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Entrevista
Muitos diretores jovens, dei-
xam seus clubes pelo fato de
dizerem que estão muito
ocupados. Como você concilia
as atividades do clube com a
vida profissional?
“Eu sou muito hiperativo, gosto de sempre
estar em atividade, resolvi dedicar isso a igreja, há
tempo para tudo, igreja, família, trabalho, lazer, na-
morada e tudo mais, é só saber conciliar as coisas,
ou seja, ligar uma a outra, se eu conseguir fazer
com que minha família entenda que o clube é im-
portante em minha vida, que o meu chefe saiba que
de alguma forma o serviço dos desbravadores pode
trazer benefício a minha instituição e que minha
namorada esteja sempre nas atividades do clube,
automaticamente farei com que os momentos do
clube sejam momentos de lazer ao lado de amigos,
essa é a idéia.”
Dê onde vem tanta criativida-
de para envolver os meninos
de seu clube?
“Eu dedico minha vida ao clube, então em todas
as coisas que faço eu logo imagino como seria levar aquilo
para o clube, converso com a diretoria e conselheiros, eles
abraçam a idéia e sempre dá certo, sem o esforço de cada
um muitas programações que fizemos jamais dariam cer-
to, as vezes eu chego com o “esqueleto” de uma idéia e a
galera do clube logo aprimora e fica muito melhor. Talvez
o fato da liderança de nosso clube estar na média de 18 a
30 anos de idade ajuda na realização de programas criati-
vos, eles sabem o que o desbravador anseia.”
“Eu sou muito perfeccio-nista, então as vezes quero
que os líderes de nosso clube também sejam, esqueço que
eles também são jovens e estão aprendendo assim como eu, te-nho bastante frieza para lidar
com situações adversas, me sinto a vontade resolvendo pro-
blemas, as vezes ficamos um pouco mais alterados, mas
‘perder a cabeça’ não me lem-bro que isso tenha acontecido.”
Qual foi a situação mais emoci-
onante encarada pelo clube?
“Eu sou muito perfeccio-nista, então as vezes quero
que os líderes de nosso clube também sejam, esqueço que
eles também são jovens e estão aprendendo assim como eu, te-nho bastante frieza para lidar
com situações adversas, me sinto a vontade resolvendo pro-
blemas, as vezes ficamos um pouco mais alterados, mas
‘perder a cabeça’ não me lem-bro que isso tenha acontecido.”
Difícil escolher uma, mas é uma emoção
contínua e que esperamos que acabe em breve, se
trata de uma família que faz parte do clube, a Valdi-
rene (mãe) e seus 05 (cinco) filhos (a), quando a
igreja/clube ficou sabendo da barra que eles en-
frentam com o caso de Leucemia do moleque de 05
anos, o Darlan está fazendo tratamento na AACC,
será muito legal quando ele se curar definitivamen-
te. Outra situação inesquecível foi quando fomos
selecionados por uma mineradora para ganhar o
valor de R$ 7.406,00 para adquirir nossa Banda de
Percussão (FANFARRA).
Vocês são considerados uma
referência nacional. A que se
deve este sucesso? Sempre foi
assim?
A diretoria sempre buscou fazer o me-
lhor para o clube, não sabemos se somos refe-
rência nacional, mas dedicamos com muito
amor o nosso tempo ao clube, buscamos fazer
programas criativos, evitamos desmarcar reuni-
ões e fazemos com que cada desbravador seja
apaixonado pelo clube Formigas, temos apenas
2 anos de existência, sabemos que melhoramos
muito perto do que tínhamos há 2 anos atrás
(nada e muita vontade), ficamos felizes quando
alguns clubes de outros estados fazem contato
querendo saber mais sobre o clube ou sobre
alguma idéia específica.
O que mais te deixa feliz na
função de diretor?
“Dessa forma tenho a oportunidade de ex-
plorar as virtudes de cada pessoa, seja de minha
diretoria até aquele desbravador que tem dificulda-
des de aprendizagem, fico feliz por conseguir moti-
var as pessoas à trabalhar para Jesus e poder contri-
buir na mudança de vida de outras.”
Muita gente diz, que trabalhar
com adolescente é complica-
do. Como você encara essa fase
em seu clube?
Trabalhar com pessoas é complicado, e com os
adolescentes não seria diferente. Os mesmos
estão entrando em uma fase de descobertas e
cabe a nós como igreja auxiliá-los a fazerem a
distinção do que é bom e do que faz mal. Eles
têm muito respeito pela minha pessoa e pelas
coisas do clube e da igreja, busco ser amigo de
cada um e não apenas diretor, isso facilita o ser-
viço da direção. Outro benefício é que aos pou-
cos conseguimos fazer com que alguns pais
apoiassem diretamente o clube, essa parceria
entre igreja, pais e direção facilita o serviço.
Qual foi a situação mais emoci-
onante que você já encarou
com algum desbravador?
Cada vez que eu ouço de um desbravador
que ele tem vontade de se batizar é uma nova
emoção. Nesses 2 anos de existenciabatiza-
mos 12 desbravadores, em nenhum momento
a diretoria força ou pressiona eles para o ba-
tismo, apenas temos um estudo bíblico co-
mandado pelo Edilson, nosso capelão. Em um
formato diferenciado ensinamos para nossos
meninos temas complicados da Bíblia. a ami-
zade que eles encontram dentro do clube
Os pais, a igreja ou outros já
deixaram de acreditar em vo-
cê, na posição de diretor pelo
fato de ser jovem?
Sim. Já me deparei com pais que se as-
sustaram quando me viram pessoal-
mente, mas levo na boa. Gosto de de-
safios, sei de minha capacidade em li-
derar e quero aprimorar isso a cada dia,
quando fico diante de algo do tipo me
lembro de uma pregação de um pastor
que citou os grandes nomes da Bíblia e
falou as idades destes personagens, to-
dos eram muito novos quando assumi-
ram grandes situações. Busco sempre
passar confiança aos pais e fazer com
que eles confiem em mim, mas não se
isentem de suas responsabilidades co-
mo pais.
“
“
Que recado você deixa hoje para
os jovens diretores?
“Sempre digo aos meus amigos e companheiros de
clube, quando trabalhamos para Deus, Ele trabalha
para nós. Não adianta termos apenas tempo para a
faculdade, cursos e profissionalização, temos que fa-
zer tudo isso dando prioridade as coisas de Deus.
Sou de família humilde, minha mãe é cozinheira e
cuidou de cinco filhos sozinha, mas isso nunca foi
empecilho para eu deixar de ter minha casa, meu
carro, minha profissão e as coisas que sonho. Sei
que Deus que me deu tudo isso e quero retribuir
dando-lhe todo meu tempo e dedicação. Ter orgu-
lho de sua família, se espelhar nas coisas boas
que seus pais te ensinam e trabalhar com
muita humildade, esse é o caminho. MARA-
NATA!”
“
“