lado, Betaglia coloca que ocorreram inúme
ras fusões de empresas, o que denota uma
tendência à monopolização de algumas áre
as, o que converge para a aplicação de con
tratos corporativos de fornecimento de insu
mos, nem sempre levando em consideração
a melhor relação custo-benefício.
"O mercado alimentício realmente possui
características diferentes dos outros seg
mentos industriais, já que deixamos de com
prar várias coisas, menos alimento. Algumas
empresas do setor dependem do ciclo climá
tico, que este ano foi mais favorável, por ex.
cana de açúcar e outros insumos cultiváveis.
Por outro lado a va lorização do dólar frente
ao real aumenta o custo de matérias-primas,
que não se consegue repassar automatica
mente aos clientes, isto tem desestimulado
o investimento em novos produtos. Como
estamos no meio do ano, preferimos aguar
dar o andamento dos negócios", analisa.
Para a SKF que atua com apenas uma graxa
para fins de lubrificação de rolamentos onde
são exigidos níveis NSF-H-1, houve um me
lhor desempenho da empresa em relação ao
crescimento do setor alimentício em 2012.
Comparativamente, em t ermos de aumento
no faturamento líquido, a fabricante obteve
crescimento de 29,40% de 2011 para 2012
com a versão de embalagem de 1,0 Kg. Já, na
versão de 18 Kg, o incremento foi próximo de
96%. "As ações que nossos distribuidores es
tão tomando no mercado, isto é, enfrentan
do e resolvendo problemas em campo den
tro da indúst ria alimentícia, trará sem dúvida
uma maior alavancagem na aquisição de
nossos lubrificantes de grau alimentício, mas
sempre se somando à força da tecnologia de
nossos rolamentos projetados e dedicados
para esta área", pondera o engenheiro
. "Acreditamos que esta
sim é uma grande diferenciação que nos leva
a crer que o mercado de lubrificantes atóxi
cos será melhor este ano do que o anterior".
No caso da Avia-Lubrisint, foi exatamente o
crescimento do mercado de alimentos que
deu sustentabilidade para a empresa crescer
dentro do atual cenário recessivo do Brasil,
devido ao fato de este ser o seu principal
28 • LUBGRAX • Edição 26 • 2013
•
Vinicius de Medeiros, diretor técnico-comercial da AVIA-Lubrisint
nicho. "Acredito que o mercado alimentício
manterá o seu crescimento, apesar de pou
co expressivo, mas em relação ao mercado
em geral esta subindo, pois grandes grupos
estão melhorando suas plantas e investindo
em t ecnologia e modernização de produ
ção, além de algumas empresas estrangeiras
que estão se estabelecendo no País o que,
consequent emente, requer mais lubrifican
tes", visualiza
. Mes
mo assim, para o profissional existe o ponto
•
em geral não se encontrar em alta, retraindo
os investimentos e adiando alguns projetos
que estavam previstos para este ano.
avalia que as empresas
de alimentos que se utilizam de lubrifican
tes food grade são as grandes e, principal·
mente, as que exportam ou multinacionais
que t êm orientação das matrizes. Assim, os lubrificantes são de alta especificidade e
alimentícios de produtos de origem orgâni
ca, o que fará com que as máquinas e equi
pamentos que trabalham na produção de in
sumos básicos requeiram lubrificação verde.
O segundo item é o crescimento orgânico
das exigências normativas mais rígidas na
produção de alimentos e na cadeia de insu
mos para este fim (máquinas e equipamen
tos). "Um exemplo é a Volvo equipamentos
agrícolas que produz colheitadeiras de cam
po para alguns países que exigem que os
equipamentos sejam lubrificados com pro
dutos food grade e biodegradáveis", cita.
Assim, a meta da VGBio é de desenvolver
lubrificantes food grade de origem vegetal
e 100% biodegradáveis para traba lhos em
indúst rias que utilizam equipamentos que
trabalham em condições extremas (altas e
empresa, sendo que o principal produto
chega a aproximadamente 38,7%. Atual
mente a meta é que nos próximos dois anos
esse faturamento seja dobrado. "Seremos o
principal fornecedor mundial de lubrifican
tes de grau alimentício do grupo Avia. Para
isto adquirimos todos os equipamentos da
planta que foi desativada da PPG de Caja
mar, assim teremos total possibilidade de
suprir esta demanda".
Para este ano, a empresa pretende, no
mínimo, manter o crescimento do primei
ro semestre, que foi de aproximadamen
te 22% neste setor. Para tanto está inves
tindo em marketing e vendas, firmando
parcerias com profissionais do mercado,
distribuidores e empresas especia lizadas.
A Notox, por contar com todo o portfólio de
baixas temperaturas e extrema pressão e produtos de origem biológica e não mineral,
regiões ambientais criticas), pois ser este tem quase que toda a sua linha de lubrifica n
um mercado que demanda soluções de alta t es registrada junto à NSF como produtos
complexidade em tecnologia. food grade. "Nossos produtos são quase que
naturalmente food grade e temos sido pro
AI ia n ça s positivas curados pela cadeia de produção alimentícia
Graças à parceria com o grupo AVIA, do como uma alternativa competitiva nesse
qual passou a fazer parte desde o final de segmento", salienta Lucchesi.
2011, a Avia-Lubrisint cresceu aproximada- Mesmo assim, por ser uma empresa de pe
mente 22% somente no setor alimentício. queno porte e com produtos novos para o
Isso se deve ao fato da empresa ter inicia
do desde a década passada esforços na
especialização deste mercado. Movimento
que foi intensificado a partir do biênio de
2005/2006, quando realizou investimentos
em tecnologia e em certificações e homo
logações, como o NSF/ FDA. "Fomos uns dos
pioneiros aqui no Brasil e tudo isto gerou
mais desempenho para nossos produtos e
comprovação da alta performance por nós
divulgada. Isso culminou em 2011, quando
adentramos o grupo AVIA, onde hoje so
mos os exclusivos no Brasil e Argentina, e
que nos ajudou a consolidar nossa marca
no mercado", relata Medeiros.
Além disso, a empresa realizou muitos investi
mentos em tecnologia, melhoria de fórmulas,
e aquisição de mais equipamentos de laborató
rio para dar suporte à estes desenvolvimentos.
Esses esforços resultaram no fato de que
hoje o lubrificante de grau al imentício re-
segmento, as vendas ainda não são expres
sivas, embora já estejam fornecendo para
a maioria dos grandes frigoríficos nacionais
e outras indústrias. "As nossas vendas vêm
crescendo mais de 20% ao ano e temos a
possibil idade de crescermos muito mais já
que o consumo dos nossos próprios clientes
t ende a aumentar muito, conforme for cres
cendo a confiança e a performance medida
nos produtos que eles já vem usando".
As estratégias da Notox para desenvolver
este mercado são todas focadas no fato de
seus produtos serem naturalmente food
grade e biodegradáveis, já que são de ori
gem biológica, não t óxicos e biodegradá
veis, o que os deixam mais baratos que os
sintéticos de base minera l. Segundo o dire
tor, para que os lubrificantes de base mine
ral atinjam estes requisitos devem passar
por processos químicos altamente custo
sos. Assim, os os biolubrifi cantes acabam
presente por volta de 60% dos negócios da sendo muito mais competitivos, mesmo se
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• • • • •
comparados os sintéticos de origem biológi- nuem sensivelmente a quantidade de itens DOW ca com os de origem mineral. no estoque, pois o range de atuação é maior.
"Hoje, a contribuição dos clientes do seg-
mento de alimentos ainda é menor do que Informações: www.lubrisint.com
o metal-mecânico, porém, cada vez mais, o
segmento alimentício tem nos procurado e
vemos com grande otimismo o fato de se
tornar o nosso carro-chefe de vendas. Jun-
tamente com o de mineração e o madei
reiro (para papel e celulose), pelo fato de ·
serem produtos naturalmente não tóxicos
e de menor custo frente aos de base sin
tética mineral", destaca ele, acrescentando
ainda que a estimativa é de que os nichos
onde as questões de saúde e segurança es
tão fortemente envolvidos sejam o cam i
nho natural de atuação da Notox.
"A nossa principal meta é trabal har
mos com o aprimoramento dos nossos
básicos lubrificantes no que tange aos
custos de produção em função da esca
la, e com os serviços junto aos nossos
clientes, associados ao fornec imento
dos produtos".
Clarus LubryKeep GGA-80
TF/b, é uma graxa grau alimen
tício de base sintéti ca com PTFE,
impermeável, resistente à água,
vapor, sucos de vegetais e fru
tas, cervejas e outras bebidas. É
eficaz na faixa de -70ºC à +220ºC. Possui
propriedade anti-desgaste, resistindo a
altas pressões de traba lho, boa estabilida
de térmica e grande afinidade por superfí
cies metálicas. Também é um lubrificante
de longa duração e de elevada eficiência,
que oferece excelente aderência. Resiste
A empresa destaca em seu portfólio o UCür
SL-17000 desenvolvido pela Dow Améric
Latina. Trata-se de um lubrificante que ofe
rece excelente desempenho e é o único con
certificação máxima de grau alimentício (NSI
Hl), garantindo total segurança no processe
produtivo. O UCON SL 17000 é um lubrifican
te sintético de alta viscosidade, biodegradá
vel, de baixa toxicidade e que oferece redu
ção de até 70% na utilização de lubrifica nte~
no processo de moagem de cana-de-açúca1
à lavagem por água ou soluções, reduz o e que já está sendo comercia lizado e utili·
Galeria de Produtos Solicitamos para os entrevistados que
destacassem em sua linha de lubrifican
tes para food grade o produto que mais
possui demanda no merca do e aque le
que vem se destacando cada vez mais.
Avia-Lubrisin De acordo com a empresa um dos produtos
que mais encontra demanda no mercado de
lubrificantes Food Grade são os óleos sintéti
cos para compressores de refrigeração e sis
temas de vácuo. Mas, para a Avia-Lubrisint
as graxas alimentícias, presentes na linha
Avia-Lubrigrease, são as que mais têm cres
cido, destacando-se por sua performance,
versatilidade e fazendo com que a confiabi
lidade dos equipamentos aumente substan
cialmente. A capacidade de suportar cargas
destas graxas sintéticas de grau alimentício
faz com que o filme formado por sua lubri
ficação não se rompa facilmente, alongando
expressivamente o tempo de relubrificação e
gerando economia e retorno para as empre
sas. Além disso, por serem versáteis, dimi-
34 • LUBGRAX • Edição 26 • 2013
atrito e o desgaste excessivo. Repele água
das superfícies onde é aplicada, resisten
te à ácidos e álca lis.
Outro destaque da empresa é a Clarus Lu
bryKeep LDl-51, lubrificante, deslizante,
semi-secativo, atóxico e inodoro. Anti es
tático, alta tecnologia, a base polimérica
alimentícia. Repele água, reduz atrito. Ideal
em indústrias alimentícias, farmacêuticas,
limpando, protegendo e lubrificando: viso
res, esteiras transportadoras, polias, man
cais, mordentes, et c. Com excelente ação
desagüante, previne o acontecimento de
fa lhas nos circuitos elétricos. Deposita uma
película semi secativa e protetiva sobre a
superfície em que é aplicado. Proporciona
prolongada ação anticorrosiva. Rigidez die
létrica de 25.000 V. Proporciona alto nível
de proteção mesmo em temperaturas ele
vadas de trabalho. Fácil aplicação, sem adi
ção de vaselina, ó leos minerais ou vegetais.
Não ataca metais, plásticos e componentes
dos sistemas eletro eletrônicos.
Informações: www.clarus.ind.br
zado no maquinário das usinas de açúcar e
álcool no Brasil.
Informações: www.dow.com
Fuchs A empresa percebe uma demanda crescente
da indústria em utilizar lubrificantes de mar
cas globais e aprovados internacionalmente
pelos fabricantes originais de equipamentos.
Esses lubrificantes além de garantir maior de
sempenho, permitem também reduzir outros
custos indiretos de manutenção o que faz
com que a relação custo benefício tenha um
peso decisivo na escolha dos lubrificantes.
Outro ponto que merece destaque especial
refere-se ao novo conceito de embalagens
para os lubrificantes food grade e sistemas
associados de aplicação para este tipo de pro
duto. Esta nova concepção de embalagens
"clean" proporcionam melhor visualização das
condições de apresentação do produto e infor
mações sobre o mesmo, facilitando a manipu
lação e garantindo a preservação do produto.
Isto justifica o aumento de demanda por em-
SKF A empresa desenvol
ve a LGFP-2 na versão
de embalagem de 1,0
Kg para o grau NLGl-2
e tem sido nela a sua
maior força de venda ,
porém já possuem re-
gistros do crescimento para outras versões,
tais como a de cartuchos de 0,42 Kg. O apelo
para embalagens com a missão de eliminar
contato humano no ato da lubrificação tem
mostrado bons resultados. Outra versão é o
dispositivo de lubrificação automático, Sys
tem 24, com capacidade para 125 gramas,
onde também não há ação humana.
Informações: www.skf.com/br
Estudo de Caso Para mostrar até que ponto os lubrifican
tes food grade podem auxiliar às empre
sas, algumas das empresas entrevistadas
cederam estudos de casos, apresentando
relatos onde seus produtos foram a melhor
solução para problemas intricados. Os no
mes dos clientes foram mantidos em sigilo.
Avia-Lubrisint Segmento de atuação do cl iente: Setor
Alimentício do ramo frigorífico e rações.
Problema encontrado: Alta quebra de
rolamentos, parada de máquinas cons
tantes e excesso de mão de obra para
manter o mesmb em funcionamento.
Análise feita : Necessário um lubrifican
te mais adequado para o tipo de equi
pamento que suportasse a ca rga exigi
da e que possibi l itasse a manutenção
preventiva e pró-ativa.
Solução encontrada (produto emprega
do): Aplicação da graxa de grau alimentício Avia-Lubrigrease MR-500, um lubrificante
sintético de alta performance e duradouro. Resultados obtidos: O produto, apesar de
custar cinco vezes mais do que o utilizado,
rendeu mais que 6,5 vezes que o anterior,
VGBio Lubrificantes desempenho de bombeamento em ba i
Na l inha de produtos da empresa apare- xas temperaturas. Tod os os ad itivos de
cem graxas mult iusos, como a Bi ograx, extrema pressão (EP ) são de base vege
uma graxa at óxica, inodora, insípida e tal e não prejudi ca m o ser humano e o
de grau alimentício. É formulada co m meio ambiente.
co mponentes vegetais de alta qualida- Outro destaque é o óleo para correntes
de, ácidos graxos de alta lubri cidade, e guias VGBio-Chain Oil de base vegeta l
espessantes a base de com plexo de alu- de al to desempenho. É biodegrádavel e m ínio ou de cálcio . Possui resistência • todos os seus aditivos e agentes são de excepcional à presença de água, é bio-
grau alimentício. Indica do para correntes degradwável e pod e trabalhar em tem-
de todos os tipos e tamanhos. Devido sua peratura s de at é +320ºC.
Suas moléculas polares conferem alto
poder lubrificante. Possui uma adesiv i
dade nat ural devido a sua pol aridade.
Util iza co mo espessantes produtos ve
getais e de grau alimentício. Tem exce-
excepcional lubricidade, pode ser uti liza-
do em sistemas sujeitos a elevadas pres
sões e rotações, para operações de baixa
a elevada severidade.
lente proteção contra corrosão e bom lnformações:www.biolubrificantes.com
gerando direto retorno financeiro. Após o
uso do produto, o equipamento não que
brou mais e não houve mais interrupções
de produção, os rolamentos e todos os pe
riféricos tiveram a sua vida útil prolongada,
gerando economia de mais de R$ 34 mil em
cada um deles. Como a empresa possui seis
equipamentos, obteve retorno de mais de
R$ 200 mil de economia no ano somente
neste setor (por volta de 38% de redução),
além de ter uma redução no custo direto
do lubrificante de mais de 4% e adequação
do setor nas normas de Vigilância Sanitária,
HACCP e ANVISA, por passarem a utilizar um
lubrificante de grau alimentício.
Clarus Segmento de atuação do cliente: Ali
mentício e farmacêutico. Problema encontrado: Embalagens gru
davam no mordente a quente, provocan
do parada de linha.
Análise feita: Problema na aderência do fil
me plástico nos mordentes a quente.
Solução encontrada (produto empre
gado): Aplicar Clarus LubryKeep LD l-51,
uma vez por turno.
Resultados obtidos: Solução nas para
das em 90%.
Grax Segmento de atuação do cliente: Frigorífico.
Problema encontrado: Alta rotação
{25.000 rpm), carga e contaminação por
água e sangue.
Análise feita: Necessidade de fixação da
graxa no rolamento com manutenção do
filme lubrificante pelo período adotado
entre as reposições, mesmo com interfe
rência e ação mecânica dos contaminantes.
Solução encontrada (produto empre
gado): Utilização de graxa lubrifican
te sintética multifuncional que evita a
centrifugação e com óleo básico resis
tente aos agentes contaminantes.
Resultados obtidos: Excelentes, sendo hoje o
produto indicado no manual do equipamento.
ITW Segmento de atuação do cliente: Alimentício.
Problema encontrado: Quebra de rolamen
to em função de contaminação por água
Análise feita : Graxa original não resis
te à água.
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