e faÇa o seu recadastramento! preencha e envie-nos o ......e há muitos deles, tanto do lado de...

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Um projeto de contrapartida social PRODUTIVO Um aliado Um aliado Um aliado Um aliado Um aliado no no no no no CONGRESSO Encontro Encontro Encontro Encontro Encontro Págs. 06 E 07 Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Nº 60 Maio 2005 Pág. 02 Palavra do presidente P reocupada com o bem-estar dos seus membros, a SBOT pretende disponi- bilizar serviços de seguro de vida e previdência privada no futuro. O assunto foi o tema principal da entrevista feita com o presidente da Comissão de Previdência da SBOT, Ricardo Esperidião. Para a implemen- tação é necessário que os ortopedistas preencham o formulário que se encontra encartado nesta edição e o devolvam para a SBOT o mais rapidamente possível. O aumento do número de processos contra os médicos é uma preo- cupação permanente, tema que o Jornal da SBOT aborda nesta edição. Foram ouvidos o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, repre- sentando o Poder Judiciário, um conse- lheiro do CRM de São Paulo e um advo- gado do Rio de Janeiro especialista em processos desta natureza. Encontro Encontro Encontro Encontro Encontro PRODUTIVO Os resultados do trabalho de consultoria, apresentados à diretoria em Florianópolis, colocam a SBOT num patamar organizacional que podemos considerar muito bom, tanto nos aspectos científico e fiscal quanto no processo de gestão. Política O deputado Rafael Guerra foi reconduzido por aclamação à presidência da Frente Parlamentar da Saúde, entidade supra- partidária que tem sido essencial para as conquistas da classe médica em Brasília. Pág. 05 Pág. 02 Editorial A trambicagem anônima de certos médicos, que vivem para imaginar a melhor maneira de prejudicar os demais colegas é semelhante às ações de integrantes do PCC que, da cadeia, bolam seqüestros e outras barbáries. Um aliado Um aliado Um aliado Um aliado Um aliado no no no no no CONGRESSO Pág. 03 Pág. 09 SBOT-APAE A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia está dando continuidade à parceria firmada com a Federação Nacional das APAE´s, entidade que congrega as Associações de Pais e Amigos do Excepcional em todo o Brasil. Um projeto de contrapartida social FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO! Preencha e envie-nos o formulário encartado nesta edição. FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO! Preencha e envie-nos o formulário encartado nesta edição. Máscaras e CARAPUÇAS Máscaras e CARAPUÇAS

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Page 1: E FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO! Preencha e envie-nos o ......E há muitos deles, tanto do lado de cá, quanto do lado de lá. Mas eu vou falar hoje do lado de lá. A mãe do Pedro,

Maio 2005

Um projeto decontrapartida social

PRODUTIVO

Um aliadoUm aliadoUm aliadoUm aliadoUm aliado nonononono CONGRESSO

EncontroEncontroEncontroEncontroEncontro

Págs. 06 E 07

Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de

Ortopedia e Traumatologia Nº 60 Maio 2005

Pág. 02

Palavra dopresidente

Preocupada com o bem-estar dos seusmembros, a SBOT pretende disponi-bilizar serviços de seguro de vida e

previdência privada no futuro. O assuntofoi o tema principal da entrevista feita

com o presidente da Comissão dePrevidência da SBOT, Ricardo

Esperidião. Para a implemen-tação é necessário que os

ortopedistas preencham oformulário que se encontraencartado nesta edição e

o devolvam para a SBOT omais rapidamente possível.

O aumento do número de processos contra os médicos é uma preo-

cupação permanente, tema que oJornal da SBOT aborda nesta edição.Foram ouvidos o desembargador doTribunal de Justiça do Paraná, repre-sentando o Poder Judiciário, um conse-lheiro do CRM de São Paulo e um advo-gado do Rio de Janeiro especialista emprocessos desta natureza.

EncontroEncontroEncontroEncontroEncontroPRODUTIVO

Os resultados do trabalho de consultoria,apresentados à diretoria em Florianópolis,colocam a SBOT num patamar organizacionalque podemos considerar muito bom, tantonos aspectos científico e fiscal quanto noprocesso de gestão.

Política

O deputado Rafael Guerra foi reconduzidopor aclamação à presidência da FrenteParlamentar da Saúde, entidade supra-partidária que tem sido essencial paraas conquistas da classe médica em Brasília.

Pág. 05

Pág. 02

Editorial

A trambicagem anônima de certos médicos,que vivem para imaginar a melhor maneirade prejudicar os demais colegas é semelhanteàs ações de integrantes do PCC que, da cadeia,bolam seqüestros e outras barbáries.

Um aliadoUm aliadoUm aliadoUm aliadoUm aliado nonononono CONGRESSO

Pág. 03

Pág. 09

SBOT-APAE

A Sociedade Brasileira de Ortopedia eTraumatologia está dando continuidade àparceria firmada com a Federação Nacionaldas APAE´s, entidade que congrega asAssociações de Pais e Amigos do Excepcionalem todo o Brasil.

Um projeto decontrapartida social

FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO!Preencha e envie-nos o formulário encartado nesta edição.

FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO!Preencha e envie-nos o formulário encartado nesta edição.

Máscaras eCARAPUÇAS

Máscaras eCARAPUÇAS

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Jornal da SBOT

Máscaras eMáscaras eMáscaras eMáscaras eMáscaras eCARAPUÇASCARAPUÇASCARAPUÇASCARAPUÇASCARAPUÇAS Encontro

Produtivo

EDITORIAL

É

Ligue grátis 0800 5572682

PALAVRA DO PRESIDENTE

Éimpressionante como a espéciehumana consegue, a cada mo-mento, ser mais surpreendente

em sua capacidade imaginativa.Lamentavelmente esta capacidade,por vezes, é muito mais direcionadapara o mal do que para o bem.Saibam, pois, o que vem acontecendo,dentre outros absurdos: formas vivasexecráveis, não bastasse as barbáriesque cometeram fora e dentro dasgrades, agora lançam mão de celu-lares e, lá dos presídios, ameaçam esimulam “seqüestros”. Num tomagressivo, referindo dados pessoais efamiliares corretos, apreendem avítima numa linha telefônica e noembolado arrebatador forçam depó-sitos em contas bancárias ou comprade créditos para celulares de alguémdo PCC. É o absurdo!Bem, mas eles são bandidos e é porisso que estão presos. São indivíduosque só pensam na sacanagem, massão anônimos, assim como são anô-nimos alguns colegas que tambémvivem pensando em como sacanear.E há muitos deles, tanto do lado decá, quanto do lado de lá. Mas eu voufalar hoje do lado de lá.A mãe do Pedro, paciente que iríamosoperar na 3ª feira de manhã, me ligadesesperada no domingo, não bastas-se o estresse com o problema do filho:– Doutor, a mocinha do convênioligou-me e disse que o senhor tem demandar um fax urgente com o laudoda ressonância, senão eles não vãoautorizar a internação.A cirurgia havia sido agendada quinzedias antes. Exigências mais recentesdo convênio e hospitais: no mínimodez dias, para dar tempo de autorizar

“internação e materiais” (sic). Após umvai-e-vem incansável de solicitações,justificativas e relatórios com “detalha-mento minucioso” (sic) e códigos, adanada da mocinha liga para a mãe,num domingo à tarde. Não é umasacanagem? Não, mas é muita saca-nagem! E agora põe sacanagem nisso:o laudo do radiologista é que podeautorizar ou não o seu ato cirúrgico,que foi depreendido após anamnese,exame físico e solicitação de um ououtro exame complementar.E eu pergunto: você já viu algum lau-do equivocado (para não dizer outracoisa)? E continuo perguntando: a cul-pa pelo mau gerenciamento de planosnão era uso abusivo de exames? Qualé a deles? Aliás, volto a perguntar:quem são eles? Eles têm CRM? Elesfizeram o mesmo juramento que vocêe eu? Isto mais parece a maravilhosae sempre atual ficção de GeorgeOwen no livro 1984 (continuação daRevolução dos Bichos). Enquanto elesestavam do lado de cá, achavam tudoque nós achamos e aí, não mais quede repente ficam bolando “seqües-tros” de dignidade de uma profissãomaravilhosa, que deve ser exercidacom amor, rigor e decência.A estes eu peço: não trabalhem parasolapar a confiança que o pacientetem no seu médico; sejam maisinventivos e eficientes; descredenciemaquele que está agindo mal; não nostratem como se fôssemos todossacanas. Vocês têm as informações.É pegá-los ou, simplesmente, con-tinuar dando golpes anônimos, porquepara mim os sacanas são vocês.

Cláudio SantiliEditor-chefe

EncontroProdutivo

Com a finalidade de se discutiro planejamento e gestão daSBOT, no dia 06 de maio

reuniram-se em Florianópolis, aconvite da atual diretoria, todos oscolegas integrantes das gestões2005, 2006 e 2007, juntamentecom os oito últimos ex-presidentesda SBOT, os presidentes de co-missões e os presi-dentes dos CongressosBrasileiros em anda-mento. A pauta prin-cipal do encontro foi aapresentação do tra-balho de consultoriacontratada no início doano – processo quederivou da necessi-dade de sabermosqual o atual estágioem que nos encon-tramos nas áreas trabalhista, fiscal etributária – e propor as mudançasnecessárias. A apresentação foi feitapelo consultor Rogério Villa, que estácoordenando este trabalho na SBOT.Em seguida abriu-se a discussãopara todos os presentes.Essa reunião foi importante para queos responsáveis pela gestão daOrtopedia Brasileira tomassemconhecimento de como estamos e oquanto podemos melhorar noaspecto administrativo. A consultoriacomeçou em janeiro de 2005 e te-mos convicção de que gerará bene-fícios para todos, pois otimizandonossa área administrativa certamentesobrarão mais recursos para investir-mos em projetos voltados para a Edu-

cação Continuada, Ensino e Treina-mento, Informática, CampanhasPúblicas e Ações Sociais. De ummodo geral os resultados apresen-tados nos colocam num patamarconsiderado superior às demais so-ciedades médicas, tanto em relaçãoao processo de gestão quanto noaspecto fiscal. Entretanto, existem

adequações a seremfeitas e este será nossodesafio: melhorar oque precisa ser melho-rado para que a SBOTesteja cada vez maisadaptada à legislaçãovigente, com uma es-trutura enxuta e fun-cional. Também foidada a oportunidadepara que os presiden-tes de diversas comis-

sões da SBOT fizessem um relato desuas atividades, como as comissõesde Defesa Profissional, EducaçãoContinuada, Informática e Previdên-cia. Também esteve na pauta as co-memorações pelo aniversário de 70anos da SBOT, que deverão contarcom diversas ações, incluindo a edi-ção de uma publicação especial naforma de revista. Comentou-se, tam-bém, a reunião ocorrida em Carta-gena, na Colômbia, onde estivemospresente juntamente com líderes de14 Sociedades de Ortopedia paradefinir os novos rumos da SLAOT –Sociedade Latino-americana deOrtopedia e Traumatologia.

Walter Manna AlbertoniPresidente da SBOT

C

“Os resultadosapresentados nos

colocam numpatamar considerado

superior às demaissociedades médicas,

tanto em relaçãoao processo de

gestão quanto noaspecto fiscal”.

Máscaras eMáscaras eMáscaras eMáscaras eMáscaras eCARAPUÇASCARAPUÇASCARAPUÇASCARAPUÇASCARAPUÇAS

“Brasil, mostre asua cara”. (Cazuza)

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Maio 2005

ENTREVISTAS

Visite o seu portal www.sbot.org.br 3

Preocupação SOCIALPreocupação SOCIALPreocupação SOCIALPreocupação SOCIALAtravés da

Comissão dePrevidência a

SBOT demonstrasua preocupaçãocom o futuro dosseus associados.A idéia é oferecer

serviços comoseguro de vidae previdência

privada.O presidente

da Comissão dePrevidência,

RicardoEsperidião,

falou sobre esseassunto em

entrevista aoJornal da SBOT.

Quando os projetos já estiveremdefinidos, todos serão devidamenteinformados sobre como proceder.

Haverá necessidade de osortopedistas se cadastraremnovamente?Sim, porque quandoo cadastro da SBOTfoi elaborado não sepensava em oferecerserviços como previ-dência privada e se-guro de vida em grupo.Assim, muitas infor-mações essenciais, comoa data de nascimentodos membros e deseus dependentes, porexemplo, deixaram deser registradas. Por issoestamos solicitando queos sócios façam seurecadastramento, utili-zando, para essa finalidade, aficha que está encartada nestaedição do jornal. Somente comestas informações é que pode-remos dar continuidade a estetrabalho.

Até quando os ortopedistaspoderão enviar os formuláriospreenchidos?O mais rapidamente possível.É importante que todos os cam-pos sejam preenchidos de ma-

neira correta para que não hajadúvidas no momento de se con-ceder o benefício.

O senhor considera importantea participação dos ortopedistasna SBOT?

Sem dúvida, pois só assimpoderemos crescer pro-fissionalmente e comocidadãos. Participar daSBOT sempre foi muitoimportante do pontode vista pessoal, poistoda a minha formaçãoprofissional foi feita emserviços cujos professoressempre pertenceram àela. As várias direto-rias pelas quais passeiproporcionaram-me aoportunidade de co-nhecer mais de pertoa sua estrutura, auxiliar

na solução de seus problemase, principalmente, estreitar os laçosde amizades com nossos colegas.Como presidente da Comissãode Previdência vejo que há difi-culdades naturais em se imple-mentar algo além da formação eda atualização científica, que sãovocações da nossa sociedade, mascom o apoio que esta diretorianos tem dado e, com certeza asvindouras, haveremos de consolidarimportantes projetos nesta área.

Pesquisa realizada pela Pro Teste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, em parceria com a AssociaçãoMédica Brasileira, mostrou que as crianças e os idosos são as maiores vítimas de acidentes com produtos. A

advogada Maria Inês Dolci, diretora do Departamento Institucional da Pro Teste concedeu a seguinte entrevista:

O que motivou a pes-quisa?A falta de registros dessesacidentes e suas causas.É uma preocupação doCódigo de Defesa doConsumidor que essesacidentes sejam redu-zidos, a exemplo deoutros países, como osEstados Unidos, quehoje economizam mi-lhões de dólares comatendimento e internaçãohospitalar.

Quem participou des-se projeto?O trabalho foi feito emparceria entre a Associ-ação Médica Brasileira e a Pro Teste,mas os apoiadores do projeto foram

o Hospital São Paulo,o Hospital das Clínicas,a Santa Casa de Mi-sericórdia de São Pauloe o CCI – Centro deIntoxicações da Pre-feitura de São Paulo.Uma equipe de pesqui-sadores registrou, du-rante três meses, todasas ocorrências que po-deriam ser caracteri-zadas como acidentes deconsumo nesses trêshospitais. Assim foi pos-sível obtermos um mapadesses acidentes e suaanálise, proporcionandoa melhoria dos pro-dutos colocados no

mercado e a redução dos gastoscom saúde pública.

Os resultados ajudam em quesentido?Uma vez que pudermos ter os re-gistros das causas e circunstânciasdesses acidentes poderemos cobrardo Poder Público uma atuação maisfirme com relação aos fornece-dores. Se algum produto causaacidentes ou falta de segurança, eledeve ser consertado ou até retiradodo mercado.

Um dos objetivos do estudo foipropor a obrigatoriedade denotificação compulsória dessesacidentes. Houve avanços?Sim. Há um projeto de lei de au-toria do deputado Dimas Ramalho(SP) que prevê a criação de umbanco de dados para estas ocorrênciaspara, a partir daí, exigir a notificaçãocompulsória.

Acidentes de ConsumoAcidentes de Consumo

OOOOOque é um acidente deconsumo?É todo acidente causado

por serviços ou produtos que, mesmousados ou colocados no mercadode forma adequada, causam danosaos consumidores. O conceito deacidente de consumo veio coma criação do próprio Código deDefesa do Consumidor, que tratada questão da segurança e dosdireitos do consumidor. Hoje nãohá registros no país com essesdados e nosso trabalho é inéditona América Latina. Muitas vezeso fabricante nem fica sabendo queseu produto causou determinadoacidente porque ele não foi rela-tado, e assim, não pode procedermudanças necessárias e melhoriasnos produtos, incluindo sua retiradado mercado.

OOOOO

“Se algum produtocausa acidentes oufalha de segurança

ele deve serconsertado ou até

retirado do mercado”.

Ricardo Esperidião

CComo o senhor avalia aimportância da Comis-são de Previdência?

Não se pode conceber uma Socie-dade com 70 anos de existência queproporcione apenas formação eatualização cientifica. Devemosprocurar benefícios outros, aosquais um conglomerado tão grandede profissionais possa ter acessocomo, por exemplo, descontos signi-ficativos na concessão de seguros,previdência privada, pecúlios eoutros. Além disso, proporcionar ummaior grau de sociabilização entrenós, daí a importância da Comissãode Previdência da SBOT.

Sua criação foi um avanço?Sem dúvida que sim, porque ela iráagregar prestação de serviços aossócios da SBOT.

Já há algum projeto definido?Sim, há vários projetos que estãosendo discutidos e que certamentetrarão benefícios aos ortopedistas,dentre eles a criação de um segurode vida em grupo e pecúlio. Posterior-mente a SBOT pretende oferecertambém previdência privada.

Quem terá direito a estesserviços?Todos os sócios que estiverem emdia com as anuidades da SBOTpoderão usufruir destes benefícios.

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Jornal da SBOT

70 anos70 anos70 anos70 anos70 anos70 anos70 anos70 anos70 anos70 anos

A

MÉDICO: perseguido, empobrecido, explorado e... DESUNIDO

Envie seu e-mail: [email protected] da SBOT

EDITORIAL

A distância entre pobres e ricos noBrasil é vergonhosa e se aproxima dospaíses mais pobres da terra. Numpaís de tantas riquezas, isto é inad-missível. A indústria do erro médico,que "planta" advogados em portas dehospital, usando o instrumento dajustiça gratuita, éuma tremenda ex-ploração e perse-guição à atividademédica. Exigem so-mas milionárias eavançam no patri-mônio do médico.Uma aplicação equi-vocada da lei doconsumidor nos co-loca diariamentecontra a parede e cria processosque brotam na mente dos advo-gados e que, muitas vezes, o clienteassina sem ler.Se não há perseguição, onde estãoos processos contra massagistas,fisioterapeutas, dentistas, engenheirose até advogados? (É claro quenão desejamos isso a eles). O sa-lário do médico que trabalha para

prefeituras, estados ou para a Uniãoé humilhante. Não dá sequer parapagar a gasolina do carro, oestacionamento etc. Ultimamentetemos observado colegas na faixa de60-70 anos disputando plantões depronto-socorro com os mais jovens.

Todos os anos, ospolíticos candidatosa cargos eletivosprometem priori-dade para edu-cação e saúde. Osprofessores, coita-dos, nunca seriamsuperados como osmais mal remune-rados. Outra ques-tão é a que ocorre

nos hospitais. Se a direção precisaatrasar o salário de alguém, essealguém é o médico que, no con-sultório, tem de pagar aluguel, sa-lário dos funcionários, luz, água,telefone, CRM, IR, COFINS, ISS,ar-condicionado. Recebe, às vezes,R$ 20, R$ 27, R$ 33 por consulta.Precisa, no mínimo, fazer 140 con-sultas por mês para pagar aquelas

MÉDICO: perseguido, empobrecido, explorado e... DESUNIDO

CFM

A Resolução 1.718, publicadapelo Conselho Federal deMedicina em maio do ano

passado, proíbe expressamente oensino de atos privativos de médicosa profissionais sem formação emmedicina, como paramédicos, porexemplo. Os argumentos do CFMpara justificar a medida são vários:zelar pelo bom atendimento dospacientes, fato que só pode serfeito por profissionais médicos;que os cursos que ensinam oato médico só podem ter médicoscomo alunos e que os atos, diag-nósticos e a indicação terapêuticasó podem ser feitos por médicos,pois fogem da competência de outrosprofissionais. Dois outros motivos sãoenumerados na resolução: primeiro,

que o campo de trabalho do mé-dico se tornou muito concorridopor agentes de outras profissões,muitas vezes sem a definição clarados limites interprofissionais e,segundo, que em muitos cursosde suporte avançado de vida sãoensinados procedimentos inva-sivos caracterizados como AtoMédico. Segundo o artigo 4º, osdiretores técnicos de instituiçõesde saúde poderão ser responsabili-zados se permitirem o ensino de atosmédicos a outros profissionais. Aresolução abre caminho parauma questão importante: os con-gressos da SBOT podem aceitarinscrições de outros profissionais desaúde interessados nos cursosali ministrados?

“A indústria do erromédico, que "planta"advogados em portasde hospital, usando oinstrumento da justiça

gratuita, é umatremenda exploração

e perseguição àatividade médica”.

ÉÉ muito doloroso escrever sobreesse tema. Infelizmente é atriste realidade que tem piorado

dia-a-dia e que parece prosperardevido à intensa letargia que aco-mete a categoria médica. Antes demais nada, é preciso esclarecerporque somos uma categoria e nãouma classe. Temos no nosso meio unspoucos colegas de nível sócio-econômico alto que não são afetadospela crise e têm uma clientela seleta.Já se disse que o Brasil na realidadeé a Belíndia – uma mistura deBélgica com Índia. Uma parcelados médicos, intermediária, seequilibra na classe média, porém,a maioria já está atingindo pata-mares econômicos baixíssimos,com repercussão direta no modusvivendi da mulher e dos filhos.Por isso somos uma categoria(com tantos níveis econômicos) enão uma classe.Dizer que estamos pobres ou mise-ráveis é um desrespeito a milhões debrasileiros que ganham saláriosridículos, insuficientes para manter afamília com um mínimo de decência.

despesas, isso se o computadornão quebrar ou ocorrer qualqueroutra intercorrência.Evidentemente a tendência naturalé fechar o consultório. O doente parti-cular não existe. Seria o das segura-doras, se o médico tivesse coragem.Os pacientes de seguradoras,ou quem pagasse por reembolso,representaria a volta do doentepagante no consultório.Se o médico quisesse continuar "refe-renciado", que pelo menos exigisse aCBHPM e reajuste anual. Nem umacoisa, nem outra, as seguradorasquerem dar. Desreferenciarammuitos, participantes ou não domovimento. O reconhecimento e avalorização do nosso trabalho passapela conscientização de cada umsobre a importância da nossaprofissão e união pela aprovação daLei do Ato Médico, por uma entidadeúnica nacional (Ordem dos Médicos),pela implantação da CBHPM. Se nadafizermos tudo poderá piorar aindamais. Há luz no fim do túnel.

George BitarPres. Com. Defesa Profissional

É vedado o ensino de atos médicos sob qualquer forma detransmissão de conhecimentos, a profissionais não médicos,

inclusive àqueles pertinentes ao suporte avançado de vida, excetoo atendimento de emergência à distância, até que sejam

alcançados os recursos ideais.

Ato médico éprivativo do médico

Ato médico éprivativo do médico

ANIVERSÁRIO

Florianópolis. A revista terá aproxi-madamente 250 páginas e oconteúdo será produzido pelosex-presidentes da SBOT, que irãocontar sua experiência, pelos pre-

sidentes das re-gionais, comissõese comitês daSBOT, além deoutros colabora-dores. O projetojá está em faseadiantada. Oprazo para aprodução de todoo conteúdo vaiaté 30 de junho,quando começa afase de produçãográfica. A idéiaé que a revista

esteja totalmente concluída até odia 19 de setembro, quando co-meçará a ser distribuída paratodos os ortopedistas.

SBOT 70 anosSBOT 70 anos

Os coordenadoresdo projeto Osvandré Lech e RenatoGraça; no destaque, o selo come-morativo da SBOT.

Entre as ações previstas para as comemorações do aniversário de70 anos da SBOT está o lançamento de um selo comemorativo e a

edição de uma publicação especial

NNo próximo dia 19 desetembro a SBOT estarácompletando 70 anos de sua

fundação. Para comemorar esta dataespecial, foi elaborado um seloespecial estilizadoque já está sendoutilizado em to-das as corres-pondências envi-adas pela SedeNacional. Alémdisso, tambémserá editada umapublicação es-pecial na formade revista paracontar a históriada OrtopediaBrasileira. A de-cisão foi tomadapela atual gestão e os detalhes foramapresentados pelos coordenadoresdo projeto, Osvandré Lech e RenatoGraça, numa reunião ocorrida em

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Maio 2005 Conheça a sede da SBOT: Al.Lorena, 427 - 14o andar - São Paulo - SP 5

CÂMARA DOS DEPUTADOS

O deputado federalRafael Guerra

(PSDB-MG) foi reeleitopara a presidência

da Frente Parlamentarda Saúde para mais

dois anos de mandato,fato que ele considera

como um reconhecimentoao trabalho que vem

sendo realizado.“A FPS é um movimento

suprapartidárioem prol da saúde”,

define. Ele concedeua seguinte entrevista ao

Jornal da SBOT:

tíssimo para a vinculação dos recursospara a saúde. O governo vem dificul-tando esse trabalho porque obvia-mente deseja se livrar das vinculaçõesorçamentárias para poder ficar livrepara remanejar os recursos comomelhor lhe convier. O problema éque a saúde já vem sendo alvo decortes sistemáticos, com dificuldadesorçamentárias muito grandes. Sema vinculação o quadro certamenteserá pior.

A vinculação é o grande desafioda FPS para o futuro?Em termos de saúde pública sim,mas há outras questões, como aaprovação da CBHPM, cujo acordojá está firmado, mas como a pautaestá obstruída ainda não foi possívelvotá-lo. Esperamos desobstruir a pautanas próximas semanas para dis-cussão em plenário.

Quais são as grandes con-quistas da Frente?Sem dúvida a recuperação do orça-mento que estava sendo retirado dasaúde e que merece nossa constanteatenção, foi uma das maiores. Outroganho recente foi com relação aoreconhecimento de diplomas de mé-dicos formados no exterior. Haviauma proposta do governo que visavaa revalidação automática dos diplo-mas, sobretudo dos médicos brasi-leiros formados em Cuba, o que nãotinha o menor cabimento. Não por serem Cuba, mas porque é assim em

todos os países. Não háreconhecimento automáticodos diplomas brasileiros emnenhum local e natural-mente o Brasil tem de dar omesmo tratamento. Essa éuma postura lógica porquefaculdades da Europa ouEstados Unidos não ofe-recem uma boa formaçãoem medicina tropical e epi-demiologia. Nossa reali-dade é completamente diferente, compatologias que já não existem mais emoutros países. Por isso qualquer mé-dico formado fora do país tem de pas-sar por um exame para revalidaçãodesse diploma antes de ter seu registroprofissional concedido. Considero issouma vitória porque o governo járecuou e vai abrir uma discussão,naturalmente dentro dos critérioslógicos e não dos interesses políticosou de qualquer outra natureza.

Como está a articulação dabancada da saúde com ogoverno Lula? Está mais fácil oumais difícil?É difícil dizer. Eu era vice-líder dogoverno anterior e nessa condiçãohavia mais facilidade de negociar, masao mesmo tempo havia mais dificul-dade para fazer cobranças. Agora ospapéis se inverteram: a cobrança émais fácil, mas a negociação, maisdifícil, embora os parlamentares dabase governista procurem ajudar bas-tante nesse processo. A atividade polí-

tica, sobretudo na saúde,sempre é difícil por isso éimportante mantermos aunidade da Frente e en-contrar pontos de conver-gência entre todos os de-putados. Só assim teremosforça para fazer valer asreivindicações da saúde,não apenas na esfera mé-dica ou hospitalar, mas tam-bém com relação aos medi-

camentos, equipamentos, coopera-tivas médicas etc. Temos de procurarintegrar o setor para que ele fiquemais forte para fazer frente à mávontade das equipes econômicas.

O deputado Severino Cavalcantitem se mostrado acessível aosparlamentares que integram abancada da saúde?Sem dúvida! O ex-presidente JoãoPaulo Cunha sempre nos atendeu comboa vontade e presteza e o presidenteSeverino tem feito o mesmo. Entre-tanto, estamos vivendo um momentopolítico muito conturbado para o PoderLegislativo, causado pela instalação deuma CPI para apurar denúncias decorrupção. Isso traz um desgaste paraa classe política como um todo, masé um momento importante para quea Frente Parlamentar da Saúde secoloque como uma entidade que tempropostas positivas a favor do País.Precisamos mostrar que na Câmara,mesmo com uma CPI, há parlamen-tares que trabalham para o Brasil.

E M B R A S Í L I A

DDDDDDDDDD epois de tanto tempo defuncionamento, aindaexistem dúvidas sobre a

legitimidade da Frente Parla-mentar da Saúde?Já ficou bem claro que somos umaentidade que vem conseguindo reuniro setor da saúde em torno de reivindi-cações e propostas comuns que bene-ficiam a saúde. Em 2003 consegui-mos recuperar quase R$ 4 bilhões doorçamento que estavam sendo dire-cionados para outras áreas. Temosmantido essa luta, mas também esta-mos dirigindo nosso esforço para aregulamentação da Emenda Consti-tucional 29, que proíbe o remaneja-mento de recursos do orçamento daUnião. Precisamos votar esse projetode lei complementar que é importan-

E M B R A S Í L I AUM ALIADO DOS MÉDICOSUM ALIADO DOS MÉDICOS

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Jornal da SBOT

O juiz MiguelKfouri Neto é

desembargadordo Tribunal de

Justiça do Paraná.

6 Ligue grátis 0800 557268

DEB

Jornal da SBOT

advento da Constituição de 1988 esse procedimentoficou muito mais acessível para a população em gerale isso demandou um aumento das denúncias, tantojunto ao Poder Judiciário, como também junto aosconselhos regionais de medicina. A Lei de Proteçãoe Defesa do Consumidor (Lei 8078/90) –, cujacriação estava prevista no inciso XXXII do artigo 5ºda Constituição Brasileira, criou uma série de direitosque anteriormente não eram normatizados, daí oaumento do número de processos.

Há advogados que estimulam os pacientesa processarem médicos?

Miguel Kfouri Neto: Creio não haver essaintenção de estimular demandas por partedos advogados, mas sem dúvida a proliferaçãode Cursos de Direito – são mais de 700 noBrasil, que colocam no mercado cerca de 65 milbacharéis por ano – é circunstância, no mínimo,facilitadora dessas ações.

Antônio Couto: Há pessoas que se envolvemem uma aventura jurídica, acreditando queestarão arriscando a possibilidade de auferiralguma vantagem pecuniária, a partir de umaversão exitosa que o seu patrono lhe acena. Onovo Código Civil, baseado na eticidade, jácomeçará a alcançar os advogados que praticaremesses abusos de direito.

Henrique Carlos Gonçalves: Não temos essainformação, entretanto cresceu muito o número deadvogados que se especializam em direito doconsumidor e em responsabilidade civil do médico.Muitos escritórios criaram departamentos quecuidam especificamente dessa área.

A Lei do Consumidor é um fator estimulantepara processos improcedentes?

Miguel Kfouri Neto: O Código de Defesado Consumidor, em seu artigo 14, exclui omédico e os demais profissionais liberais daresponsabilidade objetiva, sem culpa, que é osistema do Código. Também o artigo 951 doCódigo Civil torna claro que só haverá responsa-bilidade médica quando se comprovar culpa –imperícia, imprudência ou negligência – do

profissional da saúde. Mesmo assim, tenta-seaplicar indistintamente o CDC aos serviços desaúde. Isto, sim, culmina por estimular aventurasjudiciais, quando se pretende atribuir responsa-bilidade ao profissional mesmo sem haver culpado médico, sob a errônea invocação da lei deproteção do consumidor.

Antônio Couto: A Lei do Consumidor passou agarantir gratuidade de justiça (que os juizesconcedem sem comprovação, contrariando oartigo 5 da Constituição Brasileira), a inversãodo ônus da prova (o médico tem de provar quenão lesou) e o pedido de dano moral aviltado paramuito mais que o possível, provável e ponderável.Tudo isso agravado pelo fato de que nada pagarãoem caso de derrota. O País precisa rever essalegislação ou retirar a relação médico-paciente darelação de consumo.

Henrique CarlosGonçalves: A lei nãoé estimulante, masé mal interpretada,principalmente poralguns operadoresdo direito que pos-tulam indenizaçõesque, muitas vezes,são acolhidas porjuízes de primeirainstância. Nos tribu-nais de segunda ins-tância ou tribunaissuperiores as con-denações têm sidocomedidas. Entãoexiste uma interpre-tação equivocada pelos operadores do direito.

Não há como o juiz negar a abertura doprocesso quando se tratar de casodesprovido de suporte técnico, como análisepericial, por exemplo?

Miguel Kfouri Neto: No Brasil é vedado aojuiz exercer o controle imediato da pretensãodo autor, repelindo-a, caso manifestamenteimprocedente.

Os processos movidos contra os mprocedimentos cirúrgicos servem comdesta edição. A Comissão de Defesatema importantíssimo visando um"Indústria do Erro Médico". Para falaSBOT convidou o desembargador do TrKfouri Neto, o advogado Antônio Feprocessos envolvendo médicos e Henrdo Conselho Regional de Medicina do

A indústria do EA indústria do EA indústria do EA indústria do EA indústria do EA indústria do EA indústria do EA indústria do EA indústria do EA indústria do EOOOOOOOOOO que levou ao aumento do número

de processos contra médicos nosúltimos anos?

Miguel Kfouri Neto: A abertura descontroladade cursos de medicina – alguns em condições pre-cárias de funcionamento, o ingresso de profissionaisdespreparados no mercado, a dificuldade de acessoà residência médica, a necessidade de os médicosterem múltiplos empregos e a fadiga natural sãofatores que contribuem para o incremento de ocor-rências que se transformam em processos judi-ciais. Além disso, após 1988, o cidadão ad-quiriu maior consciência de seus direitos e pas-sou a buscar a reparação de quaisquer danos.Há que se mencionar, também, a péssima quali-dade do serviço público de atenção à saúde,pois o Brasil investe menos em saúde, “per capita”,que o Paraguai. Em contrapartida, o acesso àjustiça é cada vez maior, onde o cidadão quenão dispõe de meios para o custeio das des-pesas judiciais sem comprometer o sustento próprioe de sua família tem ao seu alcance inúmerosserviços de assistência judiciária.

Antônio Couto: O abrupto aumento de casosenvolvendo médicos como réus tem como umdos seus maiores exemplos a cópia que fizemosdo “modelo americano”, onde todos processamtodos o tempo todo. A estatística demonstra quetodo médico será processado pelo menos trêsvezes durante sua carreira. No Brasil, o iníciotambém se deve aos ganhos sociais trazidospela Constituição Cidadã, impingindo rigor exces-sivo na proteção dos consumidores (Lei 8078/90)e, erroneamente, incluindo relação médico-pacientecomo relação de consumo. Podemos acres-centar outros fatores como o alarmante númerode universidades médicas (135), falta de resi-dência médica para todos e a falta de recursosfinanceiros do governo, pois se a saúde suple-mentar gasta R$ 31 bilhões por ano para cuidarde 35 milhões de segurados, não pode o SUS gastara mesma verba para cuidar de 145 milhões,conforme determina o artigo 196 da Constituição.

Henrique Carlos Gonçalves: Embora areparação de dano caracterizando responsabilidadecivil já existisse no Código Civil de 1916, com o

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Henrique CarlosGonçalves éconselheiro e

1º secretário doCREMESP.

7Visite o seu portal www.sbot.org.br

BATE

Antônio Couto: Infelizmente não. A Consti-tuição garante o devido processo legal a todos.É corolário de um estado democrático de direito.A matéria é absolutamente técnica e advogadose juizes não dominam a ciência médica, portanto,toda alegação preliminar é confundida com omérito da causa, levando, obrigatoriamente,ao acolhimento do processo para evitar ocerceamento de defesa de quaisquer das partese cumprir o Código de Processo Civil Brasileiro.

Henrique Carlos Gonçalves: O juiz não podese negar a receber o processo porque esse é umdireito constitucional de todos os cidadãos. Se eletiver convicção da ausência do direito por parte doautor pode fazer um julgamento antecipado e decidirpela improcedência da ação.

Em mais de 80% dos casos osconselhos regionais de medicinanem chegam a abrir processo.Por que não acontece na Justiça?

Miguel Kfouri Neto: Como visto, alei não permite. De qualquer modo,se o juiz se convencer de que ademanda é flagrantemente infundada,após a defesa do médico poderá julgá-la de imediato, dispensada qualqueroutra prova. Na prática, tal ocorrênciaé raríssima.

Antônio Couto: Além das questõescolocadas na resposta anterior, inexistena Lei uma fase de sindicâncias, comoa prevista na Lei que regula osprocessos ético-disciplinares.

Henrique Carlos Gonçalves: No Cremesp nóstemos uma fase de sindicância na qual são colhidosdados preliminares da denúncia e da defesa. Muitasvezes estes dados convencem de que não háembasamento para a instauração de processo. Naárea criminal ocorre algo parecido, onde primeirohá o inquérito e somente depois é que a promotoriadecide se oferece ou não a denúncia baseada nasconclusões do mesmo. Na área civil isso tambémdeveria acontecer, mas infelizmente quando adenúncia é acolhida pelo juiz, ela já se transforma

automaticamente em um processo. No Cremesp, oíndice de culpabilidade do médico, em relação àsdenúncias não ultrapassa 5%.

Mesmo nos casos em que o médico ganha acausa, ele tem prejuízos econômico e moral,além de sentir receio de voltar a clinicar erealizar cirurgias durante o processo. Épossível mudar isso?

Miguel Kfouri Neto: O médico pode exigir areparação dos danos sofridos, materiais e morais.O problema é que, quase sempre, os pacientes que

reclamam indenizações infundadas não têmpatrimônio – e o único prejudicado continua a ser oprofissional.

Antônio Couto: A mudança é necessária e urgente,pois os médicos estão habituados a calar e aceitarpressão de outros segmentos. Há um movimentojunto à Frente Parlamentar da Saúde, promovidopor muitas entidades, que pretende gerar o CódigoNacional de Saúde, com objetivo de dar parâmetrosaos direitos e obrigações do médico e do paciente,conforme o artigo 1 da Constituição Brasileira.

Henrique Carlos Gonçalves: Felizmente omédico vem se interessando cada vez mais porquestões de ordem legal, procurando saber o queé um inquérito, uma sindicância no CRM ou umprocesso civil de reparação de danos. Com isso ele

fica conhecendo seus direitos,precavendo-se contra esse tipo deaventura jurídica. Se a ação foi movidapor motivo torpe ou se houve litigânciade má fé por parte do reclamante, omédico tem direito a uma açãoregressiva contra esse denunciante.

O alto valor das indenizações étotalmente fora da realidadeeconômica do médico. Comoresolver esta questão?

Miguel Kfouri Neto: As indeni-zações não têm o vulto daquelas fixa-das, por exemplo, nos Estados Unidos,onde já houve condenações de atécem milhões de dólares. Por isso 14estados americanos já estabeleceramum limite máximo para os danos puni-

tivos ou exemplares com a finalidade de desestimularo comportamento danoso, como na Califórnia, ondeo limite é US$ 250 mil. No Brasil há um projeto delei em tramitação no Senado que limita em cercade mil salários mínimos os danos morais – que sãofixados livremente pelo juiz ou tribunal, semnenhuma baliza legal. De qualquer modo, o juizdeve levar em conta, na fixação da indenização, acondição econômica do ofensor. Além disso, o novoCódigo Civil, em seu artigo 944, determina que ojuiz reduza a indenização eqüitativamente quando

houver excessiva desproporção entre o grau daculpa e o dano. A culpa médica, em regra, é leveou levíssima. Nesse caso, o juiz deverá, poreqüidade, fixar em valores razoáveis os danosque forem apurados.

Antônio Couto: O problema é que o alto valor édecidido hoje pelo autor da ação e seu patrono.Pedem o que querem e assim o médico éprocessado. A suposta vítima (80% dos casos), écorajosa no pedir, pois sendo derrotada, nadapagará. É cruel.

Henrique Carlos Gonçalves: Evidentemente issotem ocorrido na chamada indústria da indenização,onde o médico atende uma consulta pelo SUSganhando R$ 2,56 e sobre ela o paciente reclamauma indenização de R$ 10 milhões. Isso é umabsurdo que felizmente não tem encontrado suportedo judiciário. Temos visto que muitas sentençascondenatórias com valores exorbitantes em primeirainstância são corrigidas no recurso. Nos Tribunaisde Justiça e Tribunais Superiores, que adotamdecisões mais serenas, as indenizações, quandodeferidas, têm valores muito abaixo da pretensãoinicial do reclamante. Mas realmente as decisõesde primeira instância estão fora de sintonia com arealidade econômica do médico e da sociedade. Aconcessão de gratuidade injustificada ao autorestimula a "indústria".

Os pacientes atendidos pelo SUS ou porplanos de saúde não são clientes do médico.Quem deveria pagar as custas, inclusive asindenizações, não seriam estas empresas?

Miguel Kfouri Neto: O SUS e os planos de saúdesão responsáveis pelos danos causados pelosmédicos e hospitais conveniados. Todavia, se houverculpa do médico, poderão voltar-se contra oprofissional, por direito de regresso, para reaver oque eventualmentetenham pago. Antônio Couto: Aidéia é técnica. Todavez que existir SUS háde se envolver aUnião através do Insti-tuto Jurídico da denun-ciação à lide. É ochamamento ao pro-cesso para fazer partecomo ré, vez que aprestação dos serviçosteria se dado sob aégide do artigo 196 daConstituição Federal:saúde é direito de to-dos e dever do estado.

Henrique Carlos Gonçalves: O médico, comopessoa física, é responsável pelo procedimento queele realizou, mas estando inserido em um plano desaúde, seguradora ou em um hospital, existe aresponsabilidade solidária da instituição. Temosnotado que os processos de reparação civil, emborao médico seja chamado à lide, se dirigem funda-mente às empresas, que têm um poder econômicomaior. Por esta razão, o médico não deve assinarcontratos que tentam imputar-lhe, individualmentee isoladamente, a responsabilidade civil.

médicos por suposto erro durantemo pano de fundo para o debatea Profissional irá prosseguir nestema campanha nacional contra aar sobre este assunto, o Jornal daribunal de Justiça do Paraná, Miguelrreira Couto Filho, especialista emique Carlos Gonçalves, 1º secretárioo Estado de São Paulo - CREMESP.

rro Médicorro Médicorro Médicorro Médicorro MédicoErro MédicoErro MédicoErro MédicoErro MédicoErro Médico

Antonio FerreiraCouto Filho éadvogado,

especialista emprocessos envolvendo

erro médico.

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Jornal da SBOT

DescredenciamentoDescredenciamento

Envie seu e-mail: [email protected]

CULTURA ESPAÇOJURÍDICO

O geneticista Decio Altimari percorre o Brasil proferindopalestras em congressos, jornadas e simpósios sobre um

tema desconhecido para a maioria dos médicos Brasileiros:a história da arte.

meros congressos nasmais diferentes especia-lidades proferindo pa-lestras sobre temasligados à arte, semprecontextualizando o as-sunto: se for um eventosobre câncer de mama,ele fala sobre como osartistas retrataram osseios femininos em suasobras; se for um con-gresso de pediatria, lávai ele discorrer sobre os gênios pre-coces da música e do cinema.Num congresso internacional de dor,por exemplo, ele usou como pano defundo as histórias de homens comoAuguste Renoir e Antonio FranciscoLisboa – o Aleijadinho –, que sofriamde dores crônicas mas que continu-aram a trabalhar e se transformaramem ícones. “Depois de 12 horas ou-vindo ou tratando dos pacientes, é

recomendável que o médico tenhauma válvula de escape, um tema quelhe interesse além da medicina e queele possa discutir com alguém se fornecessário”, aconselha.Altimari é um velho conhecido dosortopedistas do Pavilhão Fernan-dinho Simonsen, Departamento deOrtopedia e Traumatologia da SantaCasa de São Paulo. Ali, ele já falousobre a Semana de Arte Moderna eaté sobre os Beatles. “Quandocomecei a falar sobre a Semana de22 muitos tomaram um susto”, conta.A falta de interesse dos alunos demedicina por cultura geral e o hábitode ler apenas textos ligados àmedicina, segundo ele, produziramum grande contingente de profissio-nais vazios quando estão fora de suasáreas de atuação. “A maioria não con-segue interagir com outros profissio-nais e abrem mão de um aprendizadoriquíssimo, que fará dele um serhumano mais agradável”, finaliza.

AA SBOT, conforme amplamentenoticiado, ao tomar provi-dências sobre os recentes

fatos de descredenciamento deortopedistas e respectivas clínicasrealizados por certas operadorasde planos de saúde, submeteuo assunto à apreciação das enti-dades médicas. O Conselho Re-gional de Medicina, diante danotícia, instaurou sindicância paraapurar o ocorrido, solicitandomanifestações das tomadorasde serviços.Em resposta, a Porto Seguro escla-receu que a substituição da redede credenciados é conseqüênciada mudança de endereços da mai-oria de seus clientes, em regra,pessoas jurídicas com planos desaúde empresariais cujos funcio-nários preferem médicos próximosaos locais de trabalho.Ao analisar a justificativa, a Co-missão de Defesa Profissional daSBOT considerou insatisfatória aargumentação, sugerindo aoórgão fiscalizador que cobrasseda Porto Seguro fundamentaçãomais específica, posto que o usu-ário da seguradora tem o direito deescolher livremente o médico ea clínica desejados. Foi nestestermos que a SBOT se reportou aoCREMESP, aguardando continui-dade da Sindicância.

Adriana C. JoubertAssessora Jurídica da SBOT

A arte e a MedicinaA arte e a MedicinaA arte e a MedicinaA arte e a MedicinaA arte e a MedicinaA A A A A arteartearteartearte e a e a e a e a e a MedicinaMedicinaMedicinaMedicinaMedicina

EEnciclopédia ambulante. É assimque ele ficou conhecido nos cor-redores da Faculdade de Ciên-

cias Médicas da Santa Casa deSão Paulo. Sua sala virou endereçoobrigatório para quem gosta dediscutir arte, história, música, cinema,literatura e filosofia. Sobre a mesa,um livro de tango, uma revista debioética e uma enciclopédia decivilização e arte. Biólogo porformação e geneticista por especia-lização, o professor Decio Altimarié um daqueles médicos com quemse pode conversar sobre qualquerassunto. Com a mesma desenvolturaque fala sobre a complexa estruturacelular do ser humano, ele discorresobre a Ilíada de Homero, osromances de Dostoievski, a poesiade Byron, as composições deBeethoven e a arte de Renoir. Porconta disso sua agenda vive cheia:todos os anos ele participa de inú-

“Minha mulher é psicanalista. Quando vou a eventos sociaisda especialidade dela é um caos. Para driblar essedesconforto, eu e outros acompanhantes acabamos criandoo grupo dos ‘psicoteutas’, formado por indivíduos que têmproximidade com os psicanalistas mas que não tem nada àver com eles profissionalmente. A gente se afasta e fica

numa mesinha falando de MPB, chorinho, gastronomia, viagem, história eoutros temas interessantes. Assim o tempo é melhor aproveitado e podemosaprender um pouco mais”.

Decio Altimari

O poeta Byron tinha pé torto congênito eFranklin Roosevelt sofria de poliomielite.

“Psicoteutas”

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SOLIDÁRIO

Presidente da AMB visitaSEDE DA SBOT

Um projeto SOLIDÁRIO

Conheça a sede da SBOT: Al.Lorena, 427 - 14o andar - São Paulo - SP 9

Um projeto SOLIDÁRIOA Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia está dando continuidade à parceria

firmada no ano passado com a Federação Nacional das APAE´s, entidade que congrega as Associaçõesde Pais e Amigos do Excepcional em todo o Brasil.

proposta era a participação deortopedistas na orientação dosprofissionais da APAE, inclusivecom a possibilidade de atendi-mento no serviço de fisioterapiada Faculdade de Ciências Médicasde Minas Gerais. Em São Paulo oprojeto também está em anda-mento. Desde o início do ano jáforam realizadas diversas reuniõescom representantes da APAE pau-

lista na sede da SBOT, em SãoPaulo. "Estamos na fase deconsolidação dessa parceria epara isso, precisamos saber exata-mente quais são as necessidadesda APAE", afirmou o presidenteda Comissão de Campanhas Pú-blicas e Ações Sociais da SBOT, Edgarddos Santos Pereira.Uma das características do projetoé que ele tem recebido a adesão

de mulheres dos ortopedistas ligadosà SBOT e às regionais. Por isso , noinício de junho uma comissão formadapor esposas de ortopedistas esti-veram na sede da APAE de São Paulopara conhecer mais de perto otrabalho ali realizado, visando proporsugestões que possam ser en-campadas pela SBOT. "Essa pro-ximidade vai nos permitir definirmelhor nossa linha de atuaçãoporque, uma vez iniciado esseprocesso, ele não poderá serdescontinuado. Nesse aspecto es-tamos bem otimistas porque antesde tudo, esse projeto é uma ban-deira da SBOT que, esperamos, sejasustentada em todo o Brasil", afirmouLéa Albertoni, integrante da comissão.Desde que as conversas foraminiciadas, diversos ortopedistasmanifestaram o desejo de ajudar aSBOT nessa empreitada através de e-mail e de telefonemas. "O interessedos colegas mostra o quanto esseprojeto é importante e o sucessodepende exatamente da participaçãode todos. Fico feliz por ver que aOrtopedia Brasileira tem se mostradomadura e com desejo de se engajarnas questões sociais do nosso País",finaliza Walter Albertoni.

Presidente da AMB visitaSEDE DA SBOT

O presidente da Associação Médica Brasileira, Eleuses Vieirade Paiva esteve na sede da SBOT Nacional participando deuma reunião com Walter Albertoni e Hélio Barroso dos Reis.

OO presidente da AssociaçãoMédica Brasileira, EleusesVieira de Paiva, se reuniu com

o presidente, Walter Albertoni e como presidente do Congresso de Vitória,Hélio Barroso dos Reis na sede daSBOT, em São Paulo. Apesar docaráter informal o encontro foisignificativo porque foram discu-tidos assuntos de grande interesseda classe médica, como a implan-tação da Classificação BrasileiraHierarquizada de ProcedimentosMédicos e as leis que tramitam naCâmara dos Deputados, como o AtoMédico e o Credenciamento Universal.Outro assunto abordado foi eleiçãoque acontecerá em agosto e que

irá eleger o novo presidente daAMB, fato já destacado na úl-tima edição do Jornal da SBOT.A proximidade com a AMB tem sidocada vez maior, em função daimportância da Ortopedia no ce-nário médico nacional. A SBOT temsido uma das sociedades que maistem apoiado as ações empreen-didas pelas entidades médicas na-cionais na defesa dos médicos."A pró-atividade dos ortopedistas naárea de defesa profissional fez comque a SBOT se destacasse no ce-nário nacional e é natural sermosprocurados para participar das de-cisões", disse o presidente da SBOT,Walter Albertoni.

SBOT-APAE

AMB

AASBOT continua firme em seupropósito de investir na áreasocial, desenvolvendo ações

voltadas para a comunidade.Um dos projetos em andamentoé o convênio com a FederaçãoBrasileira das APAE's, firmado noano passado durante a gestãode Neylor Lasmar. Na ocasião,foi assinado um protocolo deintenções no qual a SBOT Na-cional, através das regionaisque quiserem participar desseprojeto, se dispunha a prestar su-porte técnico-científica para as APAE's,visando maior qualificação dosprofissionais responsáveis pelareabilitação dos portadores denecessidades especiais. O presi-dente da SBOT, Walter Albertoniafirmou que a iniciativa é fun-damental, pois grande parte dasdemandas da APAE só pode sersuprida com a participação dasociedade civil. "Queremos esti-mular todas as regionais a seengajarem nesse projeto. As neces-sidades são muitas e todos nóspodemos contribuir de algumamaneira", disse.A primeira regional a abraçar aidéia foi de Minas Gerais, cuja

A SBOT já realizou diversas reuniões na sede nacional paraestabelecer as bases em que a parceria será conduzida.

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CARTAS

ArbitrariedadeO Hospital e Maternidade MarietaKonder Bornhausen, administradopela entidade religiosa das PequenasMissionárias de Maria Imaculada,hospital com 300 leitos, situado emItajaí (SC), credenciado em altacomplexidade em Ortopedia e outrasáreas, tendo por isso obrigação demanter plantão médico em cincoáreas, incluindo Ortopedia, não o faz.Recentemente, com apoio do sindicatomédico do Estado de Santa Catarina,após exaustivas negociações para quehouvesse remuneração dos plantõese/ou sobreavisos, iniciamos movi-mento de paralisação. Fomos entãoameaçados pela direção do Hospitalque seriam trazidos outros colegasortopedistas para assumirem otrabalho. Solicitamos apoio dasociedade para a nossa luta.

João Carlos Schleder

A SBOT, através da sua Comissão deDefesa Profissional/Ética vem ex-pressar seu apoio aos colegasOrtopedistas do Corpo Clínico doHospital e Maternidade MarietaKonder Bornhausen pela implantaçãoda remuneração dos plantões e/ousobreavisos. É uma luta justa que temo apoio total da SBOT Nacional, quelembra aos colegas Ortopedistas deSanta Catarina que devem manter ocomportamento ético de não assumirlugar de colega injustamente demitidoou perseguido.

Walter AlbertoniPresidente

Itiro SuzukiSec. Geral

George BitarDefesa Profissional

RadiologiaNas tabelas médicas, antigas e atual(CBHPM), no capítulo dos proce-dimentos de radiografia diagnós-tica, há menção expressa de hono-rários médicos (ou portes), que sereferem ao ato médico do radio-logista, que evidentemente incluia feitura do laudo médico. Entre-tanto, há a situação de eventuaismédicos, especialmente ortope-distas, que fazem exames radio-lógicos diagnósticos em suas cli-nicas, apenas por ser mais rápidoe, conseqüentemente, melhoraro seu trabalho. Nesta situaçãopergunta-se: eles, por não seremradiologistas, podem dar laudos dosexames que realizam? Como fica asituação da remuneração doshonorários médicos, em ambas assituações, ou seja, com e sem a feiturade laudo? João Paulo Roveda Guimarães

Os ortopedistas podem ter nas suasclínicas aparelhos de até 300mA,podem fazer RX de emergência (deacordo com a portaria existente) paraelucidação rápida do diagnóstico.Caso contrário teríamos de ter médicoradiologista de plantão conosco. Olaudo é de responsabilidade domédico que o assina. As Unimed´s ea maioria dos convênios só pagamlaudo de radiologista.

Unimed IGostaria de saber se a Unimed NovaIguaçu pode abrir vaga para novoscooperados sem lançar edital e seesses novos cooperados podem sersomente parentes de cooperadosantigos. Tenho uma clínica em NovaIguaçu e não posso atender os clientesUnimed. Conquistei o título da SBOTem 2002 e como não venho defamília de médicos estou encontrandodificuldade para conseguir talconvênio. O que posso fazer? Existealguma saída?

Harleson Soares Vieira

As Unimed's, apesar de serem ligadasao Sistema Unimed têm autonomia deatuação. Todas, no entanto devem terum comportamento justo, ético na ela-boração dos seus critérios para a en-trada de novos cooperados. Sugiro queencaminhe sua queixa ao dr. Celsode Barros, que preside a Unimed Rio.

Unimed IIEnquanto travamos luta insana contraas prestadoras de serviço que serecusam a adotar a CBHPM, uma denossas cooperativas, a Unimed doVale de Capibaribe, filiada à UnimedGuararapes, paga por consultaespecializada a mísera importância deR$16,00. É um desaforo, não acham?Que medidas legais poderão sertomadas contra este mau cliente?

Humberto Paulo C.de Albuquerque

Infelizmente este comportamento daUnimed Vale do Capibaribe só poderámudar se os cooperados se reunirem,exigirem transparência, analisarem ocomportamento da diretoria e doscooperados. Uma denúncia à Unimeddo Brasil também cabe.

GlosasO Dr. Orlando Martins Junior alegaque há 26 (vinte e seis) anosacompanha os curativos nos seuscasos cirúrgicos pós-operatórios,visando evitar possíveis processosinfecciosos. Contudo, recentemente,um novo auditor glosou curativosrealizados em pacientes submetidosàs cirurgias, justificando que oprocedimento compete à equipe deauxiliar de enfermagem da Unimed

envolvida. Para o auditor, somente osmateriais e procedimentos dosprimeiros curativos serão liberados eos demais seriam responsabilidade docorpo de enfermagem. O consulentesolicita parecer da SBOT sobre oassunto.

Em assuntos dessa natureza, confir-mamos a imprescindibilidade dadefinição do ato médico. Somenteesta definição, através de lei, imporálimites às ações dos profissionais dasdistintas áreas da saúde.Efetivamente, um auxiliar de enfer-magem pode realizar curativos, aliásé uma de suas funções. Por outro lado,é nosso entendimento, que cabe tãosomente ao médico avaliar se deter-minado curativo deverá ser executadopor ele, ou pelo enfermeiro.Paralelamente, é imperioso citar aResolução CFM nº 1627/2001 quedispõe sobre o ato médico:"Art. 1º - Definir o ato profissional demédico como todo procedimentotécnico-profissional praticado pormédico legalmente habilitado edirigido para:I- a promoção da saúde e prevençãoda ocorrência ou profilaxia (prevençãoprimária);II- a prevenção da Evolução dasenfermidades ou execução de proce-dimentos diagnósticos ou terapêuticos(prevenção secundária);III- a prevenção da invalidez ou rea-bilitação dos enfermos (prevençãoterciária).§ 1 - ...............................................§ 2 - "As atividades de prevençãoprimária e terciária que não impliquemna execução de procedimentosdiagnósticos e terapêuticos podem seratos profissionais compartilhados comoutros profissionais da área da saúde,dentro dos limites impostos pelalegislação pertinente."Em conclusão, entendemos que cabeao médico a decisão sobre se umproce-dimento prescrito por ele, emum caso sob sua responsabilidadeapós uma cirurgia, será por eleexecutado ou por terceiro.

Adriana C. Turri JoubertAssessora Jurídica da SBOT

RemuneraçãoSou ortopedista e há três anos trabalhoem unidades públicas de Saúde emUberlândia (UAI – Unidade de Atendi-mento Integrado). Faço plantões depronto socorro, e juntamente comclínicos, cirurgiões etc., atendo a partede trauma (suturas, contusões etc).Recentemente a chefia centralizou emuma das seis unidades, a denominadaUAI Martins, os atendimentos maiscomplexos em trauma, como refe-rência para receber fraturas ósseas eluxações encaminhadas das demais

unidades (uma espécie de Centrode Referência em Traumatologia).Alguns ortopedistas, como eu, foramtransferidos arbitrariamente para aUAI Martins (antes eu trabalhava naUAI Roosevelt) e se viram obrigadosa realizar reduções de fraturas ecaptar das demais unidades casosmais complexos, sendo nós responsa-bilizados pelo tratamento e acompa-nhamento desses pacientes. Alémdisso, continuamos a atender todospacientes que chegam, casos simplesou não. Apesar dessa responsa-bilidade a mais, continuamos a serremunerados como antes, não sendoalterado nada em nosso contratooriginal. Propusemos para a chefiaremunerar à parte os casos exclusivosde atendimento em nossa unidade,pois em nenhuma outra UAI são feitasreduções de fraturas, a despeito daremuneração ser igual para todos. Achefia alega que somos ortopedistase que temos capacidade para realizaros procedimentos, repassando oinformado pelo secretário de saúde.Fico indignado por termos umconsiderável acréscimo no númerode casos de maior complexidade,sendo que os colegas de outrasunidades transferem esses pacientese não mais acompanham os casos, eainda temos de atender a demandacomum a todos (desde corpo estranhono olho a politrauma com TCE). Aremuneração é a mesma, mas estouatuando de forma diferenciada eespecializada. Esse é o preço que pagopor ter feito residência? Ter queatender mais, fazer procedimentos ereceber da mesma forma de quemnão os faz? Gostaria de saber se possosolicitar licitamente a igualdade na for-ma de atendimento, conforme aten-dem os demais colegas, e eticamenteme recusar a fazer procedimentosque não são feitos no mesmo setor(trauma) das outras unidades, já quenão há diferenciação na remuneração(mesmo cargo, mesmo contrato).

Lawrence Aquilles Paixão

Parece-me que seu contrato nãoespecifica que tipo de fratura oudoente atender. A OrganizaçãoMundial da Saúde determina que osdoentes devem ser atendidos emespaço de 15 minutos (quatro porhora). Talvez uma das soluções seriafazer uma cooperativa de Ortopediae celebrar contrato com a Prefeitura.Infelizmente a saúde pública no Brasilestá de mal a pior, obrigando médicosa atenderem um número excessivo depacientes e nem sempre com con-dições técnicas satisfatórias.

As cartas relativas à Defesa Profissional foramrespondidas pelo presidente da Comissão deDefesa Profissional da SBOT, George Bitar

Comente as reportagens publicadas nesta edição do jornal da SBOT.Envie suas sugestões para o e-mail [email protected] as reportagens publicadas nesta edição do jornal da SBOT.

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CBOT de Vitória

PresenciaisPET: Cursos

Traumatologia Desportiva

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PresidenteWalter Manna Albertoni

1º Vice-presidenteArlindo Gomes Pardini

2º Vice-presidenteMarcos Esner Musafir

Secretário-geralItiro Suzuki

1º SecretárioRenato Brito de A. Graça

2º SecretárioGlaydson Gomes Godinho

1º TesoureiroPedro Péricles R. Baptista

2º TesoureiroOsvandré Luiz C. Lech

Presidente doXXXVII CBOT-2005

Hélio Barroso dos Reis

DIRETORIA 2005

Critérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOTTTTT,,,,,regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.

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ESPAÇO DOS COMITÊS

CONSELHO EDITORIAL

Editor-chefeCláudio Santili

Editores associados

Rene Abdalla

Geraldo Motta

Osvandré Lech

George Bitar

Rames Mattar

Glaydson Godinho

Editora SocialPatrícia Fucs

Projeto e Execução

In Focus Marketing Ltda.PABX: (011) 295-8115

E-mail: [email protected]

AdministraçãoLuiz Marcelo Anieri

Monaliza Anieri

Designer gráficoVando Araújo

Jornalista ResponsávelAdimilson Cerqueira

MTb 21.597-SP

CTP e ImpressãoVan Moorsel,

Andrade & Cia. Ltda.

Tiragem8.000 exemplares

Periodicidade Mensal

Os artigos assinados não represen-tam, necessariamente, a posição

da diretoria da entidade. Épermitida a reprodução de artigos,

desde que citada a fonte.

Traumatologia DesportivaNOTAS E

INFORMAÇÕES

PresenciaisPET: Cursos

E V E N T O S 2 0 0 5XIV Congresso Sul-brasileiroCuritiba / PR - F: (41) 3262-8023

II Congresso Internacional de EspecialidadesPediátricas - Criança 2005Curitiba / PR - F: (41)3022-1247

Quinto Congresso Internacional de ReabilitaçãoInfantil da Oritel e Terceiro Congresso de Medicinae Reabilitação da AACDSão Paulo / SP - F: (11) 5576-0933

Out

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AAcidade de Brasíliasediou, entre os dias02 e 04 de junho, o

III Congresso Brasileiro deTraumatologia do Esporte.O encontro reuniu 600especialistas brasileiros eestrangeiros. Dentre osconferencistas internaci-onais, compareceram Do-nald Shelbourne, MarcPhilipon, Dane Wukich, LuisVargas, João Espregueira,Rodolfo Carpignano e AngieBiggs. Ao fazer um balançodo encontro, o presidente do Comitê de Traumatologia Desportiva,José Luiz Runco afirmou que os objetivos foram plenamente alcan-çados e que o congresso refletiu a importância da Medicina Desportivano Brasil. "Não é por acaso que esta é uma das áreas que mais cresceramnos últimos anos. Os colegas que compareceram certamente saíramatualizados com os principais avanços da Traumatologia Desportiva nomundo", avaliou.

AAComissão de Educação Continuadada SBOT estará realizando, a partirdo dia 10 de junho, uma série de

cursos presenciais, integrantes do PET -Programas Essenciais em Traumato-ortopedia. Os cursos vão acontecer em 19cidades brasileiras e valerão cinco pontospara certificação para quem obtiver 100%de presença no curso. Os temas abordadosserão: Trauma, Coluna, Ombro, Joelho,Ortopedia Pediátrica, Medicina Esportiva,Pé, Tumor, Fraturas no Idoso, Quadril, Mãoe vários outros temas de atualização. Oprograma completo dos cursos estádisponível no site da SBOT. Maioresinformações na secretaria da CEC, pelotelefone 0800 557268.

Uma das idéias que está tomandoforma para o próximo congressobrasileiro da SBOT, que vai

acontecer entre 29 de outubro e 01 denovembro, é a organização de um encontrodestinado apenas às mulheres ortopedistas.O encontro – já aprovado pela ComissãoOrganizadora do Congresso – tem porobjetivo incentivar as mulheres aparticiparem mais das atividades da SBOT.Eventuais sugestões de temas devem serenviados para o e-mail [email protected],aos cuidados da ortopedista Patrícia Fucs,que está coordenando esse trabalho."Queremos incentivar as colegas de todo oBrasil a nos enviarem suas idéias. Quantomaior for essa participação, melhor será onosso encontro", solicitou.

Encontro deEncontro deEncontro deEncontro deEncontro de mulheres no mulheres no mulheres no mulheres no mulheres no

CBOT de Vitória

Medicina Desportiva: evento reuniu600 especialistas em Brasília.

IV Congresso Norte Nordeste da SociedadeBrasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelosalvador/ BA - F: (71) 336-5644

26 a 27

Curso Avançado de Trauma Rio de Janeiro / RJ - F: (21) 2543-3844

25

XVIII ORTRA - Congresso Internacional deAtualização em Ortopedia e TraumatologiaRio de Janeiro / RJ - F: (21) 2543-3844

14 a 16Jul

XI COTECE -Congresso de Ortopedia eTraumatologia do CearáFortaleza/ CE - F: (85) 224-8712 • [email protected]

04 a 06

Congresso Centro-oeste de OrtopediaCampo Grande/ MS - F: (67) 383-1662 • [email protected]

24 a 26

SICOT/ SIROT - III WORLD CONGRESSIstambul - Turquia • www.sicot.org02 a 09

37º Congresso Brasileiro de Ortopedia e TraumatologiaVitória / ES

29/10 a01/11

El Mundo Su Ciencia y Cultura en la Visión del MedicoOrtopedistaQuito / Ecuador - F: (593-2) 2249-744

01 a 07

IX Congresso Brasileiro de QuadrilGoiânia / GO - F: (62) 212-885507 a 10

Dez 42º Congresso Argentino de Ortopedia e Traumatologia

Hotel Hilton - Buenos Aires • www.aaot.org.ar05 a 08

Page 12: E FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO! Preencha e envie-nos o ......E há muitos deles, tanto do lado de cá, quanto do lado de lá. Mas eu vou falar hoje do lado de lá. A mãe do Pedro,

Jornal da SBOT

Um encontro de PRESIDENTES

Envie seu e-mail: [email protected] da SBOT

Um encontro de PRESIDENTES

A SBOT reuniu a Comissão de Ex-presidentes, a atual diretoria, as gestõesde 2006 e 2007 e presidentes de diversos comitês e comissões para discutir

o planejamento e gestão da SBOT para os próximos anos.

Walter Albertoni

Arlindo Pardini

Neylor Lasmar

José Sérgio Franco

Gilberto Camanho

Roberto Santin

Karlos Mesquita

Luiz Carlos Sobania

Osny Salomão

Marcos Musafir

GESTÃO

presa de consultoria para fazerum diagnóstico do atual modelode gestão adotado pela SBOT nasáreas fiscal, trabalhista e tribu-tária. O trabalho é necessário paraa adequação à legislação atuale, principalmente, identificar even-tuais falhas nesse processo visandosua correção. O encontro de Floria-nópolis foi marcado para que

os resultados fossem apresentadose pudessem ser discutidos pelospresentes.Durante aproximadamente duashoras, o consultor Rogério Villa,que está coordenando a equiperesponsável pelos trabalhos, trans-mitiu aos líderes da OrtopediaBrasileira em que estágio a SBOTse encontra e quais são as me-didas que devem ser tomadas paramelhorar ainda mais o sistemade gestão. Há adequações a seremfeitas, sobretudo na área traba-lhista, para não gerar problemas

futuros para a SBOT. Do ponto devista fiscal e tributário tambémhouve sugestões, mas as obser-vações foram muito mais no sen-tido de melhorar o que já está vemsendo feito de forma adequada. Deum modo geral, os resultados foramsatisfatórios e mostraram que aSBOT vem tendo uma seqüênciade boas gestões, fato que a coloca

entre as sociedadesmédicas mais bemdirigidas do Brasil.Uma das exigênciasda legislação fiscal écom relação à conta-bilidade dos con-

gressos, que deve ser feita mensal-mente. O Congresso Brasileiro deVitória já está sendo organizadodessa maneira, de modo que estásendo possível um melhor acom-panhamento das suas finanças."Esse trabalho é fundamental eprecisamos continuá-lo. Pelo quefoi apresentado, estamos muitobem posicionados em todos osquesitos, mas certamente podemosmelhorar ainda mais no aspectoadministrativo e é para isso queestamos trabalhando", declarou opresidente Walter Albertoni.

“Os resultados da consultoria foram satisfatórios emostraram que a SBOT vem tendo uma seqüência

de boas gestões, fato que a coloca entre associedades médicas mais bem dirigidas do Brasil”.

UUm encontro inédito. Assim po-de ser definida a reunião rea-lizada no dia 6 de maio em

Florianópolis, Santa Catarina, paradiscutir o planejamento e gestãoda SBOT para o futuro. Foi a pri-meira vez que a Comissão de Ex-presidentes da SBOT se reuniu. A co-missão é formada pelos últimosoito ex-presidentes da SBOT, queneste ano, é compostapor Neylor Lasmar,José Sérgio Franco,Gilberto Camanho,Roberto Santin, LuizCarlos Sobania, KarlosMesquita e OsnySalomão. Além dos integrantes dacomissão e do atual presidenteWalter Albertoni, também parti-ciparam do encontro Arlindo Pardinie Marcos Musafir, que irão dirigira SBOT em 2006 e 2007, respectiva-mente, e os presidentes de diversascomissões e comitês da SBOT.Criada no início do ano, a Comissãode Ex-presidentes é convocadaquando há necessidade de tomardecisões importantes, independenteda diretoria que esteja à frenteda SBOT. Foi o que aconteceu. Emjaneiro foi contratada uma em-