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2º Seminário Qualidade dos Serviços e Obras Públicas A Engenharia e os Desafios do Saneamento Porto Alegre, 10/12/2015. Drenagem Urbana Os Desafios das Cidades

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2º Seminário Qualidade dos Serviços e Obras Públicas

A Engenharia e os Desafios do Saneamento Porto Alegre, 10/12/2015.

Drenagem Urbana

Os Desafios das Cidades

Saneamento básico é o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:

a) abastecimento de água potável;

b) esgotamento sanitário;

c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.

(Lei 11.445/2007, artigo 3º, inciso I)

Panorama nacional:

Dos quatro componentes do setor de saneamento, os serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas são os que apresentam maior carência de políticas e organização institucional;

Em 2008, 99,6% dos municípios tinham seus sistemas de drenagem administrados diretamente pelas prefeituras, predominantemente vinculados às secretarias de obras e serviços públicos;

Apenas 22,5% dos municípios do país com Plano Diretor de Drenagem Urbana;

Investimento total necessário: R$ 68,7 bilhões de reais (2014/2033);

A macrorregião Sul responde pela maior necessidade de investimentos (R$ 29,2 bilhões).

(PLANSAB, 2013)

Princípios fundamentais:

IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;

VII - eficiência e sustentabilidade econômica;

VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;

X - controle social;

XI - segurança, qualidade e regularidade;

XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.

(Lei 11.445/2007, artigo 2º, incisos I a XII)

Sustentabilidade econômico-financeira assegurada mediante cobrança dos serviços:

III - de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos, inclusive taxas.

A cobrança pela prestação do serviço público de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas deve levar em conta, em cada lote urbano, os percentuais de impermeabilização e a existência de dispositivos de amortecimento ou de retenção de água de chuva, bem como poderá considerar o nível de renda da população da área atendida e as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas.

(Lei 11.445/2007, artigos 29 e 36)

Cabe ao titular dos serviços de saneamento:

I - elaborar os planos de saneamento básico;

II - prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização;

IV - fixar os direitos e os deveres dos usuários;

V - estabelecer mecanismos de controle social.

(Lei 11.445/2007, artigo 9º, incisos I a VII)

Prazos (Decreto 8.211/2014):

31/12/2014: controle social realizado por órgão colegiado;

31/12/2015: Plano de Saneamento Básico, elaborado pelo titular do serviço.

Ministério das Cidades – Programa Drenagem Urbana Sustentável

Medidas estruturais e não estruturais voltadas à redução de enchentes e inundações;

Intervenções estruturais devem privilegiar a redução, o retardamento e o amortecimento das águas pluviais;

Intervenções previstas incluem: reservatórios de amortecimento, adequação de canais para redução de velocidade, sistemas de infiltração, parques lineares, recuperação de várzeas e renaturalização de cursos d’água;

Obras convencionais admitidas excepcionalmente, quando as demais alternativas mostrarem-se inviáveis.

(Manual do MCidades, 2012)

Situação do Município de Porto Alegre

Princípios Situação Atual Desafios/Perspectivas

Arranjo institucional Organizado, desde 1973 Autarquização? Modernização e reforço institucional

Universalização Em andamento Irregularidade fundiária Passivo urbanização formal

Sustentabilidade econômica Pendente Estudo em andamento Implementação

Controle social Atendido Conselho Municipal de Saneamento

Regulação e fiscalização Pendente Criação de Agência Reguladora?

Plano de Saneamento Básico

Atendido Elaborado PMSB (publicação dez/2015) Necessidade de atualizações periódicas

Drenagem urbana sustentável

Em andamento

Conceito aplicado desde o final da década de 1990;

Migração da abordagem higienista para a compensatória e, finalmente, para SUD.

Qualidade da água pluvial Pendente Sem perspectivas de curto prazo

Drenagem Urbana Sustentável em Porto Alegre – Histórico:

1999: aprovação do PDDUA (planos setoriais e artigos 97 e 135);

1999 a 2003: início da elaboração do PDDrU (6 bacias hidrográficas piloto, convênio com IPH/UFRGS);

2000 em diante: amortecimento em parcelamentos do solo e em grandes empreendimentos;

2006: publicação do Decreto 15.371 (controle na fonte/detenção em lotes);

2007 a 2013: elaboração do PDDrU das demais bacias hidrográficas e montagem SIGDEP (recursos PAC 1);

2004 a 2014: intervenções pontuais na bacia hidrográfica do Arroio da Areia;

2012 em diante: PAC Prevenção/DrenaPOA.

Avanços:

Solução global dos problemas da bacia hidrográfica, sem a transferência para jusante;

Diretrizes de planejamento para obtenção de recursos para implantação das obras (PAC Prevenção);

Custo das obras de amortecimento em geral inferior ao das de ampliação de condutos.

Principais dificuldades:

Falta de uma política integrada entre os diversos órgãos do Poder Público Municipal;

Falta de informação da sociedade sobre o funcionamento dos dispositivos de amortecimento e sobre sua própria responsabilidade com relação aos alagamentos;

Dificuldade de implantação de dispositivos de detenção a céu aberto (esgoto misto + lixo);

Deficiência de manutenção das estruturas implantadas (públicas e privadas);

Falta de capacitação dos profissionais da área.

Loteamento Ecoville (V = 1.463 m3)

PUC (V = 899 m3)

Loteamento Jardim Dona Déa (2001)

Loteamento Jardim Dona Déa (2012)

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

CONTATOS:

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dep/

Fone: 3289-2200 / 3289-2262

E-mail: [email protected]