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O Tabaco e a Fecundidade O tabaco tem uma influência directa sobre a fertilidade.
As mulheres fumadoras, incluindo as expostas ao fumo
passivo, necessitam mais de 1 ano para engravidar (mais de
54% que as não fumadoras).
A FSH (harmónio estimulante folicular) estimula o
amadurecimento do Folículo de Graaf do ovário e a secreção
de estrogénios, aumenta em mais 66% nas fumadoras e 39%
nas fumadoras passivas relativamente às não fumadoras.
Os ciclos menstruais são inferiores a 28 dias. A produção
de heterogéneos diminuem.
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Alguns dos constituintes químicos do tabaco
interferem com a divisão das células germinativas
(efeito encontrado também a nível dos
espermatozóides).
Fumar está associado a um maior risco de aborto
espontâneo.
Talvez por um efeito sobre o aumento das vaginoses,
verifica-se um aumento dos abortos tardios e de parto
prematuro.
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Estudo epidemiológico da Dra. Ana Aroso,
ginecologista e obstetra, identificou que o consumo
de tabaco durante a gravidez causa a diminuição da
produção de espermatozóides em filhos de mulheres
fumadoras.
Fumar tem efeitos directos sobre a reactividade da
frequência cardíaca fetal. Este efeito tem de ser tido
em conta na interpretação do registo cardio-
tocográfico da vigilância do bem estar fetal ante
natal.
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O TABACO E A GRAVIDEZ
São conhecidos mais de 4000 químicos na
composição do tabaco.
Os mais prejudiciais são a nicotina, o monóxido de
carbono (CO) e o cianeto de hidrogénio.
A nicotina causa vasoconstrição com diminuição da
circulação placentar contribuindo para a hipoxia
(Deficiência de oxigénio nos tecidos) fetal.
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A afinidade da hemoglobina é 200 vezes maior para
o monóxido de carbono que para o oxigénio,
reduzindo a libertação de oxigénio nos tecidos
maternos e fetais.
Estes efeitos implicam o atraso do crescimento
intra-uterino dos fetos das mães fumadoras.
Alguns carcinogéneos do tabaco atravessam a
placenta tendo uma acção sobre o desenvolvimento
fetal, independentemente do número de cigarros
fumados.
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TRATAMENTO NAS
GRÁVIDAS FUMADORAS
Aconselhar as grávidas a deixar de fumar, se for
necessário ajudar com a prescrição de Bupropiona.
Se for impossível a suspensão do uso do tabaco por
causa do síndrome de abstinência é preferível usar
pastilhas ou adesivos de nicotina.
É indicado marcar consultas com frequência para
monitorizar a suspensão do tabaco e verificar o apoio
imprescindível da família e amigos.
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FUMAR DURANTE A GRAVIDEZ
Filhos de mães que fumaram 20 ou mais cigarros
durante a gravidez têm maior tendência para a
dependência da nicotina ao longo da vida do que os
filhos de mães que não fumaram durante a gravidez.
Fumar afecta a função fertilizante das mulheres e
diminui as suas possibilidades de engravidar.
Ter em atenção, pois cada vez mais mulheres
desejam ter filhos depois dos 35 anos de idade.
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CAPACIDADE REPRODUTIVA
DA MULHER
As mulheres que fumam têm uma menopausa
precoce.
Esta ocorre, em média, por volta dos 47 anos nas
fumadoras e depois dos 49 nas não fumadoras.
As fumadoras têm problemas uterinos mais
frequentes do que as não fumadoras.
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EFEITOS DO TABACO NO FETO
Diminuição do oxigénio entregue ao feto. Pois o
oxigénio que deveria passar da mãe para o
filho, perde lugar para o monóxido de carbono que
está no fumo do cigarro, e essa falta de oxigénio
prejudica o desenvolvimento do feto.
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A placenta fica prejudicada pelas substâncias do
fumo e o sangue que chega ao feto é também menor,
pois o cigarro aumenta a liberação de catecolaminas
que tem efeitos de diminuir o fluxo de sangue que
chega ao bebé.
Assim, falham alguns nutrientes que o bebé
necessita para se desenvolver.
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Alguns estudos mostraram que o cigarro liberta
substâncias tóxicas ao cérebro do feto, o que pode
trazer lesão motoras e de aprendizagem.
Um único cigarro, é capaz de acelerar os
batimentos cardíacos do feto, devido aos seus efeitos
no aparelho cardiovascular do bebé.
Imagine os efeitos de vários cigarros durante a
gravidez.