A IMPORTÂNCIA DA PROGRAMAÇÃO VISUAL NO SETOR DE TECNOLOGIA: UM EXEMPLO DE APLICAÇÃO PARA CRIAÇÃO DE UM APP VOLTADO PARA
MEHORIAS AMBIENTAIS DA CIDADE DE MOGI GUAÇU, SÃO PAULO
Autor: Jefferson Costa Fontes Camargo1
Orientador: Robson Leandro Carvalho Canato2
Coorientador: Marcio António Ferreira3
RESUMO: Atualmente, somente a oferta de soluções não tem sido mais um diferencial, e com o mercado cada vez mais competitivo e a demanda exponencial de aplicativos, a agilidade no desenvolvimento e entrega dessas soluções tem se tornado uma estratégia, muitas vezes, uma condição de sobrevivência e sucesso das empresas. Sendo assim, é fundamental utilizar meios que possam dar subsídios a tais exigências e requisitos, como por exemplo, a utilização de plataformas de programação visual, proporcionando não só agilidade, mas facilidade no desenvolvimento de soluções e aplicativos. Neste trabalho, discorremos sobre os termos low-code e no-code, ambos amplamente utilizados com o mesmo propósito, facilitar e agilizar o desenvolvimento de aplicativos. Além disso, apresentamos uma proposta de desenvolvimento de um aplicativo para classificação e mapeamento de resíduos utilizando uma das ferramentas de programação visual analisadas. PALAVRAS-CHAVE: No-code, Low-code, Programação Visual. ABSTRACT: Currently, only an offer of solutions has not been another differential, and with the market becoming increasingly competitive and the exponential demand for applications, agility in the development and delivery of these solutions has become a strategy, often a condition of technologies business success. Therefore, it is essential to use means that can support such requirements and requirements, such as, for example, the use of a visual programming platform, providing not only agility, but ease of development of solutions and applications. In this paper, we discuss the terms low-code and no-code, both widely used for the same purpose, to facilitate and speed up application development. In addition, we present a proposal to develop an application for classification and mapping of waste using one of the visual programming tools analyzed.
KEYWORDS: No-code, Low-code, Visual Programming.
1 Jefferson Costa Fontes Camargo é discente de graduação em Ciência da Computação (2020) pela Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, Mogi Guaçu, São Paulo. e-mail: [email protected] Robson Leandro Carvalho Canato possui graduação em Análise de Sistemas pela PUC-CAMPINAS (2006), Pós-Graduação em Banco de Dados pelo IBTA (2010), Mestrado em Ciência da Computação pela UNICAMP (2016), Pós-Graduação em Data Warehouse e Business Intelligence pelo IBF (2018) e Pós-Graduação em Formação Pedagógica pelo Centro Paula Souza (2019). Docente da Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, Mogi Guaçu, São Paulo. e-mail: [email protected] Marcio Antônio Ferreira Possui graduação em Biologia pela Faculdade Maria Imaculada, Mestrado em Educação pela Unimep e Pós-graduação em Gestão Ambiental pela Faculdade Anhanguera. Diretor da Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, Mogi Guaçu, São Paulo. e-mail: [email protected]
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INTRODUÇÃO
Como toda a nossa sociedade vem se modernizando e buscando ser mais
eficiente e produtiva, não seria diferente para a área de tecnologia da informação.
Formas alternativas tem sido propostas e desenvolvidas com o intuito de tornar a
criação de aplicativos (apps) cada vez mais prática, rápida e com um grande
desempenho. Como analogia, pode-se colocar as ferramentas no-code e low-code,
equivalente à transformação que causou a automação na época da sociedade
industrial, transformando a forma atual de programação, agilizando o dia a dia do
programador e, consequentemente, proporcionando a verdadeira transformação
digital.
O desenvolvimento de aplicativos no-code é um termo usado em processos
de desenvolvimento focados na interface com usuários. Esse tipo de processo
permite que usuários corporativos, mesmo sem conhecimentos específicos de
programação consigam desenvolver e manter seus próprios aplicativos,
relacionados diretamente a seus processos de negócios específicos, onde os
problemas serão resolvidos considerando-se os conhecimentos elementares de
lógica de programação.
Low-code tende a ser a progressão para alguns desenvolvedores que utilizam
a ferramenta no-code, onde seria atingido o limite da interface no-code e o
aproveitamento do código, como por exemplo, da linguagem de programação Java
Script e outras linguagens de forma a estender possíveis funcionalidades da
ferramenta no-code.
Dessa forma, considera-se que uma abordagem no-code e low-code
combinadas, podem fornecer um conjunto de ferramentas muito abrangentes e
completas, sem tantas exigências, se comparada a forma tradicional de
desenvolvimento de um aplicativo, agilizando ainda mais o processo de criação.
1 MOTIVAÇÃO
A programação visual (também conhecida como programação em blocos ou
baixa programação) tem se tornado dia a dia mais pertinente para o mundo do
desenvolvimento, possibilitando que aplicativos sejam criados em um tempo
consideravelmente menor se comparado a programação tradicional. Tais
ferramentas inserem o contexto de programação e desenvolvimento de aplicativos
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em um novo cenário, onde alguns requisitos antes necessários, como por
exemplo, o domínio de determinadas linguagens de programação não se fazem
mais necessárias, substituindo-se a etapa de codificação por procedimentos como a
organização e estruturação de blocos (operação conhecida como procedimento de
arrastar e soltar), que representariam as etapas da codificação, reduzindo a
complexidade, trazendo maior agilidade no desenvolvimento de aplicativos, e
provavelmente a possibilidade de redução dos custos (GERBELLI, 2019).
Dessa forma, por possuir características como redução no tempo de
desenvolvimento, e consequentemente maior agilidade na entrega de soluções, as
ferramentas de programação visual tem ganhado muito espaço entre os
profissionais e empresas de desenvolvimento, o que tem justificado o interesse,
investimento e pesquisa na área.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Programação Tradicional
Uma das principais características da programação tradicional é sua curva de
aprendizagem, sendo dessa forma, considerada por muitos desenvolvedores um
fator importante na decisão de qual ou quais linguagens utilizar. Apesar de existirem
várias linguagens de programação tradicionais e, portanto, consolidadas entre a
comunidade de desenvolvimento, em geral, todas utilizam linhas de comandos para
realizarem a construção de uma aplicação, ou seja, todas as linguagens tem como
pilar para aprendizagem a sintaxe e a semântica, que basicamente são regras da
linguagem referente a escrita do código. Uma boa comparação seria a de
aprendermos uma nova língua, um novo idioma, por exemplo o inglês onde teríamos
que nos adaptar a sintaxe do idioma, com novas regras relacionadas a linguagem
em questão.
Considerando agora a sintaxe e semântica das linguagens de programação, e
a necessidade de resolução de um problema elementar, como por exemplo a soma
de dois números inteiros, onde poder-se-ia descrever de diferentes formas: um mais
um é igual a dois, one plus one equals two e 1 + 1 = 2. Percebe-se que, para este
simples problema, tem-se três formas de escrita diferentes, no entanto, todas as
formas dizem a mesma coisa, e como esperado, reportam o mesmo resultado.
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Tomando ainda como base o exemplo anterior, aplicar-se-á o conceito
utilizado pelas linguagens de programação tradicional, fazendo uso de um exemplo
recorrente e amplamente utilizado na introdução das mais diversas linguagens de
programação, o famoso “Hello World”, ou em português, “Olá Mundo”, escrito aqui
em três diferentes linguagens: C# (C-Sharp), Object Pascal e Haskell.
Observa-se nos exemplos a seguir, os três trechos de códigos, apesar de
escritos de forma diferente (cada um seguindo a sua sintaxe e semântica), propõem-
se em resolver o mesmo problema, ou seja, resolver a mesma tarefa, que consistem
simplesmente em escrever na tela a mensagem “Hello World”.
Nos exemplos das mensagens, o significado do que foi descrito de três
formas diferentes é: ao somar um mais um, o resultado é dois. Nos exemplos do
código fonte o significado do que foi descrito em C#, Object Pascal e Haskell é:
exibir na tela um “Hello World”. A forma é a sintaxe e o significado é a semântica.
Esses exemplos mostram claramente a diferença de sintaxe de cada
linguagem, o que pode ser considerado um ponto negativo se comparadas com a
linguagem visual (apresentada na sequência) e assunto de discussão deste
trabalho, que é basicamente focada no significado e sequência em que é montada,
sem se preocupar com a sintaxe.
2.1.1 Linguagem C#
C# é uma linguagem de programação orientada a objetos, que foi
desenvolvida pela Microsoft e faz parte da plataforma .net. Embora a
linguagem C# tenha sido criada do zero, foi baseada na linguagem C++ e tem
muitos elementos da linguagem Pascal e Java (MARTIN, 2011). A Figura 1 abaixo
ilustra a implementação para exibição da mensagem “Hello World” utilizando-se a
linguagem C#.
Figura 1 - Implementação do Hello World em C#
Fonte: Adaptado de Martin (2011)
2.1.2 Object Pascal
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Na sequência, poderá ser vista a mesma aplicação utilizando a linguagem
Object Pascal. A linguagem Object Pascal é uma ramificação de linguagens
derivativas de Pascal, com suporte a orientação a objetos. As principais ferramentas
para programar em Object Pascal são o IDE Embarcado (uma interface de
desenvolvimento integrado), Delphi e o Larazus. Pascal foi utilizada nas primeiras
versões do ambiente Delphi, sendo posteriormente substituído por uma versão
também chamada de Delphi (LAMOUNIER, 2015). Uma ilustração da implementação
para impressão da mensagem Hello World utilizando Object Pascal pode ser
verificada na Figura 2.
Figura 2 - Implementação do Hello World em Pascal Object
Fonte: Adaptado de Lamounier (2015)
2.1.3 Haskell
No intuito de esclarecer o conceito de sintaxe e semântica, observar-se-á a
mesma implementação para exibição da mensagem “Hello World” utilizando a
linguagem Haskell. Haskell é uma linguagem de programação puramente funcional,
ou seja, baseada em funções, de propósito geral, nomeada em homenagem ao
lógico Haskell Curry. Como uma linguagem funcional, a estrutura de controle
primária é a função. A linguagem é baseada nas observações de Haskell Curry e
seus descendentes intelectuais (ALEXANDRE, 2017). Um exemplo de
implementação utilizando a linguagem funcional para exibição da mensagem “Hello
World” pode ser observado na Figura 3.
Figura 3 - Implementação do Hello World em Haskell
Fonte: Adaptado de Alexandre (2017)
2.2 Ferramentas de Programação Visual
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Na atualidade, existem no mercado uma variedade de ferramentas para
programação visual. Entre as diversas ferramentas disponíveis, esse trabalho se
propõe a apresentar a Kodular, Thunkable e App Inventor, consideradas pela
comunidade como as mais amplamente utilizadas, cujas principais características
são mencionadas a seguir.
2.2.1 Kodular
Uma das ferramentas que possibilitam a programação visual é o Kodular, que
nos dá a possibilidade de converter ideias em aplicativos Android, utilizando uma
plataforma online e gratuita de programação visual e intuitiva baseada no conceito
de blocos de códigos que podem ser “montados” através da operação de arrastar e
soltar. Desta forma, com o uso de uma ferramenta como o Kodular, não é preciso o
domínio de uma determinada linguagem de programação, pois o Kodular já traz os
blocos de códigos necessários (KODULAR, 2020). Os projetos desenvolvidos no
Kodular ficam hospedados com segurança no Google Cloud Platform (uma
plataforma de armazenamento em nuvem), que oferece para aplicações a mesma
segurança e velocidade de resposta que aplicações da própria empresa, como o
Youtube ou até mesmo o buscador Google, e portanto, não é necessário preocupar-
se com a realização constante de operações de upload, download ou backup, o que
certamente ocorreria utilizando-se a programação tradicional (KODULAR,
2020). Atualmente a ferramenta é gratuita, possibilitando o desenvolvimento sem
qualquer custo pois, sua maneira de arrecadação está vinculada a
uma porcentagem nos valores coletados pelos anúncios que seu
aplicativo arrecadará, em caso de publicação. A Figura 4 ilustra a interface de
desenvolvimento utilizando a plataforma Kodular.
Figura 4 - Exemplo de interface de desenvolvimento do Kodular
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Fonte: Elaborada pelo Próprio Autor (2020)
2.2.2 Thunkable
Outra ferramenta que vem sendo amplamente utilizada para a programação
visual é a Thunkable, que é considerada uma ferramenta bastante intuitiva, de
usabilidade bastante simples e quase a prova de erros (THUNKABLE, 2020).
Segundo o seu desenvolvedor, os conhecimentos básicos de utilização de um
computador são suficientes para desenvolver aplicativos de baixa
complexidade. De forma semelhante ao Kodular, a ferramenta é dividida em duas
partes, sendo a primeira parte o design e a segunda parte a linguagem de blocos,
projetada pelo MIT para adicionar lógica a interface criada (THUNKABLE, 2020). A
Figura 5 apresenta um exemplo de uso da plataforma.
Figura 5 - Exemplo de interface de desenvolvimento do Thunkable
Fonte: Elaborada pelo Próprio Autor (2020)
Assim como o Kodular, seu funcionamento se dá através da utilização de
blocos, semelhante a montagem de Lego, cabendo ao desenvolvedor a decisão de
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cada um dos componentes (botões, imagens, texto, entre outros) deve se comportar,
etapa pela qual é adicionada a lógica do seu aplicativo a cada bloco. No entanto, o
Thunkable não é uma ferramenta 100% gratuita, limitando sua versão free a um
número específico de aplicações.
2.2.3 App InventorA terceira ferramenta testada foi o App Inventor. O App Inventor é uma
plataforma Web criada pela universidade americana Massachusetts Institute of
Technology (MIT), que permite desenvolver aplicativos com a tecnologia Android
usando um navegador da Web e um telefone ou emulador conectados. O processo
para criar o aplicativo é bem simples e segue a linha dos anteriores, bastando
selecionar os componentes que deseja na interface e na sequência, montar os
blocos que especificam como cada componente deve se comportar. Segundo o
próprio site do App Inventor, a plataforma conta com mais de 400.000 usuários
ativos mensais exclusivos, provenientes de 195 países que já criaram quase 22
milhões de aplicativos. O App Inventor é uma ferramenta 100% gratuita, porém com
uma limitação do número de telas por aplicativo (INVENTOR, 2020). A Figura 6
ilustra sua interface.
Figura 6 - Exemplo de interface de desenvolvimento do App Inventor
Fonte: Elaborada pelo Próprio Autor (2020)
3 VANTAGENSDe acordo com a literatura (KODULAR, 2020; THUNKABLE, 2020;
INVENTOR, 2020), muitas são as vantagens em utilizar os conceitos e ferramentas
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de programação visual. De todas as vantagens, provavelmente as mais atraentes
estão relacionadas à facilidade de desenvolvimento e a capacidade de acelerar a
entrega de novos aplicativos. Alguns dos recursos que justificam porque desenvolver
aplicativos com programação visual ou baixo código é muito mais rápido:
A funcionalidade de arrastar e soltar facilita e agiliza muito na hora do
desenvolvimento. Com essa funcionalidade o desenvolvedor se preocupa
exclusivamente com a lógica da aplicação.
Interfaces de usuário pré-construídas e modelos para processos de
negócios também vem para ajudar na velocidade do desenvolvimento, já que
a utilização de modelos é constantemente compartilhada por toda a
comunidade.
APIs (Application Programming Interface), do português Interface de
Programação de Aplicações e conectores são fáceis e práticos de
implementar e basicamente se integram às ferramentas de terceiros mais
facilmente para que os desenvolvedores não percam tempo.
Além das possíveis vantagens mencionadas anteriormente, é válido destacar
outras vantagens inerentes ao processo de desenvolvimento utilizando-se da
programação visual:
Agilidade de evolução: a agilidade dos negócios permite que as empresas se
adaptem e respondam às mudanças do mercado e às novas oportunidades,
usando soluções digitais inovadoras que resolvem problemas de negócios.
Ser uma empresa ágil nunca foi tão importante, em um momento em que a
agilidade se tornou um dos principais pontos requisitados pelas empresas. A
programação visual ajuda as empresas a buscar novas iniciativas digitais,
causadas por mudanças de mercado e novas necessidades de consumidores
e clientes. Isso se deve parcialmente pela velocidade de desenvolvimento.
Quando você pode entregar um aplicativo full-stack (um aplicativo em seu
total funcionamento tanto em seu visual quando em sua parte lógica) em
algumas semanas e alterá-lo em apenas alguns minutos, ajustando-se
rapidamente às condições dinâmicas de negócios com software inovador é
mais fácil.
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Experiência em tempo real: como mencionado anteriormente, ferramentas
de programação visual fornecem o que você precisa para permitir que os
clientes interajam com sua empresa do jeito deles. A Gartner Group
(SBROCCO, 2012), chama isso de multiexperiência, e é um benefício
realmente crítico nos dias de hoje. Com essa facilidade de desenvolvimento,
você começa entregando experiências de aplicações brilhantes que rivalizam
com as dos líderes sem grandes orçamentos e caras equipes de
desenvolvimento.
Desenvolvimento para todos: com a utilização de ferramentas que se utilizam
de pouco código ou até mesmo de nenhum código, todos em uma
organização podem colaborar para entregar as melhores soluções, liberando
o potencial criativo de equipes de negócios e usuários de TI. Com a
experiência do desenvolvimento visual, é possível construir aplicativos sem
codificação, o que pode satisfazer as necessidades de novos
desenvolvedores ou usuários de negócios com formação técnica. Mesmo
aqueles sem formação técnica, geralmente conhecidos como
“desenvolvedores cidadãos”, podem usar a funcionalidade e o código pré-
construídos para construir aplicativos simples. Profissionais mais experientes
podem escolher aproveitar as vantagens de módulos de código pré-
construídos, modelos de IU, etc., quando quiserem e mudar para a
codificação manual quando precisarem construir algo não incluído na
biblioteca de design da solução. Este é um grande atrativo para aqueles que
desejam economizar tempo em comparação com a codificação manual
tradicional.
Governança automatizada integrada: equipes de TI são capazes de monitorar
e controlar todos os projetos com a ajuda de um console central que fornece
visibilidade de infraestrutura, ambientes, aplicativos, usuários de TI e
segurança.
4 PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO
Este trabalho propõe o desenvolvimento de um aplicativo (APP) utilizando
programação visual. O APP a ser desenvolvido tem como funcionalidade principal a
classificação e descarte de resíduos. O APP proposto visa atender os requisitos
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básicos a nós apresentados inicialmente (layout de telas, base de dados e
funcionalidades). Das ferramentas apresentadas, a escolhida para o
desenvolvimento do aplicativo foi a Kodular, não só por ser gratuita, mas por
oferecer ampla gama de recursos e funcionalidades, como por exemplo, a
possibilidade do desenvolvedor testar sua aplicação de forma rápida através de um
emulador diretamente em seu celular. Além disso, a ferramenta conta com várias
extensões como Google Maps, conectividade com banco de dados Firebase, entre
outras funções. A interface de designer do Kodular é ilustrada na Figura 7.
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Figura 7 - Interface de designer do Kodular
Fonte: Elaborada pelo Próprio Autor (2020)
A ferramenta Kodular, assim como as outras de programação visual
apresentadas, conta com dois ambientes de trabalho: a versão de Designer onde é
montada toda a parte gráfica do aplicativo como botões, imagens, definição de
cores, etc., e o ambiente de programação, denominado de Blocks, onde é feita toda
a parte lógica do aplicativo, talvez a parte mais relevante da ferramenta, onde se é
necessário a aplicação da lógica para que a parte visual responda efetivamente a
programação. A interface lógica de desenvolvimento do Kodular é apresentada na
Figura 8.
Figura 8 - Interface lógica do Kodular
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Fonte: Elaborada pelo Próprio Autor (2020)
5 APP RESÍDUOS FMPFM
O aplicativo desenvolvido tem como objetivo mostrar a população a maneira
correta de descartar resíduos, informando a classificação de cada um dos resíduos
que são produzidos em nosso dia a dia e até mesmo resíduos que não são comuns,
indo desde garrafas PET a seringas e agulhas. Tem como funcionalidade informar
e conscientizar a população, disponibilizando através do APP acesso às leis
ambientais, proporcionadas através da navegação entre as telas de menu, simples e
fácil de usar. As telas do aplicativo que dão acesso às leis ambientais podem ser
visualizadas na Figura 9.
Figura 9 - Telas de acesso e leis ambientais app
Fonte: Elaborada pelo Próprio Autor (2020)
O app conta também com informações especificas de cada material,
informando sua categoria, que varia entre perigosos e não perigosos, sua tipologia
podendo ser um resíduo orgânico ou inorgânico, informa também a sua origem, que
podem ser classificadas como: residências, comércios, unidades de saúde, etc.
Outras informações também estão contidas no aplicativo visando a maneira correta
para o descarte, informando, por exemplo, o endereço e locais para o descarte. O
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aplicativo dispõe de informações a respeito dos resíduos que não são de
responsabilidade das residências ou dos comércios, possibilitando contato com o
departamento específico da Prefeitura. Um exemplo das telas do aplicativo que dão
acesso às informações dos resíduos podem ser visualizadas na Figura 10.
Figura 10 - Telas Tipos de Resíduos app
Fonte: Elaborada pelo Próprio Autor (2020)
Outra funcionalidade implementada no aplicativo é disponibilizar a informação
dos dias em que o caminhão de coleta de entulho (sobras de construção civil, podas
de árvores, varrição de quintais, etc.) passa em cada região, em cada bairro. Essa
funcionalidade está ligada a um banco de dados denominado airtable, que consiste
em um banco de dados simples, que funciona como uma grande tabela, onde são
inseridas as informações, possibilitando atualização em tempo real caso acontece
algum imprevisto ou mudanças no agendamento. As informações das datas de
coleta de entulho para geração dessa base de dados foram coletadas diretamente
do site da Prefeitura de Mogi Guaçu (PMMG, 2020). A Figura 11 ilustra a tela de
input dos links no banco de dados airtable e a tela de coleta de entulhos baseadas
nesses dados e disponibilizada pelo app.
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Figura 11 - Telas de input do airtable e da coleta de entulho no app
Fonte: Elaborada pelo Próprio Autor (2020)
Uma das facilidades proporcionada pela ferramenta de programação visual é
a incorporação de novas funcionalidades ao aplicativo. Uma dessas novas
funcionalidades implementadas e incorporadas foi a ideia de ECO-PONTOS. Esses
ECO-PONTOS são pontos de coleta de resíduos espalhados pela cidade para
facilitar o descarte e a separação dos mesmos. Como forma de exemplificação de
um ponto de coleta, ou seja, de um ECO-PONTO, uma tela foi adicionada ao
aplicativo com a localização e informações da Faculdade Municipal Professor Franco
Montoro como um possível ponto de coleta, conforme pode ser verificado através da
Figura 12.
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Figura 12 - Tela de exemplo de um ECO-PONTO
Fonte: Elaborada pelo Próprio Autor (2020)
6 CONCLUSÃO
A tecnologia de programação visual possibilitou o desenvolvimento do app de
classificação de resíduos baseado nos requisitos e esboços apresentados
inicialmente de forma simples, exigindo uma curva de aprendizado reduzida. Porém,
apesar da facilidade e possível ganho de velocidade, a tecnologia ainda se mostra
como aplicada para o desenvolvimento de aplicativos simples, de baixa
complexidade ou propósitos bem específicos. No entanto, não substitui
completamente a programação tradicional que visa desenvolvimentos mais
complexos. Nos dias atuais, seria impossível visualizar uma tecnologia dessas
aplicada em IA (Inteligência Artificial) por exemplo, cuja responsabilidade se deve a
programações clássicas, como por exemplo a linguagem Python. Contudo, se aplica
bem para aplicações utilizadas em dispositivos moveis, um campo que vem
crescendo exponencialmente.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRE, G. Haskell: Uma introdução à programação funcional. Casa do Código, 2017.
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