economia, inovação e emprego

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Moção de Estratégia Sectorial de Diogo Meireles ao IV Congresso Distrital do Porto da Juventude Popular.

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ECONOMIA, INOVAÇÃO E EMPREGO

DIOGO MEIRELES

Moção de Estratégia Sectorial VI Congresso Distrital do Porto da Juventude Popular

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Economia, Inovação e Emprego

Foi no Distrito do Porto, local onde todos reconhecem uma identidade própria, que nasceram

algumas das maiores empresas nacionais. As indústrias do calçado, dos têxteis, da

transformação de cortiça, do ouro, do vinho ou da madeira e mobiliário são apenas algumas

que ainda dão emprego, criam riqueza e marcam a economia do nosso país.

Os empresários do Porto foram desde sempre aquilo a que tradicionalmente se chama de

“industriais”. Dedicavam-se a um sector em particular, não se aventuravam no nebuloso sector

financeiro. Houve excepções – como Artur Cupertino de Miranda (que fundou o Banco

Português do Atlântico no Porto, em 1919) – mas a regra era o foco na indústria. Aqui os

industriais progrediam à custa dos capitais próprios e da retenção de lucros para

reinvestimento.

Já mais recentemente, o nosso distrito qualifica-se como a segunda zona do país com maior

abertura de novas empresas. Mas também foi o que viu mais empresas fechar no 1º trimestre

de 2013.

No que se refere à exportação, aqui estão sedeadas algumas das mais exportadoras do nosso

país e das maiores empresas nacionais. A saber: Sonae, Lactogal, Unicer, SN Maia, Efacec,

Grupo Amorim, Mota Engil, Bial, Salvador Caetano, Optimus, Worten, entre outras.

Historia empreendedora não falta, instituições empresas e equipamentos também não.

Como a história pertence ao passado, os olhos estão agora virados para o futuro. Para a

promoção do crescimento económico nos dias de hoje, é crucial o aproveitamento da posição

geográfica desta região tendo em vista a criação de economias de escala qualificadas para

enfrentar o comércio global decorrente da forte onda de globalização dos últimos anos.

Para sermos competitivos em relação às mega-cidades de outros pontos do mundo, o

conceito de Distrito e/ou região deve ser optimizado para se puder aproveitar a proximidade

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e para haver maior cooperação económica e social. Mas não é isto que tem acontecido, e o

que vemos é um Distrito com realidades distintas, havendo fortes desequilíbrios entre os 18

concelhos. Sendo por isso importante maximizar as mais-valias de cada concelho para se criar

condições para viver, investir e trabalhar nas várias zonas que compõem o centro mas

também a periferia.

No momento actual é decisivo que as cidades se afirmem. É este o momento para colocar em

prática a inovação, a criatividade e o cultivo do empreendedorismo em todos os cidadãos.

É fundamental que as empresas se juntem com as universidades e que se criem redes de

partilha de conhecimento e de produção conjunta entre as várias entidades empresariais.

Uma vez que esta é uma vertente económica que demora tempo a ter ver resultados práticos,

o que ainda falta é a consistência das políticas de inovação e empreendedorismo, uma vez que

esta é uma principalmente naquilo que podem ser as medidas de incentivos. Temos de

apostar num processo continuado de criação de condições para um crescimento sustentado.

Alguns dos concelhos do Distrito do Porto estão destacados no aumento do desemprego em

2012 face a 2011. Como acontece com Matosinhos, mais 33,2%, Paços de Ferreira, 30,3%,

Penafiel, 29,2%, Paredes 29,1%, Maia, 26,5%, Lousada, 26,3% e Gondomar, 24,9%.

E a população jovem continua a ser flagelada por esta chaga social de forma ainda mais

violenta. Comparando a taxa de desemprego jovem de 2012 face a 2011, o aumento foi de

32,7% destacando-se aqui os acréscimos brutais verificados em Matosinhos, mais 60,4%,

Marco de Canaveses, mais 52,3%, Paços de Ferreira, mais 40,6%, Vila do Conde, mais 38,5%,

Penafiel, mais 37,5%, Vila Nova de Gaia, mais 36,5% e Paredes, mais 36,4%.

Ora com estas taxas galopantes de desemprego, o Porto é o distrito com o maior número de

beneficiários de desemprego, com 85 363 subsídios atribuídos em Agosto de 2013. Dinamizar

a economia e criar emprego é imperativo, e trata-se de uma exigência de políticas integradas

entre si e que se estendam aos concelhos, distritos e regiões.

É assim que podemos promover o empreendedorismo, atrair investimento, ganhar escala e

por sua vez competitividade para que haja um desenvolvimento harmonioso e sustentável.

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A base de uma economia forte não resulta do peso do Estado/Câmara mas sim de um políticas

com uma forte propensão liberal – às quais se associa que não criam barreiras e promovem

oportunidades.

Para que haja desenvolvimento económico tem de se promover o desenvolvimento social.

Primeiro é preciso fixar as pessoas, de seguida manter a evolução do nº de empresas criadas,

depois dinamizar o comercio.

Defendemos um Estado forte não por força dos impostos mas por força do poder empresarial

e poder das famílias. O desenvolvimento é obra da sociedade civil e não do estado. O Estado

deve apenas orientar.

A diminuição do peso do Estado na economia pretende-se gradual e é uma matéria que tem

de ser bem avaliada porque nem sempre o caminho mais fácil é o mais proveitoso para o

futuro.

A percentagem do dinheiro que o Estado gasta e que é pago pela receita presente ou receita

futura foi de 47,4% em 2012. Os sucessivos défices dos últimos anos não só se devem ao peso

excessivo como também significa que a despesa saiu do controlo. Olhar apenas para o lado da

receita não fará adormecer o “monstro” e só o lado da despesa o tranquilizará. O Estado são

as pessoas e numa lógica de escolha é crucial retirar ao Estado logo em primeiro lugar naquilo

que ele faz mal e não é eficiente. Não é eficiente, por exemplo, criando barreiras burocráticas

e administrativas às empresas.

E no pouco que o Estado deve controlar somos favoráveis a uma cultura de rigor e boa gestão.

A par desta redução da despesa do Estado é que se pode diminuir os impostos sobre as

empresas e famílias.

Defendemos uma carga fiscal mais leve e que seja garantido que não há fugas fiscais porque

há realmente cargas tributárias excessivas e penosas que afugentam grande parte da

sociedade.

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Depois de ultrapassada a situação de emergência em que o país mergulhou, a diminuição da

pressão sobre os contribuintes. Esta diminuição não só aplica-se às empresas como às pessoas

singulares.

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