Universidade Estadual de Maringá 12 a 14 de Junho de 2013
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POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR:
APONTAMENTOS SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE
ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL (PNAES)
RADAELLI, Andressa Benvenutti (UNIOESTE)
ESTRADA, Adrian Alvarez (Orientador/UNIOESTE)
Introdução
A universidade é considerada como expressão da sociedade e se desenvolve por
meio das contradições nela existentes. Seu objetivo está em gerar, sistematizar,
transformar e sociabilizar conhecimento e saberes críticos, capazes de contribuir para o
desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.
Assim, quanto às oportunidades de acesso ao ensino superior público, identifica-
se a dificuldade que a parcela menos favorecida da sociedade enfrenta, pois esse sistema
é considerado elitizado, falho e excludente, onde aqueles que pertencem a famílias com
renda elevada possuem melhores condições de acesso principalmente quando se trata do
ensino superior. De acordo com Oliveira e Duarte (2005, p. 280),
A desigualdade social manifesta-se também de forma perversa no sistema educacional, caracterizado por baixos índices educacionais, com 16% de analfabetos e evasão de 40% dos estudantes brasileiros (...). É, portanto, um país portador de um sistema educativo bastante elitista, no sentido de que o direito à educação em todos os níveis ainda é um alvo distante.
Tais dificuldades não podem ser consideradas apenas no acesso ao ensino
superior, elas tendem a se agravar durante o processo de permanência nas instituições.
Nesse sentido sabe-se que não existe igualdade de acesso e permanência no ensino
superior, uma vez que o sistema educacional atende principalmente às demandas da
classe dominante reproduzindo as desigualdades sociais.
Com isso, entende-se a necessidade de democratização no Ensino Superior
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público, porém, uma democratização voltada não apenas ao acesso, mas também
visando o desenvolvimento de mecanismos que atendam, além deste, as necessidades de
permanência, buscando reduzir os efeitos das desigualdades enfrentadas no decorrer da
vida acadêmica. Desse modo, as políticas a serem desenvolvidas só podem ser pensadas
quanto às relações em sociedade e como parte das respostas que o Estado oferece às
questões sociais, situando-se no confronto de interesses de grupos e classes.
Assim sendo, o debate em torno das ações do Estado para a Educação Superior
não pode se restringir exclusivamente a análise do contexto das atuais políticas
educacionais. Compreendemos que a dinâmica os programas de assistência estudantil,
como parte das atuais políticas educacionais para o ensino superior, pressupõe uma
análise sobre as dimensões política, social e histórica que influenciaram no
delineamento da atual configuração, o que este estudo não nos permite percorrer. Não é
objetivo do nosso estudo, portanto, tratar das dos caminhos percorridos pela
universidade brasileira e sim das dinâmicas entorno das políticas e ela desenvolvida.
Assim, nos delimitamos a tecer algumas breves considerações que objetivam
delinear elementos importantes quanto às desigualdades relacionadas ao acesso e à
permanência no sistema de ensino superior, principalmente sobre a assistência estudantil
no Brasil, como uma das políticas públicas desenvolvidas pelo Estado e voltada para o
processo de permanência dos estudantes nas universidades públicas.
O Estado e seu papel no desenvolvimento das políticas públicas para educação Superior
Na perspectiva de compreender a constituição das políticas educacionais para o
ensino superior, por parte do Estado, entendemos que estas são o resultado das formas
de organização baseadas nas relações sociais, ou seja, o Estado é um produto da
sociedade de classes. O Estado tem sempre uma função precisa a cumprir, nas palavras
de SAES (2001, p. 96) “é a função de assegurar a coesão da sociedade de classes
vigente, mantendo sobre controle o conflito entre as classes sociais antagônicas e
impedindo dessa forma que tal conflito deságue na destruição desse modelo de
sociedade”.
A partir dessas intenções, destacamos que a função do Estado está nas relações
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políticas, econômicas e sociais que se embatem na sociedade. Assim, é impossível
pensar em Estado sem tratar de seu aspecto produtor, reprodutor e regulador das
políticas públicas por ele desenvolvidas, e nesse sentido, para Faleiros (2006, p.57) “o
Estado não se encontra fora ou acima da sociedade, mas é atravessado pelas forças e
lutas sociais que condicionam a articulação das exigências econômicas e dos processos
em cada conjuntura”.
O Estado, muitas vezes se vê impossibilitado de superar as contradições geradas
pela sociedade em suas relações de produção e busca, portanto, administrá-las de
alguma forma, a fim de, manter o controle e domínio, e mediar os conflitos de classe
que assim delimitam e determinam suas ações. Dessa forma, Zanardini (2006, p.07)
caracteriza as políticas públicas como ações específicas do Estado num processo de
consolidação de um projeto de sociedade.
Entendemos que as políticas públicas são datadas historicamente; construídas por sujeitos concretos e que têm por fim a consolidação de um projeto social, político e econômico específico, refletindo as forças políticas em jogo, como resultado de pressões exercidas pelas classes em luta. Logo, as políticas públicas não se reduzem a um conjunto de ideias, nem a setores específicos, mas são amplas e implicam a elaboração de estratégias de ação capazes de implementar um conjunto de reformas ou de propostas necessárias à sobrevivência de um determinado modelo social, político e econômico.
As políticas públicas sejam elas, política social, econômica, fiscal, tributária, de
saúde, habitacional, assistencial, previdenciária ou educacional, traduzem, tanto durante
seu processo de elaboração como no de implantação formas de expressão do poder, ou
seja, elas se expressam em torno de um processo dinâmico, incluindo negociações,
pressões, mobilizações, alianças ou conflito de interesses. Para tanto, Zanardini, (2006,
p.07) estabelece que:
Para que as políticas públicas sejam implementadas de acordo com os interesses, e da forma como pretendem as classes dominantes, que têm os seus interesses materializados em ações do Estado, uma condição necessária é o convencimento social da necessidade dessa implementação, e a criação de um consenso de que as políticas propostas são eficientes para atender às necessidades de um determinado contexto, e de que trarão benefícios para os indivíduos
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que colaborarem com a sua implementação.
Os programas e políticas desenvolvidos pelo Estado alteram as condições de
existência de seus beneficiados, melhorando sua renda e possibilitando o acesso a
determinadas coberturas e serviços, ou seja, visam a manutenção da harmonia e ordem
social, servindo de elemento legitimador da força do Estado. Sob essa perspectiva, as
políticas sociais compreendem não só a reprodução da força de trabalho, mas também
sua capacidade de consumir, articulando o processo econômico tanto para manutenção
do trabalho como no estimulo à demanda.
Diante do exposto, é importante destacar que o processo de implementação de
políticas públicas pressupõe refletir sobre as contradições existentes nas relações
capitalistas e de acumulação de capital como resultado das relações de exploração e
dominação. Ou seja, compreendemos que o Estado brasileiro e a formulação das
políticas públicas, sejam elas, educacionais, assistenciais ou habitacionais não estão
desvinculadas do contexto de contradições econômicas, sociais, políticas e ideológicas
que o cercam, e tornam-se um componente do processo de acumulação de capital,
As políticas sociais como produto das relações entre classes inseridas no
contexto político, econômico e social e, que, sustentam conforme proposto pela
ideologia liberal o Estado capitalista, traz em sua dinâmica a política educacional como
um de seus componentes, é entendida assim, por Xavier e Deitos (2006, p.67) “não
apenas como uma componente da política social, mas como parte da própria
constituição do Estado, que a concebe e a implementa no conjunto de suas ações de
direção e controle social”.
Ao analisar a política educacional parte-se do pressuposto que estas fazem parte
de um conjunto de políticas sociais, políticas essas que são implementadas no contexto
de uma sociedade marcada pela luta de classes. Partindo desse pressuposto, compreende
Deitos (2010, p. 209), que:
A política educacional, portanto, é entendida aqui como constituinte da política social. As políticas públicas diretamente definidas e dirigidas pelo Estado são compreendidas como o resultado de mediações teórico-ideológicas e socioeconômicas e estão diretamente imbricadas no processo de produção social da riqueza e,
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consequentemente, de sua repartição e distribuição. A política educacional, particularmente a empreendida no Brasil a partir a década de 1990, é a articulação e a consumação de forças econômicas e políticas hegemônicas que sustentam proposições que revelam forte tendência predominante de cunho liberal ou social-liberal e definem significativamente os rumos das políticas públicas e da educação nacional.
Assim, a política educacional, como resultado das ações advindas das políticas
sociais é um componente do processo social de produção. Deitos (2010) entende que a
proposição da política educacional, está inserida num conjunto de políticas e medidas
tomadas para assegurar a hegemonia de uma classe sobre a outra.
A política Educacional, portanto, sob influência do pensamento neoliberal
apresenta como estratégia fundamental, atender aos objetivos da produção capitalista,
preparando os trabalhadores para o local de trabalho, além de considerar a educação
como alternativa de “ascensão social” e de “democratização das oportunidades”. O
ensino superior tem se caracterizado como elemento fundamental nesse processo, nesse
sentido, o acesso à universidade pública no Brasil tem se caracterizado como desigual
desde as suas origens, porém nos últimos anos o governo federal tem apresentado
propostas visando expansão do ensino superior.
E conforme trata Finatti (2007, p.16),
O papel do Estado na Política de Educação Superior é expresso quando se define como poder, que legitima a forma de acesso e qualidade; quando promove equidade social nos processos seletivos; quando se responsabiliza pela manutenção das instituições de ensino superior públicas; quando promove uma gestão participativa; quando se coloca como autorizador para o funcionamento das instituições privadas.
É preciso proporcionar o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos
pelo ensino superior, por meio de uma educação crítica e voltada ao atendimento de
toda a sociedade dentro de uma perspectiva de transformação social. Mas para isso, é
necessário muito mais que o ingresso, é fundamental reconhecer a importância que a
ações voltadas ao atendimento das necessidades estudantis durante o percurso
universitário.
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A seguir faremos alguns breves apontamentos sobre o acesso ao Ensino Superior
sistematizado por meio do REUNI e a permanência tratando de elementos norteadores
fundamentais do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), criado pelo
Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010, considerado como uma política focalizada, de
caráter compensatório e assistencialista.
Políticas Educacionais: acesso e Permanência
Podemos considerar que, conforme destaca Soares (2009), no Brasil, o acesso ao
Ensino Superior público tem recebido tratamento diferenciado nos últimos anos,
principalmente por meio das políticas desenvolvidas pelo Governo Lula, que de certa
forma foram distintas daquelas desenvolvidas pelo Governo Fernando Henrique
Cardoso1.
A procura por vagas cresceu a partir das transformações econômicas e sociais
ocorridas em decorrência da implantação de programas visando à democratização do
ensino superior. Porém, apesar dos esforços, o quantitativo de vagas ofertadas do
Ensino Superior Público ainda não é o suficiente, e para atender à demanda as
instituições privadas assumem parte desse papel, com ações desenvolvidas pelo
Governo como o PROUNI2. Porém, de acordo com Boneti e Gisi (2007, p. 76):
Sem o aumento de vagas em instituições públicas e com a atual sistemática de financiamento de bolsas para quem estuda em instituições privadas, haverá grande dificuldade para aumentar o acesso e a permanência na educação superior. Verifica-se, assim, que a expansão de vagas não parece resolver a questão do acesso e da permanência na educação superior, pois como ocorreu
1 Os dois mandatos do Governo FHC foram marcados por um aumento no número de instituições de ensino superior, principalmente privadas e consequente sucateamento das Instituições Federais. No Governo Lula o cenário muda em alguns aspectos, não deixando de desenvolver ações que atendessem aos anseios privados, seu mandato foi marcado pela restruturação do Ensino Superior, por meio do REUNI, e ações voltadas à democratização, a expansão da educação superior com o principal objetivo ampliar o acesso e a permanência na educação superior. 2 Programa Universidade para Todos – Prouni. Instituído em 13 de janeiro de 2005, por meio da Lei 11.096, o Prouni é um Programa do governo Federal, que concede bolsas de estudos – integrais ou parciais - em cursos de graduação em instituições de ensino superior privadas, para os estudantes de baixa renda. Em contrapartida, as IES participantes recebem isenção de impostos e taxas.
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majoritariamente no setor privado, dificulta a entrada dos alunos que não tem condições de pagar as mensalidades.
A busca pela redução das desigualdades socioeconômicas faz parte desse
processo de democratização, tanto da universidade quanto da própria sociedade. Tal
processo não se efetiva, somente através do aumento do quantitativo de vagas, e do
acesso à educação gratuita, torna-se necessário a criação de mecanismos que viabilizem
a permanência e a conclusão de curso, reduzindo os efeitos das desigualdades
econômicas e sociais. (FONAPRACE, 2000)
Garantir condições favoráveis de acesso e permanência a educação de qualidade
são aspectos considerados como dever do Estado e da família, uma vez que, como pode
ser destacado na Constituição Federal são direitos sociais regulamentados, conforme
Brasil (1988) estabelece em seu Artigo 205,
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Também, Brasil (1988), em seu artigo 206, verifica-se:
O ensino deverá ser ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições publicam e privadas de ensino: IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. V - valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela União. VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei. VII - garantia de padrão de qualidade.
Nesse sentido, destacamos o Decreto 6.096 de 24 de abril de 2007, que institui o
Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
- REUNI, cita Brasil (2007) em seu Art. 1º “tem por objetivo criar condições para
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ampliação de acesso e permanência na Educação Superior.” Neste contexto, é
fundamental articular as ações de acesso e permanência ao processo educativo, para que
a universidade brasileira forme cidadãos comprometidos com a sociedade e com a sua
transformação, devendo assim, assumir as questões sociais no seu cotidiano, tornando-
se espaço de vivência e cidadania. No entanto, sem a geração de condições mínimas de
sobrevivência, essa igualdade não pode ser efetivamente atingida.
O REUNI foi instituído visando o processo de ampliação das políticas de
inclusão e de assistência estudantil e segundo suas diretrizes pretende congregar
esforços para a consolidação de uma política nacional de expansão da educação superior
pública.
A necessidade de expansão e democratização do acesso ao ensino superior
gratuito têm se manifestado por meio da emergência de novas instituições públicas que
geraram, portanto, a abertura de novas vagas. Ao mesmo tempo em que as políticas
acrescem tais oportunidades, é necessário que sejam desenvolvidos instrumentos e
mecanismos que viabilizem a permanência dos que nela ingressam, com isso, Brasil
(2007) em seu Art.2º coloca como uma de suas diretrizes a “V- ampliação de políticas
de inclusão e assistência estudantil.”
Dessa forma, Alves (2002, p.29) complementa:
A Universidade tem a tarefa de formar agentes culturais mobilizadores que usem a educação como instrumento de luta pela ampliação dos direitos humanos e pela consolidação da cidadania. [...] Por isso há a necessidade da democratização do Ensino Superior, democratização essa voltada não apenas a ações de acesso à universidade pública gratuita, como também com mecanismos para a permanência, reduzindo os efeitos das desigualdades apresentadas por um conjunto de estudantes, provenientes de segmentos sociais cada vez mais pauperizados e que apresentam dificuldades concretas de prosseguirem sua vida acadêmica com sucesso.
Iniciou-se a partir desse contexto um processo de reflexões e mudanças, onde o
acesso e a permanência à educação passam a ser tratados como direitos, que devem ser
estabelecidos pelo Estado, proporcionando condições para que tais direitos sejam
estabelecidos e cumpridos.
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Considerações acerca da política de Assistência Estudantil no Brasil
Com o processo de emergência de novas IFES e abertura de novas vagas o
governo pretende democratizar o acesso, o que entra em pauta nesse processo é quais
ações pretendem ser desenvolvidas no que trata a permanência destes estudantes. Nesse
processo, a Assistência Estudantil nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES)
têm sido tratada como uma questão fundamental para que muitos estudantes tenham
condições de permanecer numa universidade e concluir um curso superior entendemos,
pois, que uma parcela significativa dos ingressantes no ensino superior demanda de
ações assistenciais.
A história foi de centenas de lutas e mobilizações em defesa de restaurantes
universitários, moradia estudantil, bolsas, auxílios, dentre outras reivindicações.
(SPOSATI, 1997). As Instituições de Ensino Superior públicas têm historicamente
desenvolvido suas atividades voltadas à assistência estudantil a partir das constantes
demandas apresentadas pela comunidade acadêmica. E de acordo com Vasconcelos
(2010, p. 405) “Essa conquista foi fruto de esforços coletivos de dirigentes, docentes e
discentes e representou a consolidação de uma luta histórica em torno da garantia da
assistência estudantil enquanto um direito social voltado para igualdade de
oportunidades aos estudantes do ensino superior público.”
Assim, a trajetória histórica da Assistência Estudantil conforme Vasconcelos
(2010) está relacionada com as políticas de Assistência Social, pois ambos os segmentos
desenvolvem-se a partir da luta dos movimentos sociais. Nesse contexto, o ensino
superior busca a integração das Instituições Federais (IFES), visando estabelecer
discussões sobre questões educacionais, em especial àquelas relativas à assistência
estudantil. O referido autor ainda complementa seu raciocínio quando diz que Esses dois segmentos defendiam a integração regional e nacional das instituições de ensino superior, com objetivo de: garantir a igualdade de oportunidades aos estudantes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) na perspectiva do direito social, além de proporcionar aos alunos as condições básicas para sua permanência e conclusão do curso, contribuindo e prevenindo a erradicação, a retenção e a evasão escolar decorrentes das dificuldades socioeconômicas dos alunos de baixa condição socioeconômica. (VASCONCELOS, 2010, p. 402)
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Consideramos que, no Brasil a primeira ação no sentido de apoiar estudantes
universitários ocorreu em 1928, no governo de Washington Luís que através do decreto
5.6123, de 26/12/1928, autoriza o governo brasileiro à criação da Casa do Estudante
Brasileiro. O estabelecimento localizava-se em Paris e tinha como objetivo, auxiliar os
estudantes brasileiros com dificuldades de manter residência na capital Francesa.
No Brasil, a primeira ação voltada ao atendimento de demandas estudantis foi a
fundação da Casa do Estudante em 13 de agosto de 1929, sediada no Rio de Janeiro
tinha como objetivo auxiliar os estudantes mais carentes. A Casa só começou a receber
doações do Governo Federal, no Governo Vargas, através do Decreto nº 20.559 de
23/10/19314, doa à instituição, fundos angariados em campanhas populares, com a
finalidade inicial de pagamento das dívidas externas brasileiras:
Considerando que, no momento, a “Casa do Estudante do Brasil” é a iniciativa de filantropia privada que mais de perto consulta aos interesses da nacionalidade de vez que os seus fins abrangem as mais justas reivindicações da classe acadêmica, e concorrem de modo preponderante para a solução de um dos fundamentais problemas do país, cada vez mais confiante na formação das gerações vindouras;
Na década de 30, com a Reforma Francisco Campos, em 1931, foi publicado o
decreto 19.85/031, a chamada Lei Orgânica do Ensino Superior, a qual constitui a
primeira tentativa de regulamentação da política de assistência estudantil. Esta Lei
atinge o status constitucional em 1934, e é defendida pelo artigo 157 da Carta Magna
Brasileira: "parte dos mesmos fundos se aplicará em auxílio a alunos necessitados,
mediante fornecimento gratuito de material escolar, bolsas de estudos, assistência
alimentar, dentária". (ALVES, 2002). Portanto torna-se extremamente necessário a
realização de ações relacionadas com alimentação, moradia, saúde, trabalho, transporte,
cultura, que visam garantir a permanência dos estudantes nas instituições de Ensino
Superior, pois a falta de recursos para a manutenção de políticas assistenciais faz com
que muitas vezes, haja desistência e abandono do curso.
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http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/b2394d7e1ab9a970032569b9004e148d/83b06c0eb37628b8032569fa006de1d8?OpenDocument (acesso em 20/05/2013) 4 http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=25158 (acesso em 20/05/2013)
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Na Constituição de 1946, de acordo com o artigo 172, a assistência estudantil se
torna obrigatória para todos os sistemas de ensino, onde "cada Sistema de Ensino terá,
obrigatoriamente, serviços de assistência educacional que assegurem aos alunos
necessitados, condições de eficiência escolar". O Governo Federal em 1970 criou,
vinculado ao MEC, o Departamento de Assistência ao Estudante – DAE, que consistia
em um setor que tinha por objetivo a manutenção de uma política de assistência ao
estudante universitário em nível nacional. (FONAPRACE, 2000).
Nesse sentido, Araújo e Bezerra (2007, p.03), enfatizam que:
A trajetória histórica da assistência estudantil tem sua origem na década de 1930 com os programas de alimentação e moradia universitária. Seu desenvolvimento e ampliação como uma política, só foi efetivada nos anos 1970, com a criação do Departamento de Assistência Estudantil (DAE).
A importância de existir ações de apoio aos estudantes é inegável, pois levando
em consideração que a Política de Assistência Estudantil compreende ações que vão
desde condições de acesso aos instrumentais necessários à formação profissional até a
geração de recursos mínimos para a sobrevivência do estudante, buscando assegurar a
permanência dos estudantes na Universidade. Nesse sentido, Alves (2002, p.10),
complementa.
Na política de educação, a assistência tem o papel de mobilizar recursos de forma a garantir a permanência e o percurso dos estudantes socialmente diferenciados no processo de formação profissional. Uma vez que sua capacidade intelectual e de formação básica já foram avaliadas e aprovadas no processo seletivo de acesso à universidade, deixar de apoiar esses alunos de baixa renda seria uma perda irreparável. Assim sendo, a condição socioeconômica deixaria de ser uma variável negativa ou mesmo impeditiva do percurso universitário e, independentes dela, todos os estudantes poderiam ter igual acesso ao saber e à produção do conhecimento nesta Instituição de Ensino Superior. Compreender a assistência estudantil como parte da Política Educacional significa assegurar um componente mobilizador da educação, cujo acesso pode e deve se estender igualmente a todos os segmentos sociais.
Sob esse aspecto, é fundamental o desenvolvimento de uma Política de
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Assistência Estudantil, para assegurar aos estudantes que possuem dificuldades
financeiras uma forma de auxilio no processo de conclusão do curso em condições
igualmente às proporcionadas aos demais estudantes. Para Vargas (2008) assistência
estudantil possui papel fundamental, pois pode amenizar a influência de fatores que
contribuem para a manutenção da disparidade de acesso ao ensino superior entre as
classes sociais.
Para que esse processo possa ser desenvolvido de maneira satisfatória, o
Governo Federal determinou a adoção e implementação de programas de assistência
estudantil com objetivo de gerar apoio aos estudantes carentes das Instituições de
Ensino Superior, conforme destaca o objetivo nº 34 da Lei 10.172/2001 que trata do
Plano Nacional de Educação.
Estimular a adoção, pelas instituições públicas, de programas de assistência estudantil, tais como bolsa-trabalho e outros destinados a apoiar estudantes carentes que também demonstrem bom desempenho acadêmico (BRASIL, 2001)5.
A deficiência de recursos destinados a criar condições de permanência na
universidade faz com que muitos estudantes desistam dos cursos em que ingressam. De
acordo com Vasconcelos (2010), inúmeras propostas defendem a implementação da
Assistência Estudantil como uma política pública constante para as instituições de
ensino, tendo em vista, não apenas a intenção da garantia de permanência, mas também
como parte importante no processo evolutivo e de formação dos estudantes.
A Assistência Estudantil, seja por meio de programas ou projetos, precisa
desenvolver ações que atendam a todos os estudantes em suas necessidades enquanto
sujeitos em formação. Assim sendo, chega-se à compreensão de que uma Política de
Assistência deve estar integrada ao desenvolvimento social e ao exercício pleno da
cidadania, transformando-a, efetivamente, em política institucional a serviço de todos.
Para Brasil (2010), as ações de assistência estudantil devem considerar a necessidade de
viabilizar a igualdade de oportunidades, contribuir para a melhoria do desempenho
acadêmico e agir, preventivamente, nas situações de retenção e evasão decorrentes da
5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm. (Acesso em 20/05/2013)
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insuficiência de condições financeiras.
Para isso, é necessário associar a qualidade do ensino, um efetivo investimento
assistencial, a fim de atender necessidades básicas. Com esse intuito foi instituído pelo
Decreto 7.234 de 19 de julho de o Programa Nacional de Assistência Estudantil -
PNAES, que tem como objetivo atender aos estudantes matriculados em algum curso
presencial de graduação, visando promover o apoio à permanência e conclusão dos
alunos de baixa condição socioeconômica, sendo seus objetivos: I - democratizar as
condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal; II -
minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão
da educação superior; III - reduzir as taxas de retenção e evasão; e IV - contribuir para a
promoção da inclusão social pela educação. (BRASIL, 2010)
Conforme prevê Brasil (2010) em seu parágrafo 2o “caberá à instituição federal
de ensino superior definir os critérios e a metodologia de seleção dos alunos de
graduação a serem beneficiados”, assim, com base o ideal de que as Universidades
Federais são dotadas de autonomia e que compete a elas a implantação das ações com
possibilidades de adequação à sua realidade, define-se em seu Art.7o que “os recursos
para o PNAES serão repassados às instituições federais de ensino superior, que deverão
implementar as ações de assistência estudantil, na forma dos arts. 3 o e 4o.” onde,
Art.4o As ações de assistência estudantil serão executadas por instituições federais de ensino superior, abrangendo os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, considerando suas especificidades, as áreas estratégicas de ensino, pesquisa e extensão e aquelas que atendam às necessidades identificadas por seu corpo discente. Parágrafo único. As ações de assistência estudantil devem considerar a necessidade de viabilizar a igualdade de oportunidades, contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico e agir, preventivamente, nas situações de retenção e evasão decorrentes da insuficiência de condições financeiras. Art. 5O Serão atendidos no âmbito do PNAES prioritariamente estudantes oriundos da rede pública de educação básica ou com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, sem prejuízo de demais requisitos fixados pelas instituições federais de ensino superior.
Nesse mesmo sentido, Brasil (2010), destaca que o Plano Nacional de
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Assistência Estudantil rege-se pelos seguintes princípios: I) a afirmação da educação
superior como uma política de Estado; II) a gratuidade do ensino; III) a igualdade de
condições para o acesso, a permanência e a conclusão de curso nas IFES; IV) a
formação ampliada na sustentação do pleno desenvolvimento integral dos estudantes;
V) a garantia da democratização e da qualidade dos serviços prestados à comunidade
estudantil; VI) a liberdade de aprender, de ensinar, de pesquisar e de divulgar a cultura,
o pensamento, a arte e o saber; VII) a orientação humanística e a preparação para o
exercício pleno da cidadania; VIII) a defesa em favor da justiça social e a eliminação de
todas as formas de preconceitos; IX) o pluralismo de ideias e o reconhecimento da
liberdade como valor ético central.
De acordo com Brasil (2010) o programa estabelece como ações de assistência
estudantil iniciativas desenvolvidas nas seguintes áreas:
I - moradia estudantil; II - alimentação; III - transporte; IV - assistência à saúde; V - inclusão digital; VI - cultura; VII - esporte; VIII - creche; IX - apoio pedagógico, e X - acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.
Salienta Alves apud Vargas (2008) que na política de educação, a assistência
estudantil tem o objetivo de mobilizar recursos de forma que garantam a permanência e
o percurso dos estudantes no processo de formação profissional.
No que tange ao desenvolvimento das ações assistências, as políticas vem sendo
mantida através de esforços nem sempre suficientes, mas fundamentais, das unidades de
assuntos estudantis das Instituições de Ensino. Com muita dificuldade, 60% das IFES
mantêm programas de bolsas de assistência, 58% têm programas de alimentação e 50%
possuem moradias universitárias, o que contemplam, parcialmente a assistência
pretendida pelo PNAES (FONAPRACE, 2000).
De acordo com Araújo (2003, p. 99),
A discussão sobre a assistência estudantil é de grande relevância, o Brasil é um dos países em que se verifica as maiores taxas de desigualdade social, fato visível dentro da própria universidade, onde um grande número de alunos que venceram a difícil barreira do
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vestibular já ingressou em situação desfavorável frente aos demais, sem ter as mínimas condições socioeconômicas de iniciar, ou de permanecer nos cursos escolhidos. Além do que, percebemos que a assistência estudantil pode ser trabalhada sob diferentes perspectivas: de um lado como direito, e de outro, como investimento.
Precisamos pensar e refletir constantemente sobre a importância da universidade
e as ações desenvolvidas em seu interior, pensar a universidade como um ambiente
acima de tudo cooperativo e onde os estudantes não sejam apenas alvos de preocupação
relativa ao seu desempenho acadêmico, mas que estejamos preocupados com os fatores
que influenciam e se relacionam com a qualidade da permanência e consequentemente a
melhoria do desempenho.
Considerações Finais
É inegável que as IES privadas pressionaram o governo à favorecer seus
interesses, uma vez que vivemos em uma sociedade capitalista. Inegável também, que o
ideal seria garantir aos alunos de baixa renda o acesso, a gratuidade e a qualidade
nas/das IES públicas. Porém, as reformas estruturais necessárias para tal ultrapassam o
âmbito das políticas públicas para o ensino superior, o que as inviabiliza.
Primeiramente foi possível verificar que as políticas educacionais vêm buscando
contemplar o acesso à educação superior, embora se caracterizem como políticas
compensatórias, estes programas vem permitindo o acesso de jovens que não teriam em
curto prazo outra forma de chegar à universidade. É preciso, no entanto, ter clareza que
estes programas não são suficientes, que o investimento em ações que vão além do
acesso e atendam as necessidades de permanência são fundamentais para garantir a
efetividade nas ações de democratização do acesso.
Nas breves considerações que foram expostas, referente às políticas de
assistência estudantil, podemos observar o caráter pontual, fragmentado e descontínuo.
Marcada fortemente por avanços e retrocessos no aspecto legal e pela carência de
recursos (tanto financeiros, quanto técnicos) para implementação.
A preocupação com as necessidades emergências (como moradia e alimentação),
só evoluiu no sentido da construção de uma política de assistência estudantil
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(legalmente estabelecida, com recursos devidamente garantidos e com plano de
aplicação) com a publicação do PNAES, como já dito, apensar de ser uma política de
caráter assistencialista, demostra sua fundamental importância no processo de auxiliar
na permanência dos estudantes que ingressam nas IFES.
A implantação do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES)
representou um marco importante e fundamental na área da assistência estudantil, pois
foram através das constantes reivindicações tanto por parte das IFES quanto do
movimento estudantil que os alunos com baixas condições socioeconômicas puderam
de alguma forma melhorar as condições de permanência e manutenção no curso. Em
resumo, as ações de assistência estudantil devem ter como prioridade fundamental
viabilizar a igualdade de oportunidades e contribuir para a melhoria do desempenho
acadêmico, além de agir, preventivamente, a fim de minimizar possíveis situações de
repetência e evasão decorrentes da insuficiência de condições financeiras.
Contudo, ainda não é possível tirar conclusões definitivas e concretas a respeito
do PNAES e dos resultados que podem ser atingidos por meio de sua aplicação,
entretanto, devemos reconhecer os grandes avanços no processo de conscientização em
relação aos problemas vivenciados no meio acadêmico, principalmente como resultado
dos processos econômicos. Assim, pode-se afirmar que ao longo da história da educação
no Brasil, iniciativas como esta tiveram caráter fundamental no processo de construção
de uma universidade capaz de atender as necessidades dos que nela atuam.
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