Download - Revista Maranhão Ed. VI - Fotojornalismo
MaranhãoRevi
sta
SALTIMBANCOSA arte das ruas
SORRISO VOLUNTÁRIOAlegria em pequenos gestos
SÃO PAULO Quando o olhar encontra a cidade
DIVERSÃO AO AR LIVREO que a metrópole nos oferece
Ediç
ão V
I
EXPE
DIE
NTE
Vitor BrancoEditor - Chefe
Cíntia FerreiraEditora - Executiva
Isabelle BentoDiagramação
Bárbara FrancoDiagramação
Camila ReimbergEditora de Cidades
Cátia CabralRepórter
Viviane FerlinEditora de Cultura
Bismarck OliveiraEditor de Lazer
Viviane BrancoDiretora Financeira
Jane da CostaAssistente Financeiro
Tamires DiasRevisão
Leonardo CasagrandiRevisão
Natalia NovaisEditora - Assistente de Lazer
Jéssica ReisEditora - Assistente de Cultura
CONHEÇA NOSSA EQUIPE
As fotos de cada matéria foram feitas pelos repórteres que assinam a fotorreportagem. A revista Maranhão é um projeto laboratorial dos alunos do 4° semestre de Jornalismo da Unisa. O trabalho foi realizado no 2° semestre de 2011, sob orientação do professor Márcio Rodrigo.
Quantas vezes nossos passos apressados, nosso olhar desconfiado e fugitivo, nossa postura agressiva de quem não tem tempo a perder, deixou que a cidade em que vivemos se tornasse algo invisível, superficial, concreto puro? São Paulo é um dos lugares impossíveis de se definir. Não cabe em poesia, romance, ficção. Sua capacidade de ser várias coisas em uma só faz da tarefa de escrever sobre a cidade uma verdadeira luta em que palavras são mal colocadas, mal empregadas, mal entendidas. Mas a tarefa é necessária. Não há como falar e mostrar São Paulo sem recorrer aos conceitos. Eles nos ajudam a dizer “é essa a cidade em que vivo!”. Afinal, não é o desejo de todos, ou quase todos, pertencer a algo, ou a alguém? Não cabe aqui falar de posse, mas de pertencimento. Aquele sentimento que nos faz sentir vontade de voltar para a casa. São Paulo é um grande lar, reconhecida como a cidade que acolhe a todos que nela chegam. Muitos desses esquecem o caminho de volta e se deixam ficar abraçados pela sua hospitalidade. O grande problema é que esquecemos de olhar as coisas de verdade. José Saramago já recomendava em seu livro “Ensaio sobre a Cegueira”: “Se pode olhar veja, se poder ver, repara”. São Paulo surge imponente e nos esquecemos de fazer isso: reparar. Com essa constatação em mente, coube-nos a tarefa de apresentar a metrópole mais de perto. As muitas coisas que integram-na e que passam aos nossos olhos assim, de relance. Nesta edição, nosso objetivo é ajudar o leitor a redescobrir a cidade. A enxergá-la sob os mais diversos ângulos. Para isso, contamos com as visões mais diversificadas, tal como a cidade é. O leitor irá encontrar nas próximas páginas um mundo que nos é apresentado todos os dias, mas que nunca paramos para observar. Das feiras livres aos artistas de rua, a revista especial de fotografia deste semestre está disposta a iluminar com holofotes o céu cinzento da “Terra da Garoa”. As pessoas que afirmam que São Paulo é uma cidade feia terão o difícil trabalho de continuar achando isso, depois de ver o que as próximas páginas reservam: um menino a olhar distraidamente enquanto desce as escadas do Monumento às Bandeiras, as tintas espirradas nos pés da artista plástica sentada na calçada, a chegada da primavera vista da Igreja Messiânica de Parelheiros... Temos ainda, nesta edição, uma redescoberta não só da cidade, mas das pessoas que nela habitam. São elas as responsáveis por dar cor ao concreto sem vida, as paredes geladas, ao céu chuvoso. Também há uma matéria especial sobre o trabalho de voluntários no Hospital Darcy Vargas, onde o leitor poderá ver com os próprios olhos que São Paulo vai muito além da correria do dia a dia, do trânsito caótico, e das outras mazelas já tão conhecidas dos moradores. Mas todas essas coisas não podem, é claro, servir para nos amolecer a ponto de esquecermos de cobrar melhorias de nossos governantes e de nós mesmos. Por isso, trouxemos uma matéria especial mostrando o que há de efetivo nas obras de infraestrutura do transporte público da cidade para a Copa de 2014. Parece longe, mas está chegando. Nossa intenção é fazer o leitor enxergar a cidade em todas as suas nuances. De perto, com profundidade. Ao chegar a última página, esperamos conseguir ajudá-lo a seguir no exercício de olhar de verdade, reparando que a cidade se abre em flor e nós nem percebemos.
Por Cíntia Ferreira Editora - Executiva
SE PODE OLHAR VEJA, SE PODER VER, REPARAEDITORIAL
ÍNDICE
CIDADES
TODAS AS CORES DAS FEIRAS DA METRÓPOLE | 3
VELHOS TEMPOS | 6
METRÔ SOFRE MUDANÇAS PARA A COPA DE 2014 | 9
“TÁ TUDO DOMINADO” | 11
ALEGRIA VOLUNTÁRIA | 12
CULTURA
RESISTÊNCIA RELIGIOSA | 14
CRIADORES INVISÍVES | 17
TODOS OS CAMINHOS LEVAM À BIBLIOTECA | 20
A GALERIA ALÉM DO ROCK | 23
CINELÂNDIA PAULISTANA | 26
LAZER
A PRAIA DOS PAULISTANOS | 29
TORCIDAS ORGANIZADAS EM PRÓL DE UMA PAIXÃO | 32
A BELEZA DA NATUREZA EM MEIO À CIDADE GRANDE | 35
SAINDO DA ROTINA | 36
5
Telas pintadas por artistas desconhecidos que usam cores quentes e enchem os olhos das pessoas que transitam nos finais de semana na Praça da Lagoa, Centro de Embu das Artes
TODAS AS CORES DAS FEIRAS DA METRÓPOLE
Passeio mostra a grande diversidade de mercados ao ar livre que os paulistanos
têm à disposição
Por
Nat
alia
Nov
aes
Revista Maranhão 6
Feira do Campo Limpo atrai fregueses pela qualidade e preço dos legumes e verduras
Frequentador da Feira do Rolo tenta convencer comerciante a trocar produtos
CID
AD
ES
6
Baianas feitas de conchas e quartzo para decoração são vendidas em Embu das Artes
Fiéis visitam feira de artigos religiosos após missa no Santuário Mãe de Deus, em Interlargos
7
CID
AD
ES
O País foi um dos pioneiros a adotar os bondes no dia a dia
VELHOS TEMPOSInaugurado em 1985, o Museu do Transporte Público Gaetano Ferolla revela os antigos veículos utilizados no Brasil a partir do
século XIX
Por
Tam
ires
Dia
s
Revista Maranhão
8
A primeira linha de ônibus elétricos de São Paulo circulava do Largo São Bento até a Barra Funda
Bondes luxuosos usavam poltronas com sistema de aquecimento interno em dias frios
9
CID
AD
ES
Fusca usado pela CET, em 1967, para monitorar o trânsito na cidade
Em 1949, foi implantado o sistema de trólebus na capital paulistana
Revista Maranhão
10
MUDANÇAS PARA A COPA DE 2014
Devido ao grande número de turistas que virão para o evento,adaptações estão sendo
realizadas nas linhas Azul,Vermelha e Amarela do Metrô paulistano
Placas bilíngues auxiliam na localização
Vagões novos com mais espaço e ar-condicionado
Escadas possuem sinalização especial
Por
Cát
ia C
abra
l
11
CID
AD
ES
O número de usuários do Metrô aumentou depois das melhorias
Catracas especiais foram instaladas para facilitar o acesso de deficientes físicos
Revista Maranhão
13
TÁ TUDO DOMINADOCada vez mais independentes, as mulheres podem fazer o que quiserem. As motogirls reforçam essa mudança e mostram que não
existe profissão só de homem
Por
Jan
e da
Cos
ta
Mais mulheres procuram as autoescolas para tirar a carteira de habilitação do tipo A
Exames de direção do Detran comprovam que elas são maioria entre os novos motociclistas
14
CID
AD
ES
A ALEGRIA VOLUNTÁRIAO Hospital Darcy Vargas criou um projeto para proporcionar às crianças hospitalizadas e familiares um encontro com trocas afetivas
em um ambiente acolhedor
Dr. Pinico da Zobônia alegra os bebês com suas brincadeiras
Crianças que não recebem visita dos próprios parentes aos domingos acabam sendo envolvidas por outras famílias
Por
Jés
sica
Rei
s
Revista Maranhão
15
Os integrantes do Quinto Elemento realizam o trabalho com as crianças por meio de fantasias e muito colorido
Os palhaços alegram até os pequenos que não saem dos quartos
Os animadores divertem os pacientes e seus familiares16
CID
AD
ES
Gorete é anfitriã da festa que celebra a saída de Santo realizada anualmente para os guias religiosos do Centro Espírita de Ismael
RESISTÊNCIA MILAGROSAAs diversas vertentes das religiões que compõem a cultura miscigenada dos habitantes da metrópole não se perdem mesmo em meio aos
preconceitos
Por
Cam
ila R
eim
berg
Revista Maranhão
16
Mulçumanas suportam o calor debaixo de suas burcas para seguir os ensinamentos de Allah
A Igreja Messiânica foi introduzida no Brasil em 1955 e reúne cerca de 3 milhões de pessoas
17
CID
AD
ES
Na sede do Centro de Meditação Kadampa Mahabodhi são ministradas aulas de Introdução ao Budismo e de reflexões espirtuais baseadas em livros da religião
Fiéis se entregam à Umbanda e, por vezes, omitem-se por causa dadiscriminação que ainda cerca grande parte das religiões afro-brasileiras
Revista Maranhão
18
CRIADORES INVISÍVEIS
O difícil trabalho de quem vive da arte de rua em uma das cidades mais apressadas do País
Com poucos recursos, o pintor atrai fregueses deixando suas obras expostas na calçada
Por
Viv
iane
Fer
lin
19
CULT
URA
Artista copia traços de seus clientes com cautela e paciência na Avenida Paulista
As estátuas vivas enfrentam as mudanças climáticas e a indiferença dos pedestres
Revista Maranhão
20
Grupo apresenta cultura indígena do Equador
Compositor toca músicas de sua autoria
21
CULT
URA
Homem lê em um dos espaços da Biblioteca Mário de Andrade
TODOS OS CAMINHOS LEVAM AOS LIVROS
Em São Paulo, as opções para quem gosta deler são muitas. Desde bibliotecas públicas àônibus que levam obras para bairros carentes
Por
Cín
tia F
erre
ira
Revista Maranhão
22
A maior biblioteca da cidade disponibiliza mais de 3 milhões de livros para o público
Ônibus Biblioteca visita o bairro de Pedreira Menino confere títulos dentro do ônibus
23
CULT
URA
...além de disponibilizar um acervo de livros com mais de 11 mil títulos
BECEI é uma biblioteca de Paraisópolis que tem acesso à internet....
Revista Maranhão
24
Entrada do espaço na Avenida São João também tem acesso para deficientes
A GALERIA ALÉM DO ROCK
Música, diversidade, estilo e atitude no coração do Centro
Por
Bár
bara
Fra
nco
25
CULT
URA
Camisetas de bandas em tamanhos variados estampam a maioria das vitrines do localRevista Maranhão
26
Lugar certo para os fãs de filmes e séries Réplica da ‘Noiva de Chuck’ é vendida em loja
Loja com vendedoras de estilo gótico e anime atraem consumidores de diversos gostos
27
Cine Marabá, da Playarte, exibe filmes de grande bilheteria depois da reforma de 2008
CULT
URA
CINELÂNDIA PAULISTANA
Dos anos 30 aos 80, o Centro de cidadeera o local certo para os cinéfilos, mas comum novo perfil e público essa realidade mudou
Por
Vito
r Bra
nco
Revista Maranhão
28
O fechamento do Cine Paissandú afetou a vida de moradores do Centro da cidade
Muitos não se importam com o conteúdo exibido; o cinema virou local de encontros
29
No lugar do Cine Copan hoje há uma igreja evangêlica fechada por falta de segurança
Cine Art Palácio deixou de ser cinema familiar para exibir filmes de conteúdo erótico CULT
URA
Revista Maranhão
30
Mulher fotografa artistas na calçada do Masp no final de semana
A PRAIA DOS APRESSADOSPopulação procura formas de distração da
correria no lugar onde tempo vale dinheiro
Por
Isab
elle
Ben
to
31
Garoto desce do Monumento às Bandeiras durante passeio em domingo de sol
Jovens se reúnem para tocar samba nas ruas próximas ao Parque do Ibirapuera em São Paulo
LAZE
R
Revista Maranhão
32
Pessoas aproveitam o horário de verão após o trabalho lotando os bares da cidade
Homem utiliza avenida sem congestionamento para andar de bicicleta no final de semana
33
FANÁTICOS ORGANIZADOS EM PRÓL DE UMA PAIXÃO
O amor de quem vai ao estádio acompanhar seu clube do coração, amarrar uma faixa no alambrado,
cantar 90 minutos e ostentar bandeiras
Por
Bis
mar
ck O
livei
ra
LAZE
R
Revista Maranhão
A torcida apaixonada quer tocar no manto quando ele passa por cima de suas cabeças
34
Jovens ficam pendurados na grade do Canindé para amarrar a faixa da torcida
Gaviões da Fiel mostra sua tradicional bandeira; já a Estopim inova com uma faixa
35
A Guarda Popular do Internacional vem uniformizada com as cores do Rio Grande do Sul
Os funcionários do Corinthians estendem a bandeira do time no Tobogã do Pacaembu
LAZE
R
Revista Maranhão
36
A BELEZA DA NATUREZA EM MEIO À CIDADE GRANDEÁrea de Preservação (APA) Bororé-Colônia,
em Marsilac, oferece opção de turismoligado ao meio ambiente na zona sul
Caminho para encontrar a natureza preservada Os moradores aproveitam as margens do rio
As pessoas se divertem no rio Capivari-Monos Diversas cachoeiras são encontradas no lugar
Pessoas usam o local como praia para aproveitar os dias de sol na zona sul da cidade
Por
Leo
nard
o C
asag
rand
i
37
LAZE
R
Os moradores aproveitam os lugares ao ar livre para se divertir
Atletas praticam vela nas águas agitadas da Represa de Guarapiranga
SAINDO DA ROTINA
Por
Viv
iane
Bra
nco
Revista Maranhão
38
Remadores se exercitam em seu caiaque em dia ensolarado
Grupo de garotas anda a cavalo nas ruas próximo a Av. Atlântica
39
LAZE
R
No Itaim Bibi, o Parque do Povo tem lazer para todas as idades
Avenidas com pouco trafégo são transformadas em pistas para skatistas
Revista Maranhão