economia e ecologia - web viewo desenvolvimento é perspectivado como um direito que homens e...
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Economia e Ecologia
ÍndiceIntrodução....................................................................................................................................3
Contextualização de conteúdos...................................................................................................4
Outros documentos que defendem o Desenvolvimento Sustentável......................................6
Agenda XXI...........................................................................................................................6
Protocolo de Quioto.............................................................................................................6
Desenvolvimento Sustentável......................................................................................................7
A Responsabilidade de Países Desenvolvidos e em Desenvolvimento relativamente á questão Ecológica.....................................................................................................................9
Medidas Económicas e Ecológicas para um Desenvolvimento Sustentável...............................10
Energias Alternativas..............................................................................................................10
Política dos 3 R’s.....................................................................................................................14
Indústrias “Verdes”................................................................................................................14
Agricultura Biológica..............................................................................................................15
Princípios............................................................................................................................15
8 Motivos para consumir Produtos Biológicos...................................................................15
Direitos Ambientais....................................................................................................................16
Conclusão...................................................................................................................................17
Bibliografia.................................................................................................................................18
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Economia e Ecologia
Introdução
Neste trabalho iremos abordar a Economia associada à Ecologia. A Economia
traduz-se numa ciência que estuda a forma correcta de ajustar recursos escassos a
necessidades ilimitadas, enquanto a Ecologia é a ciência que estuda as relações entre
ecossistemas naturais e sociais. Estas são duas ciências que permitem uma gestão
eficiente dos recursos tendo em vista as futuras gerações, uma vez que gere racional
e convenientemente os recursos em função dos interesses comuns, actuais e futuros.
O nosso trabalho através da visão de cada uma destas ciências tenta
demonstrar formas de chegar ao Desenvolvimento Sustentável.
Por isto, iremos estruturar o nosso trabalho segundo o esquema do manual
adoptado, “Economia C – 12º Ano”, ou seja, começaremos por relacionar Economia
com a Ecologia de forma a explicar a relação que permite o Desenvolvimento
Sustentável. De seguida iremos clarificar este conceito quanto aos seus princípios e
responsabilidades, e apresentar medidas económicas e ecológicas para este. Por fim,
iremos abordar os Direitos Ambientais que todo o trabalho implicitamente contém.
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Economia e Ecologia
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Economia e Ecologia
Contextualização de conteúdos
O Desenvolvimento é um conceito que se reveste como uma aspiração de
qualquer sociedade, uma vez que ter meios de subsistência suficientes, como serviços
de saúde e de educação qualificados, usufruir de bons projectos culturais e viver com
dignidade e conforto, num ambiente saudável são algumas das condições que
contribuem para uma sociedade desenvolvida. Para além disto, o direito a um
ambiente saudável está consagrado na Constituição da República Portuguesa no
artigo 66º:
Artigo 66.º
Ambiente e qualidade de vida
1. Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente
equilibrado e o dever de o defender.
2. Para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento
sustentável, incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e com o
envolvimento e a participação dos cidadãos:
a) Prevenir e controlar a poluição e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosão;
b) Ordenar e promover o ordenamento do território, tendo em vista uma correcta
localização das actividades, um equilibrado desenvolvimento socioeconómico e a
valorização da paisagem;
c) Criar e desenvolver reservas e parques naturais e de recreio, bem como classificar
e proteger paisagens e sítios, de modo a garantir a conservação da natureza e a
preservação de valores culturais de interesse histórico ou artístico;
d) Promover o aproveitamento racional dos recursos naturais, salvaguardando a sua
capacidade de renovação e a estabilidade ecológica, com respeito pelo princípio da
solidariedade entre gerações;
e) Promover, em colaboração com as autarquias locais, a qualidade ambiental das
povoações e da vida urbana, designadamente no plano arquitectónico e da protecção
das zonas históricas;
f) Promover a integração de objectivos ambientais nas várias políticas de âmbito
sectorial;
g) Promover a educação ambiental e o respeito pelos valores do ambiente;
h) Assegurar que a política fiscal compatibilize desenvolvimento com protecção do
ambiente e qualidade de vida.
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Economia e Ecologia
Assim, podemos considerar o Desenvolvimento como um direito que homens e
mulheres podem exigir para a sua e futuras gerações.
Contudo, esta concepção de desenvolvimento levanta algumas questões, no
que toca ao objectivo, uma vez que se pensarmos nas gerações actuais, o
desenvolvimento deverá processar-se de forma a não comprometer irremediavelmente
o ambiente e os recursos naturais necessários, mas se pensarmos nas gerações
futuras, que irão herdar o que lhes for legado por nós, então as responsabilidades
aumentam.
Assim, estas duas ciências serão, segundo esta óptica, duas ciências unidas
para uma gestão do planeta com futuro.
Pode definir-se Desenvolvimento Sustentável como aquele que satisfaz as
necessidades presentes e não compromete as necessidades das gerações futuras.
Este conceito ficou consagrado no Relatório da Comissão Mundial sobre Ambiente e
Desenvolvimento, das Nações Unidas, publicado em 1987, cujos objectivos consistiam
na procura de uma via para o modelo de desenvolvimento que tivesse em conta o
futuro. O relatório ficou conhecido por “Relatório Brundtland”, e neste ficou definido
também o conceito de sustentabilidade. Este conceito data da década de 1980 e
defende a conjugação das vertentes ecológica, económica, social e a “boa
governação” para bem das gerações futuras.
O Relatório Brundtland ficou também conhecido por O Nosso Futuro Comum,
exactamente porque pressupunha que o futuro do planeta ou era para todos, ou não
haveria futuro nenhum.
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Economia
Ecologia
Desenvolvimento Sustentável
Economia e Ecologia
“O Nosso Futuro ou é comum ou não haverá futuro!”
Outros documentos que defendem o Desenvolvimento Sustentável
Agenda XXI
A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92,
ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a
importância de cada país em se comprometer a reflectir, global e localmente, sobre a
forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os
sectores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas
sócio-ambientais.
Protocolo de Quioto
O Protocolo de Quioto foi assinado no Japão, em 1997, e ractificado em 2002,
na III Conferência da ONU para alterações climáticas.
Constitui-se como um tratado internacional com compromissos mais rígidos
para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de
acordo com a maioria das investigações científicas, a causa antropogénica do
aquecimento global.
O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de
algumas acções básicas:
Reformar os sectores de energia e transportes;
Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins
da Convenção;
Limitar as emissões de metano na produção de resíduos e dos sistemas
energéticos;
Proteger florestas e outras fontes de carbono.
Mais à frente abordaremos este tema no que diz respeito, à responsabilidade
de países desenvolvidos e em desenvolvimento relativamente à questão ecológica.
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Desenvolvimento Sustentável
O Desenvolvimento Sustentável baseia-se, então, na necessidade de suster o
próprio desenvolvimento em níveis que não ponham em risco a sobrevivência do
planeta.
É uma estratégia que exige que a satisfação das necessidades do presente
não comprometa a possibilidade de as gerações futuras darem respostas às suas.
Tendo em conta, as problemáticas da mundialização e interdependência, esta
estratégia implica uma actuação articulada entre o mundo desenvolvido e o mundo em
desenvolvimento, no sentido de se construir um futuro comum, uma vez que os países
desenvolvidos devem ajudar os países em desenvolvimento a desenvolverem-se de
forma sustentável, contudo os países em desenvolvimento negam essa ajudam
porque acham que têm o mesmo direito de se desenvolver como os países
desenvolvidos sem limites.
Nesta concepção de desenvolvimento estão implícitos dois conceitos básicos:
O conceito de necessidades, em especial dos povos menos
desenvolvidos, a quem deverá ser dada a prioridade de satisfação;
O conceito de limites ao desenvolvimento, tendo em conta a
necessidade de sustentar o próprio processo de desenvolvimento,
dentro de valores que não ponha em causa a sobrevivência do planeta
e das gerações futuras.
Assim, esta noção de desenvolvimento tem implícito o valor da solidariedade
entre gerações, na medida em que o planeta a deixar em herança, isto é, alugar aos
mais novos, não deverá estar esgotado. Para isso foram definidos doze princípios que
se baseiam no seguinte:
Prevenção – Consiste em prevenir a poluição e a degradação do meio
ambiente, de forma a agir sobre os impactos negativos na qualidade de
vida das populações;
Precaução – Baseia-se no conjunto de acções informativas de forma a
nos precaver de futuros danos;
Poluidor-Pagador – Consiste no poluidor suportar os encargos com a
correcção ou recuperação do ambiente que degradou, devendo,
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Economia e Ecologia
igualmente, suspender a acção poluente. Isto encontra-se consagrado
na Lei de Bases do Ambiente.
Cooperação – Consiste na definição de políticas para a resolução dos
problemas ambientais e acção concreta para a sua solução, estas
deverão ser tomadas em conjunto por todos os intervenientes;
Integridade Ecológica – Baseia-se em criar limites às nossas acções
com o intuito de manter a biodiversidade e os sistemas que suportam a
vida;
Melhoria Contínua – É a adaptação, correcção e melhoria dos
processos que permitem a sustentabilidade;
Equidade Intra e Inter – Gerações – O desenvolvimento deve não só
satisfazer as necessidades das gerações actuais, mas também das
gerações futuras;
Integração – O desenvolvimento sustentável deve integrar as
dimensões ambiental, económica e social.
Democracia – O desenvolvimento sustentável possui uma forte
dimensão humana de que o poder democrático não pode ser excluído,
uma vez que o sistema cria regras de modo a preservar o bem-estar
dos indivíduos o que implica que a sua voz seja ouvida;
Subsidiariedade – Defende a tomada de decisões por órgãos que
estejam o mais perto possível dos cidadãos.
Envolvimento da Comunidade – Cabe aos mais envolvidos contribuir
para a procura de soluções, uma vez que somos todos responsáveis
pelos nossos actos;
Responsabilização – Este poderia ser o primeiro princípio, dado que
nos responsabiliza pelas consequências sobre terceiros das acções que
praticamos sobre o ambiente e sobre os recursos naturais.
9 | P á g i n aMotores do Desenvolvimento
Sustentável
Sociedade
AmbienteEconomia
Os Motores do Desenvolvimento Sustentável são a Economia, o Ambiente e a Sociedade, uma vez que a Economia concilia o crescimento económico com o desenvolvimento, o Ambiente
concilia crescimento económico com tecnologias ecologicamente equilibradas de modo a proteger o meio ambiente e a Sociedade concilia crescimento económico
com responsabilidade social.
Economia e Ecologia
A Responsabilidade de Países Desenvolvidos e em Desenvolvimento relativamente à questão Ecológica
Se é pacífico reconhecer que o mundo tem de mudar as suas práticas
relativamente à questão ambiental, já é mais complexo acordar sobre os novos
procedimentos a adoptar, quem os irá adoptar e qual as sanções para os não
cumpridores.
Hoje em dia, estamos perante o aumento da poluição e o esgotamento dos
recursos naturais, e os responsáveis por esta situação são os países mais ricos e
desenvolvidos, que se recusaram, até há pouco tempo em assinar qualquer acordo.
Os EUA são o único país que em 2008 contínua a não assinar nenhum acordo,
embora afirme que não se opõe aos que estão em vigor.
Através da seguinte notícia percebemos a posição dos EUA e da China em
relação às metas a atingir para resolução deste problema:
Negociações sobre o clima em parto difícil(2010-04-12)
“Os delegados de 180 países que durante dois dias estiveram reunidos em
Bona, na Alemanha, para traduzir em acções os vagos compromissos políticos saídos
da conferência sobre alterações climáticas de Copenhaga não os conseguiram
transpor para linhas mais claras com vista à negociação marcada para o final deste
ano em Cancun.
Um tratado mesmo vinculativo para as partes só deverá ser alcançado na
reunião marcada para a África do Sul, em 2011.
Para Yvo de Boer, ainda por uns meses mais no cargo de responsável das
Nações Unidas para as alterações climáticas, seria imperativo, para o êxito da cimeira
de Cancun, obter uma "arquitectura funcional" na luta contra o aquecimento por parte
dos países mais poluidores. No entanto, o documento final da cimeira de Copenhaga,
em Dezembro último, apenas indicou aos participantes que "tomassem nota" dos
esforços a fazer para reduzir as emissões de CO2. A fórmula adoptada por pressão
dos EUA e da China complica qualquer adopção de compromissos, nomeadamente no
que toca às ajudas aos países em desenvolvimento e às medidas mitigadoras de
emissões a empreender pelas economias emergentes. A luta contra a desflorestação
e a adopção de tecnologias verdes contam-se entre as acções que ficaram com o
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Economia e Ecologia
modo de concretização por definir. em termos de ajudas financeiras aos países menos
desenvolvidos Copenhaga definiu mais de 20 mil milhões de euros de ajuda entre
2010 e 2012 e cerca de 80 mil milhões até 2020, mas continuam dúbias as
responsabilidades por esse financiamento.
Os impasses sentidos nesta reunião de Bona deverão remeter para novas
etapas a redacção do compromisso a apresentar em Cancun. Entretanto, para os
próximos dias 18 e 19 está agendada uma reunião das 17 maiores economias do
planeta e, no começo de Maio, reúnem na Alemanha 50 ministros do Ambiente.”
In Jornal de Notícias
Medidas Económicas e Ecológicas para um Desenvolvimento Sustentável
De seguida, iremos abordar o estudo de cada ponto apresentado no gráfico
acima.
Energias Alternativas
Os aumentos populacionais e a melhoria do nível de vida e de conforto da
população, aliados a modelos consumistas generalizados pela globalização e à
expansão dos meios de transporte, exigem que a Natureza disponibilize os seus
recursos para satisfazer todas as necessidades. Contudo, como as necessidades são
ilimitadas e os recursos são escassos, para as satisfazer é necessário desgastar a
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Energias Alternativas
Política dos três R's Ecoprodutos
Indústrias Verdes
Agricultura Biológica
Economia e Ecologia
Natureza, uma vez que os bens que ela nos fornece são utilizados de uma forma
irresponsável.
Contudo, é possível satisfazer todas as necessidades, se tivermos em linha de
conta algumas considerações sobre as fontes de energia utilizadas para a produção.
As energias que normalmente utilizamos são as energias não-renováveis, isto
é, são aquelas que a Natureza não reproduz e que a longo prazo, se esgotarão,
assim, estas energias não conseguem responder às exigências do crescimento
económico e do desenvolvimento.
Esta situação está bem patente nos seguintes gráficos:
No primeiro gráfico é de denotar que, o Médio Oriente possui o maior número
de reservas mundiais de petróleo (recurso não renovável), com um valor de 61%. Por
outro lado, existe uma enorme desigualdade entre o país acima referido e todos os
restantes países presentes no gráfico. Contudo é de salientar um aspecto bastante
importante, a América do Norte, com 5,6%, e a Europa e Eurásia, com 11,6 %,
apresentam níveis de dependência externa muito elevados no que diz respeito às
reservas mundiais de petróleo, o que contrasta com o seu desenvolvimento baseado
nesta energia.
No segundo gráfico, é de denotar que até 2006 a produção de petróleo foi
crescente e que a partir dessa data o fluxo de produção decresceu o que traduz numa
tendência para o esgotamento do recurso daqui a aproximadamente 40 anos. Este
gráfico reveste as energias alternativas de importância para as gerações futuras uma
vez que estas terão de satisfazer as suas necessidades através destas.
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Economia e Ecologia
Por tudo isto, a necessária a utilização de energias renováveis, também
designadas por energias alternativa, exactamente por constituírem uma alternativa às
tradicionais fontes de energia, baseadas em recursos não renováveis e com muitos
impactos negativos sobre o ambiente. Portanto, as energias alternativas são as
energias amigas do ambiente, porque não poluem e não gastam os recursos naturais
não renováveis.
Iremos apresentar um quadro que sintetiza todas as energias alternativas no
que diz respeito às suas vantagens e desvantagens para resolução de problemas
actuais de forma a promover o desenvolvimento sustentável.
Tipo de Energia Vantagens Desvantagens Exemplos de
Aplicação em
Portugal
Solar
- Recurso
inesgotável e não
poluente;
- Venda à rede
pública da energia
produzida em
excesso;
- As centrais
necessitam de
manutenção mínima.
- Nem todas as
regiões do planeta
apresentam as
mesmas
potencialidades;
- Instalação
dispendiosa;
- Formas de
armazenamento
pouco eficientes.
- Central
Fotovoltaica
Hércules (concelho
de Serpa);
- Central Solar
Fotovoltaica de
Amareleja (concelho
de Moura);
- Parque Solar de
Almodôvar
Biomassa
- Obtido através de
matéria orgânica
barata;
- Não liberta CO2;
- Pouco agressivo
para o ambiente.
- Dificuldades de
armazenamento;
- Alguns custos de
investimento no
equipamento, de
modo a evitar
problemas com o
ambiente.
- Grupo Portucel
Soporcel (Setúbal).
Hidrogénio
- Recurso
abundante;
- Não poluente;
- Grande densidade
energética;
- Difícil
armazenamento;
- Não existe puro na
Natureza;
- Baixa potência;
- Tecnologia
- Autocarros da
STCP.
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Economia e Ecologia
- Reduzida emissão
de gases de efeito
de estufa.
dispendiosa;
- Inexistência de boa
relação preço-
eficiência.
Maremotriz – das
marés
- Obtida a partir de
um recurso
renovável;
- Barata;
- Não poluente;
- Fornecimento de
energia não é
regular;
- Pouco rendimento;
- Ilha do Pico
(Açores);
- Castelo da Neiva
(Viana do Castelo).
Geotérmica - Obtida a partir de
uma fonte renovável;
-Barata.
- Baixo rendimento;
- Confinada, ainda,
na maior parte dos
casos, a zonas
tectónicas.
- Açores (Furnas);
- Instalações
Termais usam esta
energia para fins
medicinais.
Eólica - É obtida a partir de
um recurso
renovável e barato –
o vento.
- Manutenção é cara;
- Elevada
dependência
climática;
- Põe em risco
espécies voadoras.
- Viseu;
- Braga;
- Lisboa;
- Coimbra;
- Viana do Castelo.
Nuclear
- Grande poder
energético;
- Barata;
- Fácil transporte;
- Não provoca efeito
de estufa;
- Não provoca chuva
ácida.
- Custos elevados de
instalação e
manutenção;
- Dificuldades de
armazenamento;
- Graves perigos
para os indivíduos e
ambiente, em caso
de acidente.
- Em Portugal,
actualmente, não
existe produção de
energia nuclear.
Biodiesel
- Óleo obtido a partir
de recursos
renováveis, como os
vegetais;
- Barato;
- Fácil obtenção;
- Menos poluente do
que os derivados de
petróleo.
- Depende da
produção agrícola;
- Não substitui
totalmente o diesel;
- Custo de obtenção
muito elevado;
- Leva ao
esgotamento das
capacidades do solo;
- Torrejana
(Santarém);
- Iberol (Vila Franca
de Xira);
- Prio (Oliveira de
Frades);
- Biovegetal (Vila
Franca de Xira);
- Valouro (Vila
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Economia e Ecologia
- Criador de
emprego no sector
primário.
- Pode provocar
doenças
cancerígenas.
Facaia);
- Greencyber
(Lisboa).
Política dos 3 R’s
A chamada Regra dos 3 R’s é uma regra criada para explicar de uma forma
fácil 3 formas de proteger o ambiente. A Regra dos 3 R’s assenta-se em 3 palavras:
Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
Antes de Reciclar e Reutilizar é necessário Reduzir. Muitas vezes compramos
coisas desnecessárias ou com materiais não recicláveis, uma vez que a sociedade
actual assenta numa realidade consumista, que iremos desenvolver mais à frente.
Depois de Reduzir é necessário Reutilizar o lixo já existente. Em vez de
utilizarmos e deitarmos para o lixo, podemos aproveitar o que já não tem utilidade.
Depois de Reduzir e Reutilizar, é hora de Reciclar o lixo. A reciclagem permite
criar novos produtos através de materiais que já não eram utilizados.
A reciclagem permite reduzir a utilização de recursos naturais e em alguns
casos o custo de produção de produtos a partir de materiais reciclados, é mais baixo.
A reciclagem, redução e reutilização são assim três comportamentos
indispensáveis a adoptar, no sentido de contribuir para o combate ao desperdício e à
produção de lixo. Estes comportamentos derivam de uma atitude responsável – a de
preservar a Natureza e de contribuir para um desenvolvimento sustentável.
O consumismo da sociedade industrial impõe modelos de consumo baseados
no “novo” com o objectivo de escoar a imparável produção que sustenta as economias
actuais.
Hoje em dia, existem propostas alternativas de que se destaca o
consumerismo. Consumir, sim mas com responsabilidade. Daqui nascem as boas
práticas de reutilizar o “velho”, com vista à poupança e à reorientação para outro tipo
de utilizações; a prática de redução que tem a mesma finalidade – poupar; e a
reciclagem, comportamento essencial, que permite a redução de lixos, a poupança de
recursos e a preservação do meio ambiente.
Indústrias “Verdes”
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São indústrias em que a preocupação ambiental, aliada a outras
responsabilidades, como a social, é prioritária.
Agricultura Biológica
É um tipo de agricultura amiga do ambiente. Os
produtos resultam de processos produtivos em que os
produtos químicos nefastos são eliminados.
Princípios
O solo é considerado um organismo vivo e deve ser respeitado o máximo
possível;
Uso de adubos orgânicos de baixa solubilidade;
Controlo com medidas preventivas e produtos naturais;
Os efeitos no meio ambientes são positivos: preservação do solo e das fontes
de água.
8 Motivos para consumir Produtos Biológicos
Proteger as futuras gerações;
Prevenir a erosão do solo;
Proteger a qualidade da água;
Aumentar o rendimento dos agricultores;
Apoiar os pequenos agricultores;
Prevenir gastos futuros;
Promover a biodiversidade;
Descobrir sabores naturais.
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Direitos Ambientais
Os direitos ambientais são uma categoria de direitos a que todos os homens e
mulheres aspiram, com vista a uma vida com mais qualidade. Estes direitos são um
exemplo dos Direitos de 3ª Geração – os direitos que promovem a fraternidade entre
os povos do mundo. Para tal, todos, incluindo os governos dos países desenvolvidos e
emergentes, terão de contribuir.
Foi, necessário, que o “Ambiente” chegasse a um ponto de degradação quase
insuportável num grande número de países para que as pessoas se começassem a
despertar para a sua defesa e a consciencializar-se do grave perigo que algumas
espécies, habitats e ecossistemas correm.
Actualmente, a maioria dos governos está de acordo que a industrialização e o
desenvolvimento económico não podem ser realizados de qualquer maneira, nem a
qualquer preço; há que concilia-los com a protecção do Ambiente e a gestão
adequada dos recurso naturais, defendo-se ao mesmo tempo a qualidade de vida.
Como sabemos, a Terra é um sistema limitado e, como tal, à que defendê-lo
eficazmente para assegurar qualidade de vida às gerações actuais e às vindouras,
preservando o ambiente. Na nossa constituição está consagrado no Artigo 66º (direito
do ambiente e a qualidade de vida), já transcrito anteriormente.
“Os países mais vulneráveis são menos capazes de se protegerem. Também
contribuem menos para as emissões globais de gazes com efeito de estufa. Sem
qualquer acção, irão pagar um preço elevado pelas acções os outros.”
Kofi Annan
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Conclusão
Com a realização deste trabalho, podemos salientar que o conceito de
sustentabilidade defende a integração das vertentes ecológica, e social para bem das
gerações futuras. Os países desenvolvidos e em desenvolvimento são responsáveis
relativamente às questões ecológicas e por isso foi estabelecido no Protocolo de
Quioto uma resolução para este problema.
Para demonstrar formas ecológicas que permitem o Desenvolvimento
Sustentável abordamos a importância do desenvolvimento das energias alternativas,
da aplicação da politica dos 3 R’s, das industrias “verdes” e da agricultura biológica.
Por tudo isto, achamos o trabalho muito interessante e bastante importante
para o nosso quotidiano.
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Bibliografia
- Pais, Maria João, Economia C 12º Ano, Texto Editores – 1ª Edição
- Dinis, Almerinda, Direito 12º Ano, Texto Editores – 1ª Edição
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_solar_em_Portugal (18/04/10)
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_renov%C3%A1vel (18/04/10)
- http://www.energiasrenovaveis.com/ (18/04/10)
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