ecolbrasil 05

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Impresso em papel reciclado Ano I - edição 05 - R$ 6,90 Um brinde à ÁGUA Um brinde à Um brinde à

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Ano I - edição 05 - R$ 6,90

Um brinde à

Num dia totalmente dedicado a ela, muitoquestionamento sobre seu futuro.

ECOTURISMO: Caconde. Estância paulista é a nova sensação do ecoturismo

AO EXTREMO: “Patagônia é bruta deste jeito. Inesquecível. Um dos 20 lugares no mundo que não dá para deixar de conhecer antes de deixar a Terra.”

COLUNA: Luiz Gomes, presidente da cavo, fala sobre a importância do uso do lixo orgânico como fonte de energia

ONGs: No dia mundial da água WWF levanta a bandeira em prol as nascentes

ÁGUAÁGUAUm brinde à

ÁGUAUm brinde à

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água.Beba com moderação.

Ronaldo Pereira de Souza

Redação e Publicidade

Mais Quatro Editora e PublicidadeTelefone: (11) 6829-0482 / [email protected]

Assinaturas:

(11) 6829-0482 • (11) 6829-0483

A Revista Ecolbrasil não se responsabiliza por idéias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas. A publicação se reserva o direito de resumir cartas, ensaios e artigos.A comercialização de espaço publicitário é de inteira responsabilidade da Mais Quatro Editora e Publicidade

expediente

Em março o mundo comemorou apreensivo o “Dia da água”. Engraçado

comemorar em um único dia algo que não tem dia nem hora para suprir nossas

necessidades. Uma coisa é certa nesta história, muitas empresas estão sim,

no seu dia-a-dia pensando muito sério em alternativas de minimizar a água

desperdiçada. Vemos casos como a Coca-Cola, que desenvolveu um projeto que

economiza água para abastecer 37,5 mil famílias por mais de um mês, sendo que

cada integrante consuma 200 litros de água por dia. Outro caso interessante foi

quando Pedro Bial no BBB, chamou a atenção ao consumo de água inadequado

dos participantes da casa. Graças a Deus muitas pessoas fazem um trabalho de

formiguinha, buscando conseguir melhorar o mundo, sem hipocrisia e sem blá,

blá, blá. Aos amigos leitores, nesta edição veremos um novo parceiro, a Petrobrás,

que nos apóia e nos deixa muito contentes ao ver que o material desenvolvido por

nós tem alcançado seus objetivos.

Colaboradores

Andrei Polidoro de SouzaCaroline Meneghelli

Ismael Ramos TeixeiraLuis Gomes

Richard Rasmussen

Mari Viana

ImpressãoGráfi ca Expressão

Tiragem40.000 exemplares

Redação

EditorRonaldo Pereira de Souza

Diretora ComercialGlaucia Polidoro de Souza

Direção de ArteAdriana Francisco

JornalistaAnderson Fattori - MTB 47.575

editorial

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Page 4: Ecolbrasil 05

índice05 Meio Ambiente

Anel de casamento produz 20 toneladas de resíduos

Águas poluídas X Extinção de crocodilos

10 Primeiro Setor

Instituto Sadia apoiará projeto em Jundiaí

11 Ao Extremo

Um lugar pra conhecer antes de deixar a Terra

14 Reciclagem

HP cria processo de reciclagem inovador

16 Mercado

Produção de sacolas plásticas mais resistentes

20 Agronegócios

Espécie de bromélia substitui fi bra de vidro

24 Ecoturismo

Caconde é a nova sensação do ecoturismo

Ilha do Mel, o paraíso do Atlântico Sul

28 Moda

Ecoluxo

30 Qualidade de vida

Dormir é bom demais

34 Capa

Um brinde à água

40 Internacional

ONU defende fi m da taxa sobre etanol brasileiro

42 Coluna

Mari Viana

Luiz Gomes - Lixo como fonte de energia

46 Marketing

Coca-Cola Brasil reduz consumo de água em 5%

CI-Brasil e Walt-Mart investem na Amazônia

52 Economia

Imposto de renda ecológico

54 Cultura

Petrobras patrocina festivais e mostras de cinema

56 Especial

Apagar as luzes para acender consciências

60 Artigo

Outsourcing e a sustentabilidade

62 ONGs

Colsultora oferece curso de gestão para terceiro setor

WWF defende nascentes no Dia Mundial da Água

68 Reciclando

Acerte na lata

70 Decoração

Decoração verde preservando o meio ambiente

74 Dicas

Caminhos da sustentabilidade no Brasil

Reúso da água

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Page 5: Ecolbrasil 05

meio ambiente

produz 20 toneladas

Anel decasamento

de produz

de produz

resíduosO alto preço em dólar do ouro não é o único custo:

a mineração do metal precioso produz resíduos tóxicos que freqüentemente vão parar no oceano.

Sem leis efi cazes para a proteção dos moradores locais e da natureza, a mineração desenfreada do ouro provoca uma perda signifi cativa de terras e contaminação das águas. A seguir entrevista exclusiva com o especialista Keith Slack, que exige métodos mais limpos de mineração, evitando assim maiores danos ao meio ambiente.

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Spiegel - Qual é o impacto do alto preço do ouro sobre a mineração deste metal precioso?Slack - Slack - Slack Ele levou a uma situação onde há mais e mais minas ao redor do mundo, também em regiões da África, América Latina e Ásia que não eram afetadas até agora. E o governo destes países e regiões em geral não lidam de forma particularmente efi caz com as empresas mineradoras.

Spiegel - O que você quer dizer com isso?Slack - Slack - Slack Não há padrões ambientais apropriados, não há leis sufi cientes capazes de proteger os direitos dos moradores locais. Veja a Guatemala, por exemplo, onde os direitos dos povos indígenas, que vivem nas áreas de mineração, não são levados em consideração. As minas se espalham por vastas áreas, assim como por locais sagrados destes povos. Elas podem chegar a dois quilômetros de largura e um quilômetro de extensão, sendo possível até mesmo vê-las do espaço. Mas assim que a terra é perdida, ela está destruída para sempre.

Spiegel - Ela nunca mais pode ser usada depois que o ouro é extraído?Slack - Quantidades enormes de substâncias químicas venenosas são usadas, particularmente o cianeto, que separa o ouro da pedra. Estima-se que as minas de ouro em todo mundo usem 182 mil toneladas de cianeto por ano - uma quantidade gigantesca.

Spiegel - O cianeto é altamente tóxico. Quais são as conseqüências para o meio ambiente?Slack - Ele vai parar nos rios assim como nas águas subterrâneas e pode matar os peixes. A água deixa de ser potável ou utilizável para irrigação agrícola. Às vezes faltam até mesmo padrões mínimos. Na Indonésia, os resíduos tóxicos da mineração são simplesmente despejados no oceano.

Spiegel - O que você está tentando fazer a respeito?Slack - Slack - Slack Nós queremos que as empresas de mineração obtenham a aprovação dos moradores locais antes de abrirem uma mina. Não é preciso dizer, as empresas não estão particularmente dispostas a fazê-lo.

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Page 7: Ecolbrasil 05

Spiegel - Isso não soa particularmente efi caz.Slack - Slack - Slack Provavelmente é o meio mais efi caz que dispomos. Atualmente há uma disputa ocorrendo em Nevada, onde uma empresa deseja transformar o monte sagrado dos índios Shoshoni em uma mina, e eles estão resistindo. Logo, isto não acontece apenas nos países em desenvolvimento.

Spiegel - Onde os problemas com minas estão particularmente concentrados?Slack - Em Gana, uma única mina deslocou permanentemente 10 mil pessoas de suas terras. Outro exemplo é o Peru, um dos mais importantes países exportadores do metal. O governo dali não é muito efi caz na regulamentação das minas. Freqüentemente os moradores locais fi cam completamente por conta própria.

Spiegel - Não é possível que as minas possam trazer os empregos necessários para as regiões rurais pobres?Slack - A maioria das grandes minas modernas fi ca na superfície e emprega apenas poucas pessoas. As minas podem ser altamente lucrativas, mas os moradores locais raramente vêem quaisquer benefícios. E, é claro, também há os problemas com as condições de trabalho e os baixos salários nas minas.

Spiegel - As minas operam de forma semelhante em todo o mundo?Slack - Slack - Slack Nós estamos particularmente preocupados porque há claramente dois pesos e duas medidas. Na Europa e nos Estados Unidos, as empresas nunca

exibiriam o comportamento com que escapam impunes nos países em desenvolvimento.

Spiegel - Quanto resíduo é produzido para extrair ouro sufi ciente para um anel de casamento?Slack - Isto produz 20 toneladas de resíduos.

Spiegel - Isto é apenas rocha solta que pode ser removida para outro lugar, ou é resíduo tóxico?Slack -Slack -Slack O problema é que a rocha tratada com cianeto, quando exposta ao ar, produzirá ácidos sulfúricos, como aqueles contidos nas baterias dos automóveis. Este processo continua para sempre e pode contaminar permanentemente a água subterrânea. Até mesmo as minas operadas pelos romanos onde atualmente é a França ainda emanam estas substâncias.

Spiegel - Isto soa tão problemático quanto o próprio cianeto.Slack -Slack -Slack É um problema ainda maior.

Spiegel - E que conselho você dá aos consumidores, que não estão necessariamente cientes dos danos ambientais e sociais causados pelo ouro que compram?Slack - Slack - Slack Nós estamos tentando cooperar com grandes joalheiros e mineradoras para introduzir um ouro certifi cado que é produzido segundo padrões ambientais e de direitos humanos mais elevados, que poderiam ser semelhantes aos padrões aplicados a alimentos orgânicos e produtos de “fair trade” (comércio justo). Até o momento, nada assim existe para o ouro.

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meio ambiente

Águas poluídasÁguas poluídasaumentam risco deaumentam risco deÁguas poluídasaumentam risco deÁguas poluídasÁguas poluídasaumentam risco deÁguas poluídas

extinção dosextinção doscrocodiloscrocodilosextinção doscrocodilosextinção dosextinção doscrocodilosextinção dos

na Índiacrocodilosna Índiacrocodilos

Em apenas três meses foram econtrados mortos Em apenas três meses foram econtrados mortos cerca de 110 crocodilos em perigo crítico de cerca de 110 crocodilos em perigo crítico de extinção, vítimas da poluição dos rios.

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Page 9: Ecolbrasil 05

Aproximadamente 110 gaviais, uma espécie de crocodilo que apareceu há 200 milhões de anos e considerada em perigo crítico de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), foram encontrados mortos na Índia, vítimas da poluição dos rios, em um período de três meses. Restariam apenas pouco mais de mil indivíduos em todo o mundo, dos quais a maioria no subcontinente indiano. Os cadáveres foram descobertos numa porção de 40 km do rio Chambal, no norte do país. No fi nal de janeiro, quatro especialistas internacionais foram enviados para o local para tentarem elucidar as causas do fenômeno. “Nós conduzimos uma espécie de inquérito policial”, comenta o veterinário francês Samuel Martin, diretor da Ferme aux crocodiles (fazenda dos crocodilos), situada no departamento francês da Drôme, que participou das pesquisas.Incialmente foram coletados alguns indícios. Os tecidos e os órgãos dos animais mortos foram analisados. Os rins forneceram a chave do enigma. “Eles estavam brancos enquanto são sempre vermelhos nos organismos saudáveis”, explica Samuel Martin. “Eles não conseguiram fi ltrar o ácido úrico presente no sangue, que então acabou se alastrando pelos órgãos vitais”.Isso teria provocado paradas cardíacas. Os peixes devorados pelos gaviais estavam envenenados devorados pelos gaviais estavam envenenados por produtos tóxicos e seriam responsáveis por esta mortandade. A hipótese de ter havido uma infecção viral generalizada foi descartada.Resta elucidar um outro enigma: por que os gaviais foram os únicos animais dizimados nesta região? Os golfi nhos e as tartarugas carnívoras foram poupados. Apenas os crocodilos com idades de 25 a 30 anos

morreram. J.K. Jatav, do serviço veterinário da região do Madya Pradesh, arrisca uma hipótese: “Os gaviais são os únicos animais desta área que se alimentam exclusivamente de peixes, e eles difi cilmente conseguem se deslocar rio acima até locais mais limpos em caso de poluição, diferentemente dos golfi nhos”.O metabolismo dos gaviais também pode ter exercido algum papel no seu envenenamento: “As baixas temperaturas no inverno devem ter contribuído para diminuir o ritmo da eliminação das substâncias tóxicas pelo organismo”, avalia Samuel Martin.

Detritos industriais

As substâncias tóxicas que foram colhidas nos cadáveres ainda não foram identifi cadas. A única certeza dos cientistas é a de que a poluição do rio Yamuna desponta como a principal responsável pela morte dos gaviais. É muito grande o número das usinas químicas, fábricas de papel e destilarias que derramam os seus detritos, não tratados, neste rio que está à beira da asfi xia.Durante a temporada das monções, entre julho e setembro, aumentam os níveis das águas, que sobem até o rio Chambal, onde elas intoxicam os crocodilos. Depois de um período de “incubação”, que dura de quatro a seis meses, estes animais acabam sucumbindo. Além disso, conforme Ravi Singh, diretor geral da divisão indiana do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), “não é possível capturar os gaviais para protegê-los das águas poluídas, pois muitos deles acabam morrendo no cativeiro”.

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fotos ilustrativas

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primeiro setor

Um projeto de desenvolvimento local de Jundiaí foi um dos escolhidos para fazer parte do Programa de Investimento Social do Instituto Sadia, que apoiará, no total, 26 iniciativas este ano. Todos os projetos serão aplicados nas regiões em que a Sadia atua. Os recursos começam a ser repassados para as instituições contempladas esta semana. No total serão destinados cerca de R$ 824 mil.

O projeto paulista que receberá recursos do Instituto Sadia será o “Alimentando o Futuro”, desenvolvido por Salus - Centro de Recuperação e Educação Nutricional. A iniciativa tem por objetivo oferecer acompanhamento especializado a crianças em estado de desnutrição, sensibilizando também as famílias para uma alimentação correta a partir dos recursos disponíveis. Algumas das ações previstas são: a realização de censos no bairro do Varjão, localizado na periferia da cidade, consultas clínicas e visitas domiciliares às crianças assistidas pelo projeto, além de capacitações para profi ssionais de entidades parceiras e ofi cinas nutricionais para os pais das crianças atendidas.O Programa de Investimento Social do Instituto Sadia foi criado em 2007 e tem como objetivo ampliar parcerias intersetoriais e qualifi car o investimento social realizado pela empresa, visando contribuir para o processo de desenvolvimento das comunidades onde a empresa está presente.Os projetos foram selecionados de acordo com os seguintes critérios: inovação, impacto potencial no desenvolvimento local, estrutura da organização e estratégia do projeto.

Font

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Instituto Sadia apoiará projeto de desenvolvimento

local em Jundiaí

Instituto Sadia apoiará o projeto ‘Alimentando o Futuro’ voltado para

as crianças locais.

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ao extremo

“Patagônia...Patagônia...destinada a sacrifícios.

Enbaraçada de mitos,que se mesclan com el viento.

Patagônia tierra santa, porque Dios así lo quiso,

después de lo sétimo dia bajo a beber em tus rios...”

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Page 12: Ecolbrasil 05

Toda vez que coloco para escutar a prosa cantada de José Larralde, trovador gaúcho argentino minha mente voa a recordar de uma das terras mais selvagemente belas que já conheci. Nada parece poder sobreviver a uma terra seca, de água salobra e escassa e frio intenso. Talvez por isso mesmo a colonização desta terra se deu tão tardiamente no século XVIII. O homem patagônico é um ser bruto, um sobrevivente, inicialmente desconfi ado e reservado mas de alma poética que, se embebida na medida certa, nem mais nem menos, em dois bons copos de vinho e defumada no churrasco de carneiro feito no chão, entrega-se na prosa e nos causos, tornando-se gentil e hospitaleiro.

Geografi camente, a Patagônia, no sul do continente sul-americano pertence a dois países: Chile e Argentina. Como meu interesse sempre foi Fauna, existe uma região onde avistar Fauna é uma atividade prazerosa pela quantidade de vida em estado natural e bruto que ainda se encontra: a costa atlântica argentina. E a Meca desta região é sem dúvida nenhuma, a província de Chubut.

Apesar da colonização tardia, os efeitos da presença humana deram-se rapidamente na região que funciona como um santuário para a os grandes mamíferos e aves marinhas. Somente na província de Chubut encontram-se colônias reprodutivas de mais de 40.000 elefantes marinhos, mais de 1.000.000 de pingüins de Magalhães e 1.000 baleias francas austrais entre os meses de julho a dezembro. Os números eram bem maiores no século

XIX. A caça, efetuada até os anos 70 foi sistemática e atingiu toda esta Fauna em seu momento mais sensível e sagrado: na estação reprodutiva.

Hoje, as leis internacionais e argentinas protegem este patrimônio natural da humanidade e os recursos econômicos da região estão totalmente dependentes da exploração turística destas belezas.

Muita gente deve pensar – o que o Richard, um sujeito que já conheceu as fl orestas tropicais mais belas e cheias de vida do planeta pode enxergar em uma terra árida e fria ? Em primeiro lugar quando se chega a um lugar como a Patagônia, é necessário que primeiramente se ambiente, passeie pela charmosa cidade de Puerto Madryn por todo um dia, no dia seguinte hospede-se em uma “hacienda” onde irá ter contato com o povo local, seus costumes e comida. No terceiro dia faça sua primeira visita à Valdez e sinta sua energia: o mar muito azul, sol forte, o vento constante que chega desviar seu corpo da rota previamente estabelecida pelo cérebro. Contrate os serviços de avistamento de baleias para o dia seguinte: bote pequeno de borracha de até 50 pessoas, dispense o barco grande. Você irá pagar um pouco mais, mas certamente não irá se arrepender. Mas ainda não vá ver os animais, volte para o hotel.

No quarto dia, logo cedo, você estará ambientado metabolicamente para o início de sua inesquecível sequência de experiências (eu garanto!!!). Vá ao seu passeio de avistamento de francas. Se você teve sorte

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Page 13: Ecolbrasil 05

e conseguiu marcar a tempo o bote de borracha para os primeiros horários (até as 10:00 am) provavelmente irá pegar uma calmaria no vento e um mar fl at. Nesta embarcação, muito mais baixa que o barco, as baleias chegam a aproximar-se muito mais e estão exatamente na altura da borda do barco. A sensação de tamanho destes animais cresce (afi nal são bichos que podem chegar a 18 metros e 50 toneladas) e você vai com certeza soltar um “Ohh!” quando ela passar com seu fi lhote a menos de dois braços de distância esguichando um “V” quente de seu respiradouro enquanto ouve-se uma reclamação dela, um “uooohhhh”.

Depois de sair desta experiência recomendo visitar Punta Delgada para poder ver as colônias de elefantes marinhos reproduzindo-se: lutas entre os machos com muito sangue, fêmeas subjugadas pelos machos 4 vezes maiores e fi lhotes amamentando. Porém você terá uma avistamento não muito próximo neste local de reserva e vai dizer: “não são tudo isso!”. Recomendo sair de Valdez para conhecer o Elefante Marinho, um animal onde os machos tem mais de 5 metros de comprimento e podem chegar a 4 toneladas de uma forma muito mais próxima e que certamente vai arrepiar você. Vá até Punta Ninfas, em Rawson, próximo ao farol, onde colônias de machos e fêmeas solitárias fora da reserva descansam. Nesta praia você pode descer e se aproximar um pouco mais destes colossos. Mas não se engane! Estes caras podem parecer lentos e pesados mas nesta superfície

de seixos onde estão eu aposto quanto for que são mais rápidos do que você. Sendo assim mantenha uma distância segura que não o incomode e me agradeça por esta dica fora de catálogo.

Para terminar seus próximos dois dias eu tenho duas recomendações: uma visita à Punta Tombo onde milhares de pingüins de Magalhães andarão entre suas pernas não se incomodando com sua presença. Não faça um passeio corrido com guias apressados. Quem tem pressa come cru. Tome seu tempo, sente-se, fi lme e tire várias fotos. Garanto gargalhadas de encher os olhos de lágrimas com estes sujeitos completamente desastrados e sem noção de espaço fora do ambiente aquático onde são jatos.

Para o último dia recomendo uma experiência que somente pode ser feita nas Américas igual no Peru, mas muito melhor na Patagônia Argentina, o “crém de la crém”: mergulhar ou fl utuar com os leões marinhos. Imperdível, emocionante e inesquecível. A superação: o frio! Suportável e imperdível ainda mais se você é mergulhador (recomendo alguma experiência anterior) pois poderá até ser brindado com um proibido mas inevitável mergulho com baleias que invariavelmente passam pelo mesmo local onde se encontra a colônia de leões.

Patagônia é bruta deste jeito. Inesquecível. Um dos 20 lugares no mundo que não dá para deixar de conhecer antes de deixar a Terra.

Patagônia é bruta deste jeito. Inesquecível. Um dos 20 lugares no

mundo que não dá para deixar de

conhecer antes de deixar a Terra.

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Page 14: Ecolbrasil 05

reciclagem

A HP anuncia uma novidade na indústria: a companhia criou um modo inovador de usar plásticos reciclados a partir de itens como garrafas de água e cartuchos da tinta para incorporar esses materiais em novos cartuchos originais da HP para impressão a jato de tinta.Depois de testar esse programa, a HP usou mais de 2,2 mil toneladas de plástico reciclado em cartuchos de tinta HP no ano passado e se compromete a usar duas vezes mais em 2008. Ao usar material reciclado, a HP economiza energia, fecha o ciclo de desenvolvimento e mantém o plástico longe dos aterros sanitários. Até agora, a HP já usou plástico reciclado sufi ciente para preencher 225 tratores.A HP desenvolveu uma solução original que permitiu à companhia incorporar plásticos como os de garrafas de água e dos cartuchos da tinta (retornados à HP por meio do programa de reciclagem HP Planet Partners) no projeto e na manufatura de mais de 200 milhões de

cartuchos originais da HP para impressão a jato de tinta.“Ao desenvolver uma tecnologia para usar plástico reciclado nos cartuchos originais da HP para impressão a jato de tinta, temos a oportunidade de reduzir o impacto ambiental que os produtos HP têm sobre o planeta”, afi rma Michael Hoffmann, vice-presidente sênior da área de suprimentos do Grupo de Imagem e Impressa da HP. “A HP fez investimentos signifi cativos para construir uma infra-estrutura de reciclagem capaz de tornar esse feito possível. Isso é apenas o começo do que ainda esperamos realizar”.Engenheiros, químicos e parceiros estratégicos da HP se dedicaram ao desenvolvimento de um processo que fornecesse benefícios ambientais ao usar materiais reciclados, mas sem comprometer a qualidade e a confi abilidade que os clientes esperam da HP. Após anos de dedicação, a HP alcançou sua meta; a equipe aperfeiçoou o processo de produzir cartuchos de tinta usando plásticos reciclados:

HP cria processo de reciclagem inovador

Empresa criou método que Empresa criou método que

incorpora plásticos reciclados incorpora plásticos reciclados

em cartuchos originais HP para em cartuchos originais HP para

impressão a jato de tinta

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Page 15: Ecolbrasil 05

• Os cartuchos que retornam à HP por meio do • Os cartuchos que retornam à HP por meio do programa HP Planet Partners são submetidos às várias programa HP Planet Partners são submetidos às várias fases de um processo de reciclagem que os reduzem a fases de um processo de reciclagem que os reduzem a materiais brutos, como plásticos e metais.

• Plásticos de cartuchos de tinta e recipientes de bebidas reciclados são combinados com um pacote extra de compostos e reformulados em novas formas, com a garantia de que o material reciclado respeite os altos padrões de desempenho da HP.

• Ao contrário de companhias que simplesmente remanufaturam cartuchos, a HP encontrou um modo de moldar esses componentes plásticos reciclados em cartuchos novos e originais da HP.

A quantidade de material reciclado nesses cartuchos pode variar entre 70% a 100% do plástico total usado e os resultados de confi abilidade para cada produto são rigidamente testados para manter a consistência por toda a linha de produtos.

Reconhecimento da indústria

A Society of Plastics Engineers, uma organização de profi ssionais que trabalham com plásticos, vai homenagear a inovação da HP, oferecendo à companhia o prêmio “Daniel Eberhardt Environmental Stewardship” durante a Global Plastics Environmental Conference em março.

aplicação altamente técnica como a produção de cartuchos de tinta representa um avanço na engenharia sem precedentes”, afi rma Larry Koester, vice-presidente de comunicação da divisão ambiental da Society of Plastics Engineers. “Essa conquista notável é resultado de muitos anos de perseverança e inventividade da HP e de seus parceiros.”

Projetos que pensam no ambiente

A abordagem da HP para questões ambientais relacionadas com os cartuchos de tinta leva em conta todos os fatores do ciclo de vida - do projeto e manufatura a reciclagem. Ao incorporar plásticos reciclados em cartuchos originais, a HP fecha o ciclo de gestão de toda a vida útil do produto. Esse é o mais recente avanço do programa Design for Environment da HP, que reduz o impacto ambiental dos cartuchos de tinta da HP com o bom uso de material, com a facilidade de reciclagem e com embalagens efi cientes.

O programa Planet Partners da HP para devolução e reciclagem de cartuchos oferece meios gratuitos e convenientes para que os clientes devolvam os cartuchos em mais de 45 países, regiões e territórios. Os clientes podem confi ar no programa de gestão ambiental da HP porque os cartuchos devolvidos por meio do Planet Partners não são reabastecidos, revendidos nem enviados a aterros sanitários.

“O uso que a HP faz de plásticos reciclados em uma aplicação altamente técnica como a produção de

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Page 16: Ecolbrasil 05

mercado

Indústrias e Supermercadosfi rmam parceria para produção de sacolas mais resistentes

A indústria do plástico e os supermercados assinaram este mês um termo

de parceria no qual assumem o compromisso de produzir e distribuir sacolas

plásticas mais resistentes. A parceria tem como meta a redução do consumo de

sacolas em 30%, dando fi m ao desperdício. A sacola plástica é um item importante

na relação entre o consumidor e a rede varejista, mas causa problemas ao meio

ambiente por conta do descarte inadequado e da baixa adesão dos municípios

brasileiros à coleta seletiva.

O compromisso entre a indústria do plástico e as redes de supermercados

é um passo importante para o sucesso do Programa de Qualidade e Consumo

Responsável de Sacolas Plásticas. A iniciativa é da Plastivida Instituto Sócio-

Ambiental do Plástico e do Instituto Nacional do Plástico (INP), com o apoio da

Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief).

16

Page 17: Ecolbrasil 05

A nova sacola é fabricada de acordo com os padrões

técnicos estabelecidos pela Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT). Como o modelo é mais

resistente, o consumidor não terá de utilizar duas ou três

sacolas superpostas para carregar as compras e poderá

colocar mais produtos por unidade. O modelo padrão

apresentado pode carregar até seis quilos. A estimativa é

que no 1o semestre de 2008 a rede varejista tenha a nova

sacola à disposição do consumidor.

A parceria foi selada na Assembléia Legislativa de

São Paulo durante o lançamento da Frente Parlamentar

em Defesa do Uso Responsável de Embalagens

Plásticas. Formada por deputados estaduais de

diversos partidos, a Frente vai incentivar os debates

sobre qualidade, consumo, reutilização e reciclagem de

sacolas plásticas.

Participaram da assinatura do termo Sussumo Honda,

presidente da Associação Brasileira de Supermercados

(Abras); João Sanzovo, presidente da Associação

Paulista de Supermercados (Apas); Francisco de Assis

Esmeraldo, presidente da Plastivida; Paulo Dacolina,

diretor superintendente do INP; Merheg Cochum,

presidente do INP, da Associação Brasileira da Indústria do

Plástico (Abiplast) e do Sindicato da Indústria do Material

Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast); Rogério

Mani, presidente da Abief; Marcio Milan, representando a

rede Pão de Açúcar; Carlos Eduardo Helu Luccas, pela

rede Carrefour; e o deputado estadual Orlando Morando

(PSDB), coordenador da Frente Parlamentar.

Produto evita o desperdício e incentiva o reúso, para preservar o meio ambiente.

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Page 18: Ecolbrasil 05

mercado

A Pesquisa de Mercado Quantitativa Sacola

Plástica: Hábitos e Atitudes, realizada pelo Ibope

Inteligência para a Plastivida Instituto Sócio-ambiental

dos Plásticos e o Instituto Nacional do Plástico

(INP), reúne importantes constatações a respeito da

percepção do público em relação a esse produto. O

Ibope Inteligência ouviu 600 mulheres entre 18 e 55

anos, das classes B, C e D, residentes na Grande

São Paulo.

Na amostra, 71% das entrevistadas manifestaram-

se amplamente favoráveis ao uso de sacolas plásticas

como a forma ideal de transportar as compras. Quando

a pergunta refere-se ao fornecimento do produto pelo

comércio, 75% mostram-se a favor desta ação sendo

que, desta parcela, 60% não vêem outra forma de

levar as compras.

Quando o tema é reúso, 100% declararam

que aproveitam a sacola plástica como “saco de

lixo” no banheiro, cozinha, pia e quintal. O reúso

das sacolas plásticas é maior nas classes C e D,

que são as que dispõem de menos recursos para

comprar sacos de lixo.

Outras reutilizações mencionadas são para guardar

e armazenar roupas, mantimentos e objetos diversos

(20%) e para transportar roupas, mantimentos e

objetos diversos (18%).

Questionada a respeito da confiança na resistência

das sacolas para carregar muitos produtos, a

amostra revela que 43% das entrevistadas confiam

um pouco e 39% não confiam. Em seguida, diante

da alternativa “E se as sacolas fossem mais

resistentes?”, 82% responderam que certamente

transportariam mais produtos.

Esta resposta demonstra que, se houver um

esforço de comunicação demonstrando que a sacola

plástica suporta mais peso há realmente possibilidade

de redução do volume de sacolas. O consumidor

certamente usaria menos sacolas, pois ocuparia

melhor o seu espaço interno.

Aqui, convém ressaltar que, além de propor o

consumo responsável de sacolas plásticas, o conjunto

formado pelas associações Plastivida, INP, Associação

Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas

Flexíveis (Abief) e Associação Brasileira da Indústria do

Plástico (Abiplast) também está comprometida com

a produção de sacolas mais resistentes, medida que

evitará seu uso excessivo e, em 18 meses, permitirá

que o volume atual seja reduzido em até 30%.

A Plastivida Instituto Sócio-ambiental dos

Plásticos foi fundada em 1994. Nesses 13 anos de

vida, acumulou grande conhecimento em áreas

como educação ambiental, responsabilidade social e

legislação sobre manejo de resíduos sólidos urbanos,

coleta seletiva e reciclagem. Com esse perfi l, a entidade

vem promovendo a interação entre a sociedade,

os governos e as indústrias do setor. A utilização

ambientalmente correta do plástico está entre seus

principais objetivos.

O Instituto Nacional do Plástico (INP) iniciou suas

atividades em 1989 com o propósito de atuar como

vertente tecnológica da cadeia produtiva do plástico.

Trabalha ainda no sentido de tornar o mercado brasileiro

de plásticos mais competitivo no cenário internacional

e desenvolve projetos a partir das seguintes frentes

de trabalho: Qualidade e Produtividade, Tecnologia,

Agronegócio, Qualifi cação Profi ssional, Normalização,

Imagem do Plástico e Exportação.

Ibope constata que maioria é favorável ao uso da sacola plástica

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100% das entrevistadas declararam que aproveitam a sacola plástica como “saco de lixo” no banheiro, cozinha, piae quintal

Quem entende de meio ambiente anuncia aqui.(11) 6829-0482 / 6829-0483

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agronegócios

substituifi bra de vidro

Fibra de curauá é mais leve, resistente e pode ser usada até para composição de vigas a prova de terremotos.

Espécie de broméliaEspécie de broméliaEspécie de

Fibra de curauá é mais leve, resistente e pode

composição de vigas a

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Page 21: Ecolbrasil 05

Pesquisadores brasileiros, mestres em criatividade, não

param de inventar soluções de produção com técnicas

limpas e substituições de matérias-primas que agridem

o meio ambiente. A bola da vez é a fi bra de curauá, uma

espécie de bromélia de grande porte da família do abacaxi

que vem sendo testada como substituta natural para a fi bra

de vidro, empregada, por exemplo, como reforço ao plástico

na fabricação de pequenas peças utilizadas em automóveis,

como botões do painel e maçanetas. Os resultados dos

estudos feitos com a matéria-prima extraída das folhas do

curauá misturadas ao plástico são surpreendentes. Por

possuir propriedades mecânicas de alta resistência e baixa

densidade, esse compósito pode ser utilizado também na

fabricação de piscinas, tecidos antialérgicos e até mesmo

substituindo vigas de ferro usadas no lugar de concreto

em países como o Japão, que enfrentam problemas de

tremores de terra de alta intensidade.

A descoberta dessa propriedade da fi bra do

curauá deve-se a um intenso estudo coordenado pelo

professor Marco Aurélio De Paoli, diretor do Laboratório

de Polímeros Condutores e Reciclagem, do Instituto

de Química da Universidade Estadual de Campinas

(Unicamp). Em parceria com a multinacional GE Plastics

South América, hoje Sabic Innovative Plastics, também

instalada em Campinas, no interior de São Paulo, o

professor começou a testar a fi bra do curauá em meados

de 2000 para chegar à conclusão de que é realmente a

melhor opção para substituir o antigo composto. “A fi bra

de vidro é uma matéria-prima que

requer um alto consumo de energia

para ser produzida e, além disso, os

produtos feitos com esse material não

podem ser reciclados por nenhum

processo conhecido atualmente”,

ressalta o professor ao lembrar

que após a utilização, o destino do

plástico reforçado com fi bra de vidro

são os aterros sanitários.

As técnicas limpas de produção

e a facilidade na reciclagem da fi bra

do curauá são argumentos mais do

que sufi cientes para a sua utilização.

Ela é produzida utilizando um baixo

consumo energético que é necessário

apenas no momento de extrair e moer a planta. A sua

reciclagem não requer nenhum tipo de técnica especial,

pode ser feita através do processo térmico. “Sem

contar que, durante a queima da fi bra, é produzido

menos monóxido de carbono do que a planta consumiu

durante o seu crescimento”, diz De Paoli. Para a indústria

automobilística existem ainda outras

vantagens. Por ser mais leve que a

fi bra de vibro, o novo composto é

muito mais interessante, pois deixaria

os automóveis um pouquinho mais

leve representando uma economia no

consumo de combustível.

A descoberta do professor De

Paoli despertou o interesse de

diversas empresas, uma delas foi a

GE Plastics que em maio deste ano

foi comprada pela Sabic, da Arábia

Saudita. A multinacional procurou

prontamente De Paoli para apoiar o

estudo. Porém, como a empresa não

trabalha com o polipropileno, material

Devido a suas propriedades, esse compósito pode ser

utilizado na fabricação de piscinas, tecidos antialérgicos e até

mesmo substituindo vigas de ferro em

países que enfrentam problemas de

tremores de terra de alta intensidade.

21

Page 22: Ecolbrasil 05

agronegóciosque até então era o utilizado no compósito foi preciso

mudar os rumos do estudo e tentar misturar a fi bra do

curauá com náilon 6, material escolhido estrategicamente

para a experiência. O que difi culta bastante a mistura do

plástico com a fi bra vegetal é que o primeiro começa

a se decompor termicamente por volta de 220ºC e

muitos termoplásticos são processados a temperatura

mais elevada. “Como o náilon 6 tem um ponto de fusão

baixo, menor do que o da degradação da fi bra vegetal,

achamos que não haveria problemas de compatibilidade

na temperatura de fusão dos materiais”, relata Paulo

Santos, diretor da Sabic.

Novos estudos foram realizados até que foi possível

obter um compósito formado pelo náilon 6 e a fi bra

do curauá utilizando no processo uma extrusora dupla

rosca. Isso permitiu desfi brar a fi bra. “Signifi ca que

estamos reforçando o plástico com microfi brilas e, com

isso, a resistência é maior”, explica De Paoli. Diferente da

fi bra de vidro que recebe um prévio tratamento químico,

com o náilon 6 os cuidados precisam ser redobrados. Na

presença de umidade ele sofre uma reação de hidrólise

que pode alterar a composição química do material. “No

fi nal chegamos à conclusão de que não tratando e nem

secando conseguíamos uma melhor adesão entre a fi bra

e o náilon”, relata De Paoli.

Apesar do sucesso na produção ainda não foi defi nida

uma data para o lançamento do produto, isso porque

ainda há difi culdades a serem superadas. Por possuir

baixa densidade, a fi bra de curauá gera um imenso

volume o que difi culta o manuseio e conseqüentemente

a alimentação da extrusora. “Estamos trabalhando com

várias alternativas para equacionar isso”, diz Paulo

Santos. Várias hipóteses foram levantadas para solucionar

o problema. Uma delas seria preparar previamente a

fi bra, transformando-a em um aglomerado antes de

ser colocada no alimentador. Outra é trabalhar com um

dosador específi co para cargas mais leves. Para isso, a

Sabic está projetando, em parceria com uma pequena

empresa do interior paulista, um dosador, já que os

existentes hoje destinam-se a materiais mais pesados,

como fi bra de vidro, talco, carbonato de cálcio ou fi bra

de carbono.

Outra preocupação da Sabic é em relação ao

fornecimento da matéria-prima. Por ainda não ter um

consumo elevado, as plantações de curauá são pequenas

e o receio é que após o lançamento do produto, com o

aumento da demanda, o preço pode fi car alto, superando

o da fi bra de vidro e conseqüentemente inviabilizando

o projeto. Atentos a isso, já foram iniciados estudos

que aconselham a plantação de curauá em conjunto

com outras espécies em refl orestamentos. “Quando

o curauá é cultivado com outras espécies vegetais, o

rendimento da fi bra aumenta porque é benefi ciado com

o sombreamento. A grande vantagem desse plantio é

que, além de o produtor ganhar com o cultivo do curauá,

a espécie fl orestal terá custo zero”, explica o estudioso

Lameira, da Embrapa Amazônia Oriental.

A expectativa da Sabic e começar a produção do

material o mais rápido possível, pois todo mundo sairia

ganhando, até mesmo o mundo animal. As sobras da

moagem da folha do curauá podem ser usadas como

ração para cachorro, já que possuem 7% de proteína na

sua composição. font

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ecoturismo

do EcoturismoCaconde é a nova sensação

Estância climática paulista é rica em beleza natural e eventos noturnos

Na Serra da Mantiqueira, distante 290 km da capital de

São Paulo, se esconde à estância turística de Caconde.

Ainda pouco conhecida, a cidade é a mais nova sensação

para os fãs do ecoturismo no Brasil. Fascinante devido

às inúmeras cachoeiras espalhadas por 470,5 km que

compreende o seu território, Caconde é especial por

misturar a beleza da vegetação natural como festivais

musicais e culturais que encantam aqueles que procuram

se aproximar um pouco mais da natureza em busca de

diversão e paz para contrabalancear o estresse vivido no

corrido cotidiano.

Caconde está em um território privilegiado pela

natureza, cercado por montanhas e represas que por

si só formam paisagens maravilhosas. As suas infi nitas

atrações fazem com que muitos turistas, mesmo depois

de passarem dias por lá, voltem para continuar a apreciar

as opções de lazer e as infi nitas paisagens. Caconde

é um dos 15 municípios do Estado de São Paulo que

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Page 25: Ecolbrasil 05

podem ser considerados estâncias climáticas o que

lhe garante por parte do Estado uma verba maior para

cuidar das suas belezas naturais e também promover o

turismo regional.

Uma das características marcantes de Caconde é a

possibilidade de praticar esportes radicais com segurança.

A cidade é um excelente opção principalmente para a

pratica de rafting, trekking, balonismo e escalada. Outras

modalidades também estão a disposição por lá, como

canoagem, cavalgada, escalada em rocha, mountain

bike, entre outros. Ainda existem as opções do esqui e jet-

ski que podem ser praticados tranqüilamente na Prainha,

localizada a 8 km do centro da cidade. Nesse local há

infra-estrutura sufi ciente para acampar e por isso é um

dos pontos de encontro da cidade.

Quem for até Caconde precisa cumprir um roteiro

obrigatório começando pela Represa que é enorme,

possui cerca de 30 km2 e chega próxima a Poços de

Caldas, cidade mineira que faz fronteira com Caconde.

A Usina Velha é bastante freqüentada por possuir ruínas

de uma antiga usina hidrelétrica que funcionava no local,

ali do lado existem cascatas, além de três lagos naturais

com praias e piscinas naturais. O Morro do Pantanal é

o ponto mais alto de Caconde é lá do alto é possível

ver toda a Serra da Mantiqueira. Já a Cachoeira do São

João é um dos locais mais assediados por conta da

água limpa e da hidromassagem natural proporcionada

pelas quedas d’água.

Principais atrações de Caconde:

Prainha

A 8 km da cidade e à margem direita da represa,

esse local é o preferido pelos turistas para a prática de

esportes aquáticos como esqui, canoagem, jet-ski entre

outros. Lá há um camping com boa infra-estrutura.

Morro do Pontal

Esse local é ideal para o trekking. Depois de algum

tempo de caminhada chega-se a um mirante, de onde é

possível ver toda a Serra da Mantiqueira.

Cachoeira do São João

A apenas 4 km da cidade essa cachoeira de águas

limpas é uma perfeita hidromassagem.

Igreja Matriz

A paróquia reúne três murais do pintor clássico

Edmundo Migliaccio. Lá se encontra o verdadeiro espírito

religioso da cidade.

Pedra do Roseto

Essa pedra é o programa ideal para quem gosta de

escalar. Feita de granito rosa é bem servida de fendas,

facilitando as vias para os escaladores.

Atividades Noturnas

A vida noturna de Caconde se concentra na Praça da

Matriz. Há opções de bares, lanchonetes e até mesmo

uma danceteria.

É muito fácil chegar até Caconde. A cidade fi ca

próximo a São José do Rio Pardo e encostada às cidades

mineiras de Poços de Caldas e Guaxupé. Seu acesso é

pela SP-350, que se chega partindo de São Paulo pela

via Anhanguera até Campinas. No trevo de Mogi-Mirim,

acesse a via D.Pedro I rumo a Casa Branca e de lá para

a SP-350.

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ecoturismo

Ilha do Mel, o paraíso do Atlântico Sul

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Ir para a ilha do mel é, antes de tudo, um privilégio de poder passar bons momentos relaxantes num paraíso onde predomina a aventura saudável do lazer ecológico, cultural e esportivo mesclada com a boa acolhida de pousadas e restaurantes típicos. O Paraná é reconhecido pela sua organização e qualidade de vida. Exemplo mundial em soluções de urbanismo, educação e meio ambiente, a cidade foi eleita Capital Americana da Cultura em 2003.

Curitiba foi fortemente infl uenciada pela cultura dos imigrantes europeus que no passado ali se instalaram e essa infl uência pode ser percebida na arquitetura, gastronomia e nos costumes locais. A capital do Paraná consegue a proeza de harmonizar casarões coloniais com arrojados projetos arquitetônicos, tudo em conjunto com a natureza local.

No litoral do Paraná, encontra-se a Ilha do Mel. Distante cerca de duas horas de Curitiba, a ilha tem um perímetro de 35 km formado principalmente por

praias, morros e diversos manguezais. Fica também, situado entre um complexo de parques estaduais e federais e foi transformada em estação ecológica pela UNESCO sendo atualmente um Parque Estadual administrado pelo IAP - Instituto Ambiental do Paraná e com isso, visa à preservação das suas riquezas e belezas naturais únicas, já que 95% da área da ilha é formada pela Mata Atlântica com restingas e manguezais, sendo muitas dessas paisagens não dominadas pelo homem ainda. Sua geografi a singular proporciona aos visitantes belas paisagens e passeios (qualquer tipo de veículo motorizado é proibido na Ilha, portanto escolha uma opção de acordo com sua condição física e disposição) inesquecíveis pelas suas praias, costões, trilhas, matas, morros, mangues e ilhas próximas. Isso sem falar nos monumentos históricos e nas diversas opções de lazer e esportes como o surf, bodyboarding, trekking, canoagem, vela, pesca esportiva e até paragliding. Os principais monumentos e atrações são tombados pelo Patrimônio Artístico e Histórico do Paraná e são a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, o Farol das Conchas e a Gruta das Encantadas. A Ilha também tem vida noturna agitada, porém limitada aos fi ns de semana ou feriados. Os programas podem variar de um pitoresco forró nativo até shows de Rock e Reggae.

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Lendas e histórias fantásticas cercam de

mistérios esta ilha com praias paradisíacas,

areia branca, natureza exuberante onde o tempo

parece parar.

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moda

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Page 29: Ecolbrasil 05

Você já ouviu falar de eco luxo? Não, é uma expressão

ainda pouca usada, mas que desvincula o luxo da

signifi cação do supérfl uo ou do excesso, passando

à consciente necessário e ético. Então, o conceito

de eco luxo deverá estar no caminho da busca da

sustentabilidade. Dentro desta visão, o design sustentável

se preocupa com todo o processo de criação, produção

e destino fi nal deste produto.

Este novo conceito procura abordar os diversos

aspectos que infl uenciam o consumidor e o mercado

da moda brasileira, neste momento importante que é o

de conduzir o crescimento de forma menos impactante

para o planeta.

Precisamos refl etir, existe a necessidade de uma

mudança de comportamento da indústria da moda,

esta deverá buscar soluções sustentáveis visando

minimizar os danos ambientais, investindo em novas

tecnologias e usando matérias-primas limpas adotando

práticas sustentáveis em toda a cadeia, e promovendo a

conscientização e sensibilização do consumidor para a

aceitação de novos produtos e conceitos como é o caso

do eco luxo.

Embora o conceito seja novo, muitos consumidores

intuitivamente já fazem uso do eco luxo é o caso dos

adeptos dos brechós de marcas de luxo. Compram

peças autênticas muitas vezes novas, de coleções

passadas ou ainda mesmo que não sejam novas estes

consumidores entendem que estas peças carregam um

Novo conceito aborda aspectos que infl uenciam o consumidor e

o mercado da moda brasileira

signifi cado e referências de uma época, possuem história

e são autênticos vintages.

Aqui no Brasil ainda existe preconceito em relação aos

brechós embora seja um mercado bastante promissor

no Rio e em São Paulo. No exterior muitas celebridades

freqüentam e compram em brechós Angelina Jolie, Kate

Moss, dentre outras. Além de você adquirir uma peça original

e de qualidade você está fazendo sua parte em ajudar o

planeta ao aumentar o ciclo de vida destes produtos, e cá

prá nós estas peças são verdadeiros luxos.

De qualquer forma ser “in” agora é ser um consumidor

consciente e responsável e o mercado da moda já

mostra sinais que está se adaptando, marcas como a

Osklen, UMA e Amazon Life dispõe de vários produtos

de concepção eco no mercado. Deveremos entender

e assimilar o quanto antes estas novas posturas

enquanto consumidores de moda, na verdade todos

gostamos de sempre usar as últimas tendências de

moda e nossa cultura sempre foi a de consumir muito

sem considerarmos se precisamos ou não. Sabemos

que toda mudança leva certo tempo, então porque não

adotarmos o pensamento de um dos ícones da moda

Coco Chanel, ela que sempre esteve muito a frente de

sua época indignava-se com as mulheres que a cada

estação substituíam seus guarda-roupas por outro, ela

achava que “tal atitude denotava muito dinheiro, mas

pouco estilo”.

Pense nisso e vá à procura do seu vintage.

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qualidade de vida

Durante o sono vivemos um estado fi siológico diferente. As ondas cerebrais se alteram, os músculos entram em um estado de profundo relaxamento, cai a temperatura corporal, os glóbulos oculares se movimentam, muda o ritmo respiratório, mudam as taxas hormonais e a freqüência dos batimentos cardíacos. Segundo o professor Catsumaza Hoshino, do Departamento de Biologia da UNESP, pesquisas mostraram que pessoas que viveram muito tempo tiveram ao longo da vida um sono regular. “As pessoas que vivem mais dormem sempre bem e em quantidade sufi ciente”, afi rma o professor. É durante o sono que descansamos do desgaste físico do dia. É também o momento de reorganização da mente após um período de muitos estímulos. Por isso, é fundamental garantir a qualidade do sono. Seguem algumas dicas:

é bom demais.Dormir

Dormir é tão importante para conservar a saúde quanto ter uma

alimentação saudável e praticar exercícios físicos regularmente.

1Tenha horários regulares: não precisa cronometrar, nem transformar isto em obsessão (que poderia até ter o efeito contrário), mas o hábito facilita a

criação de um ciclo saudável de sono. Neste sentido, se você está acostumado a ir dormir às 23h30 e acordar às 7h30, é muito provável que algumas noites seguidas fi cando até um pouco mais tarde assistindo TV, ou algumas manhãs seguidas fi cando na cama até mais tarde irão desregular o ciclo a curto prazo, causando diretamente problemas nos dias seguintes.

2Adote hábitos saudáveis: Alimente-se bem, faça exercícios. Pessoas que fazem exercícios regularmente tendem a dormir mais profundamente.

Mas isso não quer dizer que você deve fazer qualquer uma dessas 2 coisas imediatamente antes da hora de dormir, pois torna-se mais difícil relaxar e a qualidade do sono é reduzida.

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3Coma algo leve: Refeições completas antes de dormir estão proibidas, mas dormir com fome também é um obstáculo. Coma uma fruta, beba

um copo de leite, ou o que fi zer bem a você.

4Seja persistente, mas não exagere: fi car na cama mais do que 40 minutos sem conseguir dormir pode acabar sendo contraproducente. Levante-se

e escolha alguma atividade relaxante ou tediosa. Leia um livro, dobre roupas, ouça música calma, faça um chá (o ato de esperar a água ferver, sem ter mais nada para fazer, pode ajudar também). Resista à tentação de ligar a TV ou o computador.

5Não tenha picos de concentração antes de dormir: não execute atividades complexas antes da hora de ir deitar. Você não conseguirá dormir facilmente

logo depois de executar cálculos complexos ou planejar as fi nanças da família. Se você conhecer técnicas de relaxamento, meditação, exercícios respiratórios, etc., pratique-os! Senão, adote atitudes que você sabe que lhe ajudam a relaxar.

6Associe a cama ao sono: não assista TV nela (especialmente antes de dormir), não leve o notebook para o quarto, evite até mesmo ler

deitado nela. Se você já tem o hábito de ver TV na cama, mas ultimamente tem tido insônia, tente passar uns dias sem ligar a TV no quarto.

7Capriche nos equipamentos: Um quarto confortável é um facilitador do sono. Vire seu colchão regularmente, elimine desníveis e

rangidos, tenha lençóis e fronhas confortáveis, troque-os com regularidade sufi ciente, tenha um despertador que permita dormir sem a preocupação de que irá perder a hora, ajuste a temperatura como necessário para ter conforto térmico.

8Ruído branco: caso os sons externos (trânsito, vizinhos, animais, etc.) estejam atrapalhando seu sono, procure cancelá-los com ruído branco

produzido intencionalmente por você. Um ventilador apontado para a parede produz um som constante, por exemplo. Existem CDs de sons da natureza (vento soprando, chuva caindo, etc.) geralmente usados para compor ambientes para meditação, mas que também podem servir muito bem para cancelar o barulho externo que impede que você pegue no sono.

9Não durma durante o dia: uma sesta ou soneca de até 15 minutos depois do almoço podem fazer maravilhas pela sua produtividade. Se você

pode se dar este luxo, faça-o sempre que tiver vontade! Mas não durma por longos períodos durante o dia, isso prejudica o sono noturno e ajuda a aprofundar crises de sono continuadas.

10 Remédios para dormir: evite soníferos e calmantes, mesmo sob orientação médica - primeiro discuta bem outras

alternativas. De modo geral, medicamentos para dormir deveriam ser usados apenas a curto prazo - o uso freqüente geralmente acaba se tornando ineficaz após algum tempo.

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No Dia Mundial da Água, programações em vários locais trabalham pela racionalidade no consumo.A água é um bem essencial à vida. Um ser humano não A água é um bem essencial à vida. Um ser humano não sobrevive mais do que dois dias sem ingeri-la. De toda a água do mundo 97,5% é salgada, imprópria para o consumo e até mesmo para a utilização em indústrias. Dessa forma, só há 2,5% da água doce potável disponível, cerca de 34,6 milhões de m3.

Um brinde àNem tudo é festa. No dia mundial da água

especialistas questionam qualidade, aquecimento global e principalmente seu futuro.

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Page 35: Ecolbrasil 05

Está na hora de você reciclar as mídias em que sua empresa anuncia. (11) 6829-0483

ÁGUAO Brasil possui aproximadamente 12% de toda

a água do mundo. A princípio essa situação parece cômoda, mas não é. Exatamente por este motivo é muito difícil conscientizar a população a respeito da economia de água. O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU em 1993, sendo comemorado todo dia 22 de março. Além disso, 2008 foi escolhido como o ano internacional do saneamento. Para marcar a data, multiplicam-se pelo Brasil manifestações e eventos promovidos por órgãos públicos e entidades do terceiro setor.

À parte dessas iniciativas de validade incontestável, o brasileiro, em geral, comporta-se de forma alheia a um problema mundialmente reconhecido: a escassez desse recurso essencial à vida. Por aqui, o desperdício ainda impera, apesar de justiça seja feita, legislações em todas as esferas de governança terem avançado no sentido de racionalizar o consumo. Para se ter uma idéia, a Região Norte conta com apenas 7% da população brasileira, mas dispõe de mais da metade da água.

Essa situação faz com que metrópoles dos estados do Sul, Sudeste e Nordeste brasileiros sejam obrigadas a buscar água em mananciais cada vez mais distantes, devido à poluição das águas por dejetos humanos e industriais e ao assoreamento de rios, lagos e represas, a um custo que aumenta exponencialmente e com danos ao meio ambiente. Cada nova represa e reservatório de água provoca desmatamento e, assim, contribui para diminuir o ciclo das chuvas e a quantidade de água doce disponível nessas regiões.

Para o consultor Paulo Costa, o problema vem de cima. “Se os prédios públicos, as escolas e hospitais

adotassem medidas racionalizadoras, seria, além de um belo exemplo para a sociedade, uma economia gigantesca no gasto da água”, diz.

Além disso, com o dinheiro economizado, esses órgãos poderiam investir em campanhas de conscientização através de ações educativas junto à comunidade, esclarecendo sobre as maneiras de evitar o desperdício, as formas de economizar e as fontes alternativas para a captação de água, bem como a diferenciação dos usos, visto que, para algumas atividades não há necessidade de utilização de água tratada.

É aí que entra outro componente marcante do desperdício. O engenheiro Paulo Schaefer, diretor comercial da empresa AcquaSave, acredita que, aos poucos, o brasileiro está entendendo que a água que cai nos telhados deve ser mais bem aproveitada antes de sumir pelos ralos.

“Há cinco anos, falar em aproveitamento de água de chuva no Brasil era coisa só para ecologistas; hoje é uma realidade, e as empresas e pessoas físicas já constroem pensando neste uso. O desperdício habitual precisa dar lugar ao uso inteligente da água”, afi rma Schaefer. Alguns estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná estão adotando ou já implantaram a lei de retenção da água de chuva como medida para amenizar os impactos causados pela impermeabilização do solo urbano, que impede que a chuva se infi ltre no solo ou evapore.

O sistema Acquasave de aproveitamento de água de chuva já foi implantado em diversos complexos como

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o aeroporto Santos Dumont e o estádio João Havelange, no Rio de Janeiro, no Hotel Sofi tel Guarujá (SP), e em diversos hotéis da rede Ibis.

Disponível para uso residencial, em condomínios, galpões e fábricas, o sistema viabiliza que as águas de chuva captadas possam ser utilizadas na higienização de bacias sanitárias, limpeza de pisos, lavagem de carros e outras atividades que não exigem água potável. Segundo estatísticas, essas ações representam cerca de 50% do consumo das águas nas cidades.

“O aproveitamento e o manejo correto da água de chuva e a instalação de telhados verdes são passos importantes para compensar os efeitos da impermeabilização crescente nas cidades”, afi rma Jack Sickermann, especialista em aproveitamento de água de chuva.

Dessa forma, a água da chuva não corre pelas ruas, não carrega lixo nem poluentes, evitando doenças e amenizando os impactos sobre as cidades.

Pesquisa recente da H2C - Consultoria e Planejamento de Uso Racional da Água – detectou que o brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais água do que o volume indicado como sufi ciente pela Organização Mundial da Saúde. A OMS recomenda o consumo diário de 40 litros diários por pessoa, enquanto no Brasil são consumidos 200 litros dia/pessoa, em média.

De acordo com a consultoria, faltam políticas globais de incentivo ao uso racional da água e as

iniciativas existentes estão sempre voltadas para o aumento da produção de água, e não para a diminuição do consumo. “Até quando vamos deixar as campanhas de uso racional da água nas mãos das concessionárias?”, questiona Paulo Costa, consultor e especialista em projetos de Uso Racional da Água da H2C. “Isso é contraditório, porque o negócio delas é vender água, assim, quanto maior o consumo e, por decorrência, a venda de água, mais as concessionárias lucram”.

O Brasil tem vários bons exemplos em que se espelhar. “Programas racionalizadores do uso da água foram empregados com sucesso por cidades como Nova York e Austin, nos EUA, e Cidade do México”, relata Paulo. A Prefeitura de Nova York, especifi camente, implementou um programa de incentivo à substituição de equipamentos por outros mais econômicos. O programa, efetivado de 1994 a 1996, investiu cerca de 240 milhões de dólares estimulando a troca de bacias e válvulas sanitárias, permitindo a economia de 288 milhões de litros por dia. Os consumidores passaram a economizar até 35% na sua conta de água mensal.

Além disso, os técnicos da prefeitura nova-iorquina constataram também que conservar/economizar 100 milhões de litros de água, por exemplo, sai até um quarto do custo exigido para captar, tratar e distribuir igual volume de água. Ou seja, fi cou claro que é muito mais barato racionalizar do que aumentar a produção.

capa

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Page 37: Ecolbrasil 05

Quando estiver lavando pratos com a mão, não deixe a água escorrer enquanto enxagua. Encha uma vasilha com água de lavar e outra com água de enxaguar;Coloque para funcionar sua máquina de lavar louças ou roupas quando estiverem cheias. Você pode economizar 3.600 litros de água por mês; Use uma vassoura no lugar de uma mangueira para limpar suas calçadas e economize água, tempo e dinheiro; Se o seu chuveiro enche um vasilhame de 5 litros em menos de 15 segundos, troque-o por um mais efi ciente; Reduza o seu tempo de banho em 1 ou 2 minutos e você economizará até 540 litros de água por mês;Ao usar a lavadora de roupa, verifi que o nível da água para a carga da máquina;Feche a torneira enquanto escova os dentes e economize até mil litros de água por mês;Feche a água enquanto você ensaboa seus cabelos e economize até 500 litros de água por mês;Feche a torneira enquanto faz a barba e economize até mil litros de água em um mês;Lave seu carro sobre o gramado e você molhará a grama ao mesmo tempo.

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Dez mandamentosda economia de água

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O reúso da água é um método que já vem sendo aplicado há muitos anos, há relatos de que este método tenha sido aplicado inicialmente na Grécia antiga. Entretanto com a falta de água potável o reúso tomou grandes proporções atualmente.Esta atividade tem um papel fundamental no planejamento e na gestão sustentável dos recursos hídricos do planeta. A água de reúso libera o uso das fontes de água de boa qualidade para abastecimento público e outros usos prioritários. O reúso reduz a demanda sobre os mananciais de água através da substituição da água potável pela água de qualidade inferior. Esta substituição só é possível através da qualidade adqüirida para um uso específi co.O grande benefício do reúso da água é a quantidade de água potável que é poupada quando se utiliza água de qualidade inferior para situações diversas como geração de energia, refrigeração de equipamentos ou em processos industriais que não necessitem de um nível alto de pureza.

Há diversas maneiras de aplicações desta água reciclada, dentre elas:

• Irrigação de paisagismo: de parques, cemitérios, campus universitários, cinturões verdes, gramados residências, dentre outros;• Irrigação de plantações: plantas fi brosas e de grãos, viveiros de plantas ornamentais, proteção contra geadas, dentre outros;• Uso industrial: refrigeração, alimentação de caldeiras, água de processamento;• Usos urbanos não-potáveis: irrigação paisagística, combate ao fogo, descarga de vasos sanitários, sistemas de ar condicionado, lavagem de veículos, lavagem de ruas e pontos de ônibus, dentre outros;• Finalidades ambientais: aumento de vazão em cursos de água, aplicação em pântanos, terras alagadas, indústrias de pesca.

Reúso facilita a economia de água

potável

Pesquisa recente detectou que o brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais água do que o volume indicado como sufi ciente pela Organização Mundial da Saúde. O consumo diário correto é de 40 litros diários por pessoa, enquanto no Brasil são consumidos 200 litros dia/pessoa, em média.

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Instituto TriânguloO Instituto Triângulo é uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), certificada pelo Ministério da Justiça, desde março de 2004, que tem como objetivo mobilizar a população para a prática ecológica urbana. Para isso, são sugeridas ações com a finalidade de incorporar no cotidiano das pessoas a melhoria do meio ambiente urbano, a inclusão social e o consumo consciente, bases para o desenvolvimento sustentável.

Site: www.triangulo.org.br

Universidade da ÁguaA Universidade da água, com sede na cidade de São Paulo, é uma organização não governamental (ONG), sem fi ns lucrativos, que tem a missão de promover a proteção, preservação e recuperação da água no planeta, através do exercício da educação ambiental, de modo a assegurar para a atual e futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade.

Site: www.uniagua.org.br

Instituto Brasileiro deDefesa da NaturezaO IBDN – Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza é uma Organização Não-Governamental que há quinze anos luta em prol do meio ambiente desenvolvendo projetos na área de Educação Ambiental, no resgate da cultura indígena e no combate aos crimes contra o meio ambiente.

Site: www.ibdn.org.brSite: www.ibdn.org.br

ONG TrevoA ONG Trevo coleta cerca de 250 toneladas por mês de resíduos em mais de 2 mil estabelecimentos cadastrados, entre restaurantes, empresas, hospitais, clubes e condomínios. Após a reciclagem, o óleo e gordura de fritura recuperados, são, em parte, destinados a indústrias químicas de diversos segmentos, e, com o restante, fabrica-se um sabão em pedra de muito boa qualidade, efi caz não somente na lavagem de roupas, mas também na limpeza doméstica em geral.

Site: www.trevo.org.br

Instituto Sócio-ambientalO Programa Mananciais do Instituto Sócio-ambiental (ISA) tem como objetivo desenvolver o monitoramento dos mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo. O monitoramento compreende a produção e atualização constante de diagnósticos sócio-ambientais participativos, a realização de seminários para proposição de ações de recuperação e conservação, o acompanhamento e a proposição de políticas públicas, a promoção de campanhas e ações de mobilização da sociedade.

Site: www.mananciais.org.br

Terceiro Setor unido no trabalho educativo

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internacional

sobre o etanol sobre o etanol brasileiro

ONU defendefi m de taxa

Relatório do Programa das Nações

Unidas diz que biocombustível do

Brasil polui menos e é mais barato

O etanol produzido pelo Brasil a partir da cana-de-

açúcar acaba de ganhar mais uma batalha no cenário

internacional. O Relatório de Desenvolvimento Humano

2007/2008 (RDH, principal publicação do Programa

das Nações Unidas para o Desenvolvimento) sugere

que sejam retiradas as tarifas impostas pelos países

desenvolvidos ao etanol brasileiro. Segundo o texto do

RDH, essa medida “geraria ganhos não apenas para

o Brasil, mas também para a mitigação (suavização)

dos efeitos das mudanças climáticas”, afi rma o

estudo, intitulado ‘Combater as mudanças climáticas:

solidariedade humana num mundo dividido’.

fonte: PNUD

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O texto é enfático ao afi rmar que o etanol do Brasil,

produzido a partir da cana-de-açúcar, é mais efi ciente

que outros biocombustíveis produzidos por países

desenvolvidos e não contribui para o desmatamento

da Amazônia. “O Brasil é mais efi ciente em produzir

etanol que a União Européia e os Estados Unidos. Além

disso, o etanol feito de cana-de-açúcar é mais efi ciente

em reduzir as emissões de carbono”, diz o relatório.

O estudo cita uma pesquisa que aponta que o álcool

brasileiro emite até 70% menos gases de efeito estufa

que os combustíveis fósseis. Já o produzido nos Estados

Unidos a partir do milho reduz as emissões em apenas

13%. O documento diz ainda que o etanol da cana-de-

açúcar pode ser produzido pela metade do custo unitário

do etanol do milho dos EUA.

O relatório aponta que a União Européia taxa o álcool

brasileiro em US$ 1 por galão — equivalente a 60%

do preço. Nos Estados Unidos, a taxa é de US$ 0,54

por galão. “Apesar de menor que a da União Européia,

essa taxa ainda representa um aumento de cerca de

25% sobre o preço do etanol no mercado interno em

2007”, observa o RDH. O problema desse tipo de

política adotada pelos países ricos, afi rma o estudo, é

que “as barreiras comerciais e os subsídios estão, ao

mesmo tempo, elevando o custo de mitigar as emissões

de carbono e de diminuir a dependência do petróleo”. O

ponto fundamental é que “abolir as tarifas sobre o etanol

traria benefícios ao meio ambiente, à mitigação das

mudanças climáticas e a países em desenvolvimento

que, como o Brasil, desfrutam de condições favoráveis

de produção”.

O texto ressalva que os efeitos sociais e ambientais

do mercado de biocombustíveis “dependem de vários

fatores e não são automáticos”. No entanto, no Brasil “o

desenvolvimento dos biocombustíveis tem mostrado um

impacto limitado sobre o meio ambiente”. A produção

de cana-de-açúcar, observa o relatório, concentra-se

no estado de São Paulo. “Menos de 1% provém da

Amazônia”, o que signifi ca que o processo “não tem

contribuído para a destruição da fl oresta tropical”. Em

outros países o cenário nem sempre é o mesmo. A

produção de óleo de palma no leste asiático, por exemplo,

“tem sido associada ao desmatamento disseminado e à

violação dos direitos humanos de povos indígenas”.

Em artigo escrito para o relatório a convite do Programa

das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o

presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que o uso de álcool

no setor de transporte reduz em cerca de 25,8 milhões

de toneladas por ano as emissões brasileiras de gás

carbônico. “Hoje, nós estamos expandido os programas

de etanol. Em 2004, lançamos o Programa Nacional de

Produção e Uso do Biodiesel. Nosso alvo é aumentar a

oferta de biodiesel em 5% para cada litro de combustível

fóssil vendido no Brasil até 2013. Ao mesmo tempo, o

programa introduziu incentivos fi scais e subsídios para

expandir as oportunidades de mercado para a produção

de biocombustível na agricultura familiar, nas regiões

Norte e Nordeste”, diz o presidente.

O Brasil se destaca também na adoção de projetos

ambientais de relevo, sendo uma das quatro nações

(com Índia, China e México) responsáveis por mais de

três quartos dos 771 projetos registrados entre 2004

e 2007 no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do

Protocolo de Quioto, que somam um compromisso de

redução na emissão de gás carbônico de 162,5 milhões

de toneladas.

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colunaMARI VIANA

Eventos e estandesambientalmente corretos

A princípio pela paixão à arte, depois pela colaboração

na preservação do meio ambiente, mas defi nitivamente

pela valorização do ser humano.

Consideramos que o fornecimento de produtos

artesanais para a construção de cenários e estandes,

passa necessariamente pelo trabalho de inúmeras

comunidades de artesãos, muitas vezes de regiões

carentes e distantes.

Criatividade, multiplicidade de materiais enorme

dedicação em atender as expectativas de nossa equipe,

é o que temos encontrado em diversas comunidades.

Acreditamos que nós, designers, cenógrafos e

arquitetos envolvidos na criação de dezenas de estandes

para feiras empresariais temos a responsabilidade de

utilizar estes produtos, criar uma rede de relacionamento

e colaborar não somente para a preservação do meio

ambiente, como também para a valorização e melhoria

da qualidade de muitas vidas.

Estandes, Cenários, Displays e Cenários para

Shoppings, de forma geral todos os projetos podem ser

desenvolvidos com conceito ambiental, e invariavelmente

com resultados surpreendentes.

No Brasil, empresas como: K.Takaoka, Ebro-Stafsjo,

Sebrae, já puderam experimentar conosco a experiência

deste tipo de trabalho.

No exterior, Alemanha, no Evento K.2007 que

aconteceu em outubro, a Suzano Petroquímica, atual

Nova Petroquímica, nos confi ou a construção de seu

estande, e juntamente com nossa associada a empresa

Dodecaedro, executamos uma belíssima obra com

elementos como: pastilha de côco, luminárias de bagaço

de cana, papel de fi bra de caule de bananeira, fi bra de

bananeira in natura, fl ores esqueletizadas da região do

cerrado, e uma belíssima bandeira do Brasil, com tramas

de caule de fi bra de bananeira.

É o Brasil, mostrando sua diversidade, beleza e criatividade!

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Criatividade, multiplicidade de materiais, enorme dedicação em atender as expectativas de nossa equipe, é o que temos encontrado emdiversas comunidades.

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Page 44: Ecolbrasil 05

colunaLUIZ GOMES

A disposição defi nitiva de resíduos sólidos é um dos problemas ambientais mais importantes que a América Latina enfrenta atualmente. Lixões a céu aberto e a falta de espaço para a criação de novos aterros sanitários mostram a necessidade de se promover iniciativas para resolver a questão nos grandes centros urbanos. A geração de energia elétrica a partir do gás metano dos aterros sanitários pode ser uma saída quando combinada com os resultados provenientes da venda dos créditos de carbono. Além de ajudar a reduzir emissões de gases poluentes, o processo contribui para potencializar a construção de instalações defi nitivas para os resíduos.

Cresce no Brasil o número de projetos de geração de energia a partir do lixo. Por enquanto, os benefícios ambientais superam os econômicos, mas já é um grande passo. O metano é um gás de efeito estufa muito potente e um fator importante para o desequilíbrio global do clima. Estudos indicam que um grama de metano contribui 21

vezes mais para a concentração de gases tóxicos na atmosfera do que um grama de dióxido de carbono.

O processo também contribui com a redução indireta da poluição do ar ao compensar o uso de recursos não renováveis. A produção de eletricidade por meio do lixo evita a utilização de recursos como carvão, óleo ou gás natural para produzir a mesma quantidade de energia. Assim, o recolhimento de gás de aterro sanitário para gerar energia melhora a qualidade do ar da comunidade do entorno, pois reduz os maus cheiros. Há pelo menos 20 projetos de controle da emissão de metano em aterros em andamento em todo o País, e metade deles está estruturada para geração futura de eletricidade. Portanto, o potencial existe no país. É necessário apenas que os municípios percebam as vantagens de substituir os antigos lixões por aterros sanitários.

Luiz Gomes, presidente da Cavo Serviços e Meio Ambiente S/A

como fonte de energiacomo fonte de energia

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marketing

Coca-Cola Brasil reduz o consumo de água em 5%

Economia de água em 2007 seria sufi ciente para abastecer 37,5

mil famílias de quatro pessoas durante um mês

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A Coca-Cola Brasil tem como prioridade o uso efi ciente e racional da água, sua principal matéria-prima. Alinhado à tendência mundial na busca pela economia de recursos

naturais por indivíduos e instituições, o Sistema

Coca-Cola Brasil abraçou a nova política mundial

da empresa, baseada nos 3 “Rs”: Reduzir a água usada na

produção de bebidas; Reciclar essa água; e Reabastecer as

comunidades e a natureza. Além disso, deu prosseguimento ao “Programa Água Limpa”, adotado pelo Sistema

Coca-Cola Brasil e seus 17 fabricantes. O resultado foi a média de consumo de 2,10 litros de água (incluído o litro dentro da embalagem) para cada litro de bebida produzido em 2007, reduzindo 5% em relação à média de 2006. Há 11 anos, o consumo de água na Coca-Cola Brasil era de 5,4 litros/litro de bebida. “Nosso objetivo é devolver cada gota de água que usamos nas nossas bebidas e na sua produção. Para nós isso signifi ca reduzir a quantidade de água usada na produção de nossas bebidas, reciclar a água usada nos processos, e reabastecer as comunidades e a natureza através de projetos relevantes” disse o presidente mundial da Coca-Cola Neville Isdell. De acordo com o Diretor de Meio Ambiente da Coca-Cola Brasil, José Mauro de Moraes, os 5% de economia de água da Coca-Cola Brasil

são sufi cientes para abastecer 37,5 mil famílias de quatro pessoas durante

um mês, considerando um consumo de 200 litros de água, por pessoa, por dia. Os índices apresentados pelo Sistema Coca-Cola Brasil resultaram de iniciativas e investimentos realizados pela Coca-Cola Brasil e pelos 17 grupos fabricantes com o objetivo de

aperfeiçoar a utilização da água, um insumo básico do setor.

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marketing

Coca-Cola Brasil concentraram seus esforços na reutilização da água em diversas etapas da linha de produção, tendo como ferramenta principal as Estações de Tratamento de Água. A associação de diversas medidas para economia de água garante integridade absoluta do produto, continuidade de fornecimento e redução de custos de fabricação. Algumas fábricas do Sistema Coca-Cola Brasil apresentam consumo na faixa de 1,4 litros para cada litro de bebida. Para esses, reduzir ainda mais o consumo de água representa um grande desafi o a ser vencido. A forma de economia que resta está na captação, deixando de usar água do fornecimento público e partindo para a captação própria, incluindo água da chuva. O sistema já funciona com sucesso no edifício-sede da Coca-Cola Brasil, no Rio de Janeiro, desde meados de 2005, onde a água de chuva é utilizada para alimentação das torres de refrigeração (ar condicionado). Outra iniciativa é o uso de torneiras de fechamento automático nos banheiros. A Spaipa, fabricante que atua no Paraná, conta com sistema de captação de água da chuva nas suas duas fábricas.

Programa Água Limpa

Para a Coca-Cola, tão importante quanto garantir o sucesso de suas operações é garantir o desenvolvimento sustentável e a conservação dos recursos naturais necessários para o negócio, que são fi nitos e partilhados com todos. A Coca-Cola considera muito importante que a sua atuação em uma comunidade tenha impactos positivos em sua economia, gerando empregos e oportunidades para a população e o mínimo impacto ambiental. A preocupação ambiental faz parte da fi losofi a de trabalho da Coca-Cola há muito tempo. Neste sentido, a Coca-Cola possui políticas, programas, requisitos e diretrizes voltados para a área de meio ambiente, que compõem o Sistema de Gestão Ambiental da Coca-Cola, que chamamos também de eKOsystem.

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Sistema Coca-Cola Brasil

O Sistema Coca-Cola Brasil, formado pela Coca-Cola e 17 grupos fabricantes brasileiros, além da Leão Junior, Del Valle e Minute Maid Mais, emprega diretamente mais de 34 mil funcionários, gerando indiretamente cerca de 310 mil empregos. O Sistema Coca-Cola Brasil investiu quase R$ 4 bilhões no Brasil nos últimos cinco anos e está presente em sete segmentos do setor de bebidas não-alcoólicas brasileiro – águas, chás, refrigerantes, sucos, energéticos, isotônicos e lácteos, com uma linha que mais de 150 produtos, entre sabores regulares e versões de baixa caloria. O Instituto Coca-Cola Brasil é o responsável pelos projetos sociais e ambientais de âmbito nacional do Sistema Coca-Cola Brasil.

Para saber mais, acesse o site: www.institutococacola.org.br.

Entre esses programas, destaca-se o ”Água Limpa”, que trata, entre outras coisas, da qualidade da água que é devolvida à rede de esgoto pelos fabricantes e da economia na utilização deste bem cada vez mais escasso no planeta. Mesmo sendo o Brasil o país com as maiores reservas de água potável, possuindo cerca de 12% do total conhecido, não é aceitável o desperdício de um dos mais valiosos bens naturais, absolutamente essencial à vida de quase todos os organismos vivos. Este desperdício é menos aceitável ainda quando se analisa a distribuição da água potável no território nacional. Cerca de 80% do total estão na região amazônica, com baixíssima densidade demográfi ca, e os demais 20% estão espalhados pelo restante do país, abastecendo 95% da população brasileira.

Programa Água das Florestas Tropicais Brasileiras

O programa Água das Florestas Tropicais Brasileiras promoverá a recuperação de bacias hidrográfi cas através do refl orestamento de matas ciliares. O programa prevê o refl orestamento de 3 mil hectares, com investimento R$ 27 milhões até 2011 e plantio de 3,3 milhões de mudas de espécies nativas. A fase inicial contempla a Serra do Japi, Alto Tietê, estado de São Paulo. O programa conta com o patrocínio também da Coca-Cola FEMSA, fabricante autorizado na região de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Na fase inicial, a Fundação SOS Mata Atlântica é a responsável pela mobilização dos proprietários de terra, engajamento social e monitoramento da qualidade da água, que será realizada com a participação de escolas e a conscientização da população local sobre a necessidade da conservação dos rios e das matas.

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marketing

CI-Brasil e Walt-Mart

investem R$ 5 milhõesna Amazônia

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O projeto de parceria visa transformar a Floresta Nacional do Amapá em um modelo de gestão e uso sustentável dos recursos naturais.A Conservação Internacional (CI-Brasil) e o Wal-Mart Brasil anunciaram no mês passado, em São Paulo, um projeto de parceria no valor de R$ 5 milhões a serem investidos na Floresta Nacional (Flona) do Amapá, no norte do Brasil. A iniciativa objetiva apoiar a infra-estrutura, a implementação e a sustentabilidade da Flona a fi m de torná-la um modelo de gestão e uso sustentável dos recursos naturais na Amazônia brasileira. O anúncio foi feito pelo CEO da CI, Peter Seligmann, e pelo presidente do Wal-Mart Brasil, Hector Núñez, durante o Fórum Wal-Mart Brasil de Varejo.O custo do projeto, com duração de cinco anos, será dividido igualmente pelas duas organizações. As atividades são focadas em três áreas distintas, mas interligadas: a melhoria da infra-estrutura física e de pessoal para a gestão da fl oresta, a elaboração do Plano de Manejo da unidade – incluindo a implementação dos programas previstos - e a eliminação das atividades não-sustentáveis por meio do desenvolvimento de planos de negócios para produtos fl orestais, madeireiros e não-madeireiros.“Para o Wal-Mart, que assumiu um compromisso grande na área de sustentabilidade, ter a possibilidade de participar de um projeto como este no contexto da Amazônia - a maior área verde do mundo - é contribuir com o futuro de todo o planeta. A parceria demonstra, ainda, nosso compromisso com o Brasil, onde temos planos de investimento e geramos cerca de 70.000 empregos”, diz Héctor Núñez, presidente do Wal-Mart Brasil.A escolha da Floresta Nacional (Flona) do Amapá é A escolha da Floresta Nacional (Flona) do Amapá é estratégica, explica o vice-presidente para a América do Sul da Conservação Internacional, José Maria Cardoso da Silva. A Flona é uma das unidades de conservação (UCs) mais antigas do estado. Criada em 1989, como área de uso múltiplo por decreto presidencial, seus 412 mil hectares compõem parte essencial dos quase 11

milhões de hectares do Corredor de Biodiversidade do Amapá, um ambicioso projeto de conservação do governo do estado que prevê a integração do manejo de UCs e Terras Indígenas. Apesar de relativamente antiga, a Flona ainda não possui um plano de manejo. O grande dilema da região é garantir a conservação da fl oresta e ao mesmo tempo produzir renda para a população do estado do Amapá, o mais bem preservado da Amazônia brasileira, com menos de 2% de sua área desmatada e mais de 70% de sua superfície em unidades de conservação. “É neste cenário que nosso projeto pretende atuar, criando condições para a conservação e para o uso sustentável da floresta”, aponta Silva.Na avaliação de Silva, “trata-se de um bom exemplo de parceria entre os 3 setores da sociedade, em prol da conservação da biodiversidade. Este pode ser um caminho que sirva de referência ao setor corporativo brasileiro: o suporte às áreas protegidas, garantindo assim um investimento efetivo, estratégico e bem planejado de seus recursos”.Com a implementação do projeto na Flona, a conservação da biodiversidade e os benefícios sócio-econômicos podem ser desdobrados em alguns dados estatísticos:

• Será evitado o lançamento na atmosfera de 458 milhões de toneladas de carbono; • Serão protegidas 183 milhões de árvores, 7 milhões de aves e 160 mil macacos;

• 550 mil pessoas serão benefi ciadas pelo uso da água dos rios que nascem na UC, seja para energia, alimento ou produção;

• 30 mil pessoas serão benefi ciadas com oportunidade de emprego, educação e negócios associados ao projeto.

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economia

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Projeto aprovado por unanimidade

O projeto prevê que pessoas físicas e jurídicas poderão deduzir do imposto de renda devido, respectivamente, até 80% (oitenta por cento) e até 40% (quarenta por cento) dos valores efetivamente doados a entidades sem fi ns lucrativos, para aplicação em projetos de conservação do meio ambiente e promoção do uso sustentável dos recursos naturais.

Aprovado por unanimidade pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, em julho de 2006, o projeto também já foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação, em junho de 2007, e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, em agosto de 2007. Se aprovado na Plenária da Câmara dos Deputados, o projeto voltará ao Senado Federal, onde já foi previamente aprovado. Paralelamente ao trâmite do projeto no Congresso Nacional, o GT IR Ecológico realizou um ciclo de palestras itinerantes percorreu diversas capitais brasileiras, com o objetivo de informar a sociedade civil sobre os benefícios da

A criação do imposto de renda ecológico ampliará as possibilidades de fi nanciamento de projetos de conservação

e uso sustentável dos recursos naturais nacionais

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proposta e ao mesmo tempo garantir apoio para acelerar o processo de tramitação do projeto. Para tanto foi redigido o Manifesto de Apoio à Aprovação do IR Ecológico, que pretende reunir assinaturas de todos os interessados na aprovação da proposta.

“A aprovação do Projeto trará grandes benefícios para os fundos ambientais públicos, para as organizações não-governamentais que atuam na área e, acima de tudo, para o meio ambiente e para a sociedade brasileira”, comenta Alexandre Prado, gerente de Economia da Conservação Internacional e coordenador da Ação pelo IR Ecológico.

De autoria do Senado Federal, o projeto substitutivo foi redigido com o apoio da Ação pelo IR Ecológico, composto por representantes de ONGs ambientais, empresas e voluntários comprometidos com o tema ambiental. A proposta segue agora para aprovação em plenário na Câmara dos Deputados e depois no Senado Federal.

Estímulos fiscais são mecanismos legais de incentivo capazes de fomentar ações de interesse da sociedade em geral, com o repasse de recursos públicos, por meio de deduções fiscais. Enquanto nos setores da cultura e da responsabilidade social esses estímulos já são realidade, favorecendo investimentos de pessoas físicas e jurídicas, nada do gênero existe na área ambiental. Criar uma espécie de Imposto de Renda (IR) Ecológico seria uma ação inovadora nas leis de incentivo fiscal no Brasil, ampliando as possibilidades de financiamento de projetos de conservação e uso sustentável dos recursos naturais nacionais, dando assim uma nova dinâmica de captação para organizações sem fins lucrativos, comprometidas com o meio ambiente.

Abrir a possibilidade de a sociedade contribuir efetivamente com a implementação de políticas públicas ambientais é o objeto de estudo do Grupo de Trabalho (GT) IR Ecológico. Criado em julho de 2005 e composto por diversas ONGs ambientais nacionais, um escritório de advocacia e outros especialistas, o GT analisou diversas iniciativas que poderiam contribuir com a proposta de atrair recursos da iniciativa privada. Essa análise resultou no substitutivo ao projeto de lei 5974/05 – o PLS 5162/05. De autoria do Senado Federal, o projeto substitutivo foi redigido com o apoio do GT IR Ecológico, tendo o “Seminário Ação Pelo IR Ecológico – A natureza merece esse estímulo”, realizado em junho de 2006 no Congresso Nacional, como determinante para sua redação final.

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cultura

A Petrobras anunciou, no dia 20 de março, o resultado da Edição 2007/2008 do Programa Petrobras Cultural (PPC) na área de Festivais e Mostras de Cinema. Entre os 75 inscritos foram contemplados 18 projetos de todas as regiões do Brasil. O PPC destina para esta área de seleção pública uma verba de R$ 2,5 milhões.Fizeram parte da comissão de seleção a cineasta Malu De Marinho, o coordenador geral do Festival de Brasília, Fernando Adolfo, a coordenadora administrativa do Gramado Cine Vídeo, Silvia Conter, a diretora do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo e presidente do Kinoforum, Zita Carvalhosa e a jornalista e professora da Universidade de Fortaleza, Bete Jaguaribe.Além destes projetos selecionados, a Petrobras apóia 15 festivais no País – são patrocínios convidados. São eles: É Tudo Verdade, Cine PE - Festival do Audiovisual, FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul, Cine Ceará, Anima Mundi, Gramado Cine Vídeo, Festival de Gramado, Festival Internacional de Curtas Metragens de SP, Jornada Internacional de Cinema da Bahia, Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de SP, Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema, Festival Internacional de Televisão, Festival de Brasília e Mostra de Tiradentes.Mais informações estão disponíveis no sitewww.petrobras.com.br. Veja a lista dos selecionados:

1) CURTA-SE VIII Festival Ibero-Americano de Curtas-Metragens de SergipeEstado do proponente: SergipePeríodo de Realização do Festival: 19 a 26 de abril de 2008

2) 8ª Goiânia Mostra CurtasEstado do Proponente: GoiásPeríodo de Realização do Festival: Outubro de 2008

3) RECINE – Festival Internacional de Cinema de ArquivoEstado do Proponente: Rio de JaneiroPeríodo de Realização do Festival: 08 a 13 de setembro de 2008

4)VII Araribóia Cine - Festival de NiteróiEstado do Proponente: Rio JaneiroPeríodo de Realização do Festival: 14 e 19 de novembro de 2008

5) Festival do Minuto 2008Estado do Proponente: São PauloPeríodo de Realização do Festival: Dezembro de 2008

6) Festival de Belém do Cinema BrasileiroEstado do Proponente: ParáPeríodo de Realização do Festival: 30 de junho a 6 de julho de 2008

Festivais e Mostrasde Cinema

patrocinados pela Petrobrás

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7) Festival Guarnicê de CinemaEstado do Proponente: MaranhãoPeríodo de Realização do Festival: Junho de 2008

8) 16° Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade SexualEstado do Proponente: São PauloPeríodo de Realização do Festival: 13 a 23 de novembro de 2008

9) Mostra Internacional do Filme Etnográfi co 13Estado do Proponente: São PauloPeríodo de Realização do Festival: Novembro de 2008

10) forumdoc.bh.2008 - XII Festival do fi lme documentário e etnográfi co de Belo HorizonteEstado do Proponente: Minas GeraisPeríodo de Realização do Festival: 28 de novembro a 07 de dezembro

11) 18° FestNatal - Festival de Cinema e Vídeo de NatalEstado do Proponente: Rio Grande do NortePeríodo de Realização do Festival: Novembro de 2008

12) 7ª Mostra de Cinema Infantil de FlorianópolisEstado do Proponente: Santa CatarinaPeríodo de Realização do Festival: Junho de 2008

13) Cinesul 2008 - Festival Ibero-Americano de Cinema e VídeoEstado do Proponente: Rio de JaneiroPeríodo de Realização do Festival: 17 a 29 de junho de 2008

14) Festival de Cinema de Maringá - 5ª – 2008Estado do Proponente: ParanáPeríodo de Realização do Festival: 23 a 30 de Maio de 2008

15) CineEsquemaNovo 2008 - Festival de Cinema de Porto AlegreEstado do Proponente: Rio Grande do SulPeríodo de Realização do Festival: 01 a 07 de setembro de 2008

16) 15º Vitória Cine Vídeo - 12ª Mostra Competitiva NacionalEstado do Proponente: Espírito SantoPeríodo de Realização do Festival: 08 a 15 de novembro de 2008

17) 15º Festival de Cinema e Vídeo de CuiabáEstado do Proponente: Mato GrossoPeríodo de Realização do Festival: 22 a 31 de maio de 2008

18) Pra se ver com olhos LivresEstado do Proponente: AcrePeríodo de Realização do Festival: 16 a 28 de junho de 2008

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especial

Os organizadores da campanha A Hora do Planeta calculam que cerca de 30 milhões de pessoas irão desligar no dia 29 de março seus aparelhos elétricos durante uma hora, um sinal de que pequenas mudanças de hábito podem minimizar, e muito, o aquecimento do planeta. “Com A Hora do Planeta pretendemos criar consciência comunitária, fazer com que maior quantidade possível de pessoas compreenda que ações simples podem reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa”, disse Fiona Poletti, da fi lial australiana do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), criadora da campanha.

Este ano, A Hora do Planeta – como ocorreu no ano passado, em sua primeira edição – girará em torno da simples ação de desligar totalmente as luzes e outros aparelhos elétricos durante uma hora, entre 20h e 21h do último sábado. A WWF Austrália diz que a contínua dependência da eletricidade produzida por usinas alimentadas com combustíveis fosseis são uma fonte importante de emissões de gases que causa o efeito estufa, responsáveis pelo atual ciclo de mudança climática. O aquecimento planetário deriva em uma elevação do nível do mar e aumenta a freqüência e gravidade de eventos climáticos extremos, como secas e tempestades.O que faz de A Hora do Planeta um acontecimento único é que reúne governos, empresas e o cidadão comum. Trabalhando juntos, os lares ao longo das paisagens mais magnífi cas do mundo podem ter um impacto na luta contra a mudança climática”, disse o diretor-executivo da campanha, Andy Ridley. Com cerca de 370 cidades em todo o mundo dispostas a participar do grande apagão, Poletti disse à IPS que os organizadores de algum modo se surpreenderam com a popularidade ganha pela campanha. “Penso que a rapidez pegou todos de surpresa e que realmente todos no mundo estão observando uma responsabilidade mundial e um chamado à ação”, acrescentou.

A Hora do Planeta 2007 – iniciativa conjunta da WWF Australia, Fairfax Media e a agência de publicidade Leo Burnett Worldwide – aconteceu em Sidney, com a participação de mais de 2,2 milhões de habitantes dessa cidade australiana e 2.100 empresas. Mas, em 2008, a ponte sobre a baía de Sidney e a Opera House não foram as únicas

Apagar luzes para

acender co

nsciências

Estima-se que cerca de 30 milhões de pessoas

desligarão seus aparelhos elétricos na segunda edição

de ‘A Hora do Planeta’.

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paisagens famosas a ficarem às escuras. A Torre Sears na cidade de Chicago e a ponte Golden Gate em São Francisco, ambas nos Estados Unidos, e a Torre CN, em Toronto, no Canadá, ficaram envoltas pela escuridão a partir das 20 horas do sábado.Cidades tão diversas como Suva, Manila, Copenhague, Telavive e Dublin também participaram, fazendo com que um acontecimento há um ano localizado em Sidney se convertesse em um movimento planetário. Poletti negou que a campanha seja meramente simbólica e ineficaz. “A noite real é essencialmente uma ação simbólica e busca mostrar as comunidade e ao setor empresarial o vínculo entre o uso de energia e a mudança climática. Apagando todos as luzes em um determinado momento, podemos medir isso”, disse à IPS.A Horta do Planeta 2007 motivou uma queda de 10,2% no consumo energético – mais que o dobro do esperado pelos organizadores – em Sidney, livrando a atmosfera de aproximadamente 24,86 toneladas de dióxido de carbono. Segundo a WWF Australia, a redução de gases causadores do efeito estufa obtida na primeira edição da campanha se fosse mantida durante um ano equivaleria a tirar das ruas 48.616 automóveis pelo mesmo tempo. Porém, Poletti insistiu que a campanha é “muito mais ampla” do que apenas reduzir o consumo de energia por uma hora. “Ao educar as pessoas sobre as ações simples que podem realizar, animamos uma mudança de comportamento com impacto no longo prazo”, disse.Os participantes são incentivados a verem A Hora do Planeta como um primeiro passo. Os organizadores querem que as pessoas assumam os princípios da campanha como parte da vida cotidiana. Ações como apagar as luzes ao deixar um cômodo vazio ou recorrer a fontes mais limpas de eletricidade, como as correntes marinhas, o vento, a biomassa e

o sol, ajudarão a cumprir o objetivo de reduzir em 5% as emissões anuais de dióxido de carbono. Ao contar com a participação de conselhos municipais, escolas, empresas, domicílios e indivíduos, a WWF Austrália deposita a responsabilidade na comunidade como um todo para abordar a mudança climática.A estimativa de participação de mais de 30 milhões de pessoas apenas no segundo ano da campanha ilustra a amplitude do chamado à ação sobre a mudança climática. “Penso que o fato de ter tantos envolvidos na Hora do Planeta é a medida da comunidade e do movimento da sociedade civil nesta área”, afirmou

Poletti. Aproximadamente quatro milhões de pessoas se inscreveram através

do site www.facebook.com, acrescentou, ressaltando que “isto demonstra que as pessoas realmente querem participar e fazer algo, e que os governos do mundo levem isto muito a sério”.Gerente de projeto de A Hora

do Planeta em Melbourne, Fiona Poletti adisse que os cidadãos

estavam motivados a reduzir seu impacto sobre o meio ambiente no tocante ao uso de energia antes da

implementação da campanha, mas não sabiam o que fazer exatamente.

“A razão de ser criada A Hora do Planeta foi, em primeiro lugar, que os indivíduos não sabiam o que fazer, assim, esta

campanha permitiu às pessoas começarem a reduzir suas próprias emissões. E, coletivamente, se reduz

muito”, afirmou. Apesar dos passos gigantes dado pela campanha desde sua

criação em 2007, Poletti disse que não existe um plano definido para o próximo

ano. “Porém, a gigantesca resposta deste ano provavelmente garanta que algo será feito em 2009”, ressaltou.

empresarial o vínculo entre o uso de energia e a mudança climática. Apagando todos as luzes em um determinado momento, podemos medir isso”, disse à IPS.A Horta do Planeta 2007 motivou uma queda de 10,2% no consumo energético – mais que o dobro do esperado pelos organizadores – em Sidney, livrando a atmosfera de aproximadamente 24,86 toneladas de dióxido de carbono. Segundo a WWF Australia, a redução de gases causadores do efeito estufa obtida na primeira edição da campanha se fosse mantida durante um ano equivaleria a tirar das ruas 48.616 automóveis pelo mesmo tempo. Porém, Poletti insistiu que a campanha é “muito mais ampla” do que apenas reduzir o consumo de energia por uma hora. “Ao educar as pessoas sobre as ações simples que podem realizar, animamos uma mudança de comportamento com impacto no longo prazo”, disse.Os participantes são incentivados a verem A Hora do Planeta como um primeiro passo. Os organizadores querem que as pessoas assumam os princípios da campanha como parte da vida cotidiana. Ações como apagar as luzes ao deixar um cômodo vazio ou recorrer a fontes mais limpas de eletricidade, como as correntes marinhas, o vento, a biomassa e

Poletti. Aproximadamente quatro milhões de pessoas se inscreveram através

do site www.facebook.com, acrescentou, ressaltando que “isto demonstra que as pessoas realmente querem participar e fazer algo, e que os governos do mundo levem isto muito a sério”.Gerente de projeto de A Hora

do Planeta em Melbourne, Fiona Poletti adisse que os cidadãos

estavam motivados a reduzir seu impacto sobre o meio ambiente no tocante ao uso de energia antes da

implementação da campanha, mas não sabiam o que fazer exatamente.

“A razão de ser criada A Hora do Planeta foi, em primeiro lugar, que os indivíduos não sabiam o que fazer, assim, esta

campanha permitiu às pessoas começarem a reduzir suas próprias emissões. E, coletivamente, se reduz

muito”, afirmou. Apesar dos passos gigantes dado pela campanha desde sua

criação em 2007, Poletti disse que não existe um plano definido para o próximo

ano. “Porém, a gigantesca resposta deste ano provavelmente garanta que algo será feito em 2009”, ressaltou.

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Page 58: Ecolbrasil 05

Uma n ova ma r cac om o s m e sm o s c om p r om i s s o s .e o n om eq U e o b r a s i l e i r oe s c o l h e U .

www.vale.com

A nova marca da Vale vai levar

para o mundo sua ousadia, ética,

disciplina nos investimentos

e compromisso socioambiental.

A Vale é apaixonada pelo que faz

e busca a permanente superação

para transformar recursos

minerais em elementos essenciais

para o nosso dia-a-dia.

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para o nosso dia-a-dia.

Page 60: Ecolbrasil 05

artigo

e a sustentabilidadeO outsourcing

RONI DE OLIVEIRA FRANCO

Podemos traduzir a terceirização,

resumidamente, como um instrumento

de sobrevivência das empresas. A

abertura de mercado e as pressões

sobre custos forçaram as corporações

a pensar mais em competitividade. Foi

quando os olhares gestores se voltaram

para as despesas com funcionários de

áreas que não eram a especialidade da

empresa. Pensando em redução de

custos, os administradores chegaram

a conclusão de que teriam mais tempo

para se dedicar às atividades centrais

terceirizando as atividades secundárias,

como limpeza, segurança, TI e alguns

setores administrativos, incluindo

contabilidade, folha de pagamento,

tributário, entre outros.

O aumento do outsourcing

(terceirização) no mundo é um

fato e, estudos mostram que essa

modalidade é responsável por

mudanças que elevaram o faturamento

de grandes corporações. Na Europa,

pesquisas revelam que mais de 50%

das corporações, que já terceirizam

algum setor, querem estender o

outsourcing para outras áreas internas

e focar, exclusivamente, nas atividades

centrais, no core business, ou seja,

onde a empresa detém expertise.

Estudo recente feito pelo Centro

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Roni de Oliveira FrancoEspecialista em gestão de outsourcingsócio-diretor da Trevisan Outsourcing

Nacional de Modernização (Cenam), coordenado por

Lívio Giosa, mostrou que, entre um universo de mais de

duas mil empresas pesquisadas, 86% terceirizam ou já

terceirizaram algum tipo de serviço, e que 96% entendem

que a terceirização é uma tendência mundial. Alguns

executivos defendem a tese de terceirizar tudo aquilo

que for possível; tudo aquilo pelo que não compensa

competir por não ser a área de expertise da empresa. Por

outro lado, ainda há resistência. Ainda existem aqueles

que insistem em tentar executar, com recursos próprios

(materiais e humanos), tarefas internas que acabam, lá

na frente, emperrando o negócio.

A necessidade de mudanças, pensando na

sobrevivência, vem sendo um ponto importante na

estratégia das empresas que optam pelo outsourcing

de setores fundamentais, como gestão de pessoas,

controladoria, contabilidade geral, controle patrimonial,

c o n t a b i l i d a d e

fi scal, societários

e fi nanceiro.

Porém, ainda

existem questões

que permeiam

as tomadas de

decisões dos

gestores sobre

a terceirização.

São dúvidas,

como: a escolha

do parceiro;

quais áreas terceirizar; como e quando fazer, etc.

Existem empresas especializadas nesse tipo de

assessoramento para auxiliar o gestor a decidir pelo

outsourcing. Mesmo assim, vale elencar aqui algumas

observações importantes a serem feitas antes da

escolha do que terceirizar.

As atividades que devem ser terceirizadas são aquelas

que, essencialmente, possam reduzir as necessidades

imediatas de capital. O gestor tem de fi car atento aos

setores que exigem conhecimento alheio à especialidade

da empresa; áreas que possam caracterizar capacidade

ociosa; áreas também que possam utilizar menos

recursos fi nanceiros e administrativos e, no entanto, ter

maior capacidade produtiva. Estas observações permitem

ao gestor mais tranqüilidade sobre essas áreas e mais

atenção no foco do negócio da empresa. As atividades a

serem terceirizadas devem constituir na corporação um

apoio estratégico para a atividade principal.

É possível enumerar algumas vantagens ao se tomar

a decisão pelo outsourcing: facilidade de administração

de pessoal; setores terceirizados eliminam encargos

sociais e ações trabalhistas; permite ao gestor acesso

a novos serviços e tecnologias; redução vantajosa de

custos quando a terceirização de dá em grande escala;

maior controle do budget através de custos planejados;

entre outros. Isso, inevitavelmente, é uma forma de

o gestor atingir metas de bons resultados e garantir a

perenidade e sustentabilidade dos negócios. Por outro

lado, ainda existem corporações menores que não

querem nem ouvir falar em terceirização. Um dos motivos

é a insegurança em relação ao sentimento de perda do

controle da situação.

Entretanto, se a empresa buscar um parceiro de sua

confi ança, não terá motivos para hesitar em dar esse

passo estratégico. O outsourcing é como a globalização,

veio para fi car e não tem como evitar.

A abertura de mercado e as

pressões sobre custos forçaram as corporações a pensar mais em competitividade.

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ongs

curso de gestãoConsultoria oferece

para terceiro setorObjetivo é capacitar entidades para melhorar a qualidade da para melhorar a qualidade da gestão e aumentar a capacidade de servir a sociedade

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Disciplina na gestão. Defi nitivamente esse é o caminho

que Organizações Não-Governamentais (ONGs) e

outras entidades do terceiro setor precisam seguir para

cumprir o seu papel de amparo à sociedade. É o que

revela o Instituto Gesc, entidade formada por executivos

voluntários pertencentes à Associação dos MBAs

da FIA/USP (Fundação Instituto Administração), que

disponibiliza um curso de aperfeiçoamento de gestores

sociais. Segundo dados do Instituto, cerca de 70% das

entidades que passaram pelo curso sentiram melhorias

na gestão e atribuem o sucesso ao Gesc.

Uma das grandes preocupações e difi culdades de

ONGs espalhadas pelo Brasil é que muitas vezes a gestão

da entidade fi ca a cargo de psicólogas e educadoras

que não possuem experiências na área administrativa.

“Não queremos de forma alguma levar o modelo de

empresa para dentro destas entidades, mas sim prepará-

las para conseguir o que chamamos de disciplina na

gestão. Isso é fundamental para qualquer segmento.

Com gestões mais efi cientes, as ONGs conseguem

melhores parceiros, produzem melhores projetos e,

conseqüentemente, conseguem mais recursos para

desenvolver o seu trabalho com a sociedade”, explica

João Paulo Altenfelder, superintendente do Gesc.

Durante três meses, as organizações passam pelo

treinamento com consultores que são preparados e

capacitados. Após o curso, ainda sob supervisão de um

consultor do Gesc, realizam um planejamento e aplicam

o conhecimento adquirido. Os primeiros resultados são

surpreendentes e a melhoria na gestão começa a trazer

bons resultados. “Existem algumas áreas que a maioria

das ONGs não possuem domínio, como por exemplo,

planejamento técnico, marketing, comunicação, marco

legal (obtenção de certifi cados), qualidade e TI. Já em

outras, como captação de recursos, aspectos contábeis,

recursos humanos elas sabem porque são obrigadas

para manter a instituição em pé. Nossa meta é fazer com

que todos que passem pelo curso aprendam a dominar

todas essas áreas melhorando a qualidade da gestão

e aumentando a capacidade de servir a sociedade”,

ressalta Altenfelder.

Em 14 anos de existência, o Gesc – sigla de Gestão

para Organização da Sociedade Civil – com seu corpo

de 550 consultores já formou mais de 1,5 mil gestores

sociais de mais de 750 ONGs diferentes. Em 2007, a

instituição deu mais um passo ao criar e organizar a

Conferência Internacional Inovação para o Terceiro

Setor: Sustentabilidade e Impacto Social que aconteceu

em agosto, em São Paulo. O evento contou com a

apresentação de 33 estudos de casos por gestores de

organizações sociais, além de transmissão através da

Internet para cerca de cinco mil pessoas. A segunda

edição já está sendo planejada para agosto de 2008 e

as inscrições podem ser realizadas pela Internet através

do site www.impactosocial.org.br.

Outra iniciativa do Instituto que vem sendo muito

elogiada é a criação do Gesc Net que tem como proposta

levar o conteúdo do curso para entidades localizadas

em outros estados através da Internet. “Queremos

atingir o maior número possível de pessoas, mesmo nos

lugares mais distantes do Brasil, para isso, encontramos

na Internet um canal de comunicação que reduzisse

custos e que contribuísse para ampliar a viabilização de

novas parcerias. Essa iniciativa também pode ser feita

em conjunto com órgãos governamentais, associações

empresariais e universidades”, explica Altenfelder que

aconselha as instituições interessadas no curso e-learn

a procurar o Gesc para verifi car a possibilidade de entrar

em uma das turmas com formação para 2008.

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ongs

A manifestação tem como objetivo alertar a população e as autoridades para a necessidade de proteção das áreas de cabeceiras no Brasil

Um infl ável gigante, de 15 metros de altura, no formato de um tradicional fi ltro de barro, será instalado nas Cataratas do Iguaçu, no Paraná, destacando o provérbio chinês “ao beber a água, lembre-se da nascente”.O ato marcará o lançamento do Movimento Nascentes do Brasil, conduzido pelo Programa Água para a Vida, do WWF-Brasil, dentro da iniciativa global HSBC Climate Partnership, um programa ambiental do Grupo HSBC desenvolvido para responder às urgentes ameaças das mudanças climáticas em todo mundo.

O Movimento Nascentes do Brasil, que também conta com o apoio da top model Gisele Bünchen e da Grendene, busca mobilizar pessoas comuns, comunidades e governos para ações concretas de proteção de nascentes e cabeceiras, ao mesmo tempo em que conclama a população a refl etir sobre a água e seus diversos signifi cados.

A ação conta com o apoio fundamental das equipes do Parque Nacional do Iguaçu, do Parque Nacional Iguazú (Argentina), e da Fundación de la Vida Silvestre – ONG irmã do WWF-Brasil, também da Argentina.

Ação e pressão

O movimento propõe que a população, além de tomar para si o cuidado com as nascentes, pressione os governos por políticas públicas de proteção às nascentes e áreas de cabeceira com base em um modelo de Proposta de Projeto de Lei que está disponível no site do WWF-Brasil (www.wwf.org.br/agua). O modelo foi inspirado no sucesso do Programa Adote uma Nascente, do Governo do Distrito Federal, que foi apoiado pelo WWF-Brasil. Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de Conservação do WWF-Brasil, destacou a importância de políticas públicas de proteção das fl orestas. “É importante manter as fl orestas de pé, já que elas são produtoras de água para a natureza, para a produção e para o consumo humano”, afi rmou o Scaramuzza.

Entre outras iniciativas, o WWF-Brasil planeja levar o movimento para o Pantanal, maior área úmida do planeta de enorme biodiversidade e, também, fragilidade em razão do fato de que parte de suas nascentes estão localizadas no Cerrado, que sofre pressão de atividades agropecuárias implementadas sem respeito às boas práticas. Em Brasília, o movimento está apoiando o projeto Salve o Urubu como um projeto demonstrativo de mobilização da comunidade

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em torno da proteção dos recursos hídricos.Ação global – Com investimento de U$ 100 milhões e duração de cinco anos, o HSBC Climate Partnership prevê ações em parceria com as ONGs WWF, The Climate Group, Earthwatch Institute e Smithsonian Tropical Research Institute (STRI).

Lançado em maio de 2007, o Climate Partnership está focado em quatro pontos estratégicos: defesa de rios que provém água doce, mitigação do CO2 em grandes metrópoles e pesquisa de biodiversidade em florestas tropicais além do engajamento pessoal para transformação de atitude dos indivíduos em todo mundo.

WWF Brasildefende nascentes no Dia Mundial da Água

Font

e: W

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reciclando

O Prolata - Programa de Valorização e Incentivo ao Consumo da Embalagem Metálica - é uma iniciativa do Sindicato de Estamparia em Metais no Estado de São Paulo (SIEMESP). Participam 25 empresas direta ou indiretamente relacionadas à fabricação de latas de aço, entre elas a CSN - Cia. Siderúrgica Nacional (folha de fl andres) - e o Grupo Gerdau, principal reciclador de sucata ferrosa do país.

fonte: Ambiente Brasil

lataAcerte

na

68

Page 69: Ecolbrasil 05

Fundado em 1992, o Prolata vem atuando junto

às empresas, órgãos governamentais, escolas e

outros segmentos da sociedade, com três objetivos

principais:

• Promover a utilização e o consumo da lata

de aço, com base nas suas vantagens técnicas e

ambientais;

• Aumentar a competitividade do produto;

• Promover as metas de participação social das

empresas do setor.

A entidade está estruturada em quatro comitês:

Administração, Marketing, Competitividade e

Reciclagem. Em contato com o público, funciona

o serviço Disque-Aço (0800-17044), que atende

chamadas de todo país, em busca de comercialização

da sucata proveniente da lata de aço. Na internet, o

Pro la ta mantém, desde ju lho de 1998, o s i te

www.prolata.com.br com informações atualizadas

sobre o setor, programas de reciclagem e características

da lata de aço.

O Comitê de Reciclagem fornece, constantemente,

apoio técnico e operacional aos órgãos públicos e

programas comunitários de reciclagem.

Na área de Educação, a entidade promoveu, em

parceria com a Secretaria de Educação do Estado

de São Paulo, o primeiro projeto de Educação

Ambiental de incentivo à reciclagem do país junto à

rede pública de ensino e realiza palestras em escolas

e universidades públicas e privadas, estimulando a

reutilização e reciclagem de embalagens empregando

procedimentos abrangentes que envolvem a

participação de todos os materiais descartados.

O Comitê de Marketing administra as relações da

indústria com seus diferentes públicos, promovendo

a imagem da lata de aço junto ao consumidor,

mercado, autoridades e opinião pública, valorizando

as propriedades da lata de aço e a fi losofi a de

responsabilidade social do setor. O Comitê responde

pelas pesquisas de opinião, publicidade, relações com

a imprensa, publicações, vídeos, internet e recursos

de multimídia utilizados em palestras, congressos,

seminários e exposições.

No Comitê de Competitividade se desenvolvem

pesquisas, projetos e ações voltados à relação de custo/

benefício do setor, com base nos critérios de Qualidade

Total, Melhoria Contínua, Preços e Serviços aos Clientes.

Reutilização, Reaproveitamento, Reciclagem

Numa antiga fábrica de Boa Vista, no Acre,

montanhas de latas de aço recolhidas do lixo são

transformadas em cuias para a coleta da borracha.

Nas ofi cinas promovidas pelo Parque da Água Branca,

em São Paulo, crianças aprendem, com o habilidoso

artesão, Milton Cruz, como transformar sucata de lata

em miniaturas perfeitas de automóveis antigos. Nos

escritórios, latinhas de chocolates e balas viram porta-

clips, lápis, borrachas e canetas. Em milhares de

residências, transformam-se em lamparinas, medidas,

instrumentos musicais, objetos de decoração e vasos

de plantas.

A lata de aço é a embalagem mais reaproveitada

e reutilizada pelo consumidor, mas também pode ser

infi nitamente reciclada. Nos fornos das siderúrgicas

não-integradas à produção de minério, cerca de 230 mil

toneladas de latas descartadas após o consumo - 30%

da produção nacional - convertem-se em vergalhões,

arame, aço plano ou laminado para diferentes

aplicações, economizando energia e recursos naturais.

A cada 75 latas recicladas salva-se uma árvore que

se transformaria em carvão vegetal. A cada 100 latas

refundidas, economiza-se o equivalente a uma lâmpada

de 60 Watts, acesa durante uma hora.

Font

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decoração

Decoração Verde preservando o meio

ambiente

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Atualmente com os diversos problemas que vem acontecendo em decorrência do aquecimento global, a preocupação pela preservação do meio ambiente vem crescendo cada vez mais mundo afora, fala-se muito em ecologia e preservação de recursos naturais. Já existem vários fabricantes de móveis, objetos e até de casas inteiras que se utilizam somente de madeira certifi cada. Essas madeiras possuem um selo internacional emitido pelo FSC - Conselho de Manejo Florestal concedido a empresas que seguem um padrão de cuidados com a fl oresta que inclui extração não-predatória e atenção a aspectos sócio-econômicos e ambientais.

Por isso, profi ssionais de diversas áreas têm procurado alternativas para os trabalhos que interferiam nesta empreitada. Os decoradores não poderiam fi car de fora dessa luta e, desta forma, criou-se a decoração verde ou decoração ecológica.

Feita basicamente de madeiras, materiais recicláveis e naturais, pode ser encomendada ou feita com a criatividade de cada um. Para os móveis da casa você pode optar por aqueles com os selos internacionais emitidos pelo FSC - Conselho de Manejo Florestal. Esses certifi cados apenas são concedidos

às empresas que seguem as leis de refl orestamento e extração não predatória. Para evitar a destruição das fl orestas, os designers dão preferência a este tipo de madeira. E as peças ecológicas já conquistam o mercado. Elas ganham cada vez mais a simpatia e a aprovação dos consumidores brasileiros.

Outra opção é utilizar os restos de madeira nas marcenarias, que geralmente são desperdiçados, para fazer tampas de armários e gavetas. Também há a possibilidade de usar troncos de árvores derrubadas por causas naturais, que seriam jogados fora pro estarem ‘machucados’, e utilizá-los para fazer móveis rústicos. Na Itália, por exemplo, projetos combinam proteção ambiental, economia sustentável e estimulam criações inusitadas. Lá, 70 quilos de sucata de papelão já se transformaram em uma moderna cozinha. E para os italianos, a reutilização de material virou decreto.

Infelizmente, como o mercado ainda é muito recente, esses produtos custam um pouco mais caro. A variedade, no entanto, é grande. Pode-se optar por madeiras de lei de origem amazônica como cedro, sucupira ou cumaru, que fi cam bem em móveis, janelas, pisos e estruturas de telhados ou casas ou por chapas e madeiras laminadas vindas de áreas de Fo

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Ao construir ou decorar asua casa você também podecolaborar para um melhor aproveitamento das reservasdo nosso planeta.

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refl orestamento úteis para a construção civil ou para a indústria moveleira. Outros itens que utilizam materiais alternativos são o carpete feito de amido de milho, o tijolo de solo-cimento, as telhas onduladas executadas a partir de fi bra vegetal ou de caixas de leite longa-vida e o reaproveitamento das águas das chuvas para lavagem de áreas externas e irrigação de jardim.

Você não precisa utilizar somente materiais reciclados ou certifi cados para ter uma obra mais ecológica. Ao projetar uma residência basta observar questões como a ventilação e a iluminação naturais, que bem administradas reduzem o consumo de energia e conseqüentemente colaboram para evitar o desperdício. Uma implantação adequada da obra no terreno, sem grandes movimentos de terra, cortes ou aterros também colabora para diminuir o impacto ambiental de uma construção. Utilizar materiais da região adequados ao clima e reciclar o entulho ou tentar diminuí-lo evitando o desperdício também são boas opções.

Objetos decorativos menores como cestas, vasos e bandejas podem ser feitos com fi os de papel endurecidos com cola e vime, e depois pintados da cor de preferência. Com algumas sementes variadas se pode fazer alguns detalhes para deixá-los mais chiques. Há também os famosos mosaicos, que são uma ótima opção para enfeitar as paredes. Utilizando pequenos fragmentos de cerâmica, vidro, plástico e mármore se cria diversos desenhos e padrões. E o melhor, todas as peças serão exclusivas, é só dar asas a criatividade.

Porém se você prefere comprar os itens prontos, já existem diversas lojas e marcas especializadas nesse ramo. Pode-se encontrar, por exemplo, móveis à base de folhas de bananeira, revestimentos de borracha com pneus reciclados e carpetes feitos de amido de milho.

Outra forma de preservar o ambiente com sua decoração é privilegiar as janelas e portas transparentes para que a ventilação e a luz natural sejam aproveitadas ao máximo e não aja desperdício de eletricidade.

Mas não importa se você gosta de interagir com sua casa e criar peças decorativas ou comprá-las prontas. De qualquer forma, sem dúvida nenhuma, seu imóvel terá um toque único e especial. Além de moderno, claro, pois está na moda pensar no futuro e participar da luta por um mundo melhor.

decoração

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Este livro nasceu do interesse de explorar as opções de desenvolvimento para o país. Os autores optaram por um formato que procura conciliar uma unidade de propósito com a exposição de diversos pontos de vista. A primeira seção do livro contém a visão dos três autores dos desafi os, das causas e

das oportunidades para o país em seu desenvolvimento. A segunda parte, “Casos de Sucesso”, aborda exemplos práticos que o setor empresarial e de Organizações Não-Governamentais (ONGs) têm para mostrar a respeito da aplicação de conceitos de sustentabilidade no dia-a-dia. Desde experiências sólidas até descrições francas de problemas enfrentados com demandas confl itantes de parceiros ou órgãos reguladores, bem como o equilíbrio entre metas e curto e longo prazo são apresentados em diversos cases da Aracruz, BRASIF, Bunge, Companhia Vale do Rio Doce, Itaú, ONG - Mulheres da águas, Sadia, Suzano, entre outros. Intitulada “Refl exões”, a terceira seção complementa as questões e as práticas atuais descritas nas abordagens anteriores, por meio de depoimentos de pessoas com

vasta experiência como Erling Sven Lorentzen, Gustavo Fonseca, Jacques Marcovitch, Norberto Odebrecht e Renato Amorim. São elaboradas situações e questões que ilustram as dimensões do desenvolvimento sustentável, reunindo perspectivas das áreas governamental, empresarial científi ca, acadêmica e não-governamental.

Autor: Eliezer Batista, Roberto B. Cavalcanti e Marco Antonio FujiharaEditora: Terra das ArtesPreço: R$ 150,00

Caminhos da Caminhos da Sustentabilidade

no Brasil

dicas

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Page 74: Ecolbrasil 05

dicas

O livro “Reúso de Água” destina-se a agregar conhecimentos essenciais ao atendimento e aplicações do reúso de água, de modo a permitir que profi ssionais e todos aqueles que se interessam por este tema, notadamente um dos mais importantes do século, desenvolvam estudos e projetos associados ao campo de conhecimento em referência. As bases conceituais, indispensáveis ao adequado entendimento dos termos e defi nições relacionadas ao reúso de água, são apresentadas e desenvolvidas para reúso potável, reúso não-potável, reúso para manutenção de vazão de cursos d’água, reúso para aqüicultura e reúso para recarga de aqüíferos subterrâneos. São indicados a importância e o potencial do reúso de água no Brasil, destacando-se os usos benéfi cos mais signifi cativos, ou seja, urbanos, industriais, recarga artifi cial de aqüíferos e agrícolas. Especial atenção é dada a aspectos de saúde pública associados ao reúso agrícola de esgotos e biossólidos, abordando-se o estabelecimento de critérios, diretrizes e padrões baseados em processos técnico-científi cos e evidências epidemiológicas. A política das águas no Brasil e nos Estados Unidos, com destaque para o reúso de água, também é abordada, já que o adequado manuseio de instrumentos e técnicas voltados para o controle quantitativo e qualitativo do recurso água exige o desenvolvimento de políticas públicas claras e consistentes, bem como perfeita compreensão da legislação correspondente e seu conseqüente entendimento.

Reúsode Água

Reúsode Água

Reúso

Autor: Pedro Caetano Sanches MancusoEditora: ManolePreço: R$ 113,00

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