dr. desiré carlos callegari diretor técnico · serraria e mário covas junto aos municípios, ......

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Crianças com síndrome de Down que moram no Estado de São Paulo passaram a ter calendário de vacinação diferenciado desde 23 de março, com vacinas não disponí- veis na rede pública. Trata-se de ini- ciativa das secretarias de Estado da Saúde e dos Direitos das Pessoas com Deficiência que visa a preven- ção de doenças nesse público, cujo sistema imunológico é mais frágil. Sediado no HEMC, O CRIE-ABC é o único posto cadastrado para aten- der às sete cidades da região, além de municípios anexos como Mogi das Cruzes e de todo o litoral pau- lista, de Ubatuba a Peruíbe. Pág. 3 O Centro de Aprendizagem, Documenta- ção, Informação e Pesquisa da FMABC planeja instalar neste ano diversas mini-bibliotecas nos hospitais mantidos pela Fundação do ABC, en- tre os quais o “Mário Covas”, e nas demais insti- tuições de saúde parceiras. A iniciativa visa a fa- vorecer o estudo e a pesquisa dentro de unida- des que servem de campo de estágio para resi- dentes e alunos da FMABC, assim como para pesquisadores da Pós-graduação. O projeto prevê a continuidade da Biblioteca Central no campus da faculdade, com ramificações do acervo pelos hospitais-escola. Pág. 4 Três contêineres instalados na entrada de funcionários pas- sam a receber a partir de maio lixo reciclável arrecadado pelos funcionários do HEMC. Cam- panha permanente de consci- entização sobre descarte cor- reto de materiais que podem ser reaproveitados terá início com a Semana da Enfermagem 2009, com foco na coleta de garrafas pet e latas de alumínio. A ação no HEMC também se estende a outros tipos de lixo reciclável, como pilhas e óleo de cozinha. Pág. 6 O HEMC promoveu em abril mais uma rodada do programa Trainee-Farmácia Hospitalar, cujo objetivo é aprimorar profissionais recém-formados. Pág. 6 Informativo do Hospital Estadual Mário Covas Ano 6 nº 33 Abril / Maio de 2009

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Crianças com síndrome de Down que moram no Estado de São Paulo passaram a ter calendário de vacinação diferenciado desde 23 de março, com vacinas não disponí-veis na rede pública. Trata-se de ini-ciativa das secretarias de Estado da Saúde e dos Direitos das Pessoas com Deficiência que visa a preven-ção de doenças nesse público, cujo sistema imunológico é mais frágil. Sediado no HEMC, O CRIE-ABC é o único posto cadastrado para aten-der às sete cidades da região, além de municípios anexos como Mogi das Cruzes e de todo o litoral pau-lista, de Ubatuba a Peruíbe. Pág. 3

O Centro de Aprendizagem, Documenta-ção, Informação e Pesquisa da FMABC planeja instalar neste ano diversas mini-bibliotecas nos hospitais mantidos pela Fundação do ABC, en-tre os quais o “Mário Covas”, e nas demais insti-tuições de saúde parceiras. A iniciativa visa a fa-vorecer o estudo e a pesquisa dentro de unida-des que servem de campo de estágio para resi-dentes e alunos da FMABC, assim como para pesquisadores da Pós-graduação. O projeto prevê a continuidade da Biblioteca Central no campus da faculdade, com ramificações do acervo pelos hospitais-escola. Pág. 4

Três contêineres instalados na entrada de funcionários pas-sam a receber a partir de maio lixo reciclável arrecadado pelos funcionários do HEMC. Cam-panha permanente de consci-entização sobre descarte cor-reto de materiais que podem ser reaproveitados terá início com a Semana da Enfermagem 2009, com foco na coleta de garrafas pet e latas de alumínio. A ação no HEMC também se estende a outros tipos de lixo reciclável, como pilhas e óleo de cozinha. Pág. 6

O HEMC promoveu em abril mais uma rodada do programa Trainee-Farmácia Hospitalar, cujo objetivo é aprimorar profissionais recém-formados. Pág. 6

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Dr. Desiré Carlos CallegariDiretor Técnico

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) realizou no Anfiteatro Grande ABC do HEMC, em 13 de março último, encontro com os novos secretários de Saúde da região. Titulares e representantes dos sete municí-pios abordaram as principais metas para a saúde na região e esclareceram dúvidas dos convidados.

Após levantamento da situação da saúde no Grande ABC e apresentação de propostas para as gestões que se iniciam, foram sugeridas ações inte-gradas entre as cidades para melhoria do atendi-mento à população e das condições de trabalho dos profissionais da saúde, além de melhor remu-neração dos médicos e prática de valor isonômico para a região. Foi proposta a criação de um meca-nismo de integração entre os Hospitais Estaduais Serraria e Mário Covas junto aos municípios, para o atendimento terciário na região.

Em seguida os secretários responderam às questões da platéia, como a distribuição de medi-camentos, a estratégia assistencial voltada à saúde mental, mecanismos de controle social para ações de saúde, assim como um Plano de Cargos, Car-reira e Salários (PCCS) que dignificasse o trabalho do profissional de Medicina na região. Durante o encontro foi relatada a situação de calamidade na qual se encontra a assistência médica de Mauá, especialmente das condições atuais do Hospital Radamés Nardini. Todos os secretários se solidari-zaram e ofereceram ajuda ao município vizinho.

A realização do evento reafirma o compromis-so do Cremesp na busca por melhores condições

de trabalho, além de remuneração justa aos mé-dicos para exercício pleno e ético da Medicina no ABCDMR, fator importante para a qualidade do atendimento à população. O Cremesp se compro-meteu a realizar novo encontro em breve, quando será abordado assunto temático de interesse de todos e a reavaliação das propostas nessa reunião.

A região efetivamente conta com o Consórcio Intermunicipal das Bacias do Alto Tamanduateí e Billings, também conhecido como Consórcio Inter-municipal do Grande ABC, resultado do esforço e trabalho conjuntos dos sete municípios. Foi consti-tuído em 19 de dezembro de 1990 como uma associação civil de direito privado, atuando como órgão articulador de políticas públicas setoriais. O Consórcio é instituição reconhecida no Brasil intei-ro como iniciativa pioneira da organização de muni-cípios, mas atualmente encontra-se estagnado. O grande desafio é fazer os temas regionais - e no nosso caso a saúde - serem reconhecidos efetiva-mente pelos municípios como de grande valia.

Acreditamos que com o encontro no “Mário Covas” demos um passo para reativar o Grupo Temático da Saúde do Consórcio. Cabe agora aos novos secretários de Saúde a articulação política necessária para avançarmos e não faltam motiva-ções para tal - o próprio problema da saúde em Mauá serve como bandeira para as grandes solu-ções da saúde regional.

Missão: Prestar assistência médico-hospitalar de alta

complexidade à população do Grande ABC e contribuir para

formação de profissionais na área de saúde.

Visão: Alcançar reconhecimento como instituição médica

assistencial resolutiva com qualidade. Consolidar-se como centro de ensino e pesquisa em parceria com a Fac. de Medicina

do ABC e como modelo de gestão.

Valores: Ética, humanização, trabalho em equipe,

responsabilidade social, busca contínua da qualidade,

desenvolvimento profissional e pessoal, compromisso com o

cliente e com o trabalho, história institucional FUABC, FMABC e

HEMC.

Estadual em Notícia é um informativo bimestral e de distribuição gratuita do Hospital Estadual Mário Covas.

Endereço:Rua Dr. Henrique Calderazzo, 321

B. Paraíso - Santo André - SP. CEP: 09190-610.Fone: (11) 2829-5000.

Site: www.hospitalmariocovas.org.br.

Superintendente:Dr. Geraldo Reple Sobrinho

Assistente da Superintendência:Dr. Mário ScarpaDiretor Técnico:

Dr. Desiré Carlos CallegariDiretor Clínico

Dr. Vanderley da Silva PaulaDiretor Econômico-Financeiro:

Dr. João Metanios HallackDiretora de Planejamento:

Dra. Ana Cecília Guimarães BorrelliDiretora de Enfermagem:

Enfa. Carmen Lúcia A. Pimenta SimõesAssistentes Médicos:

Dra. Eliane Terezinha Rocha MendesDr. Pedro Gregori

Assistente de Diretoria de Planejamento:Yukie Komatsu Hotta

Assist. Téc. da Diretoria de Enfermagem:Enfa. Maria Elisabeth F. Nogueira

Enfa. Roseli Hiromi Hyodo

Produção:MP & Rossi Comunicações: (11) 4436-8408

Departamento de Comunicação FUABC-FMABC

Jornalista Responsável: Marli Popolin (Mtb: 18.113)Textos: Eduardo Nascimento e Malu Marcoccia

Editoração Eletrônica e Fotos: Eduardo Nascimento

Impressão: Belince Gráfica e Editora(11) 4401-1227

Os trabalhos de Ortopedia e Traumatologia no HEMC so-mam índices que impressionam. Somente nas consultas ambula-toriais foram 20.074 atendimentos no ano passado - 13,5% a mais que em 2007 (17.681) e 29,4% superior ao registro de 2006 (15.512). No comparativo com as demais especialidades, o Am-bulatório de Ortopedia foi o mais acionado em 2008. “Aproxima-damente 30% dos nossos atendimentos hoje são voltados aos ca-sos ortopédicos e dispomos de 11 grupos com sub-especialidades ortopédicas”, acrescenta o Diretor Clínico do HEMC, Dr. Van-derley da Silva Paula.

O crescimento e valorização do setor também ficam claros nas atividades do centro cirúrgico (foto). Em 2006, a Ortopedia realizou 1.238 procedimentos, enquanto em 2008 foram mais de 1.400. Os trabalhos são coordenados pela Disciplina de Orto-pedia e Traumatologia da FMABC, que além da assistência tam-bém utiliza o HEMC para desenvolvimento de pesquisas e para o ensino de graduação, pós-graduação e residência médica.

Segundo o professor de Ortopedia e Traumatologia da FMABC, Dr. Walter Yoshinori Fukushima, a demanda reprimida

por atendimentos em Ortopedia é muito gran-de na região. “É preciso otimizar ao máximo o serviço. Bom gerencia-mento do atendimento, organização, equipa-mentos de ponta, mate-riais à disposição e equi-pes competentes são fundamentais. Reunimos todos esses diferenciais no Hospital Mário Co-vas, o que garante exce-lência ao serviço”, explica Dr. Walter, que completa: “A logística de entrada, atendimento e saída dos pacientes funciona muito bem no HEMC e temos toda a retaguarda da Diretoria Clínica, equipes de enfermagem, recepcionistas e demais profissionais envolvidos no processo. Isso torna o serviço mais ágil sem perder qualidade”.

Três contêineres instalados na entrada de funcionários passam a receber a partir de maio lixo reciclável arrecadado pelos funcio-nários do HEMC. Campanha permanente de conscientização so-bre descarte correto de materiais que po-dem ser reaproveitados terá início com a Semana da Enfermagem 2009, cujo mote social focou este ano a coleta de garrafas pet e latas de alumínio. A ação permanente no HEMC a partir de agora se estende também a outros tipos de lixo reciclável, como pilhas e baterias de celular, garrafas de vidro, óleo de cozinha e de motor de veículos. Toda a arrecadação será doada às cooperativas Coop Recicla e Coop Cidade Limpa, as duas de Santo André.

A princípio a coleta de recicláveis co-muns mobilizará os 1,7 mil funcionários do HEMC, mas há planos de ampliar para todo o público circulante do hospital, cal-culado em aproximadamente 7 mil pes-soas por dia entre pacientes, familiares e colaboradores diretos e indiretos. Tam-bém a comunidade vizinha deverá partici-

par futuramente, conforme planejam os coordenadores da ação, o técnico de meio ambiente José Alexandre Filho e a assistente de hotelaria hospitalar Ângela Santos Carvalho. Já a enfermeira chefe

do HEMC, Carmen Lúcia Simões, justifica o reaproveitamento de garrafas pet e latinhas de alumínio como vetores da Se-mana da Enfermagem de 2009 por se-rem materiais abundantes e de inúmeras utilidades pós-reciclagem.

A campanha tem como slogan “Cui-dar do Meio Ambiente é Responsabilida-de de Todos”. Os funcionários serão ori-entados por meio de cartazes, banners e contatos pessoais a trazer o lixo separado em sacolinhas plásticas, por tipo de pro-duto: lata com lata, pilhas e baterias, plás-ticos com plásticos. “As garrafas de vidro não podem estar quebradas e o óleo de fritura ou de motor deve ser acondiciona-do em garrafa pet. A triagem e destinação do material ficarão por conta das coopera-tivas que o receberão”, explicam Alexan-dre e Ângela.

O Hospital Mário Covas promoveu em abril mais uma rodada do programa Trainee-Farmácia Hospitalar, cujo objetivo é aprimo-rar profissionais recém-formados. Este é o ter-ceiro ano em que o HEMC abre oportuni-dades a farmacêuticos que queiram especia-lizar-se em farmácia hospitalar, segmento que exige aprofundar outros tipos de conhe-cimentos em relação a quem atua em labo-ratórios de manipula-ção ou em farmácias de rua, por exemplo.

O programa de de-senvolvimento se estende por um ano, du-rante o qual os trainees aprendem a lidar es-pecificamente com a rotina de medicamen-

tos dentro de um hospital de alta complexida-de como o Mário Covas, desde preparar do-sagens e conteúdos de acordo com cada pa-

ciente (90% em estado crítico) até logística de distribuição. “Temos falta no mercado de farma-cêuticos com essa baga-gem. As universidades formam profissionais mais genéricos, por isso o Hospital Mário Covas se preocupa em prepa-rar uma geração com ha-bilidades mais específi-cas”, afirma a psicóloga Leila Aparecida Alves, da Gestão de Pessoas.

Em 2007 foram abertas três vagas, em 2008 outras três e nes-te ano são duas, mas a carga horária subiu de 6 para 8 horas diárias. Conforme a legislação

de trainees, os candidatos devem ser forma-dos entre 2007 e 2008. Todos passam por prova de múltipla escolha na 1ª fase e por entrevistas individuais e dinâmicas na 2ª eta-pa. A divulgação dos classificados está prevista para 22 de maio próximo no site do HEMC. “No final do programa o trainee poderá ser contratado caso haja vaga no hospital”, infor-ma Cínthia Pinhal, ela própria ex-trainee e hoje coordenadora das farmácias do HEMC.

“Temos hoje uma Central e 3 farmácias-satélite. Entre materiais e medicamentos, são 10 mil itens movimentados por dia. Em dosa-gem, são 4 mil tiras de medicamentos por mês”, afirma Cinthia. Um ambiente hospita-lar como o do HEMC se diferencia inclusive dos hospitais gerais por lidar com casos com-plexos como na Oncologia ou no controle de medicamentos psicotrópicos. Entre mensa-geiros, auxiliares de farmácia e farmacêuti-cos, o HEMC conta com 50 colaboradores. Dos 5 farmacêuticos, 2 são ex-trainees.

Leila Aparecida Alves (esq.) e Cínthia Pinhal

Está tudo pronto para abertura do Ambulatório Médico de Especialidades em Praia Grande, nova instituição sob gestão clínica da Fundação do ABC. A expectativa é de entrega entre abril e maio próximo, após o fim de reformas para adaptação do prédio e construção de recepção para melhor comodidade do público. O AME da Vila Mirim será referência em serviços de média e alta complexidade para 7 municípios no Li-toral Sul, beneficiando cerca de 840 mil moradores.

Trata-se da segunda aliança no mo-delo de OSS (Organização Social de Saú-de) entre FUABC e Governo do Estado, firmada quase oito anos após a bem-su-cedida parceria no ‘Mário Covas’.

Os AMEs fazem parte de modelo inaugurado no Estado em 2007 com ob-jetivo de agilizar o atendimento concen-trando em um único dia consultas, exa-mes e retorno com o médico. Se neces-sitar de tratamento especializado, o pa-ciente é encaminhado na mesma data. O contrato de gestão foi assinado em 30 de outubro de 2008 entre FUABC e Secre-taria de Estado da Saúde e a entrega das chaves do equipamento, que pertence à Prefeitura de Praia Grande, ocorreu em 19 de janeiro deste ano (foto). Estão pre-vistas para o local pelo menos 25 espe-cialidades médicas e 16 tipos de exames diagnósticos.

Divulgação PM Praia Grande

rianças com sín-drome de Down que moram no Estado de São CPaulo passaram a

ter calendário de vacinação diferen-ciado desde 23 de março, com va-cinas não disponíveis na rede pú-blica. Trata-se de iniciativa das se-cretarias de Estado da Saúde e dos Direitos das Pessoas com Deficiên-cia que visa a prevenção de doen-ças nesse público, cujo sistema imu-nológico é mais frágil e suscetível às viroses e infecções bacterianas. A distribuição e aplicação das vacinas são feitas gratuitamente nos Cen-tros de Imunobiológicos Especiais (CRIEs) do Estado mediante soli-citação e pedido médico. Sediado no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, o CRIE-ABC é o único pos-to cadastrado para atender às sete cidades da região, além de municípios anexos co-mo Mogi das Cruzes e todo o litoral pau-lista, de Ubatuba a Peruíbe.

“O programa de vacinação para pes-soas com síndrome de Down já existia na esfera federal, vinculado ao Ministério da Saúde. O governo do Estado de São Paulo aproveitou as comemorações referentes ao cinquentenário da descoberta da trisso-mia do cromossomo 21, que caracteriza a síndrome de Down, e ampliou o progra-ma com inclusão de novas vacinas no ca-lendário”, explica Dr. Munir Akar Ayub (foto), coordenador do CRIE-ABC e pro-fessor de Infectologia da FMABC.

O novo calendário para crianças com síndrome de Down conta com sete va-cinas especiais, entre as quais a de gripe (contra o vírus influenza), pneumocócica, meningocócica e de catapora (varicela). “Pacientes de cidades próximas aos CRIEs podem se dirigir diretamente aos centros para a vacinação especial. Para quem mora longe, basta passar com o médico no pos-to de saúde mais próximo. A própria uni-dade de saúde fará a solicitação das vacinas

ao CRIE, que enviará os imunobiológicos para que os pacientes não precisem per-correr longas distâncias para a vacinação”, completa Dr. Munir Akar Ayub.

Para todas as idades: Apesar de crian-ças com síndrome de Down serem o foco do programa, o novo calendário do Go-verno do Estado também contempla va-cinas especiais para adolescentes e adultos com a trissomia. “A síndrome de Down é causada por um erro genético, com o sur-gimento de um cromossomo a mais no 21º par. Os bebês com Down nascem com hipotonia (flacidez muscular), que é uma das principais características da sín-drome e que pode determinar alguns pro-blemas clínicos. As cardiopatias são encon-tradas em cerca de 40% dos casos, sendo que os recém-nascidos são bastante sus-cetíveis às infecções respiratórias”, descre-ve o neuropediatra da FMABC, Dr. Ru-bens Wajnsztejn, que acrescenta: “São ca-racterísticas comuns a face achatada, fis-suras palpebrais oblíquas, pele abundante na nuca, hiperextensibilidade das articula-ções, hipotonia muscular, anomalias auri-culares, falange média do quinto dedo en-curtada e prega palmar única”.

Antes de passar em consulta no Hospital Estadual Mário Covas de San-to André, o paciente deve primeiro procurar o posto de saúde mais pró-ximo.

O “Mário Covas” não disponibiliza serviço de pronto-atendimento e re-cebe apenas casos de encaminhamen-tos.

Todos os agendamentos estão sob responsabilidade da DRS (Direção Re-gional de Saúde) e são feitos de acordo com a necessidade de cada paciente, em serviço que abrange as sete cidades do ABC e, em alguns casos, demais municípios do Estado.

Centro de Aprendiza-gem, Documentação, Informação e Pesquisa da Faculdade de Medici-Ona do ABC (CADIP) pla-

neja instalar neste ano diversas mini-bibliote-cas nos hospitais mantidos pela Fundação do ABC, entre os quais o “Mário Covas”, e nas demais instituições de saúde parceiras. A ini-ciativa visa a favorecer o estudo e a pesquisa dentro de unidades assistenciais que servem como campo de estágio para residentes e alunos da FMABC, assim como para pes-quisas dos cursos de pós-graduação Lato e Stricto Sensu.

O projeto prevê a continuidade da Bi-blioteca Central no campus da faculdade, em Santo André, com ramificações do acer-vo pelos hospitais-escola. “É um antigo so-nho que em breve se tornará realidade. Pro-fessores, alunos e funcionários terão acesso a informações atuais nos próprios locais de plantão. Além disso, terão espaço apropria-do para estudo, computadores com acesso a internet para pesquisas bibliográficas e um estagiário do CADIP à disposição para orien-tações, dúvidas e sugestões”, explica a res-ponsável pelo CADIP-FMABC, Maria An-gélica Dias Gagliardi (foto).

Algumas das mantidas da Fundação do ABC, como os hospitais Mário Covas, Municipal Universitário (HMU) e Anchieta (Hospital de Ensino), já organiza-ram centros de estudos. Nesses casos, o CADIP passará a su-pervisionar os trabalhos, além de organizar e ampliar os acervos já disponíveis. As unidades que co-meçarão do zero, como o Am-bulatório de Especialidades Mé-dicas (AME) e Hospital Irmã Dul-ce de Praia Grande, receberão livros e demais materiais de apoio do CADIP, que também fará consultoria para adequação e montagem dos espaços e coordenará as atividades nos locais.

Ampliação do acervo: O ponta-pé ini-cial das mini-bibliotecas foi dado em março último, quando a FMABC recebeu duas grandes doações. Por meio da intermedia-ção do laboratório Nycomed Pharma, o Fundo Editorial BYK destinou ao CADIP cer-ca de 7.000 livros na área médica. Já a Edi-tora Best Point doou revistas científicas e publicações de congressos, que chegaram

em 100 grandes caixas. “Estamos catalogan-do todos os materiais recebidos e separan-do para em breve encaminharmos às mini-bibliotecas”, ressalta Maria Angélica Dias Gagliardi, que acrescenta: “Com a amplia-ção dos trabalhos para os hospitais e centros de saúde da FUABC, a tendência é de que os acervos cresçam rapidamente. Além das aquisições periódicas pelo CADIP, cada mi-ni-biblioteca poderá enriquecer o próprio acervo e certamente receberá doações dos profissionais que utilizarem o local”.

Secretários de Saúde dos sete municípios do Grande ABC se reuniram no HEMC em 13 de março em encontro do Cremesp para discutir os planos de trabalho dos novos prefeitos. Da pequena Rio Grande da Serra às mais pujantes Santo André e São Bernardo, todos fizeram diagnóstico de muitas carências na saúde regional e foram unânimes em defender a reestruturação da atenção básica, com fortalecimento de programas como Saúde da Família e das UBSs. Melhor remuneração e nivelamento salarial na saúde também constaram do debate, que teve como eixo central o problema enfrentado por Mauá com o Hospital Nardini. To-das as cidades da região sofrem com a migração de pacientes e foram so-lidárias em transformar o Nardini na principal causa a ser solucionada no momento (leia Editorial).

stimativa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo indica que so-mente 20% dos poten-Eciais doadores de órgãos

são identificados pelas equipes médicas. Mesmo assim, o Estado bateu recorde de transplantes em 2008, contabilizando a metade de todos os procedimentos reali-zados no país. Foram mais de 1,3 mil cirur-gias - quase 25% a mais que em 2007. O aumento foi atribuído ao trabalho de ca-pacitação de equipes médicas iniciado pela Secretaria há cerca de 3 anos, cuja finalida-de é habilitar profissionais à identificação de casos de morte encefálica para o início do protocolo de atendimento para potenciais doadores.

“Hoje ainda falta conhecimento por parte das equipes médicas para identifi-cação de casos de morte encefálica. Gra-ças ao trabalho de divulgação da importân-cia dos transplantes de órgãos pela grande mídia, a população hoje é bem mais infor-mada e a aceitação da doação de órgãos é muito maior. Faltam profissionais capacita-dos a identificar os po-tenciais doadores para dar início aos trâmites legais”, esclarece o Di-retor Clínico do Hos-pital Estadual Mário Covas, Dr. Vanderley da Silva Paula.

Em reunião no iní-cio de março com o coordenador da Cen-tral de Transplantes da Secretaria, Dr. Luiz Augusto Pereira, dire-tores do Hospital Es-tadual Mário Covas discutiram a criação de uma OPO (Organização de Procura de Órgãos) no Grande ABC. O Estado de São Paulo tem hoje 10 OPOs, 4 na região me-tropolitana: Hospital das Clínicas da USP,

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Hospital São Paulo e Instituto Dante Pazzanese - que aten-de ao Hospital Mário Covas. “Ficou claro que a implantação da OPO Grande ABC é bem vista pela Secretaria de Saúde, mas antes é necessário tra-balho de capacitação médica com profissionais da região”, acrescenta Dr. Vanderley.

No encontro em São Pau-lo ficou definido que o Hos-pital Mário Covas iniciará tra-balho de treinamento com médicos do Grande ABC, cu-ja finalidade principal é au-mentar o número de notifica-ções de morte encefálica e, conseqüente-mente, de doadores de órgãos. “Não pre-cisamos ser uma OPO para atuar como capacitadores. Já estamos programando workshop entre maio e junho, em que serão convidados todos os serviços de ur-gência e emergência da região, assim co-

mo unidades de saúde que realizam neuro-cirurgias. São áreas-chave para identifica-ção de potenciais doa-dores e os médicos precisam conhecer e saber aplicar o proto-colo de morte encefá-lica. É uma iniciativa embrionária, que futu-ramente pode viabili-zar a instalação da OPO Grande ABC”, adianta o Diretor do HEMC.

Além da capacita-ção médica e integração entre as equipes do Grande ABC, o Hospital Mário Covas também oferecerá sua infra-estrutura para realização de exames complementares

para confirmação da morte encefálica, as-sim como apoio técnico e consultoria pro-fissional sempre que necessário.

Desafio regional: Cerca de 50% dos potenciais doadores identificados acabam por se tornar doadores, o que demonstra elevado grau de conscientização das fa-mílias. O maior desafio é aumentar as noti-ficações de morte encefálica pelas equipes médicas. “A OPO Grande ABC não traria mais transplantes para a região. Indepen-dente do lugar em que o órgão é retirado, o transplante é feito segundo lista de espe-ra da Central Estadual de Transplantes. A maior vantagem da instalação de uma OPO na região seria que o tema estaria ainda mais em evidência. Isso é bom para a conscientização do público leigo sobre a importância da doação de órgãos, e tam-bém serve como estímulo para que os médicos busquem capacitação e para que estejam mais atentos às notificações de casos de potenciais doadores. Em resumo, todos os esforços estão direcionados a um objetivo maior: aumentar as notificações de morte encefálica e o número de doa-dores de órgãos”, conclui Dr. Vanderley.

Acima, transplante renal; abaixo, o Diretor Clínicodo HEMC, Dr. Vanderlei da Silva Paula