ecetistas em luta minas gerais 29/7/13

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Entre em contato com Ecetistas em Luta na Internet: olhovivoecetista.wordpress.com Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected] - fone: (31) 3224-0752 Boletim Ecetistas em Luta Órgão da corrente nacional Ecetistas em Luta - Distribuição gratuita - Edição Minas Gerais - ano IX- nº 975 - terça-feira, 29 de julho de 2013 Desobedecer o TST Realizado o Conrep da categoria é dada a largada para a Campanha Salarial. O Conrep elaborou a pau- ta com contribuições de re- presentantes sindicais de todo o país. Pela primeira vez depois de anos a pauta foi toda lida feita alterações necessárias sobre as neces- sidades econômicas (índice de reajuste, discutindo con- dições etc.), contratação de pessoal, condições de tra- balho, saúde, benefícios, entre outros. O próximo passo é a apro- vação da pauta em assem- bleias nos estados, escolha do Comando de Negociação e Mobilização, e entrega da Pauta à empresa em Brasília no próximo dia 30. A partir de 1º de agosto é iniciada a data-base e aberto o perío- do de negociações. O Comando que são os re- presentantes dos trabalha- dores na negociação será composto por 41 membros. Porquê? o XI Contect que mudou a maioria da dire- ção da Fentect aprovou o fim do balcão de negócios nas negociações coletivas. Antes, com o comando de sete pessoas a direção da empresa comprava 4 ven- didos que passavam por cima da vontade de 120 mil trabalhadores e assinavam o acordo. Como fez o dire- tor da Findect e do Sintect- -RJ Ronaldão, ao assinar o acordo bianual em 2009. O Comando vai discutir com a empresa a pauta de reivin- dicações. Enquanto o Comando se reune, nas bases dos es- tados os sindicatos devem mobilizar e informar os trabalhadores sobre o an- damento das negociações, mobilizando a categoria. O resultado das negociações se dá mediante a mobiliza- ção dos trabalhadores na base, nos setores de traba- lho, e não pela habilidade ou poder mirabolante do co- mando. O Comando apenas representa a categoria. Mas o poder de fazer a empre- sa negociar e atender suas necessidades é da categoria mobilizada, realizando atos, greve, ocupações e não dos negociadores. Mediante essa força as negociações se desenvolvem. Nos dois últimos anos a empresa se mostrou intran- sigente nesse processo, o que inevitavelmente resulta na greve e na decisão uni- lateral da empresa de levar o dissídio coletivo à justi- ça. A categoria repondeu a esse ataque com a grev e que se concretizou pela fir- meza dos trabalhadores de Minas Gerais, dirigidos pela Corrente Ecetistas em Luta, e a base do Pará que passou por cima da manobra da di- reção do Sintect-PA e apro- vou a greve também no dia 11 de agosto. A empresa alega que os representantes não nego- ciam, mas como se viu no ano passado, a direção da empresa queria que a cate- goria aceitasse calada 5,2% de reajuste e ainda mu- danças no Plano de Saúde. Divulgou mentiras através do Primeira Hora e usou os pelegos da Federação Pa- raguaia para disseminar a confusão, mudar a data da greve e dividir os trabalha- dores. No TST a empresa manteve-se intransigente, não fez acordo o que levou ao julgamento do dissídio. O julgamento impôs o Acór- dão, não considerou a greve ilegal, mas mandou que os trabalhadores voltassem a trabalhar. Para realizar toda essa manobra a ECT contou com os sindicatos pelegos de SP e Rio de Janeiro que através da Findect declara- ram o fim da greve, antes mesmo de assembleias em suas bases e aceitaram o Acórdão. Esse ano tem de ser dife- rente. A mobilização unifi- cada, a realização de atos, grandes manifestações em Brasília, ocupação da em- presa etc. são as armas dos trabalhadores contra a empresa e o judiciário que atua a serviço dos patrões. Seguir o exemplo de outras categorias e não aceitar a intervenção do judiciário nas negociações trabalhis- tas. Se este ano o acordo coletivo chegar ao TST os trabalhadores dos Correios devem seguir o exemplo de inúmeras categorias que passaram por cima do judi- ciário se mantiveram firmes na luta por seus direitos, com a greve, ocupação da empresa, e se necessário do TST. Os ecetistas devem seguir o exemplo de outras categorias e não aceitar a intervenção do judiciário nas negociações coletivas Campanha salarial

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Boletim desta segunda-feira, dia 29. Leia, imprima e distribua o Boletim Ecetistas em Luta

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Page 1: Ecetistas em Luta Minas Gerais 29/7/13

Entre em contato com Ecetistas em Luta na Internet: olhovivoecetista.wordpress.com Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected] - fone: (31) 3224-0752

Boletim

Ecetistas em LutaÓrgão da corrente nacional Ecetistas em Luta- Distribuição gratuita -

Edição Minas Gerais - ano IX- nº 975 - terça-feira, 29 de julho de 2013

Desobedecer o TSTRealizado o Conrep da

categoria é dada a largada para a Campanha Salarial. O Conrep elaborou a pau-ta com contribuições de re-presentantes sindicais de todo o país. Pela primeira vez depois de anos a pauta foi toda lida feita alterações necessárias sobre as neces-sidades econômicas (índice de reajuste, discutindo con-dições etc.), contratação de pessoal, condições de tra-balho, saúde, benefícios, entre outros.

O próximo passo é a apro-vação da pauta em assem-bleias nos estados, escolha do Comando de Negociação e Mobilização, e entrega da Pauta à empresa em Brasília no próximo dia 30. A partir de 1º de agosto é iniciada a data-base e aberto o perío-do de negociações.

O Comando que são os re-presentantes dos trabalha-dores na negociação será composto por 41 membros. Porquê? o XI Contect que mudou a maioria da dire-ção da Fentect aprovou o fim do balcão de negócios nas negociações coletivas. Antes, com o comando de sete pessoas a direção da empresa comprava 4 ven-didos que passavam por cima da vontade de 120 mil trabalhadores e assinavam o acordo. Como fez o dire-tor da Findect e do Sintect--RJ Ronaldão, ao assinar o acordo bianual em 2009. O Comando vai discutir com a empresa a pauta de reivin-dicações.

Enquanto o Comando se reune, nas bases dos es-tados os sindicatos devem mobilizar e informar os trabalhadores sobre o an-damento das negociações, mobilizando a categoria. O resultado das negociações se dá mediante a mobiliza-ção dos trabalhadores na base, nos setores de traba-lho, e não pela habilidade ou poder mirabolante do co-mando. O Comando apenas representa a categoria. Mas o poder de fazer a empre-sa negociar e atender suas necessidades é da categoria mobilizada, realizando atos, greve, ocupações e não dos negociadores. Mediante essa força as negociações se desenvolvem.

Nos dois últimos anos a empresa se mostrou intran-sigente nesse processo, o que inevitavelmente resulta na greve e na decisão uni-lateral da empresa de levar o dissídio coletivo à justi-ça. A categoria repondeu a esse ataque com a grev e que se concretizou pela fir-meza dos trabalhadores de Minas Gerais, dirigidos pela Corrente Ecetistas em Luta, e a base do Pará que passou por cima da manobra da di-reção do Sintect-PA e apro-vou a greve também no dia 11 de agosto.

A empresa alega que os representantes não nego-ciam, mas como se viu no ano passado, a direção da empresa queria que a cate-goria aceitasse calada 5,2% de reajuste e ainda mu-

danças no Plano de Saúde. Divulgou mentiras através do Primeira Hora e usou os pelegos da Federação Pa-raguaia para disseminar a confusão, mudar a data da greve e dividir os trabalha-dores. No TST a empresa manteve-se intransigente, não fez acordo o que levou ao julgamento do dissídio. O julgamento impôs o Acór-dão, não considerou a greve ilegal, mas mandou que os trabalhadores voltassem a trabalhar. Para realizar toda essa manobra a ECT contou com os sindicatos pelegos de SP e Rio de Janeiro que através da Findect declara-ram o fim da greve, antes mesmo de assembleias em suas bases e aceitaram o Acórdão.

Esse ano tem de ser dife-rente. A mobilização unifi-cada, a realização de atos, grandes manifestações em Brasília, ocupação da em-presa etc. são as armas dos trabalhadores contra a empresa e o judiciário que atua a serviço dos patrões. Seguir o exemplo de outras categorias e não aceitar a intervenção do judiciário nas negociações trabalhis-tas. Se este ano o acordo coletivo chegar ao TST os trabalhadores dos Correios devem seguir o exemplo de inúmeras categorias que passaram por cima do judi-ciário se mantiveram firmes na luta por seus direitos, com a greve, ocupação da empresa, e se necessário do TST.

Os ecetistas devem seguir o exemplo de outras categorias e não aceitar a intervenção do judiciário nas negociações coletivas

Campanha salarial

Page 2: Ecetistas em Luta Minas Gerais 29/7/13

2Boletim Ecetistas em Luta - edição Minas Gerais - nº 975, terça-feira, 29 de julho de 2013

A federação paraguaia dos pelegos de Bauru, São Paulo e Rio de Janeiro não pode negociar em nome dos trabalhadores ecetistas

Findect não pode assinar acordo coletivo

Na Campanha Sala-rial dos Trabalhadores dos Correios, a direção da ECT está organizando uma armadilha: a federa-ção paraguaia.

A Findect ganhou esse apelido entre os traba-lhadores porque é uma farsa, uma organização que a direção da empresa está colocando de contra-bando no acordo coletivo, mas que é uma caricatura de federação. Uma fede-ração pirata.

Nacionalmente a catego-ria dos Correios possui 35 sindicatos que dividem ba-ses regionais. Para se ter uma ideia, só no estado de São Paulo existem cin-co sindicatos. Como a ECT é uma empresa nacional e seus trabalhadores consti-tuiem uma única catego-ria profissional, criou-se a Fentect, nos anos 80. Foi fruto das intensas lutas que se desenvolveram nesse período e do processo de legalização dos sindicatos. Surgiu como representan-te dos trabalhadores para as negociações com a em-presa em caráter nacional. Funciona como um sindi-cato, depende de assem-bleias e congressos, mas tem nome de Federação à qual estão ligados os sin-dicatos.

O objetivo é reunir os trabalhadores e realizar uma única campanha, e negociação. Mas a refor-ma sindical resultado da pressão dos patrões con-tra a organização inde-pendente do trabalhado-res, permite que se crie mais de uma federação para a mesma categoria.

Mas, existem regras.De acordo com a Con-

solidação das Leis Tra-balhistas (CLT) e o Mi-nistério do Trabalho, as Federações poderão ser constituídas de “no míni-mo, 5 (cinco) sindicatos que representem a maio-ria absoluta de um grupo de atividades ou de pro-fissões idênticas, simila-res ou conexas”. Essa é a regra básica. Sem ela o MTE não concede o re-gistro sindical e a Findect não cumpriiu essa regra.

Os divisionistas reivindi-cam os sindicatos de Bau-ru (ligado ao PMDB), SP, RJ (do Ronaldão Bianu-al), Tocantins, Rio Grande do Norte (dirigidos pelo PCdoB/CTB), e mais re-centemente Rondônia. Acontece que nem todos esses sindicatos possuem carta sindical. E em gran-de medida a desfiliação da Fentect e a decisão de filiação à Findect se deu em asembleias fantasmas e sem legitimidade.

O sindicato de Tocan-tins foi criado há poucos anos num acordo da bu-rocracia sindical para di-vidir a base de Goiás. E a desfiliação do Sintect--RN se deu com o golpe da assembleia no rincão. Como a diretoria do sindi-cato perdeu a votação na capital, Natal, programou uma assembleia fantas-ma em Mossoró, no ser-tão, e com somando os votos, com uma diferen-ça mínima desfiliou-se da Fentect.

Sem os cinco sindicatos a Findect não é uma Fede-ração legalizada, não pode

assinar acordo e, portan-to, não pode negociar em nome dos trabalhadores. Essa é a atual situação. A Findect não pode assinar acordo coletivo.

Ao afirmar que vai nego-ciar com a Findect a em-presa está demonstrando que gostaria de negociar com os pelegos. Procura criar uma confusão entre os trabalhadores e divi-dir a categoria. Mas não pode. E a Fentect está to-mando as medidas legais para rever tisso.

Mas mais importante do que as medidas judiciais é explicar aos trabalha-dores essa situação. E or-ganizar uma mobilização nacional nesta campanha salarial contra mais esse golpe e tentativa de inter-venção do governo, dos patrões no movimento sindical.

Foi em torno dessa de-núncia que se realizou um grande e vitorioso ato em 19 de julho em São Pau-lo. O ato em frente ao CTP-Jaguaré, maior setor operacional de Correios da América Latina contou com representantes de todas as bases sindicais do país. Inclusive da base dos divisionistas, como Rio de Janeiro, Rôndo-nia, e claro, São Paulo. A não ser os sócios meno-res desses traidores, os membros da FNTC/PSTU.

Denunciar a Findect e fortalecer a Fentect como legitima representante dos ecetistas é derrotar a empresa em sua tentativa de acabar com o Correios Saúde e impor uma rea-juste rebaixado.

Não ao divisionismo