Download - Trabalho Sobre o Assedio Sexual
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Acácia da Felicidade Sebastião Zevo
Caudina Jorge Buduia
Dulce Maria Cuavo
Feliciana Magomane Langa
Inácio Manuel Nhatsave
Naira da Páscoa Matavele
Olinda Manuel Machaie
Assédio Sexual
Licenciatura em História Política e Gestão Pública
Universidade Pedagógica
Xai-Xai
2014
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Acácia da Felicidade Sebastião Zevo
Claudina Jorge Buduia
Dulce Maria Cuavo
Feliciana Magomane Langa
Inácio Manuel Nhatsave
Naira da Páscoa Matavele
Olinda Manuel Machaie
Licenciatura em História Política e Gestão Pública
Universidade Pedagógica
Xai-Xai
2014
Trabalho de Pesquisa sobre o Assedio
sexual, para efeitos de apresentação em
grupo e avaliação Cadeira de Tema
Transversal II.
Sob Orientação do dr. Ângelo Mawai
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................ 3
1.1. Objectivos ...................................................................................................... 4
1.1.1. Objectivo Geral ........................................................................................ 4
1.1.2. Objectivos Específicos ............................................................................. 4
1.2. Procedimentos Metodológicos ....................................................................... 4
II. Assédio sexual ..................................................................................................... 5
2.1. Conceitualização ............................................................................................ 5
2.2. Características do assédio sexual .................................................................. 6
2.3. Espécies de Assédio Sexual .......................................................................... 7
2.4. Providências a serem adoptadas pela vítima do assédio ............................... 7
2.5. Medidas de prevenção do assédio sexual ..................................................... 8
2.6. Consequências do assédio sexual ................................................................. 8
2.7. Criminalização de assédio sexual em Moçambique ....................................... 9
III. Conclusão ....................................................................................................... 13
IV. Referências bibliográficas ............................................................................... 14
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1. Introdução
O presente trabalho tem como título assédio sexual e visa trazer reflexões sobre a
vida profissional dos agentes da administração pública.
A partir do ingresso da mulher no mercado de trabalho, tem se observado vários
aspectos da discriminação do género. Em muitas das vezes elas recebem salários
menores que os seus dos colegas homens, ainda que sejam mais escolarizadas que
eles, têm menores oportunidades de conseguir emprego, são as primeiras a entrar
nas listas de demissão quando há cortes nas empresas e, por fim, são as maiores
vítimas do que a legislação denomina “assédio sexual”. Há casos inversos, em que o
homem se vê assediado por uma mulher. Mas essa não é a regra e sim a excepção.
Em qualquer hipótese, essa prática agora é condenável nas leis moçambicanas.
Com este trabalho pretendemos fazer uma exortação social de modo que abstêm-se
pela pratica destes actos que mancham a ética e deontologia profissional assim
como a integridade humana, pois o amor deve ser algo oportuno, incondicional e
que exija uma pretensão dualista.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Analisar o impacto do assédio sexual na degradação do prestígio na identidade
da personalidade.
1.1.2. Objectivos Específicos
Definir as formas ou tipos de assédio sexual
Determinar as consequências derivadas do assédio sexual;
Identificar a legislação vigente para a criminalização do assédio sexual.
1.2. Procedimentos Metodológicos
O procedimento metodológico que foi usado para a recolha e análise informativa é a
pesquisa documental, que incidiu em revistas, documentos oficiais (Boletins da
República). Outrossim, baseamo-nos na pesquisa bibliográfica, cingindo-se em
várias obras e artigos científicos que também compõem a bibliografia deste trabalho.
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II. Assédio sexual
2.1. Conceitualização
Segundo Diniz apud Latif (S/d) “ o assédio sexual é qualquer acto de constranger
alguém com gestos, palavras ou com emprego de violência, prevalecendo-se as de
relações de confiança, de autoridade ou empregadíssima, com um escopo (intuito)
de obter vantagem sexual”.
Latif ainda apresenta a ideia de que em termos práticos, assédio sexual é qualquer
comportamento de natureza sexual inoportuno ou indesejável, ou seja, qualquer tipo
de abordagem feita sem que o destinatário deseje que isso aconteça.
Para Botão apud Librato (2000:09) assédio sexual é todo o comportamento ou
manifestação indesejada de carácter sexual, sob forma verbal, gestual ou física, cuja
intenção não é de forma alguma, desejado pela vítima.
Com estas definições conclui-se que o assédio sexual é qualquer comportamento ou
manifestação por parte de um superior hierárquico ou colega com algum tipo de
ascendência, que visa obter favores de natureza sexual não desejados por uma das
partes vitimas.
O assédio pode não só acontecer no ambiente de trabalho, mas também entre
professores e alunos, em hospitais entre médicos e pacientes. Na história da
criminalização desta prática cabe aos EUA, os quais denominaram “sexual
harassment” (anuência ou irritação sexual) a partir da segunda metade da década
de 70.
Segundo Diniz et al. (2011:03) refere que o assédio pode ocorrer entre pessoas de
sexos opostos (de homem para mulher ou de mulher para o homem) e ou entre
pessoas de mesmos sexos (entre homens ou mulheres).
Para que ocorra efectivamente o assédio sexual é necessário que exista entre
assediado e assediador uma na relação de trabalho, diferença hierárquica, que a
proposta sexual não seja somente um simples frete (aborrecimento), mas sim uma
extenuante (fatigante) investida, que efectivamente diminua e constranja a liberdade
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sexual do assediado. Para que o assédio sexual se configure plenamente é
essencial que esta conduta seja rejeitada pelo seu destinatário.
2.2. Características do assédio sexual
Para Diniz et al. (2011: 04) refere que a caracterização do assédio sexual é
desnecessário o contacto físico, pois são várias as condutas que podem constituir a
prática do assédio, desde expressões verbais ou escritas claras, comentários subtis,
gestos, imagens transmitidas por meios magnéticos.
De referir que a caracterização dos actos de assédio sexual não são uniformes, mas
podemos recorrer a ideias patentes nas lições de Ernesto Lipmann as seguintes:
O pedido de favores sexuais pelo superior hierárquico, com promessa de
tratamento diferenciado em caso de aceitação e/ou de ameaças, ou atitudes
concretas de represálias no caso de recusa, como a perda de emprego, ou de
benefícios;
O assédio pode ser através de comentários sexuais, tais como piadas,
insinuações, propostas de actividades sexuais de qualquer espécie, convites
íntimos constrangedores e comprometedores, passeios a lugares ermos, elogios
evidentes (detalhando o corpo da mulher e ou homem), ou com aproximações
inoportunas (roçada, beliscões ousados), exibição de fotos ou filmes
pornográficos sugerindo actividades sexuais, carícias;
Ameaças ou atitudes concretas de represália no caso de recusa, como a perda
do emprego ou de benefícios;
Frases ofensivas ou de duplo sentido;
Perguntas indiscretas sobre a vida privada do trabalhador;
Elogios atrevidos;
Insinuações sexuais inconvenientes e ofensivas;
Exibição de material pornográfico, como o envio de e-mail aos subordinados;
Pedidos para que os subordinados se vistam de maneira mais provocante ou
sensual;
Apalpadelas, fricções ou beliscões deliberados e ofensivos.
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Para Correia (2008:03) acrescentou a estas características olhares ofensivos,
alusões grosseiras, humilhantes e embaraçosas, comentários (de mau gosto) à sua
aparência física, perguntas indiscretas sobre a sua vida privada.
2.3. Espécies de Assédio Sexual
Para Latif o assédio sexual pode ser dividido em duas espécies com dissidências
evidentes, designadamente: assédio sexual por chantagem e o assédio sexual por
intimidação.
O assédio sexual por chantagem é aquele que o assediador detém o poder em
alterar o percurso do contrato de trabalho do assediado, podendo atravancar
transferências, promoções e quaisquer outros benefícios a vítima, onde com as
investidas sexuais, faz com que o assediado não consiga estas promoções, caso
não ceda à instigação. Neste caso constrange-se a vítima com a promessa de
ganho de algum benefício, cuja concessão dependa da anuência deste e que o
assediado só se beneficiaria com algo se aceitasse o pedido do assediador.
Já no assédio sexual por intimidação, assediador cria um ambiente de trabalho
indesejado e viciado, fazendo comentários sobre a vida particular da vítima,
tornando o ambiente de trabalho áspero e prejudicial ao convívio. Esta forma
caracteriza-se por insinuações e solicitações sexuais inoportunas com o único
objectivo de prejudicar o assediado, gerando para este, receio e temor no ambiente
de trabalho.
2.4. Providências a serem adoptadas pela vítima do assédio
É necessária a clara demonstração da desconformidade com a conduta do
assediador de modo que reste evidente a ausência de reciprocidade;
Contar para os colegas o que está acontecendo, reunir provas, como bilhetes,
presentes e outras, arrolar colegas que possam ser testemunhas;
Relatar o acontecido ao sector de recursos humanos e ou ao sindicato;
Procurar manter um bom ambiente de trabalho e isso passa pelo respeito à
presença das mulheres quando se tratar de um homem a cometer o assédio,
evitando brincadeiras consideradas “de macho”;
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Evitar fazer piadas insinuantes, fotos de mulheres nuas, comentários engraçados
sobre as figuras femininas;
Quando um ato de assédio for presenciado, trate de confortar a companheira, ao
invés de dar apoio ao assediador.
2.5. Medidas de prevenção do assédio sexual
A empresa deve no início da celebração do contrato de trabalho estabelecer-se os
critérios e cláusula que responsabilize o empregado por atitudes ilegais, anunciando
desde o primeiro momento seu interesse e fiscalização acerca do assunto.
Denunciando o assediador da prática de actos ofensivos da sua dignidade e dos
seus interesses profissionais, antes de o fazer deve ter muita atenção em procurar o
melhor tempo oportuno, procurar boas provas e testemunhas.
Na óptica de Correia (2008:05) para evitar-se a vulnerabilidade do assédio sexual é
preciso uma observância das seguintes situações:
Que o funcionário(a) estejam informado sobre os seus direito e deveres;
Necessária atençao porque muitas vezes o assédio sexual começa a partir,
daquilo que parecem ser simples brincadeiras;
Reprimam toda e qualquer tentativa de assédio sexual;
Estabeleçam relações de trabalho assentes no respeito e na cortesia;
Dizendo “não” ao assediador com a maior clareza;
Informar ao chefe hierarquicamente superior ao assediador se houver.
2.6. Consequências do assédio sexual
Segundo Coreia (2008:04) o assédio sexual provoca consequências na saúde, no
trabalho e na vida da empresa ou do serviço da vítima.
Na saúde, pode causar ansiedade, tensão, irritabilidade, depressão, incapacidade
de concentração, insónia, fadiga e outras perturbações de ordem física e
psicológica.
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No trabalho a situação resultante do assédio sexual pode fazer afetar a carreira das
vítimas, levantando-lhes maiores barreiras na promoção profissional ou sentir-se
forçado(a) a abandonar o trabalho temporariamente ou definitivamente ou ter que
assumir uma postura por ele rejeitado com risco de perder o emprego e demais
regalias. Outrossim pode criar uma situação de a vítima ter fraco domínio das
actividades a realizar, quando for frequentemente mudado de uma área para outra
sem a respectiva formação nessa área.
Na empresa ou do serviço o assédio sexual faz com que se reduza a produtividade e
a eficácia do trabalho, na medida em que cria mau ambiente, desgastando as
relações entre as pessoas, sentimento de culpa quando não efetiva-se e de orgulho
quando consumado, transtornos de adaptação, insegurança, baixo auto-estima, falta
de motivações e iniciativas profissionais.
No amito escolar do ponto de vista psicológico, a vítima pode ser invadida por
sentimento de culpa, injustiça, impotência, insegurança, cólera, agressividade,
solidão, perda de memória, dificuldades de concentração, perda de auto-estima,
dificuldades para dormir, irritabilidade, nervosismo excessivo, pesadelos, medos.
Socialmente as pessoas sentem-se humilhadas e degradadas perante a família e a
sociedade, verificam-se tensões familiares, até mesmo pode levar interrupção dos
estudos.
2.7. Criminalização de assédio sexual em Moçambique
De referir que no Código Penal o assedio sexual não é considerado crime, mas esta
prática e fortemente criminalizado no EGFAE e lei do trabalho. Ainda, podemos
inferir a sua criminalização na Constituição Moçambicana.
A Convenção Interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a
mulher (Convenção de Belém do Pará em 1995 designada por CEDAW) classifica o
assédio sexual no trabalho “como uma das formas de violência contra a mulher” e
estes aspectos estão reenterradas na lei 20/2003
Na CRM foram consagrados os direitos fundamentais dos cidadãos, constam o
direito a vida, à família, à educação, ao emprego, a integridade física e o direito de
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participar em associações. Direitos estes também plasmado na declaração universal
dos direitos humanos de que Moçambique que é signatário.
Ainda foi ratificado pelo Governo de Moçambique a “ convenção nº 111 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) a qual define como toda a distinção,
exclusão ou preferência, que tenha por efeito anular ou alterar a igualdade de
oportunidade ou tratamento em matéria de emprego ou profissão. Abrangendo,
nessas situações os casos e assédio moral e sexual, no ambiente e trabalho.
O EGFAE trata severamente dos actos de assédio sexual nos artigos qua abaixo se
seguem:
O nº 31 do art: 39 do EGFAE sugere o seguinte: “Não assediar material, moral ou
sexualmente no local de trabalho ou fora dele, desde que interfira na estabilidade no
emprego ou na progressão profissional.
Sobre os deveres específicos dos dirigentes, nas alíneas f) e g), consta o seguintes:
f) Não utilizar o poder conferido pela função nem a influência dele derivado para
obter vantagens pessoais, proporcionar favores ou benefícios indevidos a
terceiros;
g) Combater todas as manifestações de abuso de poder, nepotismo,
patrimonialíssimo, clientelismo e todas as demais condutas que constituam ou
traduzam desigualdade ou favoritismo.
Sobre as penalizações, o EGFAE prevê no seu na alínea e) do nº 3 art:86 a pena de
despromoção.
e) A sanção de despromoção é aplicada ao funcionário que assedie material ou
sexualmente os seus colegas no local de trabalho.
A lei de trabalho, confere infrações disciplinares no nº 2 do art:66.
Prevê como infração disciplinar para além do assédio sexual, o assedio em geral,
sendo que esta passível de procedimento disciplinar
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O nº3 do mesmo artigo prevê penalização a prática de assédio sexual pelo
empregador ou mandatário confere ao trabalhador ofendido o direito de ser
indemnizado em vinte vezes o salário mínimo sem prejuízo de procedimento judicial.
Quando o assedio sexual for cometido nas escola, recorre-se o despacho nº
39/GM/2003 aprovado pelo Ministro da Educação em 2003, o qual determina que:
1. São suspensos dos serviços e vencimentos e constituídos infractores, em
processo disciplinar, os docentes e outros trabalhadores da Educação, ligados às
escolas, que engravidem alunas afectas a essa mesma escola, assim como os que
assediam sexualmente estudantes.
2. É vedada a frequência para o curso diurno, nos níveis elementar, básico e médio
do SNE; às alunas que se encontrem em estado de gravidez, bem como os
respectivos autores, caso sejam alunos da mesma escola.
Ainda para redução destas práticas foi aprovado o Estatuto do Professor, o qual no
capítulo 3 sobre os deveres e direitos, o artigo 11 define os deveres gerais sendo
que a alínea 13 estabelece que os professores devem lutar pela dignidade e
emancipação da mulher e a alínea 17, que o professor não deve ultrapassar a
natureza da sua relação profissional com os alunos para qualquer fim.
No capítulo 4 sobre a responsabilidade disciplinar, o artigo 20 na alínea 3 refere que
será demitido das suas funções de professor o docente que violar a ética moral e
profissional nas relações com os alunos. O artigo 21 sobre a expulsão define
também na alínea 3 que será expulso o professor que após a pena de demissão,
reincidir nos actos penalizados pelo n° do artigo 2049.
Então não se pode mais conquistar ou seduzir em colega de trabalho?
Segundo Diniz e tal (2011:12) nada impede que dois colegas de trabalho se
apaixonem e muitas vezes até se casem e formem família. Encantar em colega de
trabalho só pode ter duas respostas, a satisfatória ou a contraria. Se o amor for
correspondido pode ir em frente que não há crime algum nisso, mas se for rejeitado
e passar a perseguir corre maior risco de estar cometendo assédio sexual.
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O autor refere que existem alguns actos que não são classificados como assédio
sexual, mas sim apenas forma de relacionamento de colegas de trabalho, por
exemplo:
Uma mera conquista, a tentativa de aproximação para relacionamento amoroso
ou mesmo sexual, seja, companheiro de trabalho, superior ou inferior hierárquico.
Quando a proposta sexual feita sem insistência e sem ameaça ou pressão,
meros galanteios (amabilidade) com comentários normais do tipo;
A conduta inconveniente numa festa de trabalho onde um colega ou chefe após
algumas doses a mais, faz comentários de duplo sentido e lança olhares
sedutores.
Por que o Assédio Sexual é considerado crime?
Para Diniz et al. (2011:40) o assédio sexual é uma forma de violência psicológica,
pois em muitas das vezes que o sedutor se encontra na posição hierárquica superior
não se sente com poder quando for rejeitado, daí que recorre a chantagens e a
intimidação, colocando em risco a dignidade da vítima.
Se essa pressão, tem componentes de extrema violência moral, na medida em que
coloca a vítima em situações desonrosa, provoca insegurança profissional pelo
medo de perder o emprego, ser transferida para sectores indesejados, perder
direitos.
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III. Conclusão
O uso de poder que o superior hierárquico ou colega detém funciona como uma
ameaça para o funcionário subordinado, colocando em instabilidade no exercício
profissional, sendo que quando a pessoa for-lhe colocado a ideia de sentimento
amoroso cria-se de certa forma uma insegurança, medo e outras manifestações
psicológica.
O assédio sexual no trabalho é um atentado à dignidade do trabalhador e para além
disto tem graves consequências irremediáveis as próprias vítimas, devendo para tal
haver necessidade de todos lutarmos contra este mal que retira prestígio a nossa
administração pública de modo a garantir uma eficiência e eficácia no exercício
profissional, promovendo a luta pela igualdade de direitos e oportunidades entre os
homens e mulheres
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IV. Referências bibliográficas
CORREIA, Soraia. Assédio sexual e moral no local de trabalho. FEUC,
Coimbra 2008;
DINIZ, Letícia Lelis et al. Assédio sexual no ambiente de trabalho: III Encontro
científico e simpósio de educação. Unisalesiano, Brasília, 2011;
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa. 4ª ed, Editora: Positivo, Curitiba, 2009;
LATIF, Omar Aref Abdul. Assédio sexual nas relações de trabalho;
LIBERADO, Pedro Alexandre Pereira. Assédio Sexual e Moral no Local de
Trabalho Trabalho. FEUC, Coimbra, 2008.
BOLETIM DA REPUBLICA, Lei nº 14/2009 de 17 de Março que aprova o
Estatuto geral dos Funcionários e Agentes do Estado.