Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA
ATUALIZAÇÃO SOBRE A ORGANIZAÇÃO E OFERTA DOS
SERVIÇOS DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
CURSO
Facilitador(a): Brigida Taffarel
Módulos Unidades Temas
Módulo I:8h Concepção Proteção Social
1
Introdução histórica e conceitual sobre a proteção social
Proteção social e Assistência Social no Brasil
A NOB SUAS e as seguranças afiançadas pela Política de
Assistência Social
Níveis de proteção social (Básica e Especial)
As equipes de Referência no SUAS
Trabalho social: Aportes éticos políticos, teórico metodológicos e
técnicos-operativos
Módulo II: 8hProvisões e Gestão da PSE
1
O papel do órgão gestor e da Coordenação das Unidades de PSE
Área de Gestão da PSE – Planejamento das Unidades e Serviços
da PSE
PSB e PSE: atuação integrada da Rede Socioassistencial e com as
políticas setoriais
2A estruturação dos serviços de Proteção Social Especial de Média
e alta complexidade
Módulos Unidades Temas
Módulo III:Média e Alta Complexidade24h
3.1
Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à Famílias e Indivíduos
(PAIF)
Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida
Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviços à
Comunidade (PSC)
Serviços Especializado em Abordagem Social
Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua
Serviço Especializado para Pessoas com Deficiência e Idoso
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)
3.2
Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes
Serviços de Acolhimento para Jovens entre 18 e 21 anos
Serviços de Acolhimento para Jovens e Adultos com Deficiência
Serviços de Acolhimento para Adultos e Famílias
Serviço de Acolhimento para Mulheres em Situação de Violência
Serviço de Acolhimento para Pessoas Idosas
Serviço de Acolhimento em Situações de Calamidades Públicas e de
Emergências
3.3 Reordenamento dos serviços de acolhimento institucional
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
ALTA COMPLEXIDADE
- Serviço de Acolhimento Institucional;
-Serviço de Acolhimento em
República;
-Serviço de Acolhimento em Família
Acolhedora;
- Serviço de proteção em situações de
calamidades públicas e de
emergências.
MÉDIA COMPLEXIDADE- Serviço de proteção social a
adolescentes em cumprimento demedida socioeducativa de LiberdadeAssistida (LA) e de Prestação de Serviçosà Comunidade (PSC);
Serviço de proteção social aadolescentes em cumprimentode medida socioeducativa deLiberdade Assistida (LA) e dePrestação de Serviços àComunidade (PSC);
ECA /90= Doutrina Proteção Integral / Prioridade Absoluta= Sujeitos de Direito x menores tutelados pelo Estado= Situação Peculiar de Desenvolvimento= Medidas Socioeducativas
SINASE /2006 (Resolução) –2012 (Lei) = Conjunto de normas para padronizar a execução – Planos Decenais
TIPIFICAÇÃO - PNAS (2004) = Conjunto de normas para padronizar a execução no âmbito da Política da Assistência Social - CREAS
- Plano Decenal de MedidasSocioeducativas em Meio Aberto doseu município (caso ele possua);
- Plano Estadual Decenal deAtendimento Socioeducativo doEstado de Pernambuco 2015-2024;
- Resolução CNAS nº 18/2014 –estabelece novos critérios decofinanciamento federal para aexecução do serviço, dispondotambém sobre diretrizes ecompetências dos entes para ofortalecimento e a consolidação daarticulação entre o SUAS e o SINASE.
Serviço de proteção social aadolescentes emcumprimento de medidasocioeducativa de LiberdadeAssistida (LA) e de Prestaçãode Serviços à Comunidade(PSC);
Resolução CNAS nº 18/2014:
- Fortaleceu o suporte orçamentário, reduzindo de 40para 20 adolescentes por grupo mantendo o valorrepassado mensalmente para a oferta do serviço
- Estabeleceu o número máximo de grupos porunidades de CREAS de acordo com o porte domunicípio:
Pequeno Porte I, Pequeno Porte II e Médio Porte:oferta de 1 (um) grupo de adolescente adolescentespor Centro de Referência Especializado deAssistência Social - CREAS implantado = 20adolescentes
Grande Porte: oferta de até 4 (quatro) grupos deadolescentes por CREAS implantado = 80adolescentes
Metrópoles e Distrito Federal: oferta de até 5(cinco) grupos por CREAS implantado = 100adolescentes.
SINASE
SUAS
SUS
POLÍTICAS SETORIAIS
SISTEMAS JUSTIÇA
PAIF PAEFI
SCFV
SAD
ACESSUS
PBF
BE
BPC trab.
BPC escola
LA/PSC AC
SAÚDE EDUC.
HABIT. TRAB.CULT.
Org. SocCivil
ASSOC.
TIPIPIFICAÇÃO: Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade
Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC)
Está fundamentado: Atendimento especializado Escuta qualificada Acompanhamento dos adolescentes e de suas
famílias de forma integrada aos demais serviços socioassistenciais e às políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, cultura, esporte e lazer.
Para garantir a ampliação da proteção social ao adolescente e sua família é preciso = Garantir o acesso aos serviços e a
efetivação de ações integrada
RESPONSABILIZAÇÃOA medida socioeducativa é a “resposta” do estado ao ato infracional praticado pelo adolescente
DIMENSÕES DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATVIVCO
PROCESSO PEDAGÓGICOSe volta para identificação das
causas determinantes da conduta infracional e sua posterior abordagem considerando as necessidades socioeducativas do adolescente.
Esses processos acontecem simultaneamente???
Proteção Social Promoção do acesso aos direitos que lhes foram negados
SINASE - SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
Esses processos acontecem simultaneamente??? SIMMM
Artigo 1º, § 2º, define os objetivos das medidassocioeducativas:I. A responsabilização do adolescente quanto às
consequências lesivas do ato infracional, sempreque possível incentivando a sua reparação (NÃO ÉIGUAL A RESTAURAÇÃO);
II. A integração social do adolescente e a garantia deseus direitos individuais e sociais, por meio documprimento do seu plano individual deatendimento (PIA)
III. A desaprovação da conduta infracional, efetivandoas disposições da sentença como parâmetromáximo de privação de liberdade ou restrição dedireitos, observados os limites previstos na Lei.
As duas têm natureza jurídica e finalidade diversas
MEDIDA SOCIOEDUCATIVAPENA OU SANÇÃO??
CRIME: PENA
PUNIÇÃO
ATO INFRACIONAL: MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
PROCESSO EMINENTEMENTE PEDAGÓGICO
ATIVIDADE 1
DOIS GRUPOS : MARCOS / CAROLINALer o texto e responder as perguntas
CONSIDERAÇÕES
Quanto ao Público: adolescentes de 12 anoscompletos a 18 anos incompletos e,excepcionalmente, até 21 anos.
Quem aplica a medida? Justiça da Infância eJuventude ou, na ausência desta, pela Vara Civilcorrespondente.
Quais as medidas Socioeducativas previstas:- Advertência e Obrigação de Reparar o Dano
= não tem programa específico- PSC / LA = Tem Serviços específicos
municipalizados- Semiliberdade e Internação:
Responsabilidade do Estado
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
Serviço comunitário gratuitos e de interesse geral Período de cumprimento máximo 6 meses Jornada máxima de 8 horas semanais, aos sábados,
domingos e feriados ou em dias úteis, nãoprejudicando a frequência escolar ou a jornada detrabalho
Necessita de acompanhamento de uma referênciasocioeducativa no local do cumprimento e doacompanhamento da equipe do Serviço.
O serviço deve ser prestado à comunidade e não àentidade
Estas entidades deverão atuar em interlocução com oServiço de MSE em Meio Aberto e acompanhar asatividades desenvolvidas pelos adolescentes em suasdependências = precisam ser capacitadas
LIBERDADE ASSISTIDA
acompanhar, auxiliar e orientar o adolescenteautor de ato infracional.
Implica em certa restrição de direitos epressupõe um acompanhamento sistemático –mínimo de 06 meses;
não impõe ao adolescente o afastamento deseu convívio familiar e comunitário.
OBJETIVOS:
- Realizar acompanhamento social a adolescentes durante ocumprimento de medida promovendo sua inserção em outrosserviços e programas socioassistenciais e de políticas públicassetoriais;
- Criar condições para a construção/reconstrução de projetosde vida que visem à ruptura com a prática de ato infracional;
- Estabelecer contratos com o (a) adolescente a partir daspossibilidades e limites do trabalho a ser desenvolvido enormas que regulem o período de cumprimento da medidasocioeducativa;
- Contribuir para o estabelecimento da autoconfiança e acapacidade de reflexão sobre as possibilidades de construçãode autonomias;
- Possibilitar acessos e oportunidades para a ampliação douniverso informacional e cultural e o desenvolvimento dehabilidades e competências;
- Fortalecer a convivência familiar e comunitária.
pobreza
privação
Fragilização de vínculo
TERRITÓRIO
CRIANÇA / ADOLESCENTE
IDOSO
RAÇA / ETNIA
GÊNERO /DIVERSIDADE SEXUAL
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
VIOLAÇÃO DO DIREITO
MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIARPARA TANTO É PRECISO CONSIDERAR QUE A PROTEÇÃO SOCIAL....
Família
= espaço privilegiado de proteção e cuidado= Local onde se dá a socialização primária,primeiro contato da criança com o mundoexterior por meio das emoções, das sensações eda linguagem, fundamentais para constituição desua identidade.= Entretanto, pode ser local de tensões, conflitos,desigualdades e violações, que podem levar seusmembros a uma situação de risco, influenciandocomportamentos e interferindo em trajetórias.
Portanto, são vínculos fundamentais naconstituição do adolescente
MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS
Escutar e ser escutado
Reconhecer limites
Construir projetos de
vida
Admirar as diferenças
Valorizar o outro
Dialogar para resolver conflitos
Produzir coletivamente
Tomar decisões
Aprender e ensinar de
igual para igual
Exercitar escolhas
Reconhecer e nomear
emoções
SCFV É ESPAÇO DE...
SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNUCLOS - SCFV
Construir espaços de reflexão sobre o papeldas famílias na proteção de seus membros;
Estimular a construção e reconstrução desuas histórias, vivências individuais ecoletivas, na família e no território.
Favorecer a vivência dos percursos, conformeespecificidade dos ciclos de vida.
Possibilitar trocas culturais e vivências, pormeio de atividades intergeracionais.
SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNUCLOS - SCFV
Construir espaços de reflexão sobre o papeldas famílias na proteção de seus membros;
Estimular a construção e reconstrução de suashistórias, vivências individuais e coletivas, nafamília e no território.
Favorecer a vivência dos percursos, conformeespecificidade dos ciclos de vida.
Possibilitar trocas culturais e vivências, pormeio de atividades intergeracionais.
Incentivar a participação comunitária, aapropriação dos espaços públicos e a atuaçãoprotagonista no território.
O Prontuário SUAS = fundamental nainterlocução entre os serviços de PAEFI/PAIF eServiço de MSE, uma vez que possibilita registrartanto as informações relativas aoacompanhamento do adolescente emcumprimento de MSE e de seus familiares noâmbito do serviço PAEFI/PAIF.
A utilização do prontuário SUAS não substitui osinstrumentos de registro utilizados na execuçãodas Medidas Socioeducativas, tais como o PIA erelatórios avaliativos
COMO PLANEJAR E ACOMPANHAR O ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE E SUA FAMÍLIA ??
PRINCIPAL INSTRUMENTO PLANEJAMENTO: PIA –Plano Individual de Atendimento
QUEM ELABORA: Técnico de Referência, adolescentese família
O QUE DEVE CONSTRAR NO PIA – SINASE (mínimo):I – os resultados da avaliação interdisciplinar;II – os objetivos declarados pelo adolescente;III – a previsão de suas atividades de integração sociale/ou capacitação profissional;IV – atividades de integração e apoio à família;V – formas de participação da família para o efetivocumprimento do plano individual eVI – as medidas específicas de atenção à sua saúdeFREQUÊNCIA DO ATENDIMENTO: mínima semanal que
garanta o acompanhamento contínuo e possibilite odesenvolvimento do PIA.
Instrumento de previsão, registro e gestãodas atividades a serem desenvolvidas como adolescente.
Nele serão estabelecidos, a partir darealidade e da demanda do adolescente, osobjetivos e as metas para o cumprimentoda medida socioeducativa.
O PIA deverá conter ações complementaresentre o Serviço de MSE em Meio Aberto eos outros serviços e programas do SUAS(PAIF, PAEFI, SCFV, Acessuas Trabalho),como também ações intersetoriais com aspolíticas públicas e os órgãos e atorescorresponsáveis pelo atendimentosocioeducativo.
PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO
NECESSIDADES OBJETIVAS
NECESSIDADES SUBJETIVAS
MORADIA
ALIMENTAÇÃO
VESTUÁRIO
RESPEITO
AFETO
DIGINIDADE
CONSIDERAR AUSÊNCIA OU
PRECARIEDADES MATERIAIS,
RELACIONAIS E CULTURAIS, E
TAMBÉM POTENCIALIDADE E
DESEJOS
PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO
RENDA
SAÚDE
PERTENCIMENTO
EDUCAÇÃO
TRABALHO SOCIAL
EQUIPE DE REFERÊNCIA
Municípios de Porte I e II e Médio
Demanda inferior a 10 adolescentes/jovens
com medidas socioeducativas
Equipe do CREAS existente
(Técnico de Referência )
Municípios Médio e Grande Porte, Metrópole
e o Distrito Federal
Demanda superior a 10 adolescentes/jovens
com medidas socioeducativas
Avaliar a necessidade de constituição de equipe técnica de referência
para o Serviço de MSE em Meio Aberto.
Resolução nº 119/2006 –CONANDA (dispõe sobre o
SINASE)
20 (vinte) adolescentes para cada técnico.
Município com grande demanda – 1 Advogado na
composição da equipe técnica do Serviço de MSE
em Meio Aberto.
EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CREAS
Porte do Município Nível de Gestão
Capacidade de Atendimento/ Acompanhamento
Equipe de Referência
Pequeno porte I (20.000 hab.) e II (20.001 a 50.000 hab.) e Médio Porte (50.001 a 100.000 hab.)
Gestão inicial, básica ouplena
50 casos (famílias e indivíduos)
1 Coordenador1 Assistente Social1 Psicólogo1 Advogado2 Profissionais de nível médio ou superior1 Auxiliar administrativo
Grande Porte (100.001 a 900.000 hab.), Metrópole (a partir de 900.001 hab.) e DF
Gestão inicial, básica ouplena
80 casos (famílias e indivíduos)
1 Coordenador2 Assistentes Sociais2 Psicólogos1 Advogado4 Profissionais de nível médio ou superior2 Auxiliares administrativos
Resolução nº 17 do CNAS, de 20 de junho de 2011 – Obrigatoriedade!
• Serviços da Proteção Social Especial de Alta Complexidade
Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade
Oferta de serviços de acolhimento, em distintasmodalidades
Serviço que se destina a atender famílias e/ou indivíduosque se encontram sem referência familiar oucomunitária ou necessitam ser afastados do núcleofamiliar e/ou comunitário de origem, como forma degarantir a proteção integral.
Destina-se a públicos diferenciados com modalidadesespecíficas:
- Crianças e adolescentes- Jovens entre 18 e 21 anos- Jovens e adultos com deficiência- Adultos- Famílias,- Mulheres em situação de violência doméstica- Idosos e famílias ou indivíduos
desabrigados/desalojados.
Os serviços de acolhimento funcionam comomoradias provisórias até que seja viabilizado oretorno à família de origem, o encaminhamentopara família substituta – quando for o caso – ou oalcance da autonomia (moradia própria/alugadaou mesmo outras formas de usufruto desta).
Moradia provisória
Construção de novos
projetos de vida
Reintegração Familiar
Trabalho em rede
Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade
Serviços de acolhimento compõem a rede socioassistencial = estão vinculados à gestão da política de assistência social no território. Portanto, sua gestão no território = responsabilidade do órgão gestor da política de assistência social e não do CRAS ou CREAS
ATIVIDADE 2
TESTAR NOSSOS CONHECIMENTOS:
ENTIDADES FILANTRÓPICAS
Mudança de Paradigma
Cultura da Institucionalização (total)
Segregação como resposta às situações de risco
Abrigo como “internato do pobre” (FONSECA, 1995)
Longa Permanência
Despotencialização dos usuários e suas famílias: rompimento dos vínculos
Cuidados massificados
Isolamento e segregação
Violação de Direitos
Mudança de Paradigma
Cultura da Institucionalização (total) Garantia de Direitos
Segregação como resposta às situações de risco
Apoio sociofamiliar e inclusão nas práticas públicas
Abrigo como “internato do pobre” (FONSECA, 1995)
O abrigo como medida protetiva de caráter excepcional
Longa Permanência Provisoriedade no atendimento
Despotencialização dos usuários e suas famílias: rompimento dos vínculos
Potencialização dos usuários e suas famílias: fortalecimento/resgate dos vínculos, busca de reintegração familiar ou colocação em família substituta quando for o caso
Cuidados massificados Inserção na comunidade e preservação dos vínculos
Isolamento e segregação Reparação dos direitos violados
Violação de Direitos Proteção e Defesa
PIA e PPP: de que tratam?
O Plano Individual de Atendimento (PIA)
- Orienta o trabalho de intervenção junto ao usuário(contém objetivos, ações e metas) Visa superação dassituações que levaram ao acolhimento.- Deve ser elaborado de forma participativa desde omomento da chegada do usuário no serviço, e, sempreque necessário, poderá contar com a participação deoutros profissionais da rede local em sua construção.
Plano Político Pedagógico (PPP)- Orienta a proposta de funcionamento do serviço
(funcionamento interno, relacionamento com a redede proteção local) e com famílias e comunidade).
- O PPP deve ser elaborado de forma participativapelos usuários e profissionais do serviço.
Oferta de serviços de acolhimentode acordo com o público
Serviços de Acolhimento Tipificados
LEMBRANDO!!!
• Não é apenas a oferta de um lugar para ficar: É parte de umacomplexa rede de proteção integral = sem confundir cominstituição TOTAL, por isso deve: Deve ser realizado de forma personalizada e em pequenos
grupos. Garantir privacidade aos usuários, respeito à sua trajetória
de vida, aos seus costumes, contemplando, igualmente, aespecificidade dos ciclos de vida e a diversidade de arranjosfamiliares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual.
Fomentar a participação na vida comunitária, para que aspessoas atendidas se envolvam nas atividades dacomunidade e utilizem os serviços disponíveis na rede local.
Contribuir para a reparação de vivências deseparação/rupturas e de violação de direitos.
ACOLHER
LEMBRANDO!!!
• Não é apenas a oferta de um lugar para ficar: É partede uma complexa rede de proteção integral = semconfundir com instituição TOTAL, por isso deve:
Contribuir para a potencialização da autonomia, doprotagonismo e da participação social dos usuários.
Preservar a identidade pessoal e a individualidade dosusuários, disponibilizando espaços privados paraguarda de objetos pessoais.
Estimular a participação dos usuários na construçãode regras de gestão e convivência nos serviços.
ACOLHER
Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes
Acolhem temporariamente Crianças eAdolescentes em medidas protetivas (art. 101ECA) por determinação judicial nos casos de :
- Violação de direitos (abandono, negligência,violência)
- Impossibilidade de cuidado e proteção por suafamília.
O afastamento da família deve ser uma medidaEXCEPCIONAL, aplicada apenas:
- Situações de grave risco à sua integridade físicae/ou psíquica
- O objetivo é viabilizar, no menor tempo possível(provisório), o retorno seguro ao convívio familiar,prioritariamente na família de origem e,excepcionalmente, em família substituta (por meiode adoção, guarda ou tutela).
Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes
Unidades com características residenciais,sem identificação externa.
Ambiente acolhedor, com condiçõesadequadas de salubridade, habitabilidade,privacidade, higiene e segurança.
Utilização da rede local. Efetivação de processos para a reintegração
familiar dos acolhidos, sempre que possível. Participação dos acolhidos nas decisões
sobre a rotina da casa e em demaisprocessos .
Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes
Abrigo institucional
• Capacidade máxima: 20 crianças e adolescentespor unidade.• O serviço deve ter aspecto semelhante ao deuma residência e estar inserido na comunidade,em áreas residenciais, não deve possuir placa deidentificação, oferecendo ambiente acolhedor econdições institucionais para o atendimento compadrões de dignidade.
EQUIPE: 1 Auxiliar de educador/cuidador (nívelfundamental) p/ até 10 usuários, 1educador/cuidador para até 10 usuários, 1assistente social e 1 psicólogo para até 20 usuáriosacolhidos.
UNIDADES de Acolhimento
Casa-Lar: Acolhimento provisório oferecido emunidades residenciais, com capacidade máximapara 10 crianças e adolescentes por unidade –trabalha um educador/cuidador residente.
EQUIPE: 1 Auxiliar de educador/cuidador (nívelfundamental) p/ até 10 usuários, 1educador/cuidador para até 10 usuários, sendo, 1coordenador 1 assistente social e 1 psicólogo paraaté 20 usuários acolhidos em até 3 casas.
Obs: as equipes de reverência devem funcionar emlocal distinto da equipe do CREAS para não haverconfusão quanto ao papel de cada uma.
UNIDADES de Acolhimento
Acolhimento em Família Acolhedora
Organiza o acolhimento de crianças ou adolescentes, emresidências de famílias acolhedoras cadastradas. Para fazerparte do serviço, as famílias devem passar por umprocesso de seleção, capacitação e acompanhamento. Oserviço proporciona o atendimento em ambiente familiar,garantindo atenção individualizada e convivênciacomunitária. Em cada Família Acolhedora são recebidasuma criança ou adolescente por vez, exceto quando setratar de grupo de irmãos.
EQUIPE: 1 Coordenador por serviço, Assistentes Social ePsicólogo, sendo 1 para acompanhamento de até 15famílias de origem e 15 famílias acolhedoras.
A decisão de encaminhar criança ou adolescentepara essa modalidade de acolhimento é avaliadapelos setores participantes do Sistema deGarantia de Direitos da Criança e do Adolescente(Vara da Infância e da Juventude, MinistérioPúblico, Conselho Tutelar, Órgão Gestor daPolítica de Assistência Social, Equipe deSupervisão e Apoio aos Serviços deAcolhimento). Após aprovação final da decisão, éemitido por juiz competente o Termo Judicial deGuarda Provisória da criança ou adolescente.
IMPORTANTE SABER
LEI Nº 13.257, DE 8 DE MARÇO DE 2016 :Dispõe sobre as políticas públicas para aprimeira infância (ATÉ 6 ANOS COMPLETOS) ealtera:
- Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criança e do Adolescente),
- Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de1941 (Código de Processo Penal),
- Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
• Afastamento do Convívio familiar é EXCEPCIONAL;• Afastamento do Convívio familiar é PROVISÓRIO;• Fortalecimento dos vínculos familiares e comunitáriosdevem ser preservados;• Respeito à diversidade e não-discriminação;• Atendimento personalizado e individualizado;• Liberdade de crença e religião deve ser garantida;• Respeito à autonomia da criança e do adolescente.
Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes
PRINCÍPIOS DO ACOLHIMENTO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
LEI Nº 10.871, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2015:INSTITUI O SERVIÇO DE ACOLHIMENTO FAMILIAREM FAMÍLIA ACOLHEDORA NO MUNICÍPIO DE BELOHORIZONTE.
I - modalidade I, que deverá atender a crianças eadolescentes afastados temporariamente do convívio desua família e com possibilidade de reintegração à famíliade origem ou integração à família extensa;
II - modalidade II, que deverá atender a crianças eadolescentes afastados do convívio familiar, cujos paisforam destituídos do poder familiar.
avaliar a necessidade e o período de concessão debolsa auxílio à família de origem ou à família extensa,conforme o caso, incluindo a utilização do referidosubsídio no Plano de Acompanhamento Familiar;
VALE A PENA CONHECER: BH
É preciso reconhecer a necessidade de contarcom uma política de recursos humanos queenvolva educação permanente,reconhecimento e valorização das equipes dereferência, indispensável para que crianças eadolescentes sejam bem atendidos.
- A falta de valorização e qualificação afeta oprocesso de acolhimento.
- Equipe técnica deve atentar para ofortalecimento daqueles que executam ocuidado direto das crianças e adolescentes
QUALIFICAÇÃO E SUPERVISÃO DA EQUIPE
Trata-se de serviço de acolhimento que ofereceapoio e moradia subsidiada a grupos de jovensem situação de vulnerabilidade e violação dedireitos, com vínculos familiares rompidos ouextremamente fragilizados, e que estão emprocesso de desligamento de outros serviços deacolhimento, sem possibilidades de retorno àfamília de origem ou de colocação em famíliasubstituta e que não possuam condições deautosustento.
Serviços de Acolhimento para Jovens de 18 a 21 anos
República para Jovens
Deve ser organizada para atender até 6 jovenspor unidade, com separação por gênero(unidades femininas e masculinas), com aestrutura de uma residência privada eacessibilidade.
Este serviço de acolhimento deve estarlocalizado em áreas residenciais.
Não há necessidade de dispor de identificaçãona fachada externa.
EQUIPE: 1 Coordenador para até 4 unidades,Assistentes Social e Psicólogo para até 24 jovens em até4 unidades.
Equipe de Referência para supervisão da gestão da moradia
Acompanhamento psicossocial dos acolhidos
Apoio à construção de novos projetos de vida
Preparo para o desligamento
Projeto Político Pedagógico
Direitos Sexuais e Reprodutivos
Identidade de Gênero
Proteção à Maternidade
Atividades da equipe Técnica
Supervisão da gestão coletiva da moradia, de modo aapoiar e dar suporte aos jovens;Seleção dos jovens para ingresso na república,atentando para afinidades e vínculos preexistentes,inclusive com o envolvimento dos acolhidos noprocesso, sempre que isto for possível;Organização dos registros, prontuários e informaçõesdos jovens;Preparação dos jovens para seu ingresso na unidade, edos demais que residem na república para acolher onovo colega;Elaboração do Projeto Político-Pedagógico darepública, assegurada a participação dos jovens, neleestando prevista a preparação para a autonomia;Fomento da participação dos jovens em todos osprocessos de gestão da república, tais como: elaboraçãode regras de convívio, atividades domésticas cotidianas,gerenciamento de despesas, entre outros;
Residências Inclusivas – Funcionam 24 horas e recebempessoas com deficiência que não têm condições de sesustentar e estão afastadas de suas famílias.
Cada Residência tem capacidade para no máximo 10 pessoascom deficiência e recebe jovens e adultos entre 18 e 59 anos.
EQUIPE: Nível fund. – 1 Auxiliar de Cuidador p/ até 6 usuários por
turno, 1 Motorista para até 3 unidades e 1 trabalhadordoméstico por unidade.
Nível médio – 1 cuidador social p/ até 6 usuários porturno.
Nível superior ou médio: 1 Coordenador p/ até 3 unidades Nível superior: 1 assistente social, 1 psicólogo e 1 T.O p/
até 3 unidades.
Serviços de Acolhimento para Jovens e Adultos com deficiência
São casas adaptadas às necessidades de seusmoradores e contam com uma equipe técnicaespecializada.
Objetivo: integrar essas pessoas à vida emcomunidade, dando à pessoa com deficiênciaoportunidades para acesso à vida independente,com autonomia e liberdade
Àqueles que possuem limitações severas oserviço possibilita o cuidado por uma equipede profissionais habilitados e capacitados.
Serviços de Acolhimento para Jovens e Adultos com deficiência
VAMOS PENSAR NESSA RECOMENDAÇÃO!!
Recomenda-se que os espaços destinados aotrabalho do coordenador, da equipe técnica e daequipe administrativa funcionem em locaisespecíficos, separados do local das ResidênciasInclusivas.
Esses espaços devem se constituir em um local dereferência para os coordenadores e técnicos,quando estes não estiverem em visita às residências.
Serviços de Acolhimento para Jovens e Adultos com deficiência
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ORIENTAE ORGANIZA O TRABALHO COTIDIANO!
- focar nos cuidados relacionados aos moradores;- orientar a postura dos profissionais quanto a
suas atitudes para que se distanciem tanto dasuperproteção quanto da superestimação dashabilidades dos residente
- define formas de acompanhar todos oscuidados oferecidos nos diferentes momentosdo dia, como acordar, levantar, fazer asrefeições, preparar alimentos, cuidar daspróprias coisas, contribuir para a limpeza eorganização da casa e para a ajuda solidária aosoutros moradores.
Serviços de Acolhimento para Jovens e Adultos com deficiência
“A Portaria Interministerial no 3/2012,do Ministério do DesenvolvimentoSocial e Combate à Fome (MDS) e doMinistério da Saúde (MS) = estabeleceos termos da colaboração entre o SUS eo SUAS no âmbito de Serviço deAcolhimento Institucional para Jovens eAdultos com Deficiência, em situação dedependência em residências inclusivas.“
Os Serviços de Acolhimento para Adultos eFamílias, assim tipificados, são ofertados paraatendimento de pessoas adultas ou gruposfamiliares (acompanhados ou não de filhos oudependentes) em situação de vulnerabilidade,violação ou ameaça de violação de direitos,decorrentes de situação de rua e desabrigo porabandono, migração e ausência de residência oupara pessoas em trânsito sem condições deautossustento.
As crianças e adolescentes (de 0 a 18 anosincompletos) só poderão ser atendidas nesteserviço quando estiverem acompanhadas dos paise/ou responsáveis.
Serviços de Acolhimento para Adultos e Famílias
Modalidade de serviço
Unidade de Referência
Características
Serviços deAcolhimentoInstitucional
Abrigo Institucional
Unidade de acolhimento provisório com características residenciais, defuncionamento ininterrupto, com o limite máximo de 50 pessoas porunidade e de 4 por dormitório.
Casa dePassagem
Unidade de acolhimento imediato e emergencial, de funcionamentoininterrupto, com o limite máximo de 50 pessoas por unidade. Devecontar com profissionais preparados para receber os usuários emqualquer horário do dia ou da noite, enquanto se realiza um estudodiagnóstico de cada situação para os encaminhamentos necessários.
Serviço deAcolhimento emRepública
República
Unidade desenvolvida em sistema de autogestão ou cogestão, paraatendimento até 10 usuários, possibilitando gradual autonomia eindependência de seus residentes. Indicada para pessoas adultas comvivência de rua em fase de reinserção social, que estejam em processo derestabelecimento dos vínculos sociais e construção de autonomia.Sugere-se sua organização em unidades femininas e masculinas.
Unidade de Referência
Equipe de referência
Abrigo InstitucionaleCasa dePassagem
Nível fundamental – 1 Auxiliar de Cuidador para até 10 usuários,podendo ser aumentado em caso de usuários com demandasespecíficas;Nível Médio – 1 Cuidador Social para até 10 usuários podendo seraumentado em caso de usuários com demandas específicas;1 Coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20usuários acolhidos em no máximo 2 unidades.
República1 coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20usuários acolhidos em no máximo 2 unidades.
Oferece acolhimento provisório para mulheresadultas, que tenham sofrido violência doméstica,sofrimento físico, sexual, psicológico ou moral, queprecisam se afastar de casa por sofrerem ameaçase correrem risco de morte.
Elas podem ser acolhidas juntamente com seusfilhos.
A unidade que oferece esse serviço deve tercaracterística de domicílio e sua localização deveser sigilosa.
Recomenda-se que o abrigo seja gerido pelaspróprias mulheres abrigadas, como estratégia parapromover sua autonomia.
Serviço de Acolhimento para Mulheres em Situação de violência
O acesso ao Acolhimento Institucional paraMulheres em Situação de Violência pode serfeito por requisição de serviços da AssistênciaSocial ou de políticas públicas setoriais, doCentro de Referência Especializado deAssistência Social (CREAS), do Ministério Públicoou do Poder Judiciário.
Em relação a proteção de vítimas e testemunhasameaçadas, há o Programa de Proteção a Vítimas eTestemunhas (PROVITA) e o Programa de Proteçãoa Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte(PPCAAM), que são geridos pela Secretaria deDireitos Humanos da Presidência da República
Unidade de Referência
Equipe de Referência
Abrigo Institucional
Nível fundamental – 1 Auxiliar de Cuidador para até 10 usuárias,podendo ser aumentado em caso de usuários com demandasespecíficas;Nível Médio – 1 Cuidador Social para até 10 usuárias podendo seraumentado em caso de usuários com demandas específicas;1 Coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20usuários acolhidos em no máximo 2 unidades.
Acolhimento para idosos com 60 anos ou mais, deambos os sexos, independentes e/ou com diversosgraus de dependência.
A natureza do acolhimento deverá ser provisória e,excepcionalmente, de longa permanência quandoesgotadas todas as possibilidades de autosustento econvívio com os familiares.
Características do público:- Idosos que não dispõem de condições para
permanecer com a família- Idosos com vivência de situações de violência e
negligência- Idosos em situação de rua e de abandono, com
vínculos familiares fragilizados ou rompidos.
Serviço de Acolhimento para Pessoa Idosa
ATENÇÃO!!!
Idosos com vínculo de parentesco ou afinidade –casais, irmãos, amigos, etc., devem ser atendidosna mesma unidade. Preferencialmente, deve serofertado aos casais de idosos ocompartilhamento do mesmo quarto. Idosos comdeficiência devem ser incluídos nesse serviço, demodo a prevenir práticas segregacionistas e oisolamento desse segmento.
Unidade Residencial Unidade Institucional
Até 10 idosos Profissionais habilitados Auxílio nas atividades da vida diária
Até 50 idosos Até 4 idosos por quarto Característica domiciliarAssegura convivência familiar
Unidade de Referência
Equipe de referência
Abrigo Institucional(ILPI)
Nível fundamental – Profissionais de limpeza, de alimentação e delavanderia;Nível Médio – Cuidadores sociais;1 Coordenador, 1 assistente social, 1 psicólogo e 1 profissional paradesenvolvimento de atividades culturais.
Casa-Lar
Nível fundamental – Auxiliar de Cuidador 1 p/ até 10 usuários, podendoser aumentado;Nível Médio – 1 Cuidador social para até 10 usuários podendo seraumentado caso haja demandas específicas;1 Coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20 usuários emno máximo 2 unidades
República1 Coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20 usuários emno máximo 2 unidades.
Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências
O serviço promove apoio e proteção àpopulação atingida por situações deemergência e calamidade pública, com a ofertade alojamentos provisórios, atenções eprovisões materiais, conforme as necessidadesdetectadas.Assegura a realização de articulações e aparticipação em ações conjuntas de caráterintersetorial para a minimização dos danosocasionados e o provimento das necessidadesverificadas.
REORDENAMENTO DOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO
Reordenamento dos Serviços de Acolhimento
Atualmente muitos serviços de acolhimentoencontram-se em processo de reordenamento.Isso ocorre porque boa parte desses serviçoscompunha uma rede histórica que já funcionavaantes mesmo do estabelecimento das normativasque regulam cada temática. Assim, para atenderaos parâmetros nacionais de funcionamento,identificou-se a necessidade da construção denovos formatos, de readequação/reordenamento,em diversas 5 dimensões: I) Porte e Estrutura; II)Recursos Humanos; III) Gestão do Serviço; IV)Metodologias de Atendimento; e V) Gestão darede.
PÚBLICO DA PSE E AS SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS
SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS
violência física; violência psicológica; negligência; maus tratos; violência sexual (abuso e/ou
exploração sexual); afastamento do convívio familiar
devido à aplicação de medida socioeducativa ou medida de proteção;
tráfico de pessoas;
SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS
situação de rua; Abandono; vivência de trabalho infantil; discriminação em decorrência da
orientação sexual e/ou raça/etnia; e descumprimento de condicionalidades
do Programa Bolsa Família em decorrência de violação de direitos.
PENSANDO O PÚBLICO
CRIANÇA E ADOLESCENTE :- O atendimento depende do
desenvolvimento de ações integradasdos serviços socioassistenciais e daspolíticas setoriais (Sujeitos de váriosdireitos imprescindíveis ao seudesenvolvimento integral: ECA /convivência familiar e comunitária =PNDCFC)
- Se são sujeitos de direitos, nãodevem/não podem ser consideradosmenores incapazes, objetos de tutela ede submissão.
PENSANDO O PÚBLICO
Número da violação de direitos no Brasil (2015):
Disk 100: 137.516 atendimentos sobre violação direitos, sendo:• 80,4 mil contra criança e adolescentes.
17.588 violência sexual.• 32,2 mil contra pessoa idosa.• 9,6 mil contra pessoa com deficiência• 1,9 mil contra população LGBT (Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
• 1,06 mi relacionado a desigualdade racial• 1,5 mil contra a mulher.
EXEMPLO
UNICEF: a face mais trágica das violações de direitosque afetam meninos e meninas no Brasil são oshomicídios de adolescentes. De 1990 a 2014, o númerode homicídios de brasileiros de até 19 anos mais quedobrou: passou de 5 mil para 11,1 mil casos ao ano(Datasus, 2014). Isso significa que, em 2014, a cada dia,30 crianças e adolescentes foram assassinados*.As vítimas têm cor, classe social e endereço. São emsua maioria meninos negros, pobres, que vivem nasperiferias e áreas metropolitanas das grandes cidades.
Brasil está em segundo lugar no ranking dos paísescom maior número de assassinatos de meninos emeninas de até 19 anos, atrás apenas da Nigéria(Hidden in Plain Sight, UNICEF, 2014).PE 10º BRASIL – como está essa realidade em seumunicípio?????
PENSANDO O PÚBLICO
GÊNERO :- A Proteção Social deve considerar a
igualdade entre mulheres e homens, orespeito às diferentes orientaçõessexuais e a igualdade de oportunidadespara todas as pessoas.
- Mulher: pensar no papel reservado e naresponsabilização e culpabilização porsituações que envolvem membros dafamília.
- Subalternidade e negação da cidadaniasão frequentes = compreender a relaçãohomem x mulher.
- Plano Nacional de Políticas para asMulheres (PNPM) – alinha o Brasil àsconvenções internacionais.
EXEMPLO
Embora muitos avanços tenham sido alcançadoscom a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006),ainda assim, hoje, contabilizamos 4,8assassinatos a cada 100 mil mulheres, númeroque coloca o Brasil no 5º lugar no ranking depaíses nesse tipo de crime.
Segundo o Mapa da Violência 2015, dos 4.762assassinatos de mulheres registrados em 2013 noBrasil, 50,3% foram cometidos por familiares,sendo que em 33,2% destes casos, o crime foipraticado pelo parceiro ou ex. Essas quase 5 milmortes representam 13 homicídios femininosdiários em 2013.
PENSANDO O PÚBLICO
DIVERSIDADE SEXUAL:
- A vulnerabilidade da população LGBT(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis eTransexuais) se refere à vivencia depreconceito e discriminação, comimpactos na fragilização e/ourompimento dos vínculo, abandono dosestudos, fragilidade no acesso aomercado de trabalho.
CURIOSIDADE?
No dia 17 de março de 1991, a Organizaçãodas Nações Unidas (ONU) retirava ahomossexualidade do Código Internacional deDoenças da OMS (Organização Mundial daSaúde). Desde então, a data foi instituídahistoricamente como o Dia Internacional deCombate à Homofobia, em diversos países,inclusive no Brasil.Mas mesmo com os avanços no campo dosdireitos sociais, a população LGBTT (Lésbicas,Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais eTransgêneros) ainda luta contra violência físicae moral que pode partir do ambienteacadêmico, trabalhista e até mesmo dofamiliar
EXEMPLO
Brasil é o país que mais mata homossexuais nomundoVulnerabilidade: renda, cor, território (acessos),vínculos.
Pesquisa feita pelo Grupo Gay da Bahia (GGB)revela que o Brasil segue como campeão mundialem homicídios de homossexuais: de cada cincogays ou transgêneros assassinados no mundo,quatro são brasileiros.
(VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=KXYtmju2mkw)
PENSANDO O PÚBLICO
IDOSO:- O idoso é um dos públicos prioritários da
Assistência Social. A Lei no 10.741- Estatuto doIdoso preceitua a garantia de que os idosostenham acesso à rede de serviços de saúde ede assistência social local.
- Estatuto idoso: A assistência social aos idososserá prestada de forma articulada e àquelessem condições de prover sua subsistência odireito a benefício mensal de 1 (um)salário-mínimo (BPC - LOAS). ;
- A garantia do direito à convivência familiar e àconvivência social, aos cuidados e àpromoção da autonomia e do protagonismo dosidosos, também são objetivos dos serviços daAssistência Social.
• GOLPE (Estado capitalista burguês)- PEC 55 – Congela investimentos em políticas públicas/
Assistência Social; (https://www.youtube.com/watch?v=MyNsghBhd3U)
A PEC, por exemplo, anula a validade dos artigos constitucionais que garantem a aplicação de mínimos percentuais da receita em saúde e educação.
- PEC 287 – Acaba com concessão salário mínimo (BPC) ao idoso e pessoa com deficiência:
“Em relação ao benefício de que trata o inciso V, a lei disporá ainda sobre:
- o valor e os requisitos de concessão e manutenção;
- a definição do grupo familiar;
- o grau de deficiência para fins de definição do acesso ao benefício e do seu valor.
EXEMPLO
- Negligência ainda é a principal forma de violênciacontra o idoso Segundo a coordenadora-geral doConselho Nacional dos Direitos do Idoso, AnaLúcia da Silva: “é a primeira violência identificadae faz com que se abram portas para outras formasde violações”.
- “ As pessoas não estão se preparandopsicologicamente para compreender e assumir oenvelhecimento. Existe uma negação, as pessoasquerem continuar jovens. Com isso, é muito maisdifícil definirmos o perfil do que será o espaçomais adequado para que possamos ter essaconvivência”.
- 76,48% = violações são cometidas nas casas dasvítimas; 51,55% dos casos denunciados, ospróprios filhos são os suspeitos das agressões
- Fonte: EBC
PENSANDO O PÚBLICO
RAÇA E ETNIA:
Theodoro (2016, p. 2), “O racismo, como
ideologia presente e moldadora de nossas
relações sociais, estabeleceu, ao longo de nossa
história, uma perversa escala de valores sociais
na qual o elemento negro é considerado um ser
inferior, um cidadão de segunda categoria”.
- A Proteção Social diz respeito a
responsabilidade de atuar na prevenção e
combate as diversas expressões de
preconceito, discriminação e subalternização
dos negros e negras.
PENSANDO O PÚBLICO
RAÇA E ETNIA:
- Estatuto da Igualdade Racial e o Plano
Nacional de Promoção da Igualdade
Racial.
- A política de assistência visa prevenir
situações de risco e o fortalecer vínculos
familiares e comunitários principalmente
através dos serviços socioassistenciais,
valorizando a diversidade étnica e
cultural das famílias
Vídeo: poesia liberdade religião
EXEMPLO
MAPA DA VIOLÊNCIA 2016
No período compreendido entre 2003 e 2014, onúmero de homicídios por arma de fogo entre apopulação branca diminuiu 26,1% e entre apopulação negra aumentou 46,9%.
Em 2003 morreram 71,7% mais negros do quebrancos e, em 2014, esse número saltou para158,9%, o que significa que morreram 2,6 vezesmais negros que brancos vitimados por arma defogo.
PENSANDO O PÚBLICO
PESSOA COM DEFICIÊNCIA:- Atuação da política de assistência social é
progressiva, seja por meio da oferta do BPC oudos programas e serviços.
- No caso da PSB, a Tipificação Nacional prevêque para aquelas famílias com pessoas comdeficiência que vivenciam situações de riscosocial, devem ser ofertados serviços deconvivência e fortalecimento de vínculos nosequipamentos públicos ou no domicílio,articulados com o PAIF e com a oferta dosbenefícios monetários.
- O Plano Nacional dos Direitos da Pessoacom Deficiência - Plano Viver sem Limite(2011) expressa o compromisso firmado peloEstado Brasileiro com os termos da Convençãoda Organização das Nações Unidas (ONU)sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Estatuto da Família (PL 6583/2013)
Se aprovado, o Estatuto irá retirar direitos de outraspessoas cuja composição familiar não é a de uniãoentre homem e mulher, como homens e mulheres semcônjuge e exclui diversos arranjos familiares, nãoapenas a família homoafetiva.Define como família a união entre homem e mulher, eexclui a união homoafetiva de direitos já conquistadoscomo herança, guarda dos filhos e inclusão do(a)parceiro(a) em planos de saúde, dentre outros.
Maioridade Penal (PEC 171/1993)
Resumo: reduz a maioridade penal para 16 anosSituação: aprovado na Câmara, está agora no Senado.Perspectiva: o Senado não aprova e vai optar pormodificar o ECA (Estatuto da Criança e doAdolescente), aumentando o tempo de reclusão e,eventualmente, retirando a condição de primário doaté então menor de idade.
Criminalização da vítima de violência sexual (PL5069/2013)
Resumo: abre brechas para punir qualquer pessoaque oriente o uso de método contraceptivo e presteorientações sobre o aborto legal definido pela
ConstituiçãoSituação: Aguarda inclusão na pauta da Câmara. Esseprojeto deve perder densidade, caso Cunha sejaafastado. Não tem apoio político suficiente para, semele, ser pautado. Depende de alguém muitoconservador, mas a tendência é que não passe pelocolégio de líderes da Câmara.
Flexibilização do Conceito do Trabalho Escravo (PLS 432/13)
Resumo: desconfigura e ameniza o conceito de trabalho escravoSituação: retirado da pauta do Senado após pressão dos movimentossociais, passará por todas as comissões do SenadoPerspectiva: há várias iniciativas na Câmara e no Senado paramodificar o Código Civil e dar conteúdo semelhante ao que a OIT(Organização Internacional do Trabalho) prevê e que é mais brando doque a legislação brasileira. Tema tem apelo popular contrário e podecair, mas dependente também da sinalização do governo, que aindanão se manifestou.
Redução da idade de trabalho (PEC 18/2011)
Resumo: autoriza o trabalho de regime parcial a partir dos 14 anosSituação: está na CCJ (Comissão de Constituição Justiça e Cidadania daCâmara) e aguarda aprovaçãoPerspectiva: A PEC exige 308 votos, fórum qualificado. Não é umassunto que mobilize todas as bancadas conservadoras e não deve ir aplenário, porque depende da Constituição de uma comissão especial,que consumiria 40 sessões. Não é uma das maiores ameaças.
DIREITO A PROTEÇÃO FAMILIAR E A ALIMENTAÇÃO
DIREITO A TER VÍNCULOS FORTALECIDOS
DIREITO A MORADIADIGNA E PROTEÇÃO
DIREITO AO LAZER E NÃO PRECISAR TRABALHAR, PRINCIPALMENTE EM SITUAÇÕES DEGRADANTES
ASSIM É COM IDOSO...
ASSIM É COM A MULHER...
ASSIM É COM PESSOA COM DEFICIÊNCIA...
ATIVIDADE
Grupos de trabalho
- Grupos devem ser formados por, nomáximo, 7 pessoas;
- O registro é coletivo e deve serapresentado ao grupo (preencher oformulário e colocar em cartolina);
- Objetivo da atividade: identificar asdiferentes formas de expressão dassituações de risco por violação de direitosno município e refletir sobre aresponsabilidade da política deassistência social através dos serviços daproteção social especial;
- Responder as seguintes questões:
Grupos de trabalho
1. Em sua região ou território, quais metodologias eestratégias são utilizadas pelos serviços da PSE emque atua para realização do acompanhamentosocioassistencial destas violações identificadas?
2. De que forma estas situações sãoidentificadas/diagnosticadas no seu município(atuação da vigilância socioassistencial, registronos sistemas de informação, indicadores sociais,estudos e pesquisas, levantamentos sistemáticos,observações empíricas entre outros)?
3. Como serviços da PSE contribuem paraintegralidade do atendimento na rede de proteçãosocial em relação à essas situações?
4. Como é realizado o monitoramento e avaliaçãodas situações de risco por violação de direitos querequerem a atuação da PSE?
Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e Capacitação
www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]
Telefone: 81 3183 0702
Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA
E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096