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Prefácio para Arquitetura de InformaçãoJá me deparei com situações nas quais ficava horas para resolver um problema e, muitas vezes, descobria
que tinha criado um monstro, ou seja, eu iria retrabalhar aquilo várias vezes, corrigindo os erros que havia
feito. Tempos depois, descobriria uma maneira muito mais simples, melhor e infinitamente mais rápida de
solução. Isso dói, dá raiva! Aprendi (e aprendo) duas coisas com isso: 1) que eu preciso ser menos ansioso
em “mostrar trabalho” - é melhor entregar algo consistente, de uma só vez, do que ficar executando ajustes
eternos num projeto (isso é uma dor de cabeça); 2) que eu preciso olhar pro TODO antes de começar,
mesmo que eu seja apenas uma parte do sistema, pois as coisas se interligam e influenciam umas nas
outras. Por isso, coloco algumas ideias que sempre quis ter ouvido antes de começar meu primeiro
wireframe:
• Criar sem barreiras: reúna várias ideias possíveis a um projeto e depois filtre o que realmente é
interessante pro negócio. É melhor ter diversas opções pra trabalhar e discutir do que ser pobre de
pensamento;
• A questão do escopo: posso ter várias ideias, mas preciso entender que nem tudo eu posso aplicar, pois
existe uma força de trabalho pré-definida que resultou em uma definição de orçamento e prazo de
entrega, pontos fundamentais para levar em conta na produção de site;
• Estrutura de um site, portal, etc.: geralmente eu tenho um início, com destaques e chamadas pra
conteúdos estratégicos do cliente, e páginas internas que possuem conteúdos específicos; vejo estas
informações em blocos, sempre do menor pro maior, conforme seja a intenção do usuário navegar, de
forma que, nunca vou jogar toda a informação de uma vez mas, sim, mostrar de forma lógica, ordenada e
atrativa as opções; eu “leio” um site vendo o Topo (cabeçalho), que pode conter o logo, o menu estrutural,
as utilidades, a Área de Conteúdo com informações ou funções relacionadas, e o Rodapé, que também
pode ter links utilitários e complementares ao projeto - quase sempre é assim. Dependendo do projeto, eu
vou ter dois ambientes: um público - que o usuário normal vê (front) - e um restrito aos administradores
de conteúdo do site, da parte gerenciável do produto (back-end);
• Bom de software, ruim de negócio: não importa o software que você usa, importa atingir os objetivos de
negócio pretendidos no projeto. Um programa pode lhe dar mil possibilidades, mas quais são as técnicas
e princípios de design melhor empregados ao projeto? É isso que vai fazer a diferença, ok?;
ARQUITETURA DE INFORMAÇÃO
PROJETANDO
A EXPERIÊNCIA
DO USUÁRIO Com André Silveira @energizador
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• Não existem receitas prontas e regras pré-definidas: como os projetos possuem necessidades, públicos e
objetivos diversos, você não vai aplicar uma única solução para os diferentes projetos que fizer. Sou
totalmente contra a “forma industrial” de criação, porque os dias ficam repetitivos e você não consegue
mais enxergar valor e diferencial no seu trabalho. Enquanto você faz o de sempre e visa ganhar dinheiro,
outros vão pensar mais e entregar melhor e, consequentemente, isso voltará em valor de marca pra essa
empresa ou profissional. Parece um crescimento mais sustentável, concordam?
Além destes conceitos, existem tantos outros importantes. Lembrem que Arquitetos de Informação são
pessoas em constante formação, devem olhar pro TODO e pra tudo, estrategicamente. Uma boa forma de
criar cultura e levar isso como uma maneira de pensar, cotidiana, imediata e automática, é estudando mais
sobre Design Estratégico ou Design Thinking (eu gosto muito dos livros e ideias do Roger Martin). AVISO:
Esta disciplina vai mudar sua forma de enxergar o mundo, ajudando você a transformar dados em
conhecimento útil e eficiente.
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