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Direito DigitalSocial Commerce

Exemplos

E-Commerce Social Commerce

Também conhecido como Comércio Social, é uma modalidade de comércio eletrônico que trabalha o relacionamento interpessoal, indo além da simples transação comercial.

O Direito Digital é o “conjunto de regras e códigos deconduta que regem o comportamento e as novasrelações dos indivíduos, cujo meio de ocorrência ou aprova da manifestação de vontade seja o digital,gerando dados eletrônicos que consubstanciam erepresentam as obrigações assumidas e sua respectivaautoria” (PINHEIRO; SLEIMAN, 2008).

DIREITO DIGITAL

PINHEIRO, Patrícia Peck. SLEIMAN, Cristina Moraes. Direito digital e a questão da privacidade nas empresas. In:

Âmbito Jurídico, Rio Grande, 55, 31/07/2008. Disponível em: <http://www.ambito-

juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2901>. Acesso em 28 nov. 2010.

LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências

CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO

CONSUMIDOR

http://www.sempretops.com/wp-content/uploads/codigo-de-defesa-do-consumidor.jpg

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Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ouutiliza produto ou serviço como destinatário final.Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações deconsumo.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, quedesenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,transformação, importação, exportação, distribuição ou comercializaçãode produtos ou prestação de serviços.§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, decrédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de carátertrabalhista.

Artigo 4º - A Política Nacional de Relações deConsumo tem por objetivo o atendimento dasnecessidades dos consumidores, o respeito à suadignidade, saúde e segurança, a proteção de seusinteresses econômicos, a melhoria da sua qualidadede vida, bem como a transparência e harmonia dasrelações de consumo, atendidos os seguintesprincípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.03.95).

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidorno mercado de consumo;

CDC

III - harmonização dos interesses dos participantes dasrelações de consumo e compatibilização da proteção doconsumidor com a necessidade de desenvolvimentoeconômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípiosnos quais se funda a ordem econômica (artigo 170, daConstituição Federal), sempre com base na boa-fé eequilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;

IV - educação e informação de fornecedores econsumidores, quanto aos seus direitos e deveres, comvistas à melhoria do mercado de consumo;

CDC

Artigo 6º - São direitos básicos do consumidor:

I - a proteção da vida, saúde e segurança contra osriscos provocados por práticas no fornecimento deprodutos e serviços considerados perigosos ounocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumoadequado dos produtos e serviços, asseguradas aliberdade de escolha e a igualdade nas contratações;

CDC

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III - a informação adequada e clara sobre os diferentesprodutos e serviços, com especificação correta dequantidade, características, composição, qualidade epreço, bem como sobre os riscos que apresentem;

IV - a proteção contra a publicidade enganosa eabusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais,bem como práticas e cláusulas abusivas ou impostasno fornecimento de produtos e serviços;

CDC

Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientementeprecisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicaçãocom relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados,obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar eintegra o contrato que vier a ser celebrado.

http://2.bp.blogspot.com/_0_5qsIef7ro/TPfgqgDMcRI/AAAAAAAAAMc/5muoE742h1o/s1600/tecnologia.jpg

CDC

Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.

§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação decaráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outromodo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeitoda natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem,preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.

§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquernatureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, seaproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeitavalores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a secomportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.

§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissãoquando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.

§ 4° (Vetado).

“e) Veicular propagandas honestas

O consumidor já não acredita em certas

artimanhas empregadas pela propaganda

com o intuito de lesá-lo. É preferível vender

pouco, mas vender sempre. Propaganda

enganosa vende apenas uma vez,

comprometendo a confiabilidade da empresa.

CESCA, Cleuza Gertrudes Gimenes; CESCA, Wilson. Estratégias empresariais diante do novo cosnumidor: relações públicas e aspectos jurídicos. São Paulo : Summus, 2000.

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Art. 49. O consumidor pode desistir docontrato, no prazo de 7 dias a contarde sua assinatura ou do ato derecebimento do produto ou serviço,sempre que a contratação defornecimento de produtos e serviçosocorrer fora do estabelecimentocomercial, especialmente por telefoneou a domicílio.

http://www.teclasap.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/10/quebra_de_contrato.jpg

CDC Lei nº 14.516, de 31 de agosto de 2011

(Projeto de lei nº 380/11, do Deputado José Cândido - PT)

Torna obrigatório o encaminhamento, por escrito, dos contratos firmados por meio de call center e formas similares aos contratante, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Todas as empresas atuantes no Estado de São Paulo ficam obrigadas aencaminhar aos contratantes, por escrito, os contratos firmados verbalmente por meiode “ call center ” ou outras formas de venda a distância.§ 1º - O encaminhamento de que trata o “caput” se dará até o décimo quinto dia útilapós a efetivação verbal do contrato.§ 2º - O consumidor terá o prazo improrrogável de 7 (sete) dias úteis após orecebimento do contrato para rescindi-lo de forma unilateral.[...]Artigo 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Palácio dos Bandeirantes, aos 31 de agosto de 2011.Geraldo Alckmin

O Ministério da Justiça divulgou um documento que “reúne a interpretaçãodos Procons, Ministério Público, Defensorias Públicas, entidades civis e doDepartamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) sobre a aplicação doCódigo de Defesa do Consumidor (CDC) às relações do comércio virtual [...]”

Torna públicas as seguintes diretrizes para as relações de consumoestabelecidas no comércio eletrônico:

2.2 Proteção contra as práticas abusivas ou que se prevaleçam da suafraqueza ou ignorância, bem como contra toda publicidade enganosa ouabusiva;

2.3 Proteção na publicidade ou comercialização de produtos, tendo em vistafatores que elevam a sua vulnerabilidade, tais como sua idade, saúde,conhecimento ou condição social, entre outros;

http://portal.mj.gov.br/main.asp?ViewID=%7B08DEBD27%2D66DA%2D4035%2DBE88%2D27126C102E22%7D&params=itemID=%7BA473AD2B

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“O consumidor pode ficar muito mais vulnerável nastransações comerciais realizadas em ambiente virtual. Umcontrato não pode gerar dúvidas e só deve ser confirmadocom total consentimento das partes”.

“Confiança é a palavra-chave na dinâmica entre empresae consumidor. O desenvolvimento econômico e as novastecnologias não podem ser empecilho para atransparência necessária em qualquer relação comercial”.

Mariana Tavares de Araújo, secretária de Direito Econômicodo Ministério da Justiça (2010):

http://portal.mj.gov.br/main.asp?ViewID=%7B08DEBD27%2D66DA%2D4035%2DBE88%2D27126C102E22%7D&params=itemID=%7BA473AD2B%2DCC9B%2D4E2B%2D9C95%2D78F22362FC8F%7D;&UIPartUID=%7B2218FAF9%2D5230%2D431C%2DA9E3%2DE780D3E67DFE%7D

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Aplicações para o direito digital

O Direito Digital é multidisciplinar, conforme exemplos abaixo:

Civil: é comum ação de danos morais por difamação na internet;

Constitucional: como fica a questão de privacidade quanto ao monitoramento de emails?;

Tributária: impostos sobre transações online;

Penal: crimes de calúnia, injúria, entre outros, cometidos por meio da internet;

Código de Defesa do Consumidor: compartilhar banco de dados com informações do consumidor;

Direitos Autorais: baixar música pela internet sem autorização do autor ou o detentor dos direitos patrimoniais.

Regulamentação do E-Commerce

Segue o código do consumidor.

Deveres do Fornecedor.

Direito do arrependimento.

Compras Coletivas.

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Regulamentação do E-Commerce

Deveres do Fornecedor:

1. Apresentar sumário do contrato antes da contratação, com asinformações necessárias ao pleno exercício do direito deescolha do consumidor, enfatizadas as cláusulas que limitemdireitos, assim como disponibilizar o contrato ao consumidorem meio que permita sua conservação e reprodução,imediatamente após a contratação;

2. Fornecer ferramentas eficazes ao consumidor paraidentificação e correção imediata de erros ocorridos nasetapas anteriores à finalização da contratação e confirmarimediatamente o recebimento da aceitação da oferta;

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Regulamentação do E-Commerce

Deveres do Fornecedor:

3. Manter serviço adequado e eficaz de atendimentoem meio eletrônico, que possibilite ao consumidor aresolução de demandas referentes a informação,dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento docontrato – com resposta no máximo em 5 dias.

4. Deve haver a confirmação imediata do recebimentodas demandas do consumidor, pelo mesmo meioempregado.

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Regulamentação do E-Commerce

Deveres do Fornecedor:

5. serviço em meio eletrônico, seja chat, mensagem ououtro meio deve ser eficaz e permitir a comunicaçãoeficiente e em linguagem acessível para possibilitar aoconsumidor a resolução de demandas referentes ainformação, dúvida, reclamação, suspensão oucancelamento do contrato.

6. prazo de resposta é de 5 dias e não há a obrigatoriedadede serviço de atendimento 24 horas ou central deatendimento, exceto se o serviço o assim exigir.

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Direito do Arrependimento

Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

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Direito do Arrependimento

Há ainda os casos de não arrependimento, mas em que há um vício do produto ou serviços (defeito ou não adequado para o consumo). Nessa situação, o consumidor tem 30 (trinta) dias para bens não duráveis e 90 (noventa) para bens duráveis, para reclamar.

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Regulamentação do E-Commerce

Compras Coletivas:

1. Quantidade mínima de consumidores para a efetivaçãodo contrato;

2. Prazo para utilização da oferta pelo consumidor; e

3. Identificação do fornecedor responsável pelo sítioeletrônico e do fornecedor do produto ou serviçoofertado, com as informações de endereço, contato eregistro desse fornecedor (CPF, CNPJ, inscrição estadual,endereço físico e eletrônico, e demais informaçõesnecessárias para localização e contato, de ofertante efornecedor).

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