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    Sistema Circulatrio

    Funcionamento

    Em anatomia e fisiologia, o sistema circulatrio percorrido pelo sangue atravs dasartrias, dos capilares e das veias. Este trajeto comea e termina no corao. O aparelhocirculatrio responsvel pelo fornecimento de oxignio, substncias nutritivas ehormnios aos tecidos; alm disso, tambm exerce a funo de transportar os produtos

    finais do metabolismo (excretas como CO2 e uria) at os rgos responsveis por suaeliminao.A circulao inicia-se no princpio da vida fetal. Calcula-se que uma poro determinadade sangue complete seu trajeto em um perodo aproximado de um minuto.

    Vasos sanguneos

    Os vasos sanguneos so tubos pelo qual o sangue circula. H trs tipos principais: asartrias, que levam sangue do corao ao corpo; as veias, que o reconduzem ao corao;e os capilares, que ligam artrias e veias. Num circulo completo, o sangue passa pelocorao duas vezes:Primeiro rumo aos corpo, depois rumo aos pulmes.

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    Prof. Angelita DalillaCNT N 11.009/SP

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    Corao (o centro funcional)

    O aparelho circulatrio formado por um sistema fechado de vasos sanguneos, cujocentro funcional o corao. O corao bombeia sangue para todo o corpo atravs deuma rede de vasos. O sangue transporta oxignio e substncias essenciais para todos ostecidos e remove produtos residuais desses tecidos.O corao formado por quatro cavidades; os trios direito e esquerdo e os ventrculosdireito e esquerdo. O lado direito do corao bombeia sangue carente de oxignio,procedente dos tecidos, para os pulmes, onde este oxigenado. O lado esquerdo docorao recebe o sangue oxigenado dos pulmes, impulsionando-os, atravs das artrias,

    para todos os tecidos do organismo.

    Circulao pulmonar

    O sangue procedente de todo o organismo chega ao trio direito atravs de duas veiasprincipais; a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando o trio direito se contrai,impulsiona o sangue atravs de um orifcio at o ventrculo direito. A contrao desteventrculo conduz o sangue para os pulmes, onde oxigenado. Depois, ele regressa aocorao no trio esquerdo. Quando esta cavidade se contrai, o sangue passa para oventrculo esquerdo e dali, para a aorta, graas contrao ventricular.

    Entendendo a CirculaoTum, tum, tum, bate corao..." O corao bate mais forte quando a gente pula corda,joga futebol, brinca de pega-pega ou corre por a. Por qu? Quando nos movimentamosrapidamente, gastamos mais energia. Ento o sangue tem que circular depressinha,porque tem muita coisa para fazer:-alimentar cada clula-levar embora os restos celulares (aquilo que ela no aproveita do alimento)-trazer ar novo para os pulmes-expulsar o ar usado.

    Ufa! O corao bate mais rpido, porque ele que faz o sangue circular. Assim como oscarros circulam pelas ruas, o sangue circula pelo nosso corpo. As avenidas percorridaspelo sangue se chamam veias e artrias. Pelas veias, o sangue chega ao corao. Asartrias levam-no embora.O sangue constitudo por glbulos vermelhos, glbulos brancos e plaquetas.O sistema circulatrio encarregado de transportar, por meio do sangue, substnciasnecessrias para a vida das clulas.Abastece as clulas de nutrientes e oxignio, leva os hormnios das glndulas endcrinasat os rgos onde elas atuam, e retira os resduos metablicos (dixido de carbono etc.)e outras substncias que as clulas eliminam. Atua tambm no equilbrio da temperatura.O sistema circulatrio formado por:

    -Uma bomba que impulsiona o sangue atravs do organismo: o corao.-Um sistema de vasos que inclui: artrias, arterola, veias, vnulas e capilares.-O sangue.

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    O corao ocupa uma posio central na cavidade torcica, e tem o tamanho equivalentea uma mo fechada. Ele se divide em duas metades, direita e esquerda, por umamembrana. Cada lado tem duas cavidades: um trio (cavidade receptora) e um ventrculo(cavidade de descarga). Estas duas cavidades se comunicam atravs de um orifcioatrioventricular, e cada uma dotada de uma vlvula.

    O sangue

    Os glbulos vermelhos, glbulos brancos e plaquetas so como as peas de um carro.Cada um tem uma funo definida. Os glbulos vermelhos levam oxignio. Os brancoscombatem infeces, ou seja, vrus e bactrias que atacam o corpo e nos deixamdoentes. E as plaquetas ficam responsveis por parar os sangramentos, como quandoalgum faz um corte na mo _ ou seja, a plaqueta ajuda na coagulao do sangue. Ostrs esto misturados numa substncia lquida chamada plasma. Um homem tem emmdia 5 milhes de glbulos vermelhos por milmetro cbico de sangue. O sangue noanda s por avenidas. Existem tambm as ruas, que so as vnulas e as arterolas _

    veias e artrias menores. E ainda h ruazinhas chamadas de vasos capilares. Tudo issoporque o sangue tem que chegar em cada pequeno quarteiro do nosso corpo, na maisremota periferia.Olhe para sua mo: tem um monte de veias e artrias debaixo da pele. assim no seucorpo inteiro. Por isso, quando voc leva um corte _ no importa onde seja _ sempre saisangue. Tudo bem, o sangue est por todo o corpo. Mas quanto sangue, exatamente?Depende do tamanho da pessoa. Um adulto tem cinco litros, em mdia.

    Anemia

    A anemia uma doena do sangue caracterizada pela diminuio dos glbulosvermelhos, ou mais precisamente da quantidade de hemoglobina presente nessesglbulos. A hemoglobina o pigmento que d a cor aos glbulos vermelhos (eritrcitos) etem a funo vital de transportar o oxignio dos pulmes aos tecidos. Portanto quando hdiminuio dos glbulos vermelhos ou hemoglobina, os tecidos comeam a receber umaquantidade inadequada de oxignio e no conseguem trabalhar normalmente.

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    CoraoNo homem, a circulao feita atravs de um sistema fechado de vasos sanguneos, cujocentro funcional o corao. O corao um rgo musculoso oco, com uma parededividida em trs partes: a intermedirio ou miocrdio com fibras estriadas, o pericrdiorevestindo externamente e o endocrdio que est internamente, em contato direto com osangue. O corao do tamanho aproximado de um punho fechado e com peso emmdia de 400 g, tem cerca de 12cm de comprimento por 8 a 9 cm de largura. O coraoquase sempre continua a crescer em massa e tamanho at um perodo avanado da vida;este aumento pode ser patolgico.

    LOCALIZAO E FUNCIONAMENTO

    Ele se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para aesquerda. Ocupa no trax, a regio conhecida como mediastino mdio. O coraofunciona como uma bomba, recebendo o sangue das veias e impulsionando-o para asartrias.

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    Sistema LinfticoO sistema linftico compe-se de:

    Capilares linfticos Sistema de vasos linfticos Linfonodos ou gnglios linfticos Bao.

    O fludo (linfa) dos tecidos que no volta aos vasos sanguneos drenado para oscapilares linfticos existentes entre as clulas. Estes se ligam para formar vasos maioresque desembocam em veias que chegam ao corao.

    Capilares Linfticos: Eles coletam a linfa (um lquido transparente, levemente amareladoou incolor - 99% dos glbulos brancos presentes na linfa so linfcitos) nos vriosrgos e tecidos. Existem em maior quantidade na derme da pele.

    Vasos Linfticos: Esses vasos conduzem a linfa dos capilares linfticos para a correntesangunea. H vasos linfticos superficiais e vasos linfticos profundos. Os superficiaisesto colocados imediatamente sob a pele e acompanham as veias superficiais. Osprofundos, em menor nmero, porm maiores que os superficiais, acompanham os vasossanguneos profundos.Todos os vasos linfticos tm vlvulas uni direcionadas que impedem o refluxo, como no

    sistema venoso da circulao sangunea.

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    Bao: O bao est situado na regio do hipocndrio esquerdo, entre o fundo doestmago e o msculo diafragma. mole e esponjoso, fragmenta-se facilmente, e sua cor vermelho-violcea escura. No adulto, mede cerca de 13 cm de comprimento e 8 a 10cm de largura. reconhecido como rgo linftico porque contm ndulos linfticosrepletos de linfcitos. Do bom funcionamento deste complexo sistema, depende a sadedos seres humanos e at a sua vida.

    O sistema linftico flui lentamente numa s direo. O lquido coletado ai passa por canaiscada vez maiores at alcanar a regio inferior do pescoo, onde desgua dentro dasveias que se dirigem ao corao.

    Seus canais so to frgeis que se tornam invisveis, alguns tem espessuras apenas deuma clula, seu liquido claro como a gua.

    A drenagem da maioria desses lquidos de responsabilidade da rede linftica, sendoeste um trabalho de suma importncia. Para nutrir as clulas os capilares sangneosconstantemente vazam minerais, gorduras, vitaminas e acares juntamente com lquidose protenas. Seu caminho de retorno compreende um sistema coletor de pequeninos

    capilares linfticos que leva finalmente at alcanar o canal linftico, dirigem-se uns 40 cmpara cima pelo centro do corpo desembocando, finalmente, na corrente circulatria dosangue.

    Quando os msculos se contraem os vasos linfticos so comprimidos e o liquidoempurrado para adiante. A rede linftica remove impurezas perigosas do organismo pormeio de filtros que so massas de tecidos em forma de feijo que vo desde o tamanhode uma cabea de um alfinete at 2,5 cm. de comprimento.Eles so muito numerosos e se um falhar o outro logo adiante far o seu servio. Elescaptam hemcias mortas, substncias qumicas, etc.

    O sistema linftico possui dois ductos de grande importncia: o ducto torcico e o ductolinftico direito. O ducto torcico desemboca na veia subclvia - jugular externa. Ele responsvel pela drenagem de linfa dos membros inferiores. J a drenagem dos membrossuperiores, cabea, pescoo e tronco feita pelo ducto linftico direito que desemboca naveia subclvia / jugular direita.

    A drenagem feita por esses ductos retira protenas e lquido acumulados no interstcio. Asdoenas linfticas mais comuns acometem mais vasos coletores, ndulos e gnglios.

    As glndulas linfticas filtram a linfa, formando uma espcie de barreira para assubstncias nocivas, ativando o sistema imunolgico.

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    Gnglios Linfticos

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    O sistema linftico constitudo dos vasos linfticos e dos linfonodos. Eles se originam namicrocirculao, formando uma extensa rede entre os capilares arteriais e venosos. Osfatores que determinam o fluxo linftico so, a presso do lquido intersticial, as vlvulasdos vasos linfticos, a bomba linftica, a contrao dos msculos, a contrao dasartrias, a movimentao do corpo e a compresso extrnseca ocasionada por roupas,calados e ligas.

    Os linfticos do membro inferioracompanham as veias, sendo que os linfticossuperficiais acompanham as veias safenas e os profundos as veias profundas. Os gruposde linfonodos so dois:

    Linfonodos poplteos, responsveis pela drenagem dos vasos que acompanham a veiasafena parva.

    Linfonodos inguinais, divididos em superficiais e profundos, os primeiros so maisnumerosos, situados ao longo da veia safena magna e do ligamento inguinal. Drenam alinfa da coxa, ndegas, poro inferior da parede abdominal anterior, tecidos superficiaisda perna, perneo, extremidade inferior da vagina, superfcie do pnis e escroto ou lbiosmaiores. Os linfonodos profundos situam-se nas proximidades da poro proximal da v.femoral. Recebem a linfa dos linfonodos superficiais e de todos os linfticos profundos daperna. Acompanham a v. ilaca externa para alcanar linfonodos abdominais.Os linfticos do membro superioresto contidos nos seguintes grupos:

    Linfonodos supratrocleares ou cubitais;

    Linfonodos deltopeitorais;

    Linfonodos axilares, que se dividem nos grupos:

    Lateral, drenam os vasos do membro superior; Peitoral; drenam a maior parte da mama e os vasos do tronco

    situados acima da cicatriz umbilical; Posterior; drenam a parte posterior do ombro; Central; recebe a linfa dos grupos lateral, peitoral e posterior; Apical; recebe a linfa de todos os outros grupos e diretamente da

    mama.

    Os linfticos da cabea e pescoo so divididos em superficiais e profundos. Entre ossuperficiais encontram-se:

    Linfonodos occipitais, drena parte posterior do couro cabeludo;

    Linfonodos retro-auriculares, drena poro posterior da cabea;

    Linfonodos parotdeos superficiais, drena a poro superior da face e regio temporal;

    Linfonodos submandibulares, drena a regio submandibular e poro lateral da lngua;

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    Linfonodos submentuais, drena a gengiva, o lbio inferior e a parte mediana da lngua.

    Entre os profundos situam-se:

    Linfonodosjgulo-digstrico, drena 1/3 posterior da lngua, tonsila palatina e orofaringe;

    Linfonodosjgulo-Omo-hiideos, drena a lngua;

    Linfonodos supraclaviculares, drena linfticos esparsos ao longo do n. acessrio;

    Linfonodos pr-larngicos, pr-traqueais, paratraqueais e retrofarngico, drenandoestruturas mais profundas da cabea, como o ouvido mdio, a cavidade nasal, os seiosparanasais, a faringe e a glndula tireide.

    Os vasos linfticos que partem destes linfonodos formam de cada lado o tronco jugular.No lado esquerdo, desemboca, geralmente, no ducto torcico. No lado esquerdo, terminana juno da veia jugular interna com a v. subclvia ou, ento, une-se aos troncossubclvio e broncomediastinal para formar o ducto linftico direito.

    O sistema linftico do trax possui drenagem da parede e visceral, sendo os primeiros osgrupos torcicos internos ou paraesternais, os frnicos e os intercostais. Os visceraisso:

    Linfonodos pulmonares, broncopulmonares, traqueobronquiais que se unem no finalpara constituir o grupo paratraqueal;

    Linfonodos traqueais, drenando traquia, esfago e linfonodos traqueobronquiais;

    Linfonodos mediastinais, drenam o corao e pericrdio, com os vasos se unindo aos

    linfonodos traqueais para formar o tronco broncomediastinal.

    O tronco broncomediastinal direito rene-se aos troncos jugular interno e subclvio paraconstituir o curto ducto linftico direito, que termina no ngulo de juno das vv jugularinterna e subclvia.

    A drenagem linftica do abdome atravs de duas longas cadeias de linfonodoscolocadas de cada lado da aorta abdominal e das ilacas comuns, externa e interna. Noconjunto eles constituem o grupo lombarde linfonodos.

    Os vasos linfticos eferentes dos linfonodos celacos e mesentricos superiores formam otronco intestinal que se abre na cisterna do quilo, incio do ducto torcico.

    A parede abdominal anterior drenada por vasos que seguem a epigstrica superiorpara alcanar os linfonodos torcicos internos. Abaixo do umbigo, seguem a epigstricainferior e a circunflexa profunda do lio para atingir os linfonodos ilacos externos.

    A parede lateral drenada por vasos que acompanham os AA e vv lombares paradesembocarem em linfonodos para-articos ou retro-articos.

    O ducto torcico formado pela juno de troncos lombares, intestinais e intercostais

    descendentes. Ele termina na juno da v jugular interna com a subclvia drenando a linfade toda a metade esquerda do corpo, do membro inferior direito e metade direita daregio infra-umbilical.

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    Em ltima anlise, a pelve drenada por quatro grupos de linfonodos, sacral, ilacointerno, ilaco externo e ilaco comum, sendo que drenam para os linfonodos lombares.

    Exame Clnico

    Durante a anamnese importante pesquisar a ocorrncia de infeces da pele e dotecido subcutneo, de cirurgia ou traumatismo no trajeto dos principais coletores linfticose nas regies de agrupamento de linfonodos.

    Os principais sinais e sintomas observados nas afeces dos linfticos so os edemas, alinfangite e as adenomegalias.

    O edema pode ser ocasionado por bloqueio ganglionar ou dos coletores linfticos comoconseqncia de processo neoplsico, inflamatrio ou parasitrio. Em geral, ele duro,frio e no reduz significativamente com o repouso.

    A linfangite a inflamao de um vaso linftico, caracterizando-se por eritema, dor eedema no trajeto do mesmo.

    A adenomegalia o aumento significativo do volume de um linfonodo, predominando ahiperplasia reacional. Pode ser causada por infeces virticas e bacterianas, neoplasias,metstases, invaso por fungos e por parasitos. As adenomegalias superficiais sofreqentemente denominadas "nguas".

    O exame fsico compreende a inspeo, feita com o paciente, inicialmente em p,procurando identificar assimetrias no corpo e leses na pele. A palpao onde procura-sealterao da temperatura, da consistncia, da sensibilidade e da elasticidade da pele e dotecido subcutneo. a ausculta tem por finalidade detectar a presena de alteraesarteriais como estenose ou fstula arteriovenosa.

    Doenas dos Linfticos

    As doenas primrias do sistema linftico geralmente esto relacionadas commalformaes congnitas ou a neoplasias prprias do sistema linftico.

    As doenas secundrias podem ser resultantes do comprometimento ganglionar porclulas neoplsicas, por bactrias, nematides, fungos, cirurgias e radioterapia.

    A erisipela uma doena infecciosa produzida pelo streptococo beta-hemoltico do grupoA e raramente do grupo C. Caracteriza-se clinicamente por febre elevada, cefalia,nuseas e vmitos, alm de sinais de inflamao. Observa-se comprometimento de vasoslinfticos e de linfonodos, sendo observada uma faixa avermelhada e dolorosa no trajetolinftico, adenomegalia inguinal dolorosa, acompanhada quase sempre de febre elevada.No deve ser confundido com trombose.

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    Linfedema

    No linfedema h o aumento de volume de todo ou de parte de um membro devido aoedema ocasionado por leso da circulao linftica. As causas desta doena sogeralmente sistmicas (cardaca, renal, hormonal, ciclo menstrual, drogas, etc.).

    A classificao do linfedema o divide em primrio (a leso no sistema linftico ocorre naformao do sistema), congnito (leso ocorre ao nascimento), precoce, tardio (lesoocorre aps os 35 anos), secundrio (leso decorrente de doenas como filariose eerisipela, por exemplo). Como principais diagnsticos diferenciais temos estase venosacrnica, trombose venosa, erisipela, metstases ganglionares e linfangite.

    No exame fsico de uma regio acometida por linfedema, temos um edema duro queevolui com o espessamento da pele, hiperpigmentao e verrugas. O diagnstico deveser confirmado por linfografias e o tratamento pode ser clnico (higiene, fisioterapia,

    farmacolgico) ou cirrgico (anastomoses e lipectomia).O linfedema o edema resultante do comprometimento do sistema linftico. Suascaractersticas dependem da etiologia, do tempo de evoluo e das complicaes. Emsua fase inicial, ele mole, depressvel, frio, indolor e regride com o repouso. O de longadurao costuma ser duro, no depressvel, frio, indolor e no regride com o repouso. Olinfedema pode ser classificado em primrio, podendo ser congnito (brida amnitica,doena de Milroy), precoce e tardio. Ser secundrio por alteraes dos vasos linfticosps-surtos de erisipela, ps-estase venosa crnica, ps-traumatismo, filariose, iatrognico(ps-cirurgia de varizes, ps-safenectomia, ps-disseco inguinal), ou por alteraes doslinfonodos a partir de neoplasias, fibrose ps-radioterapia, esvaziamento ganglionar,

    tuberculose e medicamentos.

    A Importncia da Linfa

    A linfa alm do papel de corrente transportadora, tem a funo de proteger o organismocontra bactrias no sangue. Quando aparecer gnglios aumentados sinal de infeco.A ngua comum por excesso e reaes alrgicas fazendo os linfonodos incharem. Angua tem o nome cientfico de adenite.A presso do tecido intersticial tem que ser maior no interior dos vasos capilares e sassim ser possvel drenar, essa presso tem que ser mdia, no muito forte, pois pode

    acarretar uma compresso dos capilares.

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    Histria da Drenagem Linftica

    Sabe-se que desde a antiguidade os mdicos possuam noes sobre a linfa e os vasoslinfticos, sendo conhecidos desde as primeiras dissecaes feitas por Hipcrates (450a.C.) posteriormente Vesalius no sculo XVI.

    No sculo XVII porm, foi que alguns anatomistas descobriram e estudaram a linfa e osvasos linfticos destacando-se entre eles o mdico italiano Aselius que descreveu osvasos quilferos de um cachorro (1622).

    Em 1651, Pecquet observou o ducto linftico descrevendo a Cisterna Chyli,comprovando que o quilo no drenado para o fgado e sim para um local determinadoque mais tarde recebeu o nome de Cisterna de Pecquet.

    Em 1628, Gassend fez uma descrio de veias leitosas que ele observou no cadver deum condenado a morte, porm a grande importncia em estudos e funes da linfa

    dada ao anatomista dinamarqus Thomas Bartholin, que dedicou sua tese ao ReiFrederico III da Dinamarca, comparando em seu trabalho a circulao linftica ao frtilvale do rio Nilo.

    Estudos feitos entre 1652 e 1654, denominados Sistema Linftico, por Bartholin, serviramatualmente para o desenvolvimento e a descoberta da Linfografia, que foi inicialmentepraticada em animais por Funaok e vrios estudiosos (1929), utilizando compostoshidrocarbonados de iodo. Mais tarde, esses mtodos foram aperfeioados.

    O mtodo de Drenagem Linftica Manual, foi desenvolvido na Alemanha pelo casaldinamarqus Estrid e Emil Vodder, desde 1932. Dr. Vodder, formado em fisioterapia pelaUniversidade de Bruxelas, comeou nos pacientes que se internavam para recuperar-sede infeces e resfriados crnicos, devido ao clima de seu pas. O casal observou que amaioria dos pacientes apresentava os gnglios linfticos do pescoo inchados. Naquelapoca, o sistema linftico era um tabu, mas assim mesmo eles resolveram estudarprofundamente a drenagem linftica dos pacientes , e s em 1936 divulgaram essetrabalho.

    O casal Vodder fundou um instituto na Frana e depois em Kopenhagem, onde estudarame ensinaram o mtodo que foi desenvolvido por eles.

    No campo mdico-esttico muitas foram s observaes realizadas, o que resultarampositivamente nas diversas formas de utilizao e que somente poder trazer benefciosquando empregado de forma adequada.

    O mdico Dr.Johannes Asdonk no ano de 1963, analisou a drenagem linftica sob oponto de vista mdico e ficou entusiasmado. Outros mdicos e cientistas interessaram-sepela Drenagem Linftica Manual:

    O Prof. Dr. Foeldi que estudou as vias linfticas da cabea e da nuca e suas interligaescom o lquor crebro-espinhal.

    O Prof. Dr. Mislin examinou os mecanismos da motricidade dos capilares e dos vasoslinfticos.

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    A primeira oficializao pela medicina cientfica foi a Associao para Drenagem LinfticaManual que foi fundada em 1966. 10 anos depois , em 1976, esta passou a se chamar deAssociao Alem para Linfologia. O professor Collard de Bruxelas comprovou estemtodo com trabalhos cientficos e com filmes coloridos, mostrou a ao acelerada dadrenagem linftica manual, aps a aplicao de contraste no tecido intersticial.

    Sr. Waldtraud Ritter Winter, esteticista (profisso desconhecida no Brasil h alguns anosatrs), que foi a precursora da Drenagem Linftica Manual no Brasil. Ela fez o cursoministrado pelo prprio casal Estrid e Emil Vodder na Alemanha em 1969, na Escola deEsttica Lise Stibre.

    Logo que voltou ao Brasil, Sr. Waldtraud comeou a colocar em prtica seus novosconhecimentos numa sala de um prdio comercial no centro de Belo Horizonte, ondetratava suas clientes de esttica, quando incluiu a drenagem em seus tratamentos, pdenotar que suas clientes relaxavam com mais facilidade, conseguindo tambm resultadosbem significativos no tratamento de acne e revitalizao.

    No ano de 1977, a FEBECO trouxe ao Brasil o Prof. Leduc, da Universidade de Bruxelas,aluno do Dr. Vodder e colaborador do Prof. Dr. Collard de Bruxelas, que conseguiudemonstrar atravs de um filme, a ao acelerante da Drenagem Linftica manualmediante a radioscopia, aps a aplicao de contraste numa perna humana destinada aamputao.

    Indicao da Drenagem Linftica Manual

    Preveno da Celulite (Hidrolipodistrofia Ginide)Desintoxicao do organismoRelaxamento muscular corporalMicrovarizesEquimose (mancha provocada por hematoma)Acne (Regio das costas)Sensao de cansao nas pernas, no caso de gravidez (aps o 3 ms de gestao comautorizao do mdico responsvel do pr-natal)Edema corporal ps-parto normal

    Contra - Indicao

    Presso baixa patolgicaCardacos (sem autorizao do cardiologista)Cncer (suspeita ou em tratamento)Processos infecciososEstado febrilAlterao do funcionamento na Tireide (suspeita ou em tratamento )Bronquite (crises freqentes)Ps-operatrioTrombose (coagulao do sangue em reas especficas dentro do aparelho circulatrio)

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    Apresentao do Profissional

    Em virtude da natureza de seu trabalho a apresentao pessoal da esteticista, um pontoque no pode ser negligenciado. Por isso ela precisa apresentar-se com seu uniforme ouavental impecavelmente limpo. Precisa tambm manter as mos rigorosamente bemcuidadas, com unhas tratadas e bem aparadas. Pentear-se com esmero, estar bemmaquiada, manter o hlito perfumado, usar perfumes discretos, usar mscara cirrgica.Seu comportamento deve harmonizar-se com essa apresentao pessoal. Falar pouco ede preferncia sobre coisas que interessem cliente. importante saber ouvir e no falarde si mesma. Ser extremamente atenciosa para com as clientes sem todavia incorrer emexcessos de intimidade, nunca mascar chicletes, etc.

    Material de apoio do Profissional

    O profissional em DLM, dever sempre estar capacitado a aplicar as manobras. Ou seja,ser formado em uma escola ou instituio sria, pois a boa formao do esteticista

    acarreta na sua vida profissional no futuro. Segue alguns materiais que nunca deverofaltar para um bom Profissional:

    Mscara cirrgica ( bocal)Lenis limposDivToalhas auxiliaresCubetasEsptulasFicha de Anamnese do clienteUm bom cosmtico para as manobras de preferncia em gis

    (a base de arnica, ou centella asitica, ou gingo biloba.)

    Ateno: no devemos untar a regio a aplicar as manobras de DLM, pois o que estritamente necessrio lubrificar as mos para deslizamento. Muito Cosmtico acarretaem dificuldades para um bom carregamento da linfa.

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    Manobras

    Para entendermos as manobras e seus motivos, ns necessitamos rever a parteanatmica e fisiolgica do Sistema Linftico. A linfa que conduzida para o coraofreqentemente passa por expanses nodulares chamadas de "Gnglios Linfticos" ou

    "Linfonodos", geralmente dispostos em cadeias, nos quais ela purificada. Clulasfagocitrias fazem a "filtragem" da linfa eliminando as Macro-Molculas ou diminuindo seutamanho. Estes gnglios tambm desempenham importante papel na defesa doorganismo agindo como barreira contra agentes agressores que ali chegam trazidos pelalinfa. Nos gnglios so aprisionados ou destrudos. Os Gnglios Linfticos tambm socentros germinativos de Linfcitos (um tipo de clula de defesa do organismo). Aexistncia destes gnglios, geralmente dispostos em cadeias, e suas mltiplas funesdevem ser levadas em considerao por ocasio da administrao de uma DrenagemLinftica. As principais cadeias ganglionares encontradas nas reas manipulveis pelaDrenagem Linftica Manual so: cervicais, axilares, oli-cranianas, inguinais e as doslosangos poplteos. Todas se encontram em articulaes. Sendo assim, ao

    movimentarmos pernas, braos e boca estamos "massageando" estas cadeiasganglionares, esvaziando-as. Esta a maneira natural de intervir nas cadeiasganglionares, flexionando as articulaes e, dada complexidade das estruturasenvolvidas, parece-nos que, na Drenagem Linftica Manual, deveramos imitar estesmovimentos em vez de usarmos nossas mos ou dedos. Assim evitaremos danificar suasdelicadas estruturas ou libertar algum agente ou clula perigosa ali "aprisionada".

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    Conduo

    A Drenagem Manual feita por manobras superficiais que devem pressionar o tecidosuperficial (camadas da pele e tecido adiposo) sem atingir a musculatura. Toda vez queum tecido intersticial recebe um aumento de presso (pode ser interna ou externa), forma-se linfa. No necessria uma conduo visto que a linfa procurar os vasos profundos,abaixo do local onde ocorre a "leve presso". Lembre-se, a linfa superficial conduzidapara "DENTRO" , para o interior da regio "Drenada", e no para o CORAO.

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    Abertura dos Gnglios Linfticos ou Linfonodos

    Posio: Decbito dorsal (as costas na maca)

    1 Deitar a cliente em decbito dorsal

    2 pedir para a cliente respirar profundamente 3 vezes, na cabeceira da clienteabrir os gnglios da regio torcica:

    supra claviculares

    axilares

    mamrios

    Ducto torcico

    Cisterna do quilo

    virilha

    3 deitar a cliente em decbito ventral:

    Abertura dos gnglios:

    Cervicais laterais

    poplteos

    Pedir para a cliente voltar ao decbito dorsal e comear as manobras a seguir:

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    axilares

    inguinais

    poplteos

    cubitais

    mamrios

    Ducto torcicos

    Cisterna do

    quilo

    Cervicaislaterais

    supraclaviculares