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35 anos Catálogo de atividades Mucin 2018 EDIÇÃO ESPECIAL WWW.UFRGS.BR/MUCIN

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35 anos

Catálogo de atividades Mucin 2018 E D I Ç Ã O E S P E C I A L

W W W . U F R G S . B R / M U C I N

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Catálogo de Atividades Mucin 2018

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       O  Museu  de  Ciências  Naturais  da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – MUCIN,  faz parte do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos – CECLIMAR, e tem sido  desde  sua  inauguração em 23 de fevereiro de 1983, um espaço de referência educativo-cultural no Litoral Norte do Estado.  Sua temática está relacionada à biodiversidade regional e às questões ambientais como a conservação dos ecossistemas e os impactos antropogênicos,  principalmente  nos ambientes costeiros e marinhos.        Atualmente  o  MUCIN  conta  com acervo  de  zoologia,   que   inclui representantes  da  fauna  marinha  e costeira. Sua  exposição  de  longa duração mostra as riquezas da biodiversidade do Litoral Norte, bem como expõe suas fragilidades, abrindo espaço para refle- xão acerca das relações entre os ecossistemas e o homem. O Museu também oferece um espaço para exposições temporárias, onde transitam diversos temas relacionados às interações biológicas e cultu- rais do Rio Grande do Sul.

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         Depois de vários anos de pesquisa no litoral, foi apresen-

tado o projeto de criação de um centro de ensino e pesquisa à

Câmara Especial de Pós-Graduação e Pesquisa, em 25 de maio

de 1978. O projeto foi imediatamente aprovado pela mesma – e

contou com apoio de seu Presidente, Pró-Reitor  Gerhard Jacob

– através do parecer  nº 128/78, referendado pelo reitor Homero

Só Jobim.

       Enquanto corria a tramitação do pedido da área, com apoio

do novo Reitor, professor  Earle Diniz Macarthy Moreira, instalou-

se o centro no almoxarifado da Colônia de Férias da UFRGS em

Tramandaí. Nela realizou-se o 1º Curso de Biologia Marinha,

ministrado pelo professor Godofredo Genofre Netto da USP.

Depois de muita busca, área à margem da lagoa de Tramandaí,

pertencente ao Patrimônio da União foi cedido a UFRGS. 

      Em 23 de fevereiro de 1981, foi lançada a pedra fundamental

do Ceclimar, um tronco fóssil do período Triássico, coletado pelo

Padre Daniel Cargnin, no Município de Mata.

      A inauguração do prédio central ocorreu em 7 de janeiro de

1983. No mesmo ano o Ceclimar sediou o 1º Simposio sobre

Mentalidade Marítima, que contou com a presença de membros

da comissão interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) e o

Ministro da Marinha, Almirante Maximiliano Eduardo da Silva

Fonseca. O prédio que abriga o museu foi concluído em 1986.

35 Anos de Atividade 1 9 8 3 - 2 0 1 8

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Litoral Norte do RS

Ecosistemas e Biodiversidade        O litoral do Rio Grande do Sul caracteriza-se por praias arenosas de baixo declive, com uma extensão aproximada de 620km. Devido às suas peculia- ridades de geomorfologia, drenagens naturais e influência marinha, ele divide-se em três setores: Litoral Norte, Litoral Médio e Litoral Sul. O Litoral Norte do Rio Grande do Sul, onde se localiza o Museu,  abrange aproximadamente 120 km de extensão e área de 3700 km²,  sendo formado por 19 municípios, dos quais muitos tem sua econo- mia associada à atividade turís- tica de veraneio, o que confere 

ao  litoral norte características de grande variação sazonal da população e intensa urbanização Do ponto de vista geológico, trata-se de uma região de idade  recente (quaternária), cujos ecossistemas apresentam carac- terísticas de fragilidade e rarida- de, mostrando gradiente ambiental de especial valor paisagístico e produtividade biológica: praias marinhas, bar- reiras de dunas, banhados, cor- dão de lagoas doces e salobras e encosta da serra. Esta fragilidade ambiental, asso- ciada aos movimentos de popula- ção, implica na necessidade de

um ordenamento da ocupação territorial, com medidas que contemplem adequadamente suas restrições e potencialidades e minimizem a ocorrência de problemas sócioeconômicos e ambientais. A região do litoral norte  tem populações formadas por várias etnias e culturas como quilombo- las e indígenas. Essas e outras populações dispõem de uma natureza rica em recursos natu- rais, biodiversidade e de um valioso manancial de águas.

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Litoral Norte:  suas belezas e fragilidades

Exposição de Longa Duração

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Maquete

A representação que você está vendo ilustra a região conhecida como Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a qual estásituada nos domínios da Planície Costeira e da Serra Geral e sedestaca pela presença de um dos maiores mananciais de água de boa qualidade do mundo, representado pelo seu "rosário" de mais de quarenta lagoas costeiras.

A vegetação que ocorre no Litoral Norte pode ser dividida em dois grandes componentes: as formações pioneiras ao leste e a Floresta Ombrófila densa ao oeste.

Atualmente, é a região litorânea mais urbanizada do RS, apresentando crescimento demográfico acima da média do Estado e do Brasil nos últimos anos. Dos dez municípios que mais crescem no RS desde 2002, sete estão localizados no Litoral Norte.

Um dos principais problemas da região é o impacto que a faixa litorânea sofre nos meses de verão, época em que ocorre um grande afluxo de  turistas e a população  flutuante chega  a aumentar em mais de 1.200% em alguns municípios, certamente acima da capacidade que o ambiente suporta.

R E P R E S E N T A Ç Ã O D O L I T O R A L N O R T E

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Núcleo Mata Atlântica Os remanescentes florestais, constituem ambientes de extrema importância para a conservação da biodiversidade. Existem extensões de florestas bem preservadas e contínuas, sobretudo nas encostas, associada a um conjunto de nascentes com recursos hídricos abundantes e de excelente qualidade, possibilita que a região abrigue uma parcela significativa de mamíferos ameaçados de extinção no Rio Grande do Sul. Além de oferecer abrigo, a Mata Atlântica apresenta diversas plantas que fazem parte da dieta de mamíferos que se alimen- tam de frutos, néctar e pólen. As interações entre mamíferos e plantas podem resultar em interessantes relações de dispersão de sementes e de poliniza- ção, nas quais os mamíferos são beneficiados pela obtenção de alimento e, as plantas, pelo maior sucesso reprodutivo. O processo de dispersão de sementes auxilia, também, na regeneração de áreas alteradas, pois através dele sementes de plantas pioneiras podem chegar a clareiras e outras áreas abertas nas florestas, dando início ao processo de sucessão ecológica. Na encosta, junto à Mata Atlântica, grande parte da populaçãorural se dedica ao plantio de cultivares e à criação de animais. A economia da região se organizou em torno desse cenário, voltando-se para a agricultura, pecuária, agroindústria, extrativismo, pesca, turismo, artesanato, construção civil e outras atividades afins.

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NÚCLEO MARINHO E COSTEIRO

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Ecossistemas e biodiversidade

       A diversidade de animais na região é muito extensa,desde os pequenos invertebrados encontrados nas praiasarenosas e nos sedimentos marinhos e de água doce atéchegarmos aos vertebrados de grande porte, como os répteis,as aves e os mamíferos.        Em relação às aves marinhas e costeiras estima-se quecerca de 83 espécies ocorram no litoral sul-brasileiro, sendoque 72 destas  migram sazonalmente para nosso litoral.Dentro do ambiente costeiro temos  a praia oceânica e aságuas costeiras adjacentes, que sustentam cerca de 50espécies de aves.        Em relação aos mamíferos marinhos, o litoral do RioGrande do Sul apresenta a maior diversidade de pinípedes(lobos-marinhos, focas e leões-marinhos) e  de cetáceos(botos, baleias e golfinhos) de todo o litoral brasileiro, com 7e 35  espécies registradas, respectivamente.        Essa alta riqueza de espécies de mamíferos marinhos nolitoral gaúcho está intimamente relacionada à localizaçãogeográfica de nosso Estado, que sofre influência de duasgrandes correntes marinhas: a Corrente do Brasil (quente epobre em nutrientes), com predomínio durante o verão, e aCorrente das Malvinas (fria e com águas ricas em nutrientes),com maior influência durante o inverno.        A interação entre essas duas correntes marinhas e ainfluência do deságue das lagoas costeiras fazem com queesta região seja uma importante área de alimentação ereprodução de diversos organismos marinhos.

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Baleia Jubarte        A baleia Jubarte (Megaptera novaeangliae) leva esse nome cientifico do grego antigo, onde megaptera significa "grandes asas".  Esse nome se dá pelo fato de que quando a baleira Jubarte salta coloca quase todo o seu corpo para fora da água, onde suas nadadeiras representam ser como asas e "novaeangliae" faz refe- rêcia ao primeiro local onde foi registrada a espécie, Nova Inglaterra.

      Essa espécie de baleia não possui dentição e para filtrar o alimento da água do mar  utiliza uma série de placas por onde a água consegue passar e o alimento fica retido. Estas placas são chamadas de cerdas bucais e são formadas de queratina, a mesma substân- cia que forma  unha e cabelo dos humanos.

       As baleias possuem uma espessa camada de gor- dura que serve como um isolante.  Numa baleia jubarte esta camada pode medir mais de 15 centímetros de espessura.

       A baleia jubarte é uma espécie que habita todos os oceanos e realiza uma migração anual, durante o verão ela se dirige às águas polares para se alimentar e durante o inverno migra para águas tropicais e subtropicais para se reproduzirem. Assim, no hemisfério sul as jubartes chegam por volta de junho/julho e per- manecem até novembro/ dezembro, quando retornam para as áreas de alimentação.

       O esqueleto montado no Museu é de uma Jubarte macho que ficou encalhada em Capão Novo no ano de 2010, apesar da tentativa de salvamento e do desen- calhe, o animal voltou a encalhar em menos de 24h e veio a óbito.        O MUCIN tem o primeiro esqueleto completo de um animal dessa espécie montado no Rio Grande do Sul. 

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A Q U Á R I O S REPRODUÇÃO DA ICTIOFAUNA DO LITORAL NORTE

            A exposição conta quatro aquários que simulam diferentes ambientes naturais: mar, estuário e lagoa. Cada um com animais característ icos de cada ambiente.             No aquário de ambiente marinho se encontram a corvina, pampo, bagre, l inguado e a anêmona marinha como exemplar de cnidário. O l inguado é um peixe de alto valor comercial é um peixe dermensal de fundos arenosos ou rochosos, encontrado em até 20m de profundidade geralmente enterrado na areia. O pampo é uma espécie endêmica do Oceano Atlântico Sul Ocidental , ocorrendo do Rio de Janeiro ao norte da Argentina, é um peixe costeiro que tem preferência por aguas estuarinas e turvas.             No ambiente estuarino, onde a água é mixohalina, apresenta o espaço que i lustra a transição entre o mar e o sistema lacustre da região. Neste aquário é possível observar as tainhas, abundantes na região, vivem em aguas tropicais e subtropicais, formam cardumes e nadam na superfície, são um dos principais al imentos dos botos. Já o carapicú vive em aguas abertas em torno de i lhas e baías. Outro exemplar de ambiente estuarino é o sir í-azul um dos maiores que habitam as regiões costeiras podendo chegar a 15cm de envergadura. Ainda é possível observar mais dois aquários de ambiente lacustre tendo peixes como traíra, cascudo e cará-cartola.             Um exemplar curioso é o da Turvira que produz uma descarga elétr ica t ipo pulsante de baixa frequência. 

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Aves do Litoral do Rio Grande do Sul

Exposição Temporária 

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AVES DO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

       Algumas grandes, outras pequenas, algumas mais coloridas que outras. Pernas compridas, pernas curtas, bico comprido, bico pequeno. No ar, no mar, na terra. Por onde quer que andemos sempre é possível avistar alguma ave, mesmo sem percebermos que é enorme a diversidade desses animais que habitam os diferentes ecossistemas do nosso planeta. Ao olharmos com atenção é possível perceber peculiaridades de cada uma delas, porém há algumas características que só descobrimos estudan- do-as. Para tanto, elaboramos a presente exposição, demons- trando alguns aspectos interessantes sobre esse grupo, com enfoque no litoral do Rio Grande do Sul, mais especificamente, aves marinhas, aves limícolas e migratórias e aves costeiras. Além de explorar um pouco dos hábitos e características de cada grupo propomos uma reflexão sobre seu estado de conse- rvação e como podemos colaborar para sua sobrevivência.

       A exposição está dividida em quatro núcleos. O núcleos das Aves Marinhas, Aves Limícolas e Migratórias, Aves Costeiras e o núcleo de Ameaças ao Ambiente Marinho e Costeiro.         O Trabalho de curadoria da exposição é de Alice Pereira, Bióloga Marinha e Mestranda em Biologia Animal pela UFRGS. Apaixonada por aves, fez disso seu objeto de estudo e nos presenteou com essa mostra, materiali- zando seu olhar atento e sensível.       A exposição fica em cartaz até o fim de 2018.

www.ufrgs.br/mucin/exposicoes

E X P O S I Ç Ã O T E M P O R Á R I A

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CONHECENDO A FAUNA MARINHA E COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL        O litoral do Rio Grande do Sul é uma das regiões de maior riqueza da Fauna Marinha do Brasil, incluído diversas espécies ameaçadas de extensão. Todos os anos o litoral gaúcho recebe inúmeros visitantes da fauna marinha que frequentam a nossa costa, seja em busca de alimento ou descanso, além de muitas espécies que aqui residem o ano inteiro. Embora frequentes na beira da praia, sua presença geralmente causa reações que variam desde o espanto e a compaixão, até alguns casos de brutalidade.       Neste sentido a difusão e a popularização do conhecimento técnico-científico desempenha um papel fundamental na valorização da biodiversidade local, pois aumenta o envolvimen- to junto as ações de conservação por parte das comunidades locais e dos veranistas.       Apesar do litoral norte figurar como uma das áreas de maior biodiversidade do Atlântico Sul Ocidental, onde ocorrem inúme- ras espécies residentes ou sazonais (ocorrem em épocas especi- ficas), essas não são conhecidas por parte da população muitas

 vezes devido a falta de informações sobre o assunto.       Para dar maior visibilidade a fauna marinha e costei- ra em 2014, foi concebida a exposição itinerante que apresenta as principais espécies que ocorrem no litoral norte do Rio Grande do Sul, visando sensibilizar uma parcela maior da sociedade.  A exposição conta com diversos animais característicos da fauna marinha e cos- teira, bem como informações referentes a essas espéci- es.

       * A exposição não está disponível para visitação no MUCIN. Para que a exposição vá até sua cidade é ne- cessário um agendamento prévio

www.ufrgs.br/mucin/exposicoes

E X P O S I Ç Ã O I T I N E R A N T E

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Terrário        O terrário do Museu abriga jabutis e tartarugas de água doce, estas últimas muito comuns nos rios e lagoas da região. Os exemplares que o Mucin tem são de indivíduos exóticos. A

Trachemys scripta  é nativa do sudoeste dos Estados Unidos e nordeste do México, tenso sido introduzida no Brasil  através da comercialização como animal de estimação.        Uma vez alcançados  os habitats naturais, a T. scripta encontra um ambiente que lhe é muito favorável, onde consegue sobrepujar a espécie nativa.        A espécie nativa não conseguindo competir com a invaso- ra, vai perdendo recursos como alimento e espaço. A espécie invasora mais bem adaptada, consegue deixar mais descen- dentes e ainda reproduzir-se com a nativa, gerando indivíduos híbridos  que permanecem férteis por inúmeras gerações.  

* Esses animais encontram-se fora de seus habitats naturais e não podem ser introduzidos na região, sendo os únicos animais em cativeiro, além dos que estão nos aquários, disponíveis para visitação.

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ECOTRILHA

      Em 1997, foi criada a EcoTrilha para expandir

as atividades de educação ambiental. Essa trilha

atualmente conta com 280m, de caminhada leve,

que margeia a laguna de Tramandaí. Na ativida-

de os participantes recebem informações sobre

ecossistemas, destacando a importância das

áreas de restinga. Podendo observar espécies da

fauna e da flora local. Além de abordar proble-

máticas ligadas aos resíduos, principalmente o

plástico.

       Para realizar esta atividade é necessário

agendamento prévio. É imprescindível aos parti-

cipantes usarem calçado fechado. A atividade

não ocorre com chuva.

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COLEÇÕES

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       Atualmente o setor de coleções do Mucin conta com quatro coleções científicas: Ornitológica (aves),  composta prioritariamente por esqueletos de aves marinhas e costeiras, possui peles taxidermizadas, ovos em meio líquido, penas e banco de tecidos para análi- ses genéticas. A coleção ornitológica possui o maior acervo ornitológico de esqueletos de pinguim-de- magalhães (Spheniscus magellanicus) do mundo, com cerca de 200 espécimes. Destaca-se, ainda, um exem- plar de Thalassarche steadi, tombado na coleção, constituindo-se o primeiro registro documentado da espécie para o Brasil.  Malacológica (moluscos) com- posta por preparações em via seca e via úmida e conta com 2946 lotes. Mastozoológica (mamíferos), atual- mente  possui 54 espécimes tombados, com prepara- ções em via seca e úmida. Destaca-se como principal material testemunho da coleção, o primeiro registro de foca-de-Weddell (Leptonychotes weddellii) para o litoral brasileiro.  Herpetológica (anfíbios e répteis), atualmente 56 espécimes encontram-se tombados e disponíveis para acesso. O principais       

Setor de Coleções

COLEÇÕES CIENTÍFICAS

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representantes são a tartaruga cabeçuda (Caretta

caretta) e a tartaruga verde (Chelonia mydas) O processo de preparação, curadoria, tombamento, armazenamento, preservação e manutenção do material da coleção são desenvolvidos por estagiários do setor, supervisionados por biólogos responsáveis.       Os espécimes pertencentes à coleção provêm em sua maioria do setor de Reabilitação de Animais Silvestres e Marinhos (CERAM) e do monitoramentos depraia realizado pelo CECLIMAR, além de doações feitas por pesquisadores e entidades parceiras.         Além de dar suporte para as exposições e ativida- des educativas as coleções preservam a biodiversida- de do litoral do Rio Grande do Sul. Oferece suporte para pesquisas sobre biologia, ecologia, história natural e genética dos espécimes depositados em seu acervo.        Pesquisadores interessados em acessar esses ma- teriais podem entrar em contato com o setor através do e-mail: [email protected] solicitando uma visita ou repassando informações sobre o tema pesqui-sado.

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OFICINAS

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Oficina Tubarões Através de atividades que envolvem jogos, a oficina busca desmitificar a imagem de

animais agressivos e assassinos. Com auxilio de estatísticas, demonstramos que na

verdade esses animais são vítimas da atividade humana, principalmente em

decorrência da pesca predatória.

Essas práticas vem prejudicando as espécies de todo mundo, tubarões demoram para

atingir a maturidade sexual, e quando tem filhotes são poucos em cada linhagem.

No decorrer da atividade os participantes conhecem as espécies que ocorrem no nosso

litoral e debate qual a importância desses animais para o equilíbrio do ambiente

marinho.

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Saber e uso tradicional das plantas

Apresenta ao público o uso de plantas consideradas 'mato' e sem utilidade, e também,

diferentes usos de plantas já utilizadas, como por exemplo, o potencial medicinal de

espécies tidas apenas como frutíferas.

Estamos acostumados a conhecer e comer apenas espécies vegetais disponíveis nos

supermercados, que geralmente possuem grandes quantidades de agroquímicos e

necessitam de manejo e esforços para se obter algum resultado dos plantios. Enquanto

muitas plantas com diversos usos, sejam eles alimentar, medicinal e até artesanal, são

ignoradas por não serem conhecidas popularmente, um desperdício de recurso natural.

A oficina pretende compartilhar conhecimentos tradicionais a cerca de espécies

vegetais presentes em locais de fácil acesso e sem necessidade de manejo, além de

não estarem contaminadas com grandes quantidades de agrotóxicos. 

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Física dos Oceanos

Os oceanos cobrem cerca de 70% da superfície do planeta Terra. Entretanto, muitos

dos fenômenos e processos físicos,  que ocorrem nos oceanos e controlam sua

dinâmica, são pouco conhecidos e/ou pouco compreendidos pela maioria das pessoas.

Através de experimentos simples, demonstramos aos participantes alguns dos

processos e fenômenos físicos, e forçantes físicas, que ocorrem e controlam a dinâmica

dos oceanos e dos estuários.

Sensibilizando a cerca dos processos físicos como a mistura, e a estratificação podem

ser alterados por impactos negativos de obras costeiras, assim como, esses processos

físicos podem atingir a ocorrência de recursos pesqueiros, e a produtividade biológica

local e global.

 

Fotos: Google

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Os botos da Barra e a Pesca Coperativa

Compartilhar o conhecimento sobre os botos que entram na barra do Rio Tramandaí e

sua interação sustentável com os pescadores de tarrafa através da pesca cooperativa.

Entre os temas abordados: a importância e os usos da barra do Rio Tramandaí;

comportamento, modo de vida e curiosidades sobre os botos; pesca cooperativa com

os pescadores de tarrafa; problemática dos resíduos (lixo) no local. Além disso, a

oficina proporciona a exposição e o manuseio de material biológico dos botos, assim

como atividades e dinâmicas lúdicas para o publico infantil.

Para melhor atender as diversas faixas etárias e grupos sociais dos participantes,

remodelamos a oficina conforme a necessidade.

Contato: [email protected]

Foto: Ignacio Moreno

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Oficina de Aves  

As aves são um grupo de vertebrados altamente especializado, que dominou o meio

aéreo através do voo. Com seus bicos e penas, tornam-se animais inconfundíveis e que

cativam as pessoas que as observam nos mais variados ambientes em que conseguem

se estabelecer. Esta oficina visa atrair a atenção das pessoas para as aves, destacando

as especializações do grupo ao mesmo tempo buscando um enfoque nas aves

marinhas e costeiras e suas características ecológicas."

 

Foto

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Oficina Cetáceos   Os cetáceos, conhecidos popularmente como baleias, botos e golfinhos, são mamíferos

aquáticos que vivem em sua maioria nos oceanos, mas também podem habitar

ambientes de água doce. O Rio Grande do Sul é um dos estados do Brasil com maior

biodiversidade de cetáceos, onde ocorrem 35 das 45 espécies já registradas em águas

brasileiras.

Esta oficina tem como objetivo esclarecer as principais diferenças ecológicas,

morfológicas e evolutivas existentes dentro do grupo, apresentar quais são as espécies

predominantes de cetáceos ocorrentes no nosso estado, explicando por que o litoral

do Rio Grande do Sul é um ambiente tão importante para a conservação destes

animais, e ainda abordar de que maneira cada um pode contribuir para a preservação

deste grupo, conhecendo as principais ameaças que o atinge.

 

Foto: Maurício Tavares

Foto: Ignacio Moreno

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MUCIN MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS DA UFRGS

Terça a sexta Manhã das 08:30 às 11:30 Tarde das 14:00 às 17:00

Sábados Tarde das 14:30 às 17:30

Janeiro e Fevereiro Aberto também aos domingos

Adulto: R$ 5,00 Estudante: R$ 2,50

Idosos acima de 60 anos: Isento Crianças até 06 anos: Isento

*Não aceitamos cartões

Av. Tramandaí, 976 CEP 95625-000

Imbé - RS - Brasil

Fone: (51) 3627 1309 E-mail: [email protected]

Agend: [email protected] Coleção: [email protected]

Site: www.ufrgs.br/mucin

FALE CONOSCO

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Carla Penna Ozorio

Diretora do CECLIMAR

Equipe Mucin

Aline Portella Ferandes

Cariane Campos Trigo

Janaína Carrion Wickert

Maurício Tavares

Neuza Pacheco Feliciano Wollmann

Paulo Edmundo dos Santos

Silvio Luís de Oliveira

Estagiários

Bruno Linhares

Caroline Santos Portal

Cheiene Brum

Júlia Emanoela Ribeiro

Leonardo Nunes Lima

Maitê Zanella

Milena Barreto Hoffman

Natália Torquato

Nathan Silveira Becker

Agradecimentos

Alice Pereira, Amanda Travessas, Claus Toledo, Jaqueline

De Lima Kssesinski, Tiffany Maroco pelo apoio e dedicação.

E a todos do Ceclimar que tornaram possível esse projeto.