drenagem e saneamento

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..........................................................3 2. MEMORIAL DE CÁLCULO.................................................3 2.1. POPULAÇÃO DE PROJETO.............................................4 2.2. TAXA DE CONTRIBUIÇÃO ESPECÍFICA..................................5 2.3. VAZÕES DOS TRECHOS...............................................6 2.4. VAZÕES TOTAIS DOS TRECHOS........................................7 2.5. VAZÃO DE PROJETO.................................................7 2.6. DECLIVIDADE DO TERRENO NATURAL...................................8 2.7. DECLIVIDADE MÍNIMA...............................................8 2.8. DECLIVIDADE DE PROJETO...........................................8 2.9. DIÂMETRO CALCULADO...............................................9 2.10. DIÂMETRO DE PROJETO............................................9 2.11. GRANDEZAS – DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO........................10 2.12. TENSÃO TRATIVA................................................10 2.13. VELOCIDADE CRÍTICA............................................11 2.14. DIMENSIONAMENTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTOS (EEE)........11 2.14.1. VAZÃO DE DIMENSIONAMENTO...................................11 2.14.2. ESTIMATIVAS DOS DIÂMETROS..................................12 2.14.3. ESTIMATIVA DAS VELOCIDADES.................................12 2.14.4. SELEÇÃO DO CONJUNTO MOTOR-BOMBA............................13 2.14.4.1................................PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS 13 2.14.4.2...............................PERDAS DE CARGA DISTRIBUÍDAS 14 2.14.4.3.............................ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL (AMT) 15 2.14.4.4........................................... ESCOLHA DA BOMBA 15

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Cálculo de drenagem e saneamento

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SUMRIO

1.INTRODUO32.MEMORIAL DE CLCULO32.1.POPULAO DE PROJETO42.2.TAXA DE CONTRIBUIO ESPECFICA52.3.VAZES DOS TRECHOS62.4.VAZES TOTAIS DOS TRECHOS72.5.VAZO DE PROJETO72.6.DECLIVIDADE DO TERRENO NATURAL82.7.DECLIVIDADE MNIMA82.8.DECLIVIDADE DE PROJETO82.9.DIMETRO CALCULADO92.10.DIMETRO DE PROJETO92.11.GRANDEZAS DIMENSIONAMENTO HIDRULICO102.12.TENSO TRATIVA102.13.VELOCIDADE CRTICA112.14.DIMENSIONAMENTO DA ESTAO ELEVATRIA DE ESGOTOS (EEE)112.14.1.VAZO DE DIMENSIONAMENTO112.14.2.ESTIMATIVAS DOS DIMETROS122.14.3.ESTIMATIVA DAS VELOCIDADES122.14.4.SELEO DO CONJUNTO MOTOR-BOMBA132.14.4.1.PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS132.14.4.2.PERDAS DE CARGA DISTRIBUDAS142.14.4.3.ALTURA MANOMTRICA TOTAL (AMT)152.14.4.4.ESCOLHA DA BOMBA152.14.4.5.POTNCIA DA BOMBA173.ORAMENTO184.MEMORIAL DESCRITIVO184.1.SERVIOS PRELIMINARES184.1.1.SINALIZAO DA OBRA194.1.2.LOCAO DA VALA194.1.3.REMOO DO PAVIMENTO194.1.4.ESCAVAO204.1.5.ESCORAMENTO204.1.6.ESGOTAMENTO E DRENAGEM214.1.7.ASSENTAMENTO DOS TUBOS COLETORES E RGOS ACESSRIOS224.1.8.TESTES DE ESTANQUEIDADE224.1.9.REATERRO E COMPACTAO234.2.SERVIOS COMPLEMENTARES234.2.1.REPAVIMENTAO234.2.2.LIMPEZA FINAL DA OBRA244.2.3.MANUTENO DA REDE COLETORA245.CONSIDERAES FINAIS246.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS257.ANEXOS26Anexo A - Planilha de Dimensionamento da Rede Coletora de Esgotos26Anexo B Planilha Oramentria26Anexo C Planta da Rede de Esgoto26Anexo D Detalhamento dos PVs26

1. INTRODUO

O presente relatrio consiste no dimensionamento da rede coletora de esgoto, desde a captao do esgoto bruto e transporte para a estao elevatria de esgoto (EEE) e destino estao de tratamento de esgoto (ETE) de acordo com a projeo populacional e vazo de projeto para atendimento num plano de 20 anos. O presente projeto segue as recomendaes normativas da NBR 9649/1986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitrio da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e Normas Tcnicas para Projetos de Sistemas de Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio da Companhia de gua e Esgoto do Cear (CAGECE).

2. MEMORIAL DE CLCULO

Os clculos foram realizados de acordo com a NBR 9649/1986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitrio da ABNT. A seguir, na planilha, os dados iniciais de projeto:Tabela 1 - Dados de ProjetoDados do Projeto

Consumo Per Capita (l/hab.dia)250

Perodo de Projeto (anos)20

Coeficiente de Retorno 0,8

Vazo de Infiltrao especfica (l/s.m)0,0001

k11,2

k21,5

Mtodo de Crescimento Geomtrico

Populao - Censo 2000 (hab)12000

Populao - Censo 2010 (hab)16000

Extenso Total da Rede (m)1615

2.1. POPULAO DE PROJETO

De acordo com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), calcula-se a taxa de crescimento (r) de acordo com a equao abaixo e os dados fornecidos anteriormente.

Em que:r: Taxa de crescimento geomtrico (adimensional);a2: Ano 2010;a1: Ano 2000;P2: Populao referente ao ano de 2010 (habitantes);P1: Populao referente ao ano 2000 (habitantes).

Substituindo os valores fornecidos na equao citada acima:

Para realizar a estimativa do crescimento populacional, utilizou-se o mtodo do crescimento geomtrico para um horizonte de projeto de 20 anos e uma taxa de crescimento geomtrico de 2,92%, conforme a equao abaixo.

Em que:Pn: Populao final de projeto (habitantes);P2: Populao inicial de projeto (habitantes);r: taxa de crescimento geomtrico (adimensional);an: Ano referente ao horizonte de projeto;a2: Ano referente ao incio do projeto.

Primeiramente, calcula-se a populao no ano inicial de projeto:

Em seguida, calcula-se a populao final de projeto:

Portanto, no incio do projeto, com crescimento geomtrico e uma taxa de 2,92 %, obtm-se uma populao de incio de projeto de 17952 habitantes e uma populao de final de projeto de 31915 habitantes.

2.2. TAXA DE CONTRIBUIO ESPECFICA

A seguir, calculam-se a taxa de contribuio especfica para incio e final de plano conforme equao abaixo.

Em que:CLi: Taxa de contribuio especfica para incio de plano (L/s.m);PI: Populao de incio de plano (habitantes);K2: Coeficiente de mxima vazo horria (adimensional);CPC: Consumo per capita (L/hab.dia);CR: Coeficiente de retorno (adimensional);LTOTAL: Comprimento total (m);QINFILTRAO: Vazo de infiltrao especfica (L/s.m).

Substituindo os valores na equao descrita anteriormente:

A seguir, o clculo da taxa de contribuio especfica para final de plano.

Em que:CLf: Taxa de contribuio especfica para final de plano (L/s.m);PF: Populao de final de plano (habitantes);K1: Coeficiente de mxima vazo diria (adimensional);K2: Coeficiente de mxima vazo horria (adimensional);CPC: Consumo per capita (L/hab.dia);CR: Coeficiente de retorno (adimensional);LTOTAL: Comprimento total (m);QINFILTRAO: Vazo de infiltrao especfica (L/s.m).

Substituindo os valores na equao citada acima:

Portanto, como resultado, obtm-se uma taxa de contribuio especfica para incio de plano de 0,0385 L/s.m e uma taxa de contribuio especfica para final de plano de 0,0820 L/s.m.

2.3. VAZES DOS TRECHOS

O clculo das vazes realizado para todos os trechos da rede. A frmula para o clculo da vazo para incio do plano:

Em que:QI: Vazo do trecho no incio do plano (L/s);LTRECHO: Comprimento do trecho (m);QLi: Taxa de contribuio especfica para incio de plano (L/s.m).

A seguir, a frmula para o clculo da vazo no trecho no final de plano.

Em que:QF: Vazo do trecho no final do plano (L/s);LTRECHO: Comprimento do trecho (m);QLF: Taxa de contribuio especfica para final de plano (L/s.m).

Os valores das vazes de cada trecho foram calculados segundo as frmulas apresentadas e esto descritos no anexo A.2.4. VAZES TOTAIS DOS TRECHOS

A vazo total realizada para todos os trechos da rede no incio, como mostra a equao abaixo.

Em que:QTI: Vazo total do trecho no incio de plano (L/s);L: Somatrios dos comprimentos montante do trecho (m);QLI: Taxa de contribuio especfica para incio de plano (L/s.m).

A frmula utilizada para a obteno da vazo total no trecho no final do plano:

Em que:QTF: Vazo total do trecho no final de plano (L/s);L: Somatrios dos comprimentos montante do trecho (m);QLF: Taxa de contribuio especfica para final de plano (L/s.m).

Os valores das vazes de cada trecho foram calculados segundo as frmulas apresentadas e esto descritos no anexo A.

2.5. VAZO DE PROJETO

Para cada trecho, calcula-se a vazo de incio e final de plano, conforme descrito no item anterior. De acordo com a NBR 9649/1986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitrio da ABNT (item 5.1.1.1), a vazo no trecho no deve ser inferior vazo admissvel mnima de 1,5 L/s, adotando-se a mesma nestes casos. Caso contrrio, ou seja, que a vazo calculada maior que o valor mnimo admissvel, utiliza-se o prprio valor encontrado.Os valores das vazes de projeto de cada trecho foram calculados segundo a norma e esto descritos no anexo A.2.6. DECLIVIDADE DO TERRENO NATURAL

A declividade do terreno natural obtida atravs da relao abaixo.

Em que:INATURAL: Declividade do terreno natural (m/m);CTNMONTANTE: Cota do terreno natural montante do trecho (m);CTNJUSANTE: Cota do terreno natural jusante do trecho (m);LTRECHO: Comprimento do trecho (m).

Quando um trecho possui uma declividade natural do terreno negativa significa que o terreno natural encontra-se em ascenso. Os valores das declividades de cada trecho foram calculados segundo a frmula e esto descritos no anexo A.

2.7. DECLIVIDADE MNIMA

A declividade mnima um critrio de dimensionamento utilizado para garantir a capacidade de auto-limpeza do tubo, como mostra a equao abaixo.

Em que:IMNIMA: Declividade mnima (m/m);QI: Vazo de projeto para incio de plano (L/s).

Os valores das declividades mnimas de cada trecho foram calculados segundo a frmula e esto descritos no anexo A.

2.8. DECLIVIDADE DE PROJETO

Analisam-se, para cada trecho, os valores da declividade do terreno natural e a declividade mnima. De acordo com a NBR 9649/1986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitrio (item 5.1.3), para cada trecho, a declividade de projeto no deve ser inferior declividade mnima admissvel. Adota-se, ento, a maior entre as duas.Os valores das declividades de projeto de cada trecho esto descritos no anexo A.

2.9. DIMETRO CALCULADO

O clculo do dimetro aproximado obtido atravs da seguinte formulao.

Em que:D: Dimetro calculado (m);QF: Vazo de projeto de final de plano (m/s);I: Declividade de projeto (m/m).

Os valores dos dimetros da tubulao de cada trecho foram calculados segundo a frmula e esto descritos no anexo A.

2.10. DIMETRO DE PROJETO

A partir dos dimetros calculados para cada trecho, comparam-se os valores encontrados com o dimetro admissvel mnimo (150 mm), de acordo com a NBR 9649/1986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitrio da ABNT. Assim, o dimetro nominal ou dimetro de projeto escolhido de acordo com especificao do item 5.1.2 (NBR 9649/1986), que diz que se escolhe para o dimetro nominal o maior valor encontrado entre o dimetro calculado e o dimetro mnimo admissvel.Os valores dos dimetros de projeto da tubulao de cada trecho esto descritos no anexo A. No trecho 26-27 apresentou um dimetro de 402, sendo o dimetro de projeto de 450 mm, porm este valor no atendia ao teste da velocidade trativa, ento, aumentamos o valor do dimetro para o dimetro seguinte, no caso, o de 500 mm, porm como este dimetro no produzido em PVC, material adotado no projeto, decidimos alterar outro parmetro. Alteramos a declividade para este trecho, obedecendo aos valores mximos e mnimos estabelecidos. Com isso, o dimetro adotado para este trecho foi de 400 mm de acordo com os novos clculos.

2.11. GRANDEZAS DIMENSIONAMENTO HIDRULICO

A seguir, calculam-se grandezas utilizadas no dimensionamento hidrulico da rede, conforme a descrio abaixo.Calcula-se a relao entre a vazo e a raiz quadrada da declividade de projeto para incio e final de plano:

Em seguida, com o dimetro nominal e a relao acima, procuram-se no baco de dimensionamento e verificao de tubulaes escoamento livre os demais valores de:

Relao entre a altura da lmina de gua e o dimetro nominal para incio e final de plano. Logo, com os valores do dimetro nominal e da relao descrita, encontram-se os valores das alturas de lmina dgua para incio e final de plano.Na consulta ao baco, com os valores acima, encontra-se a relao entre a velocidade e a raiz quadrada da declividade de projeto para cada trecho. Assim, podem-se encontrar os valores das velocidades para o incio e final de plano.

Com os valores calculados anteriormente, encontram-se os valores de beta (). Mas, sabe-se que beta a relao entre o raio hidrulico e o dimetro nominal, assim, calculam-se os valores dos raios hidrulicos para incio e final de plano.Os valores de todas essas grandezas foram calculados ou verificados no baco e esto descritos no anexo A.

2.12. TENSO TRATIVA

A tenso trativa ou tenso de arraste determinada pela formulao abaixo, e confere ao tubo a capacidade de auto-limpeza.

Em que:: Tenso trativa (Pa);: Peso especfico da gua ( = 104 N/m);RHI: Raio hidrulico de incio de plano (m);I: Declividade de projeto (m/m).

A tenso trativa no deve obedecer aos critrios da NBR 9649/1996 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitrio da ABNT (item 5.1.4) que determina como critrio de verificao uma tenso mnima admissvel de 1,0 Pa. Os valores das tenses trativas de cada trecho foram calculadas, verificadas e esto descritos no anexo A.

2.13. VELOCIDADE CRTICA

A velocidade crtica no conduto determinada pela formulao a seguir.

Em que:vc: Velocidade crtica (m/s);g: Acelerao gravitacional (g = 9,81 m/s);RHF: Raio hidrulico de final de plano (m).

De acordo com a NBR 9649/1986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitrio da ABNT (item 5.1.5), a velocidade crtica deve ser maior que a velocidade final. Os valores das velocidades crticas de cada trecho foram calculados e verificados com a norma, estes esto descritos no anexo A.

2.14. DIMENSIONAMENTO DA ESTAO ELEVATRIA DE ESGOTOS (EEE)

2.14.1. VAZO DE DIMENSIONAMENTOPara o dimensionamento da EEE necessrio calcular as vazes de dimensionamento, esta dada por:

Em que:QLi = Taxa de contribuio especfica para incio de plano (L/s.m);QLf = Taxa de contribuio especfica para final de plano (L/s.m);L= Extenso total da rede coletora (m).Substituindo os valores teremos:

2.14.2. ESTIMATIVAS DOS DIMETROS

A estimativa do dimetro de recalque dado pela Frmula de Bresse, apresentada logo abaixo:

Onde K uma constante que depende de diversos fatores, entre eles so citados, custos de material, mo-de-obra, operao e manuteno, sendo assim varivel de local para local e no tempo. Os valores usuais de K esto situados entre 0,7 e 1,3, sendo adotado neste projeto K = 1,3.Teremos ento:

Adota-se, neste caso, o dimetro comercial de 500 mm para o recalque. Como o dimetro adotado foi de 500 mm para recalque, para suco adotaremos 600 mm, j que este deve ser o dimetro comercial imediatamente superior ao de recalque.

2.14.3. ESTIMATIVA DAS VELOCIDADES

Segundo a NBR 569/89 so recomendados valores de 0,60 m/s e 3 m/s, para velocidade mnima e mxima, respectivamente. A estimativa de velocidades dada pela seguinte frmula:

Para a recalque temos:

Para suco temos:

Portanto, estes dimetros no atendem as especificaes da norma, sendo adotados novos dimetros de 450 mm para recalque e de 500 mm para suco. Com estes novos dimetros teremos:Para recalque:

Para suco:

Estes novos dimetros escolhidos atendem as recomendaes necessrias estabelecidas pela norma.

2.14.4. SELEO DO CONJUNTO MOTOR-BOMBA

2.14.4.1. PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS

A perda de carga localizada dada por:

Em que:v = Velocidade (m/s);g = Acelerao gravitacional (g = 9,81 m/s);K = Equivalncia da perda de carga dos acessrios.

Os valores de K so dados abaixo, valores estes determinados a partir dos acessrios constituintes na rede de suco e recalque da Estao Elevatria de Esgotos.

Perdas de carga localizadas

PeaQuantidadeKQuant*K

RECALQUECurva de 9010,90,9

Registro de gaveta10,20,2

Vlvula de reteno13,03,0

T bilateral12,02,0

Sada da canalizao11,01,0

7,1

Para o recalque temos: Para a suco temos:, pois a bomba submergvel.

2.14.4.2. PERDAS DE CARGA DISTRIBUDAS

A partir da frmula de Hazen-Williams podemos calcular as perdas de carga distribudas, esta dada por:

Em que:h = Perda de carga localizada (m);Q = Vazo no trecho (m/s);L = Comprimento do trecho (m);C = Coeficiente de rugosidade (m0,367/s);D = Dimetro do tubo (m).

Para calcular as perdas de carga distribudas de suco e recalque foi utilizado um coeficiente de rugosidade de 130, j que todos tubos utilizados sero de ferro fundido. Para o clculo determinou-se que a bomba no estaria submersa e que altura de suco de 3m. Assim temos:

2.14.4.3. ALTURA MANOMTRICA TOTAL (AMT)

A altura manomtrica total, segundo PORTO (2006), a energia a ser cedida ao escoamento, expressa em metros de coluna do lquido, igual ao desnvel, topogrfico entre os reservatrios, acrescida de todas as perdas de carga, distribudas e localizadas, nas canalizaes de suco e recalque. A formulao da AMT dada abaixo:

Em que:H = Desnvel (m);h = Perda de carga localizada (m);h = Perda de carga distribuda (m).Substituindo os valores:

2.14.4.4. ESCOLHA DA BOMBA

A bomba escolhida foi a bomba para efluentes e esgotos pr-gradeado da KSB MegaNorm. Para a determinao do dimetro nominal escolheu-se um rotor de 1750 rpm, com uma vazo de 133,24 L/s (479,66 m/h) e AMT de 13,29 o dimetro nominal determinado foi 150-250, conforme consta na figura 1.

Figura 1 Dimetro nominal

A partir das curvas de rendimento da bomba, para bomba com dimetro nominal de 150-250, tem-se com rendimento da bomba 75%, conforme consta na figura 2. Podemos observar tambm um rotor de 220, alm de NPSH de 4,6 m e da potncia mnima necessria de 32 hp.

Figura 2 Curvas de rendimento da bomba

Com isto a bomba escolhida a KSB Meganorm 150-250 com um rendimento de 75%.

2.14.4.5. POTNCIA DA BOMBA

A potncia terica da bomba dada por:

Em que:P = Potncia (cv); = Peso especfico do lquido (N/m)Q = vazo (m/s)AMT = Altura manomtrica total (m)b = Rendimento da bomba (%)m = Rendimento do motor (%);

Substituindo temos:

Para potncias maiores que 20 cv adota-se um fator de segurana de 1,10, com isto a potncia necessria :

Recomenda-se a compra de duas bombas para que haja uma bomba reserva, caso acontea algum problema com a primeira, ou para manuteno da mesma, conseguindo assim garantir o funcionamento do sistema com mais segurana.

3. ORAMENTO

O oramento da rede coletora de esgoto foi realizado de acordo com os valores atuais das composies da Secretaria de Infraestrutura, SEINFRA. O Anexo B apresenta a planilha oramentria global.

4. MEMORIAL DESCRITIVO

No memorial descritivo listam-se todas as etapas de execuo da rede coletora de esgoto com o intuito de promover a adequada instalao do sistema de esgotamento sanitrio.Portanto, o processo dividido, basicamente em trs etapas: Servios Preliminares, Instalao da Rede Coletora de Esgotos e Servios Complementares. Cada etapa descrita a seguir.

4.1. SERVIOS PRELIMINARESPara obras de esgotamento sanitrio, primeiramente deve-se analisar possveis interferncias como, redes de abastecimento de gua tratada, instalaes eltricas, instalaes telefnicas e galerias de drenagem urbana. Assim, como o escoamento do esgoto, no nosso projeto, ocorre por gravidade, devem-se observar os detalhes acima, pois, qualquer interferncia na rede inviabiliza todo o projeto de dimensionamento. Deste modo, antes da execuo da obra, devem-se realizar estudos topogrficos e geotcnicos para confirmao das cotas de eixo da rede, do terreno natural, dos condutos e rgos acessrios.

4.1.1. SINALIZAO DA OBRA

No local de instalao da rede coletora de esgoto sanitrio, deve-se instalar uma sinalizao adequada em torno da rea de trabalho com o intuito de prevenir acidentes entre o trnsito de veculos, pedestres e trabalhadores.

4.1.2. LOCAO DA VALA

Primeiramente, executa-se a limpeza do terreno (remoo da camada vegetal: plantas e galhos) com devido cuidado ao meio ambiente, ou seja, limpar apenas a rea destinada implantao da rede coletora de esgoto sanitrio. Igualmente, remove-se o pavimento e/ou passeio com uma folga dependendo do dimetro do conduto, profundidade de vala e tipo de escoramento.Em seguida, marca-se a largura da vala com um adicional de 15 cm para cada lado, pois, esta folga previne possveis acidentes com os trabalhadores que executaro os servios dentro da vala.

4.1.3. REMOO DO PAVIMENTO

Se a rua for pavimentada, procede-se com a remoo do pavimento de acordo com a largura da vala e sua folga, como foi descrito anteriormente. O processo pode ser realizado com picaretas ou martelete pneumtico e, como maneira preventiva, realiza-se o transporte e bota-fora para um destino adequado.Se o revestimento da rua so paraleleppedos ou bloquetes, remove-se manualmente atravs de picaretas e armazena-se o material para recolocao. Por medida de segurana, o deve-se armazenar o material em local adequado, pois o estoque prximo vala contribui como sobrepeso e afeta diretamente a estabilidade do talude.

4.1.4. ESCAVAO

Qualquer tipo de escavao pode ser executada manual ou mecanicamente, os equipamentos a serem utilizados devero ser adequados aos tipos e profundidades de escavao. As valas devero ser escavadas segundo a linha do eixo, sendo respeitado o alinhamento e as cotas indicadas em projetos. Tanto para a distribuio de gua como para a coleta de esgotos, as valas abertas com dimenses inferiores s definidas sero medidas pelas dimenses reais executadas. Quanto extenso mxima de abertura de valas, devem-se considerar as condies locais de trabalho, o trnsito, o tempo necessrio progresso contnua das obras e a necessidade de servios preliminares. Qualquer excesso de escavao ou depresso do fundo da vala, proveniente de erro na escavao, dever ser preenchido com areia, p-de-pedra ou outro material de boa qualidade. Toda a extenso da vala dever ser convenientemente sinalizada e protegida.No local foram realizadas sondagens e os materiais a serem escavados so: Solo de 1 categoria (areias) at 1,50 m Solo de 2 categoria (pedregulhos, solos argilosos) de 1,50 m a 2,0 m. Solo de 3 categoria (rochas e alteraes de rocha) nos trechos 7-15, 15-23, 23-28 a partir de 0,60 m. O material a ser utilizado no bero proveniente de uma jazida a 2,5 km do local.

4.1.5. ESCORAMENTO

Em terrenos sem coeso como os solos argilosos e moles, se a escavao for superior a 1,50 m, ou ocorrer presena de lenol fretico, existe, por segurana, a necessidade de escoramento.Ser utilizado escoramento sempre que as paredes laterais de cavas ou valas forem constitudas de solo passvel de desmoronamento, bem como nos casos em que, devido aos servios de escavao, constate-se a possibilidade de alterao da estabilidade do que estiver prximo regio dos servios, por exemplo, a presena se sobrepeso sobre o talude. Assim, o tipo de escoramento depender da qualidade do terreno, da profundidade da vala e das condies locais. No caso de escavao manual de valas, o escoramento dever ser executado juntamente escavao. No caso de escavao mecnica, a distncia mxima entre o ltimo ponto escorado e a frente da escavao dever ser de 2,00 m. O p da cortina de escoramento (ficha) deve ficar em cota inferior ao leito da vala, cota esta determinada pela fiscalizao em funo do tipo de solo. Se, por algum motivo, o escoramento tiver que ser deixado definitivamente na vala, dever ser retirada da cortina de escoramento uma faixa de aproximadamente 90 cm abaixo do nvel do pavimento, ou da superfcie existente.

4.1.6. ESGOTAMENTO E DRENAGEM

Quando ocorrer o aparecimento de gua nas escavaes, proveniente de chuvas, lenol fretico ou vazamentos em tubulaes de gua ou esgoto dever ser esgotado e drenado com o intuito de garantir a continuidade da obra e a estabilidade das paredes da escavao.Por medida de segurana, a gua esgotada dever ser conduzida para a galeria de drenagem urbana, se necessrio por meio de calhas ou condutos, a fim de evitar alagamento das superfcies vizinhas e local de trabalho.Em caso de esgotamento de valas onde ser assentada a tubulao, o bombeamento se prolongar pelo menos at que os materiais que compem a junta e o bero atinjam o ponto de estabilizao e sejam executados os testes de qualidade.

4.1.7. ASSENTAMENTO DOS TUBOS COLETORES E RGOS ACESSRIOS

O tipo de tubo a ser utilizado ser definido em projeto. Na execuo dos servios devero ser observadas, alm destas especificaes, as instrues dos fabricantes, as normas da ABNT e outras aplicveis. Como a maioria destes servios ser executada em reas pblicas, devero ser observados os aspectos relativos segurana dos pedestres e veculos, assim como os locais de trabalho devero ser sinalizados de modo a preservar a integridade dos trabalhadores e equipamentos utilizados. Devero ser definidos e mantidos acessos alternativos, evitando-se total obstruo de passagem de pedestres e/ou veculos. O assentamento da tubulao dever seguir simultaneamente abertura da vala. No caso de esgotos, dever ser executado no sentido de jusante para montante, com a bolsa voltada para montante. Nas tubulaes de gua, a bolsa preferencialmente deve ficar voltada contra o fluxo do lquido. Sempre que o trabalho for interrompido, o ltimo tubo assentado dever ser tamponado, a fim de evitar a entrada de elementos estranhos.A descida dos tubos na vala dever ser feita mecanicamente ou, de maneira eventual, manualmente, sempre com muito cuidado, estando os mesmos limpos, desimpedidos internamente e sem defeitos. Cuidado especial dever ser tomado com as partes de conexes (ponta, bolsa, flanges, etc.) contra possveis danos.

4.1.8. TESTES DE ESTANQUEIDADE

Nas juntas das tubulaes, deve-se realizar o teste de estanqueidade com o intuito de evitar possveis vazamentos de esgoto. Assim, evita-se o vazamento e possvel contaminao do solo e lenis freticos.Portanto, para o teste de um conjunto de juntas, realiza-se o teste de fumaa que consiste no fechamento de uma extremidade do conduto e pela outra introduzir uma fumaa de colorao branca, se existir falhas, a fumaa indicar saindo por elas. Tambm utilizado para verificar as ligaes clandestinas.

4.1.9. REATERRO E COMPACTAO

Aps a realizao de todas as etapas descritas anteriormente, realiza-se o reaterro da vala. Recomenda-se, antes do incio do processo de reaterro: Retirada de qualquer resduo sobre a camada; Preferencialmente, sob o ponto de vista econmico, deve-se utilizar o solo escavado. Nos casos em que o solo de 3 categoria, presente em alguns trechos, realiza-se o emprstimo de uma jazida mais prxima para minimizar os custos com transporte; O material solto deve ser disposto em camadas de at 20 cm para, em seguida, realizar a compactao manual ou mecnica. Para verificar o processo, deve-se realizar o controle de compactao. A compactao deve ser realizada do centro para as paredes laterais, com o devido cuidado para no danificar o conduto, e juntamente a retirada do escoramento existente.

4.2. SERVIOS COMPLEMENTARES

Os servios complementares consistem na instalao de rgos acessrios (poos de visita, terminais de limpeza, terminais de inspeo e limpeza e caixas de passagem), nos testes de estanqueidade (verificao da vedao nas ligaes ponta-bolsa em condutos, por exemplo).

4.2.1. REPAVIMENTAO

O pavimento tem a capacidade de absorver as cargas provenientes do trfego e transmiti-las as demais camadas, assim como as condies de rolamento que fornecem ao usurio segurana e conforto. Portanto, o pavimento dimensionado em funo do trfego.Assim, todas as etapas devem ser realizadas corretamente. Por exemplo, se a compactao no foi eficiente e eficaz, quando o trfego utilizar a via, alm de deformaes no pavimento, pode-se danificar toda a estrutura da rede coletora de esgoto.

4.2.2. LIMPEZA FINAL DA OBRA

A limpeza deve ser constante durante todo o processo de implantao da rede coletora de esgoto sanitrio, pois, garante, em parte, a produtividade dos servios, assim como no final da execuo da obra. Deste modo, contribui-se para o destino adequado de resduos da construo e, consequentemente, com o meio-ambiente.

4.2.3. MANUTENO DA REDE COLETORA

Para o adequado funcionamento da rede coletora necessria a manuteno peridica do sistema de esgotamento. Manuteno este feita, por exemplo, atravs de hidrojateamento e succionamento.

5. CONSIDERAES FINAIS

No dimensionamento da rede coletora de esgoto sanitrio, em alguns trechos, verificou-se que o valor da tenso trativa foi inferior ao valor mnimo admissvel de um pascal, utilizando-se o dimetro calculado inicialmente. Portanto, a rede foi redimensionada, alterando-se o valor do dimetro dos condutos ao invs de alterar o valor da declividade, em anexo, encontra-se a tabela de dimensionamento da rede coletora com os valores devidamente alterados. Portanto, de acordo com os dados obtidos e as anlises realizadas, conclui-se que o objetivo proposto pelo trabalho foi alcanado de forma satisfatria.

6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

- PORTO, Rodrigo de Melo. Hidrulica Bsica. Editora So Carlos. EESC USO - So Paulo, 2006.- NBR 9649/1986 Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitrio da Associao Brasileira de Normas Tcnicas.- Normas Tcnicas para Projetos de Sistemas de Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio da Companhia de gua e Esgoto do Cear (CAGECE).- Manual de Curvas Caractersticas KSB.

7. ANEXOS

Anexo A - Planilha de Dimensionamento da Rede Coletora de EsgotosAnexo B Planilha OramentriaAnexo C Planta da Rede de EsgotoAnexo D Detalhamento dos PVs