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PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO EM EDUCAÇÃO

O PORTFÓLIO NA FORMAÇÃO REFLEXIVA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOELI CRISTINA ALVIM

Presidente Prudente – SP

2011

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PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO EM EDUCAÇÃO

O PORTFÓLIO NA FORMAÇÃO REFLEXIVA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOELI CRISTINA ALVIM

Projeto apresentado a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade do Oeste Paulista, no Programa de Mestrado em Educação sob a Orientação da Profª. Drª. Helena Faria de Barros.

Linha de pesquisa 2: Formação e Prática Pedagógica do Profissional Docente.

Presidente Prudente – SP2011

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RESUMO

O PORTFÓLIO NA FORMAÇÃO REFLEXIVA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Linha de pesquisa 2: Formação e Prática Pedagógica do Profissional Docente. Programa de Mestrado em Educação, Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente - SP. O presente projeto de pesquisa visa analisar o uso do Portfólio na aprendizagem de conteúdos da Educação Física. Nas últimas décadas muito se tem discutido no campo da formação docente exigindo-se uma formação reflexiva que permita e viabilize uma consciência desafiadora e crítica para os novos educadores. O professor em formação tem necessidade de desenvolver-se de maneira gradativa. Para a formação dos profissionais do ensino, o portfólio e seu uso na formação reflexiva e na avaliação formativa tem sido indicado. Será realizado um levantamento de referência de bibliografias sobre o Portfólio, o Pensamento Reflexivo e a Avaliação Formativa. A questão que orienta a pesquisa é: O portfólio assegura a formação reflexiva dos professores de Educação Física? O objetivo do estudo é analisar a utilização do Portfólio na formação reflexiva dos professores de Educação Física em um curso de Licenciatura em Educação Física na disciplina Prática como Componente Curricular. A pesquisa de natureza qualitativa do tipo estudo de caso em um curso de Licenciatura em Educação Física na cidade de Tupã – SP. Os atores deste estudo serão vinte sujeitos, como critério de escolha optou-se por dez sujeitos com média semestral acima de oito, e dez com média semestral entre cinco e sete, em duas disciplinas básicas cursadas no semestre anterior, todos cursando terceiro termo da graduação. Todo o processo será orientado sendo realizadas duas entrevistas uma antes da implantação do Portfólio e outra após. Será analisado o Projeto Pedagógico do Curso, especificamente o conteúdo das ementas das disciplinas e suas funções na formação dos professores de Educação física. Com a técnica de análise de conteúdo, serão analisados os relatos de experiência como espaço para reflexão, representados na avaliação final pelos alunos descritas no Portfólio.

Palavras Chave: Portfólio. Formação docente. Pensamento Reflexivo. Avaliação Formativa.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 05

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 07

2.1 Portfólio 07

2.2 Pensamento Reflexivo 08

2.3 Avaliação formativa 09

3 JUSTIFICATIVA 10

4 PROBLEMA 10

5 OBJETIVOS 11

5.1 Objetivo Geral 11

5.2 Objetivos Específicos 11

6 METODOLOGIA DA PESQUISA 11

6.1 Procedimentos de Coleta de dados 12

6.2 Procedimentos de Análise de Conteúdo 12

7 CRONOGRAMA 13

REFERENCIAL 14

APÊNDICES 16

Apêndice I – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 16

Apêndice II – Roteiro de Entrevista 1 18

Apêndice III - Roteiro de Entrevista 2 19

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1 Introdução

Nas últimas décadas muito se tem discutido no campo da formação docente exigindo-

se uma formação reflexiva que permita e viabilize uma consciência desafiadora e crítica para

os novos educadores. Defende-se a superação e resolução de problemas que extrapolam as

questões de ordem técnico/prática que, por muito tempo, tem sido alvo de estudos na defesa

de uma formação baseada na transmissão de informação e na prática repetitiva. Deste fato

resultando evidentes características tecnicista/acrítica e reprodutiva na ação docente. Sá-

Chaves tem chamado a atenção para a necessidade de ultrapassagem desse vivenciamento.

Falando sobre a formação de profissionais do ensino diz:

Uma ampliação e diversificação do seu olhar, estimulando a tomada de decisões, a necessidade de fazer opções, de julgar, de definir critérios, de se deixar invadir por dúvidas e por conflitos, para deles poder emergir mais consciente, mais informado, mais seguro de si e mais tolerante quanto às hipóteses dos outros. (SÁ-CHAVES 2000b, p.15).

Barros e Scheide (2009), citando Schön (2000), mostraram que pelas investigações e

publicações na década de setenta, a racionalidade técnica predominante nas faculdades e na

educação ameaçavam a competência profissional com a aplicação do conhecimento científico,

privilegiado à problemas instrumentais da prática. A dicotomia entre a prática e teoria é o que

se vivenciava.

Em se tratando da reprodução na formação docente, fica evidente que esta prática não

consegue responder às demandas das transformações sociais, científicas de hoje, nesta

geração conhecida como a do conhecimento e do acesso à informação quase que instantânea.

Portanto, a formação de professores na busca de um professor reflexivo deve atender a uma

tendência voltada à competências que lhes permitam intervir no contexto da atuação docente

de forma crítica, coletiva e integradora dos saberes.

Vários autores reforçam essa concepção de formação.

Para Alarcão (2003, p. 23), trata-se de compreensão que assenta na capacidade de

escutar, de observar e de pensar, mas também na capacidade de utilizar as várias linguagens

que permitem ao ser humano estabelecer com os outros e com o mundo mecanismos de

interação e de intercompreensão.

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Neste contexto o professor em formação tem necessidade de desenvolver-se de

maneira gradativa. A capacidade de transformar a informação em conhecimento que, quando

refletido á luz dos valores universais, pode representar e orientar uma prática reflexiva.

Ainda com Alarcão (2003, p.30) pode-se dizer que:

Formar profissionais capazes de interagir com o conhecimento de forma autônoma, flexível e criativa é a melhor preparação para a vivência em nosso mundo super complexo, incerto, sempre pronto a exigir novos saberes, inspiradores de novas ações.

Schön (2000), desde a década de setenta afirma que as ações desenvolvidas pelos

professores em formação devem ser refletidas. É na reflexão sobre as práticas realizadas e

avaliadas continuamente, que se reconstrói o conhecimento que torna emergente da própria

prática uma nova compreensão dos fenômenos, numa perspectiva integradora dos refenciais

teóricos e da informação que apenas na prática reside.

Sá-Chaves (2000), explica que o conhecimento profissional é entendido não apenas na

estrutura multidimensional dos conteúdos de diversos saberes disciplinares, mas, sobretudo na

sua natureza epistemológica. Ou seja, como um conhecimento em ação, aberto, dinâmico e

flexível capaz de se tornar responsivo à especificidade de cada situação e momento.

As necessidades surgidas na formação do docente, na atualidade, requerem atividades

com mecanismos interligados no processo de compreensão passiva às práticas no campo.

Uma formação docente que empregue meios e instrumentos que possibilitem a interação

teórico/pratica no campo dos saberes. De acordo com Libâneo (1994), o conceito de currículo

se realiza e ganha sentido na prática e supera a dicotomia entre teoria e prática, sustentada

pela corrente tecnicista.

No campo da Educação Física, a tendência tecnicista prevaleceu na formação e prática

de docentes durante as últimas décadas. Essa influência foi reproduzida nos bancos escolares

gerando grande problema na ação didática dos professores que já tiveram uma formação

diferenciada, mais atenta à resolução de problemas e comprometida com as necessidades

inerentes à área quanto à modernização e automação da vida moderna e suas interrelações

com a informação.

7

Para contribuir para a superação na formação dos profissionais do ensino, o portfólio e

seu uso na formação reflexiva e na avaliação formativa tem sido indicado. A presente

pesquisa analisa o uso dele na aprendizagem de conteúdos da Educação Física.

2 Fundamentação Teórica

2.1 Portfólio

Originalmente, o termo portfólio, do italiano portafoglio, que significa recipiente onde

se guardam folhas soltas, começou a ser empregado em artes plásticas, em que o artista fazia

uma seleção de trabalhos que exprimiam sua produção. No ambiente educacional, a idéia

permanece a mesma, sem a necessidade de guardar essas produções em uma pasta de papel

cartão. O portfólio tem sido usado como procedimento principalmente como avaliação pelo

seu potencial para associar conteúdos e práticas pedagógicas, especialmente em países como

Estados Unidos, Austrália e Portugal. Torres, (2008, p.551). Tem sido empregado com menor

frequência à aprendizagem dos conteúdos.

Assim portfólio é entendido como:

É uma coleção de suas produções (do aluno), as quais apresentam as evidências de sua aprendizagem (do aluno). É organizado por ele próprio para que ele e o professor, em conjunto, possam acompanhar seu progresso. O portfólio é um procedimento de avaliação que permite aos alunos participar da formulação dos objetivos de sua aprendizagem e avaliar seu progresso. Eles são, portanto, participantes ativos da avaliação, selecionando as melhores amostras de seu trabalho para incluí-las no portfólio. (VILLAS BOAS 2004, p.38).

Sá-Chaves (2005), explica que a utilização da estratégia portfólio responde, em

grande parte, a uma nova visão para a formação, está em harmonia com o pensamento

pedagógico reflexivo, assumindo uma dimensão metacognitiva no seu desenvolvimento.

De acordo com a autora, o portfólio tem sido utilizado em várias áreas de formação

profissional. Tem cumprido papel importante em vários contextos educativos, como estratégia

que potencializa a construção do conhecimento de forma reflexiva, com objetivos

emancipatórios dos professores em formação. A autora ressalta ainda os princípios de

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pessoalidade, auto implicação, conscientização, inacabamento e continuidade que ajuda a

imprimir à formação. O princípio da continuidade do processo de formação é dado pela

natureza do próprio inacabamento de toda aprendizagem, na perspectiva entendida como uma

constante na vida do profissional docente.

Verifica-se, assim, que repensar a utilização de portfólio como prática reflexiva e de

avaliação formativa, exige do aluno um empenho de elaboração que obrigatoriamente, o leva

a refletir sobre as análises que realizam ao construir seu portfólio. Obriga-o a um olhar crítico

das atividades e dos estudos realizados.

Segundo Barros e Scheide (2009), o portfólio se fundamenta em três grandes idéias: a

racionalidade reflexiva, a avaliação formadora e contínua e a aprendizagem como resultado da

elaboração pessoal e única. Deste fato resulta ser o emprego do portfólio uma forma de

narrativa elaborada pelo aluno que favorece uma auto análise do profissional em formação

com critério de pessoalidade única.

O portfólio sendo um meio de comunicação entre o professor e o aluno pode indicar,

mais verdadeiramente, o que e o como o profissional elabora suas representações durante a

formação.

Portanto, nas perspectivas apresentadas, pretendemos verificar a inserção do uso de

portfólio na prática pedagógica reflexiva durante a formação de professores na graduação de

educação física.

2.2 Pensamento Reflexivo

Alarcão (1996), considerando sobre o pensamento reflexivo, expressa a definição de

Dewey que denomina por pensamento reflexivo a melhor maneira de pensar e define-o como

sendo a espécie de pensamento que consiste em examinar mentalmente o assunto e dar-lhe

consideração séria e consecutiva.

Nos contextos educacionais o pensamento reflexivo deve permear a formação docente,

tendo em vista uma compreensão mais ampla da realidade e do universo da aprendizagem.

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Saber quais objetivos pretende atingir através da aprendizagem são características

indispensáveis aos professores, dialogando com o que pretende ensinar o faz pensar

reflexivamente, atribuindo um valor a sua ação docente.

Dewey definiu a ação reflexiva como sendo uma ação que implica consideração ativa,

persistente e cuidadosa daquilo em que se acredita ou que se pratica, à luz dos motivos que o

justificam e das consequências a que conduz. Zeichner (1993 p. 18).

Uma forma de relacionar as condições e propor ações que respondam aos problemas

pode ser entendida como uma ação reflexiva. A reflexão não é nenhum conjunto de técnicas

que possa ser empacotado e ensinado aos professores, como alguns tentaram fazer.

A atual literatura sobre a prática reflexiva diz que a reflexão é um processo que ocorre

antes e depois da ação e, em certa medida, durante a ação, pois os práticos tem conversas

reflexivas com as situações que estão a praticar, enquadrando e resolvendo problemas na

ação. Zeichner (1993 p. 20)

2.3 Avaliação formativa

Para fundamentar o pensamento da avaliação formativa, Hadji (2001) afirma que esta

forma de avaliação situa-se no centro da ação de formação. Sua principal função deveria ser

contribuir para uma boa regulação da atividade de ensino, ou de formação em um sentido

mais amplo.

Ainda segundo o autor, neste processo, toda construção de ensino aprendizagem

verifica-se sob um contexto pedagógico de inter relação dos conteúdos, da didática, dos

saberes oriundos da experiência do aluno sendo portando uma pedagogia diferenciada.

A característica principal deste tipo de avaliação é a intenção do avaliador no sentido

de torná-la útil pedagogicamente.

Vasconcelos (1998) aponta o cuidado para que a avaliação não seja desmotivadora ao

aluno, sucumbindo em sua formação um momento de reflexão sobre sua aprendizagem.

Exemplifica claramente ao comparar a motivação de uma criança da educação infantil e

alguns anos mais tarde, para onde foi o desejo de conhecer, representando sua percepção

sobre a preocupação de seus professores apenas com sua nota e não com sua aprendizagem.

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A avaliação que queremos é aquela que ajuda o aluno a aprender e o professor a

ensinar. PERRENOU (1993) apud VASCONCELOS (1998 p. 83)

Neste processo a avaliação deve servir para que o professor perceba as necessidades de

aprendizagem de seus alunos a fim de superá-las no decorrer de sua formação.

Ainda com Hadji (2001, p. 45) pode dizer que:

Avaliar não consiste pois, simplesmente, em medir esse desempenho, mas em dizer

em que medida ele é adequado, ou não, ao desempenho que se podia esperar desse

aluno.

É através da avaliação formativa que se pretende analisar a fundo a formação através

de um levantamento de informações sobre o processo ensino aprendizagem com uso de

Portfólio.

3 Justificativa

Sabe-se que nos últimos anos o emprego do Portfólio tem apresentado resultados e

avanços no processo de avaliação da aprendizagem. Porem utilizá-lo durante o processo de

aprendizagem há diminuta referência. Procurar-se-á realizar, com a pesquisa a utilização do

portfólio como meio de formação reflexiva em Educação Física.

4 Problema

A inquietação para realização da pesquisa refere-se ao fato de a pesquisadora trabalhar

especificamente na disciplina Prática como Componente Curricular na licenciatura em

Educação Física e deseja alcançar melhor qualidade de ensino na área. Busca-se, pela

pesquisa verificar se: O portfólio assegura a formação reflexiva dos professores de Educação

Física?

11

5 Objetivos

5.1 Objetivo Geral

Analisar a utilização do Portfólio na formação reflexiva dos professores de Educação

Física em um curso de Licenciatura em Educação Física.

5.2 Objetivos Específicos

Orientar e acompanhar o processo de elaboração do Portfólio com o desenvolvimento

dos conteúdos de Educação Física na disciplina Prática como Componente Curricular.

Verificar a possibilidade da elaboração do Portfólio para a compreensão dos conteúdos

de Educação Física e a importância do desenvolvimento da formação reflexiva.

6 Metodologia da Pesquisa

A pesquisa terá orientação Fenomenológica hermenêutica que confia no processo

lógico da interpretação e na capacidade de reflexão do pesquisador. (TEIXEIRA, 2000). A

escolha pela natureza qualitativa justifica-se por preocupar-se com a compreensão,

interpretação do fenômeno considerando o significado que os sujeitos dão as suas práticas

GONSALVES, (2005).

Este estudo de caso se realizará em um curso de Licenciatura em Educação Física na

cidade de Tupã – SP. Os atores deste estudo serão vinte sujeitos, alunos do curso de

Licenciatura em Educação Física cursando terceiro termo (semestre).

O processo será conduzido e orientado durante um semestre letivo na disciplina

Prática como Componente Curricular em que os portfólios serão observados em dois

momentos principais, no final do primeiro e segundo bimestres para o acompanhamento dos

registros.

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6.1 Procedimentos de coleta de dados

Para o procedimento de coleta de dados o estudo será conduzido da seguinte forma:

A escolha dos atores do estudo ocorrerá sob a análise de seu desempenho nas

disciplinas Pratica como Componente curricular II e O ensino da Educação Física para

Crianças concluídas no segundo termo, sendo estudados vinte sujeitos. Como critério de

escolha optou-se por dez sujeitos com média semestral acima de oito, e dez com média

semestral entre cinco e sete. Para o procedimento de escolha a Instituição conta com o

Sistema Sophia Acadêmico que será disponibilizado à pesquisadora. Este sistema filtra

somente os dados solicitados no caso o desempenho acadêmico dos alunos nas disciplinas

sugeridas.

No primeiro contato com os sujeitos do estudo será aplicada a entrevista inicial para

verificar sua formação na Educação Básica, seus anseios no Ensino Superior e suas

expectativas em relação ao curso.

Em seguida, na implantação do Portfólio será realizado um levantamento da literatura

sobre Portfólio e sua utilização a fim de, orientar os sujeitos do estudo sobre sua construção,

conteúdos de Educação Física e sua função pedagógica.

Para avaliar a elaboração do Portfólio no final do primeiro e segundo semestres, serão

utilizados alguns dos critérios desenvolvidos por VILLAS BOAS (2004, p. 75): cumpre os

propósitos gerais; cumpre o propósito específico; apresenta organização que facilita sua

compreensão; foi construído ao longo do semestre; apresenta avaliação final do trabalho.

Villas Boas (2004) apud TORRES (2008).

Especificamente no final do semestre, serão analisados os relatórios finais dos

portfólios para verificar os objetivos específicos deste estudo, e aplicada a segunda entrevista.

As entrevistas serão gravadas e transcritas como meio de verificar qualitativamente na

formação dos professores de educação física se o portfólio assegura a formação reflexiva.

6.2 Procedimentos de análise de conteúdo

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Serão analisados para dar suporte ao estudo o Projeto Pedagógico do Curso,

especificamente o conteúdo das ementas das disciplinas e suas funções na formação dos

professores de Educação física.

Para as entrevistas, será realizada a textualização descrita por GARNICA (2008),

através da transcrição dos relatos dos alunos, rearticulação discursiva, exclusão de vícios de

oralidade, de reordenação – reorganização dos relatos, tornando o texto mais fluente.

O ponto de partida da Análise de Conteúdo é a mensagem, seja ela verbal (oral ou escrita), gestual, silenciosa, figurativa, documental ou diretamente provocada. Necessariamente, ela expressa um significado e um sentido. FRANCO (2005 p.13)

Através da técnica de análise de conteúdo proposta por FRANCO (2005), serão

analisados os relatos de experiência na utilização do portfólio como espaço para reflexão,

representados na avaliação final dos alunos descritas no Portfólio e a construção de

conhecimentos a partir de sua prática.

7 Cronograma

ATIVIDADES 2011

FEV

2011

MA

R

2011

ABR

2011

MAI

2011

JUN

2011

JUL

2011

AG

O

2011

SET

2011

OUT

2011

NOV

2011

DEZ

2011

Levantamento Bibliográfico

X X X X X X X X X X X

Encaminhar projeto para Comitê de ética

X

Elaboração dos instrumentos de pesquisa

X X

ATIVIDADES 2012

FEV

2012

MAR

2012

ABR

2012

MAI

2012

JUN

2012

JUL

2012

AG

O

2012

SET

2012

OUT

2012

NO

V

2012

DEZ

2012

Coleta de dados X X X X X

Análise dos Portfólios X X

Realização das Entrevistas X X

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Análise e confronto dos Relatórios de Avaliação com as Entrevistas

X X X

Preparação do relatório de pesquisa

X X X

Exame de Qualificação X

Redação do Trabalho Final

X X

Defesa X

Referencial

ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003.

ALARCÃO, I. Formação Reflexiva de Professores – Estratégias de Supervisão. Porto: Porto Editora, 1996.

BARROS, H. F.; SCHEIDE, T. J. F. Portfólio: uma proposta de avaliação e formação docente. In: GEBRAN, R. A. Ação docente no cotidiano da sala de aula: práticas e alternativas pedagógicas. São Paulo: Arte & Ciência, p. 67-78, 2009.

HADJI, C. A avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

FRANCO, M. L. P. B. Análise de Conteúdo. Brasília, 2ª edição: Liber Livro Editora, 2005.

GARNICA, A. V. M. G, Um ensaio sobre as concepções de professores de Matemática: possibilidades metodológicas e um exercício de pesquisa. Educ. Pesquisa, vol. 34, nº 3, São Paulo, Sept/Dec. 2008.

GONSALVES, E. P. Iniciação a Pesquisa Científica. Campinas: Alínea, p. 61-73, 2005.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez Editora, 1994.

SÁ-CHAVES, I. (Org.) Os “portfólios” reflexivos (também) trazem gente dentro: reflexão em torno do seu uso na humanização dos processos formativos. Porto: Porto Editora, 2005.

SÁ-CHAVES, I. Portfólios reflexivos. Aveiro, Portugal: Universidade de Aveiro, 2000. (Cadernos didáticos, n. 1).

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_____. Portfólios reflexivos: estratégia de formação e de supervisão. Aveiro: Universidade de Aveiro, 2000b. (Cadernos didáticos, Série Sup. 1).

SCHÖN, D. Educando o profissional reflexivo. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TORRES, S. C. G. Portfólio como instrumento de aprendizagem e suas implicações para a prática pedagógica reflexiva. In: Rev. Diálogo Edu., Curitiba, v. 8, n. 24, p. 549-561, maio/ago. 2008.

VASCONCELOS, C. dos S. Superação da Lógica Classificatória e excludente da Avaliação- do “é proibido reprovar” ao é preciso garantir a aprendizagem. São Paulo: Libertad, 1998.

VILLAS BOAS, B. M. de F. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.

ZEICHNER, K. M. A formação Reflexiva de Professores: Ideias Práticas. Lisboa, Educa, 1993.

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APÊNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIMENTO (TCLE)

A pesquisadora Noeli Cristina Alvim, Professora em um Curso de Licenciatura em Educação Física, Especialista e Mestranda em Educação vêm através deste solicitar a autorização de Vossa Senhoria para a publicação de dados obtidos através de sua participação nesta pesquisa.

“O Portfólio na Formação Reflexiva dos Professores de Educação Física”.

Pretende-se através deste estudo verificar o uso do portfólio na prática pedagógica reflexiva durante a formação de professores em um Curso de Licenciatura em educação física.

1 Objetivos

1.1 Objetivo Geral

Analisar a utilização do Portfólio na formação reflexiva dos professores de Educação

Física em um curso de Licenciatura em Educação Física.

1.2 Objetivos Específicos

Orientar e acompanhar o processo de elaboração do Portfólio com o desenvolvimento

dos conteúdos de Educação Física na disciplina Prática como Componente Curricular.

Verificar a possibilidade da elaboração do Portfólio para a compreensão dos conteúdos

de Educação Física e a importância do desenvolvimento da formação reflexiva.

O Presente trabalho inicia-se com uma pesquisa bibliográfica a respeito do Portfólio na Formação Reflexiva de Professores de Educação Física, abordando, através das atividades de Prática como componente Curricular analisar as vivências destes professores em formação no ambiente escolar apresentadas em seus Portfólios.

Como instrumento de coleta dos dados o referido trabalho utiliza a entrevista em dois momentos no primeiro analisar-se-ão as condições em que este professor em formação inicia sua vida acadêmica no ensino superior, no segundo momento a formação reflexiva como resultado de suas vivencias nas aulas de educação física no ambiente escolar a serem relatadas em seus portfólios, utilizar-se-á ainda a analise de conteúdo onde pretende-se extrair aspectos que de acordo com a bibliografia estudada expressem a formação reflexiva, paralelamente a analise documental dos currículos e ementa da disciplina Pratica

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como componente curricular. Neste sentido, os resultados obtidos serão transcritos, analisados e comparados.

Esclarecimentos:

A pesquisadora oferece garantia de sigilo quanto à confidencialidade das

informações coletadas nesse estudo, estas informações caberão apenas à pesquisadora. Os

nomes dos participantes não serão em hipótese alguma divulgados ou publicados.

Serão respeitadas a autonomia e a dignidade dos participantes.

Os participantes poderão, a qualquer momento, solicitar informações e

esclarecimentos sobre a pesquisa.

Os participantes submeter-se-ão as entrevistas em fevereiro para delinear seu

perfil e em junho para relatar suas experiências na elaboração dos Portfólios que serão

analisados em Abril e Junho.

Os participantes irão contribuir para a análise de seus trabalhos para

verificação sobre o Portfólio na Formação Reflexiva dos Professores de Educação Física.

Não haverá nenhum tipo de despesa para o sujeito participante da entrevista,

deste modo, nada será pago.

As pesquisadoras colocam-se a disposição para quaisquer esclarecimentos.

Drª. Helena Faria de Barros docente do Programa de Pós Graduação Mestrado em Educação

da Universidade do Oeste Paulista, e-mail: helenabarros@uol.com.br Tel. (18) 3223-4467 e

Noeli Cristina Alvim mestranda em educação pela Universidade do Oeste Paulista, e-mail:

noelialvim@hotmail.com Tel. (14) 3404-3030

Comitê de Ética na Pesquisa – UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista -

Rodovia Raposo Tavares, Km 572 - Bairro Limoeiro Pres. Prudente/SP – CEP 19.067-175

Telefone: (18) 3229 2077 .

Nome do participante: _____________________________________________

RG____________________

________________________Assinatura do Participante

Tupã ___ de ____________ de 2012.

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APÊNDICE II

Roteiro de Entrevista 1

1. Sobre sua formação, onde cursou o Ensino Fundamental e Médio?

2. Há quanto tempo concluiu o Ensino Médio?

3. Pode qualificar como era seu desempenho no Ensino Médio, em uma escala de

insatisfatório, regular, satisfatório ou muito bom?

4. Como e quando decidiu entrar no Ensino Superior?

5. Quanto à escolha do Curso, quais os principais motivos o influenciaram na escolha

e quais eram suas opções?

6. Qual é sua expectativa quanto a sua formação em Educação Física?

7. O que considera fundamental durante sua formação?

8. O que mais gosta de fazer desde seu ingresso no curso de Licenciatura em

Educação Física?

9. Você tem hábito de leitura? No ultimo ano quantos livros leu?

10. O que você entende sobre: Ser professor?

11. O que é Portfólio?

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APÊNDICE III

Roteiro de Entrevista 2

1. Comente como foi sua experiência na elaboração do Portfólio?

2. Durante todo o semestre, encontrou dificuldade em alguns momentos? Quais foram

suas dificuldades?

3. Se pudesse avaliar seu trabalho, você o consideraria: insatisfatório, regular,

satisfatório ou muito bom e quais critérios utilizou para esta avaliação?

4. O que você entende sobre professor reflexivo?

5. Você considera que após este trabalho seu olhar sobre sua formação o faz pensar

que...