duas dinâmicas de grupos inéditas

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Reticências O que é: Dinâmica de grupo que pretende desenvolver reflexões em torno das novas atitudes que as pessoas integrantes do grupo devem adotar a partir de algum referencial estabelecido: ético-moral, filosófico, religioso, etc. Como se faz: Cada participante toma uma frase e deve completá-la, dando um sentido que deve estar congruente com a proposta das discussões conduzidas pelo coordenador, com base nos referenciais adotados. Após pegar a sua frase, que deverá ser distribuída por meio de sorteio, cada participante deverá, por sua vez, completar a frase e comentá-la. Os demais poderão também comentar, dentro de um limite de tempo pré-estabelecido, que não deve exceder a 3 minutos (caso o tema seja de fundamental importância, o coordenador deverá avisar que as discussões específicas sobre o tema serão retomadas ao final). Frases sugeridas: 1) Na dúvida, o melhor a fazer é... 2) Da vida nada se leva, a não ser... 3) Certos caminhos nos conduzem a... 4) A decisão de se fazer ou não algo depende de... 5) O caminho pode ser estreito, porém... 6) Muita facilidade/dificuldade em torno de nós pode ser sinal de... 7) Para não nos arrependermos, muitas vezes precisamos... 8) O valor que atribuímos a certas coisas só pode ter como base... 9) Nada há no mundo mais importante do que... 10) Em alguns momentos só nos resta uma decisão: resistir/desistir... 11) Diante de certas situações irreversíveis devemos compreender que o essencial é sempre... 12) Se não sabemos ao certo o rumo só nos resta... 13) Se agora a questão é comigo, eu devo...

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Page 1: Duas dinâmicas de grupos inéditas

Reticências

O que é: Dinâmica de grupo que pretende desenvolver reflexões em torno das novas atitudes que as pessoas integrantes do grupo devem adotar a partir de algum referencial estabelecido: ético-moral, filosófico, religioso, etc. Como se faz: Cada participante toma uma frase e deve completá-la, dando um sentido que deve estar congruente com a proposta das discussões conduzidas pelo coordenador, com base nos referenciais adotados. Após pegar a sua frase, que deverá ser distribuída por meio de sorteio, cada participante deverá, por sua vez, completar a frase e comentá-la. Os demais poderão também comentar, dentro de um limite de tempo pré-estabelecido, que não deve exceder a 3 minutos (caso o tema seja de fundamental importância, o coordenador deverá avisar que as discussões específicas sobre o tema serão retomadas ao final). Frases sugeridas: 1) Na dúvida, o melhor a fazer é... 2) Da vida nada se leva, a não ser... 3) Certos caminhos nos conduzem a... 4) A decisão de se fazer ou não algo depende de... 5) O caminho pode ser estreito, porém... 6) Muita facilidade/dificuldade em torno de nós pode ser sinal de... 7) Para não nos arrependermos, muitas vezes precisamos... 8) O valor que atribuímos a certas coisas só pode ter como base... 9) Nada há no mundo mais importante do que... 10) Em alguns momentos só nos resta uma decisão: resistir/desistir... 11) Diante de certas situações irreversíveis devemos compreender que o essencial é sempre... 12) Se não sabemos ao certo o rumo só nos resta... 13) Se agora a questão é comigo, eu devo...

Page 2: Duas dinâmicas de grupos inéditas

14) No centro de tudo está o que mais importa agora, que é... 15) Se não fossem os problemas que enfrento - meus desafios atuais -, eu (não) estaria...

Segunda chance

O que é: Dinâmica de grupo que busca despertar reflexões sobre o nosso posicionamento diante da vida e os seus desafios, convidando os participantes a se centrarem e focarem o tempo e o espaço presente (o aqui e o agora). Objetiva ampliar a nossa visão sobre as ações do cotidiano e o sentido das mesmas, tendo em vista a conquista de uma vida mais plena. Como se faz: Os participantes sentam-se confortavelmente. Ouvem a música de fundo e o coordenador que dá as coordenadas para a viagem no tempo (passado-presente-futuro) em que todos participarão. A viagem e suas etapas A descoberta

Descobri que tenho poucos meses de vida. Um certo câncer começa a espalhar-se pelo meu organismo e me coloco diante de três perspectivas:

1) Sou descrente de tudo e decido antecipar a minha partida, pois a dor não faz

sentido em minha vida. Abreviar a vida me parece uma solução justa, afinal de contas não pedi para nascer, não sei porque estou no palco da vida e alguns acontecimentos não têm para mim qualquer significado... Somente existem eu e a minha dor. E eu não mais desejo esta dor. Livro-me dela e de mim mesmo... Afinal de contas, nada existe mesmo além, senão o vazio, o nada...

2) Não sei se acredito em algo, mas uma coisa eu sei: gosto de viver e vivo

intensamente todos os prazeres que esta vida pode me proporcionar. Com os poucos dias que me restam vou fazer tudo o que não pude fazer até hoje. Vou me divertir como nunca me diverti. Correr todos os riscos, aventurar-me...

3) Eu acredito no amor e nos laços de afeto que criamos ao longo da vida. Eu uma

coisa eu sei: desejo estar ao lado daqueles a quem pude amar durante todos estes anos. O que vai me ocorrer amanhã ou depois, ou mesmo daqui a um segundo, não importa. Sei que o tempo de viver é um bom tempo para estar com todos os familiares e amigos. Sei que o tempo que me restar será também de me reconciliar com os desafetos, com aqueles que ainda gostam de mim, com aqueles com quem não me simpatizo e vivem à minha volta... Quando a vida ou a morte me vier buscar nem lhe notarei a presença pois estarei muito ocupado tratando de aproveitar cada instante realizando aquilo que verdadeiramente importa: amar!

Page 3: Duas dinâmicas de grupos inéditas

A reflexão

De qualquer modo, não importando qual seja a minha atitude diante da doença que causará minha morte, um fato novo, estranho e fantástico me ocorre: eu me vejo viajando em uma estrada e de repente me deparo diante de três túneis. Neles estão escritos: passado, presente e futuro. Passado à esquerda, presente no centro e futuro à direita.

Embora seja lógico seguir por um dos túneis, eu me sinto paralisado. Enquanto isto os túneis se agigantam e dele me aproximam ainda mais. E eu me vejo em pleno ar, solto no espaço, diante dos mesmos, que se transformam em imensas telas de cinema. O filme de minha vida toda está ali à minha frente. Basta que eu olhe para um dos lados ou para frente para contemplar as cenas de minha própria vida.

Neste momento eu me concentrarei no passado. Buscarei nele apenas as cenas dos melhores dias, horas, minutos, segundos da minha existência. Tudo o que valeu a pena viver... Os instantes de alegria e serenidade, de dor e desconforto, de aprendizado em cada etapa.

Agora é hora de mergulhar profundamente no exato instante do presente momento. Devo perguntar a mim mesmo: vale a pena a vida como a tenho vivido até agora? Como eu me sinto diante de mim mesmo? Eu consigo me olhar no espelho? Eu me amo tal como eu sou? Eu me aceito do modo que eu sou?

Um segundo depois, irresistivelmente eu vejo arrastado para a tela do futuro e me pergunto: o que pode mudar? O que devo fazer para aproveitar cada segundo que a vida ainda me oferece?

O anúncio

Tudo se apaga e eu se sinto confortavelmente como dentro de um útero. Sou de novo um bebê em gestação. Nada dentro do líquido morno tranqüilamente e nada mais me causa inquietação. Meu coração pulsa devagar e eu sinto que o momento de renascer se aproxima. Uma voz suave então anuncia: “Descobriram a cura dos teus males e viverá ainda longos dias na Terra que o Senhor da Vida nos concedeu para habitarmos. Foi lhe dada uma segunda chance. Aproveite-a bem... Desperta! Renasça!“

Reflexões individuais e em grupo Cada qual neste instante escreverá sobre o que pretende fazer, agora que uma segunda chance nos foi concedida. Reúna-se, após a reflexão individual, em grupo para decidir o que fazer de nossas vidas coletivas, seja na empresa, na família ou em outras instituições das quais participemos.

Abel Sidney [email protected]