economia industrial: cap. 3 1 pepall et. al, capítulo 3 monopólio e estratégias de produtos

37
Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

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Page 1: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

1

Pepall et. Al, capítulo 3

Monopólio

e

Estratégias de Produtos

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Economia Industrial: Cap. 3

2

Introdução

• Um monopolista tem o poder de determinar preços

• Considere como o monopolista exerce o seu poder– Foco em um monopolista com apenas um produto

– O que determina o preço?

– Que diferença de estratégia de preços poderia ser usada?

– Que estratégia de desenho de produto poderia ser utilizada?

– Que restrições se aplicam à habilidade do monopolista de extrair o execedente do consumidor?

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Economia Industrial: Cap. 3

3

Discriminação de preços de primeiro-grau

Discriminação de preços de primeiro-grau ocorre quando o vendendor é hábil para extrair todo o excedente do consumidor– Suponha que você possua 5 carros antigos e você encontra 2 colecionadores

– Cada um possui a disposição para pagar de $10,000 para um carro, $8,000 para o segundo, $6,000 para o terceiro, $4,000 para o quarto e $2,000 para um quinto

– Venda os dois primeiros carros por $10,000, para cada um

– Venda o segundo por $8,000, para cada um

– Venda o quinto para um dos dois por $6,000

– Receita total $42,000

• Muito rentável, mas requer:– Informação detalhada

– Habilidade para evitar arbitragem

• Escolha eficiente do produto: MR = MC

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Economia Industrial: Cap. 3

4

Discriminação de preços de primeiro-grau

• O problema de informação é muito sério

• Condição de não-arbitragem é menos restritiva mas é um problema grande

• Mas existem esquemas de preços que resultam no mesmo produto– Preços não-lineares

– Preços de duas partes como um exemplo particular de preços não-lineares.

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Economia Industrial: Cap. 3

5

Preços em duas partes

Tome um exemplo:

Demanda é P = V - Q

$

Quant.

V

V

Custo é C(Q) = F + cQ

Receita Marginal (MR) é

MR = V - 2Q

Custo Marginal (MC) é

MC = c

MR

MCc

n consumidores idêntic.

Boite:

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Economia Industrial: Cap. 3

6

Preços em duas partes$

Quant.

V

V

MR

MCc

Com um preço uniforme oslucros são maximizados

fazendo receitam marginaligual ao custo marginal

Com um preço uniforme oslucros são maximizados

fazendo receitam marginaligual ao custo marginal

V - 2Q = c

Q = (V - c)/2

(V-c)/2

P = V - Q

então P = (V + c)/2

(V+c)/2

Lucro do monopolistaé

n(V - c)2/4 - F

Lucro do monopolistaé

n(V - c)2/4 - F

Excedente do consumidorpara cada agente é

(V - c)2/8

Excedente do consumidorpara cada agente é

(V - c)2/8

E se o vendedor cobraruma taxa de entradano estabelecimento?

E se o vendedor cobraruma taxa de entradano estabelecimento?

O ingresso máximo que cadaconsumidor teria disposição de

pagar é o excedente do consumidor

O ingresso máximo que cadaconsumidor teria disposição de

pagar é o excedente do consumidor

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Economia Industrial: Cap. 3

7

Preços em duas partes$

Quant.

V

V

MR

MCc

(V-c)/2

(V+c)/2

Isto é o melhorque o vendedor

pode fazer?

Isto é o melhorque o vendedor

pode fazer?

Diminuir o preço unitárioDiminuir o preço unitário

Isto aumento o execedentedo consumidor e aumenta

o preço de entrada

Isto aumento o execedentedo consumidor e aumenta

o preço de entrada

Toda esta área agoraé um lucro de cada

consumidor

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Economia Industrial: Cap. 3

8

Preços em duas partes$

Quant.

V

V

MR

MCc

Isto é o melhorque o vendedor

pode fazer?

Isto é o melhorque o vendedor

pode fazer?

Faça o preço igual aocusto marginal

Faça o preço igual aocusto marginal

Isto fornece o excendentede (V - c)2/2

Isto fornece o excendentede (V - c)2/2

A cobrança deentrada converte o

excedente em lucros

V - c

Determine o preço deentrada em (V - c)2/2

Determine o preço deentrada em (V - c)2/2

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Economia Industrial: Cap. 3

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Preços em duas partes

• Discriminação de preços de primeiro-grau por meio de preços em duas partes– aumenta os lucros extraindo todo excedente do consumidor– P = MC– o monopolista produz o nível eficiente de produto

• O que ocorreria se os consumidores não fossem idênticos?• Assuma tipos diferentes de consumidores e que o

monopolista pode identificar os tipos– idade– localização– alguma outra característica distintiva e obeservável

• Podemos aumentar nosso exemplo

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Economia Industrial: Cap. 3

10

Preços de duas partes com dois tipos de cons.

Idosos Jovens

Demanda: P = 16 - QDemanda: P = 16 - Q Demanda: P = 12 - QDemanda: P = 12 - Q

$

Quant.

$

Quant.

16

16

12

12

4 MC 4 MC

Assuma queo custo marginal é constante em

$4 por unid.

Assuma queo custo marginal é constante em

$4 por unid.

Se o preçounitário é $4estes cons.

compram 12unidades

Se o preçounitário é $4estes cons.

compram 12unidades

12

Os jovenscompram

8 unidades

Os jovenscompram

8 unidades

8

Excedentepara os + velhos

é $72

Excedentepara os + velhos

é $72

$72

E para os jovenso excedente do cons.

é $32

E para os jovenso excedente do cons.

é $32

$32$72 $32

• Abordagem alternativa

• Oferecer ao mais velhos entradas mais 12 unid. por $120

• e para os mais jovens entrada + 8 unids por $64

$48 $32

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Economia Industrial: Cap. 3

11

Discriminação de Preços de Segundo-Grau

• O que acontece se o vendedor não consegue distinguir os compradores?

• Então o tipo anterior de discriminação é impossível

• Consumidores de alta-renda podem se fazer passar por consumidores de baixa-renda– Evitar ao preço de entrada

– Pagar custo total menor

• Exemplo

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Economia Industrial: Cap. 3

12

Exemplo de consumo

Consumidores Alta-Demanda

ConsumidoresBaixa-Demanda

Demanda: P = 16 - QDemanda: P = 16 - Q Demanda: P = 12 - QDemanda: P = 12 - Q

$

Quant. Quant.

16

16

12

12

4 MC 4 MC

12 88

$32

$328

$32

$16

$32

$32

$8

$Se um consumidor de alta-demanda paga o

valor mínimo então ele compra12 unid. e também 40$ a mais

de excedente do cons.

Se um consumidor de alta-demanda paga o

valor mínimo então ele compra12 unid. e também 40$ a mais

de excedente do cons.

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Economia Industrial: Cap. 3

13

Discriminação de Preços de Segundo-Grau• Um esquema de preços deve ser tal que os compradores:

– Revelem seu tipo verdadeiro

– Exista auto-seleção de preço/quantidade

• Esta é a essência da discriminação de preços de segundo-grau

• Isto é como discriminação de preços de primeiro-grau– O vendendor sabe que existem consumidores de tipos diferentes

– Mas ele não é hábil para identificar os tipos diferentes

• Um preço de duas partes

• Exemplo: desconto por quantidade

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Economia Industrial: Cap. 3

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Exemplo

Alta-Demanda Baixa-Demanda

$

Quant. Quant.

16

16

12

12

4 MC 4 MC

12 88

$328

$16$32

$Oferecer um pacote

com entrada e 8 drinks por $64

Oferecer um pacotecom entrada e 8 drinks

por $64

$32

$32

Os consumidores de baixa demandatem a disposição a pagar do pacote ($64, 8)

Os consumidores de baixa demandatem a disposição a pagar do pacote ($64, 8)

$64

$32

$8

Então qualquer outro pacoteoferecido para consumidores

de alta-demanda deve oferecerpelo menos $32 de Exc. Cons.

Então qualquer outro pacoteoferecido para consumidores

de alta-demanda deve oferecerpelo menos $32 de Exc. Cons.

Esta é a restrição de incetinvo de compatibilidadeA disposição a pagar dos consumidores

De alta-demanda é até $120 porentradas mais 12 drinks (se outro

pacote não for oferecido)

A disposição a pagar dos consumidoresDe alta-demanda é até $120 por

entradas mais 12 drinks (se outropacote não for oferecido)

Então pode se oferecer para eles um pacotede ($88, 12) (since $120 - 32 = 88)

que será consumido

Então pode se oferecer para eles um pacotede ($88, 12) (since $120 - 32 = 88)

que será consumido

$24

Consumidores de baixa-demanda

não compram opacote de ($88, 12)pois a disposição apagar deles é $72

por 12 drinks

Consumidores de baixa-demanda

não compram opacote de ($88, 12)pois a disposição apagar deles é $72

por 12 drinks

$8

Lucro de cada consumidor de alta-demanda é$40 ($88 - 12 x $4)

Lucro de cada consumidor de alta-demanda é$40 ($88 - 12 x $4)

$40

O lucro de cadaconsumidor de

baixa-demanda é$32 ($64 - 8x$4)

O lucro de cadaconsumidor de

baixa-demanda é$32 ($64 - 8x$4)

$32

Estes pacotes possuem descontospor quantidade: alta-

demanda paga $7.33 por unid ebaixa-demanda paga $8

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Economia Industrial: Cap. 3

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Exemplo

Alta-Demanda Baixa-Demanda

$

Quant. Quant.

16

16

12

12

4 MC 4 MC

12

$

O proprietário podefazer melhor do

que isso?

O proprietário podefazer melhor do

que isso?

87

$59.50$31.50

7

$87.50

$28$28

$92

$28

$44

$48

O monopolista pode fazermelhor reduzindo o número de unidades

oferecidos para consumidores de baixa demandapois poderia aumentar

a oferta para alta-renda

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Economia Industrial: Cap. 3

16

Discriminação de Preços de Segundo-Grau

• O monopolista sempre desejará ofertar para os dois tipos de consumidores?

• Existem casos que somente ofertarão para os consumidores de alta-demanda– Restaurantes chiques

– etc

• Vamos tomar o nosso exemplo de novo– Suponha que existem Nl consumidores de baixa-renda

– e Nh consumidores de alta-renda

Page 17: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

17

Discriminação de Preços de Segundo-Grau

• Suponha que ambos os tipos possuem pacotes ofertados– dois pacotes são ofertados: ($57.50, 7) para baixa-demanda e ($92,

12) para alta demanda– A função lucro é $31.50xNl + $44xNh

• Agora suponha apenas que apenas os consumidores de alta-demanda são atendidos– Então um pacote ($120, 12) poderia ser oferecido– O lucro seria $72xNh

• É lucrativo servir ambos os tipos de consumidores?– Apenas se $31.50xNl + $44xNh > $72xNh 31.50Nl > 28Nh

Isto requer queNh

Nl

<31.50

28= 1.125

Não deve haver uma proporção muito grande de consumidores de alta-renda

Page 18: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

18

Discriminação de Preços de Segundo-Grau

• Características– Extrai todo o excendente do consumidor do grupo de demanda

mais baixa

– Deixa algum excedente do consumidor para outros grupos• Restrição de incentivo de compatibilidade

– Oferece menos do que a quantidade socialmente eficiente para todos os grupos que não seja o de demanda mais alta

– Oferece desconto por quantidade

• Converte o excedente do consumidor em lucro com menos eficiência do que a a discriminação de primeiro-grau

• Algum excedente é disponibilizado para atrair consumidores de alta-renda

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Economia Industrial: Cap. 3

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Discriminação de Preços de Terceiro-Grau

• Consumidores diferem em alguma característica observável

• Um preço uniforme é cobrado para todos os consumidores de um grupo particular

• Preços uniformes diferentes para diferentes grupos– “grátis para crianças”

– Desconto para estudantes

– Linhas aéreas• Classes de tarifas para grupos diferentes

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Economia Industrial: Cap. 3

20

Discriminação de Preços de Terceiro-Grau

• Comumente surge quando firmas vendem produtos diferenciados– Livros capa-dura vs brochura– Tarifa aérea de Primeira classe vs classe econômica

• Discriminação de preços existe nesse caso quando:– “duas variedades de uma mercadoria são vendidas pelo mesmo

vendendor para dois compradores a preços líquidos diferentes. Preço líquido é o preço pago pelo comprador corrigido pelo custo associado com a diferenciação do produto.” (Phlips)

• O vendedor necessita observar facilmente as características que sinalizam a disposição a pagar.

• O vendedor deve ter a habilidade de prevenir arbitragem– Requerir passar um fim de semana no destino, por exemplo.

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Economia Industrial: Cap. 3

21

Discriminação de Preços de Terceiro-Grau

• O regra de preços é bem simples:– Consumidores com baixa elasticidade de demanda deve pagar um

preço alto

– Consumidores com alta elasticidade de demanda devem pagar um preço mais baixo

• Ilustrar com um exemplo simples– monopolista tem cuto marginal constante c por unidade

– Dois tipos de consumidores, com o tipo sendo identificável

– Todos os consumidores de um grupo tem demanda idênticas

– A regra de dois preços deve valer se:• Receita marginal deve ser igual entre os tipos de consumidores para a

última unidade de produto (respectivamente)

• Receita marginal deve ser igual a custo marginal em cada mercado

Page 22: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

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Um exemplo

T. 1 Demanda: P = A1 - BQ1T. 1 Demanda: P = A1 - BQ1 T. 2 Demanda: P = A2 - BQ2

T. 2 Demanda: P = A2 - BQ2

$

Quant. Quant.

A1

A1/B

A2

A2/B

c MC c MC

$

MR1MR2

MR1 = A1 - 2BQ1

MC = c Q1 = (A1 - c)/2B

(A1-c)/2B

P1 = (A1 + c)/2

(A1+c)/2

MR2 = A2 - 2BQ2

MC = c Q2 = (A2 - c)/2B

P2 = (A2 + c)/2

(A2-c)/2B

(A2+c)/2

Page 23: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

23

Discriminação de Preços de Terceiro-Grau

• O que ocorre quando o custo marginal não é constante?

• O mesmo princípio se aplica– Receita marginal igual entre consumidores do mesmo tipo

– Receita marginal igual a custo marginal onde o custo marginal é medido em termos do produto agregado

• Considere um exemplo

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Economia Industrial: Cap. 3

24

Exemplo• Dois mercados

– Mercado 1: P = 20 - Q1

– Mercado 2: P = 16 - 2Q2

MR1 = 20 - 2Q1

MR2 = 16 - 4Q2

Solucionando para Q :

Q1 = 10 - MR/2

Q2 = 4 - MR/4

Esta equação só se aplicapara preços menores do

que $16

Esta equação só se aplicapara preços menores do

que $16

Então a receita marginal agregada é:

Q = Q1 + Q2 = 14 - 3MR/4

Solucionando para MR:

MR = 56/3 - 4Q/3 para MR < $16

MR = 20 - 2Q para MR > $16

MC = 2Q

MC = MR 2Q = 56/3 - 4Q/3

Q = 5.6

MR = $11.20

Q1 = 4.4 e Q2 = 1.2

P1 = $15.60 e P2 = $13.60

Consumidor comdemanda menos elástica

paga maior preço

Consumidor comdemanda menos elástica

paga maior preço

Page 25: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

25

Discriminação de Preços de Terceiro-Grau

• Uma regra geral de caracterização

• A fórmula para receita marginal no mercado I é:– MRi = Pi(1 - 1/i) onde i é elasticidade preço da demanda

• Quando a firma está servindo dois mercados a maximização de lucros requer que a MR seja igual em cada mercado– então MR1 = MR2

P1(1 - 1/ 1) = P2(1 - 1/ 2)

P1

P2

=(1 - 1/ 2)

(1 - 1/ 1)

Page 26: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

26

Discriminação de Preços e Bem-Estar

• A discriminação de preços reduz bem-estar?

• Primeiro e segundo grau: “não necessariamente”– Porque o produto está ou está perto do nível de eficiência

• Terceiro-grau é menos claro– monopolista restringe o produto nos mercados em que opera

– Mas existem mercados atendidos apenas pela discriminação de preços

• Uma condição necessária para discriminação de preços de terceiro-grau não reduzir bem-estar é quando ela leva a aumento do produto ofertado

Page 27: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

27

Monopólio e Qualidade do Produto

• Firmas podem, e devem, produzir bens de qualidades diferentes

• Portanto qualidade é uma variável estratégica• A escolha da qualidade do produto por um monopolista é

determinado pela sua habilidade de gerenciar os lucros• Focar primeiro em um monopolista que produz apenas um

bem– Por que a qualidade importa?– determinada pelas preferências dos consumidores

• Preferência por maior qualidade do que menor• Disposição a pagar maior • mas rquer que o consumidor recolheça qualidade• também disposição a pagar maior do que outros consumidores por

qualidade

Page 28: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

28

Demanda e Qualidade

• Podemos pensar numa demanda individual, para o consumidor i, tendo a seguinte forma– Qi = 1 se Pi < Ri(Z) e = 0 caso contrário

– Cada consumidor compra exatamente uma unidade desde que o preço seja menor do que um preço de reserva

– O preço de reserva é afetado pela qualidade do produto Z

• Assuma que a preferência dos consumidores variam em seus preços de reserva

• Portanto a demanda agregada tem a seguinte forma P = P(Q, Z)

• Um aumento na qualidade do produto aumenta a demanda

Page 29: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

29

Demanda e Qualidade

Começe com uma curva de demanda particular para um bem de qualidade Z1

Começe com uma curva de demanda particular para um bem de qualidade Z1

Preço

Quant.

P(Q, Z1)

P1

Q1

Se o preço é P1 e a qualidade do produtoé Z1 então todos os consumidores com

preço de reserva maior do que P1 irão comprar

Se o preço é P1 e a qualidade do produtoé Z1 então todos os consumidores com

preço de reserva maior do que P1 irão comprarR1(Z1)

Estes são osconsumidoresinframarginais

Estes são osconsumidoresinframarginais

Este é oconsumidor

marginal

Este é oconsumidor

marginal

ImportanteSuponha que um aumento na

qualidade aumentea disposição a pagar do consumidor

inframarginal mais do que o doconsumidor marginal

ImportanteSuponha que um aumento na

qualidade aumentea disposição a pagar do consumidor

inframarginal mais do que o doconsumidor marginal

Portanto um aumento naqualidade de Z1 para Z2 gira

a curva de demanda emtorno do eixo de quantidades

Portanto um aumento naqualidade de Z1 para Z2 gira

a curva de demanda emtorno do eixo de quantidades

R1(Z2)

P2

Quantidade Q1 agora podeser vendido ao maior

preço P2

Quantidade Q1 agora podeser vendido ao maior

preço P2

P(Q, Z2)

Page 30: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

30

Demanda e Qualidade

Preço

Quant.

P(Q, Z1)

P1

Q1

R1(Z1)

Então um aumento na qualidadedo produto Z1 para Z2 gira

a curva de demanda emtorno do eixo do preço

Então um aumento na qualidadedo produto Z1 para Z2 gira

a curva de demanda emtorno do eixo do preço

P(Q, Z2)

A quantidade Q1 pode ser vendida por

um preço maior P2

A quantidade Q1 pode ser vendida por

um preço maior P2

P2

Suponha agora que a qualidade afeta mais o consumidor marginal do que o inframarginal

Page 31: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

31

Demanda e Qualidade

• O monopolista deve escolher ambos– preço (ou quantidade)

– qualidade

• Duas regras de maximização de lucros– Receita marginal igual ao custo marginal para uma dada qualidade

– Receita marginal de aumentar a qualidade é igual ao custo marginal de aumentar a qualidade para uma dada quantidade

• Isto pode ser ilustrado com um simples exemplo:

P = Z( - Q) tal que Z é um índice de qualidade

Page 32: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

32

Demanda e qualidade: um exemplo

P = Z( - Q)

Assuma que o custo marginal do produto é zero: MC(Q) = 0

Custo da qualidade é D(Z) = Z2

Custo marginal da qualidade = dD(Z)/d(Z)

= 2Z

O lucro da firma é:

(Q, Z) =P.Q - D(Z) = Z( - Q)Q - Z2

A firma escolhe Q e Z para maximizar os lucros.

Vamos tomar primeiro a escolha da quantidade.

Receita marginal = MR = Z - 2ZQ

MR = MC Z - 2ZQ = 0 Q* = /2

P* = Z/2

Page 33: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

33

Demanda e qualidade: um exemplo

Receita total = P*Q* = (Z/2)x(/2) = Z2/4

A receita marginal de aumentar a qualidade é MR(Z) = 2/4

Custo marginal da qualidade é MC(Z) = 2Z

MR(Z) = MC(Z) Z* = 2/8

O monopolista vai produzir muita ou pouca qualidade?

Page 34: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

34

Monopolista Muli-planta

• Um monopolista raramente produz todos os produtos em uma única planta– Como a produção deve ser alocada entre plantas?

– Isto é especialmente importante se diferentes plantas tem diferentes custos?

• Para maximizar lucros faça MR = MC

• Mas como é o MC com plantas diferentes?

• Primeiro caso:– Custo marginal constante na planta mas variando entre plantas

– Cada planta tem uma restrição de capacidade

Page 35: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

35

Monopolista Muli-planta: Exemplo 3 plantas

P

Quant.

MR

q1

MC1

q1 + q2

MC2

MC3

Produz Q* usandos plantas1 e 2. Planta 3 não é

operada

Produz Q* usandos plantas1 e 2. Planta 3 não é

operada

Q*

Planta 1 : MC1 ecapacidade q1

Planta 1 : MC1 ecapacidade q1

Planta 2 : MC2 ecapacidade q2

Planta 2 : MC2 ecapacidade q2

Planta 3 : MC3 e capacidade q3

Planta 3 : MC3 e capacidade q3

Page 36: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

36

Monopolista Muli-planta

• O que ocorre se o custo marginal não é constante?

• Alocação do produto– Operar a planta tal que o custo marginal seja igual a última

unidade de custo marginal produzido em cada planta

• Mas por quê?– Caso contrário, o custo pode ser reduzido realocando produto entre

plantas

– Exemplo: suponha MC1 = $10 e MC2 = $15

– Reduzindo o produto da planta 2 em uma unidade e aumento o produto da planta 1 em unidade reduz o custo total

Page 37: Economia Industrial: Cap. 3 1 Pepall et. Al, capítulo 3 Monopólio e Estratégias de Produtos

Economia Industrial: Cap. 3

37

Monopolista Muli-planta

Suponha MC1 = q1 e MC2 = q2Suponha MC1 = q1 e MC2 = q2

Quant.

$

MC1 = q1

MC2 = q2

q1 = MC/ ; q2 = MC/q1 = MC/ ; q2 = MC/

Q =q1 + q2 = MC()/ Q =q1 + q2 = MC()/

MC = Q() MC = Q()

$

Quant.

MC1 + MC2

MR

Maximize lucrosfazendo

MC = MR

Maximize lucrosfazendo

MC = MR

Q*q2* q1*

Aloque o produtoentre plantas

para reduzir o custo

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