ecossistemas terrestres existentes no estado de são paulo

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  • 8/12/2019 Ecossistemas Terrestres Existentes No Estado de So Paulo

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    ConfinsNumro 9 (2010)Nmero 9

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    Marcello Martinelli

    Estado de So Paulo: aspectos danatureza

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    Avertissement

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    Referncia electrnica

    Marcello Martinelli, Estado de So Paulo: aspectos da natureza , Confins[Online], 9 | 2010, posto online em 01Outubro 2010. URL : http://confins.revues.org/6557DOI : en cours d'attribution

    diteur : Thry, Hervhttp://confins.revues.orghttp://www.revues.org

    Document accessible en ligne sur :http://confins.revues.org/6557Document gnr automatiquement le 01 Novembro 2010. Confins

    http://confins.revues.org/6557http://www.revues.org/http://confins.revues.org/http://confins.revues.org/6557http://www.revues.org/http://confins.revues.org/
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    Marcello Martinelli

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    Vegetao

    1 As espcies da flora no esto distribudas ao acaso, mas sim agrupadas em formaes vegetaisoufitocenosesem equilbrio com o solo, clima, alm de contar com a concorrncia de aespor parte da sociedade humana.

    2 Vegetao a forma de agrupamento das espcies vegetais em consonncia com o ambiente,incluindo a participao da ao do homem na sucesso de seus modos de produo.

    3 Uma primeira distino das fitocenoses (agrupamentos de espcies) pode ser feita com basefisionmica, levando em conta o tipo de estrutura sem considerar a flora: formaes herbceas,arbustivas e arbreas.

    4 Entretanto mais consistente considerar a vegetao quando as fitocenoses so vistas, alm de

    sua fisionomia, tambm sob o aspecto florstico. Assim, nota-se que aquelas so constitudasde espcies diferentes, com exigncias similares em termos ecolgicos.5 Desta maneira se poder evoluir para a individualizao das associaes vegetais,as quais se

    distinguem em base florstica e ecolgica.6 Conceitua-se, assim, associao vegetalcomo sendo formada por um agrupamento de plantas

    em equilbrio entre si e com o meio ambiente. Tem uma composio florstica bem definidae tende a evoluir para outras associaes ao longo do tempo (dinamismo).

    7 A cartografia da vegetao (cartografia fitossociolgica) consiste em transpor para o mapaos limites entre as associaes vegetais distinguidos por suas caractersticas (composioflorstica, ecologia e dinamismo). Neste sentido, no mbito desta cartografia pode-seconsiderar a organizao de mapas, fisionmicos (as fitocenoses so distinguidas pelo aspectofisionmico), fitossociolgicos (registram agrupamentos de plantas em equilbrio entre sie com o ambiente) e dinmicos (mostram a sucesso de estgios em que as associaesevoluem em direo ao clmax - srie de vegetao). Outros, ainda, seriam feitos como, davegetao real (aquela observada no momento) e da vegetao potencial (a que se constituiriaem determinado ambiente se cessada a interveno antrpica).

    8 Neste contexto, podem-se discernir duas linhas principais que coordenam a cartografia davegetao. Aquela fiel cartografia clssica (cartografia fitossociolgica), onde as unidadesde mapeamento so associaes afins (tipos de florestas, de arbustos e de campos) e aquelaque almeja a cartografia integrada (cartografia dinmica), na qual as unidades de mapeamentoso as sries de vegetao decompostas nas respectivas associaes, desde as pioneiras ataquelas do clmax (PEDROTTI, 1983; 1987).

    9 Na primeira so utilizados grupos distintos de cores vizinhas para cada grupo de associaes

    afins. Um dos primeiros mapas realizados dentro desta concepo foi aquele para a regio deMontpellier no sul da Frana, por obra de BRAUN-BLANQUET (1937/1943). Na segundaso selecionadas cores diferenciadas, uma para cada srie, coerentes ecologia, pormcom variao de valor visual para designar a ordem dos estgios. Dentre os mapas maissignificativos desta linha, se destacou aquele da Crsega (F) de (DUPIAS et al., 1965).

    10 Florestas, certos tipos de plantas e desenhos de animais estiveram presente nos mapas desdeseus primrdios, mas na segunda metade do sculo XVIII reas florestadas j compunham ocontedo de mapas topogrficos de grande escala.

    11 O mapeamento sistemtico de plantas e animais teve incio com ZIMMERMAN, mediante seumapa de distribuio de animais de 1777 e com RITTER, por meio de seu mapa das rvores

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    e arbustos da Europa de 1805. Este ltimo, em particular, ressaltava as faixas de latitude paraenfatizar relaes com os climas zonais.

    12 No incio do sculo XIX, os mapas desta temtica ganharam novas contribuies com osperfis da vegetao que se anexaram aos mesmos, principalmente para evidenciar sua variaosegundo os planos altitudinais.

    13 A primeira e verdadeira tentativa de mapeamento da vegetao foi empreendida porSCHOUW, botnico dinamarqus que publicou os fundamentos da geobotnica em 1823,

    trabalho complementado por um Atlas com doze mapas coloridos. Com a mesma obra o citadoautor foi o pioneiro a estabelecer a descrio e registro sistemtico da vegetao do globo.

    14 Em particular, o ltimo mapa deste Atlas de sntese, apresentando a Terra dividida em regiesfitogeogrficas identificadas por cores, sendo caracterizadas por eptetos concisos.

    15 Em termos de sintaxe da linguagem da cartografia temtica digno de nota verificar queSCHOUW j usara a cor como varivel visual na transmisso da mensagem acerca de certoconhecimento cientfico, mais do que apenas dar um realce esttico ao registro monocromticoque usualmente vinha sendo feito.

    16 As orientaes modernas da cartografia da vegetao esto fundamentadas no reconhecimentoe classificao rigorosa dos agrupamentos vegetais lastreados no estudo estatstico dosmesmos.

    17 A definio das cores para esta cartografia, fundamentada mais num raciocnio lgico do quenos ditames puramente convencionais, devida a GAUSSEN (1961). As cores so escolhidaspara representar as comunidades vegetais organizadas em sries dinmicas, tomando porbase um cdigo ecolgico apoiado em determinadas caractersticas do clima e solo. Assim,a srie do Carvalho, que compreende agrupamentos em clima temperado e meio frio, sendodeterminada, sobretudo, pela umidade representada pela cor azul. A vegetao mediterrnearecebe cor vermelha (calor) ou amarela (secura). A vegetao equatorial, de clima quente(vermelho) e mido (azul) ser expressa pelo violeta.

    18 Quando o relevo o componente preponderante acrescentam-se as condies prprias dasregies montanhosas, onde a altitude tem papel essencial intervindo nas condies climticas.A vegetao passa a se ordenar em andares onde as cores ganham tonalidades em ordem visual,em consonncia com as condies climticas que dele decorrem, do mido para o seco com

    tons que vo dos frios para os quentes (GAUSSEN, 1961; OZENDA, 1986; REY, 1988).19 Pode-se citar como um primeiro mapa da vegetao do Brasil o trabalho intitulado Mattas

    e campos no Brasilde autoria do Servio Geolgico e Mineralgico publicado em 1911.Representa as seguintes formaes:

    Matas (incluindo as que tm sido devastadas) Campos Caatingas Vegetao costeira Pantanal

    20 Outra representao digna de nota referente vegetao brasileira, com vistas conservaodos recursos florestais o Mappa florestalde Gonzaga de CAMPOS (1912) na escala 1:

    5.000.000.21 Considerou a seguinte classificao:

    Matas Florestas da zona equatorial Florestas da encosta atlntica Matas pluviais do interior Matas ciliares Capoeires, capoeiras Pastos

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    Campos Campinas Campinas do sul Campos-cerrados Campos alpinos 3. Caatingas 4. Vegetao costeira

    5. Pantanal22 Em tempos mais recentes, a cartografia da vegetao brasileira estipulada para escalas que

    vo de 1: 250.000 at 1: 1.000.000 passou a levar em conta uma classificao em base aosistema fisionmico-ecolgico. Ela se inclui dentro de uma hierarquia de formaes segundoELLEMBERG e MUELLER-DOMBOIS (1965/1966). Segue a sequncia que consideraa estrutura fisionmica, os parmetros do clima, a transpirao, a fertilidade do solo, ocomportamento das plantas e o ambiente.

    23 Os primeiros limites de vegetao para o estado de So Paulo, foram traados por LOEFGRENem 1906.

    24 Um trabalho marcante na histria da cartografia da vegetao paulista foi, sem dvida alguma,aquele executado por SERRA FILHO et al. (1974) editado pelo Instituto Agronmico de SoPaulo. Trata-se doLevantamento da cobertura vegetal natural e do reflorestamento no estadode So Pauloproduzido a partir das aerofotografias verticais, pancromticas, em escala de 1:25.000, da cobertura aerofotogramtrica do Estado realizada no perodo de 1971 a 1973. Oempreendimento foi levado a efeito atravs do mtodo da amostragem sistemtica por gradede pontos, sendo foto interpretados os tipos de vegetao natural nas formas de mata, capoeira,cerrado, cerrado, campo cerrado, campo e de reflorestamento.

    25 Os autores foram cuidadosos em apresentarem os conceitos de cada tipo de vegetaoreconhecido em territrio paulista:

    26 Mata: formao vegetal inteiramente dominada por rvores, de estrutura complexaapresentando grande riqueza de espcies, em trs estratos distintos: estrato superior,relativamente pouco denso formado por indivduos de 15 a 20 metros de altura, de troncoscilndricos, com esgalhamento mdio e alto; estrato intermedirio, com alta densidade,

    constitudo por indivduos de 10 a 15 metros, com copas mais fechadas; estrato inferiorconstitudo por ervas e arbustos de at 3 metros de altura. Tais formaes apresentam, emfuno da umidade, maior ou menor riqueza em espcies e presena de epfitas e lianas.

    27 Capoeira: vegetao secundria que sucede derrubada das florestas, constitudaprincipalmente por indivduos lenhosos de segundo crescimento, na maioria, da florestaanterior e por espcies espontneas que invadem as reas devastadas, apresentando porte desdearbustivo at arbreo, porm com rvores finas e compactamente dispostas.

    28 Cerrado: formao vegetal constituda de trs andares distintos: o primeiro apresentaespcies umbrfila, rasteiras ou de pequeno porte; o segundo arbustos e pequenas formasarbreas, constituindo sub-bosques, no ultrapassando a altura de 5 a 6 metros, e o terceiro,o principal, formado de rvores de 10 a 20 metros de altura, de troncos menos tortuosos, no

    ramificados desde a base com predominncia de madeiras duras.29 Cerrado:formao de fisionomia peculiar caracterizada por apresentar indivduos de porte

    atrofiado (que podem atingir aproximadamente 6 metros de altura), enfezados, de troncosretorcidos (tortuosos), cobertos por casca espessa e fendilhada, de esgalhamento baixo ecopas assimtricas, folhas na maioria grandes e grossas, algumas coriceas, de caules e ramosencortiados, com ausncia de acleos e espinhos, bem como de epfitas e lianas.

    30 De modo geral, apresenta-se com trs estratos: estrato superior constitudo por rvoresesparsas de pequeno porte (4 a 5 metros de altura); estrato intermedirio formado por arbustosde 1 a 3 metros de altura, e estrato inferior constitudo por gramneas e subarbustos, em geral

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    at 50 cm de altura, pouco denso, deixando espaos intercalares, onde o solo pode se apresentarpouco ou desprovido de revestimento.

    31 Campo cerrado:so campos com pequenas rvores e arbustos esparsos, disseminados numsubstrato graminide. Vegetao constituda por uma flora mais alta arbreo-arbustiva (at 3metros) integrada por indivduos bastante espaados entre si, com porte geralmente atrofiado,distribudos no estrato herbceo, baixo, graminide, onde frequentemente encontram-se ocapim barba-de-bode e o capim gordura.

    32 Campo: este tipo de vegetao caracteriza-se por uma cobertura graminide e herbcea,observando-se a ausncia de rvores.

    33 Reflorestamento:so formaes disciplinadas e homogneas quanto s essncias, plantadasem macios para suprimento industrial e em talhes isolados, geralmente para consumo internodos estabelecimentos rurais.

    34 Em data mais recente conta-se tambm com o Inventrio florestal do estado de So Pauloorganizado porKRONKA et al. (1993), editado pelo Instituto Florestal, que mapeou categoriasde cobertura vegetal natural conforme manifestaes fitofisionmicas discernidas em: mata,capoeira, cerrado, campo, campo cerrado, cerrado, vegetao de vrzea, vegetao derestinga, vegetao de mangue e reflorestamento. Este ltimo considerou os gneros Pinus,Eucalyptus e outros de menor ocorrncia.

    35

    O levantamento foi feito por fotointerpretao das imagens de satlite LANDSAT 5 ThematicMapper na escala 1: 50.000, em composio colorida nas bandas 3, 4 e 5.36 Este empreendimento contou como o apoio das imagens de satlite LANDSAT TM, escala 1:

    100.000, bandas 3, 4 e 5 e composio colorida nas bandas 2, 3 e 4, fotos areas pancromticasverticais na escala 1: 35.000 (1980/81), 1: 45.000 (1977), 1: 25.000 (1970/73), alm demosaicos aerofotogramtricos semicontrolados de 1980/81 e fotondices, Carta do uso do solodo estado de So Paulo na escala 1: 250.000 do Plano Cartogrfico do Estado de So Paulo,IGC, 1980.

    37 A cobertura vegetal natural do estado , atualmente, de 3.340.774 ha, o que correspondea 13,4% da rea total. Nesta, as categorias vegetacionais tm a seguinte participao emhectares: [fig. 1]

    Mata 1.842.180 ha Campo 983.114 Cerrado 73.202 Cerrado 208.586 Campo cerrado 1.834 Campo 1.933 Vegetao de vrzea 133.687 Vegetao de mangue 8.054 Vegetao de restinga 31.609

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    38 Este mapa foi construdo a partir do citado inventrio por compilao, mediante reduo erespectiva generalizao para se chegar escala 1: 2.500.000. Sua cartografia consideroua relao de diversidade entre os contedos dos conjuntos espaciais, levando a adotar adiversidade entre as cores.

    39 Indo a tempos bastante pregressos pode-se mostrar, a partir de estudos cientficos pertinentes,aspectos da cobertura vegetal de eras passadas.

    40 Fruto de pesquisas, ABSBER (1977) traou em mapa um mosaico morfoclimtico efitogeogrfico, um quadro das reas preferenciais de penetrao das formaes vegetaisabertas de climas secos e frios, por ocasio dos perodos glaciais quaternrios sobre reas

    que hoje so domnios florestais do ltimo perodo seco ocorrido entre 13.000 e 18.000 anos(Wrm-Wisconsin) para a Amrica do Sul. Para tanto, utilizou informaes sobre a estruturasuperficial das paisagens associadas a inmeras pesquisas de campo realizadas em sua vidaprofissional.

    41 Como um primeiro ponto relevante, apontou como significativos os mini enclaves devegetao xerfila de carter residual.

    42 Com a pesquisa pde afirmar que as caatingas tiveram maior extenso em tais pocas,penetrando em planaltos intertropicais, onde hoje esto as matas e os cerrados, enquantoque a rea nuclear desses ltimos teria sido menor, por retrao do respectivo domniomorfoclimtico e ecolgico.

    43 Todo esse cabedal de conhecimento integra o que se chama Teoria dos Refgios Florestais,para a qual, ABSBER (1988, 1992, 1996) trouxe significativas contribuies.

    44 Num recorte interessando especificamente ao estado de So Paulo, nos planaltos interiores,fora das depresses, teriam predominado os cerrados sobre as matas. Nas depresses estariamas caatingas. As matas ficaram reduzidas a agrupamentos de refgios posicionados emstios especficos - as matas orogrficas e brejos (ilhas de umidade e paisagens enclaves).Os refgios da Serra do Mar devem ter permanecido em faixas descontnuas junto spartes superiores das altas vertentes expostas umidade. As baixadas litorneas, na poca,relativamente secas, estiveram mais avanadas em direo plataforma continental por contade nveis mais baixos dos mares.

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    45 Por fim, as partes planlticas mais elevadas, mais frias e secas, interessando, tanto ao Brasilmeridional como ao estado de So Paulo, teriam facilitado a expanso das araucrias para onorte, porm, mediante formaes bem menos compactas e contnuas e entremeadas de setoresestpicos secos, dispostas em faixas alongadas, seguindo os espiges e serranias, dotados decumes sub-midos e midos [fig. 2].

    46 Viadana (2002), em sua Tese de Livre Docncia empreendeu pesquisa especfica paraa aplicao da Teoria dos Refgios Florestais ao estado de So Paulo, entrevendotambm fornecer subsdios para implementar programas de preservao das reduzidas reas

    remanescentes da cobertura vegetal primitiva no territrio paulista.47 Fruto de intenso trabalho de campo, e consulta bibliogrfica especfica, elaborou um mapa,em primeira aproximao, da situao paleofitogeogrfica dos mosaicos vegetacionaispleistocnicos terminais do citado estado.

    48 O mapa expe os Domnios naturais de h 13.000 18.000 anos. A cobertura era, ento, feitapor caatingas, cerrados, campos e mata ciliar ao longo dos rios. Destacava-se a presena defragmentos de floresta, os refgios que, numa faixa na face oriental da Serra da Mantiqueirae numa ampla rea no litoral norte, junto Serra do Mar de ento, eles j se aglutinavam deforma praticamente contnua. Era o incio do que viria a ser a Mata Atlntica. O mesmo maparegistra ainda os principais eixos das rotas percorridas pela expanso da caatinga [fig. 3].

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    49 TROPPMAIR (1969) a partir do exame de documentos histricos, interpretao da toponmiaem lngua tupi-guarani e portuguesa, estudos do meio fsico, com destaque ao relevo, elaborouo mapa da cobertura vegetal primitiva do estado de So Paulo.

    50 Mediante uma legenda que atribuiu cores diferenciadas entre aquelas frias s respectivasrubricas, o autor registrou as seguintes ocorrncias no mapa: Matas, com presena em todaa poro planltica do estado; Cerrados, ocorrendo na Depresso Perifrica; Campos limpos,com predomnio na poro sul da Depresso Perifrica; Vegetao litornea presente no sopda Serra do Mar; Vegetao de Araucrias, tidas como formao relquia, decorrente depaleoclimas mais secos e frios do Mioceno, com presena nas partes altas da Mantiqueira

    e em pequenas pores isoladas nas pores mais elevadas da Serra de Paranapiacaba e doMar; Campos sujos, comparecendo junto s ocorrncias de Cerrados e Palmeiras esparsas empequenos ncleos em todo o interior paulista [fig. 4].

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    51 No processo histrico de produo do espao paulista iniciado no sculo XVI com acolonizao portuguesa procedeu-se a intensa ocupao do territrio, principalmente com acultura do caf iniciada no comeo do sculo XIX, resultando numa reduo progressiva dacobertura de vegetao nativa empreendida at os dias atuais.

    52 Para se ter uma avaliao da cobertura vegetal e consequentes alteraes podem-se considerartrs perodos principais para os quais foram realizados levantamentos mediante o emprego devrios tipos de sensores remotos e de diferentes mtodos de registro.

    53 1. BORGONOVI e CHIARINI (1965) empreenderam um levantamento com fotos areas de

    1962, registrando as reas com cerrado, cerrado e campo.54 2. BORGONOVI e CHIARINI. (1967) realizaram um levantamento por fotointerpretao dasfotografias areas, tambm de 1962 das reas de floresta natural e reflorestamento. (mata,capoeira, cerrado, cerrado, campo cerrado e campo).

    55 3. SERRA FILHO et al. (1974) levaram a efeito um diagnstico da cobertura vegetal natural,com base nos levantamentos aerofotogramtricos de 1971/1973, considerando diferentesfeies fitofisionmicas: mata, capoeira, cerrado, cerrado, campo cerrado e campo.

    56 Ressaltando com bastante propriedade o andamento do processo da devastao na dinmicada vegetao nativa do estado de So Paulo, VICTOR (1975) empreendeu uma sequncia dereconstituies da cobertura florestal mediante uma cartografia diacrnica, desde a situaoprimitiva at o ano de 2000 para mostrar a evoluo de tal retrao [fig. 5].

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    Ecossistemas

    57 O termo ecossistemafoi proposto por TANSLEY (1935). uma unidade funcional bsicada ecologia incluindo, tanto os organismos vivos (a biocenose), quanto o ambiente abiticoem que esses esto (o bitopo), inseparavelmente inter-relacionados, interagindo entre si. chamado tambm de biogeocenose.

    58 Os ecossistemas podem ser classificados por caractersticas funcionais ou estruturais.A energia a base para uma classificao funcional. A vegetao fornece o lastropara a classificao dos biomas - grandes biossistemas (plantas e animais) regionais ousubcontinentais individualizados por um tipo principal de vegetao ou outro aspectoidentificador da paisagem (ODUM, 1988).

    59 Eles compreendem uma estrutura e um funcionamento. A estrutura a da biocenose e ofuncionamento resulta em parte das relaes de cada espcie com o meio natural e em partedas inter-relaes entre as espcies.

    60 Pelo fato dos vegetais vasculares constiturem a quase totalidade da biomassa e das trocasso responsveis por todo o contedo do ecossistema, bem como de seu funcionamento erespectivo bitopo.

    61 Por conta disso, a cartografia da vegetao constitui a origem e o centro das atenesda cartografia ecolgica. A cartografia dos ecossistemas considera como ponto bsico oestabelecimento de uma tipologia, a qual parte da anlise pluridisciplinar da realidade.

    62 Uma primeira imagem satisfatria do conjunto pode ser dada pela fitocenose, a qual permitededuzir grande parte dos conhecimentos sobre os animais, microorganismos, as condiesclimticas e do solo a ela relacionada (OZENDA, 1986).

    63 Esta cartografia permite realizar o passo seguinte que a cartografia ambiental.

    64 Dentro deste contexto, OZENDA (1974; 1977; 1986) prope um ensaio metodolgico, oqual se efetiva mediante uma sucesso de nveis de anlise, iniciando necessariamente pelomapa da vegetao. A cartografia das sries de vegetao (associaes desde as pioneirasat o clmax) e da vegetao potencial (clmax) fundamental para o estabelecimento demapas ditos intermedirios - os ecolgicos - os quais possibilitam a anlise dos fatores quecondicionam o meio natural. Esta a cartografia dos ecossistemas, como j apresentada. o nvel explicativo das inter-relaes que organismos vivos estabelecem entre si e como meio abitico. Passa-se, em seguida, ao mapa ambiental propriamente dito, integrando,progressivamente todos os problemas do ambiente at chegar naqueles mais ligados aoimpacto das atividades desenvolvidas pela sociedade humana.

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    65 Na sua cartografia, uma cartografia de sntese, o ecossistema visto numa perspectivahorizontal, isto , a sua distribuio, estrutura e organizao espacial dos componentes biticose abiticos (a biogeocenose).

    66 Numa contribuio de destaque para a cartografia temtica do estado de So Paulo, SETZER(1966) ao considerar o clima e a geologia como fatores bsicos a condicionarem as feiesgeomorfolgicas, pedolgicas, hidrolgicas e fitogeogrficas do territrio paulista, compsuma tipologia de paisagens intrnsecas s possibilidades passadas, atuais e futuras da atividade

    humana junto natureza.67 Nessa tipologia, o autor distinguiu uma sntese disposta em seis regies ecolgicas com

    denominaes emprestadas das respectivas formaes geolgicas nelas presentes.

    Arenito Bauru Serra Geral Depresso Paleozica Complexo Cristalino Vale do Paraba Baixada Litornea

    68 Cada uma delas foi subdividida em duas zonas, mais quente e mais fria. Para tanto, acartografia temtica resolveu tal representao, considerando as regies ecolgicas como

    distintas, recebendo uma variao visual seletiva modulada entre as cores. Para a subdivisoadotou-se a variao visual de valor do escuro para o claro correspondendo respectivamente caracterizao mais quente e mais fria [fig. 6].

    69 Com uma pesquisa original, levando em conta o dinamismo que preside a estrutura eo funcionamento da natureza, o Professor TROPPMAIR (1975) empregou a tcnica daFenologia para elaborar o mapa das Regies Ecolgicas para o estado de So Paulo. Paratanto, praticou estudos sistemticos para verificar o comportamento da flora, observando oincio, o apogeu e o fim da florao de determinadas espcies. Analisou o comportamentonormal das espcies escolhidas em comparao com os desvios frente ao desempenho normal.O fato das espcies estudadas se ressentirem aos menores estmulos do meio, permitiu aoautor considerar os seguintes grandes conjuntos espaciais, dentre os quais, alguns ganharamsubdivises especficas, por conta de nuances caracterizadoras:

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    Litoral Sul Litoral Norte Vale do Paraba (com quatro subdivises) Planalto cristalino e Sul da depresso mesozica (com duas subdivises) Centro-Norte da depresso paleozica Centro-Norte (com duas subdivises) Reverso da borda do Planalto Ocidental

    Centro-Sul Pontal Interior do Planalto Ocidental Noroeste

    70 Cada uma das 11 regies recebeu uma cor distinta. Aquelas que se desdobraram emsubunidades receberam cores em harmonia com a principal [fig. 7].

    71 Mais tarde, com publicao em 1983, o mesmo TROPPMAIR retrabalhou a respectivacartografia, propondo o mapa dos Ecossistemas para o estado de So Paulo, segundo aclassificao de JALAS (1965), que levou em considerao a interferncia da sociedadehumana. A cartografia foi feita a partir da anlise das imagens de satlite Landsat, na escala de1: 250.000, canal 5, abrangendo o perodo chuvoso (outubro 1979 a maro 1980) e do trabalhode campo efetuado durante os anos de 1978 a 1981.

    72 Coerentemente com a deciso do autor tem-se a seguinte tipologia:

    Ahemeorbio - Ecossistema natural: matas tropicais e/ou de galeria, mangue e jund. Oligohemeorbio - Ecossistema com ntida interferncia antrpica, porm comcaractersticas mais naturais do que artificiais: cerrados, campos sujos e mata secundria.

    Mesohemeorbio - Ecossistema com vestgios de espcies e componentes naturais,porm no conjunto mais artificial do que natural: pastagens.

    Euhemeorbio - Ecossistema artificial: micro campos de culturas de subsistncia, macrocampos de culturas comerciais de caf, cana e laranja, reflorestamento, higrocultura,horticultura e espaos urbanizados.

    73 Ainda, o mesmo autor, frente escala adotada reconheceu mosaicos com diferentescombinaes de ecossistemas em espaos muito reduzidos.

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    74 Para os ecossistemas aquticos foram considerados:

    Ecossistemas marinhos afetados pela poluio. Corpos hdricos oligosaprfitos Corpos hdricos mesosaprfitos. Corpos hdricos polisaprfitos [fig. 8].

    75

    Geossistemas

    76 Os geossistemas se incluem na concepo da realidade vista e entendida de forma integrada- holstica. Compem uma viso que veio desde a antiguidade grega; ganhou grandeconsiderao no sculo XVII com Alexander von HUMBOLDT.

    77 Apesar da diviso da geografia em vrias especialidades no final do sculo XIX, foi na dcadade 1930 do sculo seguinte, que os bilogos reanimaram o pensamento integrado e sistmicoquando se firmou a viso de relao, de contexto e de dinmica, postura metodolgicafundamentada na Teoria Geral dos Sistemas devida a DEFAY, em 1929, e a BERTALANFFYna dcada de 1950.

    78 Os estudos dos geossistemas se desenvolveram a partir das propostas de (BERTRAND, 1968)e de SOTCHAVA (1977).

    79 A primeira se relacionava ao estudo das paisagens no quadro de uma Geografia Fsica Global.Constitui-se em um nvel de classificao daquelas, no interior de uma escala espao-temporal,baseada nas ordens de grandeza do relevo. Assim, a abrangncia espacial de um geossistemairia de dez a cem quilmetros quadrados aproximadamente. nesta ordem de grandeza quese situa a grande parte dos fenmenos que interessam geografia. Corresponderia escalahumana, tanto no tempo como no espao. Nesta escala a paisagem teria certa homogeneidadee mesmo tipo de evoluo. Ao considerar reas mais limitadas seria necessrio recorrer asubdivises como, geofcies, getopos ou outras ainda menores.

    80 Os geossistemas seriam sempre unidades naturais com elementos abiticos que, interligadose interdependentes formariam estruturas que se projetam em paisagens com fisiologia e

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    dinmica particular. Sua cartografia ser sempre, eminentemente de sntese (FERREIRA,1997).

    81 Bertrand definiu paisagem como no podendo ser uma simples soma de elementos geogrficosdistintos. Mas sim, sendo numa determinada poro do espao, o resultado da combinaodinmica, portanto instvel, de elementos fsicos, biolgicos e antrpicos que, reagindodialeticamente uns sobre os outros, fazem da paisagem um conjunto nico e indissocivel emperptua evoluo.

    82 A proposta de SOTCHAVA, que teria usado pela primeira vez o termo GEOSSISTEMAem uma publicao de 1960 para designar Sistema Geogrfico ou Complexo NaturalTerritorial, visava promover uma maior integrao entre a natureza e a sociedade. Temcomo conceituao: geossistema a expresso dos fenmenos naturais, ou seja, o potencialecolgico de determinado espao no qual h uma explorao biolgica, podendo influir fatoressociais e econmicos na estrutura e expresso espacial, porm, sem haver necessariamente,face aos processos dinmicos, uma homogeneidade interna. Para sua cartografia sernecessrio ingressar em um nvel de raciocino de sntese.

    83 Outros autores como, ROGERIE. e BEROUTCHACHVILI (1991), em pocas posteriorestambm contriburam com revises acerca desses estudos.

    84 Dentro do domnio dos geossistemas, corroborando com os resultados de pesquisas

    anteriores, TROPPMAIR em 2000, considerou uma nova cartografia de sntese para oestado de So Paulo, congregando 15 Geossistemas. Alguns esto nitidamente relacionados acompartimentos geomorfolgicos, outros a aspectos ambientais como clima e solo.

    85 O estudioso apontou, ainda, que ao entrever as interrelaes entre elementos, apesar de todosparticiparem do Geossistema para formar o conjunto, alguns deles despontam pela sua atuao,tornando-se dominantes, assim comandando e direcionado a caracterizao do todo.

    86 Dessa maneira, na Plancie Costeira paulista destaca-se o excesso de gua no solo, enquantoque no Planalto Ocidental Noroeste acontece ao contrrio.

    87 Os geossistemas foram, assim, denominados:

    Plancie Costeira Sul Plancie Costeira Norte Escarpas da Serra do Mar Sorocaba Vale Paraba Bacia de So Paulo Mar de Morros Mantiqueira Depresso Perifrica Sul Depresso Perifrica Norte Cuestas Serrinhas de Marlia Planalto Paulista Sudoeste Planalto Paulista Centro Planalto Paulista Noroeste [fig. 9].

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    Para citar este artigo

    Referncia electrnicaMarcello Martinelli, Estado de So Paulo: aspectos da natureza , Confins[Online], 9 | 2010, postoonline em 01 Outubro 2010. URL : http://confins.revues.org/6557

    @sobreMarcello Martinelli

    Professor no Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas daUSP [email protected]

    Direitos de autor

    Confins

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    Confins, 9 | 2010

    ndice geogrfico :So Paulo