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Razões para se licenciar
Natureza e uso invulgar
O Licenciamento Ambiental é um
Instrumento da Política Nacional do Meio
Ambiente, que foi estabelecida pela Lei nº
6.938, de 31 de agosto de 1981. A principal
função desse instrumento é conciliar o
desenvolvimento econômico com a
conservação do meio ambiente.
A lei estipula que é obrigação do
empreendedor buscar o licenciamento
ambiental junto ao órgão competente, desde
as etapas iniciais do planejamento de seu
empreendimento e instalação até a sua
efetiva operação.
Na Resolução normativa CONAMA nº
237/97, o Licenciamento ambiental é
definido como o procedimento administrativo
pelo qual o órgão ambiental competente
licencia a localização, instalação, ampliação e
a operação de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer
forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e
regulamentares e as normas técnicas
aplicáveis ao caso.
A licença ambiental é um documento com
prazo de validade definido no qual o órgão
ambiental estabelece regras, condições,
restrições e medidas de controle ambiental a
serem seguidas pela atividade que está sendo
licenciada.
Ao receber a Licença Ambiental, o
empreendedor assume os compromissos para
a manutenção da qualidade ambiental do
local em que se instala.
Ou seja, podemos concluir que qualquer
projeto que possa desencadear efeitos
negativos (impactos ambientais) no meio
ambiente precisa ser submetido a um
processo de licenciamento.
O licenciamento ambiental é a principal
ferramenta que a sociedade tem para
controlar a manutenção da qualidade do meio
ambiente, o que está diretamente ligado com
a saúde pública e com boa qualidade de vida
para a população.
Assim sendo, conclui-se que o licenciamento
ambiental é o instrumento que o poder
público possui de controlar a instalação e
operação das atividades, visando preservar o
meio ambiente para as sociedades atual e
futura.
Princípios envolvidos -Todos de direito ambiental;
- Direito administrativo (art. 37, caput da CF/88)
Art. 37. A administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
O Licenciamento Ambiental é um
procedimento administrativo, ou seja, é uma
seqüência de atos que culminará na
concessão ou não da Licença Ambiental
(documento autorizador emitido pelo Poder
Público).
Logo, é equivocado utilizar as expressões
Licenciamento Ambiental e Licença
Ambiental como sinônimas, uma vez que o
Licenciamento Ambiental se refere ao
procedimento administrativo para que,
posteriormente, se alcance ou não, a Licença
Ambiental, esta por sua vez, um tipo de
documento autorizador.
A política nacional do meio ambiente,
instituída através da Lei 6.938/81, introduziu
o Licenciamento Ambiental na legislação,
sendo que este é considerado um dos mais
importantes instrumentos da política nacional
do meio ambiente, que por seu turno, deve
ser observado para a correta utilização dos
recursos naturais.
O Licenciamento Ambiental é um dos
instrumentos da política nacional do meio
ambiente, previsto na referida lei. Como já
mencionado, trata-se de um procedimento
administrativo, pelo qual, o órgão
ambiental competente, licencia a
localização, a instalação, a ampliação e a
operação de empreendimentos e
atividades consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras.
Licencia também, os empreendimentos que
ofereçam risco de causar degradação
ambiental.
o Licenciamento Ambiental é uma obrigação
legal, prevista:
- Art. 10º da Lei 6938/81;
- Resolução 001/86 CONAMA;
- no Art. 1º, I da Resolução CONAMA 237/97;
- no Decreto nº 99.274/ 90 e
- no Parecer nº 312 do Ministério do Meio
Ambiente (MMA).
-Deve ser prévio à instalação e operação
de qualquer empreendimento ou atividade
potencialmente poluidora ou degradadora do
meio ambiente.
Segundo o Art. 1º, inciso I da Resolução
CONAMA 237/97, o licenciamento ambiental
é o procedimento administrativo pelo qual o
órgão ambiental competente, nas respectivas
esferas (Federal, Estadual ou Municipal)
licencia a localização, instalação, ampliação e
operação de empreendimentos e atividades
que utilizem recursos ambientais
considerados efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer
forma, possam causar degradação ambiental.
A competência para o procedimento
licenciador é definida em razão do grau de
impacto a ser considerado, da provável área
a ser atingida e da degradação da atividade a
ser instalada.
Etapas Fundamentais
Via de regra, o licenciamento ambiental segue
algumas etapas fundamentais:
· Definição pelo órgão ambiental competente dos documentos, projetos e estudos ambientais necessários ao inicio do processo de licenciamento, correspondente à licença a ser requerida;
· Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando- se a devida publicidade;
· Análise pelo órgão ambiental
competente, integrante do Sistema
Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA),
dos documentos, projetos e estudos
ambientais apresentados e a realização de
vistorias técnicas, quando necessárias;
· Solicitação de esclarecimentos e
complementações pelo órgão ambiental
competente, integrante do SISNAMA, uma
única vez, em decorrência da análise dos
documentos, projetos e estudos ambientais
apresentados, quando couber, podendo haver
a reiteração da mesma solicitação, caso os
esclarecimentos e complementações não
tenham sido satisfatórios;
· Audiência Pública, quando couber, de
acordo com a regulamentação pertinente;
· Solicitação de esclarecimentos e
complementações pelo órgão ambiental
competente, decorrentes de Audiências
Públicas, quando couber, podendo haver
reiteração da solicitação, quando os
esclarecimentos e complementações não
forem satisfatórios;
· Emissão de pareceres técnicos conclusivos e
quando couber, parecer jurídico;
· Deferimento ou indeferimento do pedido de
licença, respeitando a exigência da devida
publicidade.
Toda atividade econômica gera trabalho, renda e
divisas para o Estado. Mas a extração de
recursos naturais, seu processamento industrial
e o descarte dos resíduos gerados nesses
processos podem representar riscos ao equilíbrio
dos diversos sistemas ecológicos.
Para permitir estas atividades e, ao mesmo
tempo, evitar os riscos aos diversos
ecossistemas, a legislação brasileira exige das
empresas o licenciamento ambiental. Em Santa
Catarina, é a FATMA a responsável legal por
essa atribuição, que prevê três fases distintas em
cada empreendimento.
Modalidades de Licença
Quanto as outorgas concedidas pelo Poder
Público a quem pretende exercer uma
atividade potencialmente nociva ao meio
ambiente, ou seja, quanto às licenças
ambientais, cabe dizer que existem 3 tipos de
licença, com validade pré-estabelecida,
cabendo ao interessado providenciar sua
renovação, segundo a Resolução 237/ 97
CONAMA:
A Licença Ambiental Prévia (LAP), de
acordo com o Art. 8º, I é concedida na fase
preliminar do planejamento do
empreendimento ou atividade. Através dessa
modalidade de licença, se aprovam a
localização e concepção do empreendimento
ou da atividade, atestando sua viabilidade
ambiental.
Também são estabelecidos, os requisitos
básicos e condicionantes a serem atendidos
nas fases seguintes da implementação do
projeto.
Sua validade deverá ser no mínimo,
estabelecido por cronograma, não
podendo ser superior a cinco anos, no
máximo.
Licença Ambiental Prévia - LAP
É uma espécie de consulta de viabilidade, em
que o empreendedor da obra pergunta à
FATMA se é possível construir aquele tipo de
obra num determinado local. A FATMA vai
consultar as legislações ambientais em vigor,
federal e estadual, e, com base nessas
normas, vai responder se o empreendimento
é viável ou não. E, se for, com que condições
legais. A LAP não autoriza a construção da
obra, apenas atesta sua viabilidade naquele
local.
A Licença Ambiental de Instalação
(LAI), autoriza a instalação da atividade ou
empreendimento, de acordo com as
especificações constantes dos planos,
programas e projetos aprovados, incluindo
as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes, da qual constituem motivo
determinante.
O prazo de validade deverá ser no mínimo, o
estabelecido no cronograma, não podendo ser
superior a seis anos.
Licença Ambiental de Instalação - LAI
Depois de ter a LAP aprovada, o
empreendedor precisa apresentar à Fatma o
projeto físico e operacional da obra, em todos
os seus detalhes de engenharia, já
demonstrando de que forma vai atender às
condições e restrições impostas pela LAP. Só
com a LAI expedida é que se pode começar
as obras.
A outra modalidade de licença é a Licença
Ambiental de Operação (LAO), que
autoriza efetivamente a operação da
atividade ou empreendimento, após o
cumprimento do que consta das licenças
anteriores, com as medidas de controle
ambiental e condicionantes determinadas
para a operação.
O prazo de validade da LAO deverá
considerar os planos de controle ambiental e
será no mínimo, de quatro anos, não
ultrapassando a marca de dez anos.
Licença Ambiental de Operação - LAO
Findas as obras, a FATMA retorna ao local
para nova vistoria, a fim de constatar se o
empreendimento foi construído de acordo
com o projeto apresentado e licenciado,
principalmente no tocante ao atendimento
das condições e restrições ambientais. Se
estiver em desacordo, a obra pode ser
embargada. Se estiver tudo certo, a FATMA
expede a LAO, e somente então o
empreendimento pode começar a funcionar.
As empresas instaladas anteriormente à
adoção do licenciamento também estão sendo
cadastradas, recebendo orientação e
dispondo de prazos viáveis para se
enquadrarem às legislações ambientais.
Desta forma a FATMA visa diminuir os riscos
ambientais e garantir que as empresas
adotem, cada vez mais, tecnologias não
agressoras ao meio ambiente.
EIA-RIMA
Quando analisa as solicitações de Licença
Ambiental Prévia - LAP, a Fatma pode
verificar que a atividade a ser licenciada está
inserida na Relação de Atividades
Potencialmente Poluidoras, emitida pelo
Conselho Nacional do Meio Ambiente. Se isto
ocorrer, será exigido do empreendedor a
apresentação de estudos:
Estudos de Impacto Ambiental - EIA
O EIA é um diagnóstico detalhado das
condições ambientais da área de influência
do projeto antes de sua implantação. Deve
considerar o solo, o subsolo, o ar, as águas, o
clima, as formas de vida, os ecossistemas
naturais e o meio sócio-econômico. A análise
das consequências de sua implantação e de
sua não implantação. Os impactos positivos e
negativos, as medidas amenizadoras desses
impactos e suas formas de acompanhamento
e monitoramento.
Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente - RIMA
O RIMA deverá conter as conclusões do
estudo, demonstrando em linguagem
acessível à toda a comunidade todas as
vantagens e desvantagens, ambientais,
sociais e econômicas. Deve-se valer de
quadros, tabelas, audiovisuais e simulações
que facilitem a sua compreensão. Como
norma, ficarão à disposição das pessoas
interessadas, tanto na Biblioteca da Fatma,
quanto na Biblioteca Pública da região.
Para a apresentação do Relatório, a Fatma
pode convocar audiência pública, através da
imprensa, onde podem se manifestar todas as
pessoas e entidades que tenham algum
interesse no projeto.
Pelo grande interesse que têm despertado e
por privilegiar a participação da comunidade
no processo, a Fatma decidiu convocar
audiência pública para a apresentação de
todos os Estudos e Relatórios de Impacto ao
Meio Ambiente que venham a ser solicitados
nesta gestão.
Alteração das Licenças/ Penalidades
As Licenças Ambientais podem ser
modificadas, suspensas ou canceladas, toda
vez que ocorrer violação ou inadequação de
quaisquer condicionantes ou normas legais,
ou quando houver omissão ou falsa descrição
de informações relevantes que subsidiaram a
expedição da Licença requerida.
Ou ainda, quando houver superveniência de
graves riscos ambientais e de saúde.
Incorre em crime capitulado no Artigo 60 da
Lei dos Crimes Ambientais (Lei 6905/98),
além de constituir modalidade de infração
administrativa, quem instala, opera ou amplia
atividade sem licenciamento ambiental.
Passos para a obtenção da licença
1º passo: Identificação do tipo de licença
ambiental a ser requerida.
Qual a situação do empreendimento?
2º passo: Identificação do órgão a quem solicitar a licença.
Empreendimentos cujos os potenciais
impactos ultrapassem os limites do Estado
devem ser licenciados pelo IBAMA.
No caso de empreendimentos cujos
potenciais impactos ambientais sejam
restritos aos limites do Estado, a
competência para o Licenciamento é da
FATMA. Esse é o caso da grande maioria dos
empreendimentos existentes em nosso país,
por isso os próximos passos detalham o
procedimento do órgão licenciador estadual.
Caso o empreendimento deva ser licenciado
pelo IBAMA, o procedimento é semelhante, e
mais detalhes podem ser obtidos na Gerência
Executiva do IBAMA em Florianópolis-SC
3º passo: Solicitação de requerimento e cadastro disponibilizados pela FATMA.
Identificada a fase e, consequentemente, o
tipo de licença, que será requerida, é
necessário procurar o órgão licenciador e
solicitar os formulários de requerimento
adequados.
4º passo: Coleta de dados e documentos
Conforme o tamanho da empresa, a tipologia,
o grau de risco e a fase de licenciamento
poderá haver diferenciação em relação aos
documentos e procedimentos exigidos.
O quadro que se segue, obtido na Central de
Atendimento da FEEMA, relaciona os
principais documentos exigidos no
licenciamento.
5º passo: Preenchimento do cadastro de atividade industrial
O cadastro de atividade industrial é um
documento com informações da empresa que
descreve a sua atividade contendo endereço,
produto fabricado, fontes de abastecimento
de água, efluentes gerados, destino de
resíduos e produtos estocados.
Outros documentos tais como o levantamento
de plantas e a descrição dos processos
industriais deverão ser anexados ao cadastro
de atividade industrial.
Muitas empresas optam por contratar
serviços de empresas ou profissionais
especializados na área para a realização do
licenciamento.
Porém, nem todas dispõem de recursos para
este serviço.
6º passo: Requerimento da licença - Abertura de processo
Preenchido o cadastro industrial e anexados os
devidos documentos, procure a Central de
Atendimento (CA) da FATMA para a abertura do
processo de licenciamento ambiental de sua
empresa.
Os documentos serão conferidos e se estiverem
corretos será iniciado o processo de
licenciamento.
Nesta ocasião já deverá estar paga a taxa administrativa
7º Passo: Publicação da abertura de processo
A abertura do processo deverá ser publicada
em jornal de circulação e no Diário Oficial de
Santa Catarina pela empresa.
Após realizada a publicação, encaminhar
ofício e protocolar junto com as publicações
na FATMA.
Prazo: 30 dias para efetuar este procedimento .
REQUERIMENTO DA LICENÇA
- Identificar o Tipo de Licença a ser Requerida- Identificar a quem pedir a licença- Solicitar na FATMA o Cadastro de Atividade Industrial.- Requerimento de Licença- Formalização /Abertura de Processo
*Comprovante de pagamento de taxa referente ao custo do processo;*Documentos padrão;*Cadastro Industrial Preenchido;
As publicações também deverão ser
realizadas no recebimento de cada licença e
nos pedidos de renovação!
• Memorial descritivo do processo industrial da empresa;
• Formulário de Requerimento
preenchido e assinado pelo representante
legal;
• Cópia do CPF e Identidade do
representante legal que assinar o
requerimento;
• Cópias dos CPFs e Registros nos
Conselhos de Classe dos profissionais
responsáveis pelo projeto, construção e
operação do empreendimento;
• Cópias do CPF e Identidade de
pessoa encarregada do contato entre a
empresa e o órgão ambiental;
• Cópias da Procuração, do CPF e da
Identidade do procurador, quando houver;
• Cópia da Ata da eleição da última
diretoria, quando se tratar de sociedade
anônima, ou contrato social registrado,
quando se tratar de sociedade por cotas
de responsabilidade limitada;
• Cópia do CNPJ- Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica;
• Cópias do registro de propriedade do
imóvel ou de certidão de aforamento ou
cessão de uso;
• Cópia da Certidão da Prefeitura
indicando que o enquadramento do
empreendimento está em conformidade
com o a Lei de Zoneamento Municipal;
• Cópia da Licença ambiental anterior, se houver;
• Guia de Recolhimento (GR) do custo de
Licença. A efetuação do pagamento e custo
da taxa referente deverá ser orientada pelo
órgão;
• Planta de Localização do empreendimento.
Poderá a empresa anexar cópia de mapas do
Guia Rex ou outros mapas de ruas, indicando
sua localização;
• Croquis ou planta hidráulica, das
tubulações que conduzem os despejos
industriais, esgotos sanitários, águas de
refrigeração, águas pluviais etc.
A representação dessas tubulações deverão
ser representadas com linhas em cores ou
traços