e a cidade cresceu!

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ANO VII | NÚMERO 80 | NOVEMBRO 2012 E a cidade cresceu! A expansão dos novos centros comerciais, em Fortaleza e nas cidades vizinhas, proporciona o surgimento de polos varejistas, novos empregos e aumento da economia do Estado

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A expansão dos novos centros comerciais, em Fortaleza e nas cidades vizinhas, proporciona o surgimento de polos varejistas, novos empregos e aumento da economia do Estado

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Page 1: E a cidade cresceu!

ANO VII | NÚMERO 80 | NOVEMBRO 2012

E a cidade cresceu!A expansão dos novos centros comerciais, em Fortaleza e nas cidades vizinhas, proporciona

o surgimento de polos varejistas, novos empregos e aumento da economia do Estado

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twitter.com/cdlfortaleza Curta a CDL de Fortaleza no Facebook

E x p E d i E n t E

Conjuntura do Comércioé uma publicação mensal editada

pela CDL de Fortaleza.DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

PresidenteFrancisco Freitas Cordeiro

1° vice-presidentePio Rodrigues Neto

2° vice-presidenteFrancisco Deusmar de Queirós

Diagramação Antonio Henrique Silva Lima

Everton Sousa de Paula Pessoa

Produção textualFernanda Lima

Estagiária de jornalismoDaniele Andrade

Jornalista responsávelDégagé Assessoria

Tiragem10.000 exemplares

ImpressãoGráfica Cearense

Sugestões e comentá[email protected]

Rua 25 de Março, 882 – CentroCEP 60060-120 – Fortaleza – CE

Fone: (85) 3464.5572www.cdlfor.com.br

NOSSA MISSÃOCoordenar a integração e o

desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os

interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do

associativismo.

Palavra do Presidente

Faculdade cdlA Faculdade CDL também está no Facebook! 5

case de sucessoAcal: eficiência, tradiçãoe credibilidade 7

especialCompanhiaSiderúrgica do Pecém 8

TecnologiaSistemas de rastreamentoaprimoram o monitoramentode mercadorias 10

cdl JovemCopa do Mundo 2014:desafios e oportunidadespara o varejo cearense 11

maTéria de capaE a cidade cresceu! 12

economia & mercadoEconomia brasileira:metas “frouxas”,resultados robustos? 14

especial Brasil 2014O lado B do Mundial 16

responsaBilidade socioamBienTalO que fazer com seulixo eletrônico? 17

como Fazer Nada a esconder 18

associaTivismoEdificando iniciativasassociativistas 19

liderança & gesTãoO valor de uma mãe e a reflexão ao contexto empresarial 20

Federação em açãoComércio se prepara para atender consumidores neste final de ano 21

aprendendo na práTicaComo aumentar aprodutividade da sua empresa 22

n E s ta E d i ç ã o

Consciência Ambiental Comprovada

mais: Aconteceu na CDL 4 O que vem por aí 4 Diálogo com o Empresário 6MISTO

Papel produzido a partirde fontes responsáveis

www.fsc.org

promessa de lucro para 2013O mês de nOvembrO dá início ao clima festivo, sinalizando um cenário animador para o varejo brasileiro e cea-rense. Estimativas apontam uma expan-são superior a 10% até o final de 2012, apesar da turbulência da economia mun-dial mostrando, mais uma vez, a impor-tância estratégica do comércio varejista, que segue dando sustentação à economia nacional e local.

A baixa taxa de desemprego – a menor de toda a série – aliada a oferta de crédito e ao aumento da renda pessoal dá suporte ao consumo interno. As medidas anticíclicas do governo federal devem estimular ainda mais os investimentos da indústria.

Com a brilhante participação do jor-nalista Paulo Henrique Amorim, que mi-nistrou palestra sobre as “Perspectivas do Brasil para 2013”, foi lançada no último dia 31 de outubro a campanha Fortaleza Liquida para o próximo ano. Com uma

premiação atraente e, pela primeira vez, um aporte de recursos dos bancos parcei-ros – Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste – a Fortaleza Liquida promete fazer do próximo mês de março a segunda melhor data do ano para o comércio da ca-pital cearense e região metropolitana. Jun-tas, as instituições financeiras liberaram R$ 1 bilhão para financiar as empresas que aderirem à campanha, com a finalidade de adquirir produtos e formar estoques para o período promocional. As adesões, que já começaram, estão em pleno vapor e em condições diferenciadas para os associados da CDL de Fortaleza. Participe!

[email protected]

CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012 3

Page 4: E a cidade cresceu!

Aconteceu na CDL

O maior sucesso de vendas está de volta

O que vem por aí

Abertura do Ceará natal de Luz

A abertura oficial do Ceará Natal de Luz será no dia 23 de novembro, às 18h, na Praça do Ferreira, com o show do cantor Jorge Vercillo. Será realizada uma celebração natalina que culminará com a chegada do Papai Noel, suscitando paz e alegria para toda a população de Fortaleza. O evento é realizado pela CDL de Fortaleza, por meio do Instituto CDL de Cultura e Responsabilidade Social. Participe conosco dessa linda festa!

O lançamento da Fortaleza Liquida foi realizado na CDL de Fortaleza, no último dia

31 de outubro, e contou com a participação do jornalista Paulo Henrique Amorim, que ministrou palestra sobre as “Perspectivas do Brasil para 2013”. A promoção acontecerá de 28 de fevereiro a 10 de março de 2013 e tem como objetivo aquecer o comércio da cidade e oferecer descontos reais à população. Os prêmios desta edição são dez televisores de 50 polegadas, cinco caminhões de prêmios e uma Mercedes-Benz 0km.

R$ 1 bilhão para quem participar da Fortaleza Liquida

Na ocasião, Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste, em parceria com a CDL de Fortaleza, divulgaram linhas de crédito no valor de R$ 1 bilhão com taxas especiais para o comércio. As linhas são destinadas aos lojistas que aderirem à megapromoção e tem como finalidade a compra de produtos para a formação de estoques. Procure seu gerente ou uma agência mais próxima e prepare-se para vender muito!

Para aderir à promoção ligue (85) 3464.5506 ou envie e-mail para [email protected]

Lojista do Ano: momento de festejar os bons resultadosConsiderado a maior comenda do varejo cearense, o Troféu Iracema é um meio de reconhecer e valorizar o lojista que mais se destacou no ano. Os critérios para a escolha consideram aspectos como tradição, visão empresarial, pioneirismo, desenvolvimento e expansão do negócio, responsabilidade social e integração nos eventos lojistas. A solenidade de entrega do prêmio será realizada no próximo dia 07 de dezembro.

bancos liberam linhas de crédito para o natal

Com a chegada do Natal, período do ano em que o comércio varejista é mais aquecido, os lojistas já começam a se preparar para receber os consumidores. A renovação do estoque, por exemplo, é uma das atitudes que o empresário precisa tomar para obter boas vendas.

Por isso, em parceria com a Federação das CDLs do Ceará e CDL de Fortaleza, Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste lançaram linhas de crédito, com taxas especiais, para reforçar os estoques dos comerciantes cearenses. Procure uma agência mais próxima, faça seu financiamento e venda muito mais!

ii encontro de negócios das Grandes empresas do Ceará

A CDL de Fortaleza realizou, no último dia 18 de outubro, o II Encontro de Negócios das Grandes Empresas do Ceará. Na ocasião, os participantes conheceram novas soluções do SPC Brasil para uma melhor gestão da carteira de clientes e recuperação de crédito para maximização do lucro.

O evento teve também a presença do conferencista Walter Longo, que apresentou novas tendências de tecnologia para o varejo.

1 Mercedes-Benz 0km10

TVs de 50”

5 caminhões de prêmios*

* Caminhão não incluso. Imagens meramente ilustrativas.

4 CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012

Page 5: E a cidade cresceu!

Faculdade CDL

Compreendendo a importância das redes sociais para um con-tato mais próximo e imediato,

e com o intuito de estreitar laços com o público, a Faculdade CDL criou uma página no Facebook para que os alunos possam acompanhar diariamente tudo o que acontece na instituição.

A página oferece acesso às novida-des relacionadas aos cursos de gradua-ção, idiomas e pós-graduação, além da agenda semanal dos cursos de extensão, dando acesso também à cobertura dos eventos, vagas de empregos disponíveis e muitas notícias interessantes.

E mais: o aluno pode interagir dei-xando recados, fazendo check-in, curtin-do os posts, dando sugestões e comparti-lhando o conteúdo com os amigos.

Se você tem interesse em receber nos-so conteúdo, não deixe de curtir a página. Acesse www.facebook.com/faculdadecdl e clique em “curtir”.

A Faculdade CDL também está no Facebook!Fique por dentro das novidades relacionadas aos cursos de graduação, extensão, idiomas e pós-graduação

o aluno pode interagir deixando recados, fazendo check-in, curtindo os posts, dando sugestões e compartilhando o conteúdo com os amigos.

Page 6: E a cidade cresceu!

O ano está terminando e os empresários do comércio estão totalmente voltados para os resultados que o exercício apresentou e, principalmente, para mais um período de fortes vendas: o Natal. Com a data mais esperada pelo setor chegando, os lojistas já começam a pensar em novos produtos, a fim de repor os estoques.

No entanto, existem outras preocupações importantes que também precisam de atenção. A escolha do regime tributário que a empresa adotará para todo o ano de 2013 é uma delas.

As alternativas a escolher

entre ser optante pelo Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional passam por diversas análises, mas a palavra final sobre qual regime adotar deve ser do empresário.

O profissional da contabilidade tem como missão apresentar os cenários e as alternativas tributárias que sejam mais vantajosas para a empresa, simulando os números com base nas informações que dispõe e projeções que possa fazer.

No entanto, é fundamental alertarmos que é impossível simular com segurança se não houver à disposição

Já passou da hora de pensar em 2013!

Cassius regis Coelho

Presidente do Conselho Regional de

[email protected]

do profissional contábil as informações corretas, a contabilidade regular e atualizada. Sem isso, as possíveis simulações viram apenas suposições vazias que pouco contribuirá para a decisão sobre o regime tributário a ser adotado, tornando a escolha um tiro no escuro ou um jogo de “achismos”.

Por isso, cobre do profissional da contabilidade uma avaliação mais criteriosa sobre as opções disponíveis e escute o que ele lhe apresentar, mas dê as condições para que o trabalho seja executado com correção e decida junto.

Diálogo com o Empresário

(85) [email protected]

www.cdlfor.com.br

AGORA VOCÊ PODE ANUNCIAR NA CONJUNTURA DO COMÉRCIO,

A REVISTA MENSAL DA CDL DE FORTALEZA.

Os resultados aparecem quando você divulga sua empresa.

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Page 7: E a cidade cresceu!

Case de Sucesso

Um propósito? Ter excelência no atendimento. Uma certeza? A de que credibilidade é o maior

legado. É assim que, ao longo de 58 anos de atuação de mercado, a Acal (Araújo Cabral e Alves Ltda.) obteve prestígio por meio da variedade dos produtos e servi-ços que oferece, conquistando a confian-ça dos consumidores cearenses. Quando o assunto é material de construção no Ceará, a Acal é líder no segmento.

Fiel à resposta dos seus clientes, pelo respeito com que trata suas relações co-merciais, inclusive com seus fornecedo-res, a Acal oferece um mix de marcas e modelos com mais de 18.000 produtos à disposição para atender às necessidades de todos os tipos de públicos, e itens que vão desde artigos de decoração, reforma e construção à ambientação.

Com três lojas situadas nos bairros Centro, Aldeota e Messejana – tendo sido esta loja recém-inaugurada na Av. Washington Soares –, a Acal dispõe de modernos pontos comerciais, com uma equipe preparada para lidar com as exi-

gências do mercado. “Somamos mais de duzentos e cinquenta colaboradores comprometidos e treinados, garantin-do o melhor atendimento da cidade, nosso grande diferencial”, declara Gil-berto Costa, diretor comercial da Acal. “Nossa empresa é familiar. Atualmente temos o suporte de trabalho da 3ª ge-ração, continuando o ‘DNA’ da cultura empresarial deixada por nosso ines-quecível fundador”, destaca Gilberto, referindo-se a Raimundo de Araújo Cabral e a Marlene Cabral, sua esposa e também fundadora, que continua no comando da empresa. Foi em 13 de se-tembro de 1954 que o casal de empre-endedores iniciou a Acal como uma pequena loja de tintas, apostando na qualidade de serviços dentro dos prin-cípios da ética e do trabalho.

Devido aos anos de esforço e dedica-ção, seriedade e compromisso, a Acal tem obtido resultados significativos, como o Prêmio Top Image – promovido pela em-presa jornalística O POVO e conquistado duas vezes pela Acal –, e o Great Place

to Work, prêmio concedido às melhores empresas para trabalhar.

Com iniciativas de responsabilidade socioambiental, a empresa também in-centiva o cuidado ao meio ambiente e o consumo consciente por meio do projeto Acal Eco, motivando clientes e colabora-dores a utilizar produtos ecologicamente corretos. A comunicação promocional e institucional da Acal também é constante, onde pelo site www.acalfortaleza.com.br o consumidor encontra todas as infor-mações das ações e dicas do segmento no qual a empresa atua.

Ciente da sua missão, e comprometida com seus ideais e valores, a Acal assume um real compromisso em proporcionar rápidas e eficientes soluções em produtos para construção, reforma e ambientação, com qualidade e pronto atendimento, além de oferecer preços justos, garantin-do uma maior satisfação para os clientes. Perfil de uma empresa que sabe a que veio e sabe o que faz.

A ACAL é uma associada da CDL de Fortaleza.

Eficiência, tradição e credibilidadeConheça a história da Acal, a empresa líder em materiais de construção no Ceará, que com esforço, seriedade e dedicação, tem contribuído para melhorar o comércio e a sociedade cearense

Loja Acal Centro, na Rua Tristão Gonçalves, oferece um mix de marcas e modelos com mais de 18 mil produtos. FOTO: DIVULGAÇÃO

CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012 7

Page 8: E a cidade cresceu!

Mais de 15 mil empregos diretos, 10 mil empregos indiretos e quatro mil vagas até 2016. Pla-

nejamento urbano, com gestão ambiental; atendimento à saúde, lazer e segurança; melhoria da infraestrutura da cidade; mo-dernização das operações portuárias e vias terrestres de acesso. Podem parecer dados exorbitantes, mas na verdade é o que será gerado a partir da instalação de empreen-dimentos de grande porte no Complexo

Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), onde o maior desses projetos é a Compa-nhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

A composição societária da CSP tra-duz bem o perfil da primeira usina side-rúrgica integrada do Nordeste. Com total apoio do Governo do Estado do Ceará, a CSP tem como base a união de forças en-tre a Vale (líder mundial na produção de minério de ferro e a 2ª maior produtora de níquel), a Dongkuk Steel (que prima

pela inovação tecnológica e atua no setor da siderurgia há 57 anos) e a Posco, que com uma gestão ambientalmente corre-ta produziu em 2011 quase 35,4 milhões de toneladas de aço, sendo a Posco e a Dongkuk Steel empresas sul-coreanas.

Inhwam Chang, vice-presidente sê-nior executivo da Posco, afirma categó-rico que “assim como nossa empresa foi importante nos últimos 40 anos para a Coreia do Sul, a CSP será importantíssima

Especial

Companhia Siderúrgica do PecémAs perspectivas e o desenvolvimento da primeira usina siderúrgica integrada do NordesteEmpresários do Brasil e exterior se preparam para gerir um dos mais ousados investimentos industriais do Ceará

A CSP será construída no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Fortaleza.

8 CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012

Page 9: E a cidade cresceu!

para o desenvolvimento do Ceará e será conhecida como exemplo de cooperação econômica entre os dois países”. Já o CEO e chairman da Dongkuk Steel, Sae Joo Chang, declarou que o sonho de construir uma siderúrgica no Brasil está se realizan-do. Ciente do trabalho que está por vir, Chang declara: “percorreremos um longo caminho até a CSP produzir aço. Tere-mos ainda muitos obstáculos, mas firmo o compromisso de não desistir”.

Vantagens e contribuições da CSPCom localização estratégica no municí-

pio de São Gonçalo do Amarante – situado no litoral oeste do Ceará, região metropoli-tana de Fortaleza –, a Companhia Siderúr-gica do Pecém se beneficiará da estrutura do Complexo Industrial e Portuário, usu-fruindo de energia elétrica, abastecimento de água, sistema de descarte de efluentes, existência de malhas ferroviária e rodovi-ária, além da facilidade de acesso maríti-mo. Quando estiver em plena atividade, a Siderúrgica fomentará impactos positivos no desenvolvimento e crescimento da eco-nomia do Ceará, incrementando em torno de 40% o PIB industrial e em 16% o PIB do Estado (uma média de R$ 9,3 bilhões), contribuindo para um aumento na balança comercial brasileira de US$ 1,2 bilhão por ano, segundo a Agência de Desenvolvi-mento Econômico do Ceará (Adece).

Com previsão de conclusão para 2016, e mais de 3 mil estacas cravadas desde o último dia 17 de julho, a Companhia Si-derúrgica do Pecém terá capacidade para fomentar grande atividade para o setor de Comércio e Serviços cearense e, nesse cenário, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza já tem se articulado, promo-vendo encontros e debates para fortalecer iniciativas e investimentos, que integrarão o processo de edificação da Siderúrgica. A exemplo disso foi realizado na CDL de For-taleza, em agosto, o Encontro de Lideranças Empresariais do Comércio, com palestra cujo tema foi “O comércio prospectando oportunidades de negócios no Complexo Industrial e Portuário do Pecém”.

Um novo ciclo para o varejo cearense

Ministrada pelo consultor Durval Vieira de Freitas, a palestra destacou o início de um novo período para o varejo

alimentação (fornecimento de refeições);

Hotelaria (hotel, pousada); transporte de cargas e pessoas;

coleta de resíduos; aluguel e operação de

equipamentos, veículos e máquinas; segurança patrimonial; limpeza

predial e industrial e jardinagem; seguros de carga, imóveis e

pessoal; Escritório de contabilidade e outros

serviços administrativos; saúde: hospital, clínicas, exames

periódicos, lavanderia; Educação: escolas infantis/creches,

de informática, treinamento técnico e seleção de pessoal.

Oportunidades no Comércio

no Estado: preparar os empresários do comércio cearense para os negócios que serão gerados a partir do funcionamen-to da Companhia Siderúrgica do Pecém. “O Ceará está capacitando mão de obra no tempo certo. Se você se prepara mui-to antecipadamente, fica com ociosidade da mão de obra, da infraestrutura, do empresariado e causa desmotivação”, argumenta o consultor. Freitas Cor-deiro, presidente da CDL de Fortaleza,

Material de construção em geral; material elétrico e hidráulico; chapas, perfis;

Móveis e eletrodomésticos; Material para solda,

ferramentas, rolamentos; pneus e peças para veículos:

venda e assistência técnica; Epi’s – Equipamentos de

proteção individual, uniformes; papelaria: material de escritório

e escolar; internet/cyber Farmácias, padarias;

restaurantes, lanchonetes, sorveterias; supermercados.

atividades imobiliárias (venda, locação e administração de imóveis).

Oportunidades em Serviços

a intenção do comércio é investir em diagnósticos para ter dados das oportunidades de negócios e conhecimento, a fim de atender as demandas que um empreendimento do porte da Csp precisará.

ressalta que “a intenção do comércio é investir em diagnósticos para ter dados das oportunidades de negócios e conhe-cimento, a fim de atender as demandas que um empreendimento do porte da CSP precisará”. Afinal, será necessário um plano de desenvolvimento regional para abastecer a cadeia produtiva da Si-derúrgica com produtos e serviços nos segmentos de Construção, Hotelaria, Saúde, Educação, Transporte e Imóveis, a partir das cidades-apoio estrategica-mente escolhidas como Fortaleza, Sobral e São Gonçalo do Amarante, que pode-rão gerir empregos, qualificação de mão de obra e atrair empresas que queiram integrar o referido plano.

Desde ferramentas para variados tra-balhos, fabricação de brinquedos, em-balagens e eletroeletrônicos, peças para veículos diversos e matéria-prima na construção de edifícios e prédios, a pro-dução de aço funciona como uma alavan-ca de progresso. Ter uma siderúrgica em uma cidade significa não apenas obter a atenção de investidores e empresários, mas reflete a consequente melhoria que haverá nos serviços públicos – como sa-neamento básico, educação, cultura e la-zer, transporte e saúde –, incrementando a cadeia produtiva e o aprimoramento tecnológico em prol de desenvolvimento e benefícios para a sociedade.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012 9

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Os sistemas de rastreamento de veículos estão cada vez mais po-pulares no País. Isso porque a tec-

nologia se sofisticou, passando a oferecer soluções, não somente visando a segurança dos veículos, mas reduzindo custos e au-mentando a produtividade das empresas, quando o assunto é carregamento de mer-cadorias e produtos diversos.

O baixo investimento para adquirir um sistema de rastreamento e a insegurança da população, diante à violência constante, faz o segmento se expandir cada vez mais e torna-o atrativo para o consumidor. “O custo para a compra do equipamento pode variar entre R$ 750,00 e R$ 1 mil”, decla-ra Cristiano Almeida, gerente operacional da Volpato, empresa especializada nesta área. Almeida ressalta ainda que tanto para compra, locação e habilitação, são ofere-cidas mensalidades com planos básicos e preços acessíveis.

O setor de veículos de carga é o que mais utiliza os sistemas de rastreamento, pois além de proteger o material transpor-tado, o gestor da empresa consegue mo-nitorar o caminhão. Em seguida, vêm os carros de luxo, que buscam uma redução no valor do seguro, seguidos dos carros de passeio e populares.

Calcula-se, atualmente, que seja 1,5 mi-lhão o total da frota rastreada, sendo de 10 a 20 mil o número de empresas que utilizam o serviço. As companhias de transportes de cargas adotam o sistema para minimizar os riscos de sinistralidade. Com o rastrea-dor instalado, em caso de furto ou roubo de carga, a possibilidade de recuperação é muito maior: em torno de 90%.

Para dificultar ainda mais a vida dos criminosos, o presidente da Associação

Tecnologia

Sistemas de rastreamento aprimoram o monitoramento de mercadoriasComo o setor de varejo pode usufruir de uma tecnologia com preço acessível e resultados eficientes

Brasileira das Empresas de Gerenciamen-to de Riscos e de Tecnologia de Rastrea-mento e Monitoramento (Gristec), Cyro Buonavoglia, informa que existe um tipo de rastreador colocado nos produtos trans-portados chamado de “isca de carga”. Esse aparelho fica disfarçado em meio ao mate-rial e funciona como se fosse um backup do rastreador do veículo.

Buonavoglia explica ainda que os atuais sistemas de rastreamento possuem três variáveis: um só se comunica por satélite, outro tem cobertura via celular (GPRS) e um terceiro é híbrido, pois utilizam essas

duas tecnologias ao mesmo tempo. “O comprador deve observar o que preten-de transportar, o destino da carga e ainda avaliar a sua necessidade de cobertura”, ensina. Buonavoglia também argumenta que é preciso comparar as tecnologias que o sistema oferece para adequá-las às neces-sidades de casa caso. Conforme o presiden-te da Gristec, o gerenciamento de riscos em transporte de cargas é um processo de gestão que abrange toda a cadeia de movi-mentação, transporte, distribuição e arma-zenamento. “Em resumo, é a aplicação de inteligência e tecnologia”, finaliza.

as companhias de transportes de cargas adotam o sistema para minimizar os riscos de sinistralidade.

10 CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012

Page 11: E a cidade cresceu!

CDL Jovem

Saiba como sua empresa poderá aproveitar as oportunidades e dar um show de bola no período da Copa do Mundo

Copa do Mundo 2014:desafios e oportunidades para o varejo cearense

ACDL Jovem de Fortaleza realizou, no último dia 24 de outubro, o “Se-minário Comércio na Copa”, com

o objetivo de trazer as experiências vividas por 22 jovens empresários cearenses nas ci-dades de Barcelona e Paris. O evento, que aconteceu em parceria com a Federação das CDLs do Ceará, CDL de Fortaleza, Facul-dade CDL, Sebrae-Ce, Banco do Nordeste e Super Polar, foi o resultado da 4ª Big Trip: missão empresarial que buscou traduzir a experiência em ações comerciais práticas para o varejo cearense, bem como contex-tualizar os desafios superados pelas empre-sas nestas cidades antes, durante e depois das Olimpíadas de Barcelona (1992) e da Copa do Mundo da França (2006).

O seminário abordou vários pontos que foram fundamentais para as empresas lu-crarem e perpetuarem suas ações, além de maximizarem seus negócios. Na ocasião, o Consultor e Coach Marcos Braun – que acompanhou a delegação da CDL Jovem nesta viagem – ministrou a palestra sobre

“Como lucrar com a Copa do Mundo”. Este foi um importante momento de socializa-ção do conhecimento e direcionamento de várias práticas, que serviram para os empre-sários locais refletirem e aplicarem em suas empresas durante o megaevento.

Saiba como sua empresa poderá apro-veitar as oportunidades, a partir de grandes eventos esportivos, e dar um show de bola no período da Copa do Mundo. Confira as dicas do consultor Marcos Braun:• Estabeleça estratégias claras de envolvi-

mento e experiência do cliente com o seu negócio. Durante o evento crie experiên-cias únicas;

• Desenvolva um bom departamento de comunicação e marketing e, paralela-mente, procure estabelecer uma comuni-cação visual alusiva nos PDVs, em locais que você mantém contato permanente com o cliente;

• Profissionalize sua empresa e tenha um modelo de gestão consistente;

• Faça um planejamento orçamentário e

estratégico visando o evento da Copa do Mundo;

• Desenvolva treinamentos técnicos e comportamentais com toda a empresa. Lembre-se: as pessoas é que farão a gran-de diferença. Por isso, um bom RH com políticas inovadoras poderá ajudá-lo na prestação de excelentes serviços;

• Faça um plano de comunicação espe-cífico para todos os jogos, por exemplo, fazendo decorações com as camisas dos times que jogarão naquela data em nossa cidade;

• Tenha uma boa estrutura de processos, principalmente as que envolvem as for-mas de atendimento ao cliente, em espe-cial ao estrangeiro;

• Realize treinamento de funcionários, in-cluindo idiomas, produtos e serviços de atendimento em língua estrangeira;

• Aproveite a experiência obtida pelo evento, que será o seu maior legado. As empresas que tiverem investido na qua-lidade de serviços terão alcançado um novo patamar de competitividade, bem como novas oportunidades de negócios;

• Invista os recursos gerados pelo aumento do faturamento na gestão e no desenvol-vimento do seu negócio em longo prazo;

• Desenvolva ofertas promocionais que incentivem o turista a voltar ou a indicar outros clientes. Não trate o turista como um viajante qualquer. Pense no seu ne-gócio de forma global e espelhe-se em referenciais externos – empresas fora do país que já vivenciaram momentos si-milares – para repensar suas estratégias comerciais;

• Aproveite os contatos dos novos clientes para vendas futuras;

• Pense global e aja local.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012 11

Page 12: E a cidade cresceu!

Matéria de Capa

E a cidade cresceu!

Expansão: esse é o termo que mais se aplica ao comércio em Fortaleza e Região Metropoli-

tana, que tem crescido rapidamente, transformando alguns bairros em ver-dadeiros polos de consumo autossus-tentáveis.

Essa “febre” tem explicação. O setor de Comércio e Serviços, que representa 70% da economia cearen-se, despontou consideravelmente no primeiro semestre de 2012, a ponto do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado crescer em média cinco vezes mais que a economia brasileira, ou seja: o segmento comercial do Ceará tem sido foco de empreendedores do Brasil e exterior, que pretendem cons-truir mais shoppings centers e outros estabelecimentos comerciais, buscan-do cada vez mais o poder de compra do consumidor.

Antes, vários ramos de atividades – como mercearias, bares, lancho-netes, mercadinhos, salões de bele-za – comercializavam cada um à sua maneira e atuavam isoladamente. O consumidor, por sua vez, deslocava--se do bairro onde residia para rea-lizar uma compra do outro lado da cidade. Porém, o que se tem percebi-do é uma maior tendência de micro e pequenas empresas agruparem-se em centros comerciais para ganhar maior visibilidade e participação no mer-

A expansão dos novos centros comerciais, em Fortaleza e nas cidades vizinhas, proporciona o surgimento de polos varejistas, novos empregos e aumento da economia do Estado

a demanda por estudos para investimento em shopping cresceu 30% nos últimos cinco anos no Brasil.

cado e melhor atender aos clientes. Estes, por sua vez, estão se tornando cada vez mais exigentes. Não basta apenas encontrar produtos e servi-ços pelos preços desejados: o local de compra precisa estar ao alcance do comprador e proporcionar aspectos como segurança, comodidade e con-veniência. Agora é a vez do comércio ir ao encontro do consumidor.

Esse crescimento também acirra a concorrência de uma forma bas-tante saudável. O comerciante passa a buscar melhorias contínuas para atender cada vez melhor o seu clien-te. “A concorrência é benéfica. Com o aumento do poder de compras da população, há espaço para todos”, acredita Alessandra Rebouças, ges-tora do Iandê Shopping Caucaia, re-centemente inaugurado. Alessandra ressalta ainda que o grupo respon-

sável pela construção do respectivo empreendimento pretende construir mais três unidades do Iandê Shop-ping, uma torre comercial e um hotel.

Somente na capital do Ceará está programada a construção de pelo me-nos mais onze shoppings e a expansão do Iguatemi, um dos mais tradicio-nais de Fortaleza: “A área bruta lo-cável do Shopping Iguatemi passará dos atuais 64 mil m² para 95 mil m²”, explica Gerardo Jereissati, arquiteto responsável pela ampliação do esta-belecimento. A obra, que terá início no primeiro semestre de 2013, esta-rá concluída até o segundo semestre de 2014, possibilitando que sete mil funcionários trabalhem nas lojas e nos novos quatro restaurantes, vinte lanchonetes e 400 lojas que serão ati-vadas após a reforma, visando melhor atender os consumidores que moram nas intermediações dos bairros Cocó, Água Fria e adjacências.

“A demanda por estudos para in-vestimento em shopping cresceu 30% nos últimos cinco anos no Brasil”, afirma Luis Carlos Francischini, sócio--diretor da Gismarket Estudos de Mer-cado, situada em São Paulo. Nesse ce-nário, Luis Carlos afirma que “a região sul (de Fortaleza) tem sido olhada com mais critério”. O bairro da Parangaba, por exemplo, tem sido uma das áreas mais procuradas para investimentos em novos empreendimentos comer-ciais na capital. Dois grandes empreen-dimentos estão em fase de construção

12 CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012

Page 13: E a cidade cresceu!

o setor de Comércio e serviços, representa 70% da economia cearense. o piB do Estado cresceu em média cinco vezes mais que a economia brasileira.

na região: o Shopping Parangaba, da contrutora Marquise, que já está com 80% de sua estrutura concluída, com previsão para inaugurar em outubro de 2013; e o North Shopping Parangaba, do Grupo Ancar Ivanhoe. Ambos aten-derão as necessidades de mais de 600 mil consumidores, que residem na re-gião sul da cidade.

Ao conquistar a confiança de gran-des investidores e empreendedores, a capital cearense e Região Metropo-litana de Fortaleza se firmaram como grandes centros de compras, estimulando em-presários a abrir novos ne-gócios ou ainda ampliar os já existentes. Essa expansão aumentará as oportunidades de emprego para os profissionais que queiram tentar vaga para tra-balhar, fazendo com que Fortaleza faça do comércio o maior gerador de riqueza da cidade, impulsionando a economia do Estado.

ContrapartidaOs novos empreendimentos comerciais,

segundo a Prefeitura de Fortaleza, devem contribuir para a melhoria urbana, ambiental e social da cidade. A Marquise, construtora responsável pelo Shopping Parangaba, irá recuperar uma área já degradada, onde funcionava uma fábrica de gesso. “Estamos preservando as árvores já existentes e plantaremos mais 500 nativas, além de recuperar o solo. Além da passarela que ligará o shopping aos terminais de passageiros, iremos construir uma faixa de desaceleração para que a entrada no shopping não comprometa o fluxo de veículos”, afirma Carla Pontes, diretora da holding do grupo Marquise.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012 13

Page 14: E a cidade cresceu!

Economia & Mercado

Economia brasileira: metas “frouxas”, resultados robustos?Ata da última reunião do Copom indica que a estabilidade das condições monetárias, por um período de tempo suficientemente prolongado, é a estratégia mais adequada

Na ata da última reunião do Co-mitê de Política Monetária, ficou claro que o Banco Central não

pretende explicitar sua meta de inflação para 2012 e nem para os próximos anos. Por esse motivo, ele ganha graus de liber-dade em sua política monetária calibran-do a liquidez da economia e apostando que, com isso, poderá conseguir um resul-tado mais forte em termos de crescimen-to econômico. A taxa de inflação tende a perseguir sua meta de forma “não linear”, é assim que os agentes interpretam a po-sição registrada na última ata do Copom. Ou seja, embora afirme que haja uma meta, a trajetória inflacionária não será acompanhada no curtíssimo prazo, mas em ciclos longos.

Uma das consequências diretas des-se posicionamento é que o governo não pretende reagir de imediato praticando, portanto, juros mais elevados em resposta a um crescimento da taxa inflacionária. In-dicando que se a taxa SELIC não diminuir, dos atuais 7,25%, também não deverá au-mentar nos próximos 12 meses como está sendo sinalizado pelo mercado financeiro.

Desse modo, o governo consegue manter o “afrouxamento” da oferta mo-netária, criando um mecanismo interno natural que acomoda a elevada liquidez internacional gerada pelas políticas dos bancos centrais da Europa e EUA.

Se no curto prazo o governo consegue se livrar das amarras de uma meta explí-cita de inflação, em longo prazo estará de-clinando da possibilidade de usar a polí-tica monetária de forma ativa, colocando o crescimento econômico como principal

Desemprego Manutenção do baixo nível de

desemprego.

Incentivo a investimentos na indústria Redução do custo de energia e da carga

fiscal em setores selecionados.

Oferta de crédito Expansão do crédito para fomentar o

Novo modelo de gestão macroeconômica

consumo de bens duráveis.

Inflação Convergência da taxa de inflação

não linear, o que significa uma meta inflacionária mais flexível.

Taxa de câmbio Regime cambial administrado, evitando a

valorização do Real frente ao Dólar, para estimular exportações.

meta variável e deixando a política de meta inflacionária em segundo plano.

Alguns resultados dessa estratégia já estão visíveis. Dados do IBGE mostram que a taxa de desocupação em setembro foi a menor de toda a série, atingindo o mínimo de 5,4% da população economi-

camente ativa. A oferta de crédito vem aumentando, assim como o crescimento da renda proveniente do trabalho.

A expectativa do governo é que a re-dução dos custos de energia, e uma polí-tica tributária menos onerosa, possa esti-mular o crescimento da indústria.

Por outro lado, algumas situações pa-recem desviar-se do planejado. Mesmo com baixo nível de desemprego e uma política cambial administrada, para man-ter as exportações competitivas, o setor industrial continua estagnado apresen-tando queda no mês de setembro/2012.

Atualmente, a pergunta que não quer calar é: se a taxa de juros baixou tanto nos últimos dois anos, por que a formação bruta de capital não se acelerou como era de se esperar?

A pergunta, que é complexa, não pos-sui uma resposta simples. Porém, uma coisa é certa: os resultados da economia brasileira estão longe de estarem robustos

o comércio varejista nacional apresentou excelente desempenho no mês de agosto, com expansão de 10,1%, comparada ao mesmo mês de 2011.

14 CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012

Page 15: E a cidade cresceu!

e parecem apresentar uma forma esqui-zofrênica, onde fica cada vez mais difícil traçar um cenário provável.

A política monetária mais “frouxa” está longe de significar mais crescimento econômico. Tudo isso acontece em fun-ção das incertezas que esse novo modelo gera nos agentes econômicos.

Investimento estrangeiro financia déficit em conta corrente

Nos últimos 12 meses, contados até setembro/2012, o déficit em conta corren-te atingiu o patamar muito próximo de US$ 50 bilhões – 2,15% do PIB – um nível aparentemente preocupante. O que deixa a equipe econômica mais tranquila é que esse déficit tem sido financiado com inves-timentos externos diretos. No mesmo pe-ríodo, por exemplo, entrou no Brasil um volume superior a US$ 63,8 bilhões.

Se por um lado a redução das remes-sas de lucro e dividendos acumulados deu um importante suporte ao déficit em conta corrente, a balança comercial deverá apre-sentar superávit de apenas US$ 18 bilhões.

Análise do setor do Comércio O comércio varejista nacional apre-

sentou excelente desempenho no mês de agosto/2012, com expansão de 10,1%, comparada ao mesmo mês de 2011. No acumulado do ano a expansão já chegou a 9%, demonstrando que o varejo em 2012 vem mais forte do que em 2011.

Os segmentos de maior expansão foram os de móveis e eletrodomésticos,

com 16,6%, e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com 12,8%.

No mesmo período, o varejo cearen-se teve um desempenho excepcional com expansão de 13,6%, bem superior ao de-sempenho da média nacional. No acumu-lado, o crescimento já chega a 9,4%.

Os segmentos que apresentaram maior crescimento foram os de móveis e eletrodomésticos, com 33,1%, e equipa-mentos e materiais para escritório, infor-mática e comunicação, com 20,7%. Nesse ritmo o comércio do Ceará deve fechar o ano com aumento superior a 10%, um re-sultado expressivo.

13º salário impacta o comércio cearense

Cerca de R$ 3 bilhões serão injeta-dos na economia do Ceará, provenien-tes do 13º salário, segundo estimativas do Dieese. Esse montante representa 3,4% do PIB do Estado e deverá benefi-ciar mais de 2,7 milhões de trabalhado-res cearenses.

o varejo cearense teve um desempenho excepcional com expansão de 13,6%, bem superior ao desempenho da média nacional.

Segmento de artigos farmacêutico, médico e de perfumaria apresenta crescimento significativo

CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012 15

Page 16: E a cidade cresceu!

Especial Brasil 2014

Para além da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, o maior investimento a se fazer, em médio e longo prazo, é aprender preservar a cidade de Fortaleza e tudo o que nela tem sido investido

O lado B do Mundial 2014

Grandes mudanças têm sido realizadas em Fortaleza nos últimos anos. Alguns proje-

tos, inclusive, coincidiram de fina-lizarem justamente no período que antecipa a Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo, um ano depois. Outras iniciativas foram acionadas especialmente em virtude desses eventos internacionais. Mas... Qual legado restará para a subsede cearense depois da Copa?

A partir das intervenções que estão acontecendo em Fortaleza – como a reestruturação da segurança e mobilidade urbana; funcionamento do Metrofor e Centro de Eventos; re-vitalização do Centro e Avenida Beira Mar; construção do Acquario; refor-mas no Porto do Mucuripe, Caste-lão e Aeroporto Internacional Pinto Martins –, muito tem sido feito para que turistas e, principalmente, forta-lezenses usufruam e aprendam a zelar pelos bens patrimoniais em questão antes, durante e depois dos eventos internacionais.

A respeito do Castelão – que já tem prévia inauguração para o próximo mês de dezembro – Ferruccio Feitosa, Secretário da Copa no Ceará, declara: “estamos fazendo um estádio para o povo cearense, e não exclusivo para a Copa”. Assim, os espaços que hoje acomodam campo de futebol, museu e cinema, poderão também depois fun-cionar como equipamentos turísticos, além de o Castelão ter capacidade para acolher uma média de 60 mil pesso-as, seja em um entretenimento extra ou em um campeonato esportivo em qualquer mês do ano.

“Até 2014 o Brasil, em virtude da Copa, gerará 700 mil novos empre-gos e haverá um incremento na eco-nomia de mais de cinco bilhões de reais”, afirma Ferrucio Feitosa. Isso porque, com a visibilidade que o País ganhará, contatos para exportações serão firmados e negociações comer-ciais mantidas para além das datas dos eventos mundiais, valorizando ainda mais a dinâmica no setor de Comércio e Serviços cearense. O próprio perfil

do comerciante brasileiro tenderá a se modificar: o empreendedor perceberá sua atuação no comércio como uma firme e sincera escolha profissional, potencializando o ramo onde atua ao invés de apenas alimentar a cultura de ser empreendedor por necessidade ou sobrevivência.

O aconselhável é que Fortaleza também busque se espelhar nos exem-plos de Barcelona e Alemanha, que, respectivamente, para as Olimpíadas de 92 e Copa do Mundo de 2006, tor-naram aproveitáveis e rentáveis os equipamentos esportivos e turísticos utilizados mesmo após a realização dos eventos. Os investimentos dire-cionados somente para Copa do Mun-do somam em média R$ 9 bilhões. Po-rém, nenhuma quantia ou iniciativa empreendida adiantará se não houver mudança de mentalidade e comporta-mento nas pessoas, a fim de que pre-servem o que tem sido investido para benefício coletivo e para uma melhor qualidade de vida em Fortaleza, seja em qual período for.

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16 CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012

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O que fazer com seu lixo eletrônico?Quando é chegado o momento de descartar aparelhos eletrônicos, nada de contaminar o solo, a água ou mesmo os aterros sanitários: o mais aconselhável é reciclar

Responsabilidade Socioambiental

Quem usa celulares, baterias, com-putadores e monitores, muitas vezes não faz ideia dos resíduos

poluentes que esses aparelhos contêm e proliferam, especialmente, quando são des-cartados em lixos domésticos ou sucatas.

De acordo com relatório da ONU, o planeta produz 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano e, entre os países emergentes, até hoje o Brasil é o que mais gera esse tipo de resíduo, ou seja, uma mé-dia anual de 5 kg por pessoa. Essa informa-ção alerta para um aspecto importante: o de que é necessária uma maior conscienti-zação dos consumidores acerca dos prejuí-zos e desvantagens sobre o descarte incor-reto de produtos eletrônicos e o que estes causam ao meio ambiente para quem nele vive e dele desfrutará amanhã. Por isso foi criada, em agosto de 2010, a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, onde o arti-go 33 destaca que importadores, fabrican-tes, comerciantes e distribuidores de bate-rias e pilhas precisam ter em seus pontos de vendas locais específicos para recolher esse material usado, a fim de poupar a na-tureza de agressões irreversíveis.

A Ibyte, empresa de tecnologia que mais cresce no Nordeste, por exemplo, tem pon-tos de coleta específicos para recolhimento de pilhas e baterias usadas. Assim, impede--se que a toxidade desses produtos alastre--se e polua o meio ambiente – priorizando uma reciclagem adequada –, haja vista na fabricação de pilhas e baterias serem usadas substâncias poluentes como retardantes de chamas (BFR’s), cádmio, berílio e chumbo.

Outra iniciativa é a da empresa Eco-letas Ambiental, em Fortaleza (CE), que desde 2009 recolhe resíduos eletrônicos e os seleciona para reciclar de maneira cor-reta e economicamente sustentável. Além de receber lixo eletrônico, a Ecoletas tam-bém compra sucata digital, de informática

e telefonia, a fim de empreender a logística reversa: a partir dos resíduos coletados, e após o processo de reciclagem, são gerados novos recursos e matérias-primas de qua-lidade, que voltam ao ciclo produtivo, ou seja, passam a ser novamente utilizados.

Se a produção de eletrônicos já inter-fere no consumo de água, energia e mine-ração, o maior impacto negativo deve-se, na verdade, quando esses produtos se tor-nam inutilizáveis e descartados de maneira indevida. A partir do momento que o se-tor varejista investe em orientação e ação para que os consumidores devolvam seus

lixos eletrônicos, empresas de tratamento certificadas ambientalmente ampliam a re-ciclagem da sucata eletrônica e o processo de reaproveitamento de peças, impedindo que componentes inutilizados, não-biode-gradáveis e altamente tóxicos, fiquem ex-postos a céu aberto e evitando, ainda, que substâncias nocivas se dispersem na natu-reza, causando males à saúde humana.

Para descartar o lixo eletrônico ade-quadamente, liste o material que dese-ja se desfazer e entre em contato com a Ecoletas: (85) 3295.2179 ou 8823.4052. E-mail: [email protected]

O lixo eletrônico no lugar certo

informática e comunicações: monitores, pC’s, impressoras, telefones, fax etc.

Eletrônica de entretenimento: televisores, aparelhos de som, leitores de Cd etc.

Equipamentos de iluminação: sobretudo lâmpadas fluorescentes.

Equipamentos de vigilância.

Veja quais tipos de equipamentos podem ser reciclados e transformados em nova matéria-prima:

Grandes aparelhos caseiros: fogões, geladeiras etc.

pequenos aparelhos caseiros: torradeiras, aspiradores etc.

Esportes e lazer: brinquedos eletrônicos, equipamentos de ginástica etc.

aparelhos e instrumentos médicos.

FOTO: JOSé CRUz/ABR

CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012 17

Page 18: E a cidade cresceu!

Nenhuma barreira entre o clien-te e o produto que ele deseja. É com essa ideia que as lojas sem

vitrine têm funcionado como ponte de interatividade para que o comprador adentre um ponto de venda e seja con-quistado à primeira visita.

A estratégia do uso de lojas sem vitri-nes se amplia continuamente em vários shoppings do Brasil. Tendo como prin-cipal meta proporcionar uma experiên-cia diferente de compra para o consumi-dor, sem que o vendedor – a priori – faça uma abordagem direta, essas lojas per-mitem que o cliente transite e perceba o seu ambiente, até sentir-se parte dela, gerando a dinâmica do autosserviço.

A vitrine tradicional ainda tem seu charme, utilidade e para muitos funciona como uma maneira discreta de perceber o valor do que está exposto, antes mes-mo de qualquer decisão de o consumidor entrar em um ponto de venda. Por meio dos produtos que dispõem e da maneira como o faz, as vitrines tradicionais con-tam a história das marcas que vende, ex-pressam o conceito da marca ou dos pro-dutos à mostra nas prateleiras.

Com a maior acessibilidade, inclu-sive tecnológica, que o consumidor

Como Fazer

Nada a esconderEntenda como o conceito de loja sem vitrine pode ser um ótimo chamariz para conquistar clientes e como você pode utilizar esta técnica em seu negócio

atualmente tem para realizar suas com-pras, as lojas sem vitrine têm um perfil estratégico para romper quaisquer bar-reiras físicas entre o cliente e o produto. “Qualquer tipo de acesso ao consumo deve ser livre. Tirar o vidro torna uma loja mais simpática, receptiva e demo-crática, aumentando as vendas”, declara José Marton, responsável por ter “arran-cado” vitrines de lojas como o do grupo O Boticário, Eudora e Lool. Ele também é fundador da empresa Marton & Mar-ton, especializada em soluções em arqui-tetura de varejo.

Podendo ser adaptada para diferen-tes tipos de pontos de venda, as lojas sem

vitrine podem ser organizadas com deta-lhes que farão a mais completa diferença no seu comércio. Veja como!l Decorar a loja é importante, assim

como alternar continuamente a dis-posição dos produtos e os seus tipos nos expositores. Isso fará com que o consumidor visualize todos os itens, estimulando-o a retornar à loja, em curto período, para conferir outras novidades.

l As prateleiras devem ser mais baixas, priorizando a liberdade de os clientes experimentarem os produtos quando quiserem, sem a intervenção imediata dos vendedores.

l Os funcionários, por sua vez, devem receber treinamento específico para lidar com o novo tipo de situação de compra/venda em lojas sem vitrines, a fim de abordarem os clientes para acolhê-los no momento em que pre-cisarem, e não de imediato.

l Já que a loja não tem vitrines, quanto maiores as portas do ponto comercial, melhor o ambiente para as pessoas por ele circularem. O mais recomen-dável é que a loja, por inteiro, funcio-ne como uma vitrine, mostrando o que vende e a que veio.

as lojas sem vitrine têm um perfil estratégico para romper quaisquer barreiras físicas entre o cliente e o produto.

As marcas “Chilli Beans” e “quem disse, benerice?” já nasceram com o conceito de loja sem vitrine.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

18 CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012

Page 19: E a cidade cresceu!

Falta cimento para exportar. A notí-cia, que poderia ser interpretada ne-gativamente, na verdade traduz uma

realidade curiosa: o crescimento do setor de construção no Brasil tem sido tão vasto, que para suprir a necessidade por cimento no mercado, empresas do ramo pretendem aumentar a produção recorrendo a impor-tações, especialmente, no Nordeste. Nesse processo, a cultura associativista tem sido o principal pilar e a Associação Brasileira de Cimento Portland o maior referencial, como entidade, no segmento.

Com o crescimento interno da de-manda por cimento, pelos próximos cinco anos a indústria brasileira estipula aumentar a capacidade de produção em 65%, migrando de 60 milhões de tonela-das para 100 milhões, até 2016. “A indús-tria de cimento até perdeu oportunida-des de vendas externas atrativas, porque o foco é acompanhar o crescimento do mercado doméstico”, afirma Valter Figie-ri, gerente nacional de mercado da ABCP.

Fundada em 1936, a Associação Bra-sileira de Cimento Portland é mantida voluntariamente por seus associados. Para que estes se qualifiquem e prestem suporte às obras de engenharia do Brasil, a ABCP mantém parceria com diversas escolas, universidades e instituições de pesquisa brasileira, com o objetivo de rea-lizar estudos sobre o cimento e as melho-res maneiras para utilizá-lo. Além disso, a ABCP tem a preocupação de qualificar seus associados, valorizando a publicação de revistas, livros e documentos técnicos a partir dos eventos, seminários e cursos de aperfeiçoamento e formação realiza-dos para os profissionais da engenharia.

Para suprir o novo patamar de consu-mo de cimento no Brasil, a ABCP pretende

reforçar ainda mais o elo da prática asso-ciativista entre seus membros, organizan-do e difundindo informações acerca dos sistemas e produtos à base de cimento, e capacitando e transferindo tecnologia para as indústrias do setor. Assim, os associa-dos da ABCP poderão, inclusive, melhor

se preparar para atender ao mercado da área de construção civil, aquecido devido às obras de infraestrutura do governo, que abrangerá edificações e reformas para a re-alização da Copa das Confederações; Copa 2014 e Olimpíadas 2016; projetos do PAC – como Minha Casa Minha Vida –; cons-trução de moradias populares e atender o setor industrial e o segmento do varejo.

Por meio do associativismo, a Asso-ciação Brasileira de Cimento Portland conseguiu ampliar sua força a partir do compromisso e união de todos aqueles que fazem, hoje, a entidade ser considera-da uma referência nacional e internacional em tecnologia do cimento. É representan-do as indústrias de cimento, institucional e tecnicamente, que a ABCP realiza, com excelência, serviços tecnológicos às gran-des obras de engenharia no Brasil.

Com o crescimento interno da demanda por cimento, a indústria brasileira estipula aumentar a capacidade de produção em 65%.

Associativismo

Edificando iniciativas associativistasCom o crescimento da construção no Brasil, a Associação Brasileira de Cimento Portland demonstra estar preparada para lidar com a nova realidade do mercado

CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012 19

Page 20: E a cidade cresceu!

Marcos Braun FilhoLiderança & Gestão

o valor de uma mãe e a reflexão ao contexto empresarial

C aro Leitor: pode até parecer estranha, em um primeiro momento, a analogia exposta no título deste artigo, mas

precisarei dela para descrever as inúmeras semelhanças do dia a dia empresarial com o amor de uma mãe, e o que isso pode ajudar a líderes e empresas em suas jornadas quase inesgotáveis de trabalho.

Este artigo revela ao mesmo tempo uma última homenagem à minha mãe, que faleceu recentemente, e reforça o que podemos aprender e aplicar em nossas empresas a partir dos ensinamentos dessas guerreiras de valores maternos. Pense na sua mãe e deleite-se nesta reflexão.

Que caminho estamos trilhando? A cada dia nos perguntamos o porquê de tantas coisas acontecendo ao nosso redor. São problemas no lar, na empresa, nas relações, desafetos, falta de amor, de bom senso etc. Será que encontramos respostas sensatas para todos estes questionamentos? Por que nosso tempo é marcado por tanta ganância, mesquinhez e obsessão? Parece que não conhecemos mais as pessoas ou até a nós mesmos! Por que não falamos mais das coisas que são realmente importantes para a vida? O executivo de nosso tempo sabe resolver grandes equações matemáticas e precisa ter resposta para tudo, mas não sabe lidar com as questões básicas da

vida. Sabe tomar decisões difíceis, mas não sabe o que é o amor. Recolhe para si fortunas, mas morre na miséria espiritual e emocional.

Além dos dias se tornarem mais “longos”, o próprio ritmo da vida parece estar acelerado – a tecnologia que o diga! A carroça puxada por cavalos, em uso há menos de um século, está a anos-luz dos modernos carros velozes, trens-bala e aviões a jato. Hoje, um executivo cujo avô provavelmente ia a pé, a cavalo ou de bicicleta para o trabalho pode almoçar em um continente e jantar no outro! O escritório também sofreu uma revolução silenciosa em nome da agilidade e da produtividade. As máquinas de escrever e o correio convencional cederam lugar aos computadores, ao fax e ao correio eletrônico. Computadores portáteis e telefones celulares tornaram mais tênue à linha divisória entre o lar e o escritório.

Naturalmente, nenhum de nós pode alterar o ritmo acelerado do mundo. Porém, cada um pode fazer ajustes que nos permitirão levar uma vida mais calma e equilibrada. Lembra o que sua mãe dizia: meu filho vá com calma nas coisas! Eis a questão: como você está vivendo hoje, ou melhor, sobrevivendo? Parece que o Ter tem mais sentido que o Ser.

Ser mãe é algo que é entendido por quem sabe dar o devido valor para o que representa a presença da mulher, seja no lar ou no papel essencial que ela

desempenha dentro da sociedade. E o que dizer das inúmeras profissões que uma mãe consegue exercer, ao mesmo tempo (e muitas vezes em um mesmo dia!), dentro de casa? Qualquer mãe, mesmo aquela que nunca nem cogitou cursar uma faculdade, desempenha com maestria a função de nutricionista, gerente, terapeuta, conselheira, cozinheira, copeira, encarregada do setor de limpeza, diplomata, enfermeira, professora, motorista, médica, psicóloga e tantas outras que não caberiam em uma única página. Agora, ela só faz isso com eficiência porque existe amor no que é feito. Você tem feito as coisas por amor ou por obrigação?

O que podemos aprender é que mãe é algo único e especial na vida. A sua mãe deve ter ensinado a você muitas coisas, mas o mais importante você precisa aprender, ou talvez já aprendeu: saber amar. Amar, no ambiente empresarial, significa agir com comprometimento sem necessariamente esperar algo em troca, ser profissional no que faz e seguir valores éticos (acredito que sua mãe deva ter ensinado a você!). Quer saber o valor de uma mãe? Saiba o valor do amor. Eu te amo Mãe. Pense nisso e até a próxima!

Marcos Braun Filho é consultor empresarial, professor de MBA e coach. MB Consultoria e Educação [email protected]

Amar, no ambiente empresarial, significa agir com comprometimento sem necessariamente esperar algo em troca, ser profissional no que faz e seguir valores éticos.

20 CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012

Page 21: E a cidade cresceu!

as vendas de final de ano apresentam em todos os setores um crescimento significativo em relação ao ano anterior.

Federação em Ação

ACâmara de Dirigentes Lojistas de Russas realizou, em outubro, curso para qualificação de vende-

dores visando às vendas de final de ano. A capacitação teve como tema: “Vendedor inteligente para um mercado exigente” e foi ministrada, em parceria com o Sebrae, para oito empresas locais por instrutores da Rede Integrada de Consultoria e Trei-namento (RICT).

O curso abordou assuntos como com-petitividade, novas exigências do mer-cado, falhas comuns na hora da venda, comprometimento profissional e marke-ting pessoal. Participaram da capacitação vendedores e colaboradores dos setores de material de construção, calçados, pa-pelaria, distribuidora de água e gás, vestu-ário e equipamentos de informática.

As vendas de final de ano, que teve início neste mês de novembro, apresen-

Comércio se prepara para atender consumidores neste final de anoOito empresas participaram do curso em um momento de aprendizagem e expectativa para boas vendas

mércio local, onde o volume de vendas é maior por conta do aumento da procura, que também cresce muito. “Os consumi-dores têm um poder de compra maior nes-se período por causa do décimo terceiro salário”, explica. De acordo com ele, todos os setores cresceram nas vendas, mas os segmentos que tiveram um aumento mais expressivo foi o de vestuário e calçados.

Outro ponto positivo apontado pelo presidente é o aumento no número de consultas ao Serviço de Proteção ao Cré-dito (SPC). “Nós registramos no sistema um aumento de 8% nas consultas em re-lação ao mesmo período do ano passado”, afirma. Isso mostra, de acordo com ele, que os consumidores estão pagando suas dívidas para conseguirem mais crédito no final do ano.

Por isso, é importante o comerciante ficar atento às novas exigências dos con-sumidores. O atendimento é o diferencial no momento da compra e as lojas estão buscando se adequar a essa nova realida-de. “O curso é mais uma forma do lojista melhorar o atendimento, que em algumas lojas não respondem à expectativa dos consumidores”, conclui.

A CDL tem mantido um calendário periódico de qualificação para lojistas lo-cais. Desde a inauguração da sua nova sede foram realizados três cursos, voltados ao atendimento, e palestras para empresários e colaboradores. A próxima capacitação está prevista para este mês de novembro, também na área de atendimento ao cliente.

Para a Federação das CDLs do Ceará, presidida pelo empresário Honório Pi-nheiro, o desenvolvimento dessas ações por todo o comércio são importantes para um maior aquecimento nas vendas no final do ano.

tam em todos os setores um crescimento significativo em relação ao ano anterior. “Esperamos em 2012 um acréscimo de 30% nas vendas em relação ao ano passa-do”, comemora o presidente da CDL de Russas, Francisco Dantas.

Segundo Dantas, as compras de fim de ano são as mais significativas para o co-

CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012 21

Page 22: E a cidade cresceu!

Como aumentar a produtividade da sua empresa

A produtividade surgiu como uma grande necessidade para as empresas brasileiras no início dos anos 90, com a

abertura da economia promovida pelo então presidente Fernando Collor de Melo. Com o aumento da competição, tornou-se imperativo ter alta produtividade para poder sobreviver no mercado e muitas organizações desapareceram, pois se esqueceram de ser competitivas.  

Mas o que é produtividade? Existem varias definições. Produzir mais com menos recursos ou produzir ao máximo com o menor custo possível e, mesmo assim, agregando sempre qualidade e preço justo/competitivo são algumas delas. A definição que proponho talvez seja a mais simples, porém a mais efetiva. Para mim, produtividade é a relação entre o faturamento da empresa sobre os custos. Então, como aumentar a produtividade?  A resposta é óbvia. Aumente o faturamento e diminua os custos. 

Para aumentar o faturamento siga as dicas:

1. Torne os processos mais eficientes e rápidos;

2. Analise como fazer mais com menos recursos e com maior efetividade;

3. Procure ter excelência nos serviços prestados;

Eduardo Gomes de MatosAprendendo na Prática

5. Elimine tarefas e processos que não agregam valor;

6. Tenha uma equipe enxuta.

Esta lista não esgota todas as ações que você poderá implantar para aumentar a produtividade da sua empresa. Porém, parta da crença firme de tornar 2013 o ano da produtividade.

Eduardo Gomes de Matos é pós-graduado em Administração de Empresas e diretor-presidente da Gomes de Matos Consultores Associados.www.gomesdematos.com.br

Produtividade é a relação entre o faturamento da empresa sobre os custos.

4. Implante um projeto para o crescimento das vendas;

5. Engaje todos com os objetivos empresariais;

6. Automatize os processos.

Para diminuir os custos realize as seguintes ações:

1. Faça tudo certo desde a primeira vez;

2. Reduza estoques e desperdícios;

4. Negocie melhor com seus fornecedores;

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22 CONJUNTURA DO COMÉRCIO novembro 2012

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