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Economia e Ecologia

ÍndiceIntrodução....................................................................................................................................3

Contextualização de conteúdos...................................................................................................4

Outros documentos que defendem o Desenvolvimento Sustentável......................................6

Agenda XXI...........................................................................................................................6

Protocolo de Quioto.............................................................................................................6

Desenvolvimento Sustentável......................................................................................................7

A Responsabilidade de Países Desenvolvidos e em Desenvolvimento relativamente á questão Ecológica.....................................................................................................................9

Medidas Económicas e Ecológicas para um Desenvolvimento Sustentável...............................10

Energias Alternativas..............................................................................................................10

Política dos 3 R’s.....................................................................................................................14

Indústrias “Verdes”................................................................................................................14

Agricultura Biológica..............................................................................................................15

Princípios............................................................................................................................15

8 Motivos para consumir Produtos Biológicos...................................................................15

Direitos Ambientais....................................................................................................................16

Conclusão...................................................................................................................................17

Bibliografia.................................................................................................................................18

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Economia e Ecologia

Introdução

Neste trabalho iremos abordar a Economia associada à Ecologia. A Economia

traduz-se numa ciência que estuda a forma correcta de ajustar recursos escassos a

necessidades ilimitadas, enquanto a Ecologia é a ciência que estuda as relações entre

ecossistemas naturais e sociais. Estas são duas ciências que permitem uma gestão

eficiente dos recursos tendo em vista as futuras gerações, uma vez que gere racional

e convenientemente os recursos em função dos interesses comuns, actuais e futuros.

O nosso trabalho através da visão de cada uma destas ciências tenta

demonstrar formas de chegar ao Desenvolvimento Sustentável.

Por isto, iremos estruturar o nosso trabalho segundo o esquema do manual

adoptado, “Economia C – 12º Ano”, ou seja, começaremos por relacionar Economia

com a Ecologia de forma a explicar a relação que permite o Desenvolvimento

Sustentável. De seguida iremos clarificar este conceito quanto aos seus princípios e

responsabilidades, e apresentar medidas económicas e ecológicas para este. Por fim,

iremos abordar os Direitos Ambientais que todo o trabalho implicitamente contém.

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Economia e Ecologia

Contextualização de conteúdos

O Desenvolvimento é um conceito que se reveste como uma aspiração de

qualquer sociedade, uma vez que ter meios de subsistência suficientes, como serviços

de saúde e de educação qualificados, usufruir de bons projectos culturais e viver com

dignidade e conforto, num ambiente saudável são algumas das condições que

contribuem para uma sociedade desenvolvida. Para além disto, o direito a um

ambiente saudável está consagrado na Constituição da República Portuguesa no

artigo 66º:

Artigo 66.º

Ambiente e qualidade de vida

1. Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente

equilibrado e o dever de o defender.

2. Para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento

sustentável, incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e com o

envolvimento e a participação dos cidadãos:

a) Prevenir e controlar a poluição e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosão;

b) Ordenar e promover o ordenamento do território, tendo em vista uma correcta

localização das actividades, um equilibrado desenvolvimento socioeconómico e a

valorização da paisagem;

c) Criar e desenvolver reservas e parques naturais e de recreio, bem como classificar

e proteger paisagens e sítios, de modo a garantir a conservação da natureza e a

preservação de valores culturais de interesse histórico ou artístico;

d) Promover o aproveitamento racional dos recursos naturais, salvaguardando a sua

capacidade de renovação e a estabilidade ecológica, com respeito pelo princípio da

solidariedade entre gerações;

e) Promover, em colaboração com as autarquias locais, a qualidade ambiental das

povoações e da vida urbana, designadamente no plano arquitectónico e da protecção

das zonas históricas;

f) Promover a integração de objectivos ambientais nas várias políticas de âmbito

sectorial;

g) Promover a educação ambiental e o respeito pelos valores do ambiente;

h) Assegurar que a política fiscal compatibilize desenvolvimento com protecção do

ambiente e qualidade de vida.

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Economia e Ecologia

Assim, podemos considerar o Desenvolvimento como um direito que homens e

mulheres podem exigir para a sua e futuras gerações.

Contudo, esta concepção de desenvolvimento levanta algumas questões, no

que toca ao objectivo, uma vez que se pensarmos nas gerações actuais, o

desenvolvimento deverá processar-se de forma a não comprometer irremediavelmente

o ambiente e os recursos naturais necessários, mas se pensarmos nas gerações

futuras, que irão herdar o que lhes for legado por nós, então as responsabilidades

aumentam.

Assim, estas duas ciências serão, segundo esta óptica, duas ciências unidas

para uma gestão do planeta com futuro.

Pode definir-se Desenvolvimento Sustentável como aquele que satisfaz as

necessidades presentes e não compromete as necessidades das gerações futuras.

Este conceito ficou consagrado no Relatório da Comissão Mundial sobre Ambiente e

Desenvolvimento, das Nações Unidas, publicado em 1987, cujos objectivos consistiam

na procura de uma via para o modelo de desenvolvimento que tivesse em conta o

futuro. O relatório ficou conhecido por “Relatório Brundtland”, e neste ficou definido

também o conceito de sustentabilidade. Este conceito data da década de 1980 e

defende a conjugação das vertentes ecológica, económica, social e a “boa

governação” para bem das gerações futuras.

O Relatório Brundtland ficou também conhecido por O Nosso Futuro Comum,

exactamente porque pressupunha que o futuro do planeta ou era para todos, ou não

haveria futuro nenhum.

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Economia

Ecologia

Desenvolvimento Sustentável

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Economia e Ecologia

“O Nosso Futuro ou é comum ou não haverá futuro!”

Outros documentos que defendem o Desenvolvimento Sustentável

Agenda XXI

A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92,

ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a

importância de cada país em se comprometer a reflectir, global e localmente, sobre a

forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os

sectores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas

sócio-ambientais.

Protocolo de Quioto

O Protocolo de Quioto foi assinado no Japão, em 1997, e ractificado em 2002,

na III Conferência da ONU para alterações climáticas.

Constitui-se como um tratado internacional com compromissos mais rígidos

para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de

acordo com a maioria das investigações científicas, a causa antropogénica do

aquecimento global.

O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de

algumas acções básicas:

Reformar os sectores de energia e transportes;

Promover o uso de fontes energéticas renováveis;

Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins

da Convenção;

Limitar as emissões de metano na produção de resíduos e dos sistemas

energéticos;

Proteger florestas e outras fontes de carbono.

Mais à frente abordaremos este tema no que diz respeito, à responsabilidade

de países desenvolvidos e em desenvolvimento relativamente à questão ecológica.

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Desenvolvimento Sustentável

O Desenvolvimento Sustentável baseia-se, então, na necessidade de suster o

próprio desenvolvimento em níveis que não ponham em risco a sobrevivência do

planeta.

É uma estratégia que exige que a satisfação das necessidades do presente

não comprometa a possibilidade de as gerações futuras darem respostas às suas.

Tendo em conta, as problemáticas da mundialização e interdependência, esta

estratégia implica uma actuação articulada entre o mundo desenvolvido e o mundo em

desenvolvimento, no sentido de se construir um futuro comum, uma vez que os países

desenvolvidos devem ajudar os países em desenvolvimento a desenvolverem-se de

forma sustentável, contudo os países em desenvolvimento negam essa ajudam

porque acham que têm o mesmo direito de se desenvolver como os países

desenvolvidos sem limites.

Nesta concepção de desenvolvimento estão implícitos dois conceitos básicos:

O conceito de necessidades, em especial dos povos menos

desenvolvidos, a quem deverá ser dada a prioridade de satisfação;

O conceito de limites ao desenvolvimento, tendo em conta a

necessidade de sustentar o próprio processo de desenvolvimento,

dentro de valores que não ponha em causa a sobrevivência do planeta

e das gerações futuras.

Assim, esta noção de desenvolvimento tem implícito o valor da solidariedade

entre gerações, na medida em que o planeta a deixar em herança, isto é, alugar aos

mais novos, não deverá estar esgotado. Para isso foram definidos doze princípios que

se baseiam no seguinte:

Prevenção – Consiste em prevenir a poluição e a degradação do meio

ambiente, de forma a agir sobre os impactos negativos na qualidade de

vida das populações;

Precaução – Baseia-se no conjunto de acções informativas de forma a

nos precaver de futuros danos;

Poluidor-Pagador – Consiste no poluidor suportar os encargos com a

correcção ou recuperação do ambiente que degradou, devendo,

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igualmente, suspender a acção poluente. Isto encontra-se consagrado

na Lei de Bases do Ambiente.

Cooperação – Consiste na definição de políticas para a resolução dos

problemas ambientais e acção concreta para a sua solução, estas

deverão ser tomadas em conjunto por todos os intervenientes;

Integridade Ecológica – Baseia-se em criar limites às nossas acções

com o intuito de manter a biodiversidade e os sistemas que suportam a

vida;

Melhoria Contínua – É a adaptação, correcção e melhoria dos

processos que permitem a sustentabilidade;

Equidade Intra e Inter – Gerações – O desenvolvimento deve não só

satisfazer as necessidades das gerações actuais, mas também das

gerações futuras;

Integração – O desenvolvimento sustentável deve integrar as

dimensões ambiental, económica e social.

Democracia – O desenvolvimento sustentável possui uma forte

dimensão humana de que o poder democrático não pode ser excluído,

uma vez que o sistema cria regras de modo a preservar o bem-estar

dos indivíduos o que implica que a sua voz seja ouvida;

Subsidiariedade – Defende a tomada de decisões por órgãos que

estejam o mais perto possível dos cidadãos.

Envolvimento da Comunidade – Cabe aos mais envolvidos contribuir

para a procura de soluções, uma vez que somos todos responsáveis

pelos nossos actos;

Responsabilização – Este poderia ser o primeiro princípio, dado que

nos responsabiliza pelas consequências sobre terceiros das acções que

praticamos sobre o ambiente e sobre os recursos naturais.

9 | P á g i n aMotores do Desenvolvimento

Sustentável

Sociedade

AmbienteEconomia

Os Motores do Desenvolvimento Sustentável são a Economia, o Ambiente e a Sociedade, uma vez que a Economia concilia o crescimento económico com o desenvolvimento, o Ambiente

concilia crescimento económico com tecnologias ecologicamente equilibradas de modo a proteger o meio ambiente e a Sociedade concilia crescimento económico

com responsabilidade social.

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A Responsabilidade de Países Desenvolvidos e em Desenvolvimento relativamente à questão Ecológica

Se é pacífico reconhecer que o mundo tem de mudar as suas práticas

relativamente à questão ambiental, já é mais complexo acordar sobre os novos

procedimentos a adoptar, quem os irá adoptar e qual as sanções para os não

cumpridores.

Hoje em dia, estamos perante o aumento da poluição e o esgotamento dos

recursos naturais, e os responsáveis por esta situação são os países mais ricos e

desenvolvidos, que se recusaram, até há pouco tempo em assinar qualquer acordo.

Os EUA são o único país que em 2008 contínua a não assinar nenhum acordo,

embora afirme que não se opõe aos que estão em vigor.

Através da seguinte notícia percebemos a posição dos EUA e da China em

relação às metas a atingir para resolução deste problema:

Negociações sobre o clima em parto difícil(2010-04-12)

“Os delegados de 180 países que durante dois dias estiveram reunidos em

Bona, na Alemanha, para traduzir em acções os vagos compromissos políticos saídos

da conferência sobre alterações climáticas de Copenhaga não os conseguiram

transpor para linhas mais claras com vista à negociação marcada para o final deste

ano em Cancun.

Um tratado mesmo vinculativo para as partes só deverá ser alcançado na

reunião marcada para a África do Sul, em 2011.

Para Yvo de Boer, ainda por uns meses mais no cargo de responsável das

Nações Unidas para as alterações climáticas, seria imperativo, para o êxito da cimeira

de Cancun, obter uma "arquitectura funcional" na luta contra o aquecimento por parte

dos países mais poluidores. No entanto, o documento final da cimeira de Copenhaga,

em Dezembro último, apenas indicou aos participantes que "tomassem nota" dos

esforços a fazer para reduzir as emissões de CO2. A fórmula adoptada por pressão

dos EUA e da China complica qualquer adopção de compromissos, nomeadamente no

que toca às ajudas aos países em desenvolvimento e às medidas mitigadoras de

emissões a empreender pelas economias emergentes. A luta contra a desflorestação

e a adopção de tecnologias verdes contam-se entre as acções que ficaram com o

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modo de concretização por definir. em termos de ajudas financeiras aos países menos

desenvolvidos Copenhaga definiu mais de 20 mil milhões de euros de ajuda entre

2010 e 2012 e cerca de 80 mil milhões até 2020, mas continuam dúbias as

responsabilidades por esse financiamento.

Os impasses sentidos nesta reunião de Bona deverão remeter para novas

etapas a redacção do compromisso a apresentar em Cancun. Entretanto, para os

próximos dias 18 e 19 está agendada uma reunião das 17 maiores economias do

planeta e, no começo de Maio, reúnem na Alemanha 50 ministros do Ambiente.”

In Jornal de Notícias

Medidas Económicas e Ecológicas para um Desenvolvimento Sustentável

De seguida, iremos abordar o estudo de cada ponto apresentado no gráfico

acima.

Energias Alternativas

Os aumentos populacionais e a melhoria do nível de vida e de conforto da

população, aliados a modelos consumistas generalizados pela globalização e à

expansão dos meios de transporte, exigem que a Natureza disponibilize os seus

recursos para satisfazer todas as necessidades. Contudo, como as necessidades são

ilimitadas e os recursos são escassos, para as satisfazer é necessário desgastar a

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Energias Alternativas

Política dos três R's Ecoprodutos

Indústrias Verdes

Agricultura Biológica

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Natureza, uma vez que os bens que ela nos fornece são utilizados de uma forma

irresponsável.

Contudo, é possível satisfazer todas as necessidades, se tivermos em linha de

conta algumas considerações sobre as fontes de energia utilizadas para a produção.

As energias que normalmente utilizamos são as energias não-renováveis, isto

é, são aquelas que a Natureza não reproduz e que a longo prazo, se esgotarão,

assim, estas energias não conseguem responder às exigências do crescimento

económico e do desenvolvimento.

Esta situação está bem patente nos seguintes gráficos:

No primeiro gráfico é de denotar que, o Médio Oriente possui o maior número

de reservas mundiais de petróleo (recurso não renovável), com um valor de 61%. Por

outro lado, existe uma enorme desigualdade entre o país acima referido e todos os

restantes países presentes no gráfico. Contudo é de salientar um aspecto bastante

importante, a América do Norte, com 5,6%, e a Europa e Eurásia, com 11,6 %,

apresentam níveis de dependência externa muito elevados no que diz respeito às

reservas mundiais de petróleo, o que contrasta com o seu desenvolvimento baseado

nesta energia.

No segundo gráfico, é de denotar que até 2006 a produção de petróleo foi

crescente e que a partir dessa data o fluxo de produção decresceu o que traduz numa

tendência para o esgotamento do recurso daqui a aproximadamente 40 anos. Este

gráfico reveste as energias alternativas de importância para as gerações futuras uma

vez que estas terão de satisfazer as suas necessidades através destas.

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Por tudo isto, a necessária a utilização de energias renováveis, também

designadas por energias alternativa, exactamente por constituírem uma alternativa às

tradicionais fontes de energia, baseadas em recursos não renováveis e com muitos

impactos negativos sobre o ambiente. Portanto, as energias alternativas são as

energias amigas do ambiente, porque não poluem e não gastam os recursos naturais

não renováveis.

Iremos apresentar um quadro que sintetiza todas as energias alternativas no

que diz respeito às suas vantagens e desvantagens para resolução de problemas

actuais de forma a promover o desenvolvimento sustentável.

Tipo de Energia Vantagens Desvantagens Exemplos de

Aplicação em

Portugal

Solar

- Recurso

inesgotável e não

poluente;

- Venda à rede

pública da energia

produzida em

excesso;

- As centrais

necessitam de

manutenção mínima.

- Nem todas as

regiões do planeta

apresentam as

mesmas

potencialidades;

- Instalação

dispendiosa;

- Formas de

armazenamento

pouco eficientes.

- Central

Fotovoltaica

Hércules (concelho

de Serpa);

- Central Solar

Fotovoltaica de

Amareleja (concelho

de Moura);

- Parque Solar de

Almodôvar

Biomassa

- Obtido através de

matéria orgânica

barata;

- Não liberta CO2;

- Pouco agressivo

para o ambiente.

- Dificuldades de

armazenamento;

- Alguns custos de

investimento no

equipamento, de

modo a evitar

problemas com o

ambiente.

- Grupo Portucel

Soporcel (Setúbal).

Hidrogénio

- Recurso

abundante;

- Não poluente;

- Grande densidade

energética;

- Difícil

armazenamento;

- Não existe puro na

Natureza;

- Baixa potência;

- Tecnologia

- Autocarros da

STCP.

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Economia e Ecologia

- Reduzida emissão

de gases de efeito

de estufa.

dispendiosa;

- Inexistência de boa

relação preço-

eficiência.

Maremotriz – das

marés

- Obtida a partir de

um recurso

renovável;

- Barata;

- Não poluente;

- Fornecimento de

energia não é

regular;

- Pouco rendimento;

- Ilha do Pico

(Açores);

- Castelo da Neiva

(Viana do Castelo).

Geotérmica - Obtida a partir de

uma fonte renovável;

-Barata.

- Baixo rendimento;

- Confinada, ainda,

na maior parte dos

casos, a zonas

tectónicas.

- Açores (Furnas);

- Instalações

Termais usam esta

energia para fins

medicinais.

Eólica - É obtida a partir de

um recurso

renovável e barato –

o vento.

- Manutenção é cara;

- Elevada

dependência

climática;

- Põe em risco

espécies voadoras.

- Viseu;

- Braga;

- Lisboa;

- Coimbra;

- Viana do Castelo.

Nuclear

- Grande poder

energético;

- Barata;

- Fácil transporte;

- Não provoca efeito

de estufa;

- Não provoca chuva

ácida.

- Custos elevados de

instalação e

manutenção;

- Dificuldades de

armazenamento;

- Graves perigos

para os indivíduos e

ambiente, em caso

de acidente.

- Em Portugal,

actualmente, não

existe produção de

energia nuclear.

Biodiesel

- Óleo obtido a partir

de recursos

renováveis, como os

vegetais;

- Barato;

- Fácil obtenção;

- Menos poluente do

que os derivados de

petróleo.

- Depende da

produção agrícola;

- Não substitui

totalmente o diesel;

- Custo de obtenção

muito elevado;

- Leva ao

esgotamento das

capacidades do solo;

- Torrejana

(Santarém);

- Iberol (Vila Franca

de Xira);

- Prio (Oliveira de

Frades);

- Biovegetal (Vila

Franca de Xira);

- Valouro (Vila

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- Criador de

emprego no sector

primário.

- Pode provocar

doenças

cancerígenas.

Facaia);

- Greencyber

(Lisboa).

Política dos 3 R’s

A chamada Regra dos 3 R’s é uma regra criada para explicar de uma forma

fácil 3 formas de proteger o ambiente. A Regra dos 3 R’s assenta-se em 3 palavras:

Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Antes de Reciclar e Reutilizar é necessário Reduzir. Muitas vezes compramos

coisas desnecessárias ou com materiais não recicláveis, uma vez que a sociedade

actual assenta numa realidade consumista, que iremos desenvolver mais à frente.

Depois de Reduzir é necessário Reutilizar o lixo já existente. Em vez de

utilizarmos e deitarmos para o lixo, podemos aproveitar o que já não tem utilidade.

Depois de Reduzir e Reutilizar, é hora de Reciclar o lixo. A reciclagem permite

criar novos produtos através de materiais que já não eram utilizados.

A reciclagem permite reduzir a utilização de recursos naturais e em alguns

casos o custo de produção de produtos a partir de materiais reciclados, é mais baixo.

A reciclagem, redução e reutilização são assim três comportamentos

indispensáveis a adoptar, no sentido de contribuir para o combate ao desperdício e à

produção de lixo. Estes comportamentos derivam de uma atitude responsável – a de

preservar a Natureza e de contribuir para um desenvolvimento sustentável.

O consumismo da sociedade industrial impõe modelos de consumo baseados

no “novo” com o objectivo de escoar a imparável produção que sustenta as economias

actuais.

Hoje em dia, existem propostas alternativas de que se destaca o

consumerismo. Consumir, sim mas com responsabilidade. Daqui nascem as boas

práticas de reutilizar o “velho”, com vista à poupança e à reorientação para outro tipo

de utilizações; a prática de redução que tem a mesma finalidade – poupar; e a

reciclagem, comportamento essencial, que permite a redução de lixos, a poupança de

recursos e a preservação do meio ambiente.

Indústrias “Verdes”

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São indústrias em que a preocupação ambiental, aliada a outras

responsabilidades, como a social, é prioritária.

Agricultura Biológica

É um tipo de agricultura amiga do ambiente. Os

produtos resultam de processos produtivos em que os

produtos químicos nefastos são eliminados.

Princípios

O solo é considerado um organismo vivo e deve ser respeitado o máximo

possível;

Uso de adubos orgânicos de baixa solubilidade;

Controlo com medidas preventivas e produtos naturais;

Os efeitos no meio ambientes são positivos: preservação do solo e das fontes

de água.

8 Motivos para consumir Produtos Biológicos

Proteger as futuras gerações;

Prevenir a erosão do solo;

Proteger a qualidade da água;

Aumentar o rendimento dos agricultores;

Apoiar os pequenos agricultores;

Prevenir gastos futuros;

Promover a biodiversidade;

Descobrir sabores naturais.

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Direitos Ambientais

Os direitos ambientais são uma categoria de direitos a que todos os homens e

mulheres aspiram, com vista a uma vida com mais qualidade. Estes direitos são um

exemplo dos Direitos de 3ª Geração – os direitos que promovem a fraternidade entre

os povos do mundo. Para tal, todos, incluindo os governos dos países desenvolvidos e

emergentes, terão de contribuir.

Foi, necessário, que o “Ambiente” chegasse a um ponto de degradação quase

insuportável num grande número de países para que as pessoas se começassem a

despertar para a sua defesa e a consciencializar-se do grave perigo que algumas

espécies, habitats e ecossistemas correm.

Actualmente, a maioria dos governos está de acordo que a industrialização e o

desenvolvimento económico não podem ser realizados de qualquer maneira, nem a

qualquer preço; há que concilia-los com a protecção do Ambiente e a gestão

adequada dos recurso naturais, defendo-se ao mesmo tempo a qualidade de vida.

Como sabemos, a Terra é um sistema limitado e, como tal, à que defendê-lo

eficazmente para assegurar qualidade de vida às gerações actuais e às vindouras,

preservando o ambiente. Na nossa constituição está consagrado no Artigo 66º (direito

do ambiente e a qualidade de vida), já transcrito anteriormente.

“Os países mais vulneráveis são menos capazes de se protegerem. Também

contribuem menos para as emissões globais de gazes com efeito de estufa. Sem

qualquer acção, irão pagar um preço elevado pelas acções os outros.”

Kofi Annan

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Economia e Ecologia

Conclusão

Com a realização deste trabalho, podemos salientar que o conceito de

sustentabilidade defende a integração das vertentes ecológica, e social para bem das

gerações futuras. Os países desenvolvidos e em desenvolvimento são responsáveis

relativamente às questões ecológicas e por isso foi estabelecido no Protocolo de

Quioto uma resolução para este problema.

Para demonstrar formas ecológicas que permitem o Desenvolvimento

Sustentável abordamos a importância do desenvolvimento das energias alternativas,

da aplicação da politica dos 3 R’s, das industrias “verdes” e da agricultura biológica.

Por tudo isto, achamos o trabalho muito interessante e bastante importante

para o nosso quotidiano.

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Economia e Ecologia

Bibliografia

- Pais, Maria João, Economia C 12º Ano, Texto Editores – 1ª Edição

- Dinis, Almerinda, Direito 12º Ano, Texto Editores – 1ª Edição

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_solar_em_Portugal (18/04/10)

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_renov%C3%A1vel (18/04/10)

- http://www.energiasrenovaveis.com/ (18/04/10)

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