uma publicação mensal da FEAUSP
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FEA ALUNOS
FEA X FEA
FEA SUSTENTABILIDADE
FEA MIX
FEA FUNCIONÁRIOSFEA PROFESSORES E AINDA...
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FEA é palco de debate sobre “Impasses nos Grandes Regimes Internacionais”
Professor explica as vanta-gens de oferecer aulas sobre conceitos universais online
Manual do funcionário, um guia prático do dia-a-dia de trabalho na USP
PAINEL
ano 9_edição 81_março_2013R
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alas
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robl
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do
dia
-a-d
ia Tirar cadeiras do lugar, lavá-las e colocá-las novamente, proteger os corredores, pensar nas mudanças que
precisarão ser feitas nos painéis de informação por conta das modificações na disposição das salas, conciliar
a equipe de reforma com os responsáveis pela manutenção para que todas as necessidades sejam atendidas,
conceder autorizações para que o trabalho seja continuado nos finais de semana, e muito mais. Estes são al-
guns dos pontos, nos quais a maioria das pessoas não pensa quando se fala em uma reforma. O Gente da FEA
conta, nesta edição, tudo o que aconteceu nas férias, para que as salas de aula estivessem prontas para receber
os alunos no início do semestre.
Depois de várias licitações sincronizadas com o calendário escolar e mais de três meses de trabalho, a
reforma dos corredores A, E e G, possibilitada pela verba do Pró-Ed (Programa de Apoio aos
Cursos Noturnos), já está quase finalizada. Como consequência de um bom planejamen-
to, as obras puderam acontecer sem grandes contratempos e os atrasos, esperados em
qualquer obra, não atrapalharam o início das aulas.
“O grande ganho desta reforma não é a parte civil, mas a parte elétrica e
de informática”, conta Olga Miranda, assistente administrativa, a respeito da
solução de um problema importante da unidade: a fiação das alas reformadas pas-
sava pelo chão, o que permitia a entrada de água nestas instalações durante a
limpeza das salas. Corrigindo este problema, até pequenos acidentes, como os
tropeções nas caixinhas que ficavam pelo meio do caminho, foram evitados.
(CONTINUA NA PÁGINA 7)
PAINEL
Evento discute mudanças geopolíticas e traz debate entre pro-fessores de Oxford e Cambridge à FEA
“Des
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is” #02 por Rodrigo Dias Gomes
NO ÚLTIMO MÊS DE NOVEMBRO, A FEA
FOI PALCO DE UM DEBATE CIENTÍFICO
ENTRE PROFESSORES DAS UNIVERSIDA-
DES DE OXFORD E CAMBRIDGE NO ÂM-
BITO DA CONFERÊNCIA “IMPASSES NOS
GRANDES REGIMES INTERNACIONAIS”,
CUJA TEMÁTICA GIRA EM TORNO DOS
DESAFIOS DA GLOBALIDADE. O evento
ainda contou com o lançamento do
livro referente ao ciclo de 2011 das
Conferências USP, primeiro volume
da série intitulada “Desafios da Glo-
balidade”, que reúne textos de Jac-
ques Marcovitch, Celso Lafer, Adam
Przeworski e Otaviano Canuto, assim
como uma sinopse sobre as pesquisas
atuais realizadas na Universidade de
São Paulo e fruto das discussões que
pautaram os debates sobre o tema.
O primeiro palestrante, Charles Jones, diretor do
Centro de América Latina e professor da Universida-
de de Cambridge, ofereceu uma contraposição à teoria
do cientista político Samuel Huntington, que dividiu
o mundo pós Guerra Fria em grandes civilizações mar-
cadas pela contiguidade territorial. Para Jones, há uma
outra definição de civilização que parece mais plausível.
“Civilização é melhor definida como a maneira com que
os povos lidam e sustentam as diferenças culturais”, ex-
plicou o professor, confrontando a tese de que os confli-
tos na nova ordem mundial seriam pautados não mais
por motivos ideológicos e geopolíticos, mas sobretudo
por questões culturais e religiosas.
Outro ponto de discordância entre Jones e Hunting-
ton reside no conceito de Ocidente. Na divisão feita por
Huntington, a América Latina não faz parte da civiliza-
ção ocidental, composta por Estados Unidos, Canadá e
#03países da Europa. Para Jones, embora existam diferenças
significativas entre o poder dominante norte americano
e o resto do continente, os Estados Unidos ainda apre-
sentam características que podem definir o continente,
do norte ao sul, de uma forma geral.
A segunda palestra, proferida pelo professor Andrew
Hurrell, da Universidade de Oxford, abordou a nova
geometria de poder instaurada no mundo, com a ativa
participação de países emergentes em importantes deci-
sões internacionais. Segundo Hurrell, compreender essas
mudanças não é algo fácil. “É muito difícil obter um sen-
so claro de onde nós viemos e para onde possamos ir”,
aponta o professor.
Para Hurrell, o principal desafio é compreender as di-
vergências em um mundo que está em rápida transforma-
ção. As teorias acadêmicas não acompanham tais mudan-
ças e permanecem fortemente ligadas à ideia de Oriente
e Ocidente e à predominância norte americana. Além
disso, há outras definições, talvez hoje já ultrapassadas,
que podem perder o sentido, como “norte” e “sul”, ou,
ainda, a ideia de “terceiro mundo”, uma vez que países
então pertencentes a essa categoria vêm obtendo repre-
sentatividade relevante no cenário global.
“Primeiramente, é importante entender de que tipo
de transmissão de poder estamos falando”, explica o pro-
fessor. Para ele, a ideia desse poder está ligada a outras
questões importantes, como ao avanço tecnológico, às
mudanças econômicas e à difusão de novas ideias e va-
lores pautados na liberdade e dignidade. Dessa forma,
é preciso compreender todo esse complexo sistema para
que possamos visualizar a transição de poder de um gru-
po de países para outro de nações emergentes, como
China, Índia e Brasil. Hurrell concluiu a apresentação
destacando que o poder é cada vez menos medido por
posse material, mas com base em seu
dinamismo social.
O programa Conferências USP
é uma iniciativa da Pró-Reitoria de
Pesquisa, liderada pelo Pró-Reitor de
Pesquisa, Prof. Marco Antonio Zago.
Os Desafios da Globalidade, é um
ciclo trienal de
conferências, do
qual participam
além da FEA o
D e p a r t a m e n t o
de Ciência Políti-
ca, o Instituto de
Relações Interna-
cionais e a Facul-
dade de Direito
da USP. O gru-
po é coordenado
pelos professo-
res Joaquim José
Martins Guilhoto
(coordenador ge-
ral), Jacques Mar-
covitch, Nicolau
Reinhard, Pedro
Dallari, Marta
Arretche, Ana
Elisa Bechara, e
Gerson Damiani.
Prof. Charles Jones (Cambridge)
Prof. Marco Antonio Zago(Pró-reitor de Pesquisa - USP)
Prof. Andrew Hurrel (Oxford)
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SP“A procura já é grande antes mesmo dos estudantes realizarem a matrícula...
#04
FEA ALUNOS
por Rodrigo Dias Gomes
O CAVC IDIOMAS, ESCOLA DE LÍNGUAS
DO CENTRO ACADÊMICO VISCONDE DE
CAIRU, INAUGUROU NESTE ANO SUA MAIS
NOVA UNIDADE, NA FACULDADE DE ME-
DICINA DA USP. O projeto surgiu de
uma parceria com o Centro Acadêmico
Oswaldo Cruz (CAOC), entidade de re-
presentação estudantil da FMUSP. Com
isso, o CAVC Idiomas chega a quatro
unidades: além da Medicina, existem a
da FEA e do ICB (Instituto de Ciências
Biomédicas), além de outra no prédio
da Rua Pirajuçara, no bairro do Butantã
(também ligada à FEA).
Assim como a unidade do ICB, que
funciona em parceria com a Associação
de Pós-Graduandos do Instituto há dois
anos, a implementação da nova sede na
FMUSP partiu principalmente do inte-
resse do CAOC em oferecer um curso de
línguas a seus alunos. “As faculdades já
sabiam que nós oferecíamos os cursos de
idiomas e pediram nosso serviço”, expli-
ca Vinicio Pensa, coordenador geral do
CAVC Idiomas.
Segundo ele, esse interesse por parte
de outras unidades da USP está inserido
em um grande processo de internacio-
nalização de toda a Universidade. “O
CAVC Idiomas está muito de acordo
com esse ponto, e o interesse é muito
grande de todas as partes.”, diz o coor-
denador, que não descartou novas parce-
rias a médio e longo prazo com outras
unidades da USP.
Para 2013, os cursos já contam com
mais de mil alunos matriculados, e a ex-
pectativa é que esse número aumente para cerca de 2000. Atu-
almente, a escola oferece cinco idiomas: inglês, francês, alemão,
espanhol e italiano. Existem planos de desconto distintos para
alunos e funcionários da FEA e da USP como um todo. Em-
bora seja aberta ao público geral, a maior parte dos estudantes
vem das unidades onde a escola se localiza, seguido por alunos
de unidades próximas (como ECA e FAU, no caso da FEA),
além de parentes próximos desses estudantes. “Como nós não
fazemos uma divulgação muito ampla, e sim mais direcionada,
a maioria dos alunos está relacionada
à comunidade USP”, aponta
Vinicio.
O CAVC Idiomas con-
ta com aproximadamente
15 funcionários contra-
tados e 40 professores,
além do suporte de membros
do Centro Acadêmico. Para as uni-
dades externas, ele oferece parte do material e infraestrutura,
além de bases de secretariado. Apesar da parceria com outras
entidades (como o CAOC), a coordenação didática da escola é
toda centralizada na FEA, e o corpo de professores é o mesmo
em todas as unidades. “A qualidade sai daqui, é na FEA que
fazemos o produto que é tão reconhecido na USP”, conta o
coordenador.
Diferentemente de muitos cursos de línguas, o CAVC Idio-
mas tem um coordenador para cada um dos cinco idiomas.
“Isso não é muito comum em todas as escolas, e acaba tornando
mais fácil a procura por professores”, diz João Moraes Abreu,
presidente da atual gestão do Centro Acadêmico. No geral, os
professores estão há alguns anos na escola. É o caso de Ana
Biomédicas), além de outra no prédio
da Rua Pirajuçara, no bairro do Butantã
Assim como a unidade do ICB, que
funciona em parceria com a Associação
além de parentes próximos desses estudantes. “Como nós não
fazemos uma divulgação muito ampla, e sim mais direcionada,
a maioria dos alunos está relacionada
à comunidade USP”, aponta
Vinicio.
O CAVC Idiomas con-
ta com aproximadamente
15 funcionários contra-
tados e 40 professores,
...e muitos jovens procuram o CAVC Idiomas assim que são aprovados no vestibular.”
#05Maria Eland, que leciona na escola desde 1998 e há dois anos,
é coordenadora de alemão. “Além de mim, há outros profes-
sores que estão aqui há 10 ou mais anos. Praticamente toda a
minha equipe é dessa época”, conta a coordenadora.
O processo de contratação de professores é baseado, prin-
cipalmente, em indicações internas e externas. Com a dificul-
dade de encontrar professores experientes que ainda desejam
lecionar, acaba ocorrendo uma escolha de jovens professores
recém-ingressos no mercado de trabalho, porém com ampla
capacitação no idioma. “Tenho dois professores que estão na
Alemanha fazendo cursos exigidos pelo Goethe-Institut [prin-
cipal entidade alemã de propagação da cultura e da língua
para países não-falantes do idioma], e vou ter que perdê-los
por um tempo por conta disso”, diz Ana Maria, que
considera a exigência fundamental
para os professores
da escola. O curso de alemão do CAVC
já figura entre os mais bem-avaliados de São Paulo, com níveis
avançados que poucas escolas de línguas conseguem oferecer
na cidade.
O idioma mais procurado, no entanto, ainda é o inglês,
por causa da exigência natural do mercado de trabalho. A
O processo de contratação de professores é baseado, prin-
cipalmente, em indicações internas e externas. Com a dificul-
dade de encontrar professores experientes que ainda desejam
lecionar, acaba ocorrendo uma escolha de jovens professores
recém-ingressos no mercado de trabalho, porém com ampla
capacitação no idioma. “Tenho dois professores que estão na
Alemanha fazendo cursos exigidos pelo Goethe-Institut [prin-
cipal entidade alemã de propagação da cultura e da língua
para países não-falantes do idioma], e vou ter que perdê-los
por um tempo por conta disso”, diz Ana Maria, que
considera a exigência fundamental
dulos em um ano.
Em 2013, o CAVC Idiomas comple-
tará 24 anos de existência. O valor rece-
bido pelas mensalidades, além de pagar
os vencimentos de professores e funcio-
nários, é direcionado a investimento em
infraestrutura, material e contratação de
pessoal, além de outras atividades. Após
o término do curso, o aluno recebe um
certificado detalhando todos os níveis
concluídos e o tempo de aprendizado.
“O interessante da certificação é que ela
é reconhecida pela CCInt [Comissão de
Cooperação Internacional] da FEA para
a comprovação de proficiência exigida
para intercâmbios, e por isso nossos
cursos são muito procurados pelos alu-
nos”, explica João Moraes. A procura já
é grande antes mesmo dos estudantes
realizarem a matrícula na FEA, e mui-
tos jovens procuram o CAVC Idiomas
assim que são aprovados no vestibular.
Ana Maria Eland, João Moraes Abreu e Vinicio Cesar Pensa
segunda língua de maior de-
manda é o francês, que tem
bastante procura em decor-
rência das parcerias da FEA
com universidades francesas.
Porém, muitos alunos conse-
guem aprender mais de um
idioma em um curto perí-
odo de tempo devido aos
cursos semi-intensivos, que
permitem que um estudante
consiga concluir até sete mó-
na própria FEA, em 1997. “O projeto fazia parte de um pla-
no de qualidade, envolvendo informação e transparência”, diz
a assistente. A partir daí, começou a se expandir por toda a
Universidade. “Isso tudo começou aqui conosco, depois a USP
adotou e, em 2002, foi solicitado que todas as outras unidades
também adotassem o projeto”, conta Olga. Até mesmo outras
universidades, como Unicamp e Unesp, incorporaram a ideia
do folheto em formato semelhante.
Nessa última edição, entre as novidades do FEA em Números,
está a inclusão da avaliação CAPES para os cursos de mestrado
e doutorado da FEA. Os cursos de Economia e Administra-
ção foram avaliados com nota 7, que é a avaliação máxima da
CAPES. O curso de Contabilidade e Controladoria recebeu
nota 6, a mais alta do país. Além disso, foi incluída a produção
científica de professores. “Esses dados são muito importantes
para medir o desempenho da faculdade e de todo o corpo do-
cente. Os nossos cursos de pós-graduação possuem excelência
internacional”, explica Olga.
Outro dado que foi adicionado é a porcentagem para as
diversas informações, o que facilita a análise. A distribuição dos
alunos entre homens e mulheres também foi incluída, a última
edição contava apenas com dados sobre gênero de docentes e
funcionários. “Era um dado que só conseguíamos com uma
pesquisa específica. Foi algo que nos chamou a atenção e deci-
dimos incorporar”, conta a assistente. No corpo discente, a pre-
dominância é masculina, 69,6% entre estudantes de graduação
e 63,3% na pós-graduação. Já no corpo de funcionários, existe
um equilíbrio maior, apesar de uma ligeira maioria ser feminina,
53,3%. Entre os docentes, a grande maioria é masculina, 81,1%.
Houve um aumento no número de estudantes da gradua-
ção em relação ao ano passado. Os cursos de Ciências Econô-
micas e Administração ainda possuem o maior número de alu-
nos e docentes. Juntos, respondem por 69% dos estudantes e
76% dos professores. No entanto, o curso de Ciências Atuariais
apresentou o maior crescimento percentual no corpo discente,
com um aumento de 15% em relação à edição anterior do FEA
em Números.
A ideia de preparar um material prático com todos esses dados surgiu na própria FEA, em 1997. A partir daí, começou a se expandir por toda a Universidade.
FEA X FEA
#06
FE
A e
m N
úmer
os
por Rodrigo Dias Gomes
FOI DIVULGADA A MAIS ATUALIZADA EDIÇÃO
DO FEA EM NÚMEROS, FOLHETO COM OS
PRINCIPAIS INDICATIVOS ESTATÍSTICOS DA
FACULDADE. A edição 2012, baseada no
Anuário Estatístico da USP com base
de dados de 2011, além de alguns dados
próprios da FEA, traz com alterações em
relação aos últimos anos.
A finalidade do FEA em Números é for-
necer, de forma prática e clara, alguns da-
dos importantes sobre o desempenho da
FEA, bem como números básicos como
de alunos, formados, docentes e funcio-
nários, além de equipamentos da parte
de infraestrutura e acervo da biblioteca.
“Na medida em que se tem um acesso rá-
pido a esse tipo de informação, fica mais
fácil qualquer tipo de citação referente à
faculdade”, diz Olga Miranda, assistente
administrativa, que participa ativamente
da produção do folheto ao longo dos úl-
timos anos. O material serve de
apoio, inclusive,
p a r a
p r o -
fessores
que par-
ticipam de
congressos
e interagem
com outras
universidades
do mundo.
A ideia de pre-
parar um material
prático com todos
esses dados surgiu
#07
FEA X FEA
Reforma moderniza as salas e corrige problemas do dia-a-dia
De forma bem organizada as obras chegam ao fim sem atrapalhar o início das aulas
por Talita NascimentoMUITO ANTES DA
C O N S T RU T O R A
CHEGAR À FEA
PARA INICIAR
AS OBRAS, A AD-
M I N I S T R A Ç Ã O
DA UNIDADE JÁ
ESTAVA TRABALHANDO. PARA VIABILIZAR A REFORMA DENTRO DO
PERÍODO ESTABELECIDO, A EQUIPE DA ÁREA FINANCEIRA DA FEA
TRABALHOU INCANSAVELMENTE. Além da contratação de empresa
especializada para executar o trabalho, foram realizadas licita-
ções para aquisição de móveis, pojetores, telas, lousas e outros
equipamentos.
Questões de logística como a liberação dos espaços usados
pelo Centro Acadêmico e pelo Cursinho da FEA, dando lu-
gar ao canteiro de obras, já tinham de estar resolvidas quando
a equipe chegasse. Olga Miranda, assistente administrativa,
acompanhou todas as etapas da reforma e acredita que tudo foi
muito bem planejado.
A assistente conta que, durante o decorrer da obra, viabilizar
a comunicação entre os responsáveis pela manutenção do ar-
-condicionado e a construtora evitou um grande problema. No
projeto inicial não havia espaço no forro para o alçapão que
dava acesso ao maquinário dos aparelhos. Ao perceber a falha,
o plano foi adaptado para atender esta necessidade. Outro pon-
to importante foi insistir na proteção dos corredores que não
tinham reparos previstos pela verba disponibilizada. Olga diz
que a experiência da reforma da Biblioteca facilitou o desenvol-
vimento desta
obra e que reu-
niões semanais
eram realizadas
para conferir
tudo o que
acontecia.
Idealizadores, recursos e melhorias
A reforma dos corredores A, E e G, foi planejada pela Co-
missão de Graduação, que é presidida pelo professor Ha-
milton Luiz Corrêa, auxiliado de perto por Valéria Lou-
renção, assistente acadêmica. Além deles, professores como
Fernando Antônio Slaibe Postali e Vera Lúcia Fava também
tiveram grande importância no processo que, por sua vez,
foi viabilizado financeiramente pelo Pró-Ed, programa da
Pró-reitoria de Graduação destinado ao apoio dos cursos
noturnos e que, em sua primeira fase, disponibiliza verbas
para a melhoria das salas de aula.
As alas reformadas contarão com estruturas ainda mais mo-
dernas e práticas, incluindo suporte para instalação de no-
vos equi-
pamentos,
como telas
de proje-
ção auto-
matizadas,
c o r t i n a s
blackout,
sistema de som e rede wireless, sem contar os controles
de iluminação e monitores nas mesas dos docentes, além
disso, as mudanças deram condições para futura instala-
ção de leitor biométrico de presença. Para tais melhorias,
mudanças físicas importantes foram providenciadas: como
a realocação dos cabeamentos de elétrica e informática, tro-
ca e reforma dos pisos, forros e portas, além de pintura
e alteração das paredes Drywall para ampliar o espaço de
algumas salas.
Para completar, o mobiliário também será renovado,
dando lugar, por exemplo, a novas lousas equipadas com
painéis móveis. No entanto, a Comissão de Graduação
avisa que as peças serão substituídas paulatinamente, por
conta de normas e prazos legais.
FEA PROFESSORES
A geração e disponibilização de conteúdo é uma tendência nas grandes universidades do mundo
#08 por Talita Nascimento
MESMO OS ASSUNTOS MAIS COMPLEXOS DA
GRADUAÇÃO PARTEM DE PRINCÍPIOS BÁ-
SICOS QUE NÃO PRECISAM SER RESTRITOS
AOS ESTUDANTES DE DETERMINADAS ÁREAS.
Nos cursos da FEA, noções como juros,
amortização, evolução de dívidas e capi-
talização são imprescindíveis para acom-
panhar temas mais sofisticados durante
as aulas. O professor Luiz Jurandir acre-
dita que estes “conceitos universais” são
mais úteis quando disponibilizados em
forma de vídeos na internet. “Uma aula
é muito cara”, diz o docente que aposta
na tecnologia como uma ferramenta de
grande importância no processo de for-
mação.
Aulas de Matemática Financeira
com o professor Jurandir já estão dis-
poníveis no site do e-aulas. “O ensino
à distância tem essa flexibilidade: as
coisas universais ficam prontas”, diz o
docente defendendo que ter este conte-
údo armazenado de forma organizada e
acessível facilita o acesso e consequen-
temente o aprendizado,
além de ser útil a qual-
quer cidadão.
Até o momento,
estes vídeos são grava-
dos pela própria STI
(Superintendência de
Tecnologia da Infor-
mação da USP), mas a
FEA já está buscando
formas de produzir este
material dentro da pró-
pria unidade, contando
e-A
ulas
:co
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ra u
so
com uma agenda mais tranquila do que a de um órgão tão
abrangente como a Superintendência. Para isso, Andrea Xi-
menes, especialista do LAE (Laboratório de Aprendizagem
e Ensino), já acompanhou a gravação e edição de algumas
produções. “Acho que dá pra fazer”, diz ela com otimismo
e modéstia.
Outros professores da unidade se interessam em dispo-
nibilizar aulas on-line e a possibilidade de produzir estes ví-
deos na própria FEA é uma facilidade a mais. No entanto,
Andrea comenta que alguns materiais específicos seriam
necessários, como a mesa tablet utilizada nas e-aulas do
professor Jurandir. O docente ressalta que a estrutura da
STI é muito boa e garante que enquanto os vídeos forem
complementos das aulas presenciais, não há necessidade de
investir em mais ferramentas. Entretanto, para que cursos
completamente on-line fossem oferecidos, o site teria de ter
uma estrutura ainda maior.
Jurandir e Andrea concordam que a geração e disponibi-
lização de conteúdo é uma tendência nas grandes universi-
dades do mundo e veem no meio digital um caminho para
a democratização do conhecimento. “Poderíamos fazer isso
com todas as disciplinas que tratam de princípios univer-
sais”, diz o simpático professor Jurandir que se define como
um empolgado em sua área.
Prof. Luiz Jurandir Simões de Araújo
O objetivo é transformar o Hospital Universitário em uma plataforma de pesquisa para alunos, além de contribuir para o aperfeiçoamento de funcionários e metas do HU
#09
FEA SUSTENTABILIDADE
Termo de cooperação aproximaalunos da FEA e do Hospital Universitáriopor Rodrigo Dias Gomes
Prof. Masayuki Nakagawa
UM DOS GRANDES DESAFIOS ATUAIS DO MUNDO ACADÊMICO É
A APLICAÇÃO DO CONTEÚDO TEÓRICO CONSTRUÍDO EM SALA DE
AULA NAS DIVERSAS SITUAÇÕES EM EMPRESAS E DEMAIS SETORES
DA SOCIEDADE. Nessa linha de pensamento, a FEA está desen-
volvendo um projeto de parceria com o Hospital Universi-
tário, na área de Controladoria em Logística Hospitalar En-
xuta, para alunos de graduação. Este é mais um exemplo de
contribuição da FEA com a comunidade USP.
Segundo o Prof.º Masayuki Nakagawa, responsável pela
disciplina no Departamento de Contabilidade e Atuária/
EAC e coordenador do projeto, o objetivo do Termo de Coo-
peração Técnico-Científico é transformar o Hospital Univer-
sitário em uma plataforma de ensino e pesquisa para alunos,
além de contribuir para o aperfeiçoamento de funcionários
do HU. “Dessa forma, o aluno adquire o conteúdo dentro da
sala de aula e depois observa a aplicação dele em uma situa-
ção prática”, diz o professor, que leciona a disciplina optativa
desde 2003.
O curso tem carga de 30 horas/aula, por isso o tempo
para assimilar o conteúdo é de cerca de 2 meses. A partir
daí, os alunos se dividem em cinco grupos que analisam lo-
gisticamente setores distintos do HU: Almoxarifado Central,
Farmácia, Nutrição, Clínica Médica e Cirurgia. Após a aná-
lise e aplicação do conteúdo aprendido, os alunos entregam
um relatório descritivo, observando pontos concordantes e
discordantes com a teoria apresentada.
O foco do curso é a interpretação hermenêutica das tran-
sações e eventos que deram origem aos números registrados
pela contabilidade. “Sempre digo aos meus alunos que olhar
os fatos não é suficiente, é preciso enxergar os fenômenos a
eles relacionados. A interpretação é muito importante para
estudar as implicações estratégicas das transações para o fu-
turo da instituição. Isso é o fundamental da contabilidade,
os números são apenas burocracia necessária”, explica o pro-
fessor. Para ele, o controlador é o profissional que está de
olho nos indicadores de desempenho, confrontando-os com
o que está previsto na estratégia, para
agir de forma a eliminar falhas. Por
isso, conceitos como competitividade
confrontacional (ou seja, entregar o
melhor produto, com o menor preço e
em tempo menor que o concorrente),
minimização de custo total otimizado
da logística e maximização da expecta-
tiva do cliente são reforçados no curso.
Nakagawa vê uma necessidade de
mudança no direcionamento didáti-
co por conta de um atraso natural de
bibliografia, que muitas vezes não re-
f lete o cenário atual do mercado. “A
maioria dos livros tem uma defasa-
gem de pelo menos 10 anos, e muita
coisa mudou nesse tempo”. Para ele,
a sala de aula é um local de constru-
ção de conhecimento de maneira con-
junta, com apoio de uma bibliografia
recente, mas, principalmente, baseada
na capacida-
de de criação
de conteúdo
entre profes-
sores e alu-
nos. “Uma
parte do ma-
terial está na
cabeça, mas a
outra tem de
ser construída
continuamen-
te”, conclui o
professor.
#10
“Enviamos o trabalho para diretores de unidades e chefes de pessoal, e agora estamos recebendo muitos elogios, inclusive da Reitoria”
Man
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elog
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FEA FUNCIONÁRIOS
material.
O conteúdo teve como
ponto de partida o manu-
al on-line produzido pelo
IFSC (Instituto de Físi-
ca de São Carlos) e, após
autorização, foi adaptado
para a FEA, pelas funcio-
nárias do Serviço de Pesso-
al da FEA. “Tivemos que
fazer todos os ajustes para
por Rodrigo Dias Gomes
adequar à nossa rotina aqui em São Paulo”, explica An-
dréia Calancha, técnica em RH. Para Isabel Malagueta,
chefe do Serviço de Pessoal, uma das grandes preocupa-
ções na preparação do material foi com
a linguagem. “A gente sabia que fazia fal-
ta uma coisa acessível e agradável para
ler”, conta Isabel. “Não queríamos que
fosse apenas mais um livro a ser deixado
de lado”, completa.
Além de Olga, Andréia e Isabel,
também participaram da produção do
manual a estagiária Mariana Julião, da
Assistência Administrativa e a técni-
ca Roberta de Paula, da Assistência de
Comunicação e Desenvolvimento, que
elaboraram a parte de design e diagra-
mação do material.
O trabalho rendeu muitos elogios
dentro da FEA. “É uma forma mais prá-
tica de esclarecer dúvidas sobre a nossa
vida profissional”, diz Renata Mallet,
chefe administrativa do Serviço de Com-
pras. Para a técnica Helena Oliveira, do
Departamento de Administração, a faci-
FOI LANÇADO NO ÚLTIMO MÊS DE
DEZEMBRO O MANUAL DO FUNCIONÁ-
RIO DA FEA, ENTREGUE AOS CERCA DE
130 SERVIDORES TÉCNICOS E ADMINIS-
TRATIVOS DA FACULDADE. O material
contém um guia prático de diversas
questões do dia-a-dia de trabalho na
USP, como uso de benefícios, licen-
ças e outros pontos que geram dúvi-
das entre todos os profissionais da
FEA. A ideia foi trazida pela assisten-
te administrativa Olga Miranda em
2010, que coordenou a produção do
As funcionárias Isabel Malagueta e Andréia Calancha
“É uma forma mais prática de esclarecer dúvidas sobre a nossa vida profissional”
#11lidade e clareza de consulta também é um grande dife-
rencial do manual. “Ele é útil para funcionários de todos
os níveis da faculdade, até mesmo docentes. Ajuda a des-
mentir algumas ‘lendas’ do ambiente de trabalho”, conta.
O Manual do Funcionário também ganhou destaque fora
da FEA. O material foi muito bem aceito na comunidade
USP como um todo. “Enviamos o trabalho para diretores de
unidades e chefes de pessoal, e agora estamos recebendo mui-
tos elogios, inclusive da Reitoria”, diz Isabel. Várias unidades
entraram em contato pedindo para a que a FEA divulgasse o
material na internet, o que já foi disponibilizado no site da
FEA (http://www.fea.usp.br/conteudo.php?i=7&p=276).
Para Olga Miranda, esse retorno, além de recompensar
todo o esforço utilizado na preparação do material, é mui-
to interessante para que outras uni-
dades adotem a ideia. “Quem sabe
outras faculdades utilizem esse mate-
rial como base para seus próprios ma-
nuais, com adaptações locais e façam
aperfeiçoamentos, num moto de me-
lhoria contínua. Esperamos que isso
facilite a integração”, diz a assistente.
“Antes, os funcionários conseguiam
as informações de maneira separada.
Com o manual, temos um conteúdo
mais agrupado e atualizado”, diz.
FEA MIX
Como sempre, a alegria parecia não ter fim para estes que con-quistaram uma importante etapa de suas vidas.
#12
por Talita Nascimento
GENTE DA FEAUma publicação mensal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e DesenvolvimentoMarço 2013_TIRAGEM 2.000 EXEMPLARES
Av. Prof. Luciano Gualberto, 908Cidade Universitária - CEP 05508-900
Diretor da FEA REINALDO GUERREIRO
Coordenação GeralLU MEDEIROS
ASSISTÊNCIA DE COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA FEAUSP
Edição: ASSISTÊNCIA DE COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
DA FEAUSPMILENA NEVES – MTB 36.341
Reportagens: RODRIGO DIAS GOMES E TALITA NASCIMENTO
Projeto Gráfico: ELOS COMUNICAÇÃO E EDEMILSON MORAIS
Layout e Editoração Eletrônica: ROBERTA DE PAULA
Revisão: LU MEDEIROS E VANESSA MUNHOZ
Fotos:ISMAEL B. DO ROSÁRIO, ROBERTA DE PAULA
E VANESSA MUNHOZ
INÍCIO DO ANO
BEM-VINDOS NOVOS FEANOS!
Nos dias 18 e 19 de fevereiro, foi realizada a matrícula dos calouros de 2013. Como sempre, a alegria parecia não
ter fim para estes que conquistaram uma importante etapa de suas vidas. O “Gente
da FEA” parabeniza a todos os ingressantes, desejando momentos
ainda mais felizes durante toda a graduação. Sejam bem-vindos
a FEA e contem com o jornal que vos fala para saber de
tudo que acontece por aqui.
ENQUANTO ISSO NO CLUBINHO DA FEA...
Cerca de 100 pessoas, entre funcionários, docentes associados e familiares, tiveram um belo dia no sítio do
CSFEA (Clube dos Servidores da FEAUSP), em Ibiúna, no dia 8 de dezembro. Para proporcionar toda a diver-
são, o clube disponibilizou dois ônibus aos membros, que puderam aproveitar o dia sem se preocupar com
a carona. Desde as 9h, recebidos com uma mesa de café da manhã, até às 17h, quando a festa chegou ao fim, a
alegria foi garantida pela piscina, churrasco e prêmios entregues durante a confra-
ternização.
FINAL DO ANO