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e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS Curso: Licenciatura em Filosofia Organizador(es): Prof. Ms. Amarildo Fernandes Pessoa Prof.ª Ms. Ana Kelly Ferreira Souto Prof. Ms. Antônio Carlos dos Santos Guimarães Profª Dra. Eliana Borges Fleury Curado Prof. Dr. José de Oliveira Barbalho Profª. Dra. Maria José Pereira Rocha Prof. Ms. Mardônio Pereira da Silva Prof.ª Ms. Polliana Pires do Carmo Alves Rocha Prof. Ms. Waldir Souza Guimarães

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Page 1: e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS Curso: … · Conteúdo avaliado: Teoria do conhecimento e Metafísica ... REALE, G. História da ... na Ética de Aristóteles

e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS

Curso: Licenciatura em Filosofia

Organizador(es): Prof. Ms. Amarildo Fernandes Pessoa Prof.ª Ms. Ana Kelly Ferreira Souto Prof. Ms. Antônio Carlos dos Santos Guimarães Profª Dra. Eliana Borges Fleury Curado Prof. Dr. José de Oliveira Barbalho Profª. Dra. Maria José Pereira Rocha Prof. Ms. Mardônio Pereira da Silva Prof.ª Ms. Polliana Pires do Carmo Alves Rocha Prof. Ms. Waldir Souza Guimarães

Page 2: e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS Curso: … · Conteúdo avaliado: Teoria do conhecimento e Metafísica ... REALE, G. História da ... na Ética de Aristóteles

SUMÁRIO

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 03

Autor(a): WALDIR GUIMARÃES QUESTÃO DISCURSIVA Nº 04

Autor(a): ELIANA CURADO

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 05

Autor(a): ANTÔNIO GUIMARÃES

QUESTÃO Nº 09

Autor(a): ELIANA CURADO

QUESTÃO Nº 10

Autor(a): WALDIR GUIMARÃES QUESTÃO Nº 11

Autor(a): WALDIR GUIMARÃES QUESTÃO Nº 12

Autor(a): AMARILDO QUESTÃO Nº 13

Autor(a): BARBALHO

QUESTÃO Nº 14

Autor(a): ELIANA CURADO QUESTÃO Nº 15

Autor(a): BARBALHO

QUESTÃO Nº 16

Autor(a): WALDIR GUIMARÃES QUESTÃO Nº 17

Autor(a): BARBALHO

QUESTÃO Nº 18

Autor(a): WALDIR GUIMARÃES QUESTÃO Nº 19

Autor(a): AMARILDO

QUESTÃO Nº 20

Autor(a): ZEZÉ

QUESTÃO Nº 21

Autor(a): BARBALHO

QUESTÃO Nº 22

Autor(a): COLEGIADO DE FILOSOFIA

QUESTÃO Nº 23

Autor(a): AMARILDO

QUESTÃO Nº 24

Page 3: e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS Curso: … · Conteúdo avaliado: Teoria do conhecimento e Metafísica ... REALE, G. História da ... na Ética de Aristóteles

Autor(a): BARBALHO QUESTÃO Nº 25

Autor(a): AMARILDO

QUESTÃO Nº 26

Autor(a): MARDÔNIO

QUESTÃO Nº 27

Autor(a): ELIANA CURADO

QUESTÃO Nº 28

Autor(a): ANTÔNIO GUIMARÃES

QUESTÃO Nº 29

Autor(a): AMARILDO

QUESTÃO Nº 30

Autor(a): WALDIR GUIMARÃES

QUESTÃO Nº 31

Autor(a): POLLIANA

QUESTÃO Nº 32

Autor(a): POLLIANA

QUESTÃO Nº 33

Autor(a): ANA KELLY QUESTÃO Nº 34

Autor(a): POLLIANA

QUESTÃO Nº 35

Autor(a): ANA KELLY

Page 4: e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS Curso: … · Conteúdo avaliado: Teoria do conhecimento e Metafísica ... REALE, G. História da ... na Ética de Aristóteles

QUESTÕES DISCURSIVAS

QUESTÃO Nº 03

Gabarito:

O que está em jogo é o problema do conhecimento. Segundo Kant, esse problema se

resolve mediante uma mudança radical de perspectiva, onde o centro é o sujeito, e

não mais o objeto. Esta mudança é denominada por ele "revolução copernicana", ou

seja, não é o sujeito que gira em torno do objeto, mas o contrário: é o objeto que deve

girar em torno do sujeito. Noutros termos, no sujeito, e não no objeto, estão as

condições de possibilidade de todo conhecimento possível.

Tipo de questão: mediana

Conteúdo avaliado: Teoria do Conhecimento

Autor(a): WALDIR SOUZA GUIMARÃES

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Comentário: O problema do conhecimento em Kant aparece especificamente na

disciplina Panorama Histórico: Teorias do conhecimento. A metodologia utilizada

incluiu aulas expositivas e apresentações em seminário.

Referências: O tema pode ser estudado/consultado na obra: Crítica da Razão Pura,

de I. KANT.

QUESTÃO Nº 04

Gabarito: ----

Tipo de questão: mediana

Conteúdo avaliado: Teoria do conhecimento e Metafísica

Autor(a): ELIANA BORGES FLEURY CURADO

Comentário: A presença inevitável das sensações/ das percepções / dos dados sensíveis no processo do conhecimento sobre o suposto fundamento essencial do mundo; pode ser abordada no item a. O aluno pode discorrer sobre: a supervalorização da ciência; e a crítica ao reducionismo e a pretensão à objetividade plena da ciência. O item b: “Discorra sobre esse tipo de investigação”. Pode-se considerar a seguintes investigações: a de Nietzsche (já que o enunciado limita a resposta ao fragmento em destaque, de Nietzsche) ou aquela que Nietzsche critica. Considerando a segunda possibilidade, a disciplina Filosofias da Existência e Fenomenologia contempla os conceitos de representação e coisa em si que estão presentes na teoria do conhecimento de Kant e, por extensão, no pensamento de Schopenhauer, filósofo estudado na disciplina.

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A disciplina trata, ainda, do projeto husserliano de fundar uma ciência do rigor. Embora o projeto de Husserl seja posterior à crítica de Nietzsche e, obviamente, não seja contemplada nela, Husserl representa o apogeu exatamente daquilo que Nietzsche quer denunciar como um projeto falido. Referências: HUSSERL, E. A filosofia como ciência do rigor. Coimbra: Atlântida, 1965. KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2007. ROSSI, Paolo. A ciência e a filosofia dos modernos. São Paulo: UNESP, 1992.

QUESTÃO Nº 05

Gabarito:

a). Platão tinha uma concepção organicista da sociedade, compreendendo a cidade

como um organismo vivo, dividido em três partes, com funções específicas. Dessa

forma, a parte irracional concupiscente era representada pelos artesãos, agricultores

e comerciante, que buscam a satisfação das necessidades básicas e tem como

característica a temperança; a parte irracional irascível era representada pelos

soldados, regidos pelos impulsos e afetos e responsáveis por proteger a cidade. O

governo da cidade compete à parte racional caracterizada pela sabedoria.

b). Para Platão, o racional e governante deve ser o filósofo, que após 50 anos de

idade, passou por diversas experiências, estudos e preparos para a arte de governar

com sabedoria e experiência. Assim, o governo era para poucos e não uma decisão

“popular” como a proposta da democracia.

c). Platão critica a democracia de seu tempo por ser baseada na participação direta

dos cidadãos, que votavam sobre matérias das quais não tinham conhecimento. A

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falta de formação política dos cidadãos fazia com que fossem facilmente manipulados

pelos oradores, sofistas e políticos oligarcas.

Tipo de questão: difícil

Conteúdo avaliado: O conteúdo da questão está sendo ministrado na disciplina

História da Filosofia I, corresponde ao tópico 10 do conteúdo programático: Estudo da

República platônica

Autor(a): ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS GUIMARÃES

Comentário: O enunciado está no Livro I da República, na famosa discussão entre

Sócrates e o sofista Trasímaco sobre a justiça. O texto dissertativo solicitado ao

estudante, sobre a arte de governar, deve levar em consideração três aspectos:

a) Na República, Platão se propõe a construir em imaginação uma cidade como se

fosse um organismo vivo composto por três partes, sendo estas um reflexo da alma

humana. A parte concupiscível da alma, corresponde na cidade aos camponeses,

artesãos e comerciantes, responsáveis pela produção dos bens; a parte irascível da

alma corresponde aos soldados, responsáveis pela defesa da cidade; já a parte

racional corresponde aos filósofos, ou seja, àqueles que governam a cidade; tais

partes da alma e cidade têm como virtudes a temperança, a coragem e a sabedoria,

respectivamente, sendo a justiça o ponto de equilíbrio, a saúde da alma e na cidade

quando cada um cumpre bem sua função;

b) O papel do filósofo na cidade é muito relevante, justamente a República se propõe

a descrever todo um processo de educação do governante filósofo, preparado ao

longo de muitos anos, através de provas e estudos voltados, não para o bem próprio,

como defende Trasímaco, mas para a sabedoria e o bem da cidade;

c) daí que Platão, por entender que a principal base para um governo bem sucedido é

o conhecimento, criticava sobremaneira a democracia do seu tempo, regime baseado

no critério da maioria, nos sorteios para ocupação de cargos importantes e na

participação direta dos cidadãos, os quais nem sempre tinham uma formação política

para atuarem; para Platão a maioria não é critério de verdade.

Referências: PLATÃO. A República. Trad. Maria Helena da R. Pereira. Lisboa:

Fundação Calouste Gulbenkian, 1949.

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REALE, Giovanni e ANTISERI, Dario História da Filosofia Antiga . Vol. 1: Filosofia

pagã antiga. Trad. Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus, 2003.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO Nº 09

Gabarito: A

Tipo de questão: sem classificação

Conteúdo avaliado: A resposta A do gabarito oficial (trata-se de um postulado metafísico) não está contemplada no trecho selecionado. Dizer que a sentença tudo é água “enuncia algo sobre a origem das coisas” não é o mesmo que afirmar, de modo inconteste, que seja

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metafísica. O pensamento científico faz o mesmo e não é metafísico. O mesmo vale para a segunda razão apresentada por Nietzsche: enuncia algo sobre a origem das coisas sem fabulação e imagem. Igualmente, a terceira razão (a proposição universaliza) também é definidora do conhecimento científico. Sendo assim, onde está, no parágrafo em destaque (limite da reposta, já que o enunciado diz “de acordo com o texto acima”), a resposta A (postulado metafísico) de forma clara e inconteste? Se a questão prevê um conhecimento de Nietzsche que vá além do que o texto selecionado apresenta, então está igualmente mal formulada.

Autor(a): ELIANA BORGES FLEURY CURADO

Comentário: o conteúdo é contemplado no módulo Metafísica. Referências: O texto selecionado encontra-se no volume 1 (Os Pré-Socráticos) da Coleção os Pensadores, na seção “Crítica Moderna”, sobre o pensamento de Tales de Mileto. Outras referências: KIRK, G. et alii. Os filósofos pré-socráticos. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994. REALE, G. História da Filosofia Antiga. São Paulo: Loyola, 1993.

QUESTÃO Nº 10

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Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Ética Grega

Autor(a): WALDIR SOUZA GUIMARÃES

Comentário: A questão diz respeito ao conceito de virtude, conceito esse fundamental

na Ética de Aristóteles. A virtude é entendida pelo Filósofo como o meio-termo, ou

ponto intermediário, entre dois extremos ou dois vícios: um por falta e outro por

excesso. Esse tema é estudado no módulo ETICA.

Referências: Aristóteles. Ética a Nicômaco: Aristóteles. São Paulo: Martin Claret,

2007.

QUESTÃO Nº 11

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Gabarito: C

Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Lógica Formal

Autor(a): WALDIR SOUZA GUIMARÃES

Comentário: Trata-se da Lógica Aristotélica, que é o modo de pensar fundado em assertivas categóricas e universais reconhecidas pela inteligência natural. Como se sabe, a Lógica Formal se opõe à Lógica Dialética, onde nenhuma afirmação absoluta é possível. Referências: ARISTÓTELES, Organon. Lisboa: Guimarães Editores, 1986.

QUESTÃO Nº 12

Gabarito: E

Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Cartas sobre a educação estética da humanidade.

Autor(a): Ms. AMARILDO FERNANDES PESSOA

Comentário: A questão da liberdade é um tema fundamental na obra de Schiller. Contra a pressão

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do utilitarismo produzido pela moda do tempo o artista deve ser livre. Esta independência das forças exteriores é fundamental no processo criativo. O conteúdo foi trabalhado em forma de aula expositiva e os alunos apresentaram um trabalho comparativo com os princípios do romantismo contidos na letra da nona sinfonia de Beethoven.

Referências: REALE, Giovani. História da Filosofia: Do Romantismo até nossos dias/ Giovani Reali, Dário Antiseri; - São Paulo: Paulinas, 2003.

QUESTÃO Nº 13

Gabarito: E

Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Filosofia Medieval

Autor(a): JOSÉ DE OLIVEIRA BARBALHO

Comentário: Primeiro lemos o texto do grande filósofo medieval. Em seguida,

passamos ao enunciado. Este afirma que Tomás de Aquino, na quarta via, alia dois

princípios da filosofia antiga: o primeiro, já dado, é o de causalidade (Aristóteles); o

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segundo é o que temos que procurar entre as alternativas propostas. Aprendemos

que a filosofia medieval recebeu duas grandes contribuições da filosofia antiga: o

platonismo/neoplatonismo e o aristotelismo. Após relermos o texto fica evidente que o

princípio é o da participação (platonismo/neoplatonismo), pois Tomás afirma: “mais e

menos se dizem das coisas diversas, conforme elas se aproximam diferentemente

daquilo que é em si o máximo”.

Referências:

GARDEIL, Henri-Dominique. Iniciação à filosofia de São Tomás de Aquino. São

Paulo: Paulus, 2013.

GILSON, E. A filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 2013

LIBERA, A. de. A filosofia medieval. São Paulo: Loyola, 1998.

QUESTÃO Nº 14

Gabarito: C

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado:

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O problema dos universais, que pode ser abordado (ou percebido) tanto do ponto de vista metafísico, quanto lógico.

Autor(a): ELIANA BORGES FLEURY CURADO

Comentário: o problema dos universais é tanto de natureza ontológica quanto lógica. O que está em questão é a definição daquilo que os filósofos medievais chamavam de “universais”: ideias que abrangem - ou representam – todos os elementos de uma classe, isto é, ideias que são definidoras de uma classe. O problema é relevante, pode ser traduzido pela relação entre palavra, pensamento e coisa e envolve problemas secundários: os universais existem? Se existem, como existem? Os universais são coisas ou nomes? Se as coisas a que os universais se referem deixarem de existir, eles continuarão existindo? Platão entendia que as ideias universais existem em si mesmas. Essa abordagem do problema é metafísica: o ser é pensamento. Aristóteles apresenta uma solução contrária à de seu mestre: os universais são nomes. Não têm, portanto, existência em si mesmos. Abelardo propõe uma terceira via, recusando tanto o realismo platônico quanto o nominalismo aristotélico. Para ele, os universais são conceitos. A segunda asserção enunciada é falsa porque não há coisas universais. Exatamente porque o universal é conceitual, não é coisa, mas refere-se a coisas. Isto está presente, de modo claro, no primeiro período do texto em destaque: os universais não são coisas, são palavras.

Referências: ABELARDO. Lógica para principiantes. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção Os Pensadores. GILSON, E. A filosofia medieval. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

QUESTÃO Nº 15

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Gabarito: B

Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Filosofia Política (Spinoza)

Autor(a): Dr. JOSÉ DE OLIVEIRA BARBALHO

Comentário: Primeiro, lemos o texto de Spinoza. Em seguida, passamos ao

enunciado. Percebemos duas asserções e a questão consiste em saber se a segunda

asserção é uma justificativa correta da primeira. Voltamos ao texto que havíamos lido

anteriormente: verificamos que as duas asserções são verdadeiras. No entanto, a

segunda não é uma justificativa correta da primeira. Por quê? Porque ela apenas

enuncia alguns atributos do estado de súditos. A primeira asserção fornece algumas

características do estado de súditos e estado de escravos.

Referências:

DELBOS Victor. Problema Moral na Filosofia de Spinoza e História do Spsinozismo.

São Paulo: FGV editora, 2015.

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GARREt, Don. Spinoza. São Paulo: Ideias & Letras, 2011.

BARTUSCHAT, Wolfgang. Espinosa. Porto Alegre: grupo a, 2010.

QUESTÃO Nº 16

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Ética Moderna

Autor(a): WALDIR SOUZA GUIMARÃES

Comentário: Comentário: Em sua Fundamentação da Metafísica dos Costumes Kant

busca o princípio formal para uma ética que possa ser considerada universal. Esse

princípio, segundo ele, é a Boa Vontade, a qual se funda no Imperativo Categórico ou

lei moral de toda ação prática.

Referências:

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes e outros escritos. São

Paulo: Martin Claret, 2004.

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QUESTÃO Nº 17

Gabarito: A

Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Filosofia cartesiana (Filosofia da Mente)

Autor(a): Dr. JOSÉ DE OLIVEIRA BARBALHO

Comentário: Primeiro, lemos o texto de Descartes. O que encontramos nele? Dois

conceitos clássicos da filosofia: a alma e o corpo. Nesse caso, aprendemos que o

primeiro pode se referir à mente. Esta, por sua vez, diz respeito ao pensamento ou à

consciência. No caso do corpo, aprendemos relacioná-lo com o cérebro. Sendo

assim, Descartes adota a posição segundo a qual os nossos estados de consciência

não dependem das atividades neuronais ou de qualquer processo físico. Será isso

verdade? Eis uma questão intrigante da filosofia da mente. Atualmente, a

neurociência tem abordado algumas questões que eram tratadas tradicionalmente

pela filosofia da mente. Pode alguém em coma, por exemplo, desejar, recordar,

imaginar, pensar?

Referências:

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COTTINGHAM, John. Descartes. São Paulo: Ideias & Letras, 2009.

DE BUZON, Frederic. Vocabulário de Descartes. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

GOMBAY, André. Descartes. Porto Alegre: grupo a, 2008.

QUESTÃO Nº 18

Gabarito: D

Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Filosofia Analítica da Linguagem

Autor(a): WALDIR SOUZA GUIMARÃES

Comentário: Segundo Wittgenstein, o verdadeiro sentido das palavras se encontra no contexto em que estas são usadas. Isto constitui a Teoria do Uso Linguístico, que é uma forma pragmática de pensar ou explicar a linguagem em suas diferentes formas de manifestação, seja esta filosófica ou não.

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Referências: WITTGENSTEIN, Ludwig. Tractatus logico-philosophicus. São Paulo: Edusp, 1961. WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas. São Paulo: Abril Cultural, 1999.

QUESTÃO Nº 19

Gabarito: B

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado:

Autor(a): Ms. AMARILDO FERNANDES PESSOA

Comentário: O referencial teórico principal desta questão é a ideia do existencialismo em Sartre que rejeita a posição da metafísica tradicional de uma essência humana Pré-existente. Heidegger crítica a proposta de Sartre, afirmando que ele só inverte a frase: a essência precede a existência, ele propõe repensar o ser, uma vez que nossa civilização só se ocupa do ente. Conteúdo trabalhado em sala em forma de seminário.

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Referências: SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

QUESTÃO Nº 20

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Filosofia Contemporânea - Subjetividade e atualidade

Autor(a): MARIA JOSÉ PEREIRA ROCHA

Comentário: A referida questão contempla o conteúdo ministrado na disciplina

Seminário: Subjetividade e atualidade, principalmente na última unidade relacionada

ao pragmatismo de Richard Rorty. Este autor afirma que ironista liberal é alguém que,

consciente da contingência da linguagem, estaria pronto a ironizar a busca de um

vocabulário final, pronto para rir e aprender como o diálogo, aceitando a relatividade

essencial das atividades humanas (RORTY,1999, p.107). Rorty sinaliza que usa o

termo “ironista” para designar o tipo de pessoa que enfrenta a contingência de suas

convicções e seus desejos mais centrais – alguém suficientemente historicista e

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nominalista para abandonar a ideia de que essas convicções e esses desejos centrais

remontam a algo fora do alcance do tempo e do acaso. 0s ironistas liberais são

pessoas que incluem entre esses desejos, impossíveis de fundamentar, sua própria

esperança de que o sofrimento diminua, de que a humilhação dos seres humanos por

outros seres humanos possa cessar. (RORTY, 2007, 18)

Referências:

RORTY, Richard. Contingência, ironia e solidariedade. Tradução Vera Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

RORTY, Richard. Filosofia como política cultural. Tradução João Carlos Pijnappel. São Paulo: Martins Fontes, 2009. p. 335.

ARAÚJO, Inês Lacerda; CASTRO, Susana de. Richard Rorty: filósofo da cultura. Curitiba: Champagnat, 2008.

QUESTÃO Nº 21

Gabarito: A

Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Filosofia da Ciência

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Autor(a): JOSÉ DE OLIVEIRA BARBALHO

Comentário: Primeiro, lemos o texto de Popper. Notamos que ele apresenta um

critério que demarca o campo científico do não-científico. O que torna um

conhecimento científico? O que é comprovado pela experiência? Resposta negativa,

para Popper. Comprovamos, por exemplo, que o cisne de número 5781 é branco. Daí

não se segue que todos os cisnes são brancos. Ele argumenta que, para validar a

teoria, esta deve estar aberta para conjecturas; nesse caso, para suposição de que

pode existir cisne negro. Em outras palavras, um sistema é pseudocientífico ou um

mito quando ele recusa admitir que a experiência pode contestá-lo. O critério de

demarcação, portanto, é o da falseabilidade: ou seja, “uma teoria mantém-se válida

até que seja possível refutá-la”. Logo, as alternativas corretas são I e II. Não é III,

porque, como vimos, Popper nega o verificacionismo. Não é IV, pois, se a teoria

científica está aberta a conjecturas, então ela não é uma verdade absoluta.

Referências:

MARCONDES, D. Textos Básicos de Filosofia da Ciência. A Revolução Científica. Rio

de Janeiro: Zahar, 2016.

POPPER, K. R. Textos escolhidos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010.

ROSENBERG, Alex. Introdução à Filosofia da Ciência. São Paulo: Loyola, 2009.

QUESTÃO Nº 22

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Gabarito: B

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Módulo sobre Ética – Filosofia Contemporânea. Levinas acredita que a filosofia primeira é a Ética.

Autor(a): Colegiado de Filosofia

Comentário: “Ética como filosofia primeira”, marca distintiva da originalidade do pensamento levinasiano, estabelece uma nova significação para a “filosofia primeira”, fundamentalmente na significação do “autrement qu’être”, como também na significância “an-árquica” da ética. A orientação dada por Lévinas para o ético não se liga ao conceito de Ética presente na tradição filosófica ocidental, no qual a ética é derivada de um conhecimento ou da “Razão como faculdade do universal”, sendo a ética uma “camada superposta ao ser”. Em Lévinas, Ética é um termo preciso, não podendo ser confundido com a habitual “filosofia moral”, nem com a axiologia (filosofia dos valores), pois, “o fato ético – no dizer levinasiano – não deve nada aos valores, mas são os valores que lhe devem tudo. O concreto do Bem é o valor do outro homem” (LÉVINAS, 2002, p. 197). Essa é a afirmação de Lévinas nesse

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fragmento. Portanto, a alternativa correta seria os itens I e IV, pois, em Lévinas, o ético não fica subordinado quer seja à prudência, quer seja à “universalização da máxima” ou, ainda, a “contemplação de uma hierarquia de valores”. A ética não diz respeito a uma lei universal, nem envolve reciprocamente liberdade e moralidade num absoluto incondicional, distanciando-se de todo “formalismo”, ao estilo kantiano. Essa questão é tratada no Módulo sobre Ética. Referências: LEVINAS, Emmanuel. De Deus que vem a idéia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. ________. Entre nós: ensaios sobre a alteridade. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. CIARAMELLI, Fabio. Transcendence et éthique: essai sur Lévinas. Bruxelas: OUSIA, 1989. _____. Antes da lei – consideração sobre a filosofia e ética em Lévinas e Heidegger. In.: SOUZA, R.T., FARIAS, A. B. & FABRI, M. (Orgs.). Alteridade e ética: obra comemorativa dos 100 anos de nascimento de Emmanuel Lévinas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.

QUESTÃO Nº 23

Gabarito: E

Tipo de questão: fácil

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Conteúdo avaliado: “Máquinas desejantes”

Autor(a): Ms. AMARILDO FERNANDES PESSOA

Comentário: O Princípio fundamental proposto na questão é o conceito de “Máquinas desejantes” sistematicamente ligadas ao sistema de produção capitalista que opera através do desejo. Conceito básico da obra de Deleuse e Guattari exposto em sala através de aula expositiva dialogada e apresentação de monografia de acadêmico do curso.

Referências: DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O anti-édipo. Tradução Luiz B. L. Orlandi. 2.ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

QUESTÃO Nº 24

Gabarito: D

Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Lógica.

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Autor(a): Dr. JOSÉ DE OLIVEIRA BARBALHO

Comentário: Vamos analisar os argumentos através de contraexemplos triviais. Para

(I) o seguinte contraexemplo: Toda vez que você estuda você tira boa nota; você tira

boa nota; daí não se segue, necessariamente, que você estudou. Pode ter colado, por

exemplo. Para (II), o seguinte contraexemplo: Todo católico é cristão; todo

presbiteriano é cristão; Daí não se segue que todo presbiteriano é católico. Logo, (I) e

(II) são argumentos incorretos. Em consequência, descartamos as alternativas (a), (b)

e (c). Restam as alternativas (d) e (e). Nestas, percebemos a presença do argumento

IV. Concluímos que ele está correto. Então, temos que analisar o III e V. Para (III), o

seguinte contraexemplo: Nenhum cachorro é felino; algum felino é doméstico; logo,

algum cachorro não é doméstico (lembre-se do cachorro do mato). Portanto, (III) é um

argumento correto. Em consequência, a alternativa certa é a (d).

Referências:

COPI, Irving M. Introdução à lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1981.

MORTARI, Cezar A. Introdução à lógica. São Paulo: ed. unesp, 2017.

ZEGARELLI, Mark. Lógica para leigos. Rio de Janeiro: Alta books, 2012.

QUESTÃO Nº 25

Gabarito: C

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Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Teses sobre a história em Walter Benjamim Autor(a): Ms. AMARILDO FERNANDES PESSOA Comentário Walter Benjamim, propõe desconstruir a ideia linear de tempo. A resposta a esta questão situa o problema no tempo como ruptura e sucessão de agoras. Quando ele propõe saltos em direção ao passado justifica o que chama de conjunção de agoras.

Referências: BENJAMIM, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1996.

QUESTÃO Nº 26

Gabarito: C

Tipo de questão: Mediana

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Conteúdo avaliado: A Escola como aparelho ideológico do Estado

Autor(a): MARDÔNIO PEREIRA DA SILVA

Comentário: Segundo Althusser suas ideias são norteadas em torno do domínio estatal que a escola impõe sobre as classes subalternas, assim, a escola seria segundo Althusser o grande regulador e controlador das massas, o sistema de ensino seria responsável para preparar mão de obra para as indústrias, caracterizando a ideologia da alta burguesia que está no domínio econômico e político. De acordo com o autor a suposta "neutralidade" da escola é uma característica da ideologia e disso resulta a sua eficiência. Referências: ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de estado: Nota sobre os aparelhos ideológicos de estado. 3 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: geral e do Brasil. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2006.

LUCK, H. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à formação de seus gestores. Em aberto, Brasília, 2000.

QUESTÃO Nº 27

Gabarito: A

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Tipo de questão: mediana

Conteúdo avaliado: o conteúdo é pertinente à filosofia política.

Autor(a): ELIANA BORGES FLEURY CURADO

Comentário: O trecho em destaque supõe que a virtude política deva fazer parte da educação formal, já que a educação doméstica é dependente necessariamente da virtude política dos pais. Carecendo eles dessa virtude, não poderão tornar seus filhos politicamente virtuosos. Referências: O conteúdo é contemplado no módulo Filosofia Política. MONTESQUIEU. O espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1973. WEFFORT, Francisco. Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 1996.

QUESTÃO Nº 28

Gabarito: C

Tipo de questão: Mediana

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Conteúdo avaliado: O conteúdo da questão está sendo ministrado na disciplina História da Filosofia I, corresponde ao tópico 10 do conteúdo programático: Estudo da República platônica

Autor(a): ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS GUIMARÃES

Comentário: O enunciado da questão se insere no Livro VII de A República de Platão,

a passagem está um pouco depois da Alegoria da Caverna, portanto se refere ao

processo de educação do guardião filósofo. A ciência mencionada é a dialética, ponto

alto desse processo, quando o filósofo percorre a etapa do processo do conhecimento

passando de uma ideia a outra até a contemplação da suma ideia do bem. Quanto às

afirmações que se seguem ao enunciado, a I é falsa porque o processo de ascensão

do filósofo não só requer muito esforço como um período longo de preparação,

precedido por exercícios físicos, música, poesia, filosofia e matemática. A dialética

por exemplo só começará a ser ensinada a partir dos 30 anos. Daí que a afirmação II

está correta, decorrendo do que acabamos de dizer. Também está correta a

afirmação III, pois Platão afirma que as pessoas têm a natureza mais apropriada para

determinadas funções ou atividades, inclusive para ele justiça é cada um fazer na

cidade aquilo ao que tende. Por fim, a afirmação IV está falsa porque esse processo

especial de educação não só ocorre no contexto da cidade, como deve visar ao bem

da mesma, logo, o filósofo é educado para servir à cidade.

Referências:

PLATÃO. A República. Trad. Maria Helena da R. Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1949. REALE, Giovanni e ANTISERI, Dario História da Filosofia Antiga. Vol. 1: Filosofia pagã antiga. Trad. Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus, 2003.

QUESTÃO Nº 29

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Gabarito: C

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: Educação e emancipação em Adorno

Autor(a): Ms. AMARILDO FERNANDES PESSOA

Comentário: A emancipação do sujeito tem relação com um processo de participação, processo democrático. A questão é fácil porque é inadmissível em T. Adorno uma educação que modela as pessoas.

Referências: ADORNO/HORKHEIMER. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1985 ADORNO, T. Educação e Emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1995

QUESTÃO Nº 30

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Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Filosofia da Educação

Autor(a): WALDIR SOUZA GUIMARÃES

Comentário: Kant pensa a educação do mesmo modo como pensa os outros objetos por ele trabalhados, isto é, de forma universal. O que não se justifica perante todos também não se justifica de forma particular. O princípio de sua filosofia é racional, entendendo este último como qualidade humana essencial; portanto, a questão da educação não pode ser tratada como privilégio de um governo, raça ou classe social, mas necessidade de todo o gênero humano como tal. "O homem é o único animal que precisa ser educado" (KANT, Sobre a Pedagogia, Introdução).

Referências:

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Trad. port. V. Rohden e U. B. Moosburger.

São Paulo: Abril Cultural (Os Pensadores), 1983.

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QUESTÃO Nº 31

Gabarito: D

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Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Na disciplina de Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico – Gestão Democrática

Autor(a): POLLIANA PIRES DO CARMO A. ROCHA

Comentário: A gestão democrática é compreendida como um processo político. Esse

processo, sustentado no diálogo, na alteridade e no reconhecimento às

especificidades técnicas das diversas funções presentes na escola, tem como base a

participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito às

normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a

garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola. Lembrando que a

democracia pressupõe muito mais que tomar decisões (LÜCK, SIQUEIRA, GIRLING

e KEITH, 2008), ela envolve a consciência de construção do conjunto da unidade

social e de seu processo como um todo, pela ação coletiva.

A participação constitui uma forma significativa de, ao promover maior

aproximação entre os membros da escola, reduzir desigualdades entre eles. Portanto,

a participação está centrada na busca de formas mais democráticas de promover a

gestão de uma unidade social. E, não de uma imposição de líderes para orientar o

desenvolvimento de ações segundo o seu desejo. Na verdade, a gestão na escola é

democrática, precisa ser crítico-reflexivo e necessita de um acompanhamento e

avaliação constante.

Referências:

CARVALHO, Maria Lúcia R. D. Escola e democracia. São Paulo: EPU, 1979.

LÜCK, Heloisa; SIQUEIRA , Kátia; GIRLING , Robert; e KEITH , Sherry. A escola

participativa: a gestão escolar. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

LÜCK, Heloísa. Liderança em gestão escolar. Petrópolis: Vozes, 2008.

QUESTÃO Nº 32

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Gabarito: E

Tipo de questão: Mediana

Conteúdo avaliado: Políticas Educacionais – Plano Nacional de Educação (PNE)

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Autor(a): POLLIANA PIRES DO CARMO A. ROCHA

Comentário:

O Plano é composto por 20 metas que abrangem todos os níveis de formação,

desde a educação infantil até o ensino superior, garantindo foco em questões

especialmente importantes (como a educação inclusiva, o aumento da taxa de

escolaridade média dos brasileiros, a capacitação e o plano de carreira dos

professores), além de aspectos que envolvem a gestão e o financiamento desse

imenso projeto. A meta é ampliar o investimento em educação pública de maneira a

atingir 7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2019 e 10%, até o final do programa.

O próprio PNE estabelece que a execução e cumprimento deverão ser

monitorados de forma contínua, com avaliações periódicas. São responsáveis por

esta fiscalização o Ministério da Educação (MEC), a Comissão de Educação da

Câmara dos Deputados e a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado

Federal, o Conselho Nacional de Educação (CNE) e o Fórum Nacional de Educação.

O monitoramento será realizado por meio de documentos, como estudos do Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que devem ser

publicados a cada dois anos durante a vigência da lei para mostrar a aplicação do

Plano, e a realização de atividades como Conferências Nacionais de Educação.

Referências:

SANTOS, P. S. M. Bispo dos. Guia prático da política educacional no Brasil: ações,

planos, programas e impactos. São Paulo: editora Cengage Learning, 2012.

BRASIL. Plano Nacional de Educação . 2014. Acessado em: 10/06/2017. Disponível

em http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf

QUESTÃO Nº 33

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Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: formação curricular / organização curricular

Autor(a): ANA KELLY FERREIRA SOUTO

Comentário: A organização curricular influi de forma direta no trabalho dos

educadores e do educando. O currículo, o conteúdo, o ordenamento e sequência,

carga horária constituem o cerne do processo de ensino e aprendizagem.

Referências:

GONZÁLES, Arroyo Miguel. Educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: ministério da educação, secretaria de educação básica, 20017.

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QUESTÃO Nº 34

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Na disciplina de Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico - O Projeto Político-Pedagógico.

Autor: POLLIANA PIRES DO CARMO A. ROCHA

Comentário: O Projeto Político-Pedagógico (PPP) preocupa-se em propor uma forma

de organizar o trabalho pedagógico visando uma superação dos conflitos, buscando

rechaçar as relações competitivas, corporativas e autoritárias na tentativa de acabar

com a rotina do mundo interno da Escola. É sabido que o PPP está relacionado com

a organização do trabalho pedagógico em pelo menos dois momentos decisivos:

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como organização da escola como um todo e como organização da sala de aula,

incluindo sua relação com o contexto social, procurando obter uma visão da

totalidade.

O Projeto Político Pedagógico compreende as propostas e programas de ações

planejadas, para serem executadas e avaliadas em função dos princípios e diretrizes

educativas. Relaciona-se ainda às finalidades que cada instituição pretende alcançar,

sendo um documento norteador das políticas escolares e também articulador das

intenções, das prioridades e das estratégias para a realização de sua função social.

Portanto, a ideia é que a elaboração de um PPP seja de forma democrática e reflita a

melhor maneira de formar verdadeiros cidadãos.

Referências:

DIOGO, Fernando. Por um projeto educativo de rede. Lisboa: Asa, 1998.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e

projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2002.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves (Orgs.). Escola:

espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

QUESTÃO Nº 35

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Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: direitos humanos, educação inclusiva, combate à discriminação

Autor(a): ANA KELLY FERREIRA SOUTO

Comentário: A escola que tradicionalmente foi um lugar de exclusão legitimada, pois apenas um pequeno grupo podia ter acesso a ela e permanecer. Hoje a escola deve ser lugar de inclusão, sendo o principal meio de combate a discriminação, superando as diferenças e os conflitos.

Referências: BRASIL, Mec. Politica Nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Portal Mec 2014.