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    ECOVILAGuia de planejamento de ecovilas

    por : Mar celo [email protected]

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    ECOVILA

    I nt r oduoEco vilas so agrupamentos humanos que buscam a auto sustentabilidade e o baixo impacto ambiental .A eco casa um elemento fundamental para construo de assentamentos mais sustentveis..A descentralizao de nossas necessidades a soluo para atingirmos mais facilmente este objetivo.

    Por: Marcelo Bueno/[email protected]

    Estamos enfrentando um grande dilema mundial. O homem j percebeu que com seus hbitos consumistasest levando o planeta auma catstrofe ambiental.Quanto mais rico o pas, mais matria prima necessita para seu dia a dia, e deste consumo produz resduosque iro poluir o meio ambiente. um crculo vicioso sem fim, e se no acharmos uma soluo para esteproblema, nossas reservas naturais iro ficar cada vez menores e o mundo mais poludo.Como a populao est em crescimento e com o consumo em alta, em poucos anos vamos ter um grandeproblema que ir afetar a todos ns,.Todos somos responsveis pelo que est acontecendo hoje noplaneta.

    Empresas retiram matria prima de um mesmo lugar para atender milhes de consumidores.Isso causa umgrande impacto ambiental, sem controle ou equilbrio.A centralizao de recursos de consumo bsico como a energia eltrica,a gua,o esgoto e os alimentos,est causando grandes impactos ambientais. O consumo sempre estar crescendo e nossas empresasestaro sempre precisando ampliar seu fornecimento o mais rpido possvel.Todos ns precisamos consumir gua, energia e alimentos, e deste consumo produzimos poluio emforma de esgoto e lixo

    Temos que ser mais auto sustentveis no que diz respeito a estes consumos bsicos, mais o grandedesafio mudarmos nossos hbitos consumistas para sermos mais auto suficientes.

    A habitao popular ecolgica tem como princpios a auto sustentabilidadee baixo impacto ambiental.

    ndices De Degradao Ambient al no Planet a

    O Programa das Naes Unidas para o meio ambiente ( PNUMA), em seu relatrio anual, demonstrou osseguintes ndices de degradao.

    800 milhes de pessoas sofrem de desnutrio; no ano 2020 prev se que este nmero chegar aum bilho e meio.

    Atualmente um tero da populao sofre de carncia de gua; dois teros da populao terodificuldades de obter gua em 2025.

    O desaparecimento das espcies de animais e vegetais avana hoje em dia a um ritmo entre mil edez mil vezes maior que seu desaparecimento natural.

    Quatro quintos das florestas originrias na face da terra j foram extintas; 40% da vegetao queresta est ameaada pelos desmatamentos que chegam a 16 milhes de hectares anualmente.

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    Pr incpios de Desenvolviment o Sust ent vel Def inidos na Agenda 21Texto extrado da Agenda 21.

    Construdo com a participao de atores relevantes do governo e da sociedade, atravs de diferentesformas de consulta e debate, o documento Cidades Sustentveis , em elaborao pelo Consrcio Parceria21, tem por objetivo geral subsidiar a formulao da Agenda 21 brasileira com propostas que introduzam adimenso ambiental nas polticas urbanas, vigentes ou que venham a ser adotadas respeitando-se ascompetncias constitucionais, em todas as esferas de governo.Incorpora tambm os principais objetivos da Agenda 21 e da Agenda Habitat,considerando breve reviso daAgenda Habitat, o documento discrimina as principais estratgias de enfretamento das questes urbanas

    ambientais, entre as quais se destacam as relacionadas com: integrao setorial e espacial; planejamentoestratgico; descentralizao; incentivo a inovao;verificao dos custos ambientais e sociais dos projetoseconmicos e de infra estrutura;novos padres de consumo dos servios urbanos e fortalecimento dasociedade civil e dos canais de participao.

    Premissas: A partir dos conceitos e indicaes do marco terico, foram definidas aspremissas que nortearam a realizao do trabalho:

    1. O desenvolvimento sustentvel das cidades implica ao mesmo tempo em crescimento dos fatores positivospara a sustentabilidade urbana e na diminuio dos impactos ambientais, social e econmicos indesejveis noespao urbano.

    2. A indissociabilidade da problemtica social urbana e da problemtica ambiental das cidades exige que se

    combinem dinmicas de promoo social com as dinmicas de reduo de impactos ambientais no espaourbano.

    3. A sustentabilidade urbana deve se inserir no contexto efetivo da conjuntura e das opes de desenvolvimentonacional.

    4. Reconhecendo a eficcia da ao local, deve-se promover a descentralizao da execuo das polticasurbanas e ambientais.

    5. Deve se equilibrar mitigao com inovao das prticas urbanas existentes que apresentem componentes desustentabilidade.

    Objetivos especficos

    Os objetivos especficos incorporam os principais objetivos definidos na Agenda 21 e Agenda Habitat.

    Da Agenda 21, dentre aqueles voltados para a promoo do desenvolvimento sustentvel dos assentamentos urbanos,destacam-se:

    Oferecer a todos habitao adequada; Aperfeioar o manejo dos assentamentos humanos; Promover o planejamento e o manejo sustentvel do uso da terra; Promover a existncia integrada de infra-estrutura ambiental: gua, esgotamento sanitrio,

    drenagem e manejo de resduos slidos; Promover sistema sustentveis de energia e transporte nos assentamentos humanos. Promover atividades sustentveis na industria da construo.

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    Pr incpios da Eco Habit ao

    Minimizaro mximo possvel o impacto ambientalno local e fora dele.Quando compramos madeira, nem pensamos que estamos pagando para algum ir cortar arvoresna regio amaznica, estamos contribuindo com o desmatamento de uma das mais importantesreservas naturais do planeta.A regio sudeste do Brasil segundo uma pesquisa realizada em 1997 , consumiu mais madeira delei que a Frana, Inglaterra e Estados Unidos juntos no mesmo ano, e representou o consumo de85% a nvel nacional; toda esta madeira veio da regio amaznica

    . Utilizaro mximo possvel materiais que existe no prprio local da obra. No local da construo

    sempre temos material disponvel, em alguns lugares teremos pedras, em outros madeira masquase em todos teremos terra que um material muito usado a milhares de anos na construo.

    Utilizar o mnimo possvel materiais industrializados, dar preferncia a utilizar material reciclado.O material industrializado consome muita matria prima da natureza para sua fabricao e destafabricao se produz muita poluio, se utilizarmos o mximo possvel material reciclado estaremosbarateando nossa construo ao mesmo tempo que diminumos nosso impacto ambiental.

    Sero mximo possvel auto-suficienteem energia, gua e alimentos.Hoje j estamos sentindo que o fornecimento de energia esta entrando em colapso e com istoficando mais caro, com a gua vai acontecer o mesmo, ns temos que descentralizar nossoconsumo e sermos o mximo possvel auto suficientes em energia, gua e alimentos.

    Reciclaro mximo possvelos resduos produzidos pela construo, guas servidas, e lixoproduzido no nosso dia a dia.

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    PERMACULTURA

    Por :Peter J Webb

    A Permacultura, baseada numa tica da terra, traz estmulos e solues sociais gerados dentro das prpriascomunidades. A sua filosofia e prticas simples, favorecem a reintegrao do ser humano no seu meioambiente de formas sustentveis.

    Criada na Austrlia ao finados dos anos 70, tem como princpio a observao das estratgias da natureza.Desenvolve-se num design inteligente, racionalizando a organizao de stios e fazendas ou at mesmo decidades, levando em considerao os aspectos tpicos de cada regio.

    Tendo claro as necessidades como : moradia, gua, acesso, jardim, animais, lazer, rea de produo,reserva florestal etc., podemos planejar tudo de forma integrado, com harmonia, eficincia e ecologicamentecorreta.Tem como princpio a agricultura orgnica para o manejo produtivo. O cooperativismo o caminho naturalpraticado e incentivado pela Permacultura no s entre as pessoas mas tambm entre todos os elos dapaisagem, formando redes de apoio mutuo (ecossistemas).Sem a permanncia de cultura, a sociedade perde a seus vnculos com a terra.A Mata Atlntica do litoral de So Paulo tem caractersticas prprias como se fosse um organismo.Geografia acentuada, florestas exuberantes, chuvas intensas, famlias de ndios, caiaras e pequenosagricultores e uma qualidade de vida muito particular. Com o crescimento sazonal da populao, alm dosbvios benefcios, um serie de problemas esto provocadas no meio ambiente. A expanso das reas demoradias favorece o desmatamento, a poluio das guas e um aumento na quantidade de lixo gerado,alm de provocar problemas sociais. Porm, os 'turistas', cada vez mais sensveis aos assuntos do meioambiente, geram emprego e rendimento para os municpios. necessrio o desenvolvimento de estratgias e prticas para a recuperao e manuteno da qualidadede vida dentro de um plano regional de conservao:

    Trabalhos de educao ambiental, no s nas escolas, mas com os visitantes, paravalorizar e fortalecer a integrao das qualidades tpicas de cada regio.

    Incentivar o uso de tecnolgicas apropriadas para evitar a poluio e para trabalhar adespoluio. Reflorestamento e plantio de agroflorestas com o envolvimento das escolas e

    a sociedade.Incentivos aos pequenos agricultores no manejo orgnico e ajuda na venda local das suasculturas como maneira de aproximar e integrar os vrios partes da sociedade numambiente, socialmente mais saudvel.

    necessrio que juntos, zelamos para o Nosso meio ambiente, enquanto respeitamos aquilo queherdamos.

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    ECOVI LA

    A Ecovila um assentamento que busca a sustentabilidade em vrios nveis, tanto energtico como social,

    espiritual e cultural , um planejamento de ocupao de uma rea onde iro morar vrias famlias com ummnimo de impacto possvel e com convivncia social e trabalhos comunitrios. A idia criarmos vilasauto-suficientes, gerando trabalho, conforto, vida social, sade , educao, e com o mnimo impactoambiental para isto.Habitaes auto sustentveis so um paradigma da arquitetura do novo milnio, onde os assentamentospopulares iro consumir menos energia eltrica, reciclar dejetos, economizar gua com reciclagens deesgoto e captao de gua de chuva.Estas ecovilas tero reas verdes em sistema agro florestais, que tanto servem para reflorestamento,preservao ambiental, para o lazer, como tambm para a produo de alimentos para os moradores.O desenvolvimento habitacional hoje em dia provoca uma grande impacto ambiental ao mesmo tempo quesobrecarrega o sistema de fornecimento de produtos bsicos municipais como o abastecimento de gua,emisso de esgoto, lixo e consumo eltrico.Se no adotarmos uma poltica de sustentabilidade em nossas cidades e ecovilas entraremos em

    constantes colapsos.

    Pontos guias para desenvolvimento de uma comunidade:

    Reconhecer que ser uma viajem, e desfrut-la! Desenvolver uma viso e mant-lo em crescimento. Construir relaes e laos afetivos. Fazer que o desafio do sistema em sua totalidade seja explcito. Aceitar ajuda para conseguir ser mais auto-suficientes. Desenvolver procedimentos claros. Manter uma sustentabilidade equilibrada. Ser abertos e honestos.

    Agora, vamos desenvolver cada um destes pontos em detalhe:

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    RECONHECER QUE SER UMA VI AJ EM, E DESFRUT- LA !!

    Uma das dificuldades mais comuns que os fundadores de comunidades se criam, o de centrar-se com

    muita fora nos desejos e nos resultados, conduzindo-se a si mesmos e aos outros a frustraes edesiluses quando descobrem que o processo do desenvolvimento comunitrio leva seu tempo, geralmente

    vrios anos. Joan Halifax, diretor da Fundao Ojai, conta a seguinte histria: o Dalai Lama me disse emuma entrevista que havia trs condies que poderiam me permitir de levar a cabo minha viso de umacomunidade: "Deve existir... Grande amor, Grande persistncia, Grande pacincia. A pacincia a mais

    difcil de todas!". Para evitar, ou ao menos reduzir essas dificuldades, ajuda o reconhecer desde o comeoque UMA COMUNIDADE EST SEMPRE EM PROCESSO, E QUE MELHOR HONRAR E DESFRUTAR

    DO PROCESSO. Esse processo levar o grupo fundador atravs de diversos estados de "incluso","controle", "afeto". O processo tambm leva a comunidade a vrias etapas ou fases: pesquisa/projeto,

    criao /implementao e manuteno, para os desafios das distintas reas: bio sistemas, bio construes,sistema econmico, sistema social e a coeso grupal. Entendendo as distintas fases e sendo capaz desaber onde est localizado cada um no processo, se pode incrementar o desfrute e a utilidade de cada

    DESENVOLVER UMA VI SO E MANT - LA EM CRESCI MENTO

    As bases para qualquer grupo, e o requisito necessrio para formar um grupo novo so a "coeso". Aspessoas que trabalham com o desenvolvimento grupal (em comunidades, negcios e outros lugares),concordam amplamente que um dos tipos de "coeso" mais importante que um grupo pode ter o deCOMPARTILHAR VISES CLARAS. Para que uma viso atue como aglutinante, necessrio que sejaalgo mais que uma construo intelectual. Uma viso diz respeito a profundos valores e intuies. Tal viso

    pode ser articulada por uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas, ou pode ser desenvolvida atravs eum processo que involucre ao grupo todo. Em qualquer caso, a viso ser mais efetiva se a cada membrodo grupo lhe ressoe um "sim" pessoal sobre a viso. Uma viso efetiva pode ser muito simples, porexemplo: uma Eco-vila pode crescer em volta da viso de ser um lugar demonstrativo de uma maneira deviver em harmonia com a natureza. Alguns grupos se beneficiam com uma viso simples, outros com umamais complexa. O que importante em qualquer caso, que a viso seja uma expresso honesta daessncia do profundo propsito do grupo. No estado formativo de um grupo, muito til trabalharexplicitamente no desenvolvimento e na explorao da declarao da viso. Ao desenvolver a viso, importante proceder de tal maneira que se deixe espao aos sentimentos e intuies. Uma boaaproximao fazer uma "tormenta de idias", de palavras e frases curtas que os membros do gruposintam de alguma maneira relacionada viso. Isso deve ser escrito sobre uma folha grande, assim todospodem ver o que vem surgindo. muito importante durante esse processo seguir as regras da tormenta deidias: no fazer comentrios nem crticas das sugestes de outros. Uma vez que o grupo sinta que tem

    uma lista suficientemente cumprida, se detm a "chuva", e se inicia o debate. Procure simplificar agrupandoidias, mas no percam nenhum conceito significativo neste processo. Se houver pontos discordantes,vejam se so simples mal-entendidos que se podem resolver. Se no assim, reconhea-os, e procure noforar um acordo. Completem o processo fazendo um rascunho da declarao da viso. s vezes todo ogrupo inteiro pode faz-lo, mas se no resulta fcil, organizem um pequeno sub-grupo para que ordene asidias e apresente logo a declarao da viso.

    Se h desacordos sobre distintos pontos de vista, organizem tantos grupos quantos pontos de vistadiferentes haja. Os grupos comunitrios em processo de formao atraem certos membros iniciadores, queno permanecem por muito tempo. Um grande desafio para o grupo inicial, ajudar cada um a descobrirsua prpria viso, e permitir a todos de ver qual viso est alinhada para servir s bases da viso grupal eque vises devem buscar expresses em outra parte. importante evitar a expectativa de que cada

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    membro que comea deve continuar com o grupo, porque isto pode supor para alguns suprimir sua prpriaviso, ou ainda, forar a outros uma viso que verdadeiramente no compartilham.

    HONREM A CONTRIBUIO DE CADA PESSOA E NO TEMAM EM DECIDIR QUEM SEGUIR OU NONO GRUPO. Faam circular o rascunho no grupo e logo voltem a encontrar-se para maiores refinamentos.O melhor resultado para o grupo chegar a um consenso entusiasta. Se h consenso, mas algunsmembros no esto entusiasmados, um sinal claro que tem alguns pontos importantes que devem serresolvidos. Pode ser bom seguir adiante de toda maneira, mas o grupo no deve deixar estas questes no

    resolvidas por muito tempo. Se no h consenso, o grupo deve considerar dividir-se ou reestruturar-se dealguma maneira para que cada ponto de vista seja livre para manter sua prpria viso. s vezes, possvelcriar uma viso mais ampla que d um marco onde o que parecia conflitual, possa ser parte complementariado todo. Se isso funciona, melhor, mas no forcem um "matrimnio" que no surja naturalmente. Muitasexperincias dolorosas pem em evidncia que no sbio intentar construir uma viso por compromisso.AS VISES EFETIVAS DEVEM SER AUTENTICAS, SENTIDAS PROFUNDAMENTE, E ELEGIDASLIVREMENTE. Algumas semanas mais tarde que a viso tenha sido definida, seria til revis-la (sem voltara escrev-la) para explorar o significado para o grupo. Estimulem a cada pessoa do grupo para quedescubra como se sente com respeito viso e como esta pode ser expressa na prtica. Esse processopode permitir a cada membro um melhor entendimento de sua prpria viso e da maneira como os outrosentendem essa viso. Em grupos bem-sucedidos, uma vez que a viso inicial tenha sido esclarecida, aessncia dessa viso se mantm estvel por anos e dcadas. Durante este tempo, as palavras queexpressam a viso necessitam variar para expressar novas aprendizagens do grupo e para manter o

    contato com a sociedade. Para manter a viso viva, regularmente tem que revis-la como grupo. Ainda issofornece a possibilidade aos novos membros de entender melhor a viso inclusive contribuir para a mesma.

    CONSTRUI R RELAES E LAOS

    O outro aspecto fundamental da coeso de um grupo provm do corao. vital construir relaesinterpessoais slidas, onde as experincias compartilhadas possam providenciar as bases de um

    entendimento mtuo e confiana. Estas relaes so claramente desejveis, mas constru-las no simples. Elas no podem ser manufaturadas ou impostas, mas podem ser facilitadas. Estas so algumassugestes:

    Encontrem espaos onde as pessoas possam contar histrias de suas vidas. Especialmente emestados formativos, isso lhe dar um maior sentido de profundidade a cada pessoa e permitir acada uma sentir-se mais plenamente reconhecida.

    Estimule interaes que focalizem sobre cada uma das sete inteligncias: intrapessoal,interpessoal, musical, espacial, kinestsica, verbal/lingstica e lgica/matemtica. Em outraspalavras, alm de falar e planejar juntos dancem, faam algum esporte em equipe, cantem juntos,etc. Especialmente, ao incio do processo, quando a tendncia principalmente at a interaoverbal nas reunies, importante usar estas experincias mais diversas para ter um entendimentomais integral uns aos outros. importante tambm para o grupo, aprender rpido que a

    liderana natural no grupo se move de pessoa a pessoa dependendo da atividade. Viagem juntos. Desde um simples acampamento a uma longa viagem providenciar umaexperincia concentrada em viver e trabalhar juntos. Voltaro desta experincia com laosfortalecidos ou decididos a que cada um deve seguir seu prprio caminho separado. Para muitosgrupos resulta til reunir-se regularmente sem um motivo especifico. Pode-se compartilharregularmente uma comida, compartilhar uma meditao e/ou alguma atividade similar que coincidacom os valores dentro do grupo. Quando isso bem feito, uma boa maneira de simplesmenteestar bem juntos sem grandes expectativas.

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    FAZER QUE O DESAFI O DO SI STEMA EM SUA TOTA LI DADE SEJ A EXPL CI TO

    Uma vez que o grupo comeou a esclarecer sua viso e construir relaes, o prximo passo implica orientarao grupo nas tarefas que necessitam ser realizadas. Neste ponto, muitos grupos encontram o desafio deacomodar dois estilos diferentes de personalidade. H quem prefira aproximar-se dessas tarefascomeando pelo planejamento. H outros que desejam mergulhar na experimentao. O desafio para ogrupo como totalidade levar essas duas tendncias at uma relao construtiva, assim podem contribuiruns aos outros. Lamentavelmente, o que de freqente ocorre que estas duas tendncias so vistas emoposio uma a outras e o resultado uma luta de poder. Durante as ltimas dcadas, como a maioria dasinstituies foi sobre-burocrticas, aqueles que se lanaram a realizar comunidades experimentais,desejaram escapar da estrutura e do planejamento. No processo muitas comunidades aprenderam duraslies por ir to rpido na direo da experimentao espontnea. Por outro lado, algumas comunidades

    criam ainda mais complicaes quanto a planejamento e sistema de controle que o que se encontra nasociedade. Hoje, entre as comunidades que sobreviveram por vrios anos, h uma maior valorizao doplanejamento e da experimentao como elementos teis que necessitam estar em equilbrio e numarelao adequada.

    PLANEJAMENTO:

    Uma grande ajuda para conseguir esta relao adequada implica em alcanar um profundo entendimentodo planejamento e da experimentao. Com relao ao planejamento, este abarca dois aspectos principais:

    Identificar e visualizar as etapas que so requeridas para realizar uma tarefa.

    Decidir quando cada etapa deveria ser completada e atravs de que meios.

    A fora do primeiro aspecto que, frente situaes complexas, identificar todas as etapas pode permitirmais facilmente a todos os integrantes do grupo pensar em termos de totalidade e usar sua prpria energiae recursos de uma maneira equilibrada. O risco o de ficar atolado na tentativa de detalhar excesivamentetodas as etapas necessrias e acreditar que tudo que foi colocado no plano uma ampla representao darealidade. A fora do segundo aspecto que permite ao grupo distribuir seus recursos e energia no tempo.Assim, por exemplo, se evita que o grupo gaste todos seus recursos no primeiro ano, para descobrirposteriormente que teria necessitado mais no segundo ano. A debilidade deste ponto que se fazimpossvel prever completamente quando ser preciso dar cada passo ou que recursos estaro disponveisquando chegue esse momento.

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    Tomando em considerao essas foras e debilidades/perigos, os grupos podem na maioria das vezes,tomar o melhor do planejamento criando um grfico em forma de mapa das atividades que lhe dizemrespeito, incluindo suas expectativas em relao a quando estas atividades se desenvolvero no tempo. Nacriao deste mapa de grande valor combinar informao racional /factual e intuio. A boa intuio podeusualmente ver "alm do horizonte" e perceber futuras situaes que ainda no aparecem, podendo serimportantes para o planejamento de hoje. Ao mesmo tempo, a informao racional pode responder a muitasquestes, cobrir muitos detalhes necessrios e ajudar a distinguir entre intuio genuna e imaginao.Estes mapas podem ser um bom colaborador mas um mestre pobre. O grupo poder aproveit-los ao

    mximo, utilizando-os como marco de referncia para discutir e coordenar entre vrias atividades, e estandobem dispostos a modific-los se as condies mudam. Desse modo decises sobre a melhor maneira deproceder podem ser tomadas na hora e, mesmo assim, mant-las no contexto do melhor entendimentogrupal sobre a totalidade de seu propsito e seu trabalho.

    EXPERI MENT AO:

    Para muita gente a oportunidade de ser espontnea e de "provar no caminho" uma das mais grandesalegrias da vida. O desenvolvimento de comunidades sustentveis implica muito esprito pioneiro e precisade gente que curta a experimentao. Certamente, o desenvolvimento de comunidades sustentveis temuma quantidade de processos que demandam muito tempo, energia e dinheiro. por isso que os resultadosde qualquer tipo de experimentao podem levar um longo tempo para serem apreciados, e o custo dasexperimentaes sem resultado pode tornar-se bastante alto. A experimentao - sobre tudo a espontnea,no planejada e desestruturada - funciona melhor em situaes onde as conseqncias podem ser

    rapidamente visveis e o custo dos fracassos seja baixo. Um bom "mapa" das atividades globais dacomunidade pode ajudar a identificar aquelas que apresentem estas caractersticas. C. Mc Laughlin eGordon Davidson assinalam ao respeito este debate:

    "Algumas comunidades resolveram este dilema ao planejar muito cuidadosamente algumas atividades,como os encontros, e deixar que outros eventos, como as celebraes, se faam espontaneamente".

    Que se deveria incluir dentro do "mapa" grupal? Um bom lugar para iniciar as reas de desafio: bio-sistema, construo ambiental, sistema econmico, sistema social e coeso grupal. O mapa ser maisefetivo se exposto visualmente em lugar comum de encontro para que possa ser modificado durante asreunies e na medida que as situaes mudem. Seria bom que o display seja o suficientemente flexvelcomo para adicionar o apagar novas reas especficas, indicar eventos por vir ou atividades necessrias nofuturo, e os sucessos que acontecem no presente. As futuras atividades e necessidades podem ser

    redigidas em bilhetes separados e mveis para ser mais flexveis e comunicar graficamente a flexibilidade.Ao utilizar um mapa deste tipo importante prestar igual ateno s trs fases de desenvolvimento:

    Recursos /Projeto Criao /Implementao Manuteno

    Tambm til para o equilbrio grupal honrar conquistas que surgiam naturalmente, em particular, na reada coeso grupal. Por exemplo, quando as pessoas comeam a se dar conta que suas relaes seaprofundam ao trabalhar juntos, ser celebrado com uma nota no mapa. Uma vez que o grupo desenvolveseu prprio mapa, ser mais fcil estabelecer prioridades, decidir os prximos passos e criar as equipes detrabalho necessrias para alcanar esses objetivos.

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    ACEITAR AJUDA PARA ALCANAR UMA MAIOR AUTOSUFICINCIA

    H tanto conhecimento que podem beneficiar o desenvolvimento de comunidades sustentveis, e esteconhecimento est crescendo to rapidamente, que difcil que o grupo fundador possa saber sobre tudoque existe.

    Para alguns tpicos especficos, como detalhes de construo, pode ter sentido depender de umespecialista de fora. De toda maneira em outros tpicos melhor desenvolver ao menos um nvel mdio dehabilidade dentro do grupo. Valorizem esta possibilidade incluindo suficiente tempo e recursos no

    pressuposto, para uma slida aprendizagem dentro do grupo. H trs reas principais de habilidades quenecessitaria uma comunidade em sua "caixa de ferramentas":

    Habilidades em tarefas especficas: esta ampla categoria inclui TUDO, desde como desenhar umaestufa como armazenar alimentos; de como estabelecer legalmente um negocio cooperativo atcomo oferecer cuidados mdicos de emergncia.

    Habilidades de administrao: esta categoria inclui algo familiar no mundo dos negcios, mas quehistoricamente tem sido uma debilidade nas comunidades. Exemplos disso so: administrao doprojeto, planificao financeira e oramentria, manter livros contveis, etc.

    Processo grupal e habilidades interpessoais: esta categoria inclui trabalhar com as diferenasindividuais, etapas no desenvolvimento grupal, habilidades de comunicao, etc.

    H algumas comunidades que tem sido pioneiras em estas habilidades e na atualidade mantm grupos e

    empreendimentos em relao a esse desenvolvimento. De todo modo ainda muitas comunidades sopobres nesta rea. As necessidades e interesses de cada comunidade iro determinar quo profundamentedevem avanar seus membros nas distintas reas. Cada comunidade deveria desenvolver-se, mesmo queseja minimamente, na administrao e habilidades no processo grupal, j que a carncia destas habilidadestem sido historicamente motivo principal de fracasso em muitas comunidades.

    DESENVOLVER PROCEDI MENTOS CLAROS

    A comunidade deve ser uma AVENTURA ENTRE AMIGOS, NO UM EXERCICIO BUROCRTICO. Asexperincias dolorosas de muitos grupos fazem manifesto que para manter isso como uma aventura, umpouco de burocracia tambm necessrio. Especificamente, bom desenvolver procedimentos escritosclaros para: Tomada de decises - Resoluo de conflitos - Finanas - Membros

    Talvez seja mais importante desenvolver "meta procedimentos" para mudar estes outros procedimentos. bom iniciar j com algo escrito, mesmo que seja simples. Isso pode ajudar a evitar dois grandes erros:

    1. Esperar tanto que ao final se chegue a uma confuso ou desacordo sobre os procedimentos.2. O problema oposto, que permanecer intentando escrever a seqncia perfeita de procedimentos,

    antes de ter ganhado mais experincia como grupo.

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    crescer mais confortavelmente com estilos diferentes ao seu estilo familiar, pelo menos com afinalidade de entender os outros e para ampliar sua habilidade de abarcar a completa experinciade vida.

    Entre consumo corrente, investimento e servio: a sustentabilidade fundamentalmente entrejusteza e equilbrio atravs do tempo. Uma das maneiras mais concretas em que as pessoasexpressam isso, atravs do equilbrio entre seus gastos (de tempo e dinheiro) e consumos (desdecomida at lazer) com os investimentos (desde construes at educao) e o servio a outros (quepode involucrar tanto o consumo como o investimento). A relao entre o consumo e o investimento

    delicada: comer boa comida um investimento para a sade do amanh, enquanto que comerqualquer coisa se converte na mais grosseira forma de consumo.

    H valores para distinguir entre o grau em que um gasto ir dar futuros benefcios. Se os benefcios soaltos um investimento, ao contrrio, se os benefcios esto principalmente aqui e agora consumocorrente. Uma vida saudvel requer um equilbrio entre ambos. Nas comunidades, isto pode desequilibrar-se de diversas maneiras. Quando a comunidade esta no meio de construes, esta envolvida num forteprocesso de investimento. Se a comunidade dedica muito tempo s relaes interpessoais e exerccios decrescimento interior, podem rapidamente envolver-se num excesso de consumo, pelo menos em relao aouso do tempo. O esprito de servio sustentvel pode dar um saudvel antdoto para estes desequilbrios. Oservio se focaliza mais alm de si mesmo e pode, de esta maneira levar a pessoa alm do consumocentrado em si mesmo. Isto se traduz em uma apropriada nutrio do que servido hoje para que possa

    servir amanh tambm.

    SER ABERTOS E HONESTOS

    Finalmente, resulta clara a evidncia de que para muitos assuntos comunitrios (inclusive os sempreprovocatrios temas de sexo, poder e dinheiro): O QUE VOC FAZ MENOS IMPORTANTE DE QUANTOABERTA E HONESTAMENTE O FAA. Por exemplo: algumas comunidades bem-sucedidas se baseiam nocelibato, enquanto outras se baseiam em matrimnios grupais. Estas aproximaes aparentemente opostaspodem ambas funcionar. Aquilo que no funciona e coloca a comunidade em problemas quando a teoriano encaixa com o comportamento privado, especialmente quando os que quebram as regras so aquelesem posio de liderana. O assunto do poder oferece um bom exemplo. Muitas comunidades adotam oideal de completa igualdade de poder, mas de fato a aproximao mais sana no processo de grupo quese possa reformular seus prprios ideais de maneira que honrem melhor seu significado profundo, porexemplo: justia igualitria para todos pode ser mais importante que igualdade de poder, e combine melhorcom a complexa verdade de suas experincias.

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    Comunidade sust ent vel - um desaf io

    Texto :Robert GimanTraduo ecolinkvillageRobert Gilman diretor do Context Institute. Recebeu o doutorado de astrofsica na Universidade dePrinceton. Foi docente da Universidade de Minnesota e fez investigaes no Observatrio AstrofsicoSmithsoniano de Harvard e na NASA. Desde 1975, quando decidiu que "as estrelas podem esperar, mas oplaneta no", estudou a sustentabilidade global, investigaes do futuro e estratgias para mudanas

    culturais positivas. Foi fundador e editor da revista INCONTEXT . Tem amplos antecedentes na historia dasculturas, teorias inovadoras, economias sustentveis, tecnologias apropriadas, e conservao de recursos.Com sua esposa Diane desenharam sua prpria casa solar. A Reportagem de Eco-vilas e ComunidadesSustentveis uma recopilao realizada pelos Gilman, a pedido do Gaia Trust da Dinamarca, em 1991.Essa seo est dedicada a todos aqueles que desejam ser ou j so participantes do desenvolvimento deEco-vilas, fundadores ou membros de uma comunidade, consultores e apoio no processo dedesenvolvimento de Eco-vilas. Ser mais til se esse material for lido por todos os membros do grupo dedesenvolvimento da comunidade, discutido e logo incorporado ao processo grupal. Poderiam pensar queum set de pontos de guia para o desenvolvimento de Eco-vilas, principalmente teria a ver com a parte eco,ou seja, como manejar o biosistema e a construo ambiental. Esses pontos so certamente importantes,mas o que temos aprendido ao estudar comunidades existentes e ao entrevistar as muitas pessoas comvasta experincia em comunidades, que esses sistemas fsicos so os aspectos mais fceis nodesenvolvimento de Eco-vilas. Tambm so os mais variveis, porque o detalhe de como manejar obiosistema ou a construo depende em grande parte da especificidade de cada comunidade. por issoque focalizaremos certos aspectos crticos do processo de desenvolvimento das Eco-vilas, onde anecessidade maior. Pode ser difcil ser pioneiro de comunidades sustentveis, mas no impossvel,ainda mais tem suas satisfaes e recompensas.De fato, numerosos grupos o intentaram por dcadas. Para ver as dificuldades que esses pioneirosenfrentaram, vamos dar uma olhada aos variados desafios que a viso de eco-vilas acarreta.Sem dvida, essas observaes podem ajudar-nos a enfrentar os desafios que nos toquem nodesenvolvimento de nossos projetos.

    Desaf io do bio- sist ema

    Para que a Eco-Vila esteja integrada harmonicamente ao ambiente natural, necessrio encontrar-semaneiras amigveis e ecolgicas de:- Preservar os habitat naturais da Eco-Vila.- Produzir alimentos, madeira y outros bio-recursos no lugar.- Processar os resduos orgnicos produzidos no lugar.- Despejar a menor quantidade possvel de resduo txico.- Processar resduos lquidos.- Evitar o impacto ambiental no lugar pelo uso e despejo de qualquer produto.

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    Desafio da construo ambiental

    - Construir com materiais ecolgicos.- Usar fontes de energia renovvel.- Manejar os resduos slidos, lquidos e gasosos dos edifcios de maneira ecolgica.- Ter a mnima necessidade de transporte motorizado.- Construir de maneira a criar menos impacto na terra e na ecologia local.Para que a Eco-Vila favorea um sano desenvolvimento humano, necessrio que as construes:- Tenham um bom equilbrio entre lugares pblicos e privados.- Estimulem a interao comunitria.- Ampare uma grande diversidade de atividades.

    Desafio do sistema econmico

    Para realizar o ideal da Eco-Vila favorecer um sano desenvolvimento humano e seja completa, precisa quehaja uma atividade econmica significativa. Para realizar o ideal de igualdade e no de explorao, que fazparte dos princpios de sustentabilidade, preciso que as atividades dos membros da Eco-Vila nodependam da explorao de outras pessoas ou lugares, nem da explorao do futuro no presente.

    Algumas das questes que a Eco-Vila ir enfrentar em relao ao sistema econmico, so:-Quais so as atividades econmicas sustentveis, no sentido de se sustentar aos membros da comunidadee so ecologicamente sustentveis?-Que partes da comunidade sero espaos em comum, que partes privadas?-Como podemos ser simultaneamente eficientes economicamente e ecologicamente, para reduzir tantogastos como impacto ambiental?-Qual o modo mais apropriado de organizao do trabalho para os negcios associados de a Eco-Vila?-Existem alternativas teis, ou suplementos moeda, para facilitar o intercambio econmico dentro e entre

    diversas Eco-Vilas?

    Desaf io do gover no

    Como a economia, os ideais de igualdade e no exploraes so ponto essencial, mas no nos do umaidia clara de como levar isso pratica. Algumas perguntas teis so:-Como se tomaro as decises, que mtodos se utilizaro, para que tipo de decises?-Como se resolvero os conflitos?-Como se faro cumprir as decises da comunidade?-Quais sero as funes e as expectativas da liderana?-Como se relaciona a Eco-Vila com o governo da comunidade vizinha?

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    Desaf io da coeso grupal

    Para poder manejar todos estes desafios, os membros da Eco-Vila necessitam algo que os mantenhaunidos, algumas bases de valores compartilhados e uma viso que lhe possa dar a coeso.Desenvolver e manter essa coeso so outro nvel de desafio, que ir despertar perguntas como:-Qual a relao apropriada entre unidade e diversidade?-Que expectativas se tem com relao a valores, comportamentos ou prticas compartilhados no grupo?-At que ponto se desenvolve melhor essa proximidade?-Como ir se relacionar o grupo com outros fora do grupo?

    Desaf io do sist ema t otal

    Se isto foi suficiente, ainda h um desafio mais profundo e imperceptvel, no sistema total.Um dos maiores desafios que enfrentam aqueles que intentam criar uma Eco-Vila talvez que senecessitam transformaes em tantas diferentes reas da vida. Quase sempre os fundadores de

    comunidades intentam ou se sentem forados a trabalhar todos os aspectos desta transformaosimultaneamente.Geralmente, todas estas transformaes levam mais tempo e so mais custosas do que se espera.Ainda mais, cada rea de transformao, interagir com as outras de maneira imprevisvel. Dentro doprocesso, os recursos financeiros, recursos emocionais e as relaes interpessoais podem ser postas sobuma grande presso. Quando os intentos de comunidade falharam, uma das razes foi geralmente porqueo grupo intentou fazer demasiado e muito rpido com relao aos recursos sua disposio.O desafio do sistema total ento, de tomar um honesto sentido do alcance da empreitada, e logodesenvolver uma aproximao que permita comunidade desenvolver-se a um passo sustentvel.Em outras palavras, "sustentabilidade" no uma caracterstica da comunidade terminada, tem que serparte do pensamento e dos hbitos do grupo desde o comeo.Construir uma Eco-Vila bem-sucedida requer equilbrio de atividades entre trs principais fases:1) Recursos e desenho.

    2) Criao - implementao.3) Manuteno de cada uma das reas de DESAFIO.Tomar todos os desafios juntos pode resultar excessivo. No surpreendente que ainda no hajacomunidades que consigam completar o ideal de Eco-Vila. Se existem muitos projetos e grupos pioneirosque fizeram progressos considerveis em aproximar-se em forma bem-sucedida a cada um destes desafios.Inclusive, algumas comunidades poderiam em poucos anos considerar-se Eco-Vilas completas.Aqueles grupos que atualmente esto dirigindo seus esforos para estes objetivos, tanto ao iniciar umanova Eco-Vila ou ao intentar transformar uma comunidade intencional j existente, felizmente no devemcomear do nada.

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    Quais so as necessidades e princpios

    gua:A gua uma de nossas necessidades mais importantes - se no tivermos gua no poderemos viver.Ns somos abastecidos por uma empresa que tem que fornecer grandes quantidades retiradas geralmentede um mesmo manancial ou rio. O que ocorre que com esta demanda ns estaremos desviando grandesquantidades de gua de um mesmo local, prejudicando todo um ecossistema. .Para agravar ainda mais estequadro, depois que a gua usada para atender nossas necessidades, ns despejamos nos leitos dos riosgrandes quantidades de gua poluda.Se descentralizarmos este fornecimento e despejo, o impacto ser bem menor.Uma eco vila tem que criar uma soluo local para o fornecimento da gua, reciclar e reutilizar as guasservidas.

    Energia:Tambm centralizamos o nosso fornecimento energtico.Para sermos considerados uma eco vila, temos que criar sistemas alternativos, no poluentes e renovveislpara nosso fornecimento de energia.Utilizar energia solar, elica e mini hidreltricas so solues a curto prazo eficientes.Podemos ter umacentral energtica comunitria ou individual.A eco vila utiliza energia no poluente e de baixo impacto .

    Lixo:Tambm pode ser descentralizado. Separado por habitao facilita e torna mais barata sua reciclagem.Uma ecovila recicla todo o lixo

    Alimentos:Uma eco vila busca a sustentabilidade tambm no fornecimento de alimentos sem agrotxicos.Poderemos ter uma grande quantidade de alimentos dentro das eco vilas ou incentivar agricultores daregio a se tornarem produtores orgnicos. Organizar feiras de produtos regionais para abastecimento dealimento, troca de produtos e informaes.A eco vila consome produtos naturais e que no causam grande impacto na sua produo.

    Construes:As construes devem ser feitas de materiais retirados do local da obra ou da regio, utilizarem o mnimopossvel de material industrializado, utilizarem energia renovvel e natural para aquecimento e refrigeraoEm uma eco vila as construes esto o mximo possvel integradas com o meio ambiente.

    Trabalho:Temos necessidade de criarmos condies de trabalho que estejam em harmonia com o meio ambiente eproduzirmos produtos ecologicamente corretos.

    Transporte:Uma ecovila visa minimizar o uso de transporte individual poluente e d prioridade a transportes coletivos.Utiliza o Maximo possvel transportes no poluentes. Cria caminhos exclusivos para pedestres e ciclovias.

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    Planejamento ocupacional:O projeto de uma eco vila visa ser o mais integrado possvel com o meio ambiente.Utiliza os vales para produo;declives para levar gua por gravidade s casas; preserva as reas verdes e

    o ecossistema; cria reas para um desenvolvimento futuro; reas para convvio social, reas de produocomunitria. Dimensiona os lotes de forma que as habitaes estejam rodeadas por reas verdes, criaacesso facilitado para pedestres e bicicletas alm de reas de lazer e infra estrutura bsica.Criamos zonas onde se concentram as atividades de trabalhos, reas residenciais, reas de lazerinterligadas por caminhos e rodeadas de cintures verdes.

    Convvio social.Criar espaos que incentivem o convvio social,.isto ir aproximar as pessoas que vivem nas eco vilas,criando relaes amigveis e comunitrias.Qualquer assentamento humano pode se transformar em uma ecovila, deste que sigam os princpiosbsicos de uma ecovila.Muitas vilas tradicionais podem se transformar muito rapidamente em eco vilas, ms grandes centrosurbanos j tero grande dificuldades devido ao grande numero de habitantes, ao grande consumo deenergia e matria prima. Se seus habitantes e dirigentes assim o desejarem podem chegar a ter sucesso.Para termos assentamentos ecolgicos temos que realizar esta mudana dentro de ns, em nossa casa, e partir desta transformao individual, que conseguiremos transformar nosso bairro, nossa cidade e

    nosso pas. Depende de cada pessoa, e de cada cidado.Vamos encontrar a base tcnica para criarmos uma eco vila nos princpios da permacultura. Temos queresgatar antigas tcnicas que aliadas a novas tecnologias visam a auto sustentabilidade e o baixo impactoambiental para construirmos um mundo mais em harmonia com a natureza.

    I nf r a est r ut ur a

    A Infra estrutura depende dos objetivos e caractersticas do local, mas abaixorelacionaremos vrios elementos que podemos ter em uma ecovila.

    HabitaesCozinha comunitriarea socialAtelierOficinaMarcenariaLavanderiaPadariaEscola

    CrecheAmbulatrioCemitrioLoja

    RecepoDepsitoAgroflorestaCentro de reciclagemPiscina comunitriaPisciculturaHortaGalinheiroCaminhos para bicicletas

    rea verde reserva.Alojamento para visitantes

    Local de festasReservatrio de guaBibliotecaSala de vdeoViveiro de mudasSala de computao

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    Elementos sustentveis da eco habitao

    O Projeto da eco habitao popular utiliza o mximo possvel do potencial do local da obra, um projeto inovadorpara o Brasil, mas que j uma realidade em alguns paises.

    Posio das habitaes:Temos que tirar proveito de nossa maior fonte de energia natural e de graa que o sol.Por isto colocaremos as habitaes em posio onde possamos utilizar com maior eficincia a irradiao solarpara aquecimento de gua e da prpria residencia se esta se situar em uma regio de baixas temperaturas noinverno.

    De que material irei construir? Geralmente mais barato utilizar materiais que existem em abundncia naregio. Quanto mais matria prima se tira do terreno, melhor. Outra opo para se construir a custos mais baixos o sistema de construo por mutiro.

    Tijolos de solo cimento:

    Podemos produzir grande quantidades de tijolos de solo cimento em nosso prprio canteiro de obra. Este materialj amplamente usado em vrios lugares do pais com demonstrativos de boa eficincia e custo baixo.

    Telhado e esquadrias de madeira certificada e de reflorestamento.Temos algumas madeireiras que tem projeto de manejo florestal autorizado pelo Ibama e muita madeira dereflorestamento no mercado. Utilizar este material ajuda promover este tipo de empresa ao mesmo tempo quediminumos nosso impacto ambiental.

    Aquecedor solar:Utilizarmos placas coletoras de energia solar para o aquecimento da gua dos chuveiros, fazendo com isto uma

    economia de aproximadamente 40% de energia eltrica por residncia.Captao de gua de chuvaA gua j e um problema mundial e em breve esta situao ser mais grave. Com a captao de gua de chuva

    teremos uma reserva de gua para ser utilizada na limpeza e descargas dos vasos sanitrios.

    Reciclagem das guas servidasCom alguns filtros simples e biolgicos conseguimos reciclar as guas servidas para serem usadas na limpeza eirrigao de jardins.

    Reciclagem de Lixo:Com locais apropriados para a separao do lixo caseiro.Com isto facilitaremos a reciclagem do mesmo.

    S em So Paulo, cidade-exemplo do crescimento latino-americano, so produzidos mais de 20 mil toneladasde lixo por dia. Concluindo, ns s temos a ganhar com a reciclagem e por isso devemos nos esforar paratorn-la uma realidade,. E para tanto, devemos nos conscientizar de que a sociedade formada pelosindivduos, ou seja, que cada um deve fazer um pouco, a sua parte

    rea verde produtiva e social (projeto)No local da praa , podemos construir uma rea de lazer entre arvores frutferas, nativas e hortalias, ochamado jardim comestvel. Com isto os moradores e crianas tero uma atividade comunitria e teroalimentos para ajudar na alimentao e complementao da cesta bsica.Estas reas verdes podem ter ciclovias e caminhos para pedestres, estaro no centro das quadras habitacionais.Todas as casas tero acesso a esta rea verde onde as crianas podero brincar, os moradores poderotrabalhar em suas hortas e pomares comunitrios.Estas reas sero o centro social de cada quadra, com isto aproximaremos as pessoas para um maior convviocomunitrio.

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    Comunidade Campina

    A Comunidade Campina const a de 25 int egrant es, ent r e adult os e cr ianas, e est localizada no Vale do Capo,vizinha do Parque Nacional da Chapada Diamant ina, Municpio de Palmeir as, Bahia.

    Desde 1990 a Comunidade se empenha na pr oduo orgnica de ali ment os, implantando sist emaspermacult urais int egrados desde Janeir o de 1998. A Comunidade hoj e cont a com hor t a orgnica, herbr iomandala, e sist emas agrof lorest ais de f r ut as.

    A maior ia dos integr ant es mora em casas ecolgicas de adobe, e mant m isso como cr it r io para novasconst rues. A Comunidade cont a com cozinha comunit ri a (t odas as ref eies so f eit as conj unt ament e),unidade de r eciclagem de lixo, casa das cr ianas, uma grande oca par a hospedagem de visit ant es, bibliot eca,apir io, of icina, bio-digest or , ainda r ecebendo por gravidade gua cri st alina de uma nascent e da mont anha.

    Obj et ivos da Comunidade:

    alcanar a aut o-sust entabil idade, no s em t ermos de aliment os mas tambm em t ermos de sade,educao e produo de energias renovveis.

    f uncionar como cent r o de pesquisas par a aplicao de sist emas agr of lor estais, bio-const r uo et ecnologias alt ernat ivas como apr oveit ament o de recursos hdr icos, produo de sement es orgnicas,energia, alimentao nat ural, apicult ura, sist emas de moeda verde.

    dedicar -se a preservao do meio ambient e, combat e aos incendios, rest aur ao da bio-d iver sidadena comunidade e no ent orno do Parque Nacional.

    aper f eiar o processo de convivncia, coeso grupal e t omada de decises por consenso. educao ambient al, incent ivando pessoas que queir am apr oximar -se desse modelo de vida.

    At ualment e a Comunidade est se concent rando em quat ro pont os de sust ent ao:

    1. apicult ura,2. ervas medicinais,3. eco-t ur ismo,4. cursos de permacult ura e bio-const r uo,

    Desde de Janeir o de 99 j f oram minist r ados t r s cur sos de Permacult ura em par ceria com o I nst it uto dePermacult ura da Bahia e, em Agost o de 2000, acont eceu o pr imeir o curso de Bio-const r uo com o apoio doI nst it ut o TI B do Rio de J aneir o. O Vale do Capo, ponto de convergncia das t r s comunidades locais

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    (Campina, Rodas do Ar co-r is e Lot hlor ien), f oi escolhido como sede do 2ndo Congresso Lat ino-Amer icano dePermacult ura, que acont ecer em Set embr o de 2001.

    Temos int eresse na elaborao e realizao de novos cur sos nas reas acima cit adas e t ambm out r as, quevisem a ampliao da conscincia ecolgica. Para tant o necessit amos de apoio f inanceir o, inf ormaes,f er r ament as, sement es e mudas orgnicas, implement os para pr oduo de energia, etc.

    A Comunidade Campina est de port as aber t as para visit as e int ercambio, de pref erncia com aviso prvio.Tambm admit imos novos moradores, depois de um per iodo de exper incia com o grupo

    Esclar eciment os bsicos

    Enquant o est iver na Comunidade voc dever se integrar nos seguint es t r abalhos prt icos:

    Hor t a, herbr io, roas, apicult ura, const r ues, lenha, reciclagem do lixo, at ividades par a cr ianas, viveir o demudas, cuidados com os animais e cozinha.

    I nf ormaes det alhadas sobre a Comunidade voc poder obt er conver sando com os moradores epar t icipando do nosso cot idiano.

    Todos os servios so volunt r ios e devem ser cumpr idos com amor. No h especializao de t r abalho, t odos par t ici pam de t udo. Exist em f ocalizaes t emporr ias Fazemos t ambm uma par t ilha semanal, onde as decises so consensuais. Os horrios so bast ant e f lexveis, mas impor t ant e observar e acompanhar o moviment o do grupo. Nossos r iachos e cachoeir as so sagr ados. Deix e longe deles sabo, shampoo, coc, xi xi ou qualquer

    out r o poluente. Evit e deix ar est e t ipo de rast r os ou t r ilhas nas margens e nos caminhos. Nossa r egio suj eit a queimadas. Muit a at eno e cuidado, por f avor . Em caso de incendio, somos

    t odos combat ent es voluntrios. Desejamos uma vida simples e saudvel. Nossa aliment ao ovo-lact o-veget ar iana. Trabalhos f sicos,

    int elect uais so bem-vindos. Alcool e drogas so dispensveis. As ref eies so f eit as comunit ari ament e. Aj udar na cozinha taref a para qualquer moment o de

    f olga. S suj e o que poder lavar . Todo li xo deve ser colet ado selecionadament e: orgnico x i nor gnico, seco x molhado, r eciclvel x

    dispensvel. O saneamento bsico simples, porm r igoroso. Ut il ize sempre f ossas secas. Se necessri o, abr a

    uma. Procure dar bons exemplos em tudo o que diz e f az. Se voc est com algum problema de sade, comunique-se com algum resident e. Talvez possamos

    aj ud-lo.

    Maiores inf ormaes: [email protected]

    O planej ament o de uma Ecovila est a relacionado com os ideais dos mor ador es, disponibi lidades de mater iais,

    r elevo, quant idade de pessoas ,t amanho da propriedade e mercado consumidor que queremos at ingir .

    Devemos f azer sempre o planej ament o de ocupao do solo, est udar as potencialidade, dif iculdades e

    obj et ivos que quer emos at ingir em curt o e longo pr azo. Comear pequeno e ir cr escendo uma t t ica

    int eligente, mais se dever pensar sempre em vr ias possibil idades e escolher as melhores solues.

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    Sempre que escolhemos um caminho a seguir , vamos encont r ar obst culos para ult r apassar, f azendo uma

    anlise do cust o e benef ici o , com pesquisas e est udos poder emos chegar a boas est r atgicas e

    planejamento.

    Ut il izar Tcnicas alt ernat ivas que visam produo de aliment os e ext r ao que t enham baixo impacto

    ambient al.

    Cooperat ivas, sist ema de mut ir o , vida comunit ri a , so excelentes alt ernat ivas par a se at ingir

    sust ent abil idade

    ECOVI LA CLAREANDOPr oj et o em So Paulo

    "Eu quer o uma casa no campo..."

    Exist em pessoas que h muit o t empo almej am viver mais per t o da Natureza, da f r aternidade e das dimensessuperiores da exist ncia.O contato com a Nat ureza, seus ri t mos e ciclos f az a vida mais plena de serenidade e alegr ia, vist o quedurant e milnios nossos ant epassados sempre est iver am muit o ligados a ela.A Ecovi la Clar eando uma cont inuidade dos acampament os Franciscando que h 17 anos vem regando asmelhores sement es de cent enas de jovens par a um viver simples com nobres ideais.A proposta inicial era cr iar um condomnio rural com os ex-acampant es que crescer am e suas f amlias, dandocont inuidade ao clima de f r at ernidade e amor incondicional que gerado nas semanas dos acampamentos.Muit os simpat izant es pedir am par a "abr ir as por t eir as" para todos aqueles que se af inassem com a pr oposta.

    COMO?

    A idia que nessa Ecovila, cada um t er sua Segunda casa, com hort a comunit r ia, pomar, mat a, nascent es et odos os recursos que o ent orno of erece. A r epresa da Cachoeir a est apenas a um quilmet ro da f azendapermit indo t odo t ipo de esport e aqut ico, exi st em r ampas para asa delt a, cachoeir a, mont anhas para escalare t r ilhas belssimas.No um ret orno para um passado buclico, mas um passo ousado para o f ut uro, atendendo uma necessidadebiolgica e espir it ual do ser humano gr egrio e f io da grande rede da vida. Uma Ecovila busca int egrar asnecessidades humanas com o respeit o Natureza, compreendendo seus ciclos e r it mos, const r uindo semdest ruir , plant ando sem envenenar e mor ando sem poluir . Uma par cer ia de int ercmbio t ecnolgico com aUSP, UNI CAMP, Sabesp, Cet esb e municipali dade compe o que h de mais at ual em ecologia prof unda (videagenda 21 em ht t p:/ / www.mma.org.br /).

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    ONDE?A f azenda j exist e, ent r e Pir acaia e J oanpolis a uma hora e meia da capit al paulist a, abenoada com um dosmelhores climas do planet a por est ar ent r e os cont r af ort es da serr a da Mant iqueir a e ser ra do Mar.O Sist ema Cant areir a por ser ber o das pr incipais represas que abast ecem So Paulo uma APA (rea deprot eo ambient al) o que mot ivou uma r igorosa f iscalizao impedindo o desmat ament o e a inst alao de

    indst r ias poluidoras.

    CONSTRUI R SEM DESTRUI ROs moradores dever o opt ar por t cnicas const r ut ivas que pr eservem o ambient e, ou sej a, no r ast r o domat er ial a ser ut il izado, a agresso ambient al dever ser mnima. Os par ceir os cer t ament e t ero t ecnologiasapropriadas para sugerir.

    MORAR SEM POLUI REm pleno sculo da gua devemos separar as guas servidas das habit aes, dar pref erncia para os vasos

    sanit ri os com descarga mnima e opt ar por t r atament o de esgot os que possa ser r eciclvel, adubandorvores por exemplo.As guas pluviais dever o ser colet adas pelos telhados, armazenadas emr eservatrios subt err neos e ut ili zadas para ir r igar j ardim, lavar o cho e dar descarga.Cada r esidncia cont r ibuir dever inst alar aquecedor solar a af im de com o programa nacional de economia

    energt ica.

    O PAI SAGI SMO PRODUTI VOA r ea a ser dest inada para as moradias um imenso past o aber t o, sendo convenient e implantar alamedas eum ref lorest ament o com r vor es f r ut f eras e f lor f eras nat ivas para at r air a f auna e cr iar um micr oclimaagr advel. Ur banizar nem sempre sinnimo de dest r uio.

    Cont atos: [email protected]

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    VALORES, VISO, MISSO e OBJETIVOS da ENA-BRASIL

    .Histrico da primeira reunio da Rede Brasileira de Ecovilas , realizada em Florianpolis 2003

    Lembra-nos que os valores e a viso so os elementos mais internos, a fundamentao tica da organizao.Constituem o que no aparece, o fogo do centro do nosso crculo. A viso e um modelo mental, uma imagem de

    um futuro desejvel que e exeqvel, apropriado. Ela e ampliada sem detalhes mas busca equilbrio entreidealismo e realismo.

    A misso e os objetivos so as dimenses da ENA/Brasil articuladas no mundo.A misso a afirmao da viso expressa em palavras para o mundo. Adefinio da misso e o processo em que viso ganha uma direo, um norte. Atraduo da viso em poucas frases.

    Os objetivos so os passos que ajudam a realizaro da misso. Eles soespecficos, exeqveis, realistas. Trazem clareza mental sobre os alvos e criampontos focais de ateno e ao.

    Ursula Aner nos leva a uma caminhada por entre os elementos de Gaia, em sua

    integridade, correlacionando VALORES, no centro, com o elemento GUA. Osvalores esto ligados ao corao, tica, o que nos faz fluir. Banha e permeia otodo. A VISO relacionada ao AR, algo maior, que se amplia. A MISSOlembra o FOGO e os OBJETIVOS, o elemento TERRA, trazendo para oconcreto. Prope que faamos um contato ntimo e efetivo com cada um dosquatro elementos, como uma forma de chegar aos VALORES, VISO, MISSO e aos OBJETIVOS.

    VALORES da ENA-BRASIL

    " Honrar , celebrar e respeitar a diversidade, fluindo com a fora da verdade. Vivificar a conexo profunda comtodas as comunidades de vida, de forma a poder compartilhar, cooperar e perseverar com transparncia, clareza

    de propsito e cuidado amoroso".

    VISO da ENA-BRASIL

    ENA-BRASIL uma rede que interconecta aqueles e aquelas que buscam umareconeco com a Teia da Vida atravs da cooperao, do compartilhar e datroca em todos os nveis. Congrega pessoas, grupos, tribos, instituies eecovilas que acreditam na possibilidade da transformao e em um modo devida que suporte a evoluo do Planeta e de todas as formas de vida, incluindoas que esto por vir e honrando as que j se foram.

    MISSO da ENA-BRASIL

    ENA-BRASIL um catalisador de vontades e vises de sustentabilidadeplanetria.

    ENA-BRASIL promove e apia a experincia de assentamentos humanos sustentveis, atravs de EDUCAO,CONSULTORIA, TRANSFERNCIA DE TECNOLOGIAS, METODOLOGIAS e PROJETOS SOCIAIS.

    ENA-BRASIL honra, restaura e celebra, com criatividade, a abundncia da diversidade natural e das nossasrazes culturais. Que o som dos nossos TAMBORES, CORAES e VOZES ecoem no corao da humanidade,para que possamos danar e cantar, juntos, a cano de GAIA

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    ECOVILLAGE NETWORK AMERICASwww.ecovillage.org

    NOSSA VISO

    Ns vemos um mundo com diversas culturas , todos vivendo unidos e criando comunidades em harmonia entre sie com a Terra, enquanto satisfazem as necessidades das futuras geraes.

    NOSSA MISSO

    Engajar todas as pessoas das Amricas em comum trabalho e enfoque para juntos fazermos umatransformao global em assentamentos humanos em direo ecologicamente ,economicamente e

    culturalmente sustentvel.

    NOSSA PROPOSTA

    Dar suporte e criar integridade , sustentabilidade e evoluo de ecovilas nas Amrica .

    Facilitar a criao de novas ecovilas

    Favorecer e facilitar cooperao e diversas trocas entre ecovilas das Amrica com outras ecovilas de outras partes do mundo.Dar suporte a participantes do movimento de ecovilas em seu crescimento pessoal e integridade profissional .

    Explorar e criar formas de organizaes inovadoras e sustentveis.

    Delegar representao de ecovilas nos fruns de discursos pblicos, perante governos de suas respectivas naes e emconselhos internacionais.

    Promover pesquisa , desenvolvimento e uso de tecnologia apropriada.

    Encorajar a experincia, a compreenso e o conhecimento de caminhos para se viver em harmonia com todos e com aTerra

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    I PEMA I nst it ut o de Permacult ur a e Ecovilas da Mat a At lnt ica

    www.ipemabrasil.org.br

    O I nst it ut o de Permacult ura e Ecovilas da Mata At lnt ica, I PEMA, surgiu com o propsit o

    pr incipal de dif undir a permacult ur a por meio de cur sos, palest r as, mut ir es, t r abalhoscomunit r ios envolvendo escolas, agr icult ores, tur ist as, enf im, t oda a comunidade do local er egional. Foi f undado, inf ormalment e, h 2 anos, em Ubat uba - So Paulo, um dos poucos lugaresonde encont r amos o que resta da exuber ante Mat a At lnt ica.

    A sede do inst it ut o um exemplo prt ico de const r uo ecolgica, onde seus visit ant espodem vivenciar a permacult ura e, assim, compr eende-la melhor .

    Hoj e o I PEMA est t r abalhando, com mais nf ase, na pr omoo de cur sos, palest r as e ext enso ruralcom produtores da r egio.

    Permacult ur a

    A Permacult ura, baseada numa t ica da t er r a, t r az est mulos e solues sociais gerados dent r o dasprpr ias comunidades. A sua f ilosof ia e prt icas simples f avorecem a reint egr ao do ser humano no seu meioambient e de f ormas sust ent veis. Cr iada na Aust r lia ao f inal dos anos 70, t em como princpio a obser vaodas est r at gias da nat ureza. Desenvolve-se num design int eligent e, racionalizando a organizao de st ios ef azendas ou at mesmo de cidades, levando em consider ao os aspect os t picos de cada regio. Tendo claroas necessidades como: moradia, gua, acesso, j ardim, animais, lazer , rea de produo, r eser va f lor estal et c.,podemos planej ar t udo de f orma int egrada, com harmonia, ef icincia e ecologicament e cor ret a.

    Nunca duvide de um pequeno grupo de cidados pensantes possam mudar o mundo, pois na

    verdade , a nica coisa que realment e t em acont ecido

    Apost ila by MARCELO BUENO

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