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• È a ciência e a arte cujo objeto é o estudo dos sintomas e sinais clínicos como manifestações de doença. Compreende a terminologia médica e o método de estudo do paciente.
Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
Medicina em transformação.
Tecnificação do ato médico.
↑ do uso de exames laboratoriais.
↑ da incorporação tecnológica.
“Crise” na relação médico-paciente.
Paciente consumidor de serviços.
↑ do acesso às informações.
Apesar disto os médicos ainda são vistos como uma das profissões que tem mais credibilidade perante a população.
Na medicina ocidental uma das coisas que mais caracteriza a profissão médica é a posição do médico ou da médica perante o paciente no leito ou no consultório, colhendo sua história e realizando seu exame físico.
Ementa
A disciplina Semiologia I busca o aprofundamento
dos conhecimentos e práticas sobre o relacionamento
médico/paciente, anamnese, exame físico geral e
diagnóstico sindrômico em crianças, adultos e
idosos.
Objetivo geral
Capacitar o aluno a realizar anamnese centrada no
paciente, realizar o exame físico geral e dos diversos
órgãos e segmentos corporais orientado para o
diagnóstico das principais síndromes clínicas.
Objetivos específicos
Quanto à história clínica 1- Estabelecer relação médico-paciente; criar vínculo saudável;
identificar o referencial particular do paciente; construir o referencial consensual; confirmar os dados do paciente.
2 - Colher e relatar história clínica, construir anamnese correlacionando os dados clínicos com a fisiopatologia das grandes síndromes clínicas cardiológicas, respiratórias, endócrinas, articulares, digestórias e urinárias, atingindo proficiência na cronologia dos sintomas e utilização da terminologia semiológica apropriada.
3 – Identificar as diferenças entre a abordagem realizada no ambiente hospitalar, ambulatorial e nas unidades de emergência.
Quanto ao exame Físico 1 - Ser capaz de realizar exame físico geral, com avaliação: estado geral,
estado nutricional e biotipo (medidas antropométricas), estado de consciência-orientação, grau de hidratação, coloração e alteração de pele e mucosas, fáceis, padrão respiratório, pulsos, presença e característica de gânglios, presença de edemas e marcha.
2 - Ser capaz de aferir sinais vitais, aplicando as técnicas adequadas e, definindo os eventos fisiológicos envolvidos.
3 - Ser capaz de identificar e correlacionar dados de anatomia topográfica e funcional
4 - Ser capaz de realizar exame físico segmentar da cabeça e pescoço, tórax, abdome e, extremidades, seguindo os quatro tempos do exame físico (inspeção, palpação, percussão e ausculta). , mantendo postura adequada diante do paciente (explicar o procedimento, solicitar permissão e agradecer a colaboração).
5- Redigir de forma clara e sistemática a avaliação clínica com postura crítica para a seleção dos dados elementares obtidos (raciocínio clínico).
A disciplina tem dois componentes.
Semiologia médica geral – 85% da carga horária.
Semiologia neurológica – 15% da carga horária.
Prática. Ambulatório SESP – Em parceria com a SEMUSA,
pacientes do Sistema Único de Saúde encaminhados das unidades básicas de saúde para o serviço de infectologia serão atendidos de acordo com agendamento no ambulatório sob responsabilidade de um dos docentes da disciplina. Os alunos realizarão atendimento em grupos de 2 a 4 alunos, realizando anamnese, exame físico segundo modelo de anamnese estruturado da FACIMED, formulando o diagnóstico sindrômico. Todos os casos serão discutidos e revistos pelo professor que responsabilizar-se-á pela condução clínica do caso. Após cada dia de atendimento os alunos realizarão sob orientação de cada docente relatórios dos usuários atendidos.
Prática.
Hospital Regional de Cacoal – Ambulatório de pré-anestésico e enfermarias.
Laboratório de Habilidades Clínicas – Serão desenvolvidas atividades de treinamento em ambiente de simulação utilizando manequins especiais, equipamentos de multimídia, exame interpares e pacientes simulados, visando o treinamento das habilidades semiotécnicas da disciplina.
Avaliação – Semiologia geral.
Os alunos terão atribuídas 3 (três) notas durante o semestre, cada uma destas notas será obtida da seguinte forma: N 1 – Soma da nota teórica – valor = 7,0 pontos e da
nota prática atribuída pelos professores por meio de planilha de avaliação – valor=3,0 pontos.
N2 e N3 - Através da somatória de 3 avaliações, sendo uma avaliação teórica (valor = 4 pontos), uma avaliação teórico-prática (valor=3 pontos) e uma avaliação prática(3 pontos).
N4 – Prova teórica no valor de 10,0 pontos.
Avaliação teórica – composta de prova com 4 questões discursivas e 20 questões objetivas sobre os conteúdos teóricos ministrados nas aulas teóricas, de caráter acumulativo.
Avaliação teórico-prática – realizada por uma banca de docentes que realizará, nas datas previstas no cronograma, prova teórico prática baseada em casos clínicos simulados, utilização de manequins e equipamento multimídia, com resultado da nota baseado em “Check list” divulgado com antecedência de 1 semana para o grupo de alunos.
Avaliação prática – Realizada de modo contínuo pelo professor da aula prática, baseado na planilha de avaliação anexa.
As provas de segunda chamada serão aplicadas nas datas pré-estabelecidas pelo calendário da instituição.
As três notas terão pesos distintos, dessa forma, a nota 1 terá peso 1; a 2, peso 2 e a 3, peso 3, respectivamente.
A nota final será calculada da seguinte maneira (N= nota e P= peso):
N1 x P1+ N2 x P2 + N3 x P3 6
Será concedida ao acadêmico uma “prova substitutiva”
N4, à sua escolha, entre as três regulamentares, mantendo-se os respectivos pesos determinados pelo sistema de avaliação. Nesta prova será cobrado todo o conteúdo ministrado no semestre.
Bibliografia. BICKLEY, Lynn S.; SZILAGYI, Peter G.. Bates: propedêutica
médica. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 938p. LÓPEZ, Mario. Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 5.ed. Rio de Janeiro: REVINTER, 2004. 1233p.
PORTO, C. C.. Semiologia Médica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
MARCONDES, RAMOS, SUSTOVICH. Clínica médica, propedêutica e fisiopatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
Referência bibliográfica complementar HARRISON, T. R.. Harrison: medicina interna. 17.ed. Rio de
Janeiro: McGraw-Hill, 2008.
• Ao final desta aula o aluno dever ser capaz de:
– Conhecer o significado dos termos: Diagnóstico, Prognóstico, Anamnese, Método clínico.
– Identificar as subdivisões do diagnóstico.
– Identificar o método clínico subjacente à prática médica como elemento fundamental e caracterizador da atividade profissional do médico.
– Identificar o instrumental básico para a disciplina Semiologia I.
Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
• Sintoma.
– É uma sensação subjetiva , anormal sentida pelo paciente e não visualizada pelo examinador.
• Sinal.
– É um dado objetivo observado pelo examinador.
• Alguns sintomas podem ser também sinais:
– Dispnéia, vômitos, tosse, ...
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• Síndrome – Do grego Syndromos, que significa “aqueles que correm juntos”.
– Conjunto de sinais e sintomas que acontecem associadamente e possuem diferentes causas.
– Ex – Síndrome de Cushing – Excesso de ação de hormônios corticais das suprarrenais, pode ser causado por várias entidades, como uso clínico de corticóides, tumores hipofisários ou de suprarrenal.
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• Entidade clínica ou nosológica.
– Uma doença que encontra-se reconhecida, ainda que parcialmente, mas que constitui uma individualidade.
– Ex – Doença de Cushing – Excesso da ação de hormônios da cortical das suprarrenais, devido à presença de uma adenoma hipofisário produtor de ACTH.
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• Do grego – Ato de discernir.
• Reconhecer uma entidade clínica ou síndrome.
• Diagnóstico clínico – Aquele que é realizado com base na anamnese e no exame físico.
• Diagnóstico sindrômico – Identifica uma síndrome clínica, mas não necessariamente uma entidade nosológica.
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• Diagnóstico anatômico – Identificação do(s) órgãos afetados.
• Diagnóstico funcional – Identificação da(s) função(ões) comprometidas.
• Diagnóstico diferencial – Análise comparativa das várias condições que podem causar apresentar quadros de sintomas e sinais semelhantes.
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• Diagnóstico de suspeição ou presuntivo – diagnóstico que não pode ser confirmado.
• Diagnóstico laboratorial – diagnóstico realizado com a utlização de métodos laboratoriais.
• Diagnóstico etiológico – diagnóstico da etiologia do problema apresentado.
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• Diagnóstico principal – quando o paciente apresenta mais de uma condição mórbida, diz-se que o dianóstico principal é o mais importante.
• Diagnóstico secundário – demais diagnósticos apresentados pelo paciente.
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• Diagnóstico de certeza – Define uma condição.
• Sinal, sintoma ou achado patognomônico – Do grego “Pathós” , que siguinifica a Essência – é o sinal, sintoma ou achado que define a doença e é associado ao diagnóstico de certeza.
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• Prever a evolução de uma entidade clínica ou uma síndrome, bem como suas eventuais consequências.
– Recuperação.
– Morte.
– Sequela.
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• Duas escolas do pensamento médico que vem desde a grécia.
• Tal dualidade aparece de modo contínuo na história da medicina ao longo dos séculos e tem impacto no pensamento dos médicos ao lidar com seus pacientes.
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• Cós. – Hipócrates.
– Organismo e doença.
– Descrição individual.
– Concreto
– Contexto forte.
– Holistica.
• Cnido. – Eurifon.
– Órgãos e doenças.
– Classificação.
– Abstrato.
– Contexto fraco.
– Remédio específico.
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• Formular um problema. • Coletar informações primárias.
– Anamnese.
– Exame físico.
• Formular hipóteses – Diagnóstico sindrômico. • Comprovar ou negar a(s) hipótese(s).
– Exames complementares.
– Evolução.
• Contrapor à hipótese original. – Diagnóstico de certeza.
– Ausência de diagnóstico.
– Novo diangóstico.
• Avaliar os resultados.
• Instituir o tratamento ou reiniciar o processo. • Exposição e avaliação dos resultados finais.
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• Anamnese ( do grego aná = trazer de novo e mnesis = memória).
• Objetivos da anamnese.
– Criar a relação médico/paciente.
– Obter a história clínica.
– Conhecer outros fatores relacionados com o processo saúde/doença.
– Orientar o médico no exame físico.
– Definir a investigação complementar.
– Orientar a terapêutica.
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• O que se exige do médico para uma boa anamnese.
– Atitudes.
– Habilidades.
– Saberes.
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Parte do método clínico que se segue à anamnese.
Parte fundamental da identificação do médico dentro da medicina ocidental.
Relativamente recente na história da medicina.
Habilidades semiotécnicas específicas direcionadas para a identificação das características de órgãos, sistemas e segmentos corporais.