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GOVERNO DE GOIÁSSecretaria de Desenvolvimento Econômico

Superintendência Executiva de Ciência e TecnologiaGabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica

Português Instrumental

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Português InstrumentalProdução Cultural

Cenografia

Agosto/2017

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Governador do Estado de GoiásMarconi Ferreira Perillo Júnior

Secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e IrrigaçãoFrancisco Gonzaga Pontes

Superintendente Executivo de Ciência e TecnologiaMauro Netto Faiad

Chefe de Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação TecnológicaSoraia Paranhos Netto

Coordenação Pedagógica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego José Teodoro Coelho

Equipe de Elaboração

Supervisão Pedagógica e EaDJoão Ferreira Sobrinho JuniorMaria Dorcila Alencastro Santana

Professora ConteudistaKelly Ferreira dos Santos

Projeto GráficoAndré Belém Parreira

Designer Maykell Mendes GuimarãesRalf Melo de Oliveira

Revisão da Língua Portuguesa Cícero Manzan CorsiKelly Ferreira dos Santos

Banco de Imagens freepik.com

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Lista de Ícones

FIquE ATENTO A exclamação marca tudo

aquilo a que você deve estar atento. São assuntos que causam dúvida, por isso

exigem atenção redobrada.

CONTEÚDO INTERATIVO

Este ícone indica funções interativas, como

hiperlinks e páginas com hipertexto.

DICAS Este baú é a indicação de onde você pode achar informações importantes na construção e no aprofundamento do seu

conhecimento. Aproveite, destaque, memorize e utilize essas dicas para

facilitar os seus estudos e a sua vida.

VAmOS REFLETIR Este quebra-cabeças indica o

momento em que você pode e deve exercitar todo seu potencial.

Neste espaço, você encontrará reflexões e desafios que tornarão

ainda mais estimulante o seu processo de aprendizagem.

VAmOS RELEmBRAR Esta folha do bloquinho

autoadesivo marca aquilo que devemos lembrar e faz uma

recapitulação dos assuntos mais importantes.

míDIAS INTEGRADAS Aqui você encontra dicas para enriquecer os seus conhecimentos na área,

por meio de vídeos, filmes, podcasts e outras

referências externas.

VOCABuLáRIOO dicionário sempre nos ajuda a

compreender melhor o significado das palavras, mas aqui resolvemos

dar uma forcinha para você e trouxemos, para dentro da apostila, as definições mais importantes na construção do seu conhecimento.

ATIVIDADES DE APRENDIzAGEmEste é o momento

de praticar seus conhecimentos.

Responda as atividades e finalize

seus estudos.

SAIBA mAIS Aqui você encontrará

informações interessantes e curiosidades.

Conhecimento nunca é demais, não é mesmo?

HIPERLINKSAs palavras grifadas em amarelo levam você a referências

externas, como forma de aprofundar um

tópico.

Hiperlinks de texto

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SumárioLista de ícones 5

Sumário 6

Apresentação 7

Português Instrumental 8unidade 1 – Comunicação 9Denotação e conotação 10Níveis de linguagem ou registros linguísticos 11unidade 2 – A noção de texto 13Conceito de texto 15Coerência textual 17Coesão textual 18unidade 3 – Produção de texto 18Modalizadores 19Tipos de argumentação 20unidade 4 – Leitura dinâmica 21unidade 5 – Comunicação técnica e empresarial 25

Projeto de lei 25Projeto cultural 27

Referências 29

Conteúdo InterativoEsta apostila foi construída com recursos que possibilitam a interatividade, tais como hiperlinks e páginas com hipertexto.

Pré-requisitos:

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Apresentação

Empreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o

profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento de Goiás (SED), em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visam garantir o desenvolvimento dessas competências.

Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos, nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e promoção do empreendedorismo.

Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos, ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e

Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação

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Produção Cultural e Design

Português Instrumental

Em razão da crescente demanda, no mercado de trabalho atual, por profissionais capacitados e atuantes, o componente curricular Português Instrumental foi preparado para atender à necessidade de formação profissional dos Cursos Técnicos em Cenografia e Instrumento Musical - Violão e para

consolidar as habilidades e as competências necessárias para a atuação nessas áreas. Já parou para pensar no quanto o estudo da língua portuguesa é importante para o profissional da área de

Produção Cultural? Segundo Brasil (2016, p. 171), esses profissionais lidarão com “criação, desenvolvimento, produção, edição, difusão, conservação e gerenciamento de bens culturais e materiais, ideias e entretenimento aplicadas em multimeios, objetos artísticos, rádio, televisão, cinema, teatro, ateliês, editoras, vídeo, fotografia, publicidade e projetos de produtos industriais”. Em vista disso, a comunicação clara e eficaz é fundamental, já que essas atividades envolvem alto nível de intelectualidade. Neste curso, você vai ter a oportunidade de estudar Português Instrumental, ou, em outras palavras, leitura e interpretação de textos, com foco na área de Produção Cultural e Design.

Quanto à disciplina, você aprenderá a usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade, e conhecerá formas de se comunicar com eficácia, tanto na escrita, quanto na oralidade. Além disso, compreenderá noções de texto e textualidade, levando em conta a importância da coerência e da coesão, e conhecerá o funcionamento e as formas de produzir textos em língua portuguesa. Ademais, saberá produzir textos técnicos e empresariais, obedecendo à norma culta e à estrutura preestabelecida de cada gênero.

Sendo assim, ao fim do curso, espera-se que você seja capaz de identificar diferentes possibilidades de comunicação; utilizar regras básicas da língua portuguesa, na elaboração dos textos, observando a ortografia, concordâncias verbal e nominal, acentuação e pontuação; empregar a articulação textual que propicia a coerência e a coesão; analisar os recursos de coesão e os aspectos linguísticos responsáveis pela coerência; construir parágrafos, trechos e textos com base em diferentes modos de construção de raciocínio; reconhecer e produzir textos técnicos e empresariais, utilizando vocabulário específico. Isso implica separar uma parte do seu tempo diário para dedicar-se ao curso.

Conte conosco para esclarecer as dúvidas que possam surgir no decorrer das aulas.Bons estudos!

Mª. Kelly Ferreira

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No Caderno 1 de Português Instrumental, você viu que estamos em constante uso da comunicação, a qual se realiza por meio da linguagem. Esta serve como meio de comunicação, por isso, pode ser expressa através da fala, da escrita, dos gestos, entre outros. A partir dessa ideia, é possível classificar dois tipos de linguagem: verbal (escrita, falada) e não verbal (sinais, gestos, sons).

A música, entre outras artes, tem sido reconhecida como parte fundamental da história da civilização; na Grécia antiga, por exemplo, a música era a expressão do homem livre, fonte de sabedoria e consequentemente indispensável para a educação. Educar para os gregos era mais que a simples transmissão de conhecimentos, pois o objetivo maior era a formação do caráter da pessoa. D’Olivet (2002, p. 11) afirma que “para os gregos, a música possuía um caráter formativo, uma maneira de pensar, de ser, de educar e civilizar. Dizia Platão que o homem bom é um músico por excelência, porque cria uma harmonia não com a lira ou outro instrumento, mas com o todo da sua vida”. Por isso, o ensino da música, associado a tudo que fizesse referência à inteligência acompanhava o da ginástica, responsável pelo desenvolvimento físico. Buscava-se uma educação plena, equilibrada, que harmonizasse corpo e mente. Nessa perspectiva, sugere-se um repensar a formação do professor de arte, sobretudo na área musical, no sentido de possibilitar um conhecimento capaz de promover a totalidade do ser, a fim de contribuir efetivamente na formação de pessoas mais críticas e criativas que, no futuro, atuarão positivamente na transformação da sociedade. Na educação musical busca-se conciliar racionalidade e emoção, aspectos importantes a serem considerados no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, buscar na música a essência da vida (SANTOS, 2016, p. 51-52).

Unidade 1 – Comunicação

Leia o texto abaixo e relacione-o à figura a seguir:

Texto 1 – Orquestrando saberes

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Você diria que o texto e a figura se relacionam? Como? Você consegue ver que cada um comunica alguma coisa? O texto 1 utiliza palavras para comunicar (linguagem verbal); e a figura 1 utiliza imagens para transmitir uma mensagem (linguagem não verbal).

www.freepik.comProfessor de música e aluno

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Leia os textos a seguir:

Texto 2 – Características da música e do som

Música é a arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e proporção dentro do tempo. [...] Melodia é o conjunto de sons dispostos em ordem sucessiva (concepção horizontal da música). [...] Som é a sensação produzida no ouvido pelas vibrações de corpos elásticos. Uma vibração põe em movimento o ar na forma de ondas sonoras que se propagam em todas as direções simultaneamente. Estas atingem a membrana do tímpano fazendo-a vibrar. Transformadas em impulsos nervosos, as vibrações são transmitidas ao cérebro que as identifica como tipos diferentes de sons. Consequentemente, o som só é decodificado através do cérebro. (MED, 1996, p. 11)

Texto 3 – Poeta

Um poeta é um rouxinol que se senta na escuridão,e canta para se confortar da própriasolidão com seus próprios sons.Seus ouvintes são homens arrebatadospela melodia de uma música invisível,que se sentem comovidos e em paz,ainda que não saibamcomo nem porquê.(SHELLEY, 2016)

O texto 2, de Med (1996), define os termos “música”, “melodia” e “som” em um texto informativo, por meio do uso de linguagem técnica, própria da área de Música. Por isso, pode-se dizer que o autor se dirige a profissionais e estudiosos da área musical; um leigo (pessoa que desconhece aquele campo de estudo) já teria mais dificuldade em compreender tais definições.

Já o texto 3, de Shelley (2016), também fala de sons, canto e melodia, mas de uma forma diferente – trata deles metaforicamente. Metáfora é uma analogia em que se usa uma palavra com outro sentido para caracte-rizar algo ou alguém. Veja como o autor compara o poeta a um rouxinol, suas palavras ao som produzido pelo pássaro, seus versos ao canto do animal, a sensação que cria em sua obra à melodia da música do rouxinol.

Você consegue dizer qual texto usa o sentido conotativo e qual usa o contexto denotativo?

Denotação e conotação

Lembra-se dos conceitos de denotação e conotação? Eles abrangem os diferentes significados da palavra. Denotação se refere ao sentido literal, dicionarizado, muito utilizado em textos informativos; e conotação se refere ao sentido figurado, metafórico, mais utilizado em textos literários e poéticos.

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Níveis de linguagem ou registros linguísticos

Durante seus estudos, você conheceu os conceitos de linguagem culta (segue a gramática e é utilizada por pessoas escolarizadas), linguagem coloquial (utilizada cotidianamente, com pouca preocupação gramatical), linguagem popular (utilizada por pessoas pouco escolarizadas, sem qualquer preocupação gramatical), linguagem literária (utilizada artisticamente, com intenção de causar prazer estético) e linguagem técnica (utilizada por profissionais da mesma área).

SAIBA mAIS

SAIBA mAIS

Pense na palavra peça. Ela tem diversos significados, concorda? No seu sentido denotativo, dicionarizado, significa “cada uma das partes de uma coleção, de um conjunto ou de um todo; objeto que pertence à mesma classe de outros. Cada uma das partes de um motor, máquina, mecanismo. Objeto que, por si só, forma um todo completo. Qualquer obra executada por trabalho manual ou mecânico” (MICHAELIS, 2016b). Sabemos também que peça pode ser a dramatização de uma história ou pode ser o próprio texto encenado.

Mas você já ouviu a frase “Fulano é uma peça!”? A palavra peça, no seu sentido conotativo, figurado, pode se referir a uma “pessoa que se destaca por ter um comportamento exótico, fora do comum. Pessoa ou animal que se faz notar por sua graça, beleza, vivacidade etc.” (MICHAELIS, 2016b).

Quer ver mais um exemplo? Pense na palavra espetáculo. Já consegue deduzir os dois sentidos (conotativo e denotativo) em que empregamos tal vocábulo? Espetáculo, no seu sentido denotativo, refere-se a uma “representação teatral, cinematográfica ou circense. Qualquer apresentação pública que impressiona ou é destinada a impressionar a vista por sua grandeza, cores ou outras qualidades” (MICHAELIS, 2016a). No seu sentido conotativo, espetáculo pode ser usado como adjetivo para caracterizar algo ou alguém, como por exemplo: “Visitei a Chapada dos Veadeiros nas férias. A vista lá de cima é um espetáculo!”.

O campo de Produção Cultural e Design tem uma linguagem técnica que deve ser conhecida e usada por quem trabalha na área.

De forma mais específica, vejamos alguns termos da área de Cenografia:Acústica: “qualidade da sala de espetáculos no que diz respeito à transmissão do som” (SERRONI, 2016, p. 1).Aderecista: “profissional que executa as peças decorativas e/ou os adereços cênicos do espetáculo.

Faz escultura, entalhe, molde em gesso, bonecos etc.” (SERRONI, 2016, p. 1).Alçapão: “abertura do chão do palco, dissimulada aos olhos dos espectadores, para encenar efeitos

de aparição e desaparição de atores ou objetos cênicos” (SERRONI, 2016, p. 1).Cenário: “conjunto dos diversos materiais e efeitos cênicos (telões, bambolinas, bastidores, móveis,

adereços, efeitos luminosos, projeções etc.) que serve para criar a realidade visual ou a atmosfera dos espaços onde decorre a ação dramática; cena, dispositivo cênico” (SERRONI, 2016, p. 5).

Contrarregra: “elemento encarregado de cuidar dos cenários e objetos de cena, indicar as entradas e saídas dos atores, dirigir as movimentações dos maquinismos cênicos, distribuir horários e informes (SERRONI, p. 6)

Tablado: “espécie de palco improvisado a partir de uma estrutura de apoio, com tábuas criando o piso. Muitas vezes são utilizadas também chapas de madeira compensada” (SERRONI, 2016, p. 19).

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Você consegue pensar em outros termos técnicos de Produção Cultural e Design? Pense no seu curso, seja ele Cenografia ou Instrumento Musical. Agora considere o ambiente, os profissionais, os recursos, os aparelhos, os processos... Tente listar palavras da sua área e observe como você já conhece o significado de muitos desses termos!

SAIBA mAIS

SAIBA mAIS

Agora, vamos ver alguns termos da área de Instrumento musical – Violão:Acorde: “grupo de três ou mais sons simultâneos identificáveis como um conjunto (dó mi sol, por

exemplo, com duas terceiras sobrepostas)” (ACORDE, 2016).Cânone: “forma musical baseada na imitação – uma melodia é executada em duas ou mais partes

diferentes, repetindo-se indefinidamente” (CÂNONE, 2016).Cifra: “símbolo usado na música para designar um acorde e a sua composição” (CIFRA, 2016).Compasso: “divisão métrica de um texto musical, em que há uma regularidade de tempos fortes e

fracos” (COMPASSO, 2016).Dissonância: “combinação de sons cujo efeito provoca uma sensação de instabilidade”

(DISSONÂNCIA, 2016).Escala: “série de sons que serve de base a uma composição musical e que dá a uma peça o seu

estilo de música, cigana, chinesa ou jazz, por exemplo (ESCALA, 2016).Intervalo: “distância entre duas notas musicais no que se refere à altura” (INTERVALO, 2016). Notação: “conjunto de sinais convencionais utilizados para representar graficamente a duração,

altura, ritmo e outros aspectos de uma obra musical” (NOTAÇÃO, 2016). Partitura: “representação gráfica do conjunto dos sons e silêncios de uma obra, partes

instrumentais ou vocais de um trecho musical” (PARTITURA, 2016). Recital: “concerto dado por um só intérprete ou um grupo reduzido” (RECITAL, 2016).Ao longo do curso, vamos usar muito esses e outros termos técnicos, por isso assimile-os bem.

É importante conhecer os variados tipos de linguagem, para saber usá-los nas situações mais adequadas. Por exemplo: em casa, entre familiares e amigos, não há muita cobrança para seguir regras gramaticais, não é mesmo? Mas o profissional de Cenografia e Instrumento Musical trabalha em ambientes predominantemente

formais. Nesse caso, você acha que ele deve usar qual tipo de linguagem? Formal ou informal?Linguagem formal, concorda? Como você já deve ter percebido, a linguagem culta é muito valorizada

em ambientes profissionais. Como funcionário de uma empresa, você a representa para as demais pessoas, dentro e fora daquele ambiente. Mesmo que você trabalhe de forma autônoma, é interessante saber usar a forma culta da língua, já que, nesse caso, você estará se representando para potenciais clientes. Assim, é recomendado que você aja sempre com postura profissional e use, no seu ambiente de trabalho, uma linguagem adequada àquela situação.

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Leia os textos a seguir e observe a figura:

Luís Fernando Veríssimo

A professora começa a se arrepender de ter concordado (”você é a única que tem temperamento para isto”) em dirigir a peça quando uma das fadinhas anuncia que precisa fazer xixi. É como um sinal. Todas as fadinhas decidem que precisam, urgentemente, fazer xixi.

— Está bem, mas só as fadinhas — diz a professora. — E uma de cada vez!Mas as fadinhas vão em bando para o banheiro.— Uma de cada vez! Uma de cada vez! E você, onde é que pensa que vai?— Ao banheiro.— Não vai, não.— Mas tia…— Em primeiro lugar, o banheiro já está cheio. Em segundo lugar, você não é

fadinha, é caçador. Volte para o seu lugar.Um pirata chega atrasado e com a notícia de que sua mãe não conseguiu terminar

a capa. Serve uma toalha?— Não. Você vai ser o único de capa branca. É melhor tirar o tapa-olho e ficar

de anão. Vai ser um pouco engraçado, oito anões, mas tudo bem. Por que você está chorando?

— Eu não quero ser anão.— Então fica de lavrador.— Posso ficar com o tapa-olho?— Pode. Um lavrador de tapa-olho, tudo bem.— Tia, onde é que eu fico?É uma margarida.— Você fica ali. A professora se dá conta de que as margaridas estão desorganizadas.— Atenção, margaridas! Todas ali. Você não. Você é coelhinho.— Mas meu nome é Margarida.— Não interessa! Desculpe, a tia não quis gritar com você. Atenção, coelhinhos.

Todos comigo. Margaridas ali, coelhinhos aqui. Lavradores daquele lado, árvores atrás. Árvore, tira o dedo do nariz. Onde é que estão as fadinhas? Que xixi mais demorado!

— Eu vou chamar.— Fique onde está, lavrador. Uma das margaridas vai chamá-las.— Já vou.— Você não, Margarida! Você é coelhinho. Uma das margaridas. Você. Vá chamar

as fadinhas. Piratas, fiquem quietos!— Tia, o que é que eu sou? Eu esqueci o que eu sou.— Você é o Sol. Fica ali que depois a tia… piratas, por favor!As fadinhas começam a voltar. Com problemas. Muitas se enredaram nos seus

véus e não conseguem arrumá-los. Ajudam-se mutuamente, mas no seu nervosismo só pioram a confusão.

Unidade 2 – A noção de texto

Texto 4 – Peça Infantil

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— Borboletas, ajudem aqui! — pede a professora.Mas as borboletas não ouvem. As borboletas estão etéreas. As borboletas fazem

poses, fazem esvoaçar seus próprios véus e não ligam para o mundo. A professora, com a ajuda de um coelhinho amigo, de uma árvore e de um camponês, desembaraça os véus das fadinhas.

— Piratas, parem. O próximo que der um pontapé vai ser anão.Desastre: quebrou uma ponta da lua.— Como é que você conseguiu isso? — pergunta a professora sorrindo, sentindo

que o seu sorriso deve parecer demente.— Foi ela!A acusada é uma camponesa gorda que gosta de distribuir tapas entre os seus inferiores.

— Não tem remédio. Tira isso da cabeça e fica com os anões.— E a minha frase?A professora tinha esquecido. A lua tem uma fala.— Quem diz a frase da lua é, deixa ver… o relógio.— Quem?— O relógio. Cadê o relógio?— Ele não veio.— O quê?— Está com caxumba.— Ai, meu Deus. Sol, você vai ter que falar pela lua. Sol, está me ouvindo?— Eu?— Você, sim senhor. Você é o Sol. Você sabe a fala da Lua?— Me deu uma dor de barriga.— Essa não é a frase da Lua.— Me deu mesmo, tia. Tenho que ir embora.— Está bem, está bem. Quem diz a frase da Lua é você.— Mas eu sou caçador.— Eu sei que você é caçador! Mas diz a frase da Lua! Eu não quero discussão!— Mas eu não sei a frase da Lua.— Piratas, parem!— Piratas, parem! Certo?— Eu não estava falando com você. Piratas, de uma vez por todas…A camponesa gorda resolve tomar a justiça nas mãos e dá um croque num pirata.

A classe unida avança contra a camponesa, que recua, derrubando uma árvore. As borboletas esvoaçam. Os coelhinhos estão em polvorosa. A professora grita:

— Parem! Parem! A cortina vai abrir. Todos aos seus lugares. Vai começar!— Mas, tia, e a frase da Lua?— “Boa-noite, Sol”.— Boa-noite.— Eu não estou falando com você!— Eu não sou mais o Sol?— É. Mas eu estava dizendo a frase da Lua. “Boa-noite, Sol.”— Boa-noite, Sol. Boa-noite, Sol. Não vou esquecer. Boa-noite, Sol…— Atenção, todo mundo! Piratas e anões nos bastidores. Quem fizer um

barulho antes de entrar em cena, eu esgoelo. Coelhinhos nos seus lugares. Árvores para trás. Fadinhas, aqui. Borboletas, esperem a deixa. Margaridas, no chão.

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Todos se preparam.— Você não, Margarida! Você é o coelhinho!Abre o pano. (VERíSSImO, 2016)

Representação dramatizada de uma ação, uma história, um enredo etc. Texto que se destina à encenação teatral. Qualquer composição musical. (MICHAELIS, 2016b).

Por que os textos 4 e 5 são textos? A figura 2 é também um texto?

É fácil identificar uma crônica e um verbete como textos, mas lembre-se de que uma imagem também pode comunicar, portanto, também pode ser um texto.

Como visto, texto é uma produção cultural que pode ser verbal ou não verbal. A linguagem verbal é expressa de forma oral ou escrita, já a linguagem não verbal pode ser expressa de forma visual, por meio de códigos, imagens, sons, placas etc. Este caderno de Português Instrumental representa a linguagem verbal, já que utiliza a linguagem escrita para comunicar conceitos, definições e ideias.

Você já sabe que as imagens também comunicam, por meio da linguagem não verbal. Agora, observe as figuras a seguir. Mesmo que sua área de estudo não seja Cenografia, você já deve ter visto essas máscaras em algum lugar. Elas representam um elemento importante no teatro, por estarem vinculadas ao seu surgimento. Na Grécia Antiga, as máscaras eram usadas no teatro para demonstrar sentimentos ou caracterizar personagens. Com o tempo, as máscaras da comédia e da tragédia viraram o símbolo do teatro.

Veja como as máscaras expressam emoções, sem necessitarem usar uma palavra sequer. Tente interpretar o significado de cada uma delas.

Texto 5 – Verbete: Peça

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www.freepik.com

Peça infantil

Máscaras

Conceito de texto

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Texto 6 – A música dos povos primitivos

Texto 7 – O edifício teatral e seu arquétipo

Veja a figura a seguir. Mesmo que você não conheça o significado de cada um, você sabe que os símbolos representam sons. Isso significa que, quando tocados em um instrumento, produzirão uma sequência sonora por meio da linguagem musical.

Você consegue identificar cada símbolo?De acordo com estudos de Koch e Elias (2006) e Kleiman (2004), quando falamos de texto, podemos

pensar em conhecimento de mundo (aquele que diz respeito a vivências que permitem a produção de um sentido diferente para cada pessoa), de texto (aquele que diz respeito a estruturas textuais e discursivas que determinam as expectativas do leitor diante de um texto) e de língua (aquele que diz respeito ao conhecimento de palavras, regras e usos da língua).

Leia os textos a seguir, das áreas de Instrumento Musical e Cenografia, respectivamente. Quais tipos de conhecimento (de mundo, de texto, de língua) você acessou para interpretá-los?

A origem da música perde-se, como dizem os historiadores, na noite dos tempos. Não há povo antigo no qual não se encontrem manifestações musicais. Realmente, não existe linguagem mais instintiva, mais espontânea do que a música. Creio mesmo que, no homem primitivo, a linguagem musical, em forma rudimentar, precedeu a linguagem propriamente dita. E nada há de estranho nessa tendência do homem para a música, porque esta arte não é uma invenção arbitrária e artificiosa, mas foi sugerida ao homem pela própria natureza: o homem não fez mais do que apropriar-se, para fins expressivos e artísticos, de elementos que se encontravam já em ato no mundo que o circunda e no seu próprio organismo. (ALALEONA, 1984, p. 38).

À arquitetura é destinado o papel de projetar o edifício teatral e/ou proporcionar, através da edificação, a maior diversidade de formas de encenações e das relações que estas possam pretender entre executantes e espectadores. Hoje parece impossível à arquitetura projetar um edifício teatral ideal porque no teatro não existe um ideal unânime. Não há unanimidade de pensar, sentir e agir. A multiplicidade das formas e dos relacionamentos que são propostos entre palco e plateia são o traço mais marcante a todas as artes cênicas. Talvez a única unanimidade seja a do teatro ser executado através de uma representação fictícia e que isto aconteça na presença de executantes e sua maior virtude.A história do teatro mostra que existiram, cada um a seu tempo, tantos modelos de edifícios teatrais quantas as formas teatrais concebíveis: teatro para as massas ou para as minorias, teatro contemplativo, teatro participativo, teatro para ver, para ouvir, sentir, cada um necessitando de seu edifício adequado.

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www.freepik.comSímbolos musicais

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Texto 8 – O violão no Brasil

Segundo Koch e Travaglia (2011), a coerência permite que um texto faça sentido para seus receptores. Para Platão e Fiorin (2002, p. 261), “um texto coerente é um conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar de modo que não haja nada destoante, nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo”.

No Caderno 1 de Português Instrumental, você estudou três tipos de coerência: coerência narrativa, figurativa e argumentativa. Por ser mais interessante para o seu curso, vamos focar aqui na coerência argumentativa, que tem mais chance de aparecer nos seus estudos. Com isso em mente, leia o texto abaixo:

A originalidade de nosso tempo é a coexistência de todas as formas. Simultaneamente. Até mesmo dentro de uma mesma encenação. E se não temos o arquétipo do edifício teatral de hoje, é fundamental ouvir as novas concepções cênicas e compreender o que conta a história sobre os gêneros de encenações conhecidas e as edificações que lhes corresponderam, possibilitando à arquitetura projetos de maior versatilidade e abrangência. (ACIR; SARAIVA; RICHINITI, 1997, p. 14).

Segundo Taborda (2001, p. 05), no Brasil o violão foi introduzido pelos portugueses, no século XVI, com o nome de viola ou viola de arame. Informações sobre a introdução da viola no Brasil nos levam a crer que esta se deu por duas vias: pelos colonos portugueses e pelos jesuítas. Os colonos pertenciam na sua maioria a camadas subalternas da sociedade e os jesuítas, além de pertencerem às classes dominantes, também eram a elite cultural da colônia. Assim sendo, é importante salientar que, no aspecto social, desde seu advento em nosso país, o violão já se apresentava como instrumento com o qual os jesuítas, em seu processo de catequese, difundiram a cultura musical moderna do ocidente às classes então subalternas, como a sociedade, à época, tinha os escravos africanos, os índios e os mestiços (OLIVEIRA, 2013, p. 25).

O autor começa seu texto com uma afirmação fundamentada em testemunho de autoridade (Taborda, 2001):Segundo Taborda (2001, p. 05), no Brasil o violão foi introduzido pelos portugueses, no século XVI, com o nome de viola ou viola de arame.

Depois, para justificar por que acredita nisso, explica:Informações sobre a introdução da viola no Brasil nos levam a crer que esta se deu por duas vias: pelos colonos portugueses e pelos jesuítas.

Em seguida, explica cada um dos pontos que defende na oração anterior: Os colonos pertenciam na sua maioria a camadas subalternas da sociedade e os jesuítas, além de pertencerem às classes dominantes, também eram a elite cultural da colônia.

Por fim, conclui, sobre a entrada do violão no nosso país:Assim sendo, é importante salientar que, no aspecto social, desde seu advento em nosso país o violão já se apresentava como instrumento com o qual os jesuítas, em seu processo de catequese, difundiram a cultura musical moderna do ocidente às classes então subalternas, como a sociedade, à época, tinha os escravos africanos, os índios e os mestiços.

Nota-se, pois, a coerência argumentativa traçada pelo autor. Os trechos, em sequência, se complementam, se explicam, se justificam, não se contradizem.

Coerência textual

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Para Koch e Travaglia (2009), a coesão diz respeito aos recursos utilizados para assegurar a ligação entre as partes do texto. Esses recursos podem ser preposições, conjunções, pronomes, advérbios... O mais importante é compreender quando empregar cada elemento coesivo.

Observe esta construção: “A arte, apesar de manifestar sentimentos e emoções, é uma forma de o ser humano representar sua existência no mundo”. Gramaticalmente, essa frase está correta, mas fez sentido? Será que a arte representa a existência dos humanos, apesar de manifestar seus sentimentos e emoções ou justamente por representar seus sentimentos e emoções? Veja como é fundamental usar o recurso coesivo mais adequado. O sentido todo muda!

Exemplo:

Elementos de coesão em negrito no texto:Na qual – pronome relativo que substitui o termo “sociedade”, para não repeti-lo;o – elemento coesivo que retoma “imaginado, pensado ou realizado”, de forma a não repetir todo o trecho;Portanto – conjunção que passa a ideia de conclusão ou consequência;e – conjunção aditiva que conecta uma oração a outra.

Note que os elementos coesivos evitam que o texto fique repetitivo e promovem a conexão e a progressão das ideias.

Além de saber ler e interpretar textos, saber produzi-los também é muito importante para o seu curso a distância, já que muitas das atividades avaliativas dependerão da sua capacidade de escrever. Assim, você deve não apenas observar fatores como linguagem, clareza, coesão e coerência, mas também as maneiras mais e menos adequadas de construir um texto.

No caderno 1 de Português instrumental, você viu o que é e como produzir um parágrafo-padrão. Trata-se de um bloco de texto no qual se desenvolve uma ideia central, que pode ser acompanhada por ideias secundárias. Sugere-se que tenha introdução, desenvolvimento e conclusão, de forma a apresentar, no mínimo, três orações.

Além disso, de acordo com Emediato (2004), existem oito formas diferentes de planejar o parágrafo, o que

Coesão textual

Texto 9 – Cenografia

Estamos em uma sociedade da performance, na qual nada pode ser imaginado, pensado ou realizado sem que o seja em forma de espetáculo. Portanto, a cenografia é uma mídia nova e indispensável. A cenografia atende à dramaturgia de muitos espaços, e para o cenógrafo todo e qualquer espaço é palco. (DEL NERO, 2008, p. 25).

Unidade 3 – Produção de texto

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www.freepik.comDicas para produzir textos

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Você já ouviu falar em modalizadores? Trata-se de instrumentos linguísticos que nos “ajudam a concordar ou discordar de algo, apresentar ou concluir uma ideia, deixar claro um posicionamento etc.” (EMEDIATO, 2004, p. 103).

O quadro abaixo, baseado em estudos de Emediato (2004), traz sugestões úteis de instrumentos que podemos empregar para expressar determinadas ideias:

Modalizadores

Texto 10 – O grande mistério

Texto 11 – Música instrumental

pode ajudar você a se organizar na hora de produzir um texto. São elas: tempo: situa-se no tempo o fato, traça-se um histórico sobre o assunto; espaço: situa-se no espaço o fato, abordam-se locais e situações relevantes; definição: conceitua-se o fato, traçam-se explicações; enumeração: listam-se exemplos, fatos, características; comparação: estabelece-se um contraste entre ideias; causa e efeito: apresentam-se causas e consequências do fato; exemplificação: oferecem-se exemplos baseados na realidade e em dados que podem ser comprovados; conclusão-dedução: finaliza-se o texto com uma síntese dedutiva, ou seja, com base nos parágrafos

anteriores, tenta-se deduzir uma conclusão ou uma solução, quando for o caso. Ao produzir um texto dissertativo, você pode usar algumas dessas estratégias. Observe os parágrafos a

seguir e tente identificar quais delas o autor utilizou (cada parágrafo pode apresentar mais de uma estratégia):

Técnicas artísticas são necessárias, tais como pintura, escultura, arquitetura, artesanato, ornamentação, história e história do teatro e do mobiliário, desenho dos costumes, desenho propriamente dito, geometria, perspectiva, conhecimento de óptica, projeções e tudo o mais. Cenógrafos deveriam servir aos arquitetos como consultores para a arquitetura da caixa cênica e mesmo para o próprio edifício teatral, de tal maneira que o repertório dramático universal e as solicitações mais criativas da nova dramaturgia pudessem ser atendidos (DEL NERO, 2008, p. 30).

Até o começo do século XVI, os instrumentos eram considerados muito menos importantes do que as vozes. Usavam-nos apenas em peças de danças e, naturalmente, também como acompanhamento de canto, mas nessa função nada faziam senão duplicar a voz, isto é, tocar a mesma música do canto ou, talvez, na ausência de certos cantores, assumir a parte corresponde a estes. Contudo, durante o século XVI, os compositores passaram a ter cada vez mais interesse em escrever músicas para instrumentos – não apenas danças, mas peças destinadas a serem simplesmente tocadas e ouvidas (BENNETT, 1986, p. 29).

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Certeza — É óbvio que; Evidentemente; Sem dúvida; Certamente; É sabido que...

DúviDa — Poderíamos, talvez, afirmar que; Não é totalmente certo que...

PossibiliDaDe — É bem provável que; É possível que; Parece que...

introDução — Em primeiro lugar; A fim de compreender melhor o problema; Trata-se aqui de...

ConClusão — Em resumo; Para concluir; Compararemos, para concluir, a opinião de... com a de...

Ponto De vista — Na minha opinião; Estou convencido de que; Quanto a mim; Pouco importa que...

alternativa — De um lado... de outro lado...; Se é justo dizer que..., não seria também pertinente afirmar que...; Por outro lado...

ConCorDânCia — Concordo em absoluto com...; Estou totalmente de acordo com o que você disse; Não como negar que...

DisCorDânCia — Não estou certo de que tenha razão; Discordo do autor nesse ponto...; Não apenas... mas também...

Guarde essa tabela e consulte-a sempre que for produzir um texto dissertativo-argumentativo. Ela pode ser muito útil em momentos de bloqueio criativo.

Tipos de argumentação

No Caderno 1 de Português Instrumental, você viu que existem dois tipos básicos de argumentação: argumentação por causa e efeito e argumentação por exemplificação. Percebeu que eles se relacionam com as formas de planejamento do parágrafo que você viu aqui? Isso porque tanto os tipos de argumentação quanto os tipos de parágrafo constituem estratégias argumentativas. Portanto, lembre-se sempre de empregá-las, ao produzir um texto dissertativo. Aqui, vamos focar nas falhas de argumentação, para que você seja capaz de identificá-las e evitá-las. Observe, no quadro a seguir, algumas dicas:

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Unidade 4 – Leitura dinâmica

Texto 12 – A provocação da integração (com falhas)

Texto 13 – A provocação da integração (sem falhas)

Para início de conversa, a história da música popular brasileira nasce no exato momento em que, numa senzala negra qualquer, os índios começam a acompanhar as mesmas palmas dos negros cativos e os colonizadores brancos se deixam penetrar pela magia do cantarolar das negras de formas curvilíneas. Essa mistura, sensual e lentamente, por mais de quatro séculos, chega a um determinador comum, com uma resultante definida há cerca de cem anos, quando é criado, no Rio, o choro e quando surgem o maxixe, o frevo e o samba, ritmos que agradam a gregos e troianos (ALBIN, 2004, 23-24, adaptado).

Observou o uso de clichês, chavões? Agora leia o texto sem falhas e veja se você conseguiu identificá-las corretamente:

A história da música popular brasileira nasce no exato momento em que, numa senzala negra qualquer, os índios começam a acompanhar as mesmas palmas dos negros cativos e os colonizadores brancos se deixam penetrar pela magia do cantarolar das negras de formas curvilíneas. Essa mistura, sensual e lentamente, por mais de quatro séculos, daria uma resultante definida há cerca de cem anos, quando é criado, no Rio, o choro e quando surgem o maxixe, o frevo e o samba (ALBIN, 2004, p. 23-24).

No Caderno 1 de Português Instrumental, você viu uma estratégia de leitura com base em estudos de Severino (2007). Aqui, você verá outras dicas que poderão ajudar na leitura e interpretação de textos, com base em estudos de Schaill (1980).

Você tem dificuldade para ler? Sente que faz um grande esforço para ler textos longos? Isso atrapalha sua vida estudantil? Aqui, você vai ver dicas de como ler com eficiência, propósito e facilidade. A eficiência é importante para você não perder tempo; o propósito é fundamental para sistematizar sua leitura; e a facilidade vem com a prática, com o tempo.

É importante destacar que focaremos aqui nos textos informativos, já que os literários carregam em si outros propósitos comunicativos, que não nos atendem no momento. É preciso aprender técnicas de leitura que nos ajudem ao longo deste curso.

Você já deve ter ouvido falar da leitura dinâmica. Segundo Schaill (1980), seus principais fundamentos são: mecânica olho-movimento, relação olho-mente e propósito de leitura. O primeiro fundamento diz respeito à velocidade de leitura; o segundo, à compreensão da leitura; o terceiro, ao bom aproveitamento da leitura. Parece complicado, mas conhecer as técnicas e praticar vai fazer toda a diferença para suas leituras.

Schaill (1980) dá dicas para você ler mais rápido:

www.freepik.comTécnicas de leitura

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www.freepik.com8

- Você deve pré-ler primeiro. Isso significa que o seu propósito deve ser estabelecido antes da leitura, para que, ao fazer um rápido e detalhado exame do material a ser lido, você consiga julgar se ele lhe será útil.

Para pré-ler um material, tente:

Use essa técnica para quando tiver muito material para ler. Você economiza tempo e seleciona o que vai ser mais útil para o seu propósito. Neste curso técnico, no entanto, esforce-se para ler todo o material, já que seu conhecimento profissional deve ser ampliado a partir dele e ele já foi selecionado para você com um propósito. l Concentre-se, ao ler. A desatenção atrapalha muito a produtividade da sua leitura. Segundo Schaill (1980,

p. 28), “a menos que você se concentre, os olhos não transmitem imagens claras à mente”. Então, não adianta ler sem concentração, porque você não vai absorver nada.l Amplie seu vocabulário. É verdade que a leitura nos ajuda a conhecer novas palavras, mas conhecer

novas palavras também ajuda na leitura, porque você não perde tempo parando para consultar dicionário. Aliás, é importante dizer que não basta procurar o significado no dicionário. Para você realmente internalizar uma nova palavra, você precisa usá-la em uma conversa ou em um texto com confiança. Depois disso, ela fará parte do seu vocabulário naturalmente.

De acordo com Schaill (1980), existem três tipos de leitores: o leitor motor, o leitor auditivo e aquele que queremos ser, o leitor de olhar. l Ao ler, o leitor motor forma palavras com os lábios, como se estivesse lendo em voz alta, por isso se

prende a uma palavra de cada vez. Isso atrasa a leitura. l O leitor auditivo ouve as palavras no seu ouvido mental. Ele lê mais rápido do que o leitor motor, mas

não eficientemente, já que precisa ouvir as palavras em sua mente. l O leitor de olhar fotografa as palavras, que são manifestadas em ideias na sua mente, sem necessitar da

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(SCHAILL, 1980)Gráfico de oscilação dos olhos

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Tente sempre ler com esse ritmo, porque isso o habituará a essa nova técnica de leitura, de modo que você evoluirá como leitor.

Falamos sobre a importância da concentração, mas saiba que há também passos para alcançá-la. Esqueça o mundo exterior, seus problemas, seus sentimentos, foque na página (ou tela). Então, adote uma postura questionadora diante do que está lendo. Isso ajuda você a se concentrar apenas naquilo, porque ativa a parte da reflexão e não só da decodificação de palavras.

Outra importante parte da leitura eficiente é a retenção de conhecimento. Siga essas dicas: você deve se importar com o que está lendo, porque isso facilita a retenção daquela informação; num texto, há muitas palavras importantes, mas há aquelas acessórias, que podem ser retiradas sem que o sentido seja prejudicado, por isso, saber ler apenas as palavras-chave (as principais) ajuda a acelerar a leitura e a reter aquela informação.

Uma forma de aplicar o que foi retido na leitura é praticar a compreensão do conhecimento. Segundo Schaill (1980, p. 113), “a compreensão vem depois da retenção, pois reter é simplesmente lembrar fatos e ideias. Para compreender bem você terá não apenas que apreender os fatos principais, como perceber como o autor os dispõe para as devidas conclusões”.

Para estudar, além de ler com atenção, você pode também sublinhar o que julga ser mais importante e fazer um esquema ou resumo após a leitura. Para sublinhar, busque as ideias centrais, sublinhe-as e, numa segunda leitura, você notará que é mais fácil lembrar-se do que leu e identificar os tópicos mais facilmente, por já tê-los lido e destacado. Para esquematizar, você precisa elencar, em formato de tópicos, os conceitos mais importantes destacados por você durante a leitura. Esquematizar um texto evita que você tenha que relê-lo muitas vezes – basta ler seu esquema. Além disso, você pode também resumir, que é uma condensação do texto original, em que se agrupam as ideias principais, em formato de texto e não tópico, como no esquema (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Você já deve ter ouvido falar também da leitura crítica. Mas sabe o que isso significa? E como fazê-la? De acordo com Schaill (1980, p. 117), não há regra para se aprender a leitura crítica, mas “pode haver o desenvolvimento ativo de dois processos na sua mente, à medida que você vai lendo. O primeiro é fazer perguntas, o segundo é julgar as afirmações que faz o autor, para aceitá-las, ou não, parcial ou totalmente”.

Agora você tem a oportunidade de colocar em prática essas novas estratégias. Leia o texto abaixo, tentando aplicar as dicas de leitura dinâmica: sabendo que o texto está relacionado ao seu curso, estabeleça um propósito para essa leitura; concentre-se; tente reter conhecimento, excluindo o que for acessório e focando no que é importante; leia com movimentos de linha a linha, como sugere a imagem anterior; pratique a compreensão do conhecimento (quais são os fatos principais? Qual era a intenção do autor com esse texto?); e pratique também a leitura crítica: você concorda com o autor? Discorda? Por quê?

audição ou da fala. Para chegar a esse nível, é preciso treinar. Observe a imagem a seguir. Olhe ligeiramente para cada barra preta, enquanto faz vários movimentos de

linha a linha, como se você estivesse fazendo movimentos de leitura (SCHAILL, 1980).

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Para ilustrar o que esperávamos que você alcançasse com esse exercício, veja algumas possibilidades:l para determinar um propósito de leitura, você pode perceber que analisar a pós-produção de uma peça

é uma fase importante do processo de montagem. Assim, um dos propósitos de leitura, quando você percebe que esse é o tema do texto, seria se aprofundar em uma questão importante do seu curso, que pode ou não já ser do seu domínio;l para compreender o conhecimento, você deve ter percebido que o assunto principal é o processo de

produção teatral, mais especificamente sua pós-produção;l para realizar uma leitura crítica, você deve refletir sobre as afirmações do autor: ele está certo? Há outras

formas de lidar com a questão? O que você faria de diferente?

Veja como sublinhar as ideias principais:O trabalho do cenógrafo só se completa quando os primeiros espectadores

ocupam o teatro e chega o momento de tornar públicas as semanas de preparação privada. Sentados no meio do público, o diretor e o cenógrafo podem ver se a peça, que parecia tão precisa na privacidade da sala de ensaio, consegue ser claramente entendida. O processo de criação teatral só se completa quando os espectadores se tornam parte do evento, e uma nova fase do trabalho começa quando a montagem passa do subjetivo para o objetivo. A partir desse momento, as ideias do texto, a pesquisa, a cor, a composição, a direção e os atores são julgados pela visão e a audição dos espectadores. Nas apresentações, toda a produção integrada pode ser vista de maneira crítica e distinta de cada vez, comparando-se as reações de um grupo de espectadores com outro. A intenção de cada momento ficou clara? A ideia teve a reação emocional esperada? O público foi levado ao mundo criado na peça? Tudo poderia ter sido mais bem posicionado e composto? (HOWARD, 2009, p. 225).

Observe que foram destacadas as palavras principais desse parágrafo. Na segunda leitura, ao ler apenas as palavras-chave, você conseguirá recuperar a ideia principal.

Texto 14 – Trabalho do cenógrafo

O trabalho do cenógrafo só se completa quando os primeiros espectadores ocupam o teatro e chega o momento de tornar públicas as semanas de preparação privada. Sentados no meio do público, o diretor e o cenógrafo podem ver se a peça, que parecia tão precisa na privacidade da sala de ensaio, consegue ser claramente entendida. O processo de criação teatral só se completa quando os espectadores se tornam parte do evento, e uma nova fase do trabalho começa quando a montagem passa do subjetivo para o objetivo. A partir desse momento, as ideias do texto, a pesquisa, a cor, a composição, a direção e os atores são julgados pela visão e a audição dos espectadores. Nas apresentações, toda a produção integrada pode ser vista de maneira crítica e distinta de cada vez, comparando-se as reações de um grupo de espectadores com outro. A intenção de cada momento ficou clara? A ideia teve a reação emocional esperada? O público foi levado ao mundo criado na peça? Tudo poderia ter sido mais bem posicionado e composto? (HOWARD, 2009, p. 225).

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Unidade 5 – Comunicação técnica e empresarial

www.freepik.comProdução de textos técnicos

12Você viu, no Caderno 1 de Português Instrumental, que há regras que norteiam a produção de textos técnicos, empresariais e oficiais. Também no caderno, você aprendeu como produzir relatórios, cartas comerciais, requerimentos e atas. Aqui, você verá como produzir outros textos que poderão aparecer com mais frequência na sua prática profissional.

Projeto de lei

O projeto de lei é uma proposta escrita a ser submetida à apreciação da Câmara ou do Senado. Normalmente, é redigido por deputados, senadores, Presidente da República, Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores, Procurador-Geral da República e cidadãos (CÂMARA, 2016).

Ao trabalhar na área de produção cultural, você talvez precise produzir ou, pelo menos, ler projetos de lei, por isso é importante estar a par de suas principais características. Esse projeto deve ser composto por três partes: preliminar, normativa e final.

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Assim, você tem um esquema que resume todo o texto 14, de maneira que não precisa relê-lo toda vez que buscar essas informações.

Agora veja como construir um resumo com base no mesmo texto:Uma vez montada, é preciso analisar a compreensão geral da peça. Nesse

momento, diretor e cenógrafo reavaliam as ideias do texto, a cor, a composição, a direção e as atuações. Ao mesmo tempo, o espectador avalia tais elementos, por meio da sua reação/recepção a essa montagem.

Esse é um exemplo sucinto, porque utilizamos apenas um trecho do livro. No seu dia a dia, você se deparará com textos maiores. A dica é resumir cada capítulo de livro em um parágrafo e cada parágrafo em uma linha. Quer ver como você consegue? Escolha algum texto desta apostila. Destaque no seu caderno as palavras-chave. Em seguida, tente fazer um resumo ou um esquema e mostre para o seu professor presencial.

Veja como construir um esquema, a partir da leitura do texto 14:

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A parte preliminar “compreende a epígrafe, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas” (ASSEMBLEIA, 2016, p. 1). Observe um modelo a seguir:

A parte normativa “compreende o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada” (ASSEMBLEIA, 2016, p. 1). Veja melhor no exemplo:

ASSEMBLEIA (2016, p. 1)Primeira parte do projeto de lei

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ASSEMBLEIA (2016, p. 2)Segunda parte do projeto de lei

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Por fim, a terceira parte, final, “compreende as medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo subjetivo, à disposição transitória, se for o caso, cláusula de vigência e cláusula de revogação, se houver” (ASSEMBLEIA, 2016, p. 2).

Observe a seguir:

Muitos pensam que o projeto de lei deve ter uma linguagem rebuscada, de difícil entendimento. Ao contrário disso, por ser do máximo interesse do povo, recomenda-se que sua linguagem seja simples, acessível a todos.

O projeto cultural não deve ser confundido com planejamentos e ideias colocados no papel, pois, na verdade, trata-se de um instrumento técnico e estratégico muito utilizado no meio empresarial (SEBRAE, 2014). Como pode ser que, na sua prática profissional, você tenha que produzir ou ler projetos culturais, é bom conhecer suas principais características.

Seu processo se dá da seguinte maneira: conceituação e elaboração; produção ou execução; prestação de contas; e encerramento e avaliação do projeto. Ele deve ter uma duração limitada (ou seja, começo, meio e fim); um objetivo específico, que guiará as atividades do projeto; uma definição prévia de como serão gastos os recursos; autonomia, pois deverá funcionar independentemente de outros projetos (SEBRAE, 2014).

Para escrevê-lo, siga a seguinte ordem:

Apresentação;Objetivo;

Justificativa;Público-alvo;

Equipe;Etapas de trabalho;

Cronograma de atividades;Orçamento;

Plano de divulgação/comercialização;Plano de distribuição;

Plano de contrapartida.

ASSEMBLEIA (2016, p. 2)

SEBRAE (2014)

Parte final do projeto de lei

Elementos textuais de um projeto cultural

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Projeto cultural

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ChecklistO checklist é uma ferramenta de controle de tarefas muito

útil. De acordo com Mazulo e Liendo (2010, p. 57), “é uma lista de verificação em que se encontram relacionadas todas as atividades ou materiais necessários para execução de determinada tarefa. O checklist deve ser verificado a todo o momento, garantindo que cada item relacionado seja devidamente providenciado”.

Ele não apresenta uma estrutura fixa, por isso você pode preenchê-lo de acordo com suas necessidades. Pode ser composto por itens, ações, tarefas, nomes de pessoas etc. O importante é que você anote o que tem que fazer e depois registre o que já foi feito.

Pode ser usado, por exemplo, pelo cenógrafo, para organizar prazos, metodologias e processos de otimização de tempo, trabalho e custos no planejamento cenográfico.

Vistos alguns elementos que facilitam a leitura e a interpretação de textos, tente praticá-los ao longo do seu curso, a fim de render melhores resultados. Bons estudos!

www.freepik.comChecklist

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ACIR, J.; SARAIVA, J.; RICHINITI, L. manual de Cenografia. Porto Alegre: Movimento, 1997.

ACORDE. MELOTECA. Glossário de termos e expressões musicais. Disponível em: < http://www.meloteca.com/dicionario-musica.htm >. Acesso em: 13 out. 2016.

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ALBIN, R. C. mPB – A provocação da integração. [2004]. Disponível em: < http://www.livrosgratis.com.br/download_livro_41124/mpb-_a_provocacao_da_integracao>. Acesso em 10 out. 2016.

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BENNETT, R. uma breve história da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.

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DEL NERO, C. Cenografia – Uma breve visita. São Paulo: Claridade, 2008.

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