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É possível variar a alimentação diária sem engordar? Alimentos & você Dicas para você se relacionar bem com sua alimentação por Adriana Kachani Nutricionista – Vocês devem conhecer alguém que come todos os dias a mesma coisa, provavelmente por medo de engordar. Tem também aqueles que não gostam de nada, que têm medo de experimentar algo novo. Neofóbicos. Todos os dias, a mesma comida. Todas as refeições. "O ideal é buscar uma reeducação alimentar rica, variada e individualizada. Isso evita a monotonia e a armadilha de comer aquela iguaria desejada por toda a semana, e de comer também tudo o que não deveria " Comer todos os dias a mesma coisa remete a regime. Que palavra arcaica! Daquelas que denunciam a idade da gente. Hoje em dia, os jovens – e os modernos - falam em REEDUCAÇÃO ALIMENTAR. A reeducação alimentar, que deve ser orientada por nutricionistas, leva em consideração os hábitos alimentares do individuo, suas aversões e preferências, suas restrições por conta de problemas de saúde, sua atividade física, sua rotina diária... Ou seja, a dieta torna-se absolutamente individualizada. É por isso que muitas vezes recebo e-mails solicitando dietas, e respondo que só posso prescrevê-las após uma consulta. Por e- mail, só posso enviar orientações que é o que faço

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Page 1: É Possível Variar a Alimentação Diária Sem Engordar - LEITE - Laticínios - Nutrição - câncer

É possível variar a alimentação diária sem engordar?

Alimentos & vocêDicas para você se relacionar bem com sua alimentação

por Adriana KachaniNutricionista –

Vocês devem conhecer alguém que come todos os dias a mesma coisa, provavelmente por medo de engordar. Tem também aqueles que não gostam de nada, que têm medo de experimentar algo novo. Neofóbicos. Todos os dias, a mesma comida. Todas as refeições.

"O ideal é buscar uma reeducação alimentar rica, variada e individualizada. Isso evita a monotonia e a armadilha de comer aquela iguaria desejada por toda a semana, e de comer também tudo o que não deveria "

Comer todos os dias a mesma coisa remete a regime. Que palavra arcaica! Daquelas que denunciam a idade da gente. Hoje em dia, os jovens – e os modernos - falam em REEDUCAÇÃO ALIMENTAR. A reeducação alimentar, que deve ser orientada por nutricionistas, leva em consideração os hábitos alimentares do individuo, suas aversões e preferências, suas restrições por conta de problemas de saúde, sua atividade física, sua rotina diária...

Ou seja, a dieta torna-se absolutamente individualizada. É por isso que muitas vezes recebo e-mails solicitando dietas, e respondo que só posso prescrevê-las após uma consulta. Por e-mail, só posso enviar orientações que é o que faço nos meus artigos. Tudo muito diferente daqueles regimes prescritos antigamente por médicos, do tipo salada + carne + fruta, o que deixou no inconsciente popular que talvez essa fosse a melhor forma de emagrecer.

Assim, muitas pessoas acreditam que buscar uma fórmula de alimentação diária e repeti-la rotineiramente é a solução. Mas enganam-se. Os motivos são vários. O primeiro deles é a monotonia, que fará com que se enjoe rapidamente desta alimentação. Quem é que consegue, por mais de uma semana,

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comer todos os dias, no almoço e jantar a mesma coisa? E ainda tem os lanches – quando são feitos – também todos os dias iguaizinhos, duas vezes, durante a manhã e a tarde. Passada a semana, a pessoa que vinha sonhando o tempo todo com alguma delícia, normalmente não se contém e passa comer tudo o que não deveria...

Existe também a questão nutricional. Se alguém come todos os dias a mesma coisa, não haverá variedade de nutrientes, correndo-se o risco de cair numa carência de algum tipo de vitamina ou mineral.

Varie nas saladas

O certo é variar, mas como fazer sem a preocupação de engordar? Comecemos pela salada. Algumas pessoas acreditam que fazer uma salada riquíssima, com enorme variedade de verduras e legumes seja maravilhoso. Pode ser, por um ou dois dias. Mas todos os dias a mesma salada? Assim a melhor solução seria misturar algumas folhas existentes em casa e variar no detalhe: um dia cenoura, outro beterraba, outro queijo minas, outro dia milho, num outro crouton, e etc. E não se esqueça de que a salada tem que ter principalmente alimentos crus. Deixe os cozidos para acompanhamento do prato principal. Precisamos de uma quota de alimentos crus/dia, que cabe justamente na salada.

Em relação ao prato principal, quem disse que tem que ser filé de frango grelhado, todos os dias? Ok, o peito de frango pode ser uma das opções menos calóricas, mas não é necessariamente obrigatório. O frango pode estar cozido no forno ou ensopado, a carne vermelha pode entrar nas refeições duas vezes por semana, também. E o peixe é uma ótima opção, desde que não seja frito.Para acompanhar, uma verdura ou legume cozido, e ainda um alimento energético. Pode ser arroz e feijão ou batata cozida, que podemos variar com purê ou ainda usando mandioquinha, mandioca, cará, inhame...

Para aqueles que gostam de massa, o arroz + feijão pode ser também substituído por um macarrão – mas com molho leve, de preferência ao sugo. Mas lembre-se que apesar das dietas atuais serem bem permissivas, a quantidade se transforma numa questão chave para conter o ganho de peso.

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E a farinha, que o brasileiro tanto gosta de adicionar ao arroz e feijão? Isso já é um excesso, que deve ser reservada para dias especiais, contenha-se com ela, ou o ponteiro de sua balança pode subir mais do que o desejado!

Fonte:http://www1.uol.com.br/vyaestelar/alimentosevoce.htm

Procedimentos para seu intestino funcionar melhor

[... nutrição e atividade física devem andar lado a lado para uma vida saudável... ]

Por Adriana Kachani,Nutricionista –

"Sempre cito o caso das barras de cereais. Muita gente as consome abundantemente pra melhorar o intestino, mas o efeito é contrário, pois não tomam água. O que acontece é que o bolo fecal é formado, mas “entala”, pois as paredes do intestino não estão umedecidas o suficiente para que esse bolo seja eliminado. Comam barras de cereais, mas tomem água"

A obstipação (prisão de ventre) parece ser uma preocupação constante entre meus leitores. São inúmeros os e-mails que recebo de pessoas questionando o que fazer para melhorar o intestino. Na verdade, este é um assunto que têm sido muito abordado pela mídia e pela indústria alimentícia, com o lançamento de inúmeros produtos que teriam como objetivo o aumento do fluxo intestinal.

Meus leitores já sabem que esta é uma coluna que aborda o comportamento em relação aos alimentos, e que não é minha intenção oferecer fórmulas mágicas ou mesmo discutir nutrientes específicos para a solução de problemas. Cada caso é um caso, deve ser avaliado pelo médico e/ou nutricionista. O que posso oferecer são recomendações gerais.

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Bom, o primeiro passo para melhorar o intestino é comer. Muitas pessoas reclamam de obstipação quando na verdade não comem o suficiente para fazer um bolo fecal adequado. Principalmente aquelas com dietas muito restritivas. E não basta somente comer, mas tem que beber, também. E beber ÁGUA!

A água é nosso emoliente natural, é ela que faz com que as paredes intestinais fiquem suficientemente umedecidas para que o bolo fecal possa transitar pelo intestino até sair em forma de fezes. Nosso corpo é constituído em até 70% de água. Quando não consumimos o suficiente para repor os gastos diários que acontecem pelo suor, urina, respiração, entre outros, um dos primeiros locais que sente o problema é o intestino, pois a água é totalmente desviada para locais que nosso organismo julga mais importante.

Sempre cito o caso das barras de cereais. Muita gente as consome abundantemente pra melhorar o intestino, mas o efeito é contrário, pois não tomam água. O que acontece é que o bolo fecal é formado, mas “entala”, pois as paredes do intestino não estão umedecidas o suficiente para que esse bolo seja eliminado. Comam barras de cereais, mas tomem água!

Fibras: tipos e importância

Só então vem a questão das fibras, que sim, são muito importantes, não só para formação do bolo fecal, como para o aumento do trânsito intestinal. As fibras, contidas em alimentos do reino vegetal, que aí se incluem não só frutas, verduras e legumes, mas também cereais como arroz, trigo, milho, aveia, granola, etc e tubérculos (batata, mandioca, mandioquinha, cará, inhame...) são sempre o maior foco de atenção daqueles que têm problemas intestinais.

Existem dois tipos de fibras. As solúveis, presentes principalmente nos cereais, tubérculos, polpa de frutas e legumes, são as responsáveis pela formação do bolo fecal. Já as fibras insolúveis presentes nas cascas destes alimentos e nas folhas de hortaliças são responsáveis pelo aumento da motilidade intestinal.

É importante lembrar que quando processamos os alimentos de alguma forma, muitas vezes estamos quebrando as fibras que eles contêm. É o caso, por exemplo de um suco natural ou de uma sopa. Mas por favor, não levem tudo aos extremos! Isso não significa que

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os alimentos percam totalmente as fibras, mas sim que elas são reduzidas – e muito.

Iogurtes

Outro alimento muito eficaz para melhorar a freqüência intestinal são os iogurtes, que não precisam ser de nenhum tipo especial, podendo ser até os caseiros – desde que consumidos diariamente. Isso significa que não há necessidade de se consumir aqueles enriquecido com fibras, apesar delas proporcionarem uma ajuda extra, além de conferirem maior saciedade. As bactérias contidas nesses produtos além de melhorarem a flora intestinal, ajudam a melhorar o intestino. [vide nota no final]

[... nutrição e atividade física devem andar lado a lado para uma vida saudável... ]

Mas algumas mudanças comportamentais são também importantes. A primeira delas é fazer de sua ida ao banheiro uma rotina, situação que nosso organismo gosta e se acostuma. Tem que ter uma hora marcada para que não te pegue desprevenido e você não precise ir a locais sem higiene que prejudicam a tranqüilidade. Ter uma hora marcada significa também que haverá tempo disponível para ir ao banheiro. Muitas pessoas agitadas acabam não conseguindo evacuar por conta do estresse e da correria do dia-a-dia. Ou se vão ao banheiro, estão pensando em tantas outras coisas, que não conseguem se concentrar.

Por fim,.atividade física também conta – e muito – para melhorar o intestino. Não adianta se esquivar,.nutrição e atividade física devem andar lado a lado para uma vida saudável.

Adriana Kachani é nutricionista

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NOTAGrande parte dos médicos, e a maior parte dos nutricionistas, sempre recomendam o consumo de leite e seus derivados aos seus pacientes. É assim que eles aprenderam na “Faculdade”, é assim que os seus “professores” ensinaram... A indústria alimentícia, neste caso, mais especificamente a indústria de laticínios, utiliza a “propaganda” e mais “propaganda” e mais “propaganda”, sempre dizendo que o leite e seus derivados é um excelente alimento, uma poderosa fonte de cálcio, que previne a osteoporose, etc...

Mas, será que é assim mesmo que as coisas devem ser? O leite (leite de vaca) é um alimento “de qualidade” para as pessoas? Afirmo com todas as letras: “o leite de vaca é bom para o bezerro, e só. Nada mais”!”

Leia os seguintes textos, e tire suas próprias conclusões. Afinal, você é o responsável pela sua saúde e qualidade de vida. Você tem o “direito”, e o dever, de escolher o melhor para você. Modernas

pesquisas vem mostrando que o leite e seus derivados não são um bom alimento, sendo, inclusive, a causa de várias e várias enfermidades.

Leite

Dr. Wilson Rondó Jr. é especialista em medicina preventiva, nutrólogo e cirurgião vascular. Mantenha-se informado sobre seu trabalho e sobre os serviços oferecidos pela W.Rondó Medical Center pelo sitewww.drrondo.com

O leite, alimento destinado pela natureza a alimentar os jovens de cada espécie, é especialmente designado para o rápido cresci-mento das crianças. Nenhuma espécie de mamíferos consome leite na idade adulta. Para quase 25% das pessoas, a intolerância aos laticínios pode causar reações alérgicas, digestão pobre e o aparecimento de alteração de mucosa gastrintestinal. O

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organismo humano, em geral, não processa facilmente o leite de vaca, o creme de leite ou o queijo. Temos a tendência de ingerir em excesso esse tipo de alimento, o que provoca contínua e cumulativa tensão nos órgãos de excreção e no sistema venoso. Mesmo as pessoas que não apresentam sensibilidade aos laticínios reportam o aumento de energia a paparem de consumi-los. Por causa da alta taxa de gordura encontrada nesses alimentos, a diminuição de seu consumo significa redução proporcional efetiva na perda de peso, assim como a diminuição da pressão sangüínea e dos níveis de colesterol. Há dois elementos no leite e seus derivados que devem ser quebrados por enzimas orgânicas: lactose e caseína. A lactose é quebrada pela enzima lactase, e a caseína é quebrada pela enzima renina. Por volta dos 4 anos, a renina passa a não existir mais no trato digestivo, assim como a lactase numa parcela da população. Essa é a forma em que a natureza nos mostra o momento de descontinuarmos certos alimentos.A caseína é uma proteína do leite que se encontra trezentas vezes mais no leite de vaca do que no leite humano. Tem a consistência de cola, promovendo aderência de muco nas membranas celulares, especialmente no sistema respiratório. O corpo humano não possui mecanismo digestivo para degradar a caseína, promovendo o aumento de secreções, muco, irritações e obstruções do sistema respiratório, o que induz o aparecimento de asma, bronquites, sinusites, coriza, infecções de ouvido, etc. O leite e seus derivados são os principais causadores de alergias. Os indivíduos com intolerância à lactose apresentam normalmente gases, distenção abdominal, cólicas e diarréia, que somem poucas semanas após a suspensão do leite e seus derivados. Cerca de 40% das crianças abaixo de 6 anos apresentam otite de repetição, associada ao leite de vaca. Há evidências de que bebês de até 6 meses que bebem leite de vaca tem incidência aumentada de diabetes Tipo I. De acordo com o médico Hans Michael Dosch, da Universidade de Toronto, uma das proteínas do leite é muito parecida com as moléculas da superfície das células Beta do pâncreas, que produzem insulina. Quando o sistem imunológico reconhece a proteína do leite como corpo estranho, ataca-a, e isso causa ataque similar às células Beta, destruindo sua habilidade de produzir insulina e eventualmente causando diabetes. O leite comercial é conhecido como o maior causador de defi-ciência de ferro em bebês, não sendo aconselhável o uso de leite

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de vaca antes do 1 ano de idade. Somando-se a isso, há o risco dos pesticidas, antibióticos e resíduos hormonais. Quanto mais gordurosos são o leite e seus derivados, mais se encontram os pes-ticidas, pois estes têm afinidade pela gordura.

“Ao contrário do que diz a publicidade, os laticínios não são a melhor fonte de cálcio.”

Ao contrário do que diz a publicidade, os laticínios não são a melhor fonte de cálcio. A absorção é pobre por causa da pasteurização, do processamento, do alto teor de gordura e da relação de dese-quilíbrio quanto ao consumo de fósforo. Resíduos hormonais e aditi-vos encontrados nas pastagens do gado influem na incompleta absorção de cálcio e outros minerais. Em testes realizados com animais, os bezerros que foram alimentados com o próprio leite ma-terno, mas primeiramente pasteurizado, não viveram mais do que seis semanas.

(trecho do livro “Prevenção: A Medicina do Século XXI”, Wilson Rondó Jr., São Paulo, SP, Editora Gaia, 2000 – páginas 52 e 53).

Câncer... muita comida tóxica, pouca desintoxicação

Sonia Hirsch,

A sociedade sabe muito pouco sobre o câncer. Há campanhas contra o cigarro, que pode causar câncer mas nem sempre o faz,

e um silêncio vergonhoso sobre a quantidade de hormônios e antibióticos que passam para o nosso sangue quando comemos carne, leite, laticínios, frango e ovos. O câncer é a segunda maior causa de mortes no Ocidente, e metade dos casos está ligada a maus hábitos alimentares – muita comida tóxica, pouca desintoxicação.

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“A dieta do doutor Barcellos contra o câncer” (e todas as alergias – Sonia Hirsch, pág.18. Uma publicação Hirsch & Mauad www.mauad.com.br

LEITE: ALIMENTO OU VENENO? - ROBERT COHEN – EDITORA GROUND – 2005

Comprimidos para dor de cabeça, sprays para nariz entupido, descongestionantes e anti-histamínicos para aliviar sintomas de alergias enchem as prateleiras das drogarias e farmácias. São necessários laxativos para aliviar gases intestinais, inchaço, diarréia e síndrome do intestino irritado causado por intolerância à lactose, que incomodam ¾ da humanidade. Sem o consumo de laticínios, talvez não fossem precisos todos esses antídotos. Meticulosamente documentado, escrito num estilo informar e cheio de vida, pontuado de humor irreverente, este livro vai mostrar que o leite é um perigo real para a sua saúde. Não se preocupe com o que você vai por nos flocos de cereais. O autor oferece muitas sugestões para substituir o leite.

ROBERT COHEN estudou psicologia fisiológica e fez especialização em psicobiologia no Southampton College da Universidade de Long Island, além de realizar pesquisas científicas no campo da psiconeuroendocrinologia onde estudou a influência dos hormônios sobre a química do cérebro e o comportamento subseqüente dos mamíferos. Estudou genética, endocrinologia e fez cursos de histologia e fisiologia dos mamíferos. Dedicou vários anos de sua vida à pesquisa do material que constitui a base principal deste livro, documentou a existência de permanente lobby político que confundiu a opinião que confundiu a opinião pública omitindo pesquisas que provaram que o leite não é um bom alimento.

LEITE: ALIMENTO OU VENENO?

Lendo este livro você vai descobrir que o LEITE contribui para a doença cardíaca e aumenta o risco de câncer de mama, que ele

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não é uma boa fonte de cálcio e porquê, e ainda que é uma das principais causas de alergias, muco, congestão e dor de ouvido nas crianças, além de muitos outros problemas. O LEITE contém poderosos hormônios de crescimento provenientes de vacas tratadas com proteína bovina geneticamente modificada. Esta realidade é fruto de séria controvérsia trazida à luz pela engenharia genética, e colocou a indústria de laticínios americana sob uma investigação rigorosa. Fruto de exaustiva pesquisa, este livro investiga como foram usados bilhões de dólares da indústria de laticínios norte-americanos para influenciar a FDA e o Congresso americano assim como a comunidade científica e médica, enganando o consumidor sobre os perigos do LEITE e produtos derivados.

(“Leite: Alimento ou Veneno?” do pesquisador e cientista Robert Cohen, Editora Ground, São Paulo, 2005.)

DOS DERIVADOS DO LEITE AO CÂNCER DE MAMA

Capítulo 1Um caso extraordinário

Dr. Raphaël Nogier,Clínico em Lyon, consultor junto à Organização Mundial de Saúde, lecionando e encarregado das relações internacionais junto ao grupo lionês de estudos médicos, profere regularmente conferências em uma quinzena de países. Já publicou inúmeros artigos no exterior.

Na vida de um homem há encontros em especial que deixam pela vida inteira um traço indelével. Assim, algumas pessoas nos marcam com sua contribuição. O mesmo ocorre com um médico. Nós clínicos, passamos a metade de nossa vida fechados em nossos consultórios. Voltamos à noite cansados, mas ao mesmo tempo felizes com os resultados obtidos, assim como deprimidos por termos cruzado com tanta miséria humana. Num dia de consulta desfilam todo tipo de pacientes: tímidos, covardes, frouxos, fanfarrões, corajosos, mas raramente seres excepcionais.

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Eu os chamo de “príncipes”, eles ou elas, os que saem do normal e cujas reações são belas, tão imprevistas que são. Aqueles ou aquelas cujo essencial é invisível aos olhos. Nesse dia, eu iria encontrar uma princesa. Quando ela entrou na sala do meu consultório, essa pequenina mulher me olhou com olhos espantados do alto de seu metro e meio. Magra, miúda, ela se sentou com distinção. Depois das apresentações de costume, eu lhe perguntei: – Em duas palavras, me diga do que padece. – De um câncer de mama! Eu ergui os olhos do papel: – Me conte. Ela se expressou com tato e polidez. Sem nenhuma queixa, ela descreveu seus males como se fossem os de outra pessoa. A história havia começado em 1985. Ela tinha 27 anos. Seu ginecologista tinha descoberto um grave tumor no seio esquerdo no quarto supero-externo. Ele imediatamente lhe indicou um cirurgião que, praticando a ablação do seio, infelizmente constatou que inúmeros gânglios sob o braço, estavam também contaminados. Depois da operação, ela passou por tratamentos de quimioterapia e uma radioterapia, consultando regularmente seu cancerologista. Até 1991 tudo parecia caminhar bem. Em junho de 1992, ela teve uma dor ciática; seu médico de família lhe prescreveu radiografias simples, que evidenciaram uma coluna vertebral lombar normal. O médico então lhe administrou antiinflamatórios de acordo com o costume em vigor. As dores não tendo cedido, Christine consultou novamente o cancerologista. Ele lhe participou seus temores e a aconselhou que se submetesse a uma tomografia. Esse exame permite detectar nos ossos, lesões que podem passar despercebidas nas radiografias simples.

Pág 52 A tomografia revelou lesões patentes (metástases) ao nível da 6ª e 7ª vértebras cervicais, da 1ª, 3ª e 5ª vértebras lombares. Christine se submeteu a uma nova série de radiações. Um mês mais tarde, a conselho de seu enfermeiro, ela me contactou. Esta mulher me contou toda a sua história sem pestanejar. Sua formação de engenheira lhe havia ensinado a precisão, a ser concisa. Ela me expôs os fatos de uma maneira brutal. “Gostaria que o senhor me ajudasse”. Amparado por meu bom senso e principalmente por minha boa vontade, eu a tomei pelas mãos. Ela passou por sua radioterapia e

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injeções para cimentar suas vértebras a fim de consolidar os ossos atingidos. Todas as semanas, eu acompanho seu estado geral. Cada consulta é um aprendizado, onde sem dúvida essa melhora excepcional me dá muito mais do que eu posso lhe dar em troca. Após três meses de tratamento, tivemos uma má notícia: há metástases pulmonares e hepáticas. Sua respiração se torna cada vez mais difícil. É estabelecido um tratamento por meio de cortisona, seguido de uma quimioterapia. Os sinais respiratórios melhoram pouco a pouco. Hoje, Christine está melhor. No momento em que estou escrevendo, ela foi passar uns dias no campo, com seu marido e seus dois filhos de 8 e 9 anos. Passou-se um ano desde que a conheci. Não há um dia sem que eu pense nela. Alguns casos são mais dolorosos do que os outros. Quando uma moléstia grave atinge uma pessoa em plena flor da idade, o médico, com freqüência, se comove em seu foro íntimo, mas por pudor, ele pouco discute, com medo de abordar temas tão terríveis como a morte. Christine, esta se encarregou de sua vida. Ela sabe que seu caso é gravíssimo, frequentemente falávamos sobre isso. Durante nossas conversas, abordávamos todos os assuntos: a vida, a morte, Deus. Ela não se fecha em si mesma, mas prefere se abrir ao mundo exterior. Ela recusa todo tratamento antidepressivo, todo tranqüilizante. Ela luta. Um dia, quando ela estava deitada sobre a maca, e que eu apalpava seu abdômen distendido por um empanzinamento, eu perguntava sobre sua vida passada. Sua história pode parecer banal. Para mim foi uma revelação. Christine nasceu numa família unida. Ela é a mais velha de cinco irmãs. As outras quatro, todas gozam de boa saúde. Após ter feito um bacharelado brilhante, prosseguiu seus estudos científicos, se casou, teve dois filhos. Foi em 1985, com 27 anos, que apareceu um caroço no seio. Christine nunca tomou remédios, nunca usou a pílula, e nunca esteve gravemente enferma. Quando criança ela era esguia, e tinha anginas freqüentes. Ela pratica esporte, não fuma, não bebe. Em sua família, ninguém, nem sua mãe, nem suas tias, jamais tiveram um câncer de mama. Aparentemente, nada pode, portanto, explicar o surgimento dessa terrível doença. Sem dúvida tendo mais tempo do que de costume, tive a idéia de lhe perguntar sobre seus pais. De fato, os choques afetivos favorecem o aparecimento de um câncer. Fazendo-lhe essa pergunta, eu lhe prestei uma ajuda.

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– Meu pai era alegre e bom para nós, ela me respondeu. Um espírito aberto que nos acrescentou muito. Não... nada desse lado, pensei. Mais por polidez que por interesse, eu ainda perguntei: – Que seu pai fazia?

Pág 53 – Dirigia uma leiteria. De repente, minhas idéias se entrechocaram. O tempo parou, ele não mais existia. Acho que fiquei silencioso por um bom tempo, pois Christine me perguntou: – O senhor está pensando em alguma coisa? É claro, eu estava pensando em alguma coisa. Como não havia pensado mais cedo! Isso me parecia tão evidente! O câncer de mama se desenvolve muitos anos antes de aparecer. Mais de oito anos se passaram entre o surgimento de uma célula cancerosa e o momento em que o tumor, de alguns milímetros, é palpável ao médico. O câncer, que aparece mais nas mulheres que sofrem dores nos seios ou mastoses, não seria provocado por uma intolerância aos derivados do leite? Após alguns minutos de reflexão, eu lhe fiz as duas últimas perguntas: – Seus pais a alimentaram com muitos produtos à base de leite? – Meu pai sempre nos trazia muitos iogurtes para casa. Frequentemente eu tomava uns seis por dia. – Sua mãe a amamentou? – Não, minha mãe tinha tido um abcesso no seio, e nunca me amamentou!

Quando Christine saiu de meu consultório, eu estava pensativo. As idéias iam e vinham. Eu estava obcecado por esta hipótese: o câncer de mama é provocado, em muitos casos por uma intolerância aos derivados do leite? Eu tentava organizar meus pensamentos. Como e por que ninguém pensou antes? A última peça do quebra-cabeças parecia, portanto, que tinha sido colocada no lugar. Era preciso ir mais longe e tratar de anular ou confirmar essa hipótese de trabalho. Sem dúvida, serão necessários muitos anos. Assim como dizia no primeiro capítulo, as novas mazelas da sociedade são tantas, que sempre se pode especular sobre a toxicidade de um produto. Por isso hoje me é impossível aliar de maneira formal a intolerância aos derivados do leite e o câncer de mama. Uma vez esse livro publicado, espero que colaboradores, centros de

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pesquisa, tratem, por meio de estudos, de criticar minha forma de agir, dando prosseguimento. Hoje eu dou avanço à uma hipótese, dando o melhor apoio possível. Farei como Demócrito que ensinava que através do pensamento tudo se pode conceber e descobrir. Num primeiro momento, eu reli toda a bibliografia atual sobre o câncer de mama, sua epidemiologia, e seu tratamento. Depois, peguei meu cajado de peregrino e fui bater à porta dos hospitais para interrogar as mulheres atingidas pelo câncer de mama. Lá, eu muitas vezes fiquei chocado em ver o espírito refratário de alguns cancerologistas. Outros, a quem eu expunha minhas idéias, me acolhiam com cortesia e me autorizavam a interrogar as pacientes sobre sua alimentação. Durante minhas férias, eu percorri as cidades de Poitou e as aldeias de Touraine, perguntando aos farmacêuticos se conheciam mulheres suscetíveis de me dar respostas. Eu seria ingrato se não dissesse a verdade toda. Fui amplamente ajudado nesse trabalho pela Sra. Valérie Bachellier, que também se deslocou aos hospitais, e cuja eficácia em obter resultados ficou provada de forma espantosa.

Pág 54 Paralelamente, escrevia à FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), à OMS (Organização Mundial de Saúde), e às diversas embaixadas para conhecer o consumo de leite nos diversos países. Aí mais uma vez, eu me defrontei com dificuldades. Os números não eram facilmente obtidos, o serviço das embaixadas não é gratuito. Um estudo nunca é simples e não se faz sem tenacidade. Foi, portanto, à força de empenho, de cartas, de discussões com profissionais, que pude obter informações e responder à muitas perguntas:

– Existe em cada país uma correlação entre o consumo de derivados do leite e o câncer de mama? – O câncer de mama existe no animal selvagem? – O que ocorre com o aleitamento maternal? – As mulheres que sofrem de câncer de mama apresentam outros sinais de intolerância aos derivados do leite? – Haveria um teste biológico para detectar uma intolerância aos derivados do leite?

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É em função dessas cinco questões que será possível estabelecer um conjunto de argumentos aptos a formular uma hipótese. Uma resposta afirmativa apenas à uma ou duas destas questões não permite formar uma idéia do assunto. É o conjunto de respostas, se estas se direcionam no mesmo sentido, que vai forjar a convicção íntima, como um juiz de instrução. Quando uma criança tem dor na barriga, isso não quer forçosamente dizer que tenha comido chocolate. Por outro lado, se houver chocolate na boca, e o tablete tenha sumido e ela se queixa de dores abdominais, dispomos de um feixe de argumentos que levam legitimamente a pensar que ela comeu este tablete de chocolate que esteja faltando. Esse estudo depende de sorte: trata-se de trazer à luz muitos indicadores concordantes. Porém, antes de ir mais longe, convém comparar a composição do leite de vaca à do leite humano a fim de compreender sua toxicidade potencial.

(fonte: trecho do livro “O Leite que ameaça as Mulheres”, Dr. Raphaël Nogier, págs. 51 a 54).

Livro:

“O Leite que ameaça as Mulheres”, Dr. Raphaël Nogier, Um documento explosivo: o consumo de derivados do leite teria uma influência preponderante sobre os cânceres de mama. Ícone Edirora, 1999.

ÍCONE EDITORA LTDARua das Palmeiras, 213 – Sta. CecíliaCEP 01226-010 – São Paulo – SPTels. /Fax; (011) 3666-3095

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A QUESTÃO DO LEITE

20-02-2006

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Dr. José Carlos Brasil Peixoto,Médico Homeopata

Um dos temas que se tornou mais freqüente na prática diária de consultório é o aumento de queixas ligadas ao consumo do leite. Expressões como “alergia ao leite” ou “alergia à lactose” (termo equivocado) estão se transformando em situações comuns para as pessoas. Pais preocupados com a alimentação de seus filhos recebem freqüentemente a recomendação de que é necessário usar um substituto do leite. Hoje em dia o substituto mais comum do leite é o extrato industrial líquido de soja, ardilosamente chamado de “leite” de soja. Esse produto, transformado em salvação para os pequenos que não podem ingerir leite, vem embalado da mesma forma que o leite em pó ou líquido em caixinhas. Dessa forma, existe uma percepção psicológica que tranqüiliza os pais. Eles estão tendo a nítida impressão de que estão fazendo a mesma coisa que sempre foi feita ao longo da história da humanidade. Mas, com certeza, não é bem assim.

O leite na história humana

O leite participa da história da humanidade, praticamente ao mesmo tempo em que se iniciou a agricultura. Há cerca de 10.000 anos o uso comum do leite se fez necessário, na medida em que povos tradicionalmente coletor-caçadores, começaram a mutilar o seu espaço ecológico com a agricultura. A transformação da terra em propriedade privada inicia uma profunda fase de mudança na história do homem. Os grupos humanos nômades vão quebrar uma tradição alimentar de mais de 130.000 anos vindo a necessitar de novas fontes de proteína e gordura com qualidade suficiente para manter níveis saudáveis de nutrição. O início das práticas agrícolas restringiria a população de animais de caça. Com isso seria imperioso domesticar alguns animais para manter razoáveis fontes protéicas. Do oriente médio à Europa, e também na África, o emprego de caprinos, ovinos e bovinos inicia a formação de comunidades, que serão o berço de diversas civilizações que forem se sucedendo até os dias de hoje.

Assim uma questão costumeiramente colocada em discussão - se é adequado que um mamífero adulto consuma leite de outras espécies - peca por ter um dos inúmeros “erros de premissas” que compõe o universo de sofismas que obscurece a capacidade de

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reflexão das pessoas do mundo moderno. Talvez se o homem não consumisse leite não existissem as civilizações atuais. Isso, obviamente, não é um grande predicado, pois, muitos de nós se questionam se o resultado desse processo foi bom para o planeta. Mas, no âmago disso, temos o fato do homem ser um animal onívoro. Apesar de alguns dogmas alimentares (restritivos) não simpatizarem com essa idéia, esse excepcional predicado o habilitou a ser o que ele é hoje em relação a todos os demais seres vivos. Dentro de um contexto estritamente biológico, usar fontes naturais como alimento, sejam elas quais forem, é uma excepcional vantagem adaptativa, como ficou provado ser até o momento atual. Infelizmente, a evidente transformação dos alimentos em bens de consumo, e a necessidade cada vez maior de incorporar esses bens numa cadeia produtiva, têm afastado as pessoas de fontes alimentares genuinamente naturais.

O emprego do leite para alimentar indivíduos adultos trouxe uma generosa fonte de proteína, de gordura de excepcional qualidade, de vitaminas – principalmente A e D, e de cálcio. Adicionalmente, com o emprego de técnicas rudimentares (caseiras) de processamento e fermentação surge o queijo, o iogurte, a nata e a manteiga. Daí em diante vão surgindo novos empregos do leite, que o transformou em matéria prima dos mais saborosos e sofisticados produtos alimentares, em inúmeras tradições culinárias, muito antes de qualquer técnica industrial aparecer.

Talvez seja mais natural um homem adulto se alimentar de leite, do que seria alterar uma porção qualquer de terra, retirando a população vegetal original e substituí-la por plantas alimentares.

Quando o leite se transformou em problema

De fato algo aconteceu com o leite nesses últimos tempos. Principalmente após a popularização do leite tipo UHT (leite submetido a temperatura super alta) acondicionado em caixinhas descartáveis.

O inicio do problema com o leite surge com a mudança da alimentação do gado leiteiro. A introdução de ração com altas quantias de proteína, baseadas em soja, retirando os animais do campo, e os colocando em confinamento, com a finalidade de aumentar a produtividade de leite, induz à modificações nas funções endócrinas dos bovinos. Ao mesmo tempo em que obriga o

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emprego de grandes quantias de antibióticos. Para aumentar a quantia de leite pode ser utilizado o BGH (hormônio de crescimento bovino). Entre outros problemas, esse hormônio causa o incremento de outras substâncias que acabam sendo transferidas ao leite, como o IGF-1 (de ação semelhante à insulina), que resiste à pasteurização e passa para o organismo humano. O IGF-1 está relacionado como o câncer mamário e o câncer de intestino (cólon).

Nos animais o BGH aumenta o número de infecções de úberes, levando a um incremento adicional no uso de antibióticos ao mesmo tempo em que diminui a quantia de gorduras corporais das vacas. Com menos gordura corporal, mais antibiótico pode ser passado para o leite, que no final é ingerido pelo consumidor.

Depois que o leite é coletado ele é pasteurizado, homogeneizado e submetido ao processamento UHT. Quando o leite é pasteurizado, valiosas e inestimáveis enzimas são perdidas: lactase para assimilação da lactose, galactase para assimilação da galactose, fosfatase para assimilação do cálcio. Isso já pode começar a explicar o problema da intolerância à lactose (infelizmente muito tem se falado de alergia à lactose, o que é incorreto, visto que podemos ter intolerância à lactose por falta de enzimas que promovam sua assimilação. Como veremos mais tarde, a alergia ao leite diz respeito às proteínas do leite, e não ao seu conteúdo de carbohidratos).

A rigor inúmeras enzimas naturais do leite são destruídas com o processamento industrial, o que deixa esse produto de difícil digestão, principalmente para crianças. O pâncreas acaba sendo sobrecarregado, o que pode favorecer mais tarde a um quadro de diabetes. A gordura do leite submetida à homogeneização, pode rancificar (oxidar) ou mesmo ser completamente retirada. A gordura oxidada pode gerar colesterol oxidado, um reconhecido fator de doença cardíaca, (não o colesterol em si, mas a sua oxidação!)

O leite sem gordura é vendido como se fosse mais saudável, uma vez que a mutilação cognitiva dos tempos modernos faz o ingênuo consumidor demonificar as gorduras. Esse emburrecimento epidêmico é vital para o incremento do processo industrial sobre os alimentos. Alimentos integrais têm quantias de gorduras genuinamente necessárias. E ao contrário do que “experts” em alimentação ficam dizendo na mídia comercial, a obesidade e todas as doenças correlacionadas ao excesso de peso em nada tem a ver

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com o consumo de gorduras naturais e genuínas. É um pensamento muito tosco e rudimentar crer que a gordura acumulada no corpo ou nos órgãos seja a gordura que foi ingerida, e de forma inalterada, se acumulou no organismo. Deveria ser considerado um criminoso o indivíduo que divulgasse tamanho absurdo. A obesidade tem a ver com fatores diversos tais como: excesso de carbohidratos refinados, a falta de atividade física e o estresse.

Na verdade a gordura do leite tem especial importância para o consumo humano: proporciona a absorção das vitaminas e dos minerais fundamentais contidas no leite. Sem ela o leite se torna um alimento inútil. O leite desnatado não deveria ser consumido em hipótese alguma. A gordura do leite é a melhor fonte alimentar de pré-vitamina A e de vitamina D. É também fonte de excelentes ácidos graxos de cadeia curta, substâncias que podem ser até mesmo anti-carcinogênicas.

Muitas vezes, é adicionada vitamina D sintética ao leite desnatado, um produto de alto potencial tóxico para o fígado. Além disso, o leite desidratado e sem gordura é rico em nitritos, igualmente tóxico para o organismo.

Os piores alimentos

O leite processado UHT pode ser considerado com um dos piores produtos alimentares disponíveis para os consumidores urbanos. Em primeiro lugar temos os produtos produzidos com gordura vegetal hidrogenada e com óleos vegetais (seja pelo excesso de ácidos graxos tipo trans, ou pelos ácidos graxos oxidados pelo aquecimento, ou ainda, simplesmente porque são produtos oleosos com quantias tóxicas de poliinsaturados tipo ômega 6, um tipo de lipídeo, disponível em pequeníssimas porções nos alimentos naturais, e consumidos em níveis absurdamente altos nos produtos processados ou nos óleos vegetais comuns, como os óleos de soja, girassol e de milho. O excesso de ômega 6 pode estar relacionado a escalada impressionante de doenças ligadas ao sistema imune, doenças degenerativas e do câncer).

Em segundo lugar, temos os produtos que contém açúcar refinado. Finalmente temos os sucos de frutas, que ao contrário das frutas “in natura”, incrementa de forma desproporcional a ingestão de glicídios como a frutose, ou do próprio açúcar (sucos adoçados) ou

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de adoçantes artificiais (como o aspartame). Os sucos são despojados de fibras, talvez a principal virtude das frutas, uma que a vitamina C é muitas vezes perdida e substituída artificialmente pelo processamento industrial.

Outros problemas

O leite processado tem suas propriedades protéicas modificadas, o que o transformou em um grande causador de alergias de origem alimentar. As alergias podem ser grandes facilitadoras das infecções de repetição em crianças, como as otites crônicas. Pode haver um estímulo aos quadros gastrointestinais (diarréias, dor abdominal, gazes), acne e outras afecções cutâneas, câimbras e anemia ferropriva. Uma proteína enzimática especialmente prejudicial que pode ser ingerida no leite processado sem adequada transformação no intestino, é a xantina oxidase que pode ter relação com doenças cardíacas.

Por mais paradoxal que possa parecer, o emprego de leite bruto, não processado, pode ser um fator de melhora dos processos alérgicos, inicialmente ligados ao próprio consumo de leite (na verdade leite desnaturado).

Exemplos culturais

O pesquisador Weston Price estudou culturas tradicionais como o povo de um vale suíço, (Loetschental Valley). Essa população utiliza leite não processado (nem pasteurizado, nem homogeneizado, nem desnatado), proveniente de gado criado livremente, alimentado exclusivamente em pasto verde. E esse leite é a fonte alimentar primordial de excelentes nutrientes, sendo um generoso ingrediente da excelente saúde dessa privilegiada comunidade. Tribos masais africanas, generosos consumidores de leite, extraordinariamente gordo de seu gado zebu, tem excepcional saúde cardíaca e invejável perfil de lipídios sangüíneos (principalmente ótimas taxas de colesterol).

Indiscutivelmente, o consumo de leite é uma das melhores fontes de cálcio, principalmente nas populações mais distantes da linha do equador, para povos que não teriam outras fontes razoáveis de cálcio, como os habitantes de locais com inverno prolongado ou de áreas muito áridas. A falta de bons níveis de ingestão de cálcio pode ter relação, não apenas com os óbvios transtornos de

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desenvolvimento ósseo, mas também com a hipertensão arterial, alguns tipos de câncer e as artrites. O leite é uma síntese alimentar de nutrientes essenciais que indubitavelmente tem estreita relação com a sobrevivência do ser humano nas mais drásticas condições de vida. Naqueles tempos as pessoas não teriam a insanidade de consumir suplementos alimentares, transformados em pílulas comerciais como opção a fontes alimentares integrais e genuínas e que devem manter as pessoas verdadeiramente integradas à natureza!

Informação corrompida

A questão do leite envolve um grande numero de interesses. O simples fato da facilidade de diagnósticos de problemas ligados à ingestão de leite levar a uma trivial solução: a troca pelo uso de extrato de soja, vulgo leite de soja, já é de levantar suspeitas. Afinal se esse produto fosse bom mesmo não seria “leite” de soja - seria uma insanidade utilizar o nome de um produto verdadeiramente ruim (o leite) para melhorar a inserção no mercado de uma maravilha da tecnologia industrial que envolve: a indústria de sementes, de agro-tóxicos, de transformação alimentar e de embalagens multi-beneficiadas, além, é claro, da ignorância coletiva!

Esse produto pode aumentar de forma muito significativa a ingestão de substâncias que imitam hormônios femininos (fitoestrogênios), o que sob qualquer condição e em quaisquer quantias deveriam evitados nas crianças pequenas, principalmente nos meninos, uma vez que qualquer produto similar ao estrogênio é tudo que eles precisam evitar para não gerarem danos nas suas características masculinas!

Além disso, o uso de alimentos com qualidades de hormônio feminino só pode piorar o ambiente fortemente estrogênico propiciado por inúmeras fontes poluidoras modernas (plásticos, agrotóxicos etc.), incrementando ainda mais as já preocupantes taxas de câncer de mama, próstata, transtornos do climatério, dificuldades reprodutivas etc.

Ao invés dos agentes de saúde avaliarem de modo honesto o que se passa com o leite, o produto é sumariamente condenado, e o processo industrial escapa incólume, já que a indústria que produz

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o leite UHT e seus derivados é a mesma que oferece seus substitutos. Elas não costumam perder nunca.

Situação ainda mais bizarra é a que aconteceu com as fórmulas infantis substitutas de leite materno. No Brasil, infelizmente essas fórmulas são amistosamente chamadas de leites em pó para crianças, ou leite maternizados. Seria muito esclarecedor especificarmos o que tem de “maternal” colocar óleo de canola (produto transgênico), açúcares ou outros produtos vegetais, num alimento que deveria ser exclusivamente de origem do reino animal, como é o leite materno. É com absoluta humilhação que deveríamos enxergar as políticas de estímulo ao aleitamento materno. É como se devêssemos estabelecer políticas de saúde pública para que as pessoas evacuassem ou utilizassem outras funções corporais normais!

Mas como, estamos num franco processo de “desgarramento” de nossa ecologia, de nossa integração com a mãe natureza, aceitamos como normal uma mãe humana, ao contrário de qualquer mamífero “inferior”, não conseguir dar leite para sua prole! Não conseguimos mais manter a vida se não fosse a generosa indústria alimentar! Depois de centenas de milhares de anos de aclamado progresso, nem mesmo conseguimos alimentar naturalmente nossos filhos. É claro que isso torna, também, plenamente aceitável a quantia insana de partos cesáreos, de reprodução assistida, de políticas alimentares que desrespeitam fundamentos das necessidades corporais, do uso promíscuo de cirurgias plásticas, do emprego de medicamentos que modificam a percepção de nossa absurda infelicidade como os antidepressivos modernos ou medicamentos poderosos para crianças ficarem mais integradas a essa “beleza formidável” em que se transformou a sociedade moderna! O anti-natural é comum e até mesmo honroso!

Alternativas

Os problemas da alimentação ligados ao leite podem ser plenamente combatidos com o uso de leite! A aparente ironia dessa afirmativa diz respeito ao movimento mundial do uso do leite bruto (raw milk), não homogeneizado e nem pasteurizado e, muito menos submetido ao drástico processo UHT. O risco de doenças graves por bactérias como a salmonella e o campylobacter só deveria ser considerado nos indivíduos com severos quadros de imuno-depressão. Em indivíduos saudáveis há pouco risco de prejuízos à

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saúde, pelo contrário. O emprego do leite bruto pode ser um renovador processo de alívio de inúmeros quadros alérgicos, da prevenção do câncer, além de promover um incremento no estado geral de saúde.

Uma maneira incipiente de melhorar o nosso consumo de leite pode ser feito com o uso do leite tipo A, mantido em refrigeração, facilmente encontrado no mercado. Não é o ideal, mas é o que temos de mais próximo do leite bruto nas cidades brasileiras. Algumas feiras de produtos naturais podem fornecer leite de gado e de caprinos verdadeiramente integrais.

Muitas pessoas acreditam que deveríamos nos purificar, nos submetendo a certos credos alimentares, que partem do princípio que somos sujos, impuros, como qualquer pessoa que não nasceu de uma concepção assexuada como a da virgem Maria! Não há porque desconfiar de que os povos inuits do pólo norte ou os sumbarus africanos sejam povos impuros, que deveriam modificar sua forma de se alimentar para alcançar um estado mais qualificado de espiritualidade! Parecem mais impuros aqueles que destruíram seus ecossistemas com a agricultura. Também parecem ser muito mais “impuros” os que se utilizam de comprimidos para suprir suas carências de minerais ou vitaminas. Mais impuros ainda são os que consomem produtos modificados pela transformação industrial. Esses são os verdadeiros profanadores!

O retorno aos hábitos tradicionais, especialmente pelo emprego de fontes alimentares genuinamente naturais, pode ser a chave da saúde, da felicidade e do verdadeiro encontro com a existência e com a plenitude da harmonia com o meio ambiente! O retorno do uso do leite bruto pode ser um belo caminho de recomeço!

20/02/2006

Dr. José Carlos Brasil PeixotoMédico Homeopata

Fonte: http://www.umaoutravisao.com.br/Paradownloads/A%20questao%20do%20leite.pdf

VISITE O SITE: http://www.umaoutravisao.com.br/index.html

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“A Menopausa e os Segredos dos Hormônios Femininos”, Dr. José Carlos Brasil Peixoto, médico homeopata. Pedidos: diretamente ao autor: [email protected]

“O Leite que ameaça as mulheres”, um documento explosivo: o consumo de derivados do leite teria uma influência preponderante sobre os cânceres de mama; Raphael Nogier, Ícone Editora Ltda, São Paulo, 1999.

“As Alergias Ocultas nas Doenças da Mama”, Raphael Nogier, Organização Andrei Editora Ltda,1998.

“Leite: Alimento ou Veneno?” do pesquisador e cientista Robert Cohen, Editora Ground, São Paulo, 2005.

“Alimentação que evita o Câncer e outras doenças”, Dr. Sidney Federmann/ Dra. Miriam Federmann – Editora Minuano”

“Curas Naturais “Que” Eles Não Querem Que Você Saiba”, Kevin Trudeau, Editora Alliance Publishing Group. Inc., 576 páginas, Spain, 2007 (Edição em português publicada pela LTVM, S.A.)

“Técnicas de Controle do Estresse”, Dr. Vernon Coleman, Imago Editora, 116 páginas (O Livro Explica Como, Porque e Quando o Estresse Causa Problemas Alem de Mostrar Formas Eficientes de Controlar e Minimizá-lo em sua Empresa.)

“Fazendo as Pazes com Seu Peso”, Obesidade e Emagrecimento: entendendo um dos grandes problemas deste século, Dr. Wilson Rondó Jr., Editora Gaia, São Paulo, 3ª Edição, 2003.

“Homeopatia e Medicina” Um novo debate, Dr. François Choffat, 326 páginas, Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 1996.

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“A dieta do doutor Barcellos contra o Câncer” e todas as alergias, Sonia Hirsch - uma publicação Hirsch & Mauad, Rio de Janeiro, 2002 www.correcotia.com

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