drever

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2008/2009 Cães & Companhia Anuário | 79 Grupo 6 ©Texterri ©Texterri ©Pirita Keränen ©Canil de Aradik Drever Este excepcional cão de caça conjuga tena- cidade, voluntarismo e alegria de viver num pequeno volume! Máquina de caça A energia, vivacidade e agilidade do Drever é inversa- mente proporcional ao seu tamanho. Por: Carla Cruz, do Canil de Aradik O Drever é uma das mais populares raças na Suécia, o seu país de origem. Porém, fora da Escandinávia, é praticamente desconhecido. Tem sido criado essencialmente por e para caçadores, sendo raros os exemplares utilizados “apenas” para companhia. A sua origem remonta aos primeiros anos do séc. XX, quando alguns Dachsbrackes da Westfália, uma raça de caça alemã, foram im- portados para a Suécia (em 1910). Ao longo do tempo, esta população evoluíu, adaptando- -se às condições e à caça suecas. Os primeiros exemplares foram registados em 1913, mas a raça manteve-se relativamente discreta até aos anos 30, período a partir do qual se expandiu devido à sua reputação como cão de caça. A raça tornou-se conhecida com o seu nome actual – Drever – em 1947, individualizando- -se definitivamente os restantes Dachsbrackes, ligeiramente mais pequenos, e em 1953 foi reconhecida como sendo de origem sueca. No seu país de origem, o Drever é conside- rado a raça de eleição para a caça ao veado e ao corço, sendo também bastante utilizado para a lebre e para a raposa. O seu pequeno tamanho torna-o num companheiro ideal para o caçador, pois consegue seguir o rasto e aproximar-se mais facilmente dos cervídeos sem ser detectado. É um cão de corpo forte e alongado, uma vez que os membros são de pequeno tamanho. A altura ao garrote ideal é de 35 cm para os machos e de 33 cm para as fêmeas, com uma tolerância de 3 cm para cima ou para baixo. A pelagem é curta e densa, podendo apresentar qualquer cor, com malhas brancas visíveis de todos os lados; apenas não são admitidos os exemplares totalmente brancos ou castanhos- -fígado. Estes pequenos caçadores são cães de grande vivacidade e agilidade, com um carácter equilibrado. São agradáveis companheiros para miúdos e graúdos, e de uma forma geral também se entendem bem com outros cães. Aprendem facilmente as regras elementares de convivência e gostam de agradar, mas como qualquer sabujo, podem, por vezes, ser obsti- nados quando decidem usar o nariz. Sendo uma raça que tem sido mantida há gerações em trabalho, estes animais têm uma energia inversamente proporcional ao seu tamanho, que deve ser desgastada regularmen- te em longos passeios. No entanto, há que ter cuidado quando se soltam em espaços abertos, pois o seu instinto pode levá-los a seguir um rasto, ignorando tudo o resto. Apesar desta precaução, são cães de trato e convivência bastante fácil, e a sua pelagem não necessita de cuidados particulares. c 079Drever.indd 79 08/12/09 11:30:33

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Artigo sobre o Drever no Anuário da revista Cães e Companhia 2008/2009

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Page 1: Drever

2008/2009 Cães & Companhia Anuário | 79

Grupo 6

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©Canil de Aradik

DreverEste excepcional cão de caça conjuga tena-cidade, voluntarismo e alegria de viver num pequeno volume!

Máquina de caça

A energia, vivacidade e agilidade do Drever é inversa-mente proporcional ao seu tamanho.

Por: Carla Cruz, do Canil de Aradik

O Drever é uma das mais populares raças na Suécia, o seu país de origem. Porém, fora da Escandinávia, é

praticamente desconhecido. Tem sido criado essencialmente por e para caçadores, sendo raros os exemplares utilizados “apenas” para companhia.A sua origem remonta aos primeiros anos do séc. XX, quando alguns Dachsbrackes da Westfália, uma raça de caça alemã, foram im-portados para a Suécia (em 1910). Ao longo do tempo, esta população evoluíu, adaptando--se às condições e à caça suecas. Os primeiros exemplares foram registados em 1913, mas a raça manteve-se relativamente discreta até aos anos 30, período a partir do qual se expandiu devido à sua reputação como cão de caça. A raça tornou-se conhecida com o seu nome actual – Drever – em 1947, individualizando--se defi nitivamente os restantes Dachsbrackes, ligeiramente mais pequenos, e em 1953 foi reconhecida como sendo de origem sueca.No seu país de origem, o Drever é conside-rado a raça de eleição para a caça ao veado e ao corço, sendo também bastante utilizado para a lebre e para a raposa. O seu pequeno

tamanho torna-o num companheiro ideal para o caçador, pois consegue seguir o rasto e aproximar-se mais facilmente dos cervídeos sem ser detectado.É um cão de corpo forte e alongado, uma vez que os membros são de pequeno tamanho. A altura ao garrote ideal é de 35 cm para os machos e de 33 cm para as fêmeas, com uma tolerância de 3 cm para cima ou para baixo. A pelagem é curta e densa, podendo apresentar qualquer cor, com malhas brancas visíveis de todos os lados; apenas não são admitidos os exemplares totalmente brancos ou castanhos--fígado.Estes pequenos caçadores são cães de grande vivacidade e agilidade, com um carácter equilibrado. São agradáveis companheiros para miúdos e graúdos, e de uma forma geral também se entendem bem com outros cães. Aprendem facilmente as regras elementares de convivência e gostam de agradar, mas como qualquer sabujo, podem, por vezes, ser obsti-nados quando decidem usar o nariz.

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A energia, vivacidade e agilidade do Drever é inversa-

Sendo uma raça que tem sido mantida há gerações em trabalho, estes animais têm uma energia inversamente proporcional ao seu tamanho, que deve ser desgastada regularmen-te em longos passeios. No entanto, há que ter cuidado quando se soltam em espaços abertos, pois o seu instinto pode levá-los a seguir um rasto, ignorando tudo o resto. Apesar desta precaução, são cães de trato e convivência bastante fácil, e a sua pelagem não necessita de cuidados particulares.c

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