves sealimentam de ração. “Elas conso-mem 25 gramas de ração por dia”,afirma a veterinária.

Os ovos são processados e vendidos em conserva

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Chuvas de Setembroe Prognósticos Climáticos

Informações setoriais

Graças a Deus as chuvas “voltaram”. No quadro abaixo, as chuvas que foram anotadas durante o mês de setembro de2006 na região de abrangência da CANAOESTE.

As médias das chu-vas observadas em setem-bro “ficaram” um poucoaquém das consideradascomo históricas, com ex-ceção da Cia EnergéticaSanta Elisa, FazendaSanta Rita e Usina MB.

Mapa 1: Água Disponível no Solo no período de 18 a 20 de setembro de 2006.

O mapa 1 mostra que, até meados de setembro, o índice de Água Disponívelno Solo ainda se encontrava em nível crítico em quase toda área canavieira doEstado de São Paulo. Entretanto, na região de abrangência da CANAOESTE, emfunção das últimas chuvas, observadas desde meados de abril e muito poucas demaio até 20 de setembro, estão trazendo sérias preocupações aos produtores

Açúcar Guarani 46 52AgroClimatologia FCAV UNESP-Jaboticabal 38 66Algodoeira Donegá - Dumont 52 67Andrade Açúcar e Álcool 34 46Barretos - IAC/Ciiagro 51 30Central Energética Moreno 45 66CFM - Faz Três Barras - Pitangueiras 42 56Cia Energética Santa Elisa (Sede) 55 52E E Citricultura - Bebedouro 35 63Faz Santa Rita - Terra Roxa 66 60Franca - IAC/Ciiagro 41 41IAC-Centro Apta Cana-Ribeirão Preto 44 52São Simão - IAC/Ciiagro 47 59Usina da Pedra 32 58Usina Ibirá - Santa Rosa do Viterbo 45 55Usina Batatais 54 74Usina M B - Morro Agudo 83 64Usina São Francisco 43 63Médias das observações 47 57

Locais mm chuvas médias históricas

Engº AGRÔNOMOOSWALDO ALONSO

Consultor AgronômicoCANAOESTE

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Revista Canavieiros - Outubro de 2006 29

Informações setoriais

Ao final de setembro de 2006 (mapa 3), com exceção das Regiões Sul, Centraldo estado de São Paulo e partes das de Barretos e Assis, é possível notar que osíndices de Água Disponível no Solo mostram-se opostos do que ocorreu no finalde setembro do ano anterior (mapa 2). Porém, no final setembro deste ano, a área(abrangência) de condições mais desfavoráveis mostra-se maior que as observa-das no mesmo período do ano passado, deixando evidente que o retrato climáticodeste ano, desde o final de abril, é bem diferente ao da média histórica.

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de setembro de 2005.

Mapa 3: Água Disponível no Solo ao final de setembro de 2006.

Com o fim de subsidiar emplanejamentos de ativida-

des futuras, o Departamento Téc-nico da CANAOESTE resume oprognóstico climático para a RegiãoCentro Sul do Brasil, que poderãoocorrer durante os meses de outu-bro a dezembro de 2006. Prognósti-cos estes, de consenso entre oINMET - Instituto Nacional deMeteorologia e INPE - InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais.

- As temperaturas à Superfície(TSM) do Oceano Pacífico Equato-rial encontram-se ligeiramente aci-ma da normalidade, resultando emcondições favoráveis à ocorrênciado fenômeno “El Nino”, inicialmen-te previsto como fraco, mas comtendência a se tornar moderado atéo início de 2007;

- Mesmo que de baixa a médiaconfiabilidade, os prognósticos deconsenso INPE/INMET apontamque:

- As temperaturas serão próxi-mas a ligeiramente acima das médi-as históricas nos estados das Re-giões Centro Oeste/Sudeste e pró-ximas às normais nos estados daRegião Sul;

- As chuvas previstas para o tri-mestre outubro/dezembro poderãoser: próximas às normais nos esta-dos da Região Centro Oeste; “den-tro” a abaixo das médias históricasnos estado do Sudeste; e, entre pró-ximo a acima da normalidade nosestados da Região Sul.

Exemplificando, na região deabrangência da CANAOESTE aschuvas poderão ser, como médiashistóricas anotadas pelo CentroApta - IAC - Ribeirão Preto, de125mm em outubro, 175mm em no-vembro e 270mm em dezembro.

quanto às áreas plantadas após abril, brotações das soqueiras em muitas áreasrecém-colhidas que, com queima prévia, apresentam também severos ataques porelasmo.

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Revista Canavieiros - Outubro de 200630

Culturas de Rotação

PLANEJARÉ PRECISO

No ano passado, a áreacanavieira paulista ocupou

cerca de 3,3 milhões de hectares, sen-do que 317 mil hectares foram destina-dos para um novo plantio de cana-de-açúcar. Ao fazer a reforma do canavial,muitos produtores optam em plantaralguma cultura de verão com o objeti-vo de melhorar a qualidade do solo etambém criar uma renda-extra. Mas paraobter sucesso nessa empreitada, é pre-ciso fazer um rigoroso planejamento quevai desde a escolha da cultura até adecisão da área que será plantada.

As duas rotações de culturas maisconhecidas e indicadas para se fazer éa plantação de soja e amendoim, issoporque elas fazem parte do grupo dasleguminosas, categoria em que suas ca-racterísticas agronômicas agregam eacumulam nitrogênio no solo que seráutilizado pela cana-de-açúcar, gerandoeconomia ao produtor na aplicação deadubo para o novo canavial.

Segundo o gerente de planejamen-

to da Canaoeste, Cléber Moraes, mui-tos produtores não se preocupam coma quantidade de nitrogênio que o seusolo ganhou com a leguminosa planta-da, aplicando muitas vezes uma quanti-dade de adubo maior que a necessária.

“O produtor que plantar soja ouamendoim como rotação de cultura pre-cisa fazer uma análise do solo e aplicara quantidade certa de adubos para queassim não exista desperdício de insumoe, junto a isso, aumentar seu custo deprodução”, explica Cléber.

Cléber também orienta aos produ-tores rurais analisarem como está o pre-ço, as variedades disponíveis e a es-trutura de maquinário para a colheita,isso com o objetivo de obter uma safrarentável, não atrasando o plantio donovo canavial.

“Se o produtor perceber que a es-trutura disponível para a colheita fica-rá sobrecarregada e com isso acarretarum atraso do plantio da cana-de-açú-

Marino Guerra

Para se conseguir uma boa renda com a rotação de cultura na hora de reformar o canavial é preciso realizar um bomplanejamento

Melhoria no fluxo de caixa: Oplantio bem planejado de algumaleguminosa pode gerar ao produ-tor rural um bom fluxo de caixa,pois no momento do plantio da la-voura de cana-de-açúcar (que pre-cisa acontecer entre fevereiro eabril), o fornecedor pode ficar semrecursos, pois entregou sua pro-dução no ano anterior. Nesse mo-mento ele pode comercializar suaprodução de grãos, que acabou deser colhida, originando uma entra-da de recursos importantes parainvestimentos no novo canavial.

car, é preferível que o produtor dimi-nua sua área destinada para a rotação,pois se plantado tardio, o novo cana-vial pode ser afetado pela ‘podridãoabacaxi’ em decorrência da proximida-de cada vez maior do inverno, e comisso o aumento do frio e a diminuiçãodo tempo de sol durante o dia” reco-menda Cléber.

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Pragas e Doenças

Controle biológicoda cigarrinha:uma técnica distante dos produtores

Com a permanência da palha decana no campo, em conseqü-

ência ao corte mecanizado, a‘cigarrinha-da-raiz’ vem se transforman-do numa das principais pragas dos ca-naviais, isso em decorrência ao exce-lente ambiente que essa praga tem parao seu desenvolvimento e reprodução.

Segundo dados científicos, o nívelpara o início de práticas de controle é deduas ou três ninfas por metro linear desulco, caso a quantidade encontradapelo monitoramento seja entre cinco aoito ninfas por metro linear, o local já seencontra no nível de dano econômico.

Desde então, várias práticas de con-trole vêm sendo implantadas, tendo des-taque, em decorrência de seu menor cus-to, a utilização do controle biológicoatravés da aplicação do fungoMetarhizium anisopliae. Mas o bomdesempenho dessa prática depende deuma série de fatores que podem interfe-rir na qualidade do produto como: tem-peratura, umidade, luminosidade e PHdo solo. Fatores que acabam levando aviabilidade do fungo apenas se a com-pra for em grande quantidade ou se oconsumo corresponda à necessidade deinstalação de uma produção própria, oque a torna inviável para pequenos emédios fornecedores de cana.

Outro fator, como a baixa produçãodo fungo, também é considerado umadas características que dificulta o con-trole biológico em pequenos e médioscanaviais, como explica o pesquisadordo IEA (Instituto de Economia Agríco-la), Thomaz Fronzaglia.

“É necessário considerar a dispo-

Revista Canavieiros - Outubro de 2006 31

Marino Guerra

nibilidade do agente de controle bioló-gico (o fungo entomopatogênico -Matahrizium anisopliae) para aplica-ção na qualidade exigida para sua efi-cácia. Tal disponibilidade exigiu, numprimeiro momento, a instalação de la-boratórios próprios das usinas outerceirizados por elas, de forma queapenas mais recentemente existe ummercado com produtos biológicosregistrados no Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento para ocontrole da cigarrinha”, explica Thomaz.

Segundo o pesquisador, a única for-ma de viabilizar a utilização do fungo éatravés da união dos produtores rurais.

“Uma alternativa que facilita esseprocesso é a busca da cooperação nasassociações de fornecedores regionaisou cooperativas, inclusive na criaçãode laboratórios que produzam os agen-tes biológicos necessários para man-ter os canaviais com um bom desempe-nho econômico e ambiental”, finaliza opesquisador Thomaz Fronzaglia.

Tendo em vista a grande dificuldadedo fornecedor em utilizar o modo de con-trole biológico, uma das práticas mais co-muns entre eles é a adoção do controlequímico, em que inseticidas a base deThiametrhoxam e Imidacloprid tambémcombatem a cigarrinha de forma eficiente.

No caso do controle químico, o pro-dutor também acompanha uma reduçãogradativa do valor dos produtos emrelação à volta da infestação dascigarrinhas. Para se ter idéia, os inseti-cidas específicos para o caso registra-ram uma queda de 50% no seu valor secomparado com o início da década. Jáa redução dos inseticidas e defensivosem geral foi entre 15% e 20%.

Outra maneira de proteção contra oataque das ‘cigarrinhas-da-raiz’ é a esco-lha de uma variedade resistente à praga.Entre o mapa varietal do Estado de SãoPaulo, as variedades RB 72454, SP 81-3250, RB 855536, SP 80-1842, RB 835486 eSP 80-1816 apresentam maior índice deataque se comparada com a SP 79-1011.

Elevado custo no controle de qualidade para a realização do correto manuseio, dosagem e aplicação torna a práticainviável a pequenos e médios produtores de cana

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Plantio mecanizado:a ´bola tecnológica´ da vez?

Novas Tecnologias

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O produtor rural que teve a oportunidade de visitar a Agrishow

e a Agrocana desse ano pôde conhe-cer as primeiras plantadoras mecaniza-das do mercado, implementos que rea-lizam automaticamente todas as opera-ções do plantio de cana-de-açúcar deuma só vez.

Dentre suas características de plan-tio, o novo implemento possui diver-sas vantagens frente ao modo manualou semi-mecanizado, como explicam ospesquisadores do Centro de Engenha-ria do IAC (Instituto Agronômico), JairRosas e Moisés Storino.

Eles afirmam que, do ponto de vis-ta agronômico, o plantio mecanizadopossui as seguintes vantagens:

1) Manutenção do teor de água dosolo adequado à germinação das ge-mas dos rebolos, uma vez que aplantadora abre o sulco de plantio, dis-tribui os rebolos e fecha o sulco imedi-atamente, reduzindo assim à perda deágua por evaporação.

2) O fato de a plantadora efetuar osulcamento de plantio elimina a preo-cupação quanto ao paralelismo quedeve existir entre os sulcos. Esseparalelismo é necessário para a execu-ção de todas as operações agrícolasda cultura e, especialmente, a colheita.Também elimina a necessidade de serefetuada a marcação de sulcos.

3) A máquina possibilita a aplica-ção de torta de filtro na operação deplantio, de agroquímicos para trata-mento fitosanitário dos rebolos, redu-zindo assim operações mecanizadasna lavoura.

4) A redução de operações mecani-zadas na lavoura resulta em menorcompactação do solo em função da re-dução do tráfego, que é realizado exa-

tamente em um momento que o solocontém um maior conteúdo de água(necessário ao plantio), mas que, aomesmo tempo, é um fator que influen-cia a maior compactação.

5) Ao depositar os rebolos no fun-do do sulco, a máquina efetua tambéma sua cobertura com terra e, por meiode rodas compactadoras, promove umcontato íntimo rebolo/solo. Contendoo solo um teor de água adequado, hámaior garantia para a germinação dasgemas. Ocorre uma tendência para em-prego de rodas compactadoras utiliza-das nas semeadoras-adubadoras decereais, de maior largura e que cumprembem essa finalidade. O uso de rodascompactadoras na plantadora de cana-de-açúcar elimina a necessidade daoperação isolada de cobertura dos re-bolos, também chamada de cobrição.

6) A manutenção do teor de águano solo determinada pela não exposi-ção do sulco aberto durante dias ga-

rante uma germinação mais rápida dasgemas, resultando ainda em menorconsumo de água na implantação dacultura.

O gestor de transferência detecnologia do CTC (Centro deTecnologia Canavieira), José Guilher-me Perticarrari, tem a mesma visão dospesquisadores do IAC sobre as vanta-gens do plantio mecanizado, mas en-xerga algumas desvantagens que po-dem gerar grandes problemas no cana-vial onde ele for utilizado.

“As desvantagens agronômicassão inúmeras, desde os altos índicesde danos mecânicos causados às ge-mas nas operações de colheita damuda/transbordo/plantio, até a perdade vigor na brotação, perda de produ-tividade, redução da longevidade docanavial, entre outras”, explica JoséGuilherme.

Marino Guerra

Nova forma de plantio dá seus primeiros passos na busca por uma eficiência maior, masainda há muita evolução pela frente

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Como toda nova tecnologia, o plan-tio mecanizado ainda é uma realidadepara poucos, principalmente em se tra-tando de fornecedores de cana. Segun-do informações da Usina São José daEstiva, localizada no município deNovo Horizonte, a área viável para seinvestir no plantio mecanizado de canapicada é 1,2 mil hectares, ou seja, áreade cultivo referente a uma produçãomédia de 75 mil toneladas por safra.

José Guilherme Perticarrari, do CTC,vai além e acredita na viabilidade ape-nas em alguns cenários esporádicos.

“O sistema de plantio mecanizadonunca deve ser adotado pelobalizamento econômico. Se considera-dos os custos de todos os equipamen-tos e a mão-de-obra necessária nosdois sistemas de plantio (mecanizadoX manual) o mecanizado leva pequenavantagem, mas ela é neutralizada pelamaior quantidade de mudas necessári-as neste sistema de plantio. Estes va-lores são relativos e, dependendo dasituação, os investimentos iniciais parao sistema de plantio mecanizado sãomuito elevados e economicamenteinviáveis. Na prática, o mais sensato épartir para a adoção do sistema de plan-tio mecanizado como última opção, ouseja, quando o percentual de colheitamecanizada da propriedade (fornece-dor ou usina) já estiver num nível tãoalto que os problemas de sazonalidadede demanda de mão de obra no perío-do de colheita/plantio sejam críticos,e/ou o número de equipamentos exis-tentes para a colheita de cana inteiramanual seja tão baixo que a compra/terceirização de veículos de transportee carregadoras para o plantio conven-cional”, explica o pesquisador do CTC.

Os pesquisadores do IAC acredi-tam que o mercado da plantadora me-cânica vai voltar para as novas unida-des que estão em construção.

“Fácil é concluir que o plantio me-canizado, nesse momento, nãocorresponde a uma atividade destina-da a pequenos e médios fornecedoresde cana. E mais, de um modo geral, paraque o sistema de plantio mecanizado

apresente requisitos de atividade eco-nômica, ou seja, seja rentável e, ao mes-mo tempo, viável no ponto de vistaoperacional, considerando-se alogística que deve ser observada nes-sas operações, para cada plantadoradeve corresponder a, no mínimo, ao tra-balho de duas colhedoras de mudas.No caso em que haja proximidade dotalhão-viveiro, facilidade no transpor-te de mudas e outros fatores, cadacolhedora pode corresponder à opera-ção de três plantadoras mecanizadas.Nesse momento é difícil e prematuroprever em que ponto da evoluçãotecnológica a plantadora mecanizadaestará disponível para o pequeno e omédio produtor. Isso por uma questãode prioridades. Novas usinas estãosendo instaladas na região oeste doEstado de São Paulo e Estados vizi-nhos, como Goiás, Mato Grosso do Sul,Minas Gerais e, principalmente, Paraná.O plantio mecanizado em larga escalaserá um fator condicionante e impres-cindível na implementação desses pro-jetos”, analisam Jair Rosas e MoisésStorino.

Foto: divulgação DMB

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Revista Canavieiros - Outubro de 200634

A Orplana (Organização dosPlantadores de Cana da Re-

gião Centro Sul do Brasil), realizou noúltimo dia 22, o 6º Encontro dos Produ-tores de Cana como parte da programa-ção da Fenasucro e Agrocana. O even-to reuniu cerca de 300 participantes.

O evento contou com três apresen-tações. A primeira, teve como tema“Novos Paradigmas da Agroindústriada Cana-de-açúcar”, e contou com aparticipação do engenheiro Pedro deAssis, da P.A Sys – Engenharia e Sis-tema Ltda. Em seguida, o diretor-técni-co da ASFORAMA e o consultor JoséTadeu Coleti abordou a “Terceirizaçãoda matéria-prima: experiência deIturama”. A última apresentação ficoupor conta do produtor Jorge Morelli,parceiro do grupo Zillo Lorenzetti, queproferiu a palestra que teve como tema“Parceria agrícola: fatoresdeterminantes para o sucesso do em-preendimento”.

ORPLANArealizou encontro de produtores naFenasucro/Agrocana

Eventos

Evento integrou programação das feiras, no último dia 22

De acordo com o presidente daOrplana, Manoel Ortolan, em meio àcrise no agronegócio, a cana é a cadeiaprodutiva que apresenta as melhoresoportunidades e os produtores têm deestar preparados para fazerem parte doprocesso de expansão. “O fato é que osetor vai crescer muito e rapidamente,daí a necessidade de sermos ágeis. Osprodutores estão buscando novas áre-as para expandir e ocupar espaço noprocesso de crescimento”, disse.

A Orplana completou 30 anos defundação em junho e congrega 24 as-sociações de produtores independen-tes de cana de diferentes regiões deSão Paulo, Minas Gerais e Mato Gros-so. A organização representa 13 mil for-necedores, na maioria pequenos e mé-dios.

O vice-prefeito de Sertãozinho, Nério Costa; o deputado federal, Mendes Thame; o presidenteda Canaoeste e Orplana, Manoel Ortolan e o vice-presidente da Orplana, José Coral

Cerca de 300 produtores participaram do evento

Cristiane Barão

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Revista Canavieiros - Setembro de 200635

Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-se

Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro de de de de de 2006 2006 2006 2006 2006 eeeee Eventos Eventos Eventos Eventos Eventos 20072007200720072007

Novembro

De 06 a 10 de novembro - 5ª S.E.C.A.V. – Semana de Ciências Agrárias e VeterináriasTemas dos cursos: Atualização em produção de cana-de-açúcar e Controle biológico de pragas (na prática)

Local: Hotel Nacional Inn Vilage e Centro Nacional de Convenções (Cenacon)Av. Presidente Kennedy, 1835 - Lagoinha - Ribeirão Preto, SP

Realização: Centro Universitário Moura LacerdaInformações e Inscrições: (16) 2101-1015 ou pelo site www.mouralacerda.edu.br/eventos

Inscrições até o dia 04/11: Obs.: a pessoa inscrita recebe gratuitamente o livro do respectivo curso.O sistema Copercana / Canaoeste e Cocred apoiará a 5ª S.E.C.A.V.

Dias 21 e 22 de novembro - 7º C.B.A. – Congresso Brasileiro AgroindustrialHorário: das 08:00hs às 18:00hs

Tema: A Usina da Revolução – Um painel sobre a nova era do setorLocal: Centro de Eventos Taiwan – Ribeirão Preto / SP

Realização: STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros do Brasil)Organização: Support Eventos

Informações: (16) 21014125 - (16) 21014126 – Fax: (16) 21014127E-mail: [email protected]

De 27 a 29 de Novembro - Feira Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis – Enerbio/2006Local: Complexo Alvorada - Blue Tree Park Brasília - Brasília - Distrito Federal

Promoção: BrasilAgroE-mail: [email protected] - Site: www.enerbio.com.br

Informações: (11) 4154-2366 ou (16) 3617-4006

EVENTOS 2007

De: 06 a 08 de março de 2007 - FEICANA E FEIBIO 2007Local: Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado – Araçatuba – SP

Informações: Safra Eventos - (18) 3624 9655

De: 19 a 22 de março de 2007 - 11º SEMINÁRIO REGIONAL SOBRE CANA-DE-AÇÚCAR* Exposição de Produtos e Serviços para o setor sucroalcooleiro

Local: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda-PEE-mail: [email protected]

Informações: (81) 3467 2594 Fax (81) 3466 4893

De: 18 a 21 de setembro de 2007 - FENASUCRO & AGROCANA 2007Local: Centro de Eventos Zanini – Sertãozinho – SPE-mail: [email protected]

Informações: (16) 2132 8936

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Revista Canavieiros - Outubro de 200636

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção deesclarecer, de maneira didática,algumas dúvidas a respeito doportuguês

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Advogadae Prof.ª de Português e Inglês

Mestra—USP/RP,Especialista em Língua

Portuguesa, MBA em Direito eGestão Educacional,

Escreveu a GramáticaPortuguês Sem Segredos

(Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

RENATA CARONE SBORGIA

CONTROLE DE PRAGAS DACANA-DE-AÇÚCAR - BOLETIM

TÉCNICO BIOCONTROL 1

Desde os primórdios das civiliza-ções, quando o homem deixou de sernômade e passoua viver em comu-nidades e a exerceratividades agráriasteve que combatero que chamou de“pragas”, ou seja,animais que se ali-mentavam de suasplantações. Sendoassim, a agricultura moderna leva emconta os fatores ambientais e econô-micos para definir o conceito de ‘indi-víduos-praga’: organismos que a par-tir de certo nível causa prejuízos eco-nômicos ao homem.

Um modo de se combater esses‘indivíduos-praga’ é usando o méto-do de controle biológico, que sãooutros organismos vivos conhecidoscomo inimigos naturais ou agentesde controle biológico. Esses agen-tes pertencem a diversos grupos,como microorganismos (fungos, bac-térias, vírus etc), lesmas, planárias,aranhas, insetos, peixes, anfíbios,aves e mamíferos.

A cultura da cana-de-açúcar bra-sileira vem saindo na frente no con-trole biológico das pragas que ata-cam esta cultura, apresentando doisdos maiores programas de controleconhecidos na atualidade: a vespinhaCotesia flavipes e as cigarrinhas, M.fimbriolata e Mahanarva posticata– inimigas naturais da broca da-cana.A obra presente, portanto, aborda asvariações destes agentes de contro-le, suas aplicações e outras recomen-dações úteis para o produtor rural decana-de-açúcar.

Os interessados em conhecer assugestões de leitura da RevistaCanavieiros, podem procurar a

Biblioteca da Canaoeste emSertãozinho – Rua Augusto Zanini,nº 1461 ou pelo telefone (16) 3946

3300 Ramal 2016.

Adoro animais, principalmente, cachorros!!! Outro dia, ouvi espantada:--“A cachorra da minha sogra mordeu o meu vizinho...”

Lamentável o fato.Prezados amigos leitores precisamos tomar certos cuidados com o Português

tanto na escrita como na fala...Veja a redundância, a falta de clareza, o duplo sentido da frase acima. Não está

estruturada adequadamente, portanto corre-se o risco de tornar a mensagemambígua com um duplo entendimento. Omissões, à vezes, complicam e causamconfusões.

Melhor seria dizer: “A cachorra que mordeu o meu vizinho é da minha sogra...”

Ele “entrou de sócio” na empresa......e logo deverá sair!!!O correto é: Ele “entrou COMO sócio” na empresa...

Maria “deu um chego” à Exposição tão famosa ontem.Não sei como conseguiu... Alguns deslizes comprometem o Português. Vamos evitá-los, por gentileza.O correto é: Maria FOI à Exposição ontem... Maria FOI ao Shopping... Maria

FOI à Feira...Além de comprometer a Língua Portuguesa os deslizes podem, também , em-

pobrecer a fala.Veja só, prezado amigo leitor, alguns exemplos:

USE:a notícia foi divulgada (e, não “a notícia vazou”);

desfazer-se do estoque (e, não “desovar o estoque”);

de vez em quando (e, não “de vez enquando”)...

PARA VOCÊ PENSAR:

“O homem começa a envelhecer quandoas lamentações tomam lugar dos sonhos”.

John Barrymore

“Ninguém tem a felicidade garantida. A vidasimplesmente dá a cada pessoa tempo e espaço.Depende de você enchê-los de alegria.”

S. Brown

“A alegria não está nas coisas: está em nós”.Goethe

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Repercutiu

Revista Canavieiros - Outubro de 2006 37

“Os números mostram que mesmo com as barreiras, embargos e tarifasimpostas por alguns países, o agronegócio brasileiro continua competitivoe apresentando superávits recordes”.

Do ministro Luís Carlos Guedes Pinto, sobre os recordes alcançados tanto nas exportaçõesquanto no superávit comercial alçados no mês de setembro.

Fonte: Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), do Ministério da Agricultura, Pecuáriae Abastecimento – Imprensa.

“Não queremos mais chorar leite derramado ou bomba já estourada.Vamos fazer uma guerra para levar à frente nossa obsessão com o cresci-mento econômico".

De Paulo Skaf, presidente da Fiesp, na 1ª reunião do recém-criado Comitê de AssuntosLegislativos e Políticos, dia 08/10, na qual foi decidido que intenção é aproveitar os primeiros seismeses do próximo governo (seja ele qual for) para forçar a aprovação de matérias que desonerem osetor produtivo.

Fonte: Folha on line

DIABETESUma pesquisa mostrou que o indivíduo que ingere uma colher de manteiga de amendoim ou uma

porção de amendoim cinco ou mais vezes na semana reduz o risco em 21% e 27% de desenvolver osdois tipos de diabetes, respectivamente. Essas descobertas sugerem benefícios potenciais de umconsumo de amendoim e manteiga de amendoim para a redução do risco de diabetes.

(ALBANY, 2002)

"O Brasil não só inovou no desenvolvimento desse combustível alter-nativo (etanol) como se tornou líder mundial dessa indústria. O país podeensinar o resto do mundo a ter um melhor entendimento na solução deproblemas relacionados aos combustíveis fósseis. Prova disso é o suces-so dos carros flexs."

Al Gore, ex-vice presidente dos Estados Unidos em entrevista a Revista Veja, edição de 12 deoutubro, se referindo a importância de se investir na ecologia

ANTIOXIDANTESUm estudo feito pela University of Florida em 2001, foram analisados os teores antioxidantes de 12 variedades diferentes

de amendoim, e descobriram uma quantidade tão grande de antioxidantes quanto a maioria das frutas, como por exemplo, omorango (CREDIDIO, 2006).

Arlington (2002) concluiu em seu estudo que, amendoins e seus óleos vegetais podem ajudar na redução do risco deMal de Alzheimer. Sendo que os mesmos benefícios não foram observados para a vitamina E suplementada, dando atençãopara a ingestão de antioxidantes de uma dieta saudável, em vez de um frasco de suplementos.

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Revista Canavieiros - Outubro de 200638

Arrendo Fazenda 460 Ha para cana-de-açúcar

Localizada a 26 km de João Pinheiro, MG,sendo 5 km do asfalto (BR 040);Benfeitorias: 2 casas, energia da Cemig (15kva), curral, toda cercada, pomar, topogra-fia plana, solo arenoso vermelho,desmatada, diversas aguadas, divisa com 2ribeirões, altitude media 800 m, índicepluviométrico 1227 mm/a, temperaturamédia 22º c; próxima a duas destilarias deálcool; Produtividade média em 5 cortes:80 ton/ha; Área disponível p/ plantio de315 ha, com produção estimada de 25.000ton/safra; Valor do arrendo: 4.200 ton/safra.

Em caso de interesse, entre em contatocom o Sr. Dagoberto Corrarello, pelotelefone: (19) 34211459 ou pelo e-mail:[email protected]

Fazenda plantada com eucalipto -Botucatu-SP - no asfalto

Fazenda com 350 alq, plantada 320 alq comeucalipto de várias idades, inclusive algunsjá em idade de corte, em Botucatu-SP, noasfalto, próximo a Eucatex. Preço: R$-36.000,00 p/alq.

Em caso de interesse, entre em contatocom o Sr: João Garcia, pelo telefo-ne:(17) 3523.3057 - 9615.1200 ou pelo e-mail: [email protected]

VENDO

260 alq. com laranja na região deBotucatu, R$ 70.000,00/alqueire. Safra semcontrato;

184 alq. com cana a 5 km da Usina, rele-vo plano-colheita toda mecanizada, terra decultura, R$ 60.000,00/alqueire;

154 alq. com 30 alqueires com laranja,próximo a usina, R$ 50.000,00/alqueire;200 alq. com laranja, toda formada, produ-

ção estimada em 300.000 cx, R$ 60.000/alqueire;

193 alq. toda em cana, a 12 km da usina, 4km do asfalto, na região de Leme, R$6.000.000,00 (seis milhões de reais).

Em caso de interesse, entre em contatocom o Sr. José Paulo Prado, pelo telefo-ne:(019) 35415318 ou 97584054 ou peloe-mail: [email protected].

VENDO

Dois Ford 4630/4 ano 95 e 97 + MF 275simples ano 88, ambos com rodagem fina,único dono, nota fiscal de origem, R$84.000,00;

CBT 8440 ano 86, motor MWM,carregadeira Motocana, trator trabalhando,R$ 18.000,00;

CBT 2105 ano 80, carregadeira Motocana,motor Perkins, R$ 18.000,00; CBT 1090ano 74, carregadeira Motocana, motorPerkins, R$ 18.000,00;

Carregadeira de cana MF 290/4 ano 95,com torque, carregadeira Motocana, maqui-na em excelente estado, R$ 45.000,00;

Trator Engesa modelo 815 (143 cv) ano86, motor Mercedes, trator trabalhando, R$consulte por fone ou email;

MF 5320/4 (120 cv) ano 2002, cabinadocom ar condicionado, completo, R$100.000,00;

CBT 2105/4 ano 86, motor Mercedes, semhidráulico e tomada de força, ideal paralamina, R$ 26.000,00;

Colheitadeira NH 4040 ano 87, platafor-ma de soja, maquina em excelente estado,R$ 35.0000,00. Aceita troca com carro, tra-tor, F-1000 ou F-4000.

Em caso de interesse, entre em contatocom o Sr. José Paulo Prado, pelo telefo-ne:(019) 35415318 ou 97584054 ou peloe-mail: [email protected].

VENDO ÁREA DE LAZER

A 200 mts. da igreja matriz, do supermer-cado Gimenes, farmácias, bancos, lotérica,restaurantes, lanchonetes, clubes e correio.Terreno com 900,00 mts2.Área construída 170,00 mts2.Piscina de concreto e azulejo (8,00 x 4,00 x1,20m.)R$ 130.000,00- PITANGUEIRAS/SP

Contatos pelos telefones (16) 3952 1522e 3952 2580, com Paulo Pereira e LuisPereira.

VENDO IMÓVEL

Próprio para loteamento e/ ou empreendi-mento de casas populares.Área no perímetro urbano.102.000,00 mts2.PITANGUEIRAS/SPPreço: R$ 8,00 (oito reais) o metro quadrado.

Contatos pelos telefones: (16) 39521522e 39526527, com Paulo Pereira e ManoelHenrique.

Vendo Sítio São GabrielÓTIMO PREÇO

No município de Jacuí- MG (entre São Se-bastião do Paraíso e Guaxupé)Ótima localização; 2,5 alqueires ; "casa com:04 quartos, sala, copa, banheiro, cozinhacom fogão a gás e a lenha ,varanda nas late-rais e à frente do imóvel", Criação de gado(pequena quantidade); fartura em água decórrego e em cisterna .

Contato com Mateus pelos telefones(16) 3945-0148/8123-1506

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