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Esta publicação representa a culminância de um projeto que envol-veu milhares de educadores para refletir sobre suas práticas escolares e, emum esforço comunitário, solidário e democrático, propor planos de trabalho
que possibilitem a melhoria contínua da aprendizagem dos estudantes.O Prêmio Gestão Escolar (PGE), iniciativa do Conselho Nacional de Secre-
tários de Educação (Consed), convida e estimula todas as escolas públicas doBrasil a entrarem em um processo de autoavaliação da sua gestão. Destaca aimportância da participação de toda a comunidade escolar com o objetivo deque encontrem, coletivamente e sob a liderança do diretor, novos caminhospara o aperfeiçoamento do trabalho educativo.
Na edição de 2012, o PGE teve 9.693 escolas participantes. Todas as insti-tuições que conseguiram completar o processo de inscrição e propor seu planode melhoria têm a possibilidade de realizá-lo, independente de ganhar ou nãoo prêmio. A premiação dá visibilidade a algumas escolas que se destacaram,colocando-as como referência para que, diante de exemplos bem-sucedidos,outras se sintam estimuladas a avançar em seus projetos e, ano a ano, obser-var resultados positivos na aprendizagem dos alunos e na satisfação de todosos envolvidos.
Os desafios e dificuldades podem ser muito semelhantes no universo daEducação pública, mas cada comunidade encontra seus próprios caminhospara superá-los. As 25 escolas que se destacaram em seus estados em 2012
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alcançaram bons resultados de aprendizagem, objetivo maior da instituição,utilizando estratégias particulares que cada situação específica propiciou. Aofinal do processo, os diretores produziram relatos em que contaram como erao seu cotidiano de gestor; descreveram as relações entre equipe gestora, pro-fessores, alunos, funcionários, famílias e parceiros; apontaram os aspectos dagestão que favoreceram a premiação; e reuniram orientações que considera-ram úteis para seus colegas.
Esses relatos resultaram nesta publicação, que ressalta os aspectos que osgestores das escolas Destaques Estaduais 2012 consideram os mais importan-tes entre as diversas ações que desenvolvem no cotidiano escolar.
O Consed acredita que estudantes e educadores são capazes de aprendere se aperfeiçoar constantemente, e que o fortalecimento da Educação brasileirae a qualidade das escolas estão nas mãos de todos: gestores e demais profis-sionais de Educação, estudantes, famílias, comunidade, equipamentos públi-
cos, enfim, toda a rede responsável pelas crianças e adolescentes deste País.A união da comunidade escolar a partir de uma liderança e de um grupo comdeterminação só pode gerar bons resultados.
Temos certeza de que juntos podemos fazer a diferença necessária para aescola brasileira.
Venha conosco nesta proposta e inscreva-se na edição 2013 do PrêmioGestão Escolar no site www.consed.org.br.
Professora Maria Nilene Badeca da CostaPresidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação – Consed
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Prêmio Gestão Escolar 8
Mobilizar, refletir e avançar 9
Diretores protagonistas 13
A escola que se abre 31
A escola cumpre seu papel 63
O diretor não está só,tem uma equipe gestora 21
Acompanhamento pedagógico 47 em primeiro lugar
Gestores como você 12
Refletir para enfrentar os desafios 73
Convite 72
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Prêmio Gestão Escolar
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cipal objetivo do PGE é mobilizar ascomunidades escolares para que seinscrevam, realizem a autoavaliaçãoe implementem seus planos de ação.Ao fazer a inscrição, a equipe gestora,
professores, alunos, funcionários, fa-mílias e demais interessados no forta-lecimento da escola, envolvem-se emuma reflexão coletiva sobre as váriasdimensões da gestão. O instrumen-tal para a inscrição ao PGE orienta oquestionamento de aspectos prioritá-rios relacionados às estratégias de en-sino e de resultados de aprendizagem.O esforço se concretiza no diagnósticoda realidade da escola e no planeja-
O Prêmio Gestão Escolar (PGE),realizado desde 1998 pelo ConselhoNacional de Secretários de Educação(Consed) e por seus parceiros, visa esti-mular a melhoria da gestão das esco-
las públicas de Ensino Básico em buscade seu objetivo maior: garantir Educa-ção de qualidade, direito fundamentalde todos os estudantes brasileiros.
Para entender o conceito do PGEé importante ressaltar que a realiza-ção de um prêmio traz como principalresultado a mobilização de um gran-de público para a causa que se querdefender. Nesse caso, a melhoria dagestão das escolas públicas. O prin-
Mobilizar, refletir e avançar
Autoavaliação conduz à ação
Leitura de Dom Quixote,em quadrinhosEscola Estadual ProfessoraLea Silva Moraes
Ilha Solteira, São Paulo
Feira de CiênciasEscola EstadualLobo D’AlmadaBoa Vista, Roraima
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três ou mais escolas dentre aquelasencaminhadas pelos Comitês Re-gionais. Os avaliadores realizaramvisitas técnicas e indicaram a EscolaDestaque Estadual e do Distrito Fe-
deral. O relatório da visita técnica daescola indicada foi enviado ao Comitê
Nacional, juntamente aos demais do-cumentos de inscrição.3. O Comitê Nacional selecionou, emuma primeira fase, seis escolas finalis-tas como Destaques Nacionais . Essasescolas foram visitadas novamentepor especialistas indicados pelo Con-
sed, que apresentaram relatórios ava-liativos. Na segunda fase, o ComitêNacional elegeu, entre as finalistas, aescola Referência Brasil.
Os prêmios às escolas seleciona-das possuem diferentes categorias:
1. Diplomas para todas as escolasclassificadas como Escola DestaqueEstadual e do Distrito Federal, Des- taques Nacionais e Referência Brasil.2. Valor financeiro, não cumulativo,de acordo com a classificação:R$ 6 mil para cada Escola DestaqueEstadual e do Distrito Federal;R$ 10 mil para cada Escola DestaqueNacional;
mento de novas ações que promo-vam a superação de fragilidades,o aperfeiçoamento do trabalho e aaprendizagem efetiva dos estudantes.
Os prêmios são, sem dúvida, re-compensas e estímulos para aquelesque conseguem superar as diversas
etapas de seleção. Embora os regula-mentos imponham limites, sabemosque muitas outras escolas poderiamestar entre as premiadas. Por outrolado, temos comprovado por meiode diversas experiências que a parti-cipação em várias edições mantém o
grupo de profissionais motivado parao constante aperfeiçoamento. Dessaforma, as escolas participantes deseguidos PGE tendem a avançar noprocesso de seleção e, com algumafrequência, conquistam prêmios emparticipações futuras e em outras ini-
ciativas semelhantes.O processo de seleção ao PGE
do Consed de 2012 aconteceu em trêsetapas:
1. Comitês Regionais, definidos deacordo com os órgãos seccionais dasSecretarias Estaduais de Educação,selecionaram uma escola dentre asinscritas nas respectivas regiões.2. Comitês Estaduais selecionaram
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Diretores das EscolasDestaques Nacionais doPrêmio Gestão Escolar
2012 durante cerimôniade premiação, realizada
em São Paulo apóso intercâmbio de duas
semanas em escolas dediferentes regiões dos
Estados Unidos
definição e avaliação dos objetivos e
rumos de cada edição.O Conselho é composto por di-
versas instituições, entre órgãos pú-blicos e fundações empresariais: Mi-nistério da Educação (MEC); UniãoNacional dos Dirigentes Municipaisde Educação (Undime); Embaixada
dos Estados Unidos da América; Or-ganização das Nações Unidas paraa Educação, a Ciência e a Cultura(Unesco); Fundação Roberto Marinho;Fundação Itaú Social; Fundação Vic-tor Civita; Fundação SM; FundaçãoSantillana; Instituto Unibanco; Ins-
tituto Natura; e Gerdau. O Centro deEstudos e Pesquisas em Educação,Cultura e Ação Comunitária (Cenpec)participa como assessor técnico.
R$ 30 mil para a Escola Referência
Brasil.3. Viagem de intercâmbio aos EstadosUnidos para cada Escola Destaque Es- tadual e do Distrito Federal.
Vale destacar que existem inicia-tivas complementares de alguns esta-
dos, como cerimônias de premiação,prêmios financeiros, intercâmbios inte-restaduais e diversas ações de estímulopara as escolas de suas redes de ensino.
Além da colaboração das Se-cretarias Estaduais de Educação, oConsed conta com parceiros impres-
cindíveis para a realização do PGE,que teve, em 2012, sua 13a edição. Osparceiros compõem o Conselho deGovernança do PGE, que auxilia na
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Gestores como você
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desse grupo de gestores é justamentebuscar, com o apoio da comunidade,caminhos para vivenciar as dificulda-des inerentes ao cotidiano escolar.
Nas próximas páginas, a coorde-
nação do Prêmio Gestão Escolar (PGE)selecionou aspectos que consideraimportantes para o aprimoramentodos processos de gestão escolar. Essespontos foram selecionados a partirdas muitas experiências recebidas, vis-tas, ouvidas e apreendidas durante o
processo de premiação de 2012.Para começar, apresentamos os
diretores que se destacaram em seusestados:
Nesta publicação você encon-trará registros do trabalho desen-volvido por 25 diretores de escolaspúblicas brasileiras que vivem rea-lidades muito distintas: são escolas
urbanas – localizadas em regiõescentrais e periféricas – e escolas ru-rais de Educação Infantil e EnsinosFundamental e Médio. O que têm emcomum é que suas práticas de ges-tão se destacam!
Isso não significa que não te-
nham problemas, que os diretoresconsigam acertar sempre, ou que ospais participem de forma produtivadesde o primeiro dia de aula. O mérito
Diretores protagonistas
Busca por caminhos,com a comunidade escolar
Sexta-feira Cultural
EEEF Rocha PomboNova Brasilândia, Rondônia
Laboratório de CiênciasEscola Estadual Santos FerrazTaquarana, Alagoas
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DIRETORAAna Lúcia Marques de Paula MouraESCOLA
Centro de Ensino Médio Setor Leste
Ensino Médio1.329 alunos, 84 professoresBrasília, Distrito Federal
DIRETORIvan José Nunes FranciscoESCOLA
Escola Tomé Francisco da Silva
Ensino Fundamental e Ensino Médio757 alunos, 22 professoresuixaba, Pernambuco
ESCOLA REFERÊNCIA BRASIL ESCOLAS DESTAUES NACIONAIS
Acreditamos que a nota não é o mais importante, o que interessa é
que o aluno aprenda. Com isso, o comportamento melhora, crescea autoestima e a nota aparece como consequência. Os bons resulta- dos de aprendizagem vêm sendo alcançados por uma série de açõesdesenvolvidas pelo conjunto de educadores, como o monitoramentoda aprendizagem, os plantões pedagógicos, as aulas de reforço emtodas as disciplinas e os projetos interdisciplinares.
Ivan José Nunes Franciscouixaba, Pernambuco
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DIRETORA
Vanda Rossi LuchesiESCOLA
Escola MunicipalProfessora Iracema Maria VicenteEducação Infantil e Ensino Fundamental562 alunos, 34 professores
Campo Grande, Mato Grosso do Sul
DIRETORA
Vânia Lúcia Pieruccetti de SouzaESCOLA
Colégio Estadual Chequer Jorge
Ensino Fundamental (regular e EJA) eEnsino Médio (regular e EJA)852 alunos, 56 professoresItaperuna, Rio de Janeiro
DIRETORAMaria Gorete Nobre SilvaESCOLA
Escola Estadual Presidente Kennedy
Ensino Fundamental306 alunos, 26 professoresNatal, Rio Grande do Norte
DIRETORA
Aurilene de Freitas SantosESCOLA
Escola Estadual Lobo D’Almada
Ensino Fundamental (regular e EJA)1.151 alunos, 67 professoresBoa Vista, Roraima
ESCOLAS DESTAUES NACIONAIS
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DIRETORAFrancisca Cunha LimaESCOLA
Escola Estadual de Tempo IntegralProfessora Roxana Pereira Bonessi
Ensino Fundamental413 alunos, 22 professores
Manaus, Amazonas
DIRETORA
Zenilda Nascimento da SilvaESCOLA
EE – Centro Educacional Santo Antônio
Ensino Fundamental574 alunos, 21 professoresSimões Filho, Bahia
DIRETORANilva de Oliveira SouzaESCOLA
Escola Georgete Eluan Kalume
Ensino Fundamental926 alunos, 34 professoresRio Branco, Acre
DIRETOR
Jaelson de Farias VieiraESCOLA
Escola Estadual Santos Ferraz
Ensino Fundamental e Ensino Médio1.102 alunos, 27 professoresTaquarana, Alagoas
ESCOLAS DESTAUES ESTADUAIS
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DIRETORAWannessa Cardoso e SilvaESCOLA
Colégio EstadualProfessor José dos Reis Mendes
Ensino Fundamental e Ensino Médio1.647 alunos, 49 professores
Trindade, Goiás
DIRETOR
José Ribamar CarvalhoESCOLA
Centro de Educação Básica
Sebastião Sudário BrilhanteEnsino Fundamental404 alunos, 14 professoresAlto Alegre do Pindaré, Maranhão
DIRETORAMaria de Fátima Holandados Santos SilvaESCOLA
EEF Judite Chaves Saraiva
Educação Infantil e Ensino fundamental439 alunos, 13 professores
Limoeiro do Norte, Ceará
DIRETORA
Geanne Darc de Vete Alves NogueiraESCOLA
EEEFM Ecoporanga
Ensino Fundamental e Ensino Médio(regular e EJA)1.488 alunos, 58 professoresEcoporanga, Espírito Santo
ESCOLAS DESTAUES ESTADUAIS
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DIRETORRobson Rubenilson dos Santos FerreiraESCOLA
EEEFM Professor Lordão
Ensino Fundamental e Ensino Médio741 alunos, 34 professoresPicuí, Paraíba
DIRETORA
Emiliene Alves de Figuerêdo PedrosaESCOLA
Centro de Ensino Médio de Tempo Integral
Desembargador Pedro SáEnsino Médio313 alunos, 14 professoresOeiras, Piauí
DIRETORAIvonilde Rodrigues de Souza CostaESCOLA
Escola EstadualPresidente Tancredo Neves
Ensino Fundamental806 alunos, 31 professores
Taiobeiras, Minas Gerais
DIRETORA
Soleni Terezinha Vendruscolo IorisESCOLA
Escola Estadual Dom Bosco
Ensino Fundamental e Ensino Médio1.989 alunos, 91 professoresLucas do Rio Verde, Mato Grosso
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DIRETORASandra Eliete Maffacioli ReckziegelESCOLA
Escola Municipal de Educação InfantilParaíso da Criança
Educação Infantil43 alunos, 4 professores, 4 monitores
São José do Inhacorá, Rio Grande do Sul
DIRETORA
Kellin Karina Kreusch KnaulESCOLA
EEB Bertino Silva
Ensino Fundamental e Ensino Médio400 alunos, 21 professoresLeoberto Leal, Santa Catarina
DIRETORAMaria Ivonete Favarim VendramettoESCOLA
Escola Estadual Dom Orione
Ensino Fundamental805 alunos, 33 professoresCuritiba, Paraná
DIRETORA
Marcia Cristiane Holz MaiaESCOLA
EEEF Rocha Pombo
Ensino Fundamental477 alunos, 22 professoresNova Brasilândia, Rondônia
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DIRETORAKlenes Pereira dos Santos PinheiroESCOLA
Colégio Estadual de Itacajá
Ensino Fundamental e Ensino Médio656 alunos, 18 professoresItacajá, Tocantins
DIRETORAMaria Cristina SantosESCOLA
Colégio Estadual Barão de Mauá
Ensino Fundamental e Ensino Médio1.086 alunos, 69 professoresAracaju, Sergipe
DIRETORA
Magnólia Segura DiasESCOLA
Escola Estadual
Professora Lea Silva MoraesEnsino Fundamental584 alunos, 35 professoresIlha Solteira, São Paulo
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a atividade didática ocorra: a escolaestá limpa, as salas estão arrumadase os equipamentos estão disponíveis.Os portões se abrem e a entrada dosalunos dá o tom da rotina escolar.
As escolas começam as ativida-des nas primeiras horas da manhã.Muitas vezes, os alunos entram às 7h.Nesse horário, professores e funcioná-rios já organizaram o espaço para que
O diretor não está só,tem uma equipe gestora
A organização da rotina escolar
Procuro receber os alunos no momento da entrada. Gosto de vê-los chegando de mãosdadas com seus pais e avós. Com isso, as famílias percebem que nossa equipe zela pelobem-estar das crianças e as deixam aqui com tranquilidade.
Desde o primeiro contato, procuramos nos aproximar das famílias, acolhendo-as. Osportões estão abertos aos pais, há reuniões, muitas festas (junina, dia dos pais, dia das
mães, festa de final de ano), reuniões de Conselho Escolar e da Associação de Pais e Mes- tres. Temos certeza de que é na relação estabelecida no dia a dia que a parceria se estabe- lece e os problemas são resolvidos.
Vanda Rossi LuchesiCampo Grande, Mato Grosso do Sul
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postos pelas diferentes dimensões queenvolvem esse processo.Podemos começar observando a
organização da rotina, que é um dosmais importantes aspectos da gestãoescolar. Desse ponto de vista, o iníciodo dia, marcado pela recepção dos
alunos, é fundamental! Temos, então,uma primeira pista para identificaraspectos de uma boa gestão nesseâmbito: é imprescindível a presençada equipe gestora em todos os mo-mentos do dia escolar, e, em especial,no início das atividades.
Veja bem: mencionamos a equi-pe gestora, e não somente o gestor.Trata-se do grupo de pessoas quedeve se organizar para recepcionarprofessores e alunos já no início damanhã, na entrada, na preparação eno início das atividades escolares.
A estrutura, o funcionamento eas relações interpessoais que aconte-cem nas escolas são muito parecidosentre si. Isso nos faz pensar: ual é amelhor escola? O que nos faz consi-derar que uma instituição tem umagestão mais qualificada do que ou-
tra? Como avaliar escolas que se en-contram nos quatro cantos do País,atendendo a comunidades distintas,com os mais diversos problemas e di-ficuldades?
Em primeiro lugar, é preciso sa-ber que todas as escolas enfrentam
dificuldades variadas que, às vezes,têm origens parecidas. Sendo assim,para definir o que qualifica a gestão,é preciso considerar como a comu-nidade escolar, liderada pelo diretor,enfrenta os obstáculos e constróicaminhos para tratar os desafios im-
O dia a dia da escola é bastante atribulado. Começa às 7h, com a chegada de alunos,professores e funcionários. É preciso estar presente, acompanhar. Em equipe, busca- mos a solução dos problemas com ações imediatas. Postergar decisões não faz partedo cotidiano de nossa escola.
Magnólia Segura DiasIlha Solteira, São Paulo
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Diretorarecepciona os alunosEscola Municipal Professora
Iracema Maria VicenteCampo Grande,
Mato Grosso do Sul
mentos de diferentes áreas de atua-ção. Ao assumir a gestão de umaescola, o gestor deve buscar a quali-dade, a melhoria dos trabalhos esco-lares, o aperfeiçoamento da relaçãoque existe entre o ensino e a aprendi-zagem. Pode-se afirmar que, entre as
diferentes funções presentes na esco-la, a de gestor é a mais abrangente— é preciso saber prestar contas,organizar a rotina da escola, garan-tir os recursos didáticos, conhecer osprocessos e as estratégias de ensino,compreender como os alunos cons-
troem seus percursos de aprendiza-gem, fazer a articulação com as fa-mílias e exercer a liderança do grupode professores.
É bom ser recepcionado com um“Bom dia!” agradável e especial, comum desejo de “Bom trabalho!” ou “Boaaula!”. Melhor ainda é quando o cum-primento é oferecido por aqueles quecoordenam e administram a escola,pois, essa recepção estabelece uma
relação de proximidade, de corres-ponsabilidade, de cuidado. E nós, se-res humanos, queremos ser cuidados,queremos sentir no olhar do outro orespeito e a preocupação conosco ecom nossos afazeres!
UMA EUIPE EMFORMAÇÃO PERMANENTEA rotina do gestor é pontuada pormuitas variáveis e exige conheci-
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Reunião pedagógicaEscola Georgete Eluan KalumeRio Branco, Acre
pe! Ações que se complementam sósão possíveis se a equipe conversa,discute, reflete e até discorda.
Essa equipe deve tratar das ati-vidades cotidianas da escola. Cuida
da relação entre ensino e aprendiza-gem, promove a articulação com asfamílias e a comunidade, administraseu pessoal e os recursos materiais efinanceiros. Muitas das Escolas Desta- que Estadual de 2012 têm uma equipegestora que dialoga, identifica con-
vergências e sabe lidar com as diver-gências — discutindo, refletindo, es-tudando e buscando o fortalecimentoprofissional.
Tantas variáveis só podem serdesempenhadas com qualidadequando a rotina escolar está organi-zada, as ações são compartilhadase os afazeres estão distribuídos. Para
isso, todo diretor precisa de uma equi-pe com quem compartilhar reflexões,tarefas e responsabilidades. Contudo,anterior à divisão do trabalho está adefinição de parâmetros de atendi-mento, de princípios de qualidade, deobjetivos pedagógicos. Dessa forma,
o fruto dessa distribuição serão maioreficácia e eficiência, e não ações indi-vidualizadas e contraditórias. Trata-sede um verdadeiro trabalho em equi-
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As tarefas da equipe gestora são divididas durante o planejamento anual para quecada um se responsabilize a acompanhar e cobrar o desenvolvimento de determi-
nadas ações. Fazemos reuniões periódicas e as decisões são tomadas em equipe,nunca por uma única pessoa. Temos um plano de ação no qual estão descritos osprincípios e as estratégias que devem nortear o trabalho de gestão.
Esse plano é de suma importância, pois, baliza a tomada de decisões em rela- ção aos problemas que surgem, previsíveis ou não. Serve também para me ajudara gerenciar a equipe gestora e a envolvê-la nos trabalhos. Um planejamento queenvolve estratégias é fundamental para que as ações aconteçam de fato na esco- la e promovam resultados satisfatórios.
A equipe gestora tem carga de oito horas diárias e a escala é feita emcomum acordo. Cada um, com suas habilidades, cumpre tarefas ad- ministrativas e pedagógicas. Na minha ausência, qualquer membroda equipe exerce a liderança e toma decisões junto aos pedagogos e
educadores. As informações são transmitidas com precisão por meiode conversas na troca de turno, por telefone, e-mail ou recados ano- tados na agenda coletiva.
Outro fator importante é a presença da equipe gestora diaria- mente e em todos os turnos de funcionamento. Temos o cuidado denunca deixar a escola sem pelo menos um membro da direção; não
acontece de alguém telefonar ou chegar ao colégio e não encontrarum de nós. O exemplo que damos só aumenta nossa credibilidadeperante os servidores, os educadores e a comunidade.
Marcia Cristiane Holz MaiaNova Brasilândia, Rondônia
Maria Cristina SantosAracaju, Sergipe
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periódicos e, portanto, previsíveis —ou seja, podem ser planejados. Algu-mas equipes conseguem captar issopara organizar o dia a dia.
Emergências e imprevistos acon-tecem em todas as instituições e pre-
cisam ser consideradas, mas, nasescolas que se destacaram na edição2012 do Prêmio Gestão Escolar (PGE),o funcionamento da rotina está ga-
Diferentes agrupamentos sãopossíveis na composição de uma
equipe gestora, mas é comum encon-trar, além do diretor, um supervisorou coordenador pedagógico — res-ponsável pela orientação, pelo acom-panhamento e pela avaliação do pro-cesso educacional — e um orientadoreducacional, voltado às necessidades
dos alunos. Algumas escolas incluemnessa equipe o secretário da esco-la, que costuma tratar de questõesadministrativas.
O dia a dia de qualquer escola éatribulado — a organização do tem-po e o estabelecimento de prioridades
é sempre um desafio. Porém, umaanálise atenta do funcionamento detodas as instituições de ensino mostraque os acontecimentos são comuns,
A escola onde trabalho funciona em duas unidades: sede e extensão, quefica a três quilômetros. Como na unidade da sede não existia uma sala
para as coordenadoras pedagógicas, arrumei um espaço na minha salapara elas. Isso aconteceu por acaso, mas fez com que nossa equipe atuas- se de forma mais coesa. Sempre tenho contato com as coordenadoras econseguimos trabalhar juntas, resolvendo muitas questões numa rápidaconversa.
Wannessa Cardoso e SilvaTrindade, Goiás
Jaelson de Farias VieiraTaquarana, Alagoas
A secretária nos auxilia na parte administrativa econtribui na elaboração das prestações de contas.Isso possibilita que os demais profissionais da equi-
pe gestora se ocupem de outras atribuições.
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combinados. A ação de cada um estápautada no conhecimento que o gru-po conseguiu construir junto. As dife-renças entre as pessoas que compõema equipe gestora são notadas e consi-deradas, para que todos tenham pos-
sibilidade de se desenvolver, de apren-der e de compor um conjunto escolar.
Vimos que os diretores que sedestacaram conseguiram formar uma
rantido. Essas ocorrências não impe-dem o planejamento — ao contrário,torna-se mais fácil resolvê-las quan-do os princípios da instituição estãodefinidos e as tarefas, divididas.
Muitas das situações imprevis-
tas são resolvidas por um integranteda equipe gestora, mas — como já foidestacado — as soluções propostasse inspiram em princípios acordados e
Costumo dividir responsabilidades e tarefas comminha equipe mais próxima. Delego autoridadepara que possam tomar decisões e cuidar de aspec- tos da gestão, mas acompanho tudo e costumamosnos reunir para compartilhar o que cada um estáfazendo. Aliás, compartilhar a gestão com a equi-
pe possibilita o desenvolvimento do trabalho coo- perativo. Somos corresponsáveis pelos sucessose fracassos.
Ivonilde Rodrigues de Souza Costa
Taiobeiras, Minas Gerais
Vanda Rossi LuchesiCampo Grande, Mato Grosso do Sul
O principal compromisso denossa equipe gestora é o acom-
panhamento da proposta edu- cacional. Diretora, diretoraadjunta, quatro coordenadoresde séries e três coordenadorasde áreas (Línguas Estrangei- ras, Educação Física e Artes)
planejam com os professoresas atividades de sala de aula,acompanham a aprendizageme a assiduidade dos alunos Ocompromisso e o envolvimen- to da equipe são reconhecidospelos vários segmentos que
compõem nossa escola.
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Reunião mensal dadiretora com alunos
monitores e fiscaisde turmaEscola Estadual Dom OrioneCuritiba, Paraná
te com todos que vivem o cotidianoescolar. Desse relacionamento diáriocom professores, alunos e funcioná-rios surgem encaminhamentos que setransformam em ações preventivas.Trata-se da Educação pela prevenção,da ação que se antecipa ao problema.
São gestores que não se encerram emseus gabinetes, são vistos por alunos,professores e funcionários, e criamum clima de confiança entre todos.
verdadeira equipe gestora, mas nãoexiste uma única forma de organizara rotina e dividir as tarefas. O impor-tante é que o diretor — que eventual-mente pode ser representado por suaequipe — esteja presente em váriosmomentos do dia escolar, cuidando
das diferentes dimensões da gestão.Alguns diretores optam por fazerincursões pelos ambientes escolares,pelo contato constante e frequen-
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Sabe-se que questões adminis-trativas, de naturezas diversas, podemsobrecarregar os gestores. Entretanto,o compartilhamento das tarefas —que não destina a um único profissio-
nal uma determinada dimensão dagestão — fortalece a equipe e possi-bilita ao gestor o acompanhamentodos afazeres pedagógicos. Nas esco-las que adotam esse modelo, prevale-ce a visão de que esse trabalho não éapenas do coordenador pedagógico.
Aliás, o diretor também é responsávelpelas atividades do coordenador, edeve ser capaz de acompanhar e dis-cutir estratégias de ensino.
Em algumas escolas, esse acom-panhamento é feito em esquema de ro-dízio pela equipe gestora. Nesse caso,o próprio diretor participa do rodízio etambém mantém contato com todos
nos diversos ambientes escolares. Apresença da equipe, especialmente ado diretor, nos momentos de entradae saída e nos diferentes períodos, apro-xima-o da comunidade e indica quehá pessoas cuidando daquela escola,zelando pelos alunos. O acompanha-
mento da rotina escolar pela equipegestora demonstra que as ações indi-viduais estão conjugadas em um pro- jeto maior, o projeto de escola.
Tenho o hábito de conversar com alunos, pais e professores sobre assuntosde caráter pedagógico. Diariamente realizo visitas às salas de aula.
Lembre-se: um bom profissional é aquele que se sente realizado, que sabe organizar seutempo de maneira a conseguir espaço para a família, para o lazer e para a formaçãocontínua. A organização da rotina escolar pode diminuir a sobrecarga de trabalho dodiretor. Vale a pena dar um tempo na correria do cotidiano para reorganizar a rotina ecompartilhar preocupações, conhecimentos e tarefas com a equipe.
José Ribamar de CarvalhoAlto Alegre do Pindaré, Maranhão
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Priorizo as questões pedagógicas, porque sei que todo aluno é capaz de aprender.Em nossa escola conseguimos fazer com que cada um se sinta responsável pela
aprendizagem de todos os estudantes.Os alunos de um período deixam a sala em ordem para o próximo turno. O am- biente escolar, e em especial o da sala de aula, é organizado para possibilitar o bomdesempenho das atividades pedagógicas. Alunos e professores percebem que nossagestão valoriza esse espaço, reconhecem que aquele é o principal espaço da escola.
Todas as ações de gerenciamento administrativo e financeiro estão direciona- das para garantir a melhor aula possível, para equipá-la com condições e instru-
mentos que tornem as aulas mais dinâmicas e motivadoras. Controlamos a frequên- cia e o aproveitamento, e passamos as informações para os pais com transparênciae acolhimento. Com os registros que temos na secretaria, sabemos tudo o que preci- samos sobre cada aluno e, assim, conseguimos propor melhores encaminhamentos.
Ivan José Nunes Franciscouixaba, Pernambuco
PGE 2012Para os diretores das escolas que se destacaram, é importante: que todas as áreas da gestão estejam conectadas;
estabelecer rotinas e atividades coordenadas e inspiradas no projeto pedagógico, pois, issotem forte impacto na qualidade do ensino;
organizar sua agenda para acompanhar as questões pedagógicas, aproximar-se do trabalhodo coordenador e garantir que a equipe gestora esteja diretamente envolvida na melhoria daqualidade do ensino;
compartilhar, destacando que isso é mais do que delegar, pois, pressupõe o acompanhamen-
to contínuo.O diretor é o responsável por todas as dimensões da gestão escolar e deve estar preparado parase responsabilizar por cada uma delas.
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isso, valorizam essa experiência desdecedo, buscando sua continuidade nosanos futuros.
Por outro lado, a participaçãoda comunidade garante aos profis-
sionais da Educação o contato diretocom a população atendida. Dessaforma, é possível se aproximar davida do aluno fora da escola, o quecontribui para a identificação de ne-cessidades e possibilidades daquelegrupo. Essa aproximação deve nor-
tear a construção do Projeto PolíticoPedagógico (PPP). Somente assima escola pública terá condições deatender sua função social — ofe-
Desde a Constituição Federalde 1988, a gestão da escola públicadeve, obrigatoriamente, contar coma participação da comunidade, o quepropicia a construção de uma gestão
democrática. Para além da obrigato-riedade, essa forma de gerir a escolamostra-se um caminho de fortaleci-mento da vivência democrática nasociedade brasileira.
As pessoas que experimentamesse tipo de gestão na escola vivem
experiências de procedimentos demo-cráticos. Para os alunos, trata-se deantecipar formas de relacionamentoque eles terão na vida adulta. Com
A escola que se abre
A gestão democrática da e na escola pública
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crática pressupõe credibilidade e umasérie de habilidades e competênciasdos envolvidos.
Nesse movimento de idas e vin-
das para a consolidação da gestãodemocrática nas escolas, percebe-sea importância da obrigação legal.Atualmente, o exercício desse tipo degestão não depende do desejo dosgestores — toda e qualquer comuni-dade pode e deve exigi-la.
Isso não significa que basta apromulgação de leis para que ocor-ram mudanças na forma como seestabelecem as relações dentro de
recendo a cada um dos estudantescondições de desenvolvimento plenoe de aprendizagem significativa dossaberes escolares.
Em 1996, a Lei de Diretrizes eBase da Educação Nacional conso-lidou o imperativo democrático dagestão e a regulamentou, ratifican-do-a como necessidade para todosos sistemas de ensino público. Apósmais de 20 anos de regime autoritá-
rio, a introdução da democracia naescola não poderia se dar de formarápida, sem obstáculos e refluxos. Atéporque, qualquer experiência demo-
Reunião de paisEscola Estadual Santos FerrazTaquarana, Alagoas
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Pais e equipe gestoraEscola Georgete Eluan Kalume
Rio Branco, Acre
gestão. Já se passaram duas décadase meia e, nesse período, foram regis-tradas muitas experiências; algumas
já se consolidaram, outras estão emexperimentação.
uma escola, ou em qualquer outrainstituição. O tempo de vivência eexperimentação de procedimentos
democráticos mostra-se insubstituí-vel para a consolidação desse tipo de
Temos trabalhado bastante para que cada um se sinta orgulhoso de fazerparte de nossa comunidade escolar. Posso afirmar que todos conhecem
muito bem os projetos oferecidos pela escola, nossa história, nossas di- ficuldades. Procuramos garantir que todos os interessados conheçam avida da escola. O Conselho Escolar se envolve ativamente em todas asatividades e sua participação é determinante para o bom desempenho denossa escola em todas as dimensões da gestão.
Maria Ivonete Favarim VendramettoCurtiba, Paraná
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cação democrática — uma escola
pública de qualidade para todos, quegaranta o desenvolvimento integrala todos os brasileiros. A ideia de qua-lidade está diretamente ligada aossaberes trabalhados pela escola e àsnecessidade daqueles que ela atende.
FAMÍLIA E ESCOLA,UMA PARCERIA POSSÍVELuando se fala em gestão demo-crática, a participação das famíliasaparece como condição principal. Defato, sabe-se que o aprendizado doaluno pode ser facilitado pelo envol-
vimento de seus pais. Todavia, essaparticipação deve ir além de apenasacompanhar o desenvolvimento es-colar dos filhos.
Mesmo processos e ações con-
solidados demonstram que a efetivi-dade da gestão democrática exige aconstante mudança de práticas didá-ticas e de gestão da escola. Não pode-ria ser diferente — se é democrática,exige olhares atentos e novos procedi-mentos frente às constantes mudan-
ças da sociedade, das tecnologias eda realidade escolar.A construção da gestão demo-
crática tem sido objeto de reflexão e depesquisas. Esses estudos reafirmam aideia de que a gestão democrática naescola não é um fim em si mesma —
ela amplia a qualidade de ensino e,de fato, promove a consolidação dademocracia na sociedade brasileira.A gestão democrática conduz à Edu-
Maria Gorete Nobre SilvaNatal, Rio Grande do Norte
Procuramos proporcionar um espaço agradável
para os pais e as mães nos momentos de entrada esaída da escola. Temos algumas árvores e até ban- cos. Hoje, contamos com o apoio e o reconhecimen- to das famílias em todas as instâncias. Os gastos,por exemplo, são decididos pelo grupo gestor e so- cializados com os pais.
Jaelson de Farias VieiraTaquarana, Alagoas
Começamos a nos aproximardas famílias e da comunida-
de cedendo nosso pátio paraa realização de eventos. Hoje,somos reconhecidos como umespaço de formação, de pro- dução e de disseminação doconhecimento.
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Família e escola precisam ter omesmo objetivo e caminhar lado alado. Porém, nem sempre isso é sim-ples. Somente o contato, a comuni-cação e o diálogo permitem à equipe
escolar conhecer e reconhecer as ex-pectativas das famílias, possibilitan-do a construção de objetivos comuns.Para começar, é bom lembrar que aprópria composição familiar vem so-frendo alterações. A escola precisa sedespir de qualquer forma de preconcei-
to para possibilitar a participação daspessoas que compõem a comunidade.
Muitos são os agrupamentos fa-miliares possíveis: a mãe é o chefe úni-
As fichas individuais preenchidas pelos pais ou responsáveis no ato da matrícula ourematrícula e as entrevistas com a família são instrumentos que permitem conhe-
cer melhor cada aluno da escola. O espaço é aberto à comunidade local para reali- zação de jogos escolares, reuniões e palestras. O contato constante com as famíliase com os alunos, em diferentes situações, estreita os laços com nossa comunidade.
Para gerir a dimensão participativa, insistimos no princípio de ter toda a co- munidade escolar como construtora do PPP e parceira na construção de uma pro- posta que a coloque no centro do processo. Nesse movimento, conseguimos ouviranseios e desejos dos pais e da comunidade. Fortalecer a participação do colegia-
do escolar e estabelecer parcerias com famílias, faculdades, empresas e órgãospúblicos são outras formas de gerir essa dimensão.
Ivonilde Rodrigues de Souza CostaTaiobeiras, Minas Gerais
Procuramos ampliar a participação dos responsá- veis nas reuniões de pais e mestres. Uma solução queencontramos foi criar a segunda chamada para paisque perderam o dia da reunião. A equipe gestora os
atende em horários previamente determinados. Comisso, o acompanhamento das famílias sobre a vidaescolar dos filhos melhorou consideravelmente.
Magnólia Segura Dias
Ilha Solteira, São Paulo
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Comemoração dodia dos pais
Colégio Estadual de ItacajáItacajá, Tocantins
elas emitem? Às vezes, é difícil paraos pais ler e entender as circulares;exige-se deles que acompanhem aconstrução curricular e as propostasdo PPP, que são conteúdos complexosaté para muitos educadores.
A relação que muitas vezes se
institui com as famílias é formal eacaba se resumindo a uma lista decobranças: falar dos resultados edu-cacionais dos filhos, pedir ajuda paraalguma questão disciplinar e solici-tar prestação de serviços em festas.Algumas das escolas que se destaca-
ram no Prêmio Gestão Escolar (PGE)2012 em seus estados conseguiramreconstruir essa relação e ter a famí-lia como uma parceira importante.
co da família, crianças criadas pelaavó ou por irmãos mais velhos, casaishomossexuais, jovens que vivem eminstituições. Diante dessa pluralidade,é preciso olhar cada família em suasingularidade, respeitá-la e convidá--la a estabelecer um diálogo com a
escola. A boa relação pode ser prejudi-cada pelas concepções estereotipadasque permeiam a cultura escolar emrelação à família. Ao desconsiderar acultura familiar dos alunos, a escolaacaba por impedir um diálogo hori-zontal entre as duas instituições.
É comum alguns educadores sequeixarem de as famílias não valo-rizarem a escola, mas será que elesconseguem enxergar os sinais que
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Lembre-se: a relação que a escola propõe aos pais dos alunos pode quebrar o paradigmade que a família não participa da vida escolar de seus filhos. Estudos comprovam que
os pais de baixa escolaridade são os que mais valorizam a Educação escolar. Porém,muitas vezes não sabem que tipo de participação a escola espera deles e nem comoparticipar. Cabe a você, diretor, conduzir essa proposta.
Nosso principal objetivo é me- lhorar o desempenho acadêmi- co dos alunos e contribuir para
erradicar o analfabetismo emnossa localidade. ueremosque os alunos tragam seus paispara a nossa escola. Nossoprojeto “Pais e Filhos Alfabeti- zados” envolve toda a comuni- dade e tem rendido bons frutos!
Nilva de Oliveira SouzaRio Branco, Acre
Emiliene Alves de Figuerêdo PedrosaOeiras, Piauí
Se queremos uma gestão participativa, não pode- mos selecionar os aspectos nos quais a participaçãose dará. A escola deve se abrir, com suas conquistase problemas, para a comunidade. Precisamos de- senvolver a capacidade de ouvir e, assim, conheceras necessidades de capacitação de nossos educado- res. A comunidade me auxilia na avaliação de de- sempenho dos professores e funcionários, possibi- litando crescimento e aprimoramento profissional.
Se hoje temos credibilidade junto aos pais, isso é fruto de um longo trabalho que desenvolve- mos. Localizada em uma comunidade discriminada por outras camadas sociais, nossa escolatrabalha com período integral há seis anos. Com frequência, temos reuniões e encontros queenvolvem a comunidade escolar. Procuramos atender às peculiaridades, considerando a dis- ponibilidade dos envolvidos. Com isso, queremos efetivar uma gestão democrática e partici- pativa. Em nossa escola, não existe o abandono escolar e alcançamos 100% de aprovação.
Francisca Cunha LimaManaus, Amazonas
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Ivan José Nunes Franciscouixaba, Pernambuco
Fazer reunião com os pais só para falar mal dos filhos não está com nada! Temosalguns projetos pedagógicos que envolvem as famílias e a comunidade de modomais amplo. O “Prazer de Ler” é voltado para a leitura e a escrita. Os pais são con- vidados para um café e servimos “livros em bandejas”.
Outra atividade pedagógica que envolve as famílias é a “Leitura Comparti- lhada”: o aluno leva um livro para casa para que a família leia junta e produza
um comentário — muitas vezes é o próprio aluno quem escreve; às vezes é a tia, avizinha, qualquer adulto que tenha essa habilidade.Procuramos também envolver pessoas que vivem na nossa comunidade, mas
que não são pais de nossos alunos: uma senhora que é catadora de latinhas veio àescola para ensinar a fazer sabão com restos de óleo caseiro.
Realizamos semestralmente Conselhos de Classe para compartilharcom a comunidade as principais dificuldades a serem vencidas. Nos-
sa intenção é buscar o apoio de todos os envolvidos na resolução dosproblemas diagnosticados. Uma equipe esclarecida e imbuída de pro- pósito na busca de soluções proporciona, indiscutivelmente, mais pos- sibilidades de vencer os desafios.
O objetivo primordial é traçar estratégias que sensibilizem a to- dos que fazem parte da comunidade escolar. Se cada um cumprir oseu papel, a aprendizagem pode fluir com muito mais eficácia, pro- porcionando uma qualidade satisfatória ao trabalho da escola.
Jaelson de Farias VieiraTaquarana, Alagoas
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Ivonilde Rodrigues de Souza CostaTaiobeiras, Minas Gerais
Robson Rubenilson dos Santos FerreiraPicuí, Paraíba
Escutar o coletivo é o primeiro passo para se construir uma boa gestão. Para isso,é preciso estabelecer com toda a comunidade escolar uma comunicação aberta e
eficiente, esclarecendo quais são as responsabilidades individuais de cada um nabusca dos objetivos propostos pela escola. É preciso também conhecer bem a clien- tela atendida e a comunidade onde a escola está inserida.
O exercício de uma gestão participativa e democrática permite a instalaçãode parcerias por meio das quais todos se engajam na busca de solução de proble- mas em prol da qualidade da escola, culminando em bons resultados obtidos pelonosso alunado.
Procuro ouvir a comunidade — professores, funcionários, alunos, pais e parceiros — paraplanejar as ações pedagógicas, financeiras, administrativas e de recursos humanos a seremexecutadas durante o ano. É preciso acompanhar e avaliar a realização dessas ações paracorrigir eventuais erros.
Essas equipes valorizam o des-pertar do sentimento de pertencimen-to pela comunidade em relação à ins-tituição. Além de ouvir os envolvidos,
estiveram atentas a suas contribui-ções na construção do projeto escolar,na organização da rotina e na avalia-ção do trabalho.
Trata-se de ir além do ouvir; é ou-vir e dar atenção, considerar de fatoo que é dito, observar os sinais que acomunidade emite. É preciso criar me-
canismos de comunicação que possi-bilitem a construção de um diálogo,aqui entendido como troca, discussãode ideias, de opiniões e de conceitos.
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nizar, acompanhar e garantir que ocotidiano escolar atenda ao que foiidentificado como necessidade da co-munidade e definido como objetivoescolar. Também é de responsabili-dade da equipe gestora, em conjunto
com professores e funcionários, fazerescolhas metodológicas e definiçõescurriculares que atendam as necessi-dades locais.
A gestão financeira da escolatambém deve acontecer de formaparticipativa. O diretor precisa usar
os recursos financeiros de acordocom as necessidades apontadas pelaequipe escolar e socializados com acomunidade, respeitando as deter-
Para fazer isso, é preciso refletirsobre duas questões. uais as melho-res formas de dizer e ouvir? Nesta se-gunda década do século 21, quais osinstrumentos mais adequados parafavorecer essa interlocução?
Os pais e familiares precisamperceber que aquilo que dizem é va-lorizado, que é ao menos debatido econsiderado séria e sistematicamente.Não adianta esperar que a comunida-de expresse o discurso escolar.
É preciso enfatizar que gestão
compartilhada não significa diminui-ção de responsabilidades. Ao contrá-rio, ampliam-se as responsabilidadesda equipe gestora. Cabe a ela orga-
Reunião do grêmioestudantilEscola Estadual Dom BoscoLucas do Rio Verde,Mato Grosso
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minações legais da administraçãopública e a legislação educacionaldo País. Os recursos precisam seraprovados pela comunidade ou porseus colegiados. Para criar a sensa-ção de pertencimento, a equipe pre-cisa oferecer à comunidade acessoàs reais condições (inclusive físicas)da escola. Assim, sugerir e participardas decisões acerca da alocação dosrecursos é essencial.
Lembre-se: a liderança do ges-tor, mais uma vez, é imprescin-dível: ele motiva, compartilha,acompanha e responsabiliza-
-se, ou seja, está implicado emtodas as ações.
Emiliene Alves de Figuêredo PedrosaOeiras, Piauí
Não há fórmulas para que um trabalho educativo dê certo. O que há são experiên- cias que se sobressaem devido ao envolvimento de todos que fazem a escola! Sema presença de pais, alunos, professores, equipe gestora, funcionários, membros doConselho Escolar e comunidade, os resultados não chegam com significado paraa escola e nem na vida dos alunos.
Para garantir o nível de participação que buscamos, temos uma semana pe-
dagógica bem planejada, com a participação de representantes de cada segmen- to da escola. Nesses momentos, analisamos resultados e trabalhamos sobre elespara formular o Plano Anual de Trabalho da Escola.
Fazemos também a primeira reunião de pais antes do início das aulas. Pro- curamos mostrar o que a escola ofertou de bom no ano anterior, por meio de re- gistros anuais e resultados de aproveitamento. ueremos também ouvir o que os
pais têm a dizer e acatar aquilo que for pertinente ao processo educativo.
PGE 2012
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PGE 2012Uma boa relação entre escola e família acontece quando: há diálogo sobre a organização do cotidiano escolar, sobre o que e como os alunos estão
aprendendo e sobre como os pais ou responsáveis podem apoiar o trabalho pedagógico daescola, pois, isso aumenta significativamente as possibilidade de aprendizado;
são oferecidas condições de participação em reuniões — horários que possibilitem a presençado pai, da mãe ou do responsável;
é criado um clima amistoso, que torna a escola mais receptiva; as reuniões são prazerosas, não se restringem a queixas e pedidos para auxílio nas tarefas
de casa; os pais são ouvidos e suas falas, consideradas; são criadas condições para que os pais possam participar de outras instâncias deliberativas
da escola; são desenvolvidas diferentes estratégias de aproximação com os pais: visita domiciliar, bi-
lhete, e-mail, carta, telefonema; os pais são convidados para oficinas, exposição, feiras eeventos festivos.
É por meio da construção coletiva que se pode transformar práticas, viabilizando a construçãode aprendizagens significativas.
ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Acreditou-se por muito tempo quea sala de aula era o único ambientede aprendizagem em uma instituiçãoeducativa. Hoje, sabe-se que todos osambientes da escola podem ser espa-
ços de ensino e aprendizagem. Umagestão eficaz organiza os vários es-paços para que muitas aprendizagensaconteçam. Algumas instituições que
se destacaram no PGE em 2012 foramalém dos muros da escola. Atentas aoentorno, aos valores e às experiênciasque cercam as escolas, as equipesprocuraram entender o que tem im-pactado a formação de seus alunos.
Sabe-se que são várias as pes-soas e instituições que impactam aformação de crianças e jovens. En-tretanto, a Educação escolar é de
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responsabilidade exclusiva da escola.A sociedade, nas suas relações maisvariadas, explicita seus valores bási-cos. Uma instituição de ensino atentaa isso deve ser capaz de identificar osprocedimentos mais adequados paraa formação de cidadãos e procurarse aproximar de outros espaços deaprendizagem que compartilhem osmesmos valores. Com isso, ampliam--se as experiências dos alunos e da co-munidade, de modo que as crianças e jovens voltem às salas de aula comnovos olhares e repertórios.
Vânia Lúcia Pieruccetti de SouzaItaperuna, Rio de Janeiro
Procuramos nos manter atentos para o que estáacontecendo em Vinhosa, bairro de nossa escola que
vem sofrendo várias transformações. Os professorestêm levado essa questão para as salas de aula.Fizemos uma parceria com a Secretaria de Edu-
cação e oferecemos o curso técnico de meio ambien- te. Vários de nossos alunos empregaram-se comfacilidade em empresas situadas junto à Bacia Pe- trolífera de Campos e ao Porto Iguaçu de São Joãoda Barra. Nosso desejo também é o de contribuircom as transformações pelas quais passa nossa re- gião, oferecendo — em parceria com a Secretaria deEducação — cursos para os moradores.
Alunos revitalizamos muros do colégio
Colégio Estadual ProfessorJosé dos Reis Mendes
Trindade, Goiás
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AO LADO , ES UERDA
Alunos brincam napraça da cidade
Escola Municipal de EducaçãoInfantil Paraíso da Criança
São José do Inhacorá,Rio Grande do Sul
AO LADO , D IRE I TA
Alunos durantegravação da TV SociokêEscola Estadual Dom Bosco
Lucas do Rio Verde,Mato Grosso
ALTO , ES UERDA
Aluno lê para passageirosem estação de tremCentro de Educação BásicaSebastião Sudário BrilhanteAlto Alegre do Pindaré,Maranhão
ALTO , D IRE I TA
Alunos em palestrada Secretaria de Saúdesobre DST/AidsCentro de Ensino Médiode Tempo Integral
Desembargador Pedro SáOeiras, Piauí
lacionamento de mão-dupla: ampliara qualidade da formação de seus alu-nos e ao, mesmo tempo, transmitirseus valores para outras instituições.
Vimos que uma parte dos pro- jetos educacionais deve ser defini-
Várias das escolas que se des-tacaram no PGE 2012 aproximaram--se de órgãos e programas governa-mentais, de associações existentesna região, do comércio local e até demoradores, na construção de um re-
A escola precisa estar aberta para a sociedade. Temos parceria com
várias secretarias municipais — de Saúde, Agricultura, Cultura eAssistência Social. O Conselho Tutelar, o Centro de Multi-Eventos, aigreja e alguns comerciantes também são nossos parceiros.
Essas relações se consolidam de diferentes formas: palestras eseminários para a comunidade escolar e participação de nossa equi- pe em reuniões das secretarias. Mantemos também parceria com asUniversidades Federal e Estadual do Alagoas, e nossa escola é espa-
ço de estágio para os estudantes. Parte dos graduandos são nossosex-alunos e escolhem nossa escola para estagiar.
Jaelson de Farias VieiraTaquarana, Alagoas
Em nossa escola contamos com diferentes parcerias Algumas auxiliam na melhoria da
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seus alunos e mais próximo de suacomunidade.
O gestor e sua equipe têm um pa-pel fundamental nesse processo. Porum lado é preciso saber exatamenteas reais necessidades da escola. Por
da a partir das demandas da co-munidade escolar. Nesse sentido,a escola tem a possibilidade deconstituir uma rede de parcerias aseu redor, para tornar seu currícu-lo mais adequado às demandas de
Em nossa escola contamos com diferentes parcerias. Algumas auxiliam na melhoria dainfraestrutura, como a que permitiu construir o parque infantil, colocar alambrado e con-
tratar professores para o reforço. Há parceiros que ajudam diretamente na ampliaçãoe melhoria de práticas pedagógicas — principalmente, nas aulas complementares quepodemos oferecer, porque temos período integral —, como o projeto “Neojibá”, de oficinasde formação musical. O Instituto de Artesanato Visconde de Mauá envia seus instrutoresde tecelagem e cerâmica e, com o o Serviço Social da Indústria (Sesi), temos uma parceriapara as práticas esportivas.
Solange Couto de SantanaSimões Filho, Bahia
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colegiados escolares, e exigem, por
parte da equipe gestora, constanteacompanhamento, por meio da aná-lise de resultados.
outro, deve-se selecionar os parceiros
mais adequados a essas demandas.Além disso, as parcerias precisam serobjeto de discussão e de liberação dos
Em parceria com a comunidade onde nossa escola está inserida, o Bairro Rio Verde, implemen- tamos o macroprojeto “Escola e Comunidade em Ação: Viva Bairro”. As ações partiram da cons- tatação dos problemas levantados junto à comunidade.
Por meio de expedições investigativas, aplicação de questionários e coletas de dados, alu- nos e professores fizeram um diagnóstico socioambiental e um mapeamento das comunidadesde aprendizagem existentes em torno de nossa escola. A partir desses dados desenvolvemos,com a comunidade, 21 subprojetos para superar os problemas detectados.
Com a ajuda da prefeitura, por exemplo, foi possível construir uma praça com área delazer, associação de moradores e coleta seletiva de lixo, em um local onde os moradores nãoconseguiam trafegar devido à violência e às drogas.
Alunos do projeto “Marcas”pintaram o muro da quadra poliesportiva com a releitura deobras de Romero Brito. Fizemos também a “1ª Tarde Animada no Bairro Rio Verde”, com jogosesportivos, show de talentos da comunidade, e exposição e bazar de artesanato.
Alguns estudantes se mobilizaram para a “Campanha Bairro Limpo”, com a coleta de lixo,e com a campanha de coleta de óleo em parceria com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto(Saae). Em parceria com a equipe de combate à dengue da Secretaria da Saúde, nossos alunosparticiparam do projeto “De Olho na Água”.
Para a implantação de projetos no Ensino Médio diurno, conseguimos ampliar o períodode permanência na escola. No projeto “Educomunicação”, por exemplo, temos a Rádio Interati- va Dom Bosco, que funciona nos três turnos durante o intervalo das aulas, com programação
preparada pelos alunos e professores. O espaço da rádio funciona também como estúdio degravação do programa de TV “Sociokê”, produzido por alunos auxiliados por um professor.
Soleni Terezinha Vendrusculo IorisLucas do Rio Verde, Mato Grosso
A h t d ó i
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as metas do Índice de Desenvolvimentoda Educação Básica (Ideb) para 2012.Esses gestores demonstram que acer-tam quando priorizam acompanhar a
As escolas que foram DestaqueEstadual no Prêmio Gestão Escolar(PGE) 2012 apresentam bons resulta-dos educacionais e muitas superaram
Temos uma rotina bem organizada: às quartas-feiras, a equipe gestora coordena otrabalho coletivo dos professores com diferentes pautas: organização de projetoscurriculares, aprofundamento de temas de estudo, conversa com professores con- selheiros, reunião de pais com presença de alunos, conselhos de classe.
Às quintas-feiras, acontece a reunião da equipe gestora. Literalmente, tran- camos a porta neste momento! Precisamos de um tempo para avaliar e replanejar
o trabalho e procuramos não deixar os problemas acumularem. Essas reuniõessão fundamentais para garantir a construção e reconstrução do projeto da escola.
Aurilene de Freitas SantosBoa Vista, Roraima
Acompanhamento pedagógicoem primeiro lugar
Construção, efetivação e acompanhamentoda proposta educacional
uando se planeja, são estabelecidos fins e meios para efetivaruma
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Criar um clima aberto e receptivo pode encorajar professores a colocar os impas- ses que vivem na sala de aula, a contar o quê e como fizeram, ea falar sobre suasdescobertas. Os momentos coletivos podem se tornar possibilidades de aprendi- zagem profissional. Por isso, sempre que possível, compartilhamos projetos e ati-
vidades desenvolvidos em sala.Há vários momentos de planejamento. Os professores têm um tempo sema- nal para preparar as atividades individual e coletivamente. Fazemos também reu- niões mensais para planejar e replanejar os processos de ensino de aprendizagem.A coordenação é sempre da equipe gestora.
Maria de Fátima Holanda dos Santos SilvaLimoeiro do Norte, Ceará
uando se planeja, são estabelecidos fins e meios para efetivarumaação. O planejamento pressupõe diagnóstico e análise da realidade
escolar, buscando informações reais e atualizadas que permitam de- finir os objetivos e as metas. Por fim, é preciso ter um olhar crítico emrelação ao processo para obter o resultado esperado.
Robson Rubenilson dos Santos FerreiraPicuí, Paraíba
relação de ensino e aprendizagem. De-vemos lembrar que é a dimensão pe-dagógica a razão pela qual existem as
escolas, o que justifica que as demaisestejam a seu serviço. É ela que move esustenta a escola, dela emerge o Proje-to Político Pedagógico (PPP).
Nas escolas Destaque Estadual toda a equipe escolar está voltada paraa melhoria da aprendizagem dos alu-
nos — gestores, professores e funcio-nários. O trabalho coletivo foi indicadopor essas escolas como a principal es-tratégia para o acompanhamento das
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fragmentados, pautados somente por
questões emergenciais e burocráticas,é necessário que sejam planejadoscuidadosamente pela equipe gestora.
Analisar e refletir sobre situaçõespráticas que acontecem nas salas deaula possibilita que os professoresmais inexperientes aprendam conteú-dos do ofício docente, e que os maisexperientes possam refletir sobre asestratégias de ensino ao conversarsobre elas e responder às perguntasdos colegas. Os diálogos estabelecidosnessas situações podem estreitar as re-lações entre os educadores e produzirreflexões sobre a prática pedagógica.
ações pedagógicas. Esse procedimento
permite que as decisões sejam toma-das com a participação de diferentessegmentos e que as responsabilidadessejam compartilhadas.
uando a equipe gestora promo-ve reuniões pedagógicas frequentes eperiódicas, e todos refletem sobre aprática coletiva, inicia-se um ciclo po-sitivo que favorece a construção daidentidade escolar, elemento funda-mental para a construção e execuçãodo PPP.
Para que os momentos de traba-lho coletivo da escola não se transfor-mem em uma sequência de encontros
Nas reuniões pedagógicas, os professores preparam as atividades de ensino: es- colhem boas questões problematizadoras, que mobilizam o aluno para pesquisar
determinado tema; planejam aulas que ampliem o saber dos estudantes (vídeos,aulas com uso de tecnologia); e organizam estratégias de sistematização dos con- ceitos aprendidos e de registro da aprendizagem. Procuram estudar para conheceros conteúdos das diferentes áreas de conhecimento e conversam com profissio- nais de outras áreas — psicólogos, neuropediatras e outros especialistas — paraentender melhor como as crianças aprendem.
Vanda Rossi LuchesiCampo Grande, Mato Grosso do Sul
Durante duas horas por semana os professores fazem o planejamento das aulas coleti-
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da. Nesses casos, é preciso utilizaroutras estratégias para acompanharas questões relacionadas ao ensino eà aprendizagem e, quando possível,tratar da questão da remuneração junto aos órgãos competentes.
Sabe-se que algumas equipesgestoras têm dificuldade em realizarreuniões de trabalho coletivo comfrequência, porque seus professoresainda não têm horário remuneradopara isso incorporado em sua jorna-
p p f f z p jvamente, em reuniões de área que acontecem sempre com a presença de um membro da
equipe pedagógica. Os coordenadores assistem algumas das aulas para observar comoacontece a prática docente. Depois de observar a aula, o coordenador conversa com oprofessor para que, juntos, descubram caminhos e possam fazer ajustes.
Uma vez por bimestre, fazemos o monitoramento da sala de aula. Cadaprofessor verifica os procedimentos que adota para desenvolver os con- teúdos. Depois, professor, coordenador e diretor se reúnem com o mesmo
objetivo: analisar os procedimentos de ensino adotados pelos professores.Então, fazemos um pré-conselho com cada classe para ouvir os alunosa fim de conhecer o que sentem e pensam com relação ao trabalho de cadaprofessor e da escola. Finalizamos com uma devolutiva para cada professor.
Por outro lado, envolvemos todos os funcionários em reuniões de pla- nejamento, inclusive o pessoal da limpeza. Com a participação de todos,percebemos as necessidades de formação continuada para que todos es-
tejam integrados ao projeto da escola e tenham condições de desenvolversuas funções como educadores.
GeanneDarc de Vete Alves NogueiraEcoporanga, Espírito Santo
Magnólia Segura DiasIlha Solteira, São Paulo
Lembre-se: a reunião de trabalho coletivo pode ser um importante espaço de formação,ã é ú i A ti i ã d fi i i õ d f ã ti d
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vidades e como instrumento motiva-dor para ampliar a participação dosdiferentes segmentos que compõem acomunidade escolar.
Vale lembrar que a leitura de do-cumentos prontos não é um hábitoconsolidado na maioria das escolas.Entretanto, a criação desse hábito éde extrema importância quando sebusca a melhoria da qualidade daEducação. A leitura de uma ata de re-união, de um registro de aula ou doPPP elaborado pela equipe gestora
anterior pode levar a um pequenoajuste no procedimento que possibili-te aumento significativo na qualidadeda aprendizagem.
MEMÓRIA OU LEMBRANÇAuem registra tem memória, quemnão registra tem lembrança. O re-gistro das reuniões escolares, dasdeliberações, das ações e dos proje-tos específicos é um importante ins-trumento para a construção da his-tória e da organização da memóriaescolar. A construção do PPP e seuacompanhamento não podem pres-cindir da existência de registros clarose organizados.
Os vários registros que uma esco-
la faz tornam-se fundamentais para aconstante avaliação e reavaliação dotrabalho escolar. Esse material podeser utilizado na divulgação das ati-
mas não é o único. A participação dos profissionais em ações de formação continuada,dentro ou fora do espaço escolar, possibilita a experiência de reflexão conduzida por um
profissional que não integra o cotidiano escolar, o que fornece um novo olhar sobre asquestões. uando há participação de educadores de várias instituições, o diálogo é am-pliado, e é possível construir e perceber identidades. Muitas formações levam à revisãodas ações didáticas, viabilizando alternativas mais pertinentes em relação às necessida-des dos alunos.
Tecnologia, globalização, estabelecimento de parcerias e outros componentes do
mundo contemporâneo podem constituir desafios para o educador. Como todo profissio-nal, ele deve ser visto como alguém que não está pronto e que precisa de formação con-tinuada. Cabe a você, diretor, avaliar a oferta de formação conforme as exigências que asociedade, em geral, e a comunidade, em particular, impõem ao professor.
No colégio Barão de Mauá, as atividades, seminários, projetos e eventos são regis-
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ensino. As práticas pedagógicas, emcada uma delas, são discutidas etraduzidas para a realidade em cur-rículos singulares que lhes conferemidentidade e autoria.
Os gestores que se destacaramno PGE 2012 afirmam que é no diá-logo com professores, alunos, funcio-nários e pais que surgem propostasde intervenção. Para isso, a comuni-
TRABALHO COLETIVO PARA ARECONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO
Vários podem ser os resultados dasreuniões de trabalho coletivo e a rees-truturação do currículo é um deles.A maior parte das escolas tem comoreferência os Parâmetros CurricularesNacionais (PCNs) e os parâmetros darede de ensino da qual fazem partepara a composição de seu plano de
trados e divulgados para toda a comunidade. O registro possibilita analisar o tra- balho realizado em conjunto e os saberes adquiridos e utilizados. A produção deregistros escritos sistematiza as informações, possibilitando a reflexão. Isso nosdá subsídios para propor mudanças.
Maria Cristina SantosAracaju, Sergipe
Procuramos organizar o currículo de acordo com a necessidade do grupo de alunos queatendemos e da estrutura da escola. A equipe pedagógica propôs o seguinte: no turno damanhã, são desenvolvidas oficinas pedagógicas por monitoras e, à tarde, acontecem asaulas definidas a partir das expectativas de aprendizagem que temos para cada turma.
Nas oficinas pedagógicas, as atividades têm como objetivo principal a produção demateriais e o desenvolvimento de jogos e brincadeiras dos mais variados tipos. Isso acon-
tece com o acompanhamento da coordenadora pedagógica, que está sempre presente einterfere na atuação das monitoras.
Sandra Eliete Maffacioli ReckziegelSão José do Inhacorá, Rio Grande do Sul
Os professores das diferentes disciplinas se organizam em áreas e
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ES UERDA
Alunos em Estudo doMeio para o Projeto"Revivendo Êxodos"Centro de Ensino Médio
Setor LesteBrasília, Distrito Federal
D IRE I TA Feira do conhecimento
EE- Centro EducacionalSanto AntônioSimões Filho, Bahia
têm reuniões periódicas. Durante essas reuniões, fazem ajustes no
currículo e podem propor novas formas de avaliar, conforme o queconsideram mais adequado para as áreas que lecionam. Tambémtrabalhamos com projetos interdisciplinares nos quais professoresde várias áreas planejam coletivamente. Nesses casos é possível, in- clusive, desenvolver avaliações conjuntas.
O projeto chamado “Revivendo Êxodos” trabalha com identida- de, patrimônio e meio ambiente. Nosso objetivo é dialogar com os
alunos sobre a chegada de seus pais ou avós para a construção deBrasília. Para chegar aos objetivos do projeto, acontecem várias ati- vidades — de apresentações artísticas ao ensino de conceitos de Bio- logia, Física, Matemática —, contemplando a interdisciplinaridade.
Ana Lúcia Marques de Paula MouraBrasília, Distrito Federal
Roraima é um estado muito novo, tem somente 26 anos. Há algum tempo procuramosdesenvolver formas de nossos alunos se identificarem com o estado Pensamos que um
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dade precisa ter clareza da funçãosocial da escola, que é a de garan-tir a todos o direito à aprendizagemcom qualidade.
Segundo esses gestores, intro-duzir conteúdos que ajudem os estu-dantes a conhecer e compreender olocal onde vivem favorece a mobili-zação para a aprendizagem e possibi-lita a discussão de valores e práticassociais presentes na região. Tais expe-riências aproximam da escola novossujeitos e grupos, aumentando a in-
serção da instituição na localidade,e contribuindo para a percepção decomo processos globais se expressamlocalmente.
EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEMAMPLAS E DIVERSIFICADAS
Desenvolver estratégias para ensinarde forma consistente e significativa osconteúdos tradicionais das diferentesáreas do conhecimento tem sido umapreocupação de muitos gestores eprofessores. Vários são os desafios quese relacionam à seleção de conteúdosde ensino: identificar e definir quaisconteúdos fazem sentido em um mo-mento de intensas mudanças sociais;trilhar caminhos para a renovação;
estabelecer ligações com as experiên-cias e expectativas dos estudantes; econsiderar as práticas sociais presen-tes em cada localidade, entre outros.
desenvolver formas de nossos alunos se identificarem com o estado. Pensamos que umbom jeito seria contar a eles a história e a cultura de Roraima. Então, introduzimos os
conteúdos de História e Geografia de Roraima no currículo. Além disso, nas aulas, osprofessores divulgam nossos principais escritores, poetas e músicos.
Além das aulas, há saídas para conhecer a região, como o estudo da Serra do Tepe- quém e suas quedas de água.
Outra estratégia que tem favorecido a inovação é a elaboração de projetos de ensi- no que surgem da identificação de uma necessidade, e que podem envolver uma ou mais
áreas, um ou mais anos escolares. Como vários projetos acontecem simultaneamente, to- dos estão registrados em uma parede na sala dos professores.
Aurilene de Freitas SantosBoa Vista, Roraima
EM SENT IDO HORÁR IO ,A PART IR DO ALTO , ES UERDA
Aula de BiologiaEscola Estadual de Ensino
Fundamental e MédioEcoporanga
Ecoporanga, Espírito Santo
Construção daSala Ecológica
Escola EstadualLobo D’Almada
Boa Vista, Roraima
Experiências em grupoColégio Estadual
Barão de MauáAracaju, Sergipe
Aula de músicaEscola Estadual Professora Lea
Silva MoraesIlha Solteira, São Paulo
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ALTO , ES UERDA Atividade deleitura individual Escola de Educação BásicaBertino SilvaLeoberto Leal, Santa Catarina
ABA IXO , ES UERDA
Sala de leituraEscola Tomé Francisco da Silvauixaba, Pernambuco
ABA IXO , D IRE I TA
Aluno em classe dealfabetização ilustraficha de leituraEscola de Ensino FundamentalJudite Chaves SaraivaSimões Filho, Ceará
Nossa escola é de tempo integral e, no período que os alunos estão conosco, bus- camos aprimorar o aprendizado, oferecendo acesso a diferentes tipos de conheci-
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Uma tendência entre algumasdas escolas que se destacaram noPGE 2012 é ampliação das oportuni-dades de aprendizagem na perspec-tiva de formação integral, pensandoos estudantes como sujeitos ativosno processo. Essas equipes gestoras,desafiadas por programas da políticapública que estimulam a ampliaçãoda permanência dos estudantes noespaço escolar, aumentaram a car-ga horária e reviram a proposta cur-ricular. No currículo dessas escolas,há atividades nas áreas de cultura,
esporte e meio ambiente. Busca-sevalorizar saberes e conhecimentospresentes na comunidade, contem-plando também a diversidade cultu-ral brasileira.
É importante ressaltar que asescolas se empenham para integraressas diferentes possibilidades deaprendizagem, evitando a segmenta-ção entre turno e contraturno, aula eoficina. O desafio tem sido refletir so-bre quais experiências escolares sãonecessárias para a formação humanana sua integralidade.
mento, e não apenas cumprir o tempo de permanência na escola.
Procuramos trabalhar com o aluno na sua integralidade: sentar à mesa e co- mer com garfo e faca; usar novos aplicativos do computador; pesquisar sobre adengue; ou refletir sobre a raiva que sente do amigo são todas situações de ensinoe aprendizagem. Tentamos desenvolver esses conteúdos considerando os princí- pios de nossa proposta pedagógica: educar pela pesquisa; proporcionar aprendi- zagem interativa; desenvolver a fluência tecnológica; promover a inserção crítica
na realidade; e oferecer Educação ambiental.Atividades artísticas, estéticas e esportivas variadas, projetos voltados parao desenvolvimento humano e local, e o ensino de língua estrangeira complemen- tam o currículo e possibilitam a formação integral de nossos alunos. Semestral- mente, os estudantes escolhem as atividades nas quais irão se inscrever: ginásticaolímpica, xadrez, judô, horta suspensa, teatro, música ou xilogravura.
Vanda Rossi LuchesiCampo Grande, Mato Grosso do Sul
A sala de leitura é muito valorizada em nossa esco- la Sabemos que o trabalho da mediadora de leitu-
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Na busca pela formação inte-gral do aluno, muitas das escolasque foram Destaque Estadual enfa-tizaram o ensino de leitura e de pro-dução de textos em suas propostaspedagógicas. Sabe-se que essas sãohabilidades consideradas essenciaispara a compreensão de noções e deconceitos nas diferentes áreas curri-
Lembre-se: procure constituirbons acervos, manter espaçosde leitura cuidados e diversifi-
cados, ter bons mediadores deleitura e envolver a comunidadeescolar em projetos de leitura eescrita na sua escola. Estimulare acompanhar o trabalho de-senvolvido nessas áreas e nos
diferentes anos escolares têmsido a principal preocupação demuitos gestores.
la. Sabemos que o trabalho da mediadora de leitu-
ra é uma das razões pelas quais nossos estudantesgostam de ler. Ela lê com entusiasmo, estimula osalunos maiores a mediarem leituras para os colegase contextualiza a obra, criando climas de suspenseou de curiosidade.
Na conversa, desafia os alunos a discutir sobrea ideia central ou os pormenores do texto, as infor-
mações explícitas ou implícitas, sobre o que é fatoou opinião, e outras importantes capacidades leito- ras. O espaço é bem acolhedor e os livros são lidos.Os alunos participam com muito interesse dos tra- balhos desenvolvidos ali.
Maria Gorete Nobre SilvaNatal, Rio Grande do Norte
culares. Ler e escrever com compe-tência é uma condição necessáriapara a vida cidadã. Assim, ensinaresses procedimentos não é maiscompetência exclusiva do professoralfabetizador, ou do professor de Lín-gua Portuguesa; toda a equipe peda-gógica precisa responsabilizar-se poresse aprendizado.
A proposta curricular de nossa escola garante espaço para o desenvolvimento da dançae do teatro. Essas linguagens artísticas favorecem a apropriação de conteúdos sociais e
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g g f p p çculturais de nossa comunidade. Além disso, ampliam o trabalho com imaginação, emo- ção, intuição e outras habilidades e competências importantes para o desenvolvimentointegral de nossos alunos. Procuramos oferecer como objeto de estudo as manifestaçõeslocais de arte, mas também criamos condições para que os alunos se apropriem de outrasformas de expressão, como o balé clássico, por exemplo.
Paralelamente, temos procurado criar uma comunidade de leitores e escritores.Vários são os projetos da escola que têm como objetivo ampliar o repertório de nossos
alunos e de suas famílias. Até na organização dos ambientes procuramos incentivar odesenvolvimento dessas habilidades: as salas de aula têm livros, exposição de produçãode textos, leituras comentadas e reescritas. Além dos alunos, professores, coordenadores,funcionários e comunidade frequentam nossa biblioteca.
O projeto “Lirarte”, por exemplo, é voltado para o Ensino Médio e tem como objetivoincentivar a leitura dos clássicos da literatura brasileira. Os alunos estudam e discutem
os estilos literários e preparam-se para apresentações de sarau, peça teatral, recital, eprogramas de rádio e TV. No“Café Literário”, os alunos lancham e apresentam resenhas,análises das obras e dos personagens.
Ivan José Nunes Franciscouixaba, Pernambuco
A equipe pedagógica percebeu que muitos estudantes não compreendiam textos informa- tivos e não conseguiam coletar dados durante uma pesquisa. Muitas vezes, alunos comdificuldade de aprendizagem de História, Geografia e até Ciências Exatas não possuemhabilidades de leitura e escrita. Criamos, então, a disciplina de “Metodologia do Trabalho
Científico”, cujo objetivo é ensinar a ler e produzir textos informativos, e procedimentos depesquisa, como a coleta de informações de diferentes fontes.
Aurilene de Freitas SantosBoa Vista, Roraima
Há algum tempo, sentimos necessidade de dinamizar o uso de nossas salas de aula. Re- solvemos, coletivamente, reorganizar o espaço, criando salas temáticas relacionadas às
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Em nossa escola, como na maioria, a mesma sala de aula é usa- da pela manhã e à tarde, mas nada é danificado. Conseguimosconstruir um clima de respeito pela produção do aluno do pe- ríodo contrário.
Em cada sala de aula há uma agenda do dia, para socia- lizar com os alunos a relação das atividades que serão desen- volvidas no período. Em um canto, encontra-se o “Contratopedagógico” que relaciona o padrão da boa convivência entrealunos e professores na sala de aula.
As carteiras não seguem a disposição tradicional, ou seja,uma atrás da outra. Há vários arranjos. Ora são organizadas empequenos grupos, ora em forma de “u”; outras vezes, em filas
horizontais, ou até encostadas na parede, para abrir espaço nocentro da sala.
Maria Gorete Nobre SilvaNatal, Rio Grande do Norte
diferentes disciplinas do currículo. Agora, os professores permanecem em classe e os alu-
nos se locomovem.Eles parecem valorizar esses espaços. Gostam de encontrar em cada sala materiais
didáticos específicos para o ensino daquela área de conhecimento. Sem falar que adoramse movimentar a cada troca de aula. No início, pensamos muito até chegar à forma comohoje se dá o uso das salas. Não foi possível que cada disciplina do currículo tivesse umespaço. Algumas delas — “Metodologia do Trabalho Científico” e História, por exemplo
— foram agrupadas. Além disso, tivemos que fazer um horário que considerasse o tempode deslocamento dos alunos.
Aurilene de Freitas SantosBoa Vista, Roraima
t t fí i d lA i ã d
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trutura física da escola nem sempre
seja a mais adequada, o que se notaé o esforço dos professores, coorde-nadores e do diretor para planejaro melhor uso possível do espaçodisponível.
A organização do espaço esco-
lar para proporcionar ao aluno di-ferentes situações de aprendizagemé outro aspecto que exige atençãoda equipe pedagógica. Nesse senti-do, vale enfatizar que, embora a es-
Hora da merendaEscola Estadual de
Tempo Integral Profª RoxanaPereira Bonessi
Manaus, Amazonas
PGE 2012
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Os gestores alertam que: a gestão pedagógica deve ser priorizada. Por meio dela, estabelecem-se os objetivos para o
ensino e a aprendizagem e se concretiza a avaliação das ações pedagógicas estabelecidas-previstas no PPP;
apesar da importância da gestão pedagógica, as demais dimensões precisam ser cuidadas eatendidas. Nesse sentido, a ação de secretário, porteiro, jardineiro, servente, faxineiro e meren-deiro deve ser articulada com a da equipe pedagógica e como parte indispensável do orga-nismo escolar. Todos os funcionários da escola precisam ser valorizados e levados a percebersua contribuição na aprendizagem dos alunos;
a sala de aula deve ser vista como um lugar privilegiado para o ensino, pois é nela que secumpre a principal função da instituição. Apesar disso, não é o único espaço de aprendiza-gem em uma escola;
a reorganização curricular deve ser feita coletivamente, a partir de uma análise cuidadosa do
território e do contexto em que a escola está inserida.
Feira de CiênciasEscola Estadual de EnsinoFundamental e MédioProfessor LordãoPicuí, Paraíba
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entrada, a permanência e a aprendi-zagem do aluno. Hoje, o acesso estáquase universalizado, o que constituium grande passo se considerarmosque há algumas décadas o ingres-so na escola pública era privilégio
de apenas uma parcela da popu-lação. Por outro lado, a permanên-cia e a aprendizagem dos estudan-tes ainda são desafios para nossoseducadores.
Nesse sentido, algumas estra-tégias vêm sendo desenvolvidas econfirmadas. Sabe-se, por exemplo,que o currículo deve oferecer con-teúdos de ensino significativos para
Muito tem se discutido sobre asfunções das instituições de ensinonos dias atuais. Entretanto, em rela-ção à garantia de direitos, o primor-dial dever da escola é promover a
A escola cumpre seu papel
Permanência e aprendizagem dosalunos, função social da escola
Ivolnilde Rodrigues de Souza CostaTaiobeiras, Minas Gerais
A presença e a participação nos conselhos de clas- se, as visitas às salas de aulas, e a análise de grá- ficos de resultados e desempenho nas avaliaçõesinternas e externas são ações que permitem à equi-
pe gestora conhecer o percurso de aprendizagem denossos alunos.
O controle da assiduidade dos alunos é feito diariamente, na primeira aula. O professorconselheiro de cada classe leva os casos de ausência à coordenação. As faltas são anali- sadas por integrantes da equipe gestora levantam se as causas e passa se às ações que
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que dificuldades trazem para a esco-la — é outra estratégia reconhecida.Algumas iniciativas apresentadaspelas escolas Destaques Estaduais do Prêmio Gestão Escolar (PGE) 2012demonstram que a permanência de-
os alunos, estabelecendo relaçõescom o cotidiano e com experiênciasanteriores. Conhecer a realidade dosestudantes — como vivem, comosão as famílias, onde e como moram,com quem residem, como aprendem,
sadas por integrantes da equipe gestora, levantam-se as causas, e passa-se às ações que
visam garantir a presença de todos. Às vezes, basta um telefonema para os pais; outras, épreciso manter um monitoramento mais rígido de determinado aluno. Se os pais não vêmà escola, vamos até eles!
uando necessário, fazemos encaminhamentos para os serviços de psicologia, saúdee até para o Conselho Tutelar. O diálogo é nossa principal estratégia com alunos, famíliase parceiros. Com isso, poucos são os casos que não estão resolvidos ao final do bimestre
letivo, e conseguimos zerar a taxa de abandono no ensino regular.Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), precisamos ser mais flexíveis para não perderpessoas que já sofreram tantos processos de exclusão no decorrer de suas vidas. Diminuira taxa de abandono desse grupo ainda é um desafio. Cada aluno tem uma história de vidabastante complexa: doença, gravidez, mudança frequente de endereço, alteração de horá- rio de trabalho, alunos albergados, usuários de drogas, em regime semiaberto... Em 2012,procuramos acompanhar mais de perto as ausências nesses casos. Então, concluímos queo tratamento da assiduidade nessa modalidade de ensino deveria ser diferenciado.
Por outro lado, percebemos a necessidade de ter um currículo vivo, com projetoscontextualizados à realidade