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Dúvidas &

Desejos

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�réditos�oorde�aç�o

PerSe

�otosJoão Calazans Filho

I�ustraç�o da �apaEd Ribeiro

Desig� da �apaPerSe

Projeto Gráfico e DiagramaçãoNanci Vieira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Calazans Filho, João Dúvidas & desejos / João Calazans Filho. -- 1. ed. -- São Paulo : PerSe, 2011.

ISBN 978-85-64280-16-8

1. Poesia brasileira 2. Sonetos brasileiros I. Título.

11-11484 CDD-869.91

Índices para catálogo sistemático:

1. Poesia : Literatura brasileira 869.91

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Dúvidas &

Desejos

Primeira Edição

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DedicatóriaDedico este ensaio primeiro a Deus que é a minha fonte

de inspiração, a Lorite, minha mãe, João Calazans, meu pai (em memória), minha irmã Maria Calazans, meu irmão Pedro

(em memória), meus filhos Allan, Pedro e Caio, Alana, sobrinhos Douglas, Kelly e a todos os que não convivem comigo, às mães dos meus filhos, Rita Braga e Maria Marta, tio Beja,

mãe Idalina, meu avô Martim e ao meus avós paternos que não tive o prazer de conviver.

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AgradecimentosAos meus amigos Zé Leão, Valter Leone, Paulo Bittencourt, Zé Maurício, Sotelo, Ed Ribeiro, Orlando, Laura, Begonina, Carolina Pérez, Gianotti, Marcão, Alex, Andonius, Brito, Ramon, Tonhão, Luciano, Valeria e Anita Lewandovski,

Mariana, Jorge Pellegrini (em memória), George Israel, Tonho Matéria, Vasco Ariston, Nildão, Frederico, Marcos Flávio, Antônio Olímpio, Maria Amélia, Cidinho representando

os meus amigos de Ilhéus, Martial, Bada, Marzio De Lipi, Barretão, Luciano, Roberto Landwehr, Albergaria (em memória), Paulo Lebram, Regina, Gerônimo, Jorginho, Corão representando os meus amigos e colegas de escola de Camacan, Marcelo, Márcio e Maurício Doria, Clebão, Wilson, Iuri, Sensei Wagner, Thiago,

Dilon, Antônio Massur Filho representando todos os meus atletas e dirigentes do esporte Triathlon, Roberto Amado, Toninho, Pinheiro, Henriques, Néstor Amazonas, Denis Rivera, Neinho, Mesquita, Muller, Graça, Cintia, Doinha, Linoy, Gralha, Índio, Barata, Sheila, Denise, Leonora e Elvira Kalid, Sônia Brocanello,

Alicia Galez, Bolão, Ivan, Rita Nuno, Alcântara, Antônio Carlos Sarmento, padre Auxencio, padre Xavier, professores

Ana Maria da Hora, Celeste, Lourdes, Clelio, Felisberto, Fernão, e aos meus mestres de capoeira Benicio e Luis Medicina, estendendo

aos colegas Itapoã, Eziquiel (em memória), Aristides, Bom Cabrito, Dinho, Americano, Saci, No, Augusto, Sergio, Curió,

Renato Sarigüê, Bamba, Ana Harisson e a todos aqueles que por algum lapso de memória eu tenha esquecido.

PatrocínioThe Best Apartamentos

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Pivô Assessoria Esportiva

ApoioConfraria Don Mercatto

Banca do Ramon Restaurante Praça São Lourenço

Restaurante Bravda Moet & Chandon

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Uma certa pintura .............................................11

Isso não é amor ............................................... 13

Uma mirada ...................................................... 15

Ébano ................................................................ 17

Medos e segredos ............................................ 19

Liberdade .......................................................... 21

Ao sabor da vida ..............................................23

Anistia à paixão ................................................25

Dor e amor .......................................................27

Cantando a vida e a liberdade ........................29

Eu vou de trem também ................................ 31

Como nos vemos .............................................33

Dogmas .............................................................35

Sentir .................................................................37

Essência??? .......................................................39

Alma reluzente ................................................. 41

O último amor .................................................43

Eu sou assim ....................................................45

Amor de primavera .........................................47

A radicalidade leva à obscuridade .................49

Será assim? ........................................................ 51

Paraíso ...............................................................53

Sumário

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Saudade .............................................................55

Querer ...............................................................57

Sexo ...................................................................59

Dividir a vida com você ................................. 61

Encuentro .........................................................63

Busca .................................................................65

Desejo ...............................................................67

São Paulo é assim ............................................69

Verdades ............................................................ 71

Caminhada ........................................................73

Limites ...............................................................75

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Nunca fui muito de fazer críticas e elogios a obras literárias. Gosto ou não, e isto é uma questão pessoal. Ao longo de décadas de relacionamento com a literatura, percebi que o mais importante, o que fica mesmo, não é tanto o resultado em si, mas o gesto. Escrever é liberar a alma, é buscar nas palavras a melhor forma de traduzi-la, num gesto abnegado e solitário, que poucos são capazes de fazer – e isto realmente é o que tem valor.

Calazans é um grande poeta menor. Ele não se esconde, em nenhum momento, atrás de uma forma ou de um personagem. É lím-pido, transparente, verdadeiro. Poderia se aventurar em formas mais sofisticadas e complexas da expressão poética e literária. Mas não. Opta pelo caminho da sua alma, transformando-a numa expressão genuína de seus sentimentos e ideias. Não é isso que esperamos da poesia e da literatura?

Aqui temos um bom exemplo dessa coragem e destemor. E o simples fato de o autor se atirar nessa busca, de enfrentar sua verdade, já é capaz de produzir momentos tocantes, de identificação e emoção. Versos que ecoam uma alma coletiva, frases que traduzem reflexões comuns a todos, momentos tão rotineiros perpetuados com frases simples como a vida.

Além de tudo, Calazans detém uma história de vida intensa, em que cada episódio está sempre incorporado de paixão pela vida e pelas pessoas. É um apaixonado. E não é possível refreá-lo, jamais. Assim como não lhe foi possível conter esse gesto de amor, essa pequena, intensa e contundente manifestação poética de sua vivência. Perambular por estas páginas será sempre uma lição de vida, de poesia e de paixão.

Roberto AmadoJornalista com atuação na imprensa paulistana, escritor indicado

ao Prêmio Jabuti, e sobrinho do nosso eterno Jorge Amado.

Aprese�taç�o

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A minha pinturaNão é escura...Ela é parte da minha parte,Contida em outras partes de outros seres.

A minha pinturaFala por si só,Deixa ao sabor do vento a ternura,Abraçando a solidão sem dó.

A minha pintura é de Deus,Não é o projeto seu ou meu;É o retrato de muitos eus,Talvez parecido com algo que é só meu.

A minha pinturaReflete secura,Desabrocha dor,Sacudindo o amor...

A minha pintura é a própria mistura de seres,É o desejo contido de desconhecidos amores,O arrebate de sentimentos vivos,Ora alegres, ora tristes, ora presentes, ora ausentes, ora conhecidos e ora desconhecidos.

A minha pintura não é minha,Se fosse só minha seria daninha,Como é de todos,É parte ou todo de alguém que emerge do lodo.

Uma certa pintura

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A minha pintura é fácil,Às vezes difícil,Mas sempre será parte de uma mensagem,Que nela retratará a sua, a minha e a nossa imagem.

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Às vezes o coração aperta, A solidão desperta,Um nó na garganta devora,O sentimento que apavora,Isso não é amor...

Parece dor a falta que faz,Quase sempre olhando prá trás,Respiração cortada,Olhando o vazio com as mãos apertadas.Isso não é amor...

Chora-se por perderAquilo que imaginamos ter,Lágrimas e soluços embotados,Motivando a busca em todos os lados.Isso não é amor...

Sensação de perder,Desejo de ter,O peso do nãoDestrói o coração.Isso não é amor...

Vaga-se à procura de algo,Que não é físico e sim abstrato,Percorre-se caminhos na amargura,Em busca de um possível retrato.Isso não é amor...

Isso não é amor

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Ais e uisDor e medoNada seduzAlguém em torporIsso não é amor...

Um rosto sem sorriso,Marcado por lágrimas e sofrimento,Talvez em busca de um paraíso,Que aplaque o meu o tormento...Isso não é amor...

Sensação de felicidade quando o desejado diz sim,Mesmo escravizado sem respeito e nem dó,Vive-se o momento de não estar só,Mesmo que por segundo para não sentir-se pior.Isso não é amor...

O peso da escuridão da alma,Preso em um mundo único e sem calma,A mente focada em uma história,Que atormenta em momentos a memória.Isso não é amor...

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Una mirada

Cuando miramos alguien, deseamos ver alguna cosa parecida con nosotros;

Ahí corremos a los trazos para que encuentres la belleza que de-seamos,

Estamos adelante del “bello”. Pero, en la verdad: ¿Que es bello a la similitud del espirito y de la alma?

La belleza física es peligrosa, porque ahí hay un camuflaje que he de sí cambiar al abismo, trampas y precipicio.

La belleza es un trazo de DIOS que esta en los hombres como una dadiva ó una arma. Arma de seducción, de encantamientos, deseos y pasión.

Cuando mira alguien, no miras el interno, miras la superficie.Las superficies son bellas, pero cuando rompe la primera y segunda puerta de la belleza, podrá tener buenas y malas sorpresas.

Las sorpresas buenas o malas, es porque tendrás que desnudar el alma y el alma desnuda tiene el poder de una primera mirada. Una mirada es una mirada, podrá traducir todo o nada.

Pero, hay puertas comunes entre la primera mirada y el espirito… Si estamos en ese estajeo, ahí tenemos un encuentro con su otra cara y que es un grande regalo de Dios.

En hora buena la plenitud del sentimiento tiene el encuentro con la otra parte que tanto procuramos en miradas, miradas y miradas.